Governo quer défice nulo em 2015
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sqezer Escreveu:É possível vivermos constantemente com um défice de 3% sem chegarmos batermos na parede?
A resposta é só uma, e o resto é teoria económica: é possível enquanto nos emprestarem dinheiro.
Emprestarem-nos ou não dinheiro, depende da propensão ao risco que os credores tenham a cada momento. Tanto pode ser com a dívida a 100% do PIB, como a 60%, como a 20%.
Há também aqueles Estados que, não tendo credores que lhes emprestem dinheiro, se dediquem à monetização dos défices. Ora bem, isto não passa de um imposto escondido sobre os cidadãos. Não há almoços grátis.
Cumps
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JCS Escreveu:Muffin Escreveu:
Para dimínuir a dívida, o déficit terá que crescer menos que o PIB. A dívida ao ser calculada em % do PIB diminuirá se o PIB cresce mais do que esta.
Havendo défice tens aumento da divida mesmo que o PIB suba 3% e o défice seja 2% do PIB. Esses 2% do défice acrescem à divida existente. Num ano se tens défice é porque tem despesas maiores que as receitas. Como tens de pagar as despesas, tens de te endividar para colmatar a diferença (uma vez que as receitas não chegam e o dinheiro não nasce das árvores). Se o défice fosse 0,01% o endividamento aumentava.
JCS
JCS, mas o valor da dívida por si só é irrelevante. O que interessa é a sua relação com o PIB. Neste caso como em alguns outros, pensar macro em termos de economia doméstica pode ser intuitivo, mas tem pouca aplicação.
Levando ao extremo, pois é mais fácil perceber. Se o PIB em Portugal, num ano, crescesse 100 vezes e a dívida crescesse para o dobro teríamos uma economia 100x maior com uma dívida patética. Aplique-se este conceito para valores menores e num espaço temporal maior e veremos a dívida a ser "comida" com base no crescimento (e.g. EUA nas décadas seguintes à II G.M.).
O problema para Portugal é que o crescimento é anémico, e aí sim, as contas têm que estar equilibradas. Mas a falta de crescimento/produtividade é o problema crónico nacional. O déficit a sua consequência.
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Muffin Escreveu:
Para dimínuir a dívida, o déficit terá que crescer menos que o PIB. A dívida ao ser calculada em % do PIB diminuirá se o PIB cresce mais do que esta.
Havendo défice tens aumento da divida mesmo que o PIB suba 3% e o défice seja 2% do PIB. Esses 2% do défice acrescem à divida existente. Num ano se tens défice é porque tem despesas maiores que as receitas. Como tens de pagar as despesas, tens de te endividar para colmatar a diferença (uma vez que as receitas não chegam e o dinheiro não nasce das árvores). Se o défice fosse 0,01% o endividamento aumentava.
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---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
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"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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artista Escreveu:Nem sei se não será necessário haver um dévice negativo, ou seja, ganharmos mais do que gastamos para conseguirmos controlar a dívida que temos!?
Para dimínuir a dívida, o déficit terá que crescer menos que o PIB. A dívida ao ser calculada em % do PIB diminuirá se o PIB cresce mais do que esta.
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Mcmad Escreveu:Sinner Escreveu:Mcmad Escreveu:Ora expliquem lá sendo o défice em função do PIB como podemos viver eternamente com défices de 3%???
Estás a confundir PIB com crescimento.
Eu não estou a confundir nada! Absolutamente nada!
Se o PIB cresce, e o défice se mantêm em 3% é sinal que gastas mais!
-----Isto é verdade se continuares a aumentar a despesa.
-----Não é esse o objectivo.
A volatilidade dos mercados é a maior aliada do “verdadeiro investidor”.
Warren Buffett
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Sinner Escreveu:Mcmad Escreveu:Ora expliquem lá sendo o défice em função do PIB como podemos viver eternamente com défices de 3%???
Estás a confundir PIB com crescimento.
Eu não estou a confundir nada! Absolutamente nada!
Se o PIB cresce, e o défice se mantêm em 3% é sinal que gastas mais!
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Havendo défice o endividamento aumenta. O endividamento é limitado pelo que défice constante torna-se a longo prazo insustentável. Andamos há anos e anos nisto porque o nivel de endividamento ia permitindo acrescentos ano após ano até se chegar ao descalabro em que nos encontramos. Grandes défices conduzem a grandes aumentos do endividamento. Pequenos défices conduzem a pequenos aumentos no endividamento. Ambas as situações são insustentáveis no longo prazo (apenas muda a velocidade com que se afunda).
Só se vive sustentávelmente quando se gasta menos do que se ganha. Seja o estado, sejam empresas, sejam familias. Tudo o resto não é sustentável a longo prazo.
JCS
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Elias Escreveu:sqezer Escreveu:É possível vivermos constantemente com um défice de 3% sem chegarmos batermos na parede?
A resposta é: sim, se houver crescimento económico.
O crescimento económico só por si não é suficiente. Há sempre umas externalidades que convém prever.
Mas, concordo com o Elias. É possível e bem possível, basta haver organização, controlo, objectivos definidos.
Aliás, isto nunca devia era ter defice...mas isso é outra conversa.
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Re: Governo quer défice nulo em 2015
Elias Escreveu:Governo quer défice nulo em 2015
"Promessas,... Leva-as o vento"
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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artista Escreveu:Nem sei se não será necessário haver um dévice negativo, ou seja, ganharmos mais do que gastamos para conseguirmos controlar a dívida que temos!?
Algum tempo atrás (antes do pedido de ajuda externa e com os juros abaixo dos 7%)os principais economistas portugueses diziam que para inverter a necessidade do recurso ao financiamento externo do Estado português, ou seja diminuição da divida publica, a nossa economia teria de ter um superavit anual acima dos 3%.
Actualmente, tal feito só é possível através de um milagre....

