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Caldeirão da Bolsa

Cortes na despesa, onde cortar?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por albarrã » 5/11/2012 1:43

Salvo as exceções de quem realmente não pode mesmo,
porque será que as casas de diversão noturna às quartas e quintas-feiras se enchem por esse país fora de estudantes em noites temáticas a eles dedicadas?
Que nunca por vencidos se conheçam!
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por Investbem » 4/11/2012 23:35

ticojuno666 Escreveu:
mapaman Escreveu:
bar38 Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:
Hoje às 11:22
Universidade do Porto reduz professores, corta em disciplinas e suspende obras

A redução de professores convidados e de disciplinas optativas, o cancelamento de novas obras e o desinvestimento na manutenção de edifícios são medidas que a Universidade do Porto levará a cabo com corte estatal de 9,1 milhões de euros.

A Universidade do Porto (UP) vai receber em 2013 menos 9,1 milhões de euros do Estado, um «rombo inimaginável» e «surpreendente» que compromete o normal funcionamento da maior universidade portuguesa, admitiu à Lusa o reitor, Marques dos Santos.

«Vamos lutar para que não se concretize este corte», afirmou à agência Lusa o reitor, afirmando que foi «surpreendido» com o corte real de 9,1 milhões de euros para a UP e que não foi «sério» da parte do Governo, a universidade ter tido conhecimento daquela redução através do documento do Orçamento do Estado sem ter havido diálogo.

Em entrevista à Lusa, Marques dos Santos, admitiu que o dinheiro que a UP receberá do Estado não chega para pagar os recursos humanos e que só vai conseguir pagar os ordenados dos funcionários «com verbas das receitas próprias».

Com a proposta de um corte de 9,1 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2013 não haverá dinheiro suficiente para renovar contratos de professores convidados ou não será possível realizar a manutenção de edifícios e laboratórios.

A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.

Marques dos Santos adiantou que com os cortes de 2012 e de 2013, a UP vai perder em apenas dois anos «18 milhões de euros».

A UP apresentou, em 2011, um lucro de 23,3 milhões de euros, aumentando o resultado líquido em 143 por cento face a 2010, revelou o Relatório de Contas daquela instituição universitária.

A Universidade do Porto é a mais bem classificada em Portugal em sete dos principais rankings internacionais e está entre as 100 melhores universidades da Europa, revela o Relatório de Contas daquela instituição de ensino superior.

Lusa/SOL
.


A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.



Espectáculo ,25€ menos que propina máxima será com certeza uma grande ajuda!


Parece-me que pagar 999 euros/ano de propinas naquela que é reconhecida como uma das melhores Universidades do País é manifestamente pouco,mas até percebo que comprar um iphone xpto para o menino/menina ou uma bimby é muito mais prioritário do que pagar 99 euros/mês para se ter uma boa formação e um futuro aqui ou noutro lado qualquer.

Tive a sorte de estudar na U. de Lisboa,faculdade de ciências,e aprendi a dar valor aos gastos brutais com material utilizado de forma gratuita e ao mesmo tempo a fugir a sete pés dessa mentalidade de que tudo têm de ser à borla ou quase.

O valor das propinas em Portugal continua a valores ridiculos.

Só têm de escolher entre o LCD,o ultimo apple da moda,a bimby para fazer o arroz ou formação de qualidade.

1 curso de engenharia na UP( em propinas) é igual a 5 bimbys :mrgreen:

Depois não se queixem.


Paguei o meu curso superior do meu bolso durante 6 anos numa faculdade de medicina bem reputada a nivel europeu. Os meus pais ao inves de comprarem um BMW ou ou Mercedes optaram por me proporcionar estudos de alta qualidade.

Supreende me ver o parque automovel dos estudantes universitarios portugueses, na CZ 99.99 por cento nao tinham carro e viviam nas residencias universitarias. Fico pasmado quando se considera o valor das propinas em POrtugal elevado quando depois se percebe que o nivel de vida dos estudantes e muito confortavel.

No entanto tenho a acrecentar que na republica checa o ensino universitario e universalmente gratuito.


Totalmente de acordo ticojuno666, também tive de pagar o meu, e se existe coisa que nunca entendi é o facto dos estudantes reclamarem das propinas e ver muitos deles a "estoirar" aos 50€ e mais, nas noitadas, a cada fim de semana... Por este rumo, possivelmente serão muitos deles os nossos governantes no futuro...
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Rir

por Massao1 » 4/11/2012 21:00

inda está para durar o processo em torno da demissão de Cristina Azevedo da presidência da Fundação Cidade de Guimarães (FCG). A ex-líder da organização da Capital Europeia da Cultura (CEC) exige em tribunal uma indemnização de 420 mil euros. Mas há outra rescisão de contrato que pode condicionar esta intenção: Azevedo devia ter retomado funções na Euronext Lisboa, mas negociou a saída desta empresa que gere a bolsa da capital por mútuo acordo, o que pode ser um trunfo para a Guimarães 2012.

Quando optou pelo abandono de funções na CEC, onde recebia 14.500 euros por mês (12 mil depois do corte de 30%, determinado após o PÚBLICO ter divulgado a folha de vencimentos da administração), Cristina Azevedo estabeleceu um acordo com a organização. As duas partes decidiram que a gestora seria indemnizada num valor a apurar pela diferença entre aquilo que recebia antes de ser convidada para presidir à Guimarães 2012, como vogal da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), e as suas futuras funções profissionais. Nessa altura, o presidente do Conselho Geral da FCG, Jorge Sampaio, esclareceu que a ex-presidente da administração regressaria à Euronext, aos quadros a que pertencia.

Porém, Cristina Azevedo não voltou a trabalhar na empresa, alegadamente por falta de vagas, e é no facto de não ter sido readmitida que baseia o procedimento judicial contra a FCG, apresentado em meados deste mês no Tribunal de Varas Mistas de Guimarães. Nele, a gestora exige 420 mil euros de compensação pela sua demissão, valor que é apurado tendo como referência os 6900 euros de salário que auferia na CCDR-N e os 61 meses de contrato que ainda tinha com a Guimarães 2012.

Mas a forma como a ex-presidente da Guimarães 2012 saiu da empresa bolsista pode pôr em causa esta intenção. "Houve uma rescisão por mútuo acordo com Cristina Azevedo", garantiu ao PÚBLICO a assessora de imprensa da Euronext Lisboa. A Fundação de Guimarães deverá usar este facto como argumento para contrariar o procedimento judicial lançado por Azevedo, justificando que a ex-presidente não retomou o posto de trabalho original por vontade sua e que, por isso, o pedido de indemnização perde razão de ser.

