França too big to fail?
Re: França too big to fail?
Eu acho isto do Macron algo insólito, por muitos motivos, mas até porque ele sabe que a Le Pen recebeu dinheiro da Rússia, e que o seu nome é constantemente alvo de críticas na propaganda russa e nos meios de comunicação social russos. Mesmo assim, ele insiste em nomear alguém para se entender com o partido da Le Pen e despreza as pessoas que estão do lado oposto que venceram as eleições.
Re: França too big to fail?
Terceira vez que Macron nomeia um primeiro ministro de centro direita para se entender com a extrema direita e não consegue.
Continuo a achar que deveria nomear alguém capaz de se entender com os dois partidos ou coligações que venceram as eleições, sendo isso também o mais justo tendo em conta o resultado das eleições.
Não é justo impedir a coligação que venceu as eleições de governar, quando não existe nenhuma alternativa viável. Diria isto independentemente de ser de esquerda ou de direita. Deveria ser igual para todos.
Continuo a achar que deveria nomear alguém capaz de se entender com os dois partidos ou coligações que venceram as eleições, sendo isso também o mais justo tendo em conta o resultado das eleições.
Não é justo impedir a coligação que venceu as eleições de governar, quando não existe nenhuma alternativa viável. Diria isto independentemente de ser de esquerda ou de direita. Deveria ser igual para todos.
Re: França too big to fail?
BearManBull Escreveu:Opcard Escreveu:há muita gente a mesa , não há dinheiro para todos com menos de 1% da população mundial tem 10% da despesa Social .
O que para mim é fascinante é falar do Macron (parti-renaissance) como sendo centro...
Centro? A sério?![]()
Não sei em que momento se passou a considerar centro estar alinhado com tudo que seja práticas socialistas e estado ultra intervencionista.
Caro Bear
Só há Centro extremo com isso, todos os partidos são socialistas, distribuindo promessas como se fossem moedas, comprando votos para terem empregos os seus membros .
Frédéric Bastiat, economista e pensador francês do século XIX.
« O Estado é aquela grande ficção através da qual todo mundo tenta viver à custa de todo mundo.”
« • O Estado deve limitar-se a funções essenciais: proteção da vida, liberdade e propriedade;
• Tudo que ultrapassa essas funções tende a gerar desperdício, injustiça e corrupção;
• A redistribuição forçada de riqueza — o que ele via como “socialismo” ou intervenção excessiva — cria ilusões de benefício imediato, mas prejudica a economia e a sociedade no longo prazo;
• Bastiat alertava que o Estado muitas vezes toma recursos de uns para dar a outros, esquecendo os efeitos invisíveis, como a destruição da iniciativa privada e da poupança.«
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Re: França too big to fail?
Opcard Escreveu:há muita gente a mesa , não há dinheiro para todos com menos de 1% da população mundial tem 10% da despesa Social .
O que para mim é fascinante é falar do Macron (parti-renaissance) como sendo centro...
Centro? A sério?

Não sei em que momento se passou a considerar centro estar alinhado com tudo que seja práticas socialistas e estado ultra intervencionista.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: França too big to fail?
E agora? no mês passado « L’Euro en danger « de Didier Cahen, foi publicado em França
Queda rápida nomeia ministros e pede demissão.
De Gaulle morreu e não consegue voltar para salvar a França , e depois ele iria sentir-se mal que nasceu numa terra chamada « Deux-Églises ». “Duas Igrejas”, hoje só veria mesquitas ironia começou entre sinos, agora encontraria minaretes.
Sempre pensei que um problema das fronteiras abertas é o estado social não ser possível, há muita gente a mesa , não há dinheiro para todos com menos de 1% da população mundial tem 10% da despesa Social .
As múltiplas etnias , comunidades …, como a sociedade francesa tornam o país ingovernável, Portugal que olhe para França .
Tenho receio , conflitos internos podem surgir rapidamente em períodos de instabilidade, e sem uma liderança sólida, a nação corre o risco de se tornar ingovernável.
Queda rápida nomeia ministros e pede demissão.
De Gaulle morreu e não consegue voltar para salvar a França , e depois ele iria sentir-se mal que nasceu numa terra chamada « Deux-Églises ». “Duas Igrejas”, hoje só veria mesquitas ironia começou entre sinos, agora encontraria minaretes.
Sempre pensei que um problema das fronteiras abertas é o estado social não ser possível, há muita gente a mesa , não há dinheiro para todos com menos de 1% da população mundial tem 10% da despesa Social .
