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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por previsor » 7/10/2024 12:59

Algumas coisas que dizem podem não ser exatamente como dizem

Azerbaijan reveals minimum wage for next year

The minimum wage in Azerbaijan currently is 345 manat ($202.9).

In addition, the average monthly salary in Azerbaijan is expected to reach 930 manat ($547.1) this year.
https://en.trend.az/azerbaijan/society/3818709.html


Romania opens borders to South Asian workers to replace emigrants

With its 1,100 beds spread over three buildings, the Komitat South workers' hostel is a veritable melting pot of cultures. Nepalese, Indian, Bangladeshi, Sri Lankan...

https://www.lemonde.fr/en/economy/artic ... 56_19.html

Romania Sees Surge in Foreign Workers, Primarily From South Asia
Over 211,000 foreign workers were registered in Romania by the end of last year, primarily from South Asia, with Nepal leading at nine per cent.

https://schengen.news/romania-sees-surg ... outh-asia/

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Re: Políticas para Portugal

por Nightrader » 7/10/2024 12:25

Opcard Escreveu:OPINIÃO ARTURO PÉREZ-REVERTE

Sejamos claros: a imigração não deve ser travada nem é possível fazê-lo, porque para além de ser inevitável, é necessária. Sem esta força de trabalho, sem sangue novo, a vida aqui seria insustentável, a economia acabaria por se desmoronar, a pirâmide populacional seria monstruosamente invertida e a Segurança Social seria impossível.



Retórica contrariada pelos dados. Os países onde não há imigrantes são os que mais crescem. Roménia, Polónia, Hungria e países Bálticos por exemplo, estão a duplicar o PIB per capita a cada 20 anos. Em Portugal, em 2023 o PIB cresceu 2.4% e legalizamos 330 mil imigrantes o que significa que o PIB per capita caiu. Estive duas semanas na Roménia este ano e não vi um único africano ou indiano. Por exemplo, todos os UBER que usei eram conduzidos por cidadãos romenos. Para 2024 o cenário é pior. A economia está estagnada e estamos a legalizar mais de 100 mil imigrantes por mês. Em Maio foram legalizados 110 mil imigrantes e desde então já aumentamos a capacidade para aumentar a taxa a que os imigrantes são legalizados.

As razões pela qual a imigração é negativa para economia são bem conhecidas e estudadas: 1) O aumento de população canaliza os recursos para o acolhimento de mais população, desviando esses recursos do investimento e 2) O crescimento do PIB per capita depende do nível de qualificação dos trabalhadores.

Quanto à Segurança Social, os imigrantes não estão a salvar a SS, muito pelo contrário dão um prejuízo anual de centenas de milhões de euros.

A taxa de natalidade em Portugal é mais baixa do que seria desejável, mas isso acontece pelas falta de condições para que a classe média possa ter mais filhos. Por exemplo, faltam dezenas de milhares de lugares em creches. Se o pai trabalha e a mãe trabalha e não há onde deixar as crianças, os casais em vez de terem dois ou três filhos têm um ou dois (ou zero). Seja como for, a população diminuir não é nenhum drama. Há países na Europa em que a população está a diminuir e os indicadores de qualidade de vida está a melhorar substancialmente.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 7/10/2024 10:24

Opcard Escreveu:a economia acabaria por se desmoronar, a pirâmide populacional seria monstruosamente invertida e a Segurança Social seria impossível.


Até quando é que acham que os imigrantes vão continuar a tolerar que lhe retirem rendimentos para pagar pensões de gente com a qual não têm afinidade? Sem SS as famílias tinham de ter filhos porque antigamente era assim a SS eram os filhos. Agora eu pago a pensão de gente que não conheço muitos não a merecem como por exemplo o hipócrita Guterres...


Por outro lado a imigração não faz crescer a economia per capita. Perdeu-se produtividade e cada vez temos mais escassez de recursos básicos como habitação e SNS.

Chegam aos milhões por ano no entanto não se consegue arranjar mão de obra para a construção. Nos países árabes constroem em massa existe muita oferta e qualquer um tem facilmente acesso a um lar digno.

Não só digna, mesmo países como Tunísia ou Marrocos constroem casas com arquiteturas ornamentadas com espaços amplos, que para se construir no ocidente seria na ordem do milhão de euros. Ali são vendidas por 100 mil euros chave não mão e sem impostos.

Nesses países faltam algumas infraestruturas (e têm problemas sérios com poluição)mas facilmente em 20-30 anos vão ter um nível de vida muito superior ao ocidente.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 7/10/2024 7:25

Esteve em Portugal o maior escritor espanhol vivo para mais uns dos seus livros, durante 20 anos foi repórter de guerra esteve em várias guerra numa outra entrevista li outra verdade sobre o homem, ele viu gentis de manhã a tarde estavam a matar prisioneiros de guerra e a violar as mulheres , o drama é seremos governados hoje por gente sem vida e pouca leitura .