Neste momento ainda decorre o período legal durante o qual a FCG poderá pronunciar-se no âmbito do processo. A organização da Guimarães 2012 tem recusado fazer comentários públicos a este caso. O mesmo acontece com Cristina Azevedo, que se tem limitado a dizer nas últimas semanas que "confia na justiça portuguesa", sempre que os jornalistas a confrontam.

Despedida "sem justa causa"
A rescisão da ex-presidente da FCG foi negociada em Julho de 2011 e selada através de um contrato que continha uma "cláusula de silêncio", que impede os vários protagonistas de se pronunciarem sobre a saída. O acordo foi estabelecido à margem de um Conselho Geral da FCG convocado por Sampaio para analisar a quebra de confiança entre a Câmara Municipal de Guimarães e Azevedo.

Desde os primeiros meses desse ano que a administração foi alvo de várias críticas das associações culturais locais, pelo fraco envolvimento da população na preparação do evento, mas acabou por ser o autarca António Magalhães a dar a "machadada final" na relação com a gestora. Em causa estavam atrasos na apresentação de candidaturas a fundos comunitários e o adiamento de contratos de produção com a cooperativa municipal A Oficina, que também gere o Centro Cultural Vila Flor.

Este processo não é, porém, o único que a fundação terá de enfrentar por causa da mudança de protagonistas no Verão do ano passado. A vogal da administração liderada por Azevedo, Carla Morais, que foi demitida em Agosto, exige o pagamento de mais de 800 mil euros em tribunal. A antiga responsável pela organização financeira da capital da cultura diz ter sido despedida "sem justa causa" e sem o seu consentimento.

O valor da indemnização é apurado tendo por base o vencimento auferido desde o início das suas funções (12.500 euros/mês) e até ao final do contrato, previsto até 2015. O salário teve também um corte de 30%, mas Morais diz nunca ter concordado com a medida, pelo que exige a indemnização por inteiro.
 
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por mais_um » 4/11/2012 15:54

Recebi um "recado" da escola do meu filho mais novo que está no 4ºano, acabaram-se as toalhitas de papel nas casas de banho, a junta de freguesia não tem verba para continuar a comprar, assim como os trabalhos serão reduzidos porque não há verba para material.

Até compreendo o necessidade dos cortes, só não aceito é que antes de cortar nestas coisas básicas não cortem nas mordomias dos deputados e de outros governantes.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por Bar38 » 4/11/2012 15:52

alexandre7ias Escreveu:
Cortes deixarão universidades "abaixo da linha de água"
Publicado hoje às 10"A boa gestão faz-se nos detalhes, poupamos um bocadinho aqui, outro acolá, encontramos uma receita adicional além", sintetiza João Gabriel Silva, salientando que a UC "tem tido bastante sucesso na atração de estudantes estrangeiros".

A UC, que em dezembro de 2011 era frequentada por cerca de 3.700 alunos estrangeiros,.

Afinal boa gestão só nestes últimos anos!!! e agora quem paga a ma' gestão anterior.
 
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por alexandre7ias » 4/11/2012 15:23

Cortes deixarão universidades "abaixo da linha de água"
Publicado hoje às 10:09
Lusa, publicado por Graciosa Silva

Foto: Fernando Fontes/Global Imagens
O reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Gabriel Silva, espera que "o bom senso prevaleça" e que os anunciados cortes orçamentais nas universidades para o próximo ano não se concretizem.
"Vamos intensificar todos os esforços para explicar ao Governo" que o caminho que está a seguir "é uma via insustentável para o ensino superior" e que os cortes para 2013 deixarão "todas as universidades portuguesas abaixo da linha de água", afirma João Gabriel Silva em declarações à agência Lusa.

As universidades "já deram uma contribuição desproporcionada para a consolidação orçamental do país", sublinha o reitor da UC, sustentando que "isto não pode continuar, isto tem de parar".

O Orçamento de Estado para 2013, prevê "um corte adicional da ordem dos dez por cento" na dotação para as universidades, que significa "uma redução global de cerca de 40%" em três anos.

"É uma barbaridade", salienta o reitor da UC, concluindo que "este Governo não quer universidades".

Se "todos os setores da despesa pública tivessem um corte de 30%, já tínhamos despedido a 'troika'", afirma o reitor, explicitando: "basicamente, quero dizer que para o ensino superior acabou, chega , já demos uma contribuição desproporcionada", basta de "confundir esforço, empenho e boa gestão com gorduras".

O Governo, perante "a atitude construtiva" e "o imenso esforço" das universidades para "manterem tudo a funcionar e sem perdas relevantes", entende que se elas "aguentaram os cortes anteriores, podem aguentar mais cortes", mas, adverte João Gabriel Silva, nesta lógica, "o caminho que resta é o da degradação".

Os cortes já efetuados não prejudicaram de modo muito relevante o funcionamento da UC, mas "as soluções encontradas são de curto prazo", pois "os investimentos pararam" e "não houve substituição de pessoas" que saíram, "essencialmente, para a aposentação", exemplifica.

Além da redução do corpo docente e quadro de outros funcionários, sobretudo provocada por aquele tipo de saídas, a UC também baixou a despesa com serviços, como os de limpeza e vigilância, que vinham sendo prestados por empresas contratadas para o efeito, e são, agora, desempenhados por funcionários de outros setores da instituição.

"A boa gestão faz-se nos detalhes, poupamos um bocadinho aqui, outro acolá, encontramos uma receita adicional além", sintetiza João Gabriel Silva, salientando que a UC "tem tido bastante sucesso na atração de estudantes estrangeiros".

A UC, que em dezembro de 2011 era frequentada por cerca de 3.700 alunos estrangeiros, "é a universidade que, fora do Brasil, mais estudantes brasileiros bolseiros possui -- há perto de mil bolseiros, pagos pelo governo do Brasil, a estudar em Coimbra", que representam uma receita, em propinas, da ordem de um milhão de euros, por ano.
.

http://m.dn.pt/m/newsArticle?contentId= ... related=no

Quanto a conversa do parque automóvel, dos iphones e restante, devo dizer que os alunos não tem € logo sao os pais a comprar/dar possivelmente com uma idade de 45 para cima talvez um pouco mais. E são esses os responsáveis em grande parte pelo estado de Portugal.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
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por Bar38 » 4/11/2012 13:42

ticojuno666 Escreveu:
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alexandre7ias Escreveu:
Hoje às 11:22
Universidade do Porto reduz professores, corta em disciplinas e suspende obras

A redução de professores convidados e de disciplinas optativas, o cancelamento de novas obras e o desinvestimento na manutenção de edifícios são medidas que a Universidade do Porto levará a cabo com corte estatal de 9,1 milhões de euros.

A Universidade do Porto (UP) vai receber em 2013 menos 9,1 milhões de euros do Estado, um «rombo inimaginável» e «surpreendente» que compromete o normal funcionamento da maior universidade portuguesa, admitiu à Lusa o reitor, Marques dos Santos.