As múltiplas etnias , comunidades …, como a sociedade francesa tornam o país ingovernável, Portugal que olhe para França .
Tenho receio , conflitos internos podem surgir rapidamente em períodos de instabilidade, e sem uma liderança sólida, a nação corre o risco de se tornar ingovernável.
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Re: França too big to fail?
Olhando para este gráfico quem entraria curto?
Parece que a qualquer momento pode ter umas subidas acentuadas até aos 5-6% em poucos meses.
A China ao olhar para este gráfico sabe que basta um soldado russo pisar solo de um país do Báltico para a economia francesa capitular.
O socialismo matou a Europa.
Parece que a qualquer momento pode ter umas subidas acentuadas até aos 5-6% em poucos meses.
A China ao olhar para este gráfico sabe que basta um soldado russo pisar solo de um país do Báltico para a economia francesa capitular.
O socialismo matou a Europa.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
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Re: França too big to fail?
Estive a ver sondagem afinal todos os franceses concordam que é preciso resolver o problema da dívida.
Mas há sempre um detalhe cada um prefere que o esforço seja feito pelo vizinho do lado, não por si próprio.
Assim, os mais ricos dizem que o problema está nos que vivem de apoios sociais, os que vivem de apoios sociais apontam para os que tem mais e devem os ricos devem pagar .
Apesar disso, há um ponto de convergênciaa maioria dos franceses valoriza muito os serviços públicos (educação, saúde, saúde, etc.), mas admite que talvez seja possível reduzir o número de funcionários públicos, já os funcionários dizem que são necessários mais funcionários .
Uma maioria clara não quer que as empresas sejam ainda mais taxadas, porque acreditam que, num contexto económico frágil, isso acabaria por gerar desemprego e dificuldades para as famílias.
Hoje, 82% dos franceses têm uma opinião positiva sobre as empresas, o que representa uma mudança relevante.
Mas há sempre um detalhe cada um prefere que o esforço seja feito pelo vizinho do lado, não por si próprio.
Assim, os mais ricos dizem que o problema está nos que vivem de apoios sociais, os que vivem de apoios sociais apontam para os que tem mais e devem os ricos devem pagar .
Apesar disso, há um ponto de convergênciaa maioria dos franceses valoriza muito os serviços públicos (educação, saúde, saúde, etc.), mas admite que talvez seja possível reduzir o número de funcionários públicos, já os funcionários dizem que são necessários mais funcionários .
Uma maioria clara não quer que as empresas sejam ainda mais taxadas, porque acreditam que, num contexto económico frágil, isso acabaria por gerar desemprego e dificuldades para as famílias.
Hoje, 82% dos franceses têm uma opinião positiva sobre as empresas, o que representa uma mudança relevante.
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Re: França too big to fail?
Coisas que escrevi no tópico, para ilustrar o gráfico anual do CAC40. Até escrevi muitas coisas, embora ache que podia ter ficado pelo primeiro comentário. Mas o ultimo fala tambem sobre o proximo ano. Neste momento está próximo de renovar os máximos de sempre.
previsor Escreveu:Só se fala em falências após uma correção forte. Não é o caso da França. A bolsa francesa está positiva este ano e continua relativamente próxima dos máximos de sempre.
Não existem crises financeiras só porque há eleições.
previsor Escreveu:Nem se quer vai haver eleições. O macron vai nomear um novo primeiro ministro.
Isto é um problema político por causa do parlamento estar muito fragmentado, não é uma crise financeira.
previsor Escreveu:Tem também um padrão muito giro, que disse no ano passado, que é descer em anos pares e subir em anos ímpares desde 2018, e este ano é um ano ímpar. Entao, acho que é bastante improvável uma crise financeira nos proximos meses.
previsor Escreveu:Enquanto não acontecer, acho que nenhum país cai sozinho quando está próximo dos máximos de sempre. Acho que os PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) caíram porque nessa altura já tinha havido uma crise e uma grande queda nas bolsas e tiveram uma segunda crise quando estavam longe dos máximos. Mas também é verdade que se o padrão se mantiver o próximo ano seria um ano de descida na bolsa francesa. No entanto acho mais provável que o padrão mude com dois anos seguidos de subida do que com dois anos seguidos de descida, tendo em conta que historicamente há mais anos de subida do que de descida.
Re: França too big to fail?
A França tem um Prêmio Nobel de Economia Jean Tirole ( 2014) raramente fala da França, deu uma entrevista .
