JMT, PSI.20, Euronext, CMVM - Uma questão de credibilidade..
SE houve ou não simulação de negócio
houve ou não simulação de negócio? É esta a questão que a cmvm terá de responder. Se quem vendeu tb comprou.
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- Registado: 7/11/2006 14:58
Voltando ao post do Jas (excelente, por sinal).
Discordo em relação ao primeiro ponto. Quem tem tantas acções para despachar, o melhor período para o fazer é no pré-fecho. Se as fossem vendendo ao longo da sessão, a queda teria sido bem maior, por mais paradoxal que possa parecer.
Mas concordo em absoluto em relação ao segundo ponto. Vou mais longe... seria preferível uma alteração dos regulamentos e aplicar o preço médio da última sessão para evitar situações deste género.
Um abraço,
Ulisses
Discordo em relação ao primeiro ponto. Quem tem tantas acções para despachar, o melhor período para o fazer é no pré-fecho. Se as fossem vendendo ao longo da sessão, a queda teria sido bem maior, por mais paradoxal que possa parecer.
Mas concordo em absoluto em relação ao segundo ponto. Vou mais longe... seria preferível uma alteração dos regulamentos e aplicar o preço médio da última sessão para evitar situações deste género.
Um abraço,
Ulisses
Ulisses Pereira Escreveu:Carcanhol, se tivesses muito dinheiro, visses a JM a afundar no pré-fecho, fruto de uma ordem pouco normal o que fazias?
Eu comprava...
Um abraço,
Ulisses
Nao leves a mal, mas passaste ao lado dos "innuendos" do Carcanhol, JAS, e eu proprio (e aposto que fizeste de proposito

é que o valor daqueles milhares na compra, estava a 4.11, e por forma a satisfazer as vendas da CZ. Logo, a pergunta que se impõe: quem comprou?
beijos e abraços
Re: credibilidade é isso!
carcanhol Escreveu:(...)
A fraude foi testada com sucesso, apartir de agora vale tudo. É precisso estar 100% alerta!
(...)
Eu até posso estar a ser "maria vai com as outras", 1 mau investidor que procura desculpar maus resultados, com manipulacao de mercado que nao existe, mas, esta é para mim a frase-chave.
Beijos e abraços
credibilidade é isso!
Viva JAS boa tarde!
E essas férias tudo bem? A posto que estariam um bocadinho melhor se não fosse este episódio bizarro!
Como é óbvio subscrevo os seus comentários 100%, 200%, 300% e mesmo assim não é demais.
Realmente temos em questão a credibilidade de 3 instituições em causa Commerzbak, Euronext e CMVM.
Realmente é de "bradar aos céus" que ainda haja que defenda e acredite que aquilo foi normal! Tipo o Commerzbank tinha uma carteira de JMT para cobertura, e vende ao desbarato em cinco minutos e aparece logo um guloso que estava cheio de liquidez e toca a aviar? Para muita gente isto parece normalissímo!
Acho que depois do próprio Commerzbank confirmar que vendeu, não resta a menor duvida, 2+2=4.
É claro que o esquema deve ter sido bem preparado de modo a não deixar rasto. É claro que a CMVM ao investigar vai comcluir que foi uma casa de investimento, uma correctora ou algo parecido e estes vão negar ter algo a ver com o caso. Mas é claro que foram parceiros no mesmo jogo (e neste caso não foi o poker) eu por mim acho que quem comprou os 270000 títulos foi um "táxista" não vos parece? É não é? Eu acho que sim, mas isso é a minha opinião!
Certamente que ficaram em carteira uns 270000 warrants que nós investidores deixamos ir á maturidade, confiando na credibilidade do sistema e do emitente.
Se calhar nunca tinha acontecido algo parecido, e principalmente com uma dimensão que desse despesa ao banco, para honrrar o compromisso, de forma justa.
Por exemplo deixei ir também á maturiddade os calls da PTI, mas como devia ser eu e mais meia duzia de gatos pingados, não foi preciso tomar medidadas similares. Mas mesmo assim arrico que durante 15 dias a PTI foi manipulada e no dia 15 fechou no red claro está.
Claro que este episódio vai dar em nada tal como a história do Sr. Patrick Monteiro de Barros, na vespera do anuncio da OPA ao BPI lembram-se?
O que não deixa de ser lamentável.
Eu até acredito que por muito que a CMVM se esforçe deve ser muito difícil de provar a relação de uma coisa com a outra. Vão aparecer 1000 alíbis, 1000 desculpas vai estar toda a gente a assobiar, e a olhar para o ar como se com eles nada fosse.
A fraude foi testada com sucesso, apartir de agora vale tudo. É precisso estar 100% alerta!
Um abraço JAS e continuação de boas férias!
E essas férias tudo bem? A posto que estariam um bocadinho melhor se não fosse este episódio bizarro!
Como é óbvio subscrevo os seus comentários 100%, 200%, 300% e mesmo assim não é demais.
Realmente temos em questão a credibilidade de 3 instituições em causa Commerzbak, Euronext e CMVM.