Hoje um artigo dele no Diário de Notícias que toda a Europa devia ler :


«… Em troca, a classe empresarial obtém trabalho escravo barato. A esquerda mais vociferante também tem as suas vantagens: esquecendo as mulheres que são retaliadas e assassinadas no mundo islâmico, onde a extrema-direita religiosa considera as mulheres e os homossexuais sujeitos à vontade de Deus, a demagogia europeia que vive de fraudes subsidiadas tem a oportunidade de levantar faixas, usar kufiyas, chamar crianças a criminosos de dezassete anos, qualificar como racistas aqueles que protestam quando o seu telemóvel é roubado ou a sua filha é violada, ou manifestar-se em apoio aos fundamentalistas islâmicos… »


OPINIÃO ARTURO PÉREZ-REVERTE
Estou na esplanada de um café numa cidade no norte de Itália e, em meia-hora, vejo passar uma dúzia de mulheres muçulmanas com a cara tapada à exceção dos olhos. Umas levam crianças pela mão, outras carrinhos de compras, e ao vê-las penso na fria fatalidade da História, em que a transformação geopolítica da Europa chega hoje num barco e em que as vagas de imigrantes são um irreversível fator de civilização. De um novo mundo que em nada se parece com o outro. No entanto, concluo que perceber isto quando se é velho e se tem uma biblioteca não é dramático nem terrível. A História é feita de civilizações colapsadas e nem sempre temos o privilégio de testemunhar o declínio de uma delas.

É de notar que a Europa sempre foi um lugar mestiço onde muitas vezes as desgraças vieram de fanáticos do purismo de raça, religião, família ou tribo, e que aqueles que se vangloriam de ter oito apelidos impolutos foram a causa de muitos males e tragédias. Mas aqui falamos de outra coisa. Já não se trata de línguas, territórios ou religiões, mas de conglomerados socioculturais, cidades balcanizadas em comunidades estranhas umas às outras. Outra Europa está a chegar e nada pode ser feito para o impedir. Talvez nunca tenha sido possível e acontece que agora as badaladas do relógio da História tocam mais alto.
Sejamos claros: a imigração não deve ser travada nem é possível fazê-lo, porque para além de ser inevitável, é necessária. Sem esta força de trabalho, sem sangue novo, a vida aqui seria insustentável, a economia acabaria por se desmoronar, a pirâmide populacional seria monstruosamente invertida e a Segurança Social seria impossível. O cidadão europeu, criado no bem-estar e por ele enfraquecido, é deslocado pelo sangue jovem, pela ambição legítima e pela tenacidade de pessoas mais duras e famintas. Basta um olhar para ver quem merece o futuro e quem merece a sarjeta da vida. O multiculturalismo é uma história complicada. A História mostra que algumas culturas empurram outras, absorvendo-as, mas acaba sempre por prevalecer a mais vigorosa, aquela que é mais bem sustentada por aqueles que a trazem consigo. E na Europa de hoje, a mais coerente é o Islão.
Este é, na minha opinião, o principal problema que o velho continente enfrenta: conflitos insolúveis, consequência da cobardia, da ganância e da estupidez europeias. Todos os Governos, temendo ser apelidados de islamofóbicos ou racistas, cometem erros idênticos há décadas, sem aprenderem nada com os problemas de segurança, a formação de guetos e a implementação de leis islâmicas nas cidades e vilas. Quase toda a Europa olha para o outro lado face às mesmas atrocidades que os opressores sociais-religiosos islâmicos perpetram nos seus países contra a liberdade de expressão, a democracia, a igualdade de género ou a orientação sexual; e só superficialmente condena ou persegue o transplante de tais infâmias. Em Espanha, apesar do exemplo próximo da França, a apatia roça o criminoso. As autoridades de todos os matizes e cores ignoram a realidade dos bairros marginais e o que é dito em algumas mesquitas. Tal como não aprenderam com a França, não aprendem com Marrocos, onde uma boa parte dos imãs potencialmente conflituosos são comprados pelo Governo. Por alguma razão será.