“ A "tempestade perfeita" temida pelos mercados
Os investidores estrangeiros não estão apenas preocupados com o número de 114%, mas com a convergência de vários fatores explosivos. Em primeiro lugar, a França enfrenta uma enorme necessidade de novos gastos no clima, educação, saúde, defesa: tantos setores onde o Estado acumulou atrasos.
Em segundo lugar, as perspectivas de crescimento permanecem fracas, e nosso país não tentou reconciliar o estado de bem-estar e a reforma do Estado. Finalmente, a democracia é muitas vezes reduzida a debates eleitorais e orçamentárias dominados pelo eleitoralismo, mesmo quando a emergência exigiria um esforço coletivo. Continuamos a "mover as espreguiçadeiras enquanto o Titanic afunda".
O veneno do pensamento de soma zero
Outro grande obstáculo é o domínio do que poderíamos chamar de "pensamento de soma zero". Essa visão, compartilhada à direita e à esquerda, considera que a economia se resume a compartilhar um bolo de tamanho fixo. Favorece debates sobre a redistribuição e a oposição entre categorias sociais – ricos versus pobres, nacionais versus imigrantes – em detrimento da busca pelo crescimento.
No entanto, se a justiça fiscal é um fator essencial de coesão social, não deve ser o único objeto de atenção. O pensamento humilde condena a França ao empobrecimento coletivo. O trabalho de Stefanie Stantcheva em Harvard não é bastante reconfortante. Mostra que a experiência de uma economia sem crescimento favorece o surgimento do pensamento de soma zero. Mas esse pensamento humilde inibe o crescimento, sugerindo um círculo vicioso.
O tema candente da dificuldade no trabalho ilustra os efeitos do pensamento de soma zero. A questão da dificuldade é mais do que uma simples redistribuição entre a Sécu e os funcionários. A justiça social obviamente exige que as profissões incapacitantes dêem direito a uma aposentadoria antecipada. Mas se o financiamento dessas partidas se baseia exclusivamente na comunidade, voltamos a uma lógica de transferência sem consideração econômica.
Uma abordagem responsável consistiria em reconhecer que a dificuldade é parcialmente endógena: através da ergonomia, da robotização, da redução de produtos perigosos, da formação, as empresas podem limitá-la. Estes últimos devem assumir uma responsabilidade direta e não mútua, contribuindo financeiramente para as aposentadorias antecipadas que suas condições de trabalho tornam necessárias. O princípio do poluidor-pagador deve ser aplicado, mas como o Estado não tem todas as informações, as contribuições adicionais devem ser negociadas entre sindicatos e empregadores.
Cenários de crise
O início de uma crise soberana ainda depende de uma mistura de fundamentos degradados e mecanismos de auto-realização: os mercados duvidam, param de emprestar e precipitam a falência que temiam. Só sabemos que tudo pode ir muito rápido. Durante a crise da zona do euro, a Espanha e a Itália viram suas taxas de juros subirem quase 6% acima das da Alemanha, Grécia muito mais. O que aconteceria com a França neste caso?
Dois cenários são possíveis. Ou a classe política, consciente da urgência, consegue se unir para restaurar a confiança e retomar o crescimento; uma variante é um acordo para nomear um governo de técnicos para colocar o país de volta nos trilhos, como Mario
Monti em 2011 ou Mario Draghi em 2021 na Itália.
Mais provavelmente, a França se voltaria para o FMI, o BCE e o Mecanismo Europeu de Estabilidade, e obteria financiamento a taxas de juros moderadas em troca de um plano de ajuste que impõe sacrifícios. Os partidos políticos deveriam então endossar o plano. Na falta de tal coragem política, permaneceria o cenário mais doloroso: a falha soberana, levando a uma austeridade imediata e brutal, bem como a uma perda duradoura de credibilidade para o Estado francês.
Um verdadeiro calcanhar de Aquiles: inovação
A Europa e a França sofrem de um déficit de competitividade em geral e, como lembrou Mario Draghi, de um atraso tecnológico considerável em particular. Essa fraqueza se traduz tanto em um poder de compra estagnado quanto em uma fragilidade geopolítica em um mundo onde o poder econômico é jogado no domínio das tecnologias disruptivas. Nossa política de inovação está em questão: investimos muito pouco, nos setores errados e com a má governança.
No entanto, o debate público atolou em disputas sobre o nível de gastos a serem incorridos, e não sobre o projeto e a governança necessários. Hoje, os fundos públicos se perdem em regras que vão contra a eficiência e um polvilhamento ineficiente, guiado por considerações políticas mais do que científicas.