«Vamos lutar para que não se concretize este corte», afirmou à agência Lusa o reitor, afirmando que foi «surpreendido» com o corte real de 9,1 milhões de euros para a UP e que não foi «sério» da parte do Governo, a universidade ter tido conhecimento daquela redução através do documento do Orçamento do Estado sem ter havido diálogo.

Em entrevista à Lusa, Marques dos Santos, admitiu que o dinheiro que a UP receberá do Estado não chega para pagar os recursos humanos e que só vai conseguir pagar os ordenados dos funcionários «com verbas das receitas próprias».

Com a proposta de um corte de 9,1 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2013 não haverá dinheiro suficiente para renovar contratos de professores convidados ou não será possível realizar a manutenção de edifícios e laboratórios.

A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.

Marques dos Santos adiantou que com os cortes de 2012 e de 2013, a UP vai perder em apenas dois anos «18 milhões de euros».

A UP apresentou, em 2011, um lucro de 23,3 milhões de euros, aumentando o resultado líquido em 143 por cento face a 2010, revelou o Relatório de Contas daquela instituição universitária.

A Universidade do Porto é a mais bem classificada em Portugal em sete dos principais rankings internacionais e está entre as 100 melhores universidades da Europa, revela o Relatório de Contas daquela instituição de ensino superior.

Lusa/SOL
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A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.



Espectáculo ,25€ menos que propina máxima será com certeza uma grande ajuda!


Parece-me que pagar 999 euros/ano de propinas naquela que é reconhecida como uma das melhores Universidades do País é manifestamente pouco,mas até percebo que comprar um iphone xpto para o menino/menina ou uma bimby é muito mais prioritário do que pagar 99 euros/mês para se ter uma boa formação e um futuro aqui ou noutro lado qualquer.

Tive a sorte de estudar na U. de Lisboa,faculdade de ciências,e aprendi a dar valor aos gastos brutais com material utilizado de forma gratuita e ao mesmo tempo a fugir a sete pés dessa mentalidade de que tudo têm de ser à borla ou quase.

O valor das propinas em Portugal continua a valores ridiculos.

Só têm de escolher entre o LCD,o ultimo apple da moda,a bimby para fazer o arroz ou formação de qualidade.

1 curso de engenharia na UP( em propinas) é igual a 5 bimbys :mrgreen:

Depois não se queixem.


Paguei o meu curso superior do meu bolso durante 6 anos numa faculdade de medicina bem reputada a nivel europeu. Os meus pais ao inves de comprarem um BMW ou ou Mercedes optaram por me proporcionar estudos de alta qualidade.

Supreende me ver o parque automovel dos estudantes universitarios portugueses, na CZ 99.99 por cento nao tinham carro e viviam nas residencias universitarias. Fico pasmado quando se considera o valor das propinas em POrtugal elevado quando depois se percebe que o nivel de vida dos estudantes e muito confortavel.

No entanto tenho a acrecentar que na republica checa o ensino universitario e universalmente gratuito.
Ao que me queria referir , não era se o ensino e' caro ou barato o que muito discutível na Suécia recebes bolsas de estudo de 1000€ ,mas si ao embandeirar a portuguesa com medidas que nem servem os alunos nem as faculdades.
 
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por Aboubaibuskar » 4/11/2012 13:33

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Universidade do Porto reduz professores, corta em disciplinas e suspende obras

A redução de professores convidados e de disciplinas optativas, o cancelamento de novas obras e o desinvestimento na manutenção de edifícios são medidas que a Universidade do Porto levará a cabo com corte estatal de 9,1 milhões de euros.

A Universidade do Porto (UP) vai receber em 2013 menos 9,1 milhões de euros do Estado, um «rombo inimaginável» e «surpreendente» que compromete o normal funcionamento da maior universidade portuguesa, admitiu à Lusa o reitor, Marques dos Santos.

«Vamos lutar para que não se concretize este corte», afirmou à agência Lusa o reitor, afirmando que foi «surpreendido» com o corte real de 9,1 milhões de euros para a UP e que não foi «sério» da parte do Governo, a universidade ter tido conhecimento daquela redução através do documento do Orçamento do Estado sem ter havido diálogo.

Em entrevista à Lusa, Marques dos Santos, admitiu que o dinheiro que a UP receberá do Estado não chega para pagar os recursos humanos e que só vai conseguir pagar os ordenados dos funcionários «com verbas das receitas próprias».

Com a proposta de um corte de 9,1 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2013 não haverá dinheiro suficiente para renovar contratos de professores convidados ou não será possível realizar a manutenção de edifícios e laboratórios.

A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.

Marques dos Santos adiantou que com os cortes de 2012 e de 2013, a UP vai perder em apenas dois anos «18 milhões de euros».

A UP apresentou, em 2011, um lucro de 23,3 milhões de euros, aumentando o resultado líquido em 143 por cento face a 2010, revelou o Relatório de Contas daquela instituição universitária.

A Universidade do Porto é a mais bem classificada em Portugal em sete dos principais rankings internacionais e está entre as 100 melhores universidades da Europa, revela o Relatório de Contas daquela instituição de ensino superior.

Lusa/SOL
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A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.



Espectáculo ,25€ menos que propina máxima será com certeza uma grande ajuda!


Parece-me que pagar 999 euros/ano de propinas naquela que é reconhecida como uma das melhores Universidades do País é manifestamente pouco,mas até percebo que comprar um iphone xpto para o menino/menina ou uma bimby é muito mais prioritário do que pagar 99 euros/mês para se ter uma boa formação e um futuro aqui ou noutro lado qualquer.

Tive a sorte de estudar na U. de Lisboa,faculdade de ciências,e aprendi a dar valor aos gastos brutais com material utilizado de forma gratuita e ao mesmo tempo a fugir a sete pés dessa mentalidade de que tudo têm de ser à borla ou quase.

O valor das propinas em Portugal continua a valores ridiculos.

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Depois não se queixem.


mapamen, mais de 90% dos estudantes universitários não podem optar entre bimbys e o curso superior. Muito menos quando se têm de deslocar da zona de residência e pagar uma renda.
Concordo que as propinas sejam reduzidas em Portugal, mas apenas 10% da população pode pagar mais.
 