E o facto é que em Espanha, como no resto da Europa, cada um com a sua imigração, o que é interessante é beneficiar da questão, vendendo-nos a ausência de conflitos visíveis como prova de assimilação e integração. Em troca, a classe empresarial obtém trabalho escravo barato. A esquerda mais vociferante também tem as suas vantagens: esquecendo as mulheres que são retaliadas e assassinadas no mundo islâmico, onde a extrema-direita religiosa considera as mulheres e os homossexuais sujeitos à vontade de Deus, a demagogia europeia que vive de fraudes subsidiadas tem a oportunidade de levantar faixas, usar kufiyas, chamar crianças a criminosos de dezassete anos, qualificar como racistas aqueles que protestam quando o seu telemóvel é roubado ou a sua filha é violada, ou manifestar-se em apoio aos fundamentalistas islâmicos, que confundem com os muçulmanos em geral, misturando-os com os excluídos da terra, a luta contra o capital, o imperialismo americano e o desgastado imprevisto do franquismo (ignorando que nunca houve uma política mais eficaz de amizade e boa vizinhança com Marrocos do que a mantida pelo ditador Franco, que os conhecia desde o serviço militar). Como é desconfortável recordar os avisos contra o véu e a submissão das mulheres pronunciados por feministas autênticas, como Élisabeth Badinter ou a espanhola Rosa Montero. Seria bom que muitas pessoas simples e menos bem informadas pudessem falar com as enrijecidas feministas argelinas, endurecidas por dez horríveis anos de luta contra o terrorismo islâmico. Isto coloca-nos no centro da questão: imigrantes muçulmanos que deixam a miséria para trás, mas trazem a sua religião e o modo de vida. Dado que a Europa, egoísta e estúpida, não foi capaz de lhes oferecer uma verdadeira integração e igualdade, eles sentem-se mais confortáveis com os seus próprios métodos e costumes. É por isso que uma boa parte dos emigrantes muçulmanos não educa os seus filhos com a mentalidade do país de acolhimento, mas com a do país de onde provêm. Têm as suas próprias mesquitas, os seus bairros, as suas escolas e a sua televisão; gozam de direitos impossíveis nos seus países de origem, mas no que toca ao respeito das obrigações exigem um tratamento diferenciado devido à sua religião. E como de parvos não têm nada, apoiam-se na nossa própria retórica. Os jovens desprezam-nos como fracos e contraditórios, enquanto veem o Islão radical como forte e atraente. A Europa é o cancro, gritam, o Islão é a solução. Com a vossa democracia, destruiremos a vossa democracia. Etc. A palavra foi inventada pelos gregos: oikofobia, ódio à casa, ao local onde se vive.
O problema reside nesta contradição. Por necessidade social, o imigrante deve ser aceite e integrado; mas o seu património cultural e histórico opõe-se ao de uma Europa que também não se esclarece. Por isso, estes muçulmanos precisam de continuar a ser eles: professores denunciados por falarem de presunto ou mencionarem a Reconquista, protestos nos autocarros e locais onde há cães, animal impuro segundo o Corão, na Semana Santa, por publicidade com meninas com pouca roupa, por nudez nas praias. Acrescente-se a isto os imãs que explicam como sesorte as mulheres que lutam nos países islâmicos e as que sofreram e lutaram pela sua liberdade na Europa e no mundo.

Para muitos muçulmanos, uma mulher velada não é uma cidadã comum, mas antes um animal doméstico que o homem protege e sobre o qual decide. Nenhuma democracia pode tolerar isso. É certo que se uma rapariga mostra as cue-cas, outra tem o direito de cobrir a cabeça, e que aí o bom senso é decisivo. Neste contexto, o lenço é perfeitamente aceitá-vel. Outra coisa é testar o modelo dos direitos e liberdades ocidentais. Devemos distinguir, e as mulheres muçulmanas devem saber distinguir. Quando alguma é impedida de usar véu ou de cobrir o rosto em locais inapropriados e criticada por isso, a sua liberdade não é atacada, mas sim protegida. Por vezes, da sua família e do seu ambiente. Outros, dela própria.
Cada uma destas concessões tem sido uma batalha perdida na Europa, muitas vezes sem se saber que foi travada. A extrema-direita islâmica está cada vez mais arrogante e ousada, embora não apareça nos noticiários. Um em cada dois ou três jovens de origem muçulmana coloca a sua identidade religiosa acima da nacio-nal, e também a do país de origem antes da do país de acolhimento, concorda com a lei islâmica e defende que a transgressão deve ser duramente punida. Em alguns locais, a polícia islâmica de certos imãs radicais atua impunemente: as mulheres não muçulmanas são insultadas nas ruas, ninguém apresenta queixas por medo de represálias, e o rebelde é condenado à morte social, o seu negócio é boi-cotado, a sua família é marginalizada. Em breve os agentes de segurança do Estado terão de ser muçulmanos para entrar em determinadas zonas, ou entrar em grupos e armados como já está a acontecer noutros locais da Europa. Já vi isso em Paris, em Génova, em Marselha.
Não há solução possível. Desengane-se quem diz que nada acontece, assim como quem prevê um apocalipse mourisco.
Tudo está a acontecer lenta e naturalmen-te. É apenas a História, que gira. Aindale-vará tempo, uma vez que trinta séculos de civilização não podem ser eliminados por um véu islâmico. É interessante, em todo o caso, testemunhar o declínio de um mundo com a lucidez que a cultura proporcio-na, semelhante a um analgésico: não elimina a causa da dor, mas ajuda a suportá-
-la.

No entanto, há uma questão para a qual não viverei o suficiente para ver a res-posta: os emigrantes muçulmanos instalados na Europa, transformando-a e tornando-a cada vez mais sua, poderão talvez escapar à miséria que deixaram para trás, mas aqueles que fogem do rigor islâmico e das suas consequências, para onde irão para se refugiar quando toda a Europa se tiver tornado uma mesquita?
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 6/10/2024 23:07

Há mais uma agência a cobrir a dívida portuguesa. E o "rating" estreia-se no nível A

Portugal é um dos 39 países que passaram a ser avaliados por mais uma agência de notação financeira. A primeira avaliação feita à dívida soberana portuguesa é de A+.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 6/10/2024 14:42

O Porto foi eleito como a “melhor cidade culinária emergente da Europa"
A distinção é dos World Culinary Awards e para trás ficaram as cidades de Batumi, Berlim, Cannes e Dubrovnik.

https://www.timeout.pt/porto/pt/noticia ... j6BPZD5cEg
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 4/10/2024 13:52

Portugal é o único país de portas abertas ( nãoesquecer que temos livre circulação com os Palpos que mais ninguém tem na Europa ) Alemanha repõe o controlo na fronteira o tema número um do novo governo francês e controlar a imigração ,toda a esquerda nórdica mudou depois Holanda , Áustria todo não querem mais e os que querem tomam medidas para ter quem precisam .