Do lado do setor privado, a Europa ainda está investindo pesadamente no setor automotivo, enquanto os Estados Unidos concentram seus esforços na inteligência artificial, na biotecnologia e no espaço. Nossas economias privadas abundam, mas permanecem capturadas por seguro de vida e títulos, sem alimentar o patrimônio líquido pronto para financiar a inovação arriscada. Enquanto essa lógica não mudar, nossos discursos sobre soberania permanecerão letra morta.
A França não está condenada à falência, mas está condenada a escolher. Pode continuar a adiar as reformas refugiando-se na dívida, correndo o risco de cair abruptamente na crise. Ou pode assumir uma estratégia exigente: reformar o Estado, capacitar os atores econômicos, investir em tecnologias do futuro e dar à Europa uma governança capaz de competir com os Estados Unidos e a China. A dívida, em suma, não é apenas uma questão de contas públicas: é o revelador da nossa incapacidade de nos projetar para o futuro. É essa falta de visão que terá que ser superada se quisermos evitar o declínio e encontrar o caminho da prosperidade.
“ A "tempestade perfeita" temida pelos mercados
Os investidores estrangeiros não estão apenas preocupados com o número de 114%, mas com a convergência de vários fatores explosivos. Em primeiro lugar, a França enfrenta uma enorme necessidade de novos gastos no clima, educação, saúde, defesa: tantos setores onde o Estado acumulou atrasos.
Em segundo lugar, as perspectivas de crescimento permanecem fracas, e nosso país não tentou reconciliar o estado de bem-estar e a reforma do Estado. Finalmente, a democracia é muitas vezes reduzida a debates eleitorais e orçamentárias dominados pelo eleitoralismo, mesmo quando a emergência exigiria um esforço coletivo. Continuamos a "mover as espreguiçadeiras enquanto o Titanic afunda".
O veneno do pensamento de soma zero
Outro grande obstáculo é o domínio do que poderíamos chamar de "pensamento de soma zero". Essa visão, compartilhada à direita e à esquerda, considera que a economia se resume a compartilhar um bolo de tamanho fixo. Favorece debates sobre a redistribuição e a oposição entre categorias sociais – ricos versus pobres, nacionais versus imigrantes – em detrimento da busca pelo crescimento.
No entanto, se a justiça fiscal é um fator essencial de coesão social, não deve ser o único objeto de atenção. O pensamento humilde condena a França ao empobrecimento coletivo. O trabalho de Stefanie Stantcheva em Harvard não é bastante reconfortante. Mostra que a experiência de uma economia sem crescimento favorece o surgimento do pensamento de soma zero. Mas esse pensamento humilde inibe o crescimento, sugerindo um círculo vicioso.
O tema candente da dificuldade no trabalho ilustra os efeitos do pensamento de soma zero. A questão da dificuldade é mais do que uma simples redistribuição entre a Sécu e os funcionários. A justiça social obviamente exige que as profissões incapacitantes dêem direito a uma aposentadoria antecipada. Mas se o financiamento dessas partidas se baseia exclusivamente na comunidade, voltamos a uma lógica de transferência sem consideração econômica.
Uma abordagem responsável consistiria em reconhecer que a dificuldade é parcialmente endógena: através da ergonomia, da robotização, da redução de produtos perigosos, da formação, as empresas podem limitá-la. Estes últimos devem assumir uma responsabilidade direta e não mútua, contribuindo financeiramente para as aposentadorias antecipadas que suas condições de trabalho tornam necessárias. O princípio do poluidor-pagador deve ser aplicado, mas como o Estado não tem todas as informações, as contribuições adicionais devem ser negociadas entre sindicatos e empregadores.
Cenários de crise
O início de uma crise soberana ainda depende de uma mistura de fundamentos degradados e mecanismos de auto-realização: os mercados duvidam, param de emprestar e precipitam a falência que temiam. Só sabemos que tudo pode ir muito rápido. Durante a crise da zona do euro, a Espanha e a Itália viram suas taxas de juros subirem quase 6% acima das da Alemanha, Grécia muito mais. O que aconteceria com a França neste caso?
Dois cenários são possíveis. Ou a classe política, consciente da urgência, consegue se unir para restaurar a confiança e retomar o crescimento; uma variante é um acordo para nomear um governo de técnicos para colocar o país de volta nos trilhos, como Mario
Monti em 2011 ou Mario Draghi em 2021 na Itália.