Realmente é de "bradar aos céus" que ainda haja que defenda e acredite que aquilo foi normal! Tipo o Commerzbank tinha uma carteira de JMT para cobertura, e vende ao desbarato em cinco minutos e aparece logo um guloso que estava cheio de liquidez e toca a aviar? Para muita gente isto parece normalissímo!
Acho que depois do próprio Commerzbank confirmar que vendeu, não resta a menor duvida, 2+2=4.
É claro que o esquema deve ter sido bem preparado de modo a não deixar rasto. É claro que a CMVM ao investigar vai comcluir que foi uma casa de investimento, uma correctora ou algo parecido e estes vão negar ter algo a ver com o caso. Mas é claro que foram parceiros no mesmo jogo (e neste caso não foi o poker) eu por mim acho que quem comprou os 270000 títulos foi um "táxista" não vos parece? É não é? Eu acho que sim, mas isso é a minha opinião!
Certamente que ficaram em carteira uns 270000 warrants que nós investidores deixamos ir á maturidade, confiando na credibilidade do sistema e do emitente.
Se calhar nunca tinha acontecido algo parecido, e principalmente com uma dimensão que desse despesa ao banco, para honrrar o compromisso, de forma justa.
Por exemplo deixei ir também á maturiddade os calls da PTI, mas como devia ser eu e mais meia duzia de gatos pingados, não foi preciso tomar medidadas similares. Mas mesmo assim arrico que durante 15 dias a PTI foi manipulada e no dia 15 fechou no red claro está.
Claro que este episódio vai dar em nada tal como a história do Sr. Patrick Monteiro de Barros, na vespera do anuncio da OPA ao BPI lembram-se?
O que não deixa de ser lamentável.
Eu até acredito que por muito que a CMVM se esforçe deve ser muito difícil de provar a relação de uma coisa com a outra. Vão aparecer 1000 alíbis, 1000 desculpas vai estar toda a gente a assobiar, e a olhar para o ar como se com eles nada fosse.
A fraude foi testada com sucesso, apartir de agora vale tudo. É precisso estar 100% alerta!
Um abraço JAS e continuação de boas férias!
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Após esta magnífica exposição do caro JAS queria acrescentar que se a CMVM tem o poder para anular negócios, tal como me aconteceu a mim, na qualidade de pequeno investidor, no passado dia 28/06/07, às 8h07:27, em que adquiri 18500 warrants com o código de negociação 7427Z tendo como acção subjacente a Jerónimo Martins, por ter considerado o negócio anómalo, deve também no presente apurar responsabilidades decorrentes da situação descrita pelo JAS, até às últimas consequências.
O apuramento do que realmente aconteceu no fecho da sessão de bolsa do passado dia 15 do presente mês, é essencial para garantir a transparência e a legalidade das transacções que ocorrem na nossa bolsa e que, a CMVM e a Euronext regulam.
O apuramento do que realmente aconteceu no fecho da sessão de bolsa do passado dia 15 do presente mês, é essencial para garantir a transparência e a legalidade das transacções que ocorrem na nossa bolsa e que, a CMVM e a Euronext regulam.
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JMT, PSI.20, Euronext, CMVM - Uma questão de credibilidade..
Passaram 10 dias sobre um insólito fecho de um título pertencente ao PSI.20...
Sendo assim, já podemos analisar este caso com toda a frieza requerida para sermos objectivos.
O caso passou-se com a JMT e, especificamente, com o fecho da sessão do dia 15 de Junho.
Durante toda a sessão, ou seja durante 8 horas e 30 minutos, a JMT oscilou num intervalo muito apertado compreendido entre os 4,35 e os 4,40.
No período de consolidação para fecho, de uma sexta-feira ainda com sabor a ponte, apareceram ordens de venda ao melhor totalizando 325.000.
Isso provocou uma queda bem superior a -10% mas, no final, acabou por fechar a -6% e a 4,11.
O gráfico do intraday, apresentado em anexo, é bem elucidativo sobre o desenrolar da sessão.
A profundidade dos cof’s no final da sessão, na imagem que se anexa, também mostra que mais ninguém vendia abaixo de 4,27.
E basta olhar para um gráfico da JMT , antes e depois, para ficar evidente que o 4,11 foi um valor perfeitamente aberrante.
Quando verificamos que é possivel “manobrar” um título desta forma estamos a pôr em causa a credibilidade da própria Euronext-Lisboa dado que é aí que o título está cotado e, ainda por cima, esse título faz parte do índice principal PSI.20.
Não deveria a Euronext, face ao volume dessas ordens ao melhor (27% do volume total do dia e e 37% do volume até então realizado na sessão...), ter suspendido a negociação?
As ordens eram mais que insólitas e, sendo várias, afastavam a hipótese de erro.
Teria que haver “uma má noticia” e, se havia “insiders”, justificava-se a suspensão.
Para quem tinha acções não seria nada de alarmante, pois na ausencia de qualquer má noticía, era quase certo que a cotação recuperaria na reabertura de 2. feira.
Quem vendeu iria arrepender-se, quem comprou no fecho ficar-se-ia a rir.