“ Já, para refi­nar as quo­tas por sec­tor de acti­vi­dade e ras­trear os "maus empre­ga­do­res", está pre­visto esta­be­le­cer um sis­tema de pré-can­di­da­tu­ras.

E, para detec­tar pedi­dos sus­pei­tos, atra­ves­sar as bases de dados das auto­ri­da­des fis­cais, da Segu­rança Social, do Minis­té­rio do inte­rior, das câma­ras de comér­cio. Antes da emis­são do visto, o empre­ga­dor terá de con­fir­mar a rea­li­dade da oferta de emprego, e quem não tiver assi­nado um con­trato será proi­bido de apre­sen­tar um Novo Pedido durante três anos.

Para cum­prir o prazo de oito dias após a entrada, o "con­trato de per­ma­nên­cia" será assi­nado ele­tro­ni­ca­mente. Para aumen­tar as for­ças de tra­ba­lho dis­po­ní­veis, está pre­visto que, no final de um con­trato sazo­nal, o tra­ba­lha­dor não seja obri­gado a sair ime­di­a­ta­mente, mas terá 60 dias para encon­trar um con­trato de tra­ba­lho per­ma­nente ou a termo.

Para pro­te­ger as víti­mas de explo­ra­ção, o governo tomou uma medida antiga: aque­les que, tendo entrado legal­mente, denun­ci­a­rão os empre­ga­do­res pro­pri­e­tá­rios de “escra­vos”, bem como aque­les que coo­pe­ra­rão com o sis­tema judi­ci­á­rio, devem ser pro­te­gi­dos por uma auto­ri­za­ção de resi­dên­cia de seis meses, reno­vá­vel por um ano.

Eles rece­be­rão (6.000 euros por ano) e serão trei­na­dos para aten­der às neces­si­da­des dos empre­ga­do­res. "Esta norma já existe desde 1998, é muito rara­mente apli­cada por­que as pre­fei­tu­ras da polí­cia relu­tam em con­ce­der auto­ri­za­ções de resi­dên­cia", explica Jean-ren9 Bilongo.

Outra medida já pla­ne­ada mas nunca apli­cada: o registo das impres­sões digi­tais dos tra­ba­lha­do­res sazo­nais. A única notí­cia real para o cré­dito:

Os vis­tos de tra­ba­lho são sus­pen­sos para os naci­o­nais do Ban­gla­desh, Sri Lanka e Paquis­tão, onde o mer­cado de vis­tos é galo­pante. E os reque­ren­tes de asilo terão de per­mi­tir que os seus tele­mó­veis sejam ins­pec­ci­o­na­dos pelas agên­cias de apli­ca­ção da lei, para veri­fi­car a sua iden­ti­dade e a sua ori­gem geo­grá­fica.”
 
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Re: Políticas para Portugal

por Neftis » 4/10/2024 13:34

A crise nas urgências de obstetrícia deve-se ao turismo de natalidade, mas o país prefere discutir a falta de médicos. A demissão de Marta Temido foi justiça poética, pois foi o PS que permitiu esta bagunça, mas espera-se que o Governo da AD ponha termo a este abuso do contribuinte português.

Não sei para que são precisos tantos motoristas da Uber, tantos estafetas da Glovo, etc, etc. Esses imigrantes fazem falta para quê? Esta economia não contribui em nada para o desenvolvimento do país. É uma imigração que está a dar um balão de oxigénio a "empresas" que deviam falir, pois perpetuam um modelo de baixa produtividade e baixos salários.

Portugal tem de ser mais exigente e não aceitar tudo o que vem de fora.
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 4/10/2024 8:44

Mas mesmo com 930 indivíduos legalizados não se consegue arranjar gente para trabalhar na construção.

O que vem para ca a fazer essa gente?

Talvez o ChatGPT saiba a resposta...


Como se não basta-se virtualmente 0 são médicos e muito poucos são da área da saúde.

Para além de provocarem escassez na habitação saturam o SNS... :wall:
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Re: Políticas para Portugal

por Nightrader » 4/10/2024 0:01

BearManBull Escreveu:
FMI alerta para deterioração “significativa” da acessibilidade à habitação em Portugal

...
o FMI defende que é “essencial abordar a escassez local de oferta habitacional para corresponder à procura das famílias”. Para isso, recomenda “ações necessárias para reduzir barreiras regulatórias e administrativas e resolver a escassez de mão-de-obra no setor da construção”.


