Lições da América
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mas repara q antes das desvalorizacao o dolar valorizou durante anos a fio e o sucesso nao parou devido a isso
Concordo consigo. Não é isso que estou a dizer. Estou apenas a comentar a política macroecómica americana depois da recessão. Baixaram mais os juros, baixaram os impostos e aumentaram o défice. Como consequência recuperaram o consumo interno e o dólar desvalorizou-se tornando as exportações mais baratas e competitivas. Volto a dizer que a desvalorização é um único factor e a sua significância provavelmente até será diminuta pois os EUA são um país muito mais importador que exportador, mas comparando com a zona euro é claro que a desvalorização do EURUSD beneficia os EUA em detrimento da zona euro!
As exportações voltaram a crescer a um ritmo que por vezes até ultrapassa as importações, percentualmente.
O problema está em que as importações já são cerca de 50% maiores que as exportações. Mesmo a um ritmo percentual de crescimento superior, o fosso absoluto continua a agravar-se (até certo ponto).
O problema está em que as importações já são cerca de 50% maiores que as exportações. Mesmo a um ritmo percentual de crescimento superior, o fosso absoluto continua a agravar-se (até certo ponto).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein
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as pessoas deviam pensar como e q e possivel os americanos terem um programa espacial, 2 guerras e ainda cobrarem menos impostos e ter um defice inferior ao nosso e uma economia a crescer. o argumento de q nao gosta com os pobres e falso pois gastam em media $10 000 por ano por pobre, mais do q muito boa gente ganha por ano em portugal.
agora vejam isto:
http://www.******.com/artigo.php?id=302
e digam se estao a receber alguma coisa em troca de tanto socialismo
agora vejam isto:
http://www.******.com/artigo.php?id=302
e digam se estao a receber alguma coisa em troca de tanto socialismo
É uma "gaja" excepcional, de facto. Está muito "fit", pronta para sobreviver na selva urbana.
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A "gaja" (http://photos1.blogger.com/img/262/1283/400/emily1.jpg) ora aparece, ora desaparece... Conforme o funcionamento do servidor.
Onde está a "gaja"?
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Além de tudo isto, "invariavelmente" não leva acento ... eheh.
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O articulista parece-me que está a baralhar o "to fit" com o "to be fit".
"to fit" é encaixar-se, e portanto, pode ser conotado com adaptável.
"to be fit" é estar em forma, e tem mais a ver com ser mais forte.
"fittest" é invariávelmente utilizado no sentido de "to be fit".
De qualquer forma os mais adaptáveis são em certa medida os mais fortes. Os mais fortes para a situação em causa, porque mais adaptados a ela. Se está muito calor, "os mais fortes" são os que melhor resistem ao calor, não os mais fortes em termos físicos. Se está muito frio, os que resistem ao frio ...
"to fit" é encaixar-se, e portanto, pode ser conotado com adaptável.
"to be fit" é estar em forma, e tem mais a ver com ser mais forte.
"fittest" é invariávelmente utilizado no sentido de "to be fit".
De qualquer forma os mais adaptáveis são em certa medida os mais fortes. Os mais fortes para a situação em causa, porque mais adaptados a ela. Se está muito calor, "os mais fortes" são os que melhor resistem ao calor, não os mais fortes em termos físicos. Se está muito frio, os que resistem ao frio ...
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Lições da América
Colunistas > 2005-09-28 14:00
Lições da América
Domingos Amaral é director da revista Maxmen e assina esta coluna semanalmente à quarta-feira
Na macro e na microeconomia, a América é mais flexível, logo adapta-se melhor, e cresce enquanto a Europa estagna.