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por richardj » 4/11/2012 13:23

o valor da propina acaba por ser relativo. Reparem, no publico, o valor da propina não cobre todas as despesas relativas aos serviços que estão a ser prestados. Ou seja, por exemplo, um curso de engenharia tem +- um custo médio por aluno de 7000 euros por ano. 1000 euros são pagos pelos pais através das propinas. O restante é pago pelos pais através de IRS e IVA e pelas empresas através de IRC (genericamente).

o valor das propinas é apenas um valor para que directamente a maioria das pessoa possa contribuir, mas no fundo pagas tudo à mesma. Apenas aqueles que tem menos possibilidades é que acabam por pagar menos (porque contribuem menos com IRS, IVA etc não chegam para cobrir a sua parte). Essa é paga por aqueles que contribuíram mais do que o serviço que lhes está a ser prestado. Ou seja ser "gratuito" ou não acaba por ser "irrelevante", o custo está lá e será pago, directa ou indirectamente pelos contribuintes. Agora se meterem propinas muito elevadas, algumas pessoas não as vão conseguir pagar "directamente". Mas também existem apoios sociais...
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por ticojuno666 » 4/11/2012 13:06

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A redução de professores convidados e de disciplinas optativas, o cancelamento de novas obras e o desinvestimento na manutenção de edifícios são medidas que a Universidade do Porto levará a cabo com corte estatal de 9,1 milhões de euros.

A Universidade do Porto (UP) vai receber em 2013 menos 9,1 milhões de euros do Estado, um «rombo inimaginável» e «surpreendente» que compromete o normal funcionamento da maior universidade portuguesa, admitiu à Lusa o reitor, Marques dos Santos.

«Vamos lutar para que não se concretize este corte», afirmou à agência Lusa o reitor, afirmando que foi «surpreendido» com o corte real de 9,1 milhões de euros para a UP e que não foi «sério» da parte do Governo, a universidade ter tido conhecimento daquela redução através do documento do Orçamento do Estado sem ter havido diálogo.

Em entrevista à Lusa, Marques dos Santos, admitiu que o dinheiro que a UP receberá do Estado não chega para pagar os recursos humanos e que só vai conseguir pagar os ordenados dos funcionários «com verbas das receitas próprias».

Com a proposta de um corte de 9,1 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2013 não haverá dinheiro suficiente para renovar contratos de professores convidados ou não será possível realizar a manutenção de edifícios e laboratórios.

A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.

Marques dos Santos adiantou que com os cortes de 2012 e de 2013, a UP vai perder em apenas dois anos «18 milhões de euros».

A UP apresentou, em 2011, um lucro de 23,3 milhões de euros, aumentando o resultado líquido em 143 por cento face a 2010, revelou o Relatório de Contas daquela instituição universitária.

A Universidade do Porto é a mais bem classificada em Portugal em sete dos principais rankings internacionais e está entre as 100 melhores universidades da Europa, revela o Relatório de Contas daquela instituição de ensino superior.

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A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.



Espectáculo ,25€ menos que propina máxima será com certeza uma grande ajuda!


Parece-me que pagar 999 euros/ano de propinas naquela que é reconhecida como uma das melhores Universidades do País é manifestamente pouco,mas até percebo que comprar um iphone xpto para o menino/menina ou uma bimby é muito mais prioritário do que pagar 99 euros/mês para se ter uma boa formação e um futuro aqui ou noutro lado qualquer.

Tive a sorte de estudar na U. de Lisboa,faculdade de ciências,e aprendi a dar valor aos gastos brutais com material utilizado de forma gratuita e ao mesmo tempo a fugir a sete pés dessa mentalidade de que tudo têm de ser à borla ou quase.

O valor das propinas em Portugal continua a valores ridiculos.

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Paguei o meu curso superior do meu bolso durante 6 anos numa faculdade de medicina bem reputada a nivel europeu. Os meus pais ao inves de comprarem um BMW ou ou Mercedes optaram por me proporcionar estudos de alta qualidade.

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por mapaman » 4/11/2012 12:27

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Universidade do Porto reduz professores, corta em disciplinas e suspende obras

A redução de professores convidados e de disciplinas optativas, o cancelamento de novas obras e o desinvestimento na manutenção de edifícios são medidas que a Universidade do Porto levará a cabo com corte estatal de 9,1 milhões de euros.

A Universidade do Porto (UP) vai receber em 2013 menos 9,1 milhões de euros do Estado, um «rombo inimaginável» e «surpreendente» que compromete o normal funcionamento da maior universidade portuguesa, admitiu à Lusa o reitor, Marques dos Santos.

«Vamos lutar para que não se concretize este corte», afirmou à agência Lusa o reitor, afirmando que foi «surpreendido» com o corte real de 9,1 milhões de euros para a UP e que não foi «sério» da parte do Governo, a universidade ter tido conhecimento daquela redução através do documento do Orçamento do Estado sem ter havido diálogo.

Em entrevista à Lusa, Marques dos Santos, admitiu que o dinheiro que a UP receberá do Estado não chega para pagar os recursos humanos e que só vai conseguir pagar os ordenados dos funcionários «com verbas das receitas próprias».

Com a proposta de um corte de 9,1 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2013 não haverá dinheiro suficiente para renovar contratos de professores convidados ou não será possível realizar a manutenção de edifícios e laboratórios.

A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.

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A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.



Espectáculo ,25€ menos que propina máxima será com certeza uma grande ajuda!


Parece-me que pagar 999 euros/ano de propinas naquela que é reconhecida como uma das melhores Universidades do País é manifestamente pouco,mas até percebo que comprar um iphone xpto para o menino/menina ou uma bimby é muito mais prioritário do que pagar 99 euros/mês para se ter uma boa formação e um futuro aqui ou noutro lado qualquer.

Tive a sorte de estudar na U. de Lisboa,faculdade de ciências,e aprendi a dar valor aos gastos brutais com material utilizado de forma gratuita e ao mesmo tempo a fugir a sete pés dessa mentalidade de que tudo têm de ser à borla ou quase.

O valor das propinas em Portugal continua a valores ridiculos.

Só têm de escolher entre o LCD,o ultimo apple da moda,a bimby para fazer o arroz ou formação de qualidade.

1 curso de engenharia na UP( em propinas) é igual a 5 bimbys :mrgreen:

Depois não se queixem.
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
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por Bar38 » 4/11/2012 1:52

alexandre7ias Escreveu:
Hoje às 11:22
Universidade do Porto reduz professores, corta em disciplinas e suspende obras

A redução de professores convidados e de disciplinas optativas, o cancelamento de novas obras e o desinvestimento na manutenção de edifícios são medidas que a Universidade do Porto levará a cabo com corte estatal de 9,1 milhões de euros.

A Universidade do Porto (UP) vai receber em 2013 menos 9,1 milhões de euros do Estado, um «rombo inimaginável» e «surpreendente» que compromete o normal funcionamento da maior universidade portuguesa, admitiu à Lusa o reitor, Marques dos Santos.

«Vamos lutar para que não se concretize este corte», afirmou à agência Lusa o reitor, afirmando que foi «surpreendido» com o corte real de 9,1 milhões de euros para a UP e que não foi «sério» da parte do Governo, a universidade ter tido conhecimento daquela redução através do documento do Orçamento do Estado sem ter havido diálogo.