Eu gostava é de entender como è entra mais de milhao de imigrantes nos ultimos anos e temos falta de mão-de-obra no setor da construção...

Mistérios do assentamento feudal designado Portugal.



Eu vou explicar, em 2023 foram legalizados 330 mil imigrantes e estavam pendentes 600 mil no final do ano, o que dá 930 mil legalizados e pendentes em 2023 (e faltam os ilegais).

Lisboa tem 500 mil habitantes e o Porto tem 280, o que dá 780 mil.

Ou seja, para alojar convenientemente os legalizados e pendentes de 2023 precisávamos de construir uma nova cidade de Lisboa e uma nova cidade do Porto. Obviamente que não há mão de obra para isso.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 3/10/2024 23:41

FMI alerta para deterioração “significativa” da acessibilidade à habitação em Portugal

...


o FMI defende que é “essencial abordar a escassez local de oferta habitacional para corresponder à procura das famílias”. Para isso, recomenda “ações necessárias para reduzir barreiras regulatórias e administrativas e resolver a escassez de mão-de-obra no setor da construção”.


Eu gostava é de entender como è entra mais de milhao de imigrantes nos ultimos anos e temos falta de mão-de-obra no setor da construção...

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Re: Políticas para Portugal

por Neftis » 3/10/2024 21:49

A direita está descontente com as cedências do Governo ao PS no orçamento. Pois, mas esta é a consequência do impasse que resultou das eleições de Março. Não existe uma maioria absoluta de direita no Parlamento, porque o Chega não serve para nada, nem um partido é. Vive da exposição mediática de um jagunço da bola, colando-se a tudo o que é descontentamento social, ao mesmo tempo que viabiliza todas as propostas de aumento da despesa pública e redistribuição do PS, porque grande parte do seu eleitorado quer redistribuição seja de que maneira for.

Como é que o partido do "bas-fond" da sociedade é compatível com políticas reformistas? Podem arranjar "causas" de extrema-direita, como o ódio aos ciganos e a estrangeiros, para mobilizar as massas pobres desafetas e assim conseguir muitos votos, que foi o que fez o Chega, mas governar com isto é outra coisa. É isso que quem queria que Luís Montenegro não tivesse linhas vermelha com o Chega não entende. O Chega é um esquema para caçar votos à pala de todos os falhanços (e são bastantes) da sociedade portuguesa, mas daqui não se traduz nenhuma agenda de mudança que possa ser reproduzível num programa de governo coerente e estável, muito menos num programa de modernização.

Calculo que o Governo prefira ceder agora alguma coisa ao PS para poder ter uma oportunidade para demonstrar que é capaz de fazer melhor do que os socialistas, com o seu orçamento. Mesmo assim, acho que o Governo muito tem feito em circunstâncias muito difíceis. O PS não quer deixar a AD ter oportunidade para governar, porque se correr bem, não volta ao poder tão cedo. O PS compara mal com a AD em todos os níveis, e quanto mais tempo passar, mais isso será evidente, por isso não acredito que o PS se abstenha na votação do orçamento. É uma questão de sobrevivência para Pedro Nuno Santos e para toda a gente que o apoia, uma gente sedenta de poder, que não riscou enquanto Costa liderou o PS, e julgava ter agora a sua oportunidade. Mas não esperavam que este Governo se conseguisse desenvencilhar, senão a esta hora nem estaríamos a ter qualquer tipo de encontro entre os líderes dos dois maiores partidos. É o que temos.
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 3/10/2024 16:41

manifesto convoca protesto contra "turismo descontrolado"

"Qualquer cidade deve ser um espaço para viver e visitar. Quando o primeiro dos termos é esquecido em detrimento quase em exclusivo do segundo, os desequilíbrios são muitos e insustentáveis", apontam.


yes we have tuc tuc very beatiful and very gud fud \:D/
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 3/10/2024 13:09

Em Lisboa come-se bem :lol:

Que garfos tao maus devem fazer parte do júri...

É tipo dizer que a agua do Ganges é melhor que a da Serra da Estrela.


Copenhaga, Florença, Londres, Paris e Viena também não são nada de jeito principalmente Londres e Copenhaga. (a menos que se pague 500 euros por cabeça).

Barcelona tem alguns sítios que se pode comer decentemente a preços minimamente acessíveis. Entre os referidos provavelmente é o sitio onde se come melhor relação qualidade preço, mas nenhuma cidade das referidas é um destino gastronómico digno desse nome (a menos claro que se viva a roubar dinheiro dos contribuintes e se possa meter as refeições para pagar com dinheiro dos contribuintes).
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Re: Políticas para Portugal

por previsor » 3/10/2024 12:49

Governo impede subida de comissões nas transferências imediatas do MB Way

Os bancos não vão poder cobrar comissões mais altas nas transferências imediatas feitas através do MBWay - ou de qualquer outra aplicação de telemóvel.
https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... -do-mb-way


O público votou e Lisboa ganhou, pela primeira vez, o prémio de Melhor Destino Culinário da Europa, nos World Culinary Awards. Entre as cidades concorrentes estavam Barcelona, Copenhaga, Florença, Londres, Paris e Viena.