Mais provavelmente, a França se voltaria para o FMI, o BCE e o Mecanismo Europeu de Estabilidade, e obteria financiamento a taxas de juros moderadas em troca de um plano de ajuste que impõe sacrifícios. Os partidos políticos deveriam então endossar o plano. Na falta de tal coragem política, permaneceria o cenário mais doloroso: a falha soberana, levando a uma austeridade imediata e brutal, bem como a uma perda duradoura de credibilidade para o Estado francês.
Um verdadeiro calcanhar de Aquiles: inovação
A Europa e a França sofrem de um déficit de competitividade em geral e, como lembrou Mario Draghi, de um atraso tecnológico considerável em particular. Essa fraqueza se traduz tanto em um poder de compra estagnado quanto em uma fragilidade geopolítica em um mundo onde o poder econômico é jogado no domínio das tecnologias disruptivas. Nossa política de inovação está em questão: investimos muito pouco, nos setores errados e com a má governança.
No entanto, o debate público atolou em disputas sobre o nível de gastos a serem incorridos, e não sobre o projeto e a governança necessários. Hoje, os fundos públicos se perdem em regras que vão contra a eficiência e um polvilhamento ineficiente, guiado por considerações políticas mais do que científicas.
Do lado do setor privado, a Europa ainda está investindo pesadamente no setor automotivo, enquanto os Estados Unidos concentram seus esforços na inteligência artificial, na biotecnologia e no espaço. Nossas economias privadas abundam, mas permanecem capturadas por seguro de vida e títulos, sem alimentar o patrimônio líquido pronto para financiar a inovação arriscada. Enquanto essa lógica não mudar, nossos discursos sobre soberania permanecerão letra morta.
A França não está condenada à falência, mas está condenada a escolher. Pode continuar a adiar as reformas refugiando-se na dívida, correndo o risco de cair abruptamente na crise. Ou pode assumir uma estratégia exigente: reformar o Estado, capacitar os atores econômicos, investir em tecnologias do futuro e dar à Europa uma governança capaz de competir com os Estados Unidos e a China. A dívida, em suma, não é apenas uma questão de contas públicas: é o revelador da nossa incapacidade de nos projetar para o futuro. É essa falta de visão que terá que ser superada se quisermos evitar o declínio e encontrar o caminho da prosperidade.
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Re: França too big to fail?
O melhor indicador
CDS francês tem vindo subindo gradualmente ao longo dos últimos meses. de ~34-35 bps no verão para ~37-39 bps no fim de agosto/início de setembro,
a Alemanha estará Alemanha em 10.
24 bps antes da eleição de verão 2024 , decisão de Emmanuel Macron, em junho de 2024, de dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições antecipadas , estará sempre entre um dos maiores erros de um político .
CDS francês tem vindo subindo gradualmente ao longo dos últimos meses. de ~34-35 bps no verão para ~37-39 bps no fim de agosto/início de setembro,
a Alemanha estará Alemanha em 10.
24 bps antes da eleição de verão 2024 , decisão de Emmanuel Macron, em junho de 2024, de dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições antecipadas , estará sempre entre um dos maiores erros de um político .
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Re: França too big to fail?
10y França a 3.606%.. a quebra da resistência e novos máximos de decadas estao iminentes. Provavelmente vao arrastar outros juros da zona euro. A coisa está com mau aspecto
Re: França too big to fail?
Venezuela...
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Re: França too big to fail?
Brutal o estado super social dispara dívida e tira trabalhador a economia ,
« A Iveco Bus está a recrutar colaboradores até nas Filipinas para a sua fábrica em Annonay .
Mas há falta de candidatos. "Procuramos soluções em França e até na Europa. As fábricas da Iveco Bus em Itália e na República Checa enfrentaram as mesmas dificuldades."
A Iveco Bus recorreu a uma agência de recrutamento... nas Filipinas. "Cerca de sessenta trabalhadores vieram das Filipinas para França com a ajuda da empresa e tornaram-se funcionários da Iveco", diz o diretor de RH. "É um investimento para a empresa, mas era essencial para continuar a produção."
França há 25,6% da população em idade ativa estava inativa, 10,5 milhões.
Desemprego números oficias há 5 milhões à procura de emprego é confuso há 2 categoria o A e o B .
« A Iveco Bus está a recrutar colaboradores até nas Filipinas para a sua fábrica em Annonay .
Mas há falta de candidatos. "Procuramos soluções em França e até na Europa. As fábricas da Iveco Bus em Itália e na República Checa enfrentaram as mesmas dificuldades."
