AIMinho pede ao Gov. para "puxar orelhas" aos banc
Pata-Hari Escreveu:Eu não concordo nada com isso! os bancos têm exactamente como negócio vender dinheiro, fazer crédito. Se optam por não o fazer, estão no seu direito...
Estavam no seu direito até ao dia em que pediram ajuda a todos os Portugueses para avalizarem emprestimos por forma a puderem continuar o seu negocio (vender dinheiro, fazer credito).
A partir desse dia têm a obrigação, nem que seja moral, de ajudar a economia que os ajudou. Alias, no ambito desse aval é escandaloso que não se tenha incluido uma clausula limitando o valor maximo de spreads que a banca pode aplicar às empresas.
Com as empresas no sufoco que estão, a economia completamente parada, achas razoavel a banca continuar a ter 6 milhões de euros de lucro por dia ? Podes não chamar monopolio bancario ao que se passa, mas que anda muito proximo disso isso eu não tenho duvidas.
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MikeCorp Escreveu:Em vez de criticar os bancos o responsável deveria estudar a questão e verificar em que consistem as 3000 falências e, com algum cuidado, ensinar aos pequenos empresários que algumas ideias e mercados já se encontram demasiado saturados.
Abraço
O responsável não está a criticar os bancos (que ao longo de anos tiveram milhões de lucro, com trabalhadores precários) mas sim o Governo. Se a banca que foi incompetente tem apoios, porque é que as empresas também não têm ?
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Pata não podia concordar mais contigo. Nos últimos tempos, face a crise em que nos encontramos, abriu-se a caça aos chamados "endinheirados". Na mente (pequena) do português qualquer pessoa ou instituição que se relacione (muito) com dinheiro, automaticamente será corrupta e culpada do mal que assola este país, país esse que colecciona recessões nos últimos 8 anos.
O comum dos portugueses não compreende que os bancos funcionam como qualquer empresa privada, ou seja, ambiciona o lucro e abomina prejuízos ( sim é verdade, os bancos ainda vão dar dinheiro
). Os bancos portugueses não entraram no "negócio" da caridade e, se rejeitam sucessivamente projectos, provavelmente estará relacionado com as cerca de 3000 recentes falências nessa zona do país. Foi precisamente o clima de facilitismo existente nos últimos tempos que levou à crise financeira, com os bancos a investirem o dinheiro em projectos completamente descabidos de sentido financeiro e até mesmo lógico.
Para finalizar quantos de vocês não levam com 3 cafés iguaizinhos na mesma rua? e as lojas de roupas em cantos escuros e inacessíveis? E as lojas de Recortes e lavagens? Estou a classificar isto de projectos mas nem isso deveria ser... Mesmo projectos cuja ideia inicial apresentava alguma lógica e sentido de inovação falharam rotundamente, como o caso da Byblos, já discutido neste forúm. Ideias como estas até são bem vindas, apesar de ter terminado em fracasso. O problema reside na falta de inovação, as ideias são repetidas vezes sem conta e os bancos não vão já na cantiga.
Por último, tal como referido pela Pata, as garantias da banca não visavam solucionar os problemas do minho. Foram apenas para descongelar o mercado do crédito, que depois levará a alguma disponibilidade dos bancos para abraçarem ideias interessantes, com potencial lucrativo.
Em vez de criticar os bancos o responsável deveria estudar a questão e verificar em que consistem as 3000 falências e, com algum cuidado, ensinar aos pequenos empresários que algumas ideias e mercados já se encontram demasiado saturados.