A distinção foi recebida esta quarta-feira, numa cerimónia realizada no Dubai.

https://bit.ly/47V3M5w
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 29/9/2024 23:18

Ainda agora andei numa viagem pelo Caucaso e excepto a qualidade do ar qualquer capital dá 10 a 0 a Lisboa. Segurança 1000x á frente, senti-me mais em casa por lá do que na Disneylandia Lisboa. E até mesmo a comida que era o grande trunfo de Portugal neste momento geralmente come-se mal e caro. Ir à praia è preciso passar 3 horas no transito é para doidos, pagar portagem e parking.

Baku cidade maravilhosa, fiquei rendido, nao vi um mendigo na rua nem um edificio a cair aos pedaços. Comi extremamente bem por menos de 15 euros cabeça nos melhores restaurantes. Um apartamento no centro de Baku de 80m2 custa na ordem dos 200k os salarios sao melhores para licenciados e. os impostos mais baixos.


Os impostos foram brutalmente aumentados pela via da inflaçao.

Dinastias existem a dos grandes proprietarios. Quem tem 10 apartamentos em Lisboa nunca vai ter de trabalhar um dia na vida. Obviamente que s+o vendem por quantias milionarias. Leis antitrust inexsitentes. O ocidente mete nojo e nao passa de um antro de autocratas que escravizam quem trabalha.
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Re: Políticas para Portugal

por Youmeu » 29/9/2024 18:57

BearManBull Escreveu: Vives noutro país...

Viajo com alguma frequencia, quando vou para fora fico sempre com a ideia de que afinal Portugal é que é o terceiro mundo.

Como justificar os 10%? Em termos de PIB per capita e indicadores agregados de qualidade de vida, assumindo que somos 8.2B no planeta não me parece assim muito descabido que a soma da população dos países à frente de Portugal remeta apenas para 820 milhões.

O mundo não é só Europa Ocidental e Estados Unidos… Há que lembrar que moram mais pessoas entre a China, Índia e Indonésia que no resto do mundo. Depois tbm tens outros 1.5B na África. E antes de entrar em comparações na Europa ainda tens todo o mundo árabe e a América Latina (que eu também não colocava à frente de Portugal).

Saindo das economias, também tens o clima a nosso favor e isso não tem preço. 8-)

BearManBull Escreveu: Quais dinastias? Se o estado controla mais de 40% do PIB?

https://www.statista.com/statistics/372 ... -portugal/

A riqueza líquida das famílias é um conceito diferente de PIB. No exemplo que dei mais razão me dás para o assentar das desigualdades entre quem tem dinheiro no momento e os restantes, se for difícil para a sociedade portuguesa gerar internamente nova riqueza. Quem tem património pode só comprar um etf de acumulação e beneficiar dos retornos de qualquer zona do mundo à sua escolha. :-"

Mas voltando para o tema da despesa pública, de acordo com o INE estamos com 42,3% e a média simples da UE é de 50%. Podia ser pior…

Depois como é que estes 42,3% estão repartidos:
- 40% prestações sociais (dos quais praí 80% ou mais são pensões)
- 26% saúde e educação
- 5,5% defesa, segurança e ordem pública
- 13% serviços gerais das administrações públicas
- 11% assuntos económicos
- 4,5% outros

Desde que reduzam a dívida pública e mantenham a despesa abaixo da média da UE não me interessa o que andam para lá a fazer. Ambas estão okay, escolho não me ter de preocupar muito mais (e isto é eficiente fazer, há que não ser ignorante, analisar as coisas de forma macro e desocupar o cérebro de preocupações).

E pronto, se for para perder mais tempo em algo no qual não somos um outlier e estamos numa trajetória aceitável já teriam de me pagar. :mrgreen: Nem me chateia não saber o que são aqueles 24% das 2 rubricas mais estranhas.

Só peço que não aumentem mais os impostos, uma vez que já os aceitei como são. Quanto aos IRS jovem, se vier ótimo se não paciência. Quanto ao futuro da SS, que metam teto máximo ou mandem vir mais imigrantes.
Editado pela última vez por Youmeu em 30/9/2024 1:32, num total de 1 vez.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 29/9/2024 17:25

Youmeu Escreveu:Até aqui tudo normal, nada de novo. O problema é que no passado isto acontecia e a riqueza era repartida por 4 ou 5 descendentes. A partir de agora será dividida por 1 ou 2… Este tema é muito recente e extrema importância, podendo levar à perpetuação da riqueza e respetiva criação de “dinastias”.


Quais dinastias? Se o estado controla mais de 40% do PIB?

https://www.statista.com/statistics/372 ... -portugal/
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 29/9/2024 17:18

Youmeu Escreveu:Não obstante, a meu ver Portugal é um ótimo sítio para viver… basta ver um ranking da qualidade de vida e diria que ajustado para a população de cada país estamos aí no percentil 10% dos mais sortudos.


Vives noutro país...

Viajo com alguma frequencia, quando vou para fora fico sempre com a ideia de que afinal Portugal é que é o terceiro mundo.

