Caldeirão da Bolsa

Lições da América

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por zelareka » 30/9/2005 16:15

qd uma empresa chinesa compra servicos financeiros a uma americana isso entra onde?
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por heterocedastico » 30/9/2005 16:13

mas repara q antes das desvalorizacao o dolar valorizou durante anos a fio e o sucesso nao parou devido a isso


Concordo consigo. Não é isso que estou a dizer. Estou apenas a comentar a política macroecómica americana depois da recessão. Baixaram mais os juros, baixaram os impostos e aumentaram o défice. Como consequência recuperaram o consumo interno e o dólar desvalorizou-se tornando as exportações mais baratas e competitivas. Volto a dizer que a desvalorização é um único factor e a sua significância provavelmente até será diminuta pois os EUA são um país muito mais importador que exportador, mas comparando com a zona euro é claro que a desvalorização do EURUSD beneficia os EUA em detrimento da zona euro!
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por Incognitus » 30/9/2005 16:11

As exportações voltaram a crescer a um ritmo que por vezes até ultrapassa as importações, percentualmente.

O problema está em que as importações já são cerca de 50% maiores que as exportações. Mesmo a um ritmo percentual de crescimento superior, o fosso absoluto continua a agravar-se (até certo ponto).
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por zelareka » 30/9/2005 15:47

mas repara q antes das desvalorizacao o dolar valorizou durante anos a fio e o sucesso nao parou devido a isso

ja agora qual foi o impacto da desvalorizacao nas exportacoes? qd acampanhava esses numeros na altura nao notei diferenca
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por heterocedastico » 30/9/2005 15:39

Não. Acho, como o autor do artigo, que os americanos são bastante mais flexíveis do que os europeus e que por causa disso adaptam-se muito melhor às condições macroeconómicas do mercado e com muito sucesso. Mas este é apenas um de muitos factores que justificam o sucesso da economia americana.
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por zelareka » 30/9/2005 14:44

portanto voce acha q a economia mais produtiva do mundo deve o seu sucesso a desvalorizacao do dolar q so aconteceu a partir de 2002 ?
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por heterocedastico » 30/9/2005 10:49

Não é previsão são factos...
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por zelareka » 29/9/2005 16:13

Nesse caso aconselho-o a fazer um short e a ficar milionario com a previsao
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por heterocedastico » 29/9/2005 16:02

...E o corolário da estratégia é que devido ao défice americano, a moeda desvaloriza, as suas exportações ficam mais competitivas e as importações mais caras... É crescimento à custa do empobrecimento dos outros...
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por ScrappeR » 29/9/2005 15:36

Hello Emily!!! :mrgreen:

You are so whyte? Do you go to the beach? do you want an ice cream? shir ayte baby, tankyo very nice. :mrgreen:

Está estava no papo.Beef of cake. :mrgreen: :mrgreen:

BN
No mercado quase tudo é positivo até o panico,pois só é negativo o prejuizo.
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por zelareka » 29/9/2005 11:29

metade do pais sustenta a outra metade, nao tarda nada nao sobra ninguem para roubar e os ladroes vao ter de se roubar uns aos outros.

alias foi isso q aconteceu na argentina com os resultados q se sabe
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por Jameson » 29/9/2005 11:25

leiam o artigo...está mt interessante

zelareka,

750 mil funcionários públicos são capazes de discordar de ti ehehe
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por zelareka » 29/9/2005 11:11

as pessoas deviam pensar como e q e possivel os americanos terem um programa espacial, 2 guerras e ainda cobrarem menos impostos e ter um defice inferior ao nosso e uma economia a crescer. o argumento de q nao gosta com os pobres e falso pois gastam em media $10 000 por ano por pobre, mais do q muito boa gente ganha por ano em portugal.

agora vejam isto:
http://www.******.com/artigo.php?id=302

e digam se estao a receber alguma coisa em troca de tanto socialismo
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por Incognitus » 29/9/2005 11:04

É uma "gaja" excepcional, de facto. Está muito "fit", pronta para sobreviver na selva urbana.
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por nunes » 29/9/2005 11:04

Jameson Escreveu:a "gaja" não gosta é do Incognitus e foge dele ! 8-)


:mrgreen:

De qualquer maneira, quer-me parecer que o Domingos Amaral está para a macroeconomia como o Narciso Miranda está para a EFACEC... :wink:
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por Jameson » 29/9/2005 11:01

a "gaja" não gosta é do Incognitus e foge dele ! 8-)
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por nunes » 29/9/2005 11:00

A "gaja" (http://photos1.blogger.com/img/262/1283/400/emily1.jpg) ora aparece, ora desaparece... Conforme o funcionamento do servidor.
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por Jameson » 29/9/2005 11:00

:? ....não te aparecem 2 imagens no inicio do artigo ?

a cara do director e uma capa da Maxmen ?
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por Incognitus » 29/9/2005 10:56

Onde está a "gaja"?
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por Jameson » 29/9/2005 10:49

Incognitus Escreveu:Além de tudo isto, "invariavelmente" não leva acento ... eheh.


tu em vez de olhar prá "gaja" tás-me a falar de acentos !!?
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por Incognitus » 29/9/2005 10:46

Além de tudo isto, "invariavelmente" não leva acento ... eheh.
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por Incognitus » 29/9/2005 10:44

O articulista parece-me que está a baralhar o "to fit" com o "to be fit".