A Iveco Bus recorreu a uma agência de recrutamento... nas Filipinas. "Cerca de sessenta trabalhadores vieram das Filipinas para França com a ajuda da empresa e tornaram-se funcionários da Iveco", diz o diretor de RH. "É um investimento para a empresa, mas era essencial para continuar a produção."
França há 25,6% da população em idade ativa estava inativa, 10,5 milhões.
Desemprego números oficias há 5 milhões à procura de emprego é confuso há 2 categoria o A e o B .
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Re: França too big to fail?
As grandes empresas franceses são insultadas por todos diariamente
Como é distribuído o valor acrescentado gerado por estas 102 grandes empresas :
1. Trabalhadores mais de 60% , eles tem salários muito mais elevados que nas pequenas emoresas .
2. Estado: Uma parte significativa é destinada ao pagamento de impostos e taxas.
3. Investigação e Desenvolvimento (I&D)
No dinheiro distribuído os Acionistas chegam em 4.º lugar .
https://afep.com/publications/les-grand ... francaise/
Como é distribuído o valor acrescentado gerado por estas 102 grandes empresas :
1. Trabalhadores mais de 60% , eles tem salários muito mais elevados que nas pequenas emoresas .
2. Estado: Uma parte significativa é destinada ao pagamento de impostos e taxas.
3. Investigação e Desenvolvimento (I&D)
No dinheiro distribuído os Acionistas chegam em 4.º lugar .
https://afep.com/publications/les-grand ... francaise/
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Re: França too big to fail?
Por falar na China, está a haver uma exposição sobre Macau na Praça do Comércio. Não é grande, ocupa cerca de um quarto da praça, mas tem boa apresentação. Surpreendeu-me o facto de não haver nada em inglês. Só as línguas chinesa e portuguesa. Ou seja, o foco deles é mesmo atrair portugueses. Uma das atrações é um espetáculo de dança com bailarinas, acompanhado por dois robôs que dançam com elas. É um espetáculo curto, mas divertido
Re: França too big to fail?
Contribuições sociais obrigatórias na China, além do IRS (2025)
1. Pensão (养老保险, yǎnglǎo bǎoxiǎn)
• Empregado: 8%
• Empregador: 20–22% (varia por cidade)
2. Seguro de saúde (医疗保险, yīliáo bǎoxiǎn)
• Empregado: 2%
• Empregador: 9–10% (varia por cidade)
3. Seguro de desemprego (失业保险, shīyè bǎoxiǎn)
• Empregado: 0,2–1%
• Empregador: 0,5–2%
4. Seguro de acidentes de trabalho (工伤保险, gōngshāng bǎoxiǎn)
• Empregado: não aplica
• Empregador: 0,2–1,9%
5. Seguro de maternidade (生育保险, shēngyù bǎoxiǎn)
• Empregado: não aplica
• Empregador: 0,8–1%
6. Fundo de habitação (住房公积金, zhùfáng gōngjījīn)
• Empregado e empregador: 5–12% do salário bruto, dependendo da cidade
Fonte: PwC Tax Summaries – China: Individual – Other Taxes
Re: França too big to fail?
“La France est l’URSS qui marche” esta frase aparece nos anos 80 e nao é minha .
Para um Salário de 2 milhões .
IRS + Contribuições sociais obrigatórias+Imposto de solidariedade sobre a fortuna (ISF) + sobretaxa extraordinária de 75%,
900.000 + 300.000 + 100.000 + 750.000 = 2.050.000 €
Mas na verdade para um salário bruto anual = €2.000.000 os impostos podiam chegar a 2 050 000 depois veio uma clausula de salvaguarda .
Segundo o jornal Les Echos, cerca de 42.000 milionários deixaram a França nesse período .
Para um Salário de 2 milhões .
IRS + Contribuições sociais obrigatórias+Imposto de solidariedade sobre a fortuna (ISF) + sobretaxa extraordinária de 75%,
900.000 + 300.000 + 100.000 + 750.000 = 2.050.000 €
Mas na verdade para um salário bruto anual = €2.000.000 os impostos podiam chegar a 2 050 000 depois veio uma clausula de salvaguarda .
Segundo o jornal Les Echos, cerca de 42.000 milionários deixaram a França nesse período .
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Re: França too big to fail?
Achei a última frase particularmente engraçada, mas, independentemente de falares com ministros franceses ou não, a tua opinião não tem sustentação em indicadores e é até um pouco contraditória com o que disseste há poucos dias. Há poucos dias dizias que o ministro da Justiça não tinha influência sobre o juiz, e agora dizes que existe intervencionismo estatal em todos os sectores, comparável ao da China.