A única coisa barata em Portugal relativo a praticamente quase todo o resto do mundo é o café. De resto não existe quase nada que seja mais acessível.

O que acontece-se é que muita se priva de sair de casa, de jantar fora, enfim de viver a vida. Vivem para trabalhar enquanto que outros passam o dia nos cafés a CFN copos de vinho ou a passear com o dinheiro roubado.

Tu mesmo o o dizes no teu comentário é tudo muito bonito mas é preciso muito muito dinheiro, que simplesmente não existe para a maioria de quem trabalha.

Destaco que antigamente ligava mais à política e afins (e.g. impostos, segurança social, reformas, portagens). Depois comecei a preocupar-me mais com o que consigo controlar. Concluindo, na prática quer a esquerda quer a direita conseguem coexistir tendo ambas razão no que defendem de acordo com o ponto de vista dos seus eleitores…



Os políticos estão la para defender os interesses deles e fazem muito bem.

Lá está a alegoria da caverna. Pode-se viver sem políticos, basta pensar na industria da aviação que é completamente apolítica e no entanto subministra o sistema de transporte mais seguro.

O que deixei a negrito é aquilo que também tendo a aceitar, mas os acéfalos mentais fazem a vida tao difícil a quem quer triunfar que por vezes ficamos a pensar que realmente só andamos a trabalhar para alimentar porcos.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard33 » 29/9/2024 15:52

Há algo mais grave que o preço para o comprador é não ter informação completa e detalhada do bem que compra este exemplo,de relatório custa 425 já com iva e é obrigatório .

S ao 71 páginas com toda a informação e as anomalias da residência.

https://storage.googleapis.com/gestiond ... SP7wYP.pdf
Editado pela última vez por Opcard33 em 29/9/2024 16:01, num total de 2 vezes.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Youmeu » 29/9/2024 15:49

BearManBull Escreveu:Youmeu os portugueses vivem numa caverna e nunca viram luz. Mais depressa matam quem lhes mostra o caminho do que preferem ver a luz.

Cada vez pior e mais fechados na cova.

Percebo o que dizes. Mas nem sempre se pode mudar o mundo, há que saber quando aceitar que cada um é como cada qual. No extremo, em terra de cegos quem tem olho é rei.

Escrito o prefácio vou iniciar mais um devaneio (uma vez que continuo de férias e disposição para tal). \:D/

Estou neste momento na China e confesso que teve a sua piada ter visto calçada portuguesa e pastéis de nata em Macau. Apesar de sentir que tem o tempo contado, o português continua a ser a língua oficial e está escrito em todo o lado (apesar de ninguém o falar). Para virmos aqui parar, pelo menos em tempos foi preciso termos alguma luz 8-)

No fim de contas estivemos pelos 4 cantos do mundo e há que não esquecer isso. Por outro lado, também há quem diga que é possível ver o quão aborrecida a vida de uma pessoa é com base no quão atrás no tempo tem de ir para encontrar glória.

Não obstante, a meu ver Portugal é um ótimo sítio para viver… basta ver um ranking da qualidade de vida e diria que ajustado para a população de cada país estamos aí no percentil 10% dos mais sortudos. Podia ter sido pior… A única coisa que me é realmente inconveniente é o preço das casas em Lisboa e arredores, mas pronto é o que é…

Pelo lado positivo a taxa de desemprego voltou a estar relativamente baixa e para quem seja mais motivado sempre tem a hipótese de emigrar para o Luxemburgo ou Suíça e depois voltar (eles lá não podem fazer o mesmo). O problema é que muitos depois ficam por lá… :( Metade dos meus 6 primos estão fora do país, da minha faculdade diria que seja a mesma proporção e no meu trabalho vejo mais saídas de jovens para fora do país do que a mudar de trabalho em Portugal.

Dos que ficam, quem tem a vida complicada é quem seja forçado a arrendar e os pais não consigam ajudar. Depois tbm sinto que existe falta de visão a médio-longo prazo. Muitos dos que conheço, do pouco que poupam acabam por estourar nas férias… vive-se para as experiências uma vez que já se assumiu derrota quanto ao imobiliário. Literalmente a materialização do “you will own nothing and will be happy”.

Mas tbm sejamos realistas… sai caro viver! :-" façamos as contas: 600 casa, 150 internet/telemovel/gas/luz/televisao, 250 comida, 250 outros. Quem em Portugal com <30 anos ganha mais do que 1250 limpos? Alguns, mas não muitos… E o problema é que daqui para a frente, para ganhar +1 limpo tem-se de justificar um custo de +2 para o empregador…

Vive-se muito limitado… Será necessário trocar inevitavelmente os 600 de renda por uma prestação ao banco. O tema é que 600 só permitem levantar 100k a 40 anos. Mas o que é que são 100k para as casas atuais??? Os mínimos olímpicos do mercado atual requerem pelo menos de 200k (bom incentivo ao matrimónio :wink:)