Em entrevista à Lusa, Marques dos Santos, admitiu que o dinheiro que a UP receberá do Estado não chega para pagar os recursos humanos e que só vai conseguir pagar os ordenados dos funcionários «com verbas das receitas próprias».

Com a proposta de um corte de 9,1 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2013 não haverá dinheiro suficiente para renovar contratos de professores convidados ou não será possível realizar a manutenção de edifícios e laboratórios.

A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.

Marques dos Santos adiantou que com os cortes de 2012 e de 2013, a UP vai perder em apenas dois anos «18 milhões de euros».

A UP apresentou, em 2011, um lucro de 23,3 milhões de euros, aumentando o resultado líquido em 143 por cento face a 2010, revelou o Relatório de Contas daquela instituição universitária.

A Universidade do Porto é a mais bem classificada em Portugal em sete dos principais rankings internacionais e está entre as 100 melhores universidades da Europa, revela o Relatório de Contas daquela instituição de ensino superior.

Lusa/SOL
.


A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.



Espectáculo ,25€ menos que propina máxima será com certeza uma grande ajuda!
 
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por BearManBull » 3/11/2012 23:46

alexandre7ias Escreveu:
Hoje às 11:22
Universidade do Porto reduz professores, corta em disciplinas e suspende obras

A redução de professores convidados e de disciplinas optativas, o cancelamento de novas obras e o desinvestimento na manutenção de edifícios são medidas que a Universidade do Porto levará a cabo com corte estatal de 9,1 milhões de euros.

A Universidade do Porto (UP) vai receber em 2013 menos 9,1 milhões de euros do Estado, um «rombo inimaginável» e «surpreendente» que compromete o normal funcionamento da maior universidade portuguesa, admitiu à Lusa o reitor, Marques dos Santos.

«Vamos lutar para que não se concretize este corte», afirmou à agência Lusa o reitor, afirmando que foi «surpreendido» com o corte real de 9,1 milhões de euros para a UP e que não foi «sério» da parte do Governo, a universidade ter tido conhecimento daquela redução através do documento do Orçamento do Estado sem ter havido diálogo.

Em entrevista à Lusa, Marques dos Santos, admitiu que o dinheiro que a UP receberá do Estado não chega para pagar os recursos humanos e que só vai conseguir pagar os ordenados dos funcionários «com verbas das receitas próprias».

Com a proposta de um corte de 9,1 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2013 não haverá dinheiro suficiente para renovar contratos de professores convidados ou não será possível realizar a manutenção de edifícios e laboratórios.

A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.

Marques dos Santos adiantou que com os cortes de 2012 e de 2013, a UP vai perder em apenas dois anos «18 milhões de euros».

A UP apresentou, em 2011, um lucro de 23,3 milhões de euros, aumentando o resultado líquido em 143 por cento face a 2010, revelou o Relatório de Contas daquela instituição universitária.

A Universidade do Porto é a mais bem classificada em Portugal em sete dos principais rankings internacionais e está entre as 100 melhores universidades da Europa, revela o Relatório de Contas daquela instituição de ensino superior.

Lusa/SOL
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Bons velhos tempos em que todos os anos havia PCs novos a cada semestre.

9,1M são uma gota de água é fácil poupar bem mais do que isso sem ter grande impacto no desempenho das instituições académicas.
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por alexandre7ias » 3/11/2012 21:56

Portugueses cortam na diversão, viagens e refeições fora
Económico com Lusa
03/11/12 11:16
Um autor que se proponha romancear o período de dificuldades que a população portuguesa atravessa e quiser baptizar a crise com algum rigor matemático pode chamar-lhe 'senhora dez por cento'.
Dados reunidos pela agência Lusa revelam que é à volta dessa percentagem que se situam muitas das quedas no consumo apuradas durante o presente ano, relativamente a 2011, quando a queda na disponibilidade financeira das pessoas já era acentuada.
Os números com maiores dimensões surgem no transporte pesado que são os comboios. Este ano, até final de setembro, a quebra no número de passageiros da CP ultrapassou os 10,7 milhões de passageiros, em relação ao mesmo período de 2011, revelam os números disponibilizados à Lusa pelas relações públicas da empresa.
A descida é de 11% e traduz-se numa queda de 95,6 milhões de utentes para 84,9 milhões, quando se comparam os dois períodos de nove meses.
Tendência parecida surge quando se aborda a questão do transporte rodoviário. A queda no consumo de combustíveis lá está a rondar os mesmos 10%.
Os últimos dados disponibilizados pela Direcção Geral da Energia e Geologia, referentes a Agosto passado, situam o decréscimo dos gastos nos postos de abastecimento de combustíveis em 9,2% no caso da gasolina e de 9,3% no gasóleo. A única excepção à quebra foi o gás GPL para automóveis, cujo consumo aumentou 8,1%.
A deslocarem-se menos, é natural que esse corte se reflicta em termos na diversão e nas chamadas saídas à noite. Percentagens calculadas com base nos dados da empresa que disponibiliza o pagamento a através de cartões bancários indicam que a descida nesse campo foi de 11,1% Setembro, se comparado com o que aconteceu no mesmo mês de 2011.
Embora excluam os pagamentos feitos a dinheiro, estes são os elementos em que se baseiam as análises estatísticas, feitas pelo portal www.conheceracrise.com, que pelo mesmo método calculam a descida nos almoços ou jantares fora de casa em 7,9%.
A sair menos e a fazer menos refeições fora de casa, surge como natural uma queda nas idas ao cinema, neste caso bem acima dos tais "dez por cento", atingindo os 17% no primeiro semestre deste ano, relativamente aos primeiros seis meses de 2011.
No mesmo patamar surgem os cortes nas viagens, que em Setembro foram de menos 16,9%, em relação ao mês homólogo do ano passado.
O recurso ao alojamento na hotelaria nacional também acusa os tempos difíceis e apresenta quebras que vão desde a descida de 6,1 por cento em Agosto, o mês de maior procura, aos -21,4% em Abril ou -9,6 por cento em Maio.
Ir cuidar da boa forma física para ginásios também desceu um quinto em Setembro (-19,7%) e as deslocações para aprimorar a imagem nos cabeleireiros caiu igualmente, em 17,1%.
Acentuada foi também a redução nas idas ao futebol, que se pode calcular em 15%, quando comparada a média das sete jornadas cumpridas este ano na Liga Zon Sagres, o campeonato principal, com o número de espectadores que em cada jornada foram aos estádios no ano passado.
Em 2011, a média de pessoas que assistiu aos oito jogos de cada jornada na época passada foi de 87.665, valor que baixou para 73.709 na presente temporada.