Para quem tinha warrants com maturidade em Setembro também nada de grave se passaria pois na 2. feira tudo voltaria a normalidade.
Mas havia quem tivesse warrants que atingiam a maturidade nesse próprio dia...
E esses associaram o insólito fecho ao facto de 2 warrants, emitidos pelo Commerzbank e cuja emissões chegaram a estar esgotadas, atingirem a maturidade nessa sexta-feira.
Muitos investidores sentiram-se enganados e muitos solicitaram a CMVM que investigasse.
A CMVM deve ter achado que algo de suspeito se tinha passado pois decidiu abrir uma investigação.
Aguardemos tranquilamente que a CMVM apure se algo de ilícito aconteceu...
Mas esperemos que não demore muito tempo na investigação pois, de contrário, também teremos de concluir que a questão da credibilidade se aplicará ao último elo da cadeia.
A segunda questão que se deve colocar, tanto à Euronext como à CMVM, é sobre o cumprimento dos Regulamentos.
Também aqui se coloca a questão de credibilidade.
Se existe um Regulamento e se nele está prevista a utilização de “um valor representativo” para o cálculo das cotações finais dos Warrants, porque não aplicá-lo no presente caso em que existiu uma distorção nítida relativamente à média das cotações antes e depois?
A explicação de que “o valor representativo nunca foi utilizado” não constitui lei e, ainda menos, não altera a lei em vigor...
Alguma vez terá que ser a primeira.
E, para todos os efeitos, parece preferível que se acabe com a “virgindade” do Regulamento do que fiquem os investidores f...
JAS
Sendo assim, já podemos analisar este caso com toda a frieza requerida para sermos objectivos.
O caso passou-se com a JMT e, especificamente, com o fecho da sessão do dia 15 de Junho.
Durante toda a sessão, ou seja durante 8 horas e 30 minutos, a JMT oscilou num intervalo muito apertado compreendido entre os 4,35 e os 4,40.
No período de consolidação para fecho, de uma sexta-feira ainda com sabor a ponte, apareceram ordens de venda ao melhor totalizando 325.000.
Isso provocou uma queda bem superior a -10% mas, no final, acabou por fechar a -6% e a 4,11.
O gráfico do intraday, apresentado em anexo, é bem elucidativo sobre o desenrolar da sessão.
A profundidade dos cof’s no final da sessão, na imagem que se anexa, também mostra que mais ninguém vendia abaixo de 4,27.
E basta olhar para um gráfico da JMT , antes e depois, para ficar evidente que o 4,11 foi um valor perfeitamente aberrante.
Quando verificamos que é possivel “manobrar” um título desta forma estamos a pôr em causa a credibilidade da própria Euronext-Lisboa dado que é aí que o título está cotado e, ainda por cima, esse título faz parte do índice principal PSI.20.
Não deveria a Euronext, face ao volume dessas ordens ao melhor (27% do volume total do dia e e 37% do volume até então realizado na sessão...), ter suspendido a negociação?
As ordens eram mais que insólitas e, sendo várias, afastavam a hipótese de erro.
Teria que haver “uma má noticia” e, se havia “insiders”, justificava-se a suspensão.
Para quem tinha acções não seria nada de alarmante, pois na ausencia de qualquer má noticía, era quase certo que a cotação recuperaria na reabertura de 2. feira.
Quem vendeu iria arrepender-se, quem comprou no fecho ficar-se-ia a rir.
Para quem tinha warrants com maturidade em Setembro também nada de grave se passaria pois na 2. feira tudo voltaria a normalidade.
Mas havia quem tivesse warrants que atingiam a maturidade nesse próprio dia...
E esses associaram o insólito fecho ao facto de 2 warrants, emitidos pelo Commerzbank e cuja emissões chegaram a estar esgotadas, atingirem a maturidade nessa sexta-feira.
Muitos investidores sentiram-se enganados e muitos solicitaram a CMVM que investigasse.
A CMVM deve ter achado que algo de suspeito se tinha passado pois decidiu abrir uma investigação.
Aguardemos tranquilamente que a CMVM apure se algo de ilícito aconteceu...
Mas esperemos que não demore muito tempo na investigação pois, de contrário, também teremos de concluir que a questão da credibilidade se aplicará ao último elo da cadeia.
A segunda questão que se deve colocar, tanto à Euronext como à CMVM, é sobre o cumprimento dos Regulamentos.
Também aqui se coloca a questão de credibilidade.
Se existe um Regulamento e se nele está prevista a utilização de “um valor representativo” para o cálculo das cotações finais dos Warrants, porque não aplicá-lo no presente caso em que existiu uma distorção nítida relativamente à média das cotações antes e depois?
A explicação de que “o valor representativo nunca foi utilizado” não constitui lei e, ainda menos, não altera a lei em vigor...
Alguma vez terá que ser a primeira.
E, para todos os efeitos, parece preferível que se acabe com a “virgindade” do Regulamento do que fiquem os investidores f...
JAS
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Na Bolsa como no Poker há que ter uma boa mão...