Abraço
O comum dos portugueses não compreende que os bancos funcionam como qualquer empresa privada, ou seja, ambiciona o lucro e abomina prejuízos ( sim é verdade, os bancos ainda vão dar dinheiro

Para finalizar quantos de vocês não levam com 3 cafés iguaizinhos na mesma rua? e as lojas de roupas em cantos escuros e inacessíveis? E as lojas de Recortes e lavagens? Estou a classificar isto de projectos mas nem isso deveria ser... Mesmo projectos cuja ideia inicial apresentava alguma lógica e sentido de inovação falharam rotundamente, como o caso da Byblos, já discutido neste forúm. Ideias como estas até são bem vindas, apesar de ter terminado em fracasso. O problema reside na falta de inovação, as ideias são repetidas vezes sem conta e os bancos não vão já na cantiga.
Por último, tal como referido pela Pata, as garantias da banca não visavam solucionar os problemas do minho. Foram apenas para descongelar o mercado do crédito, que depois levará a alguma disponibilidade dos bancos para abraçarem ideias interessantes, com potencial lucrativo.
Em vez de criticar os bancos o responsável deveria estudar a questão e verificar em que consistem as 3000 falências e, com algum cuidado, ensinar aos pequenos empresários que algumas ideias e mercados já se encontram demasiado saturados.
Abraço
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Pata-Hari Escreveu: O facto do padeiro poder emprestar a farinha tendo a garantia da devolução não deve significar que seja obrigado a fazer pão...
Então e o padeiro a quem foi emprestada a farinha ?
Pediu a farinha para quê e porquê? E se ele não devolver a farinha?
Então, com contrapartidas, que seja o estado a repartir a farinha com as empresas.
Isto só vai servir para tornar os bancos ainda mais ricos, que com o dinheiro das garantias vão aproveitar para (comprar) entrar nas empresas que agora estão a preço de saldo. Situação criada pela propria banca ! Depois é esperar pela retoma ... E os sacrificados são sempre os mesmos !
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
Eu não concordo nada com isso! os bancos têm exactamente como negócio vender dinheiro, fazer crédito. Se optam por não o fazer, estão no seu direito. Se fores padeiro e por uma ou outra razão (neste caso porque o teu forno está com problemas e corres o risco de te queimar) e optares por não fazer pão, não entendo porque te deverão obrigar.
O apoio que está a ser dado pelo estado refere-se ao crédito interbancário, ao crédito entre bancos, também fundamental no reestablecimento da confiança. O facto do padeiro poder emprestar a farinha tendo a garantia da devolução não deve significar que seja obrigado a fazer pão...
O apoio que está a ser dado pelo estado refere-se ao crédito interbancário, ao crédito entre bancos, também fundamental no reestablecimento da confiança. O facto do padeiro poder emprestar a farinha tendo a garantia da devolução não deve significar que seja obrigado a fazer pão...
AIMinho pede ao Gov. para "puxar orelhas" aos banc
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http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... l=26&rss=0
Crise: AIMinho pede ao Governo para "puxar orelhas" aos bancos
Braga, 10 Dez (Lusa) - A AIMinho pediu hoje ao Governo que convoque os presidentes dos bancos que operam em Portugal e que receberam apoio estatal, "para lhes dar um puxão de orelhas e exigir que concedam crédito às empresas".
O presidente da Associação Empresarial, António Marques afirmou que "a banca não cumpre o papel de fazer chegar o dinheiro às famílias e às empresas", pelo que exigiu que o IAPMEI, a AIECEP, e a Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua "fiscalizem os bancos no que se refere à eficácia do apoio concedido".
O dirigente associativo falava em conferência de imprensa convocada após uma Reunião Extraordinária dos órgãos sociais e do Conselho de Orientação Estratégica da AIMinho, para "debater o estado de pré-colapso em que se encontra a região".
António Marques propôs ainda "a criação de um sistema de Garantia de Crédito que apoie as empresas de uma forma mais eficaz e célere", avisando que, "se o Governo não agir a curto prazo, dentro de seis meses centenas de empresas entrarão em falência".
As propostas da AIMinho radicam num diagnóstico negativo sobre a realidade nortenha, tendo em conta que as acções de insolvência de empresas aumentaram 47 por cento entre Janeiro e Setembro e que a taxa de desemprego no Norte anda próxima dos 11 por cento.