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por alexandre7ias » 3/11/2012 21:53

Portugueses cortam na diversão, viagens e refeições fora
Económico com Lusa
03/11/12 11:16
Um autor que se proponha romancear o período de dificuldades que a população portuguesa atravessa e quiser baptizar a crise com algum rigor matemático pode chamar-lhe 'senhora dez por cento'.
Dados reunidos pela agência Lusa revelam que é à volta dessa percentagem que se situam muitas das quedas no consumo apuradas durante o presente ano, relativamente a 2011, quando a queda na disponibilidade financeira das pessoas já era acentuada.
Os números com maiores dimensões surgem no transporte pesado que são os comboios. Este ano, até final de setembro, a quebra no número de passageiros da CP ultrapassou os 10,7 milhões de passageiros, em relação ao mesmo período de 2011, revelam os números disponibilizados à Lusa pelas relações públicas da empresa.
A descida é de 11% e traduz-se numa queda de 95,6 milhões de utentes para 84,9 milhões, quando se comparam os dois períodos de nove meses.
Tendência parecida surge quando se aborda a questão do transporte rodoviário. A queda no consumo de combustíveis lá está a rondar os mesmos 10%.
Os últimos dados disponibilizados pela Direcção Geral da Energia e Geologia, referentes a Agosto passado, situam o decréscimo dos gastos nos postos de abastecimento de combustíveis em 9,2% no caso da gasolina e de 9,3% no gasóleo. A única excepção à quebra foi o gás GPL para automóveis, cujo consumo aumentou 8,1%.
A deslocarem-se menos, é natural que esse corte se reflicta em termos na diversão e nas chamadas saídas à noite. Percentagens calculadas com base nos dados da empresa que disponibiliza o pagamento a através de cartões bancários indicam que a descida nesse campo foi de 11,1% Setembro, se comparado com o que aconteceu no mesmo mês de 2011.
Embora excluam os pagamentos feitos a dinheiro, estes são os elementos em que se baseiam as análises estatísticas, feitas pelo portal www.conheceracrise.com, que pelo mesmo método calculam a descida nos almoços ou jantares fora de casa em 7,9%.
A sair menos e a fazer menos refeições fora de casa, surge como natural uma queda nas idas ao cinema, neste caso bem acima dos tais "dez por cento", atingindo os 17% no primeiro semestre deste ano, relativamente aos primeiros seis meses de 2011.
No mesmo patamar surgem os cortes nas viagens, que em Setembro foram de menos 16,9%, em relação ao mês homólogo do ano passado.
O recurso ao alojamento na hotelaria nacional também acusa os tempos difíceis e apresenta quebras que vão desde a descida de 6,1 por cento em Agosto, o mês de maior procura, aos -21,4% em Abril ou -9,6 por cento em Maio.
Ir cuidar da boa forma física para ginásios também desceu um quinto em Setembro (-19,7%) e as deslocações para aprimorar a imagem nos cabeleireiros caiu igualmente, em 17,1%.
Acentuada foi também a redução nas idas ao futebol, que se pode calcular em 15%, quando comparada a média das sete jornadas cumpridas este ano na Liga Zon Sagres, o campeonato principal, com o número de espectadores que em cada jornada foram aos estádios no ano passado.
Em 2011, a média de pessoas que assistiu aos oito jogos de cada jornada na época passada foi de 87.665, valor que baixou para 73.709 na presente temporada.

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por alexandre7ias » 3/11/2012 19:27

Hoje às 11:22
Universidade do Porto reduz professores, corta em disciplinas e suspende obras

A redução de professores convidados e de disciplinas optativas, o cancelamento de novas obras e o desinvestimento na manutenção de edifícios são medidas que a Universidade do Porto levará a cabo com corte estatal de 9,1 milhões de euros.

A Universidade do Porto (UP) vai receber em 2013 menos 9,1 milhões de euros do Estado, um «rombo inimaginável» e «surpreendente» que compromete o normal funcionamento da maior universidade portuguesa, admitiu à Lusa o reitor, Marques dos Santos.

«Vamos lutar para que não se concretize este corte», afirmou à agência Lusa o reitor, afirmando que foi «surpreendido» com o corte real de 9,1 milhões de euros para a UP e que não foi «sério» da parte do Governo, a universidade ter tido conhecimento daquela redução através do documento do Orçamento do Estado sem ter havido diálogo.

Em entrevista à Lusa, Marques dos Santos, admitiu que o dinheiro que a UP receberá do Estado não chega para pagar os recursos humanos e que só vai conseguir pagar os ordenados dos funcionários «com verbas das receitas próprias».

Com a proposta de um corte de 9,1 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2013 não haverá dinheiro suficiente para renovar contratos de professores convidados ou não será possível realizar a manutenção de edifícios e laboratórios.

A UP não está a praticar a propina máxima de 1.024 euros, está a praticar a propina do ano anterior – 999 euros, uma decisão do Conselho Geral daquela universidade, «tendo em conta as dificuldades que o país atravessa e que os estudantes atravessam», adiantou fonte da assessoria de imprensa da UP.

Marques dos Santos adiantou que com os cortes de 2012 e de 2013, a UP vai perder em apenas dois anos «18 milhões de euros».

A UP apresentou, em 2011, um lucro de 23,3 milhões de euros, aumentando o resultado líquido em 143 por cento face a 2010, revelou o Relatório de Contas daquela instituição universitária.

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por Sr_SNiper » 3/11/2012 18:21

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por mais_um » 3/11/2012 18:17

Sr_SNiper Escreveu:Estes números estão corretos? Onde os foste buscar?


Se não estão, anda muito perto.

Fonte da noticia:

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=62234

No fim de Setembro a divida directa era de quase 190 mil milhões de €.

http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2012/E ... _Flows.xls
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por Sr_SNiper » 3/11/2012 18:06

alexandre7ias Escreveu:
No último ano e meio, a dívida pública portuguesa foi a segunda que mais cresceu em toda a Europa, subindo a um ritmo três vezes superior à média dos seus parceiros do euro. E dentro de poucos meses irá ultrapassar a barreira dos 200 mil milhões de euros, um valor nunca imaginado pela troika quando chegou a Portugal.

Se o Governo tem tido dificuldades em controlar as metas do défice orçamental – seja através de medidas extraordinárias ou mais tempo – a dívida pública está a ter uma evolução que dá sinais de descontrolo e que ‘abre portas’ a um eventual perdão dos credores, como foi efectuado à Grécia no início deste ano.

A intervenção externa da troika acelerou esta tendência e a austeridade imposta fez o resto. Apesar de continuarem a sublinhar que a dívida portuguesa é sustentável, os credores externos (compostos pelo Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) continuam a ver a dívida do Estado a subir sem parar e a um ritmo que nem o Governo, nem os credores esperavam.