De cada vez que há uma crise na Europa – Iraque, referendos francês e holandês, ou o actual imbróglio alemão – as cassandras são lapidares: o “modelo europeu” está a dar últimas, e o seu fim será trágico e tenebroso. As cassandras, obviamente, estão no seu papel, mas a sua lengalenga desmoralizada só convence quem não percebe nada de economia. Estava escrito nas estrelas que o euro iria dar nisto, e só não viu quem não quis ver. Em troca de uma moeda forte, e de uma utopia de prosperidade mil vezes repetida, os governos europeus abriram mão das taxas de juro e de câmbio, dos deficits, da emissão de moeda e de dívida pública, e assinaram um Pacto de Estabilidade espartano, vigiado por um Banco Central Europeu severo e distante.
Na época, foram contudo convenientemente esquecidos dois pequenos mas fundamentais detalhes. Primeiro, os governos europeus perdiam os poderes mas mantinham as responsabilidades perante os seus povos, continuando a submeter-se a votos com regularidade. Segundo, faltava uma condição essencial para a teoria da moeda única funcionar: a mobilidade das pessoas. Bens e capitais circulavam, mas por causa da língua, da história, do Direito, dos regimes de segurança social, dos impostos e das leis laborais, a circulação das pessoas na Europa não era, nem é, automática.
Usando o “economês”, se a Europa já era “rígida” na microeconomia, com o euro tornou-se também “rígida” na macroeconomia. Uns anos depois, o resultado é evidente. O euro é credível, sendo como moeda um sucesso, mas politicamente é um tormento, e é um ‘flop’ como motor do crescimento económico. Mal a crise económica bateu, o barco meteu água. Impotentes, metidos no colete de forças da PEC, os governos caiem como tordos. E o discurso oficial aponta como única saída mais do mesmo: mais “reformas” e sacrifícios, menos “modelo europeu” e menos deficit. Sem surpresa, os europeus sentem-se a ser atirados contra uma parede e esperneiam. Sem surpresa, as cassandras prevêem o fim de uma era, os neo-liberais assanham-se quando alguém quer remar contra a maré mas também não sabem como ganhar eleições, e os socialistas, como Schroeder ou Sócrates, adoptam as soluções oficiais traindo as suas bases de apoio de esquerda.
Será este ciclo infernal inevitável? Comparemos com o que se passa por exemplo na América. Curiosamente, o que lá vemos é um banco central, o FED, muito mais interveniente que o BCE, colocando como primeira prioridade o crescimento económico, e só depois a inflação. Curiosamente, o que lá vemos é um Estado Federal sem restrições no deficit, que Bush já esticou até aos 6 por cento! Curiosamente, nenhum dos 52 estados da União tem de respeitar nenhum limite de 3 por cento, ou coisa no género. Junte-se a mobilidade das pessoas – é fácil mudar de emprego do Nevada para a Flórida, ou do Texas para Nova Iorque – e ficamos a perceber porque é que a América cresce mais.
Charles Darwin escreveu que a selecção natural beneficiava não os mais fortes, como erradamente se diz para aí, mas os mais adaptáveis (’fittest’). É esse o problema europeu e a vantagem americana. Na macroeconomia, temos um PEC inflexível e um BCE fundamentalista; na microeconomia, temos demasiada “protecção social” e “laboral”. No topo e na base, a América é mais flexível, logo adapta-se melhor, e cresce enquanto a Europa estagna.
Os europeus deviam pensar nisso e redesenhar os tratados do euro. É possível corrigir erros, e melhorar. O BCE tem de preocupar-se com o crescimento do presente, e não com a hiperinflação do passado. O PEC não pode ser uma teimosa lapa agarrada a uma rocha. E as diferenças reais, país a país, têm de ser consideradas. Por mais necessárias que sejam, e são mesmo, as reformas do “modelo europeu” só funcionarão se as regras do euro forem inteligentes. Com o actual absurdo, debilitam-se os regimes democráticos, trucidam-se governos, e sufocam-se os povos. E o mais estúpido é que nada disto é necessário. A América prova que é possível o crescimento económico sem inflação, com um banco central mais interveniente e um governo com défices. Quando irá a Europa aprender a lição?
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