"to fit" é encaixar-se, e portanto, pode ser conotado com adaptável.

"to be fit" é estar em forma, e tem mais a ver com ser mais forte.

"fittest" é invariávelmente utilizado no sentido de "to be fit".

De qualquer forma os mais adaptáveis são em certa medida os mais fortes. Os mais fortes para a situação em causa, porque mais adaptados a ela. Se está muito calor, "os mais fortes" são os que melhor resistem ao calor, não os mais fortes em termos físicos. Se está muito frio, os que resistem ao frio ...
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Lições da América

por Jameson » 29/9/2005 10:22

Colunistas > 2005-09-28 14:00
Lições da América

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Domingos Amaral é director da revista Maxmen e assina esta coluna semanalmente à quarta-feira

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Na macro e na microeconomia, a América é mais flexível, logo adapta-se melhor, e cresce enquanto a Europa estagna.

De cada vez que há uma crise na Europa – Iraque, referendos francês e holandês, ou o actual imbróglio alemão – as cassandras são lapidares: o “modelo europeu” está a dar últimas, e o seu fim será trágico e tenebroso. As cassandras, obviamente, estão no seu papel, mas a sua lengalenga desmoralizada só convence quem não percebe nada de economia. Estava escrito nas estrelas que o euro iria dar nisto, e só não viu quem não quis ver. Em troca de uma moeda forte, e de uma utopia de prosperidade mil vezes repetida, os governos europeus abriram mão das taxas de juro e de câmbio, dos deficits, da emissão de moeda e de dívida pública, e assinaram um Pacto de Estabilidade espartano, vigiado por um Banco Central Europeu severo e distante.

Na época, foram contudo convenientemente esquecidos dois pequenos mas fundamentais detalhes. Primeiro, os governos europeus perdiam os poderes mas mantinham as responsabilidades perante os seus povos, continuando a submeter-se a votos com regularidade. Segundo, faltava uma condição essencial para a teoria da moeda única funcionar: a mobilidade das pessoas. Bens e capitais circulavam, mas por causa da língua, da história, do Direito, dos regimes de segurança social, dos impostos e das leis laborais, a circulação das pessoas na Europa não era, nem é, automática.

Usando o “economês”, se a Europa já era “rígida” na microeconomia, com o euro tornou-se também “rígida” na macroeconomia. Uns anos depois, o resultado é evidente. O euro é credível, sendo como moeda um sucesso, mas politicamente é um tormento, e é um ‘flop’ como motor do crescimento económico. Mal a crise económica bateu, o barco meteu água. Impotentes, metidos no colete de forças da PEC, os governos caiem como tordos. E o discurso oficial aponta como única saída mais do mesmo: mais “reformas” e sacrifícios, menos “modelo europeu” e menos deficit. Sem surpresa, os europeus sentem-se a ser atirados contra uma parede e esperneiam. Sem surpresa, as cassandras prevêem o fim de uma era, os neo-liberais assanham-se quando alguém quer remar contra a maré mas também não sabem como ganhar eleições, e os socialistas, como Schroeder ou Sócrates, adoptam as soluções oficiais traindo as suas bases de apoio de esquerda.

Será este ciclo infernal inevitável? Comparemos com o que se passa por exemplo na América. Curiosamente, o que lá vemos é um banco central, o FED, muito mais interveniente que o BCE, colocando como primeira prioridade o crescimento económico, e só depois a inflação. Curiosamente, o que lá vemos é um Estado Federal sem restrições no deficit, que Bush já esticou até aos 6 por cento! Curiosamente, nenhum dos 52 estados da União tem de respeitar nenhum limite de 3 por cento, ou coisa no género. Junte-se a mobilidade das pessoas – é fácil mudar de emprego do Nevada para a Flórida, ou do Texas para Nova Iorque – e ficamos a perceber porque é que a América cresce mais.

Charles Darwin escreveu que a selecção natural beneficiava não os mais fortes, como erradamente se diz para aí, mas os mais adaptáveis (’fittest’). É esse o problema europeu e a vantagem americana. Na macroeconomia, temos um PEC inflexível e um BCE fundamentalista; na microeconomia, temos demasiada “protecção social” e “laboral”. No topo e na base, a América é mais flexível, logo adapta-se melhor, e cresce enquanto a Europa estagna.

Os europeus deviam pensar nisso e redesenhar os tratados do euro. É possível corrigir erros, e melhorar. O BCE tem de preocupar-se com o crescimento do presente, e não com a hiperinflação do passado. O PEC não pode ser uma teimosa lapa agarrada a uma rocha. E as diferenças reais, país a país, têm de ser consideradas. Por mais necessárias que sejam, e são mesmo, as reformas do “modelo europeu” só funcionarão se as regras do euro forem inteligentes. Com o actual absurdo, debilitam-se os regimes democráticos, trucidam-se governos, e sufocam-se os povos. E o mais estúpido é que nada disto é necessário. A América prova que é possível o crescimento económico sem inflação, com um banco central mais interveniente e um governo com défices. Quando irá a Europa aprender a lição?
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