A cada revisão trimestral, a troika tem sido obrigada a rever em alta a evolução da dívida. Em cinco visitas, foram cinco revisões em alta. Os credores continuam a referir que a dívida permanece num nível sustentável, mas o tom parece estar a mudar. No relatório sobre a quinta avaliação, feito pelo FMI e divulgado ontem, a troika alertou que a margem de manobra para controlar a evolução da dívida portuguesa é, cada vez, «mais estreita». Em reacção, o Governo informou que irá alargar o programa de privatizações – originalmente orçado em 5 mil milhões de euros – para tentar baixar a dívida pública.

Quando desenharam o programa de assistência a Portugal – corria o mês de Junho de 2011 –, os credores externos acreditavam que a dívida pública iria atingir um pico de 198 mil milhões de euros apenas nos quatro anos seguintes, ou seja, em 2015. Mas essa marca foi ultrapassada em Junho passado – exactamente um ano depois –, segundo dados revelados, esta semana, pelo Eurostat.

Portugal lidera subidas

O gabinete de estatística da CE revelou outros valores: a dívida lusa foi a segunda que mais subiu em toda a União Europeia – atrás do Chipre – entre o primeiro trimestre de 2011 e o final de Junho deste ano (um salto de 10,6 pontos percentuais até 117,5% do PIB, o que corresponde a um aumento de 10,3%). E a dívida do Estado português está também a crescer a um ritmo três vezes superior à média da Zona Euro (3%). O facto de Portugal estar a endividar-se três vezes mais do que os seus parceiros do euro é apenas um dos sinais de como a dívida pública está a entrar num patamar insustentável.

Apesar de, em percentagem do PIB atingir um máximo no próximo ano, a dívida em valor absoluto vai continuar a crescer, pelo menos, até 2016 – atingindo 214 mil milhões de euros, um valor eventualmente pesado para uma economia que não vai crescer até 2014 e em que as exportações contam apenas para 30% do PIB.

O ‘fardo’ do endividamento irá continuar a pesar nos encargos com juros nas contas públicas até 2016 – um preço médio de 5% do PIB ou 8 mil milhões de euros todos os anos – dificultando as metas do défice orçamental, as condições de financiamento do país e das empresas, e impossibilitando a eventual subida dos ratings. Portugal está a gastar mais em juros do que em despesas na Educação, por exemplo.

A renegociação da dívida é uma hipótese cada vez mais discutida entre economistas, governantes e analistas, e vista por muitos como um evento inevitável. Só esta semana, essa solução foi sugerida pela Economist Intelligence Unit, as três agências de rating (segundo o DN) e Miguel Cadilhe, ex-ministro das Finanças.

A solução de um perdão de dívida – por exemplo, o não pagamento de metade colocaria a dívida nos 60% do PIB, nível exigido por Bruxelas e valor equivalente ao de Portugal nos anos anteriores à crise – é uma das hipótese mais comentadas. É violenta, mas os impactos na resolução do endividamento poderiam marcar um novo início. Recorde-se que em 2007, a dívida pública portuguesa estava ao nível da alemã e ligeiramente abaixo da média europeia, rondando os 70% do PIB.

Apesar de ser, fortemente, penalizador para a imagem de um país – nomeadamente, afastando investidores estrangeiros – o facto é que um perdão de dívida poderá não ter os efeitos catastróficos e de contágio que muitos preconizam. Veja-se o caso grego. Atenas avançou para uma reestruturação da dívida dos credores privados em Março de 2012. E após o resgate e as acções de Bruxelas, a pressão sobre os juros desceu de forma significativa em toda a periferia, desde a Irlanda, à Grécia ou Portugal. No nosso caso, por exemplo, os juros a dois anos recuaram de um máximo de mais de 20% em Fevereiro de 2012 para níveis de 5%, abaixo do cobrado antes do resgate.

Estes valores evidenciam que, se apoiada com medidas ao nível europeu – como foi o reforço dos fundos de resgate ou as operações de liquidez do BCE – este tipo de operações poderá ter resultados benéficos e limitar o efeito de contágio, como aconteceu na Grécia.

A discussão sobre um eventual perdão da dívida deverá continuar como ponto central nos próximos meses. Se Portugal não conseguir regressar aos mercados em 2013, como acordado com a troika, e tiver de accionar um segundo resgate, Lisboa poderá seguir as pisadas de Atenas.
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Estes números estão corretos? Onde os foste buscar?
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por alexandre7ias » 3/11/2012 16:13

No último ano e meio, a dívida pública portuguesa foi a segunda que mais cresceu em toda a Europa, subindo a um ritmo três vezes superior à média dos seus parceiros do euro. E dentro de poucos meses irá ultrapassar a barreira dos 200 mil milhões de euros, um valor nunca imaginado pela troika quando chegou a Portugal.

Se o Governo tem tido dificuldades em controlar as metas do défice orçamental – seja através de medidas extraordinárias ou mais tempo – a dívida pública está a ter uma evolução que dá sinais de descontrolo e que ‘abre portas’ a um eventual perdão dos credores, como foi efectuado à Grécia no início deste ano.

A intervenção externa da troika acelerou esta tendência e a austeridade imposta fez o resto. Apesar de continuarem a sublinhar que a dívida portuguesa é sustentável, os credores externos (compostos pelo Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) continuam a ver a dívida do Estado a subir sem parar e a um ritmo que nem o Governo, nem os credores esperavam.

A cada revisão trimestral, a troika tem sido obrigada a rever em alta a evolução da dívida. Em cinco visitas, foram cinco revisões em alta. Os credores continuam a referir que a dívida permanece num nível sustentável, mas o tom parece estar a mudar. No relatório sobre a quinta avaliação, feito pelo FMI e divulgado ontem, a troika alertou que a margem de manobra para controlar a evolução da dívida portuguesa é, cada vez, «mais estreita». Em reacção, o Governo informou que irá alargar o programa de privatizações – originalmente orçado em 5 mil milhões de euros – para tentar baixar a dívida pública.

Quando desenharam o programa de assistência a Portugal – corria o mês de Junho de 2011 –, os credores externos acreditavam que a dívida pública iria atingir um pico de 198 mil milhões de euros apenas nos quatro anos seguintes, ou seja, em 2015. Mas essa marca foi ultrapassada em Junho passado – exactamente um ano depois –, segundo dados revelados, esta semana, pelo Eurostat.

Portugal lidera subidas

O gabinete de estatística da CE revelou outros valores: a dívida lusa foi a segunda que mais subiu em toda a União Europeia – atrás do Chipre – entre o primeiro trimestre de 2011 e o final de Junho deste ano (um salto de 10,6 pontos percentuais até 117,5% do PIB, o que corresponde a um aumento de 10,3%). E a dívida do Estado português está também a crescer a um ritmo três vezes superior à média da Zona Euro (3%). O facto de Portugal estar a endividar-se três vezes mais do que os seus parceiros do euro é apenas um dos sinais de como a dívida pública está a entrar num patamar insustentável.