António Marques referiu-se ao QREN - Quadro Estratégico de Referência Nacional solicitando que "seja ajustado à realidade macro-económica actual", e pediu que "o Governo permita que outros sectores de actividade, para além do ramo automóvel, possam recorrer à formação, - com 80 por cento do ordenado pago pelos fundos comunitários - para não despedir trabalhadores".
A AIMinho quer, por outro lado, que "seja agilizado e desburocratizado" o acesso das empresas aos fundos do QREN, e exige "a diminuição da carga fiscal, mesmo que temporariamente, como sugeriu a Comissão Europeia".
A organização pretende, ainda, que se crie um mecanismo de "encontro de contas" entre as empresas e o Estado devedor, nomeadamente quanto ao pagamento de impostos, e insiste na defesa da necessidade de que "o pagamento do IVA seja feito apenas quando as firmas receberam dos clientes".
Defende que, além, do apoio a sectores de actividade, o Estado devia apoiar as regiões, pedindo um "plano de apoio específico para a região Norte de combate à insolvência de empresas e ao desemprego.
A Associação quer, também, "o ajustamento do Fundo de Apoio à Globalização, tornando tangível o acesso a esses apoios, nomeadamente no combate ao desemprego".
LM.

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Crise: AIMinho pede ao Governo para "puxar orelhas" aos bancos
Braga, 10 Dez (Lusa) - A AIMinho pediu hoje ao Governo que convoque os presidentes dos bancos que operam em Portugal e que receberam apoio estatal, "para lhes dar um puxão de orelhas e exigir que concedam crédito às empresas".
O presidente da Associação Empresarial, António Marques afirmou que "a banca não cumpre o papel de fazer chegar o dinheiro às famílias e às empresas", pelo que exigiu que o IAPMEI, a AIECEP, e a Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua "fiscalizem os bancos no que se refere à eficácia do apoio concedido".
O dirigente associativo falava em conferência de imprensa convocada após uma Reunião Extraordinária dos órgãos sociais e do Conselho de Orientação Estratégica da AIMinho, para "debater o estado de pré-colapso em que se encontra a região".
António Marques propôs ainda "a criação de um sistema de Garantia de Crédito que apoie as empresas de uma forma mais eficaz e célere", avisando que, "se o Governo não agir a curto prazo, dentro de seis meses centenas de empresas entrarão em falência".
As propostas da AIMinho radicam num diagnóstico negativo sobre a realidade nortenha, tendo em conta que as acções de insolvência de empresas aumentaram 47 por cento entre Janeiro e Setembro e que a taxa de desemprego no Norte anda próxima dos 11 por cento.
António Marques referiu-se ao QREN - Quadro Estratégico de Referência Nacional solicitando que "seja ajustado à realidade macro-económica actual", e pediu que "o Governo permita que outros sectores de actividade, para além do ramo automóvel, possam recorrer à formação, - com 80 por cento do ordenado pago pelos fundos comunitários - para não despedir trabalhadores".
A AIMinho quer, por outro lado, que "seja agilizado e desburocratizado" o acesso das empresas aos fundos do QREN, e exige "a diminuição da carga fiscal, mesmo que temporariamente, como sugeriu a Comissão Europeia".
A organização pretende, ainda, que se crie um mecanismo de "encontro de contas" entre as empresas e o Estado devedor, nomeadamente quanto ao pagamento de impostos, e insiste na defesa da necessidade de que "o pagamento do IVA seja feito apenas quando as firmas receberam dos clientes".
Defende que, além, do apoio a sectores de actividade, o Estado devia apoiar as regiões, pedindo um "plano de apoio específico para a região Norte de combate à insolvência de empresas e ao desemprego.
A Associação quer, também, "o ajustamento do Fundo de Apoio à Globalização, tornando tangível o acesso a esses apoios, nomeadamente no combate ao desemprego".
LM.
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