Eu queria um Ferrari amarelo!
É bom ver os objectivos definidos.
Ter objectivos ambiciosos.
Mas já levamos muitas decepções nos últimos anos...mais não!
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Pois ... eu também queria muita coisa
A esperança é ultima a morrer mas será tarefa muito difícil para não dizer impossível, vejamos :
- A crise internacional e as suas consequências
- A venda da quase totalidade de activos do estado no imediato, pelo menos os que valem alguma coisa ou seja mais nada para vender.
- O aumento da despesa do estado em apoios sociais e redução da receita fiscal
Do meu ponto de vista depende mais da Europa e muito menos de nós essa meta,que considero sem grande lógica um deficit controlado nos 3% já seria muito bom porque não esquecer que deficits de 0 ou superavit pagam-se através do desinvestimento na economia.
Penso que não se deve dar grande relevância a esta noticia, daqui até 2015 todos os governos da austeridade na Europa caem, a preocupação do crescimento vai-se sobrepôr ao controlo dos deficits e a austeridade como solução vai ser ultrapassada pelos apoios governamentais e reduções fiscais para aumentar o crescimento ( o FMI ainda há pouco tempo começou a dar os primeiros sinais ).
Tenho alguma fé neste governo (que se vai esbatendo) mas penso que é um erro querer ir mais além do pedido pela troika, devíamos antes reorganizar-nos em função das regras definidas, até ao momento vejo um fosso enorme entre os objectivos para a economia real e para os do governo/união europeia.

A esperança é ultima a morrer mas será tarefa muito difícil para não dizer impossível, vejamos :
- A crise internacional e as suas consequências
- A venda da quase totalidade de activos do estado no imediato, pelo menos os que valem alguma coisa ou seja mais nada para vender.
- O aumento da despesa do estado em apoios sociais e redução da receita fiscal
Do meu ponto de vista depende mais da Europa e muito menos de nós essa meta,que considero sem grande lógica um deficit controlado nos 3% já seria muito bom porque não esquecer que deficits de 0 ou superavit pagam-se através do desinvestimento na economia.
Penso que não se deve dar grande relevância a esta noticia, daqui até 2015 todos os governos da austeridade na Europa caem, a preocupação do crescimento vai-se sobrepôr ao controlo dos deficits e a austeridade como solução vai ser ultrapassada pelos apoios governamentais e reduções fiscais para aumentar o crescimento ( o FMI ainda há pouco tempo começou a dar os primeiros sinais ).
Tenho alguma fé neste governo (que se vai esbatendo) mas penso que é um erro querer ir mais além do pedido pela troika, devíamos antes reorganizar-nos em função das regras definidas, até ao momento vejo um fosso enorme entre os objectivos para a economia real e para os do governo/união europeia.
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Elias Escreveu:artista Escreveu:Nem sei se não será necessário haver um dévice negativo, ou seja, ganharmos mais do que gastamos para conseguirmos controlar a dívida que temos!?
Chama-se superavit
Eu sei Elias, apenas escrevi de uma forma diferente, se calhar incorrecta... e tu não deixas passar nada!


Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Nem sei se não será necessário haver um dévice negativo, ou seja, ganharmos mais do que gastamos para conseguirmos controlar a dívida que temos!?
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Governo quer défice nulo em 2015
Governo quer défice nulo em 2015
31 Agosto 2011 | 09:23
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
O Executivo quer reduzir o défice para um valor próximo de zero até ao final de 2015.
O Governo, que hoje apresenta as grandes linhas orientadoras da consolidação orçamental, tem como objectivo conseguir atingir o “equilíbrio orçamental em 2015”, de acordo com uma nota enviada ainda ontem à noite pela presidência do Conselho de Ministros.
Portugal comprometeu-se com a troika atingir um défice de 5,9% do produto interno bruto (PIB) este ano, 4,5% em 2012 e 3% em 2013.
Mas o Governo liderado por Passos Coelho traçou já as metas para um horizonte mais longínquo e quer chegar ao final de 2015 com um orçamento equilibrado. O mesmo é dizer que pretende que o défice se situe próximo dos zero.
O ministro das Finanças vai esta tarde apresentar as linhas orientadoras da consolidação orçamental.
31 Agosto 2011 | 09:23
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
O Executivo quer reduzir o défice para um valor próximo de zero até ao final de 2015.
O Governo, que hoje apresenta as grandes linhas orientadoras da consolidação orçamental, tem como objectivo conseguir atingir o “equilíbrio orçamental em 2015”, de acordo com uma nota enviada ainda ontem à noite pela presidência do Conselho de Ministros.
Portugal comprometeu-se com a troika atingir um défice de 5,9% do produto interno bruto (PIB) este ano, 4,5% em 2012 e 3% em 2013.
Mas o Governo liderado por Passos Coelho traçou já as metas para um horizonte mais longínquo e quer chegar ao final de 2015 com um orçamento equilibrado. O mesmo é dizer que pretende que o défice se situe próximo dos zero.
O ministro das Finanças vai esta tarde apresentar as linhas orientadoras da consolidação orçamental.
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