China vs França: Comparação de Liberalismo
1. Liberdade Política
A China é classificada como "não livre" pela Freedom House, com uma pontuação total de 9/100, sendo 2/40 em direitos políticos e 11/60 em liberdades civis. Em contraste, a França é considerada "livre", com uma pontuação total de 89/100, sendo 38/40 em direitos políticos e 51/60 em liberdades civis.
Fonte: Freedom House
2. Liberdade de Imprensa
A China ocupa a 178.ª posição no Índice de Liberdade de Imprensa da Reporters Without Borders (RSF), sendo o maior carcereiro de jornalistas do mundo, com 124 jornalistas detidos. A França, por sua vez, ocupa a 34.ª posição, com uma imprensa independente capaz de responsabilizar os líderes políticos.
Fonte: RSF
3. Liberdade Económica
No Índice de Liberdade Económica da Heritage Foundation, a China obteve uma pontuação de 48,5/100, classificando-se como a 151.ª economia mais livre. A França obteve uma pontuação de 62,5/100, posicionando-se como a 62.ª economia mais livre.
Fonte: Heritage Foundation
4. Estado de Direito
O World Justice Project classifica a China com uma pontuação de 0,47/1, ocupando a 95.ª posição entre 142 países. A França possui uma pontuação de 0,79/1, ocupando a 22.ª posição.
Fonte: World Justice Project
Estes dados demonstram que a França apresenta níveis significativamente mais elevados de liberalismo político e económico em comparação com a China, conforme medido por indicadores reconhecidos internacionalmente.
Re: França too big to fail?
Acho que não insultei ninguém.
Verborreia segundo o nosso amigo Gemini da Google é uma abundância de palavras e um discurso falado ou escrito com excesso de fluência, muitas vezes vazio de sentido ou importância, caracterizando uma fala prolixa e desprovida de conteúdo substancial o que se enquadra razoavelmente bem em muito do que escreves e opinas aqui.
É um padrão que encontro amiúde, aqui e em outros lugares similares. Quem muito opina sobre praticamente tudo, fá-lo de forma desprovida de conteúdo, não raro limitando-se a lugares comuns.
Voltando ao tema em questão o que argumentas "carga fiscal, regulamentação asfixiante e intervencionismo estatal em praticamente todos os setores" é comum com o que se passa em quase todo o mundo ocidental...isso é comum em toda a UE.
Aqui queixamo-nos, numa base quase diária, precisamente dos mesmos temas....fiscalidade absurda, inoperância do Estado, legislação em duplicado, burocracia idiota...
Agora comparar o que te é permitido numa democracia ocidental com o que é possível numa China, ou mesmo numa Russia ou Venezuela é uma tontice. Mas por certo os teus amigos ministros conseguem explicar-te isto com mais calma, sensibilidade e ... educação.
Por último o meu conceito de liberalismo nem é motivo de discussão aqui, não é tema (possivelmente até é semelhante ao teu e de outros intervenientes).
Verborreia segundo o nosso amigo Gemini da Google é uma abundância de palavras e um discurso falado ou escrito com excesso de fluência, muitas vezes vazio de sentido ou importância, caracterizando uma fala prolixa e desprovida de conteúdo substancial o que se enquadra razoavelmente bem em muito do que escreves e opinas aqui.
É um padrão que encontro amiúde, aqui e em outros lugares similares. Quem muito opina sobre praticamente tudo, fá-lo de forma desprovida de conteúdo, não raro limitando-se a lugares comuns.
Voltando ao tema em questão o que argumentas "carga fiscal, regulamentação asfixiante e intervencionismo estatal em praticamente todos os setores" é comum com o que se passa em quase todo o mundo ocidental...isso é comum em toda a UE.
Aqui queixamo-nos, numa base quase diária, precisamente dos mesmos temas....fiscalidade absurda, inoperância do Estado, legislação em duplicado, burocracia idiota...
Agora comparar o que te é permitido numa democracia ocidental com o que é possível numa China, ou mesmo numa Russia ou Venezuela é uma tontice. Mas por certo os teus amigos ministros conseguem explicar-te isto com mais calma, sensibilidade e ... educação.
Por último o meu conceito de liberalismo nem é motivo de discussão aqui, não é tema (possivelmente até é semelhante ao teu e de outros intervenientes).
“Buy high, sell higher...”.