Apesar de, em percentagem do PIB atingir um máximo no próximo ano, a dívida em valor absoluto vai continuar a crescer, pelo menos, até 2016 – atingindo 214 mil milhões de euros, um valor eventualmente pesado para uma economia que não vai crescer até 2014 e em que as exportações contam apenas para 30% do PIB.

O ‘fardo’ do endividamento irá continuar a pesar nos encargos com juros nas contas públicas até 2016 – um preço médio de 5% do PIB ou 8 mil milhões de euros todos os anos – dificultando as metas do défice orçamental, as condições de financiamento do país e das empresas, e impossibilitando a eventual subida dos ratings. Portugal está a gastar mais em juros do que em despesas na Educação, por exemplo.

A renegociação da dívida é uma hipótese cada vez mais discutida entre economistas, governantes e analistas, e vista por muitos como um evento inevitável. Só esta semana, essa solução foi sugerida pela Economist Intelligence Unit, as três agências de rating (segundo o DN) e Miguel Cadilhe, ex-ministro das Finanças.

A solução de um perdão de dívida – por exemplo, o não pagamento de metade colocaria a dívida nos 60% do PIB, nível exigido por Bruxelas e valor equivalente ao de Portugal nos anos anteriores à crise – é uma das hipótese mais comentadas. É violenta, mas os impactos na resolução do endividamento poderiam marcar um novo início. Recorde-se que em 2007, a dívida pública portuguesa estava ao nível da alemã e ligeiramente abaixo da média europeia, rondando os 70% do PIB.

Apesar de ser, fortemente, penalizador para a imagem de um país – nomeadamente, afastando investidores estrangeiros – o facto é que um perdão de dívida poderá não ter os efeitos catastróficos e de contágio que muitos preconizam. Veja-se o caso grego. Atenas avançou para uma reestruturação da dívida dos credores privados em Março de 2012. E após o resgate e as acções de Bruxelas, a pressão sobre os juros desceu de forma significativa em toda a periferia, desde a Irlanda, à Grécia ou Portugal. No nosso caso, por exemplo, os juros a dois anos recuaram de um máximo de mais de 20% em Fevereiro de 2012 para níveis de 5%, abaixo do cobrado antes do resgate.

Estes valores evidenciam que, se apoiada com medidas ao nível europeu – como foi o reforço dos fundos de resgate ou as operações de liquidez do BCE – este tipo de operações poderá ter resultados benéficos e limitar o efeito de contágio, como aconteceu na Grécia.

A discussão sobre um eventual perdão da dívida deverá continuar como ponto central nos próximos meses. Se Portugal não conseguir regressar aos mercados em 2013, como acordado com a troika, e tiver de accionar um segundo resgate, Lisboa poderá seguir as pisadas de Atenas.
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por Investbem » 3/11/2012 11:26

mais_um Escreveu:
Renegade Escreveu:
mais_um Escreveu:acabar com a totalidade dos apoios às fundações, acabar com os benefícios fiscais das fundações,


Cada caso é um caso.

Na minha cidade, Porto, a Fundação Serralves faz um trabalho IMPAR à população. Nas inúmeras e constantes iniciativas que estas Fundação tem, aquilo fica cheio como um ovo, é meia cidade que lá cai.
O que a CMP faz de menos com a cultura, esta Fundação faz um óptimo trabalho para complementar essa falta.

Disclaimer: Não trabalho, nem conheço ninguém que trabalhe directa ou indirectamente com esta Fundação.


Conheço a Fundação Serralves, não questiono o interesse publico (desta e de outras fundações), mas neste momento há que canalizar os recursos públicos para áreas mais importantes como a saúde ou educação.


Também conheço bastante bem a Fundação de Serralves e mesmo a Casa da Musica, mas não posso deixar de estar de acordo com o mais_um, se fosse cortado por completo o apoio às fundações, aí sim, se veria quais aquelas que realmente são fundações de raiz. Duvido que veriamos dezenas e dezenas delas a fechar de imediato, principalmente as que têm nomes mais sonantes, como Fundação Mario Soares, Luis Figo, Vitor Baía, etc, etc, etc...
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por _urbanista_ » 3/11/2012 2:41

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por K. » 3/11/2012 2:12

artista, estou a par dos cortes na Educação dos últimos anos, o que só reforça os argumentos que apresento defendendo que não é possível cortar mais (a discussão é sobre o futuro, certo?) nesta área.

No post acima tentei chamar a atenção para um factor que muitas vezes é esquecido nestes debates e que certamente é um dos mais importantes na decisão política: a força dos lobbys interessados na decisão.


Em relação à Segurança Social, o Banesto respondeu de facto à pergunta.

Neste momento, o sector do Estado com mais potencial para grupos privados parece ser mesmo a Saúde, daí tudo levar a crer que os cortes sigam nessa direcção.
 
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por Texano Bill » 3/11/2012 1:34

mais_um Escreveu:Claro que falta! Esse mapa é só da administração central, falta a segurança social, por exemplo.

Este tem as contas todas:

http://www.dgo.pt/execucaoorcamental/Pa ... es=Outubro

Leiam o documento todo para perceberem os mapas.


Obrigado pelo esclarecimento, da 1ª vez que abri o documento fiquei com a impressão que esse 1º mapa resumia todos os gastos no global.

artista Escreveu:Não percebi qual a relação entre os bancos e um possível corte na segurança social?!


Não sou o K. mas penso que ele poderia estar a referir-se à situação de privatização de parte da Seg. Social, e que beneficiaria bancos e financeiras como consequência do aumento da comercialização de PPR e outros fundos de poupança. Como sairiam beneficiados, estes agentes tenderiam a exercer pressão para que a liberalização neste sector fosse para a frente.
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por mais_um » 3/11/2012 1:12

Renegade Escreveu:
mais_um Escreveu:acabar com a totalidade dos apoios às fundações, acabar com os benefícios fiscais das fundações,


Cada caso é um caso.

Na minha cidade, Porto, a Fundação Serralves faz um trabalho IMPAR à população. Nas inúmeras e constantes iniciativas que estas Fundação tem, aquilo fica cheio como um ovo, é meia cidade que lá cai.
O que a CMP faz de menos com a cultura, esta Fundação faz um óptimo trabalho para complementar essa falta.

Disclaimer: Não trabalho, nem conheço ninguém que trabalhe directa ou indirectamente com esta Fundação.


Conheço a Fundação Serralves, não questiono o interesse publico (desta e de outras fundações), mas neste momento há que canalizar os recursos públicos para áreas mais importantes como a saúde ou educação.
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