Depois vejamos outro exemplo, de uma pessoa exatamente igual, mas que dos 1250 só tem as despesas “outros” porque vive na casa dos pais… ou seja poupa 1k por mês e assume-se que gasta os subsídios. Se conseguir 8% de retorno ao ano, passados:
- 5 anos tem 73k a produzir 480 mês
- 10 anos tem 182k a produzir 1205 mês
- 20 anos tem 589k a produzir 3894 mês
- 30 anos tem 1490k a produzir 9863 mês

A meu ver cabe aos pais passarem este conhecimento aos filhos, explicarem quais as regras do jogo que lhes será aplicável e quais as consequências futuras das suas escolhas. A escola está feita para sermos bons trabalhadores e não para explicar como beneficiar do sistema e alcançar a liberdade financeira. :shame:

No meu caso foi-me dito “tens de saber como é a vida, não te vamos ajudar a pagar uma casa ou quarto em Lisboa depois da faculdade. Se quiseres tens o teu quarto a 30km de distância e podes nele continuar.” Fiz a minha escolha… Se estivesse na mesma situação a 150km de distância de Lisboa muito provavelmente já tinha emigrado para evitar estas rendas.

E pronto, passados 6 anos de trabalho estou 2 anos acima das expectativas que delineei, sendo que podemos sempre fazer melhor ou pior poupando mais/menos ou tendo maior/menor rentabilidade… Basicamente, estes 6 anos já mudaram o meu futuro de forma dramática.

Olhando à minha volta, sinto que existe falta de planeamento e visão nesta geração. Claro que cada um vive a vida como quer, convém é ter agilidade para adaptar-se à realidade que lhe é aplicável tendo em consideração os objetivos que pretende. É um facto que alguns têm de fazer mais sacrifícios que outros para obter os mesmos proveitos, mas isso é o que é. Não vale a pena culpar o estado e muito menos ficarmos presos do passado.

Não obstante, o mínimo que o sistema deve proporcionar é a aquisição de uma casa próprio. O problema é que quem comece do 0 e tente adquirir uma não terá remanescente para outros investimentos. Dados os preços atuais, parece-me razoável assumir que nos próximos 30 anos o imobiliário irá valorizar apenas em linha com o aumento salarial. Será um investimento nada de especial, mas mais vale isso do que arrendar a vida toda. Note-se que o segredo para felicidade são expectativas baixas.

Tendo coberto a maioria da população, parece-me interessante também avaliar a realidade dos mais favorecidos. :mrgreen: Primeiro que tudo, convém relembrar a seguinte distribuição da riqueza líquida das famílias portuguesas:
- 10% detém 55%.
- próximos 40% detém 37%.
- últimos 50% detém 8%.
Adicionalmente, dentro dos próprios 10% mais ricos existe muita desigualdade. Arrisco-me a dizer que o 1% mais ricos tenha o mesmo que os restantes 9%.

Aqui reparo que quando existem negócios de família pelo menos 1 filho segue o negócio dos pais. Caso sigam uma vida como os demais mortais encaram-na mais na desportiva sabendo que têm as costas quentes. Na prática percebem que o seu trabalho nada mais representa que 200K investidos a 8% ao ano (talvez a preocupação principal deles não sejam promoções mas como as gerações mais velhas aplicam o seu património).

Até aqui tudo normal, nada de novo. O problema é que no passado isto acontecia e a riqueza era repartida por 4 ou 5 descendentes. A partir de agora será dividida por 1 ou 2… Este tema é muito recente e extrema importância, podendo levar à perpetuação da riqueza e respetiva criação de “dinastias”.

Assumindo uma taxa de retorno de 8% o património aplicado é esperado duplicar a cada 9 anos. Uma pessoa com 20 anos que seja filho único e cujos pais tenham 1M em investimentos chegará aos 65 anos contemplando 5 duplicações. Ou seja, de 1M para 32M… mesmo sendo mais conversador, a multiplicação esperada do património em 1 geração (35 anos) é por e simplesmente superior à sua futura repartição.

A meu ver irão haver implicações na forma como o capital é taxado, quer ao nível das heranças como na taxa autónoma de 28%. :-" Por um lado, sou contra. Por outro lado, se o status quo é justo ou não prefiro não me pronunciar.

Destaco que antigamente ligava mais à política e afins (e.g. impostos, segurança social, reformas, portagens). Depois comecei a preocupar-me mais com o que consigo controlar. Concluindo, na prática quer a esquerda quer a direita conseguem coexistir tendo ambas razão no que defendem de acordo com o ponto de vista dos seus eleitores…
Editado pela última vez por Youmeu em 29/9/2024 16:42, num total de 4 vezes.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 29/9/2024 15:17

Os preços estão de tal forma desproporcionados que é literalmente necessário ser-se milionário para ter capital para comprar uma barraca.

Apartamentos de 40m2 a 400 mil euros que nem sequer têm elevador e a precisar de reforma, muitos em prédios com 0 isolamento acústico que se ouvem as descargas dos autoclismos ou os vizinhos a roncar. Barracas portanto.
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Re: Políticas para Portugal

por MPCapital » 29/9/2024 11:14

Pois é, de fato esse índice faz uma tentativa de ajustar à cidade, mas o salário médio líquido que está a assumir para Lisboa é igual