Re: França too big to fail?
Não preciso de verborreias nem de insultos para argumentar.
A diferença entre França e China não é que um governo faça desaparecer Jack Ma, mas sim a forma como ambos usam o poder do Estado para condicionar a economia.
Em França não desaparecem empresários, mas desaparece a liberdade de iniciativa com a carga fiscal, regulamentação asfixiante e intervencionismo estatal em praticamente todos os setores.
Se achas que liberalismo é compatível com esse nível de controlo, o problema não é meu é do teu conceito de liberalismo.
Fiz um esforço para manter a educação perante o teu insulto e quanto a compreender a realidade francesa, nem preciso de invocar conversas com ministros franceses para sustentar o que digo.
A diferença entre França e China não é que um governo faça desaparecer Jack Ma, mas sim a forma como ambos usam o poder do Estado para condicionar a economia.
Em França não desaparecem empresários, mas desaparece a liberdade de iniciativa com a carga fiscal, regulamentação asfixiante e intervencionismo estatal em praticamente todos os setores.
Se achas que liberalismo é compatível com esse nível de controlo, o problema não é meu é do teu conceito de liberalismo.
Fiz um esforço para manter a educação perante o teu insulto e quanto a compreender a realidade francesa, nem preciso de invocar conversas com ministros franceses para sustentar o que digo.
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Re: França too big to fail?
Opcard Escreveu:Num programa dedicado a investidores, um gestor de ativos explicava a sua estratégia de seleção de ações, mencionando que cerca de 30% do portefólio era escolhido de acordo com determinados critérios.
Acrescentou que se mantinha afastado de países comunistas. O interlocutor questionou: “Então não investe em França?” Ao que ele respondeu: “Não, refiro-me à China.”
A verdade é que esse gestor demonstra uma cegueira preocupante hoje, a França apresenta traços de intervencionismo económico e regulamentar dez vezes mais próximos do comunismo do que a própria China.
Por isso, falar em “liberalismo” na Europa revela, no mínimo, uma profunda ignorância.
Eu acho que tu é que estás a ver mal, ou possivelmente verborreias por ignorância.
Achas mesmo que com regulamentação a mais ou a menos, em França acontecia o que aconteceu a Jack Ma da Alibaba na China?
“Buy high, sell higher...”.
Re: França too big to fail?
Num programa dedicado a investidores, um gestor de ativos explicava a sua estratégia de seleção de ações, mencionando que cerca de 30% do portefólio era escolhido de acordo com determinados critérios.
Acrescentou que se mantinha afastado de países comunistas. O interlocutor questionou: “Então não investe em França?” Ao que ele respondeu: “Não, refiro-me à China.”
A verdade é que esse gestor demonstra uma cegueira preocupante hoje, a França apresenta traços de intervencionismo económico e regulamentar dez vezes mais próximos do comunismo do que a própria China.
Por isso, falar em “liberalismo” na Europa revela, no mínimo, uma profunda ignorância.
Acrescentou que se mantinha afastado de países comunistas. O interlocutor questionou: “Então não investe em França?” Ao que ele respondeu: “Não, refiro-me à China.”
A verdade é que esse gestor demonstra uma cegueira preocupante hoje, a França apresenta traços de intervencionismo económico e regulamentar dez vezes mais próximos do comunismo do que a própria China.
Por isso, falar em “liberalismo” na Europa revela, no mínimo, uma profunda ignorância.
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Re: França too big to fail?
Os polícias em França vivem escondidos e escondem-se para evitar estas situações , quando apanhados …desta vez os agressores fizerem vídeo
https://x.com/LindaKebbab/status/196621 ... ut%3Ablank
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Re: França too big to fail?
É complicado mas objetivamente têm mais poder de compra, mas subjetivamente vivem com mais pressão, insegurança e comparação é na comparação que tudo se complica ‘
As pessoas sentem-se pior quando percebem que ganham menos que os vizinhos ou colegas, mesmo que tenham objetivamente mais do que no passado.
Mesmo entre irmãos um ficou na província ou numa cidade pequena , o outro vendeu o que tinha e comprou em Paris hoje tem 10 vezes mais património. isto é factor de mau estar na família .
As pessoas sentem-se pior quando percebem que ganham menos que os vizinhos ou colegas, mesmo que tenham objetivamente mais do que no passado.
Mesmo entre irmãos um ficou na província ou numa cidade pequena , o outro vendeu o que tinha e comprou em Paris hoje tem 10 vezes mais património. isto é factor de mau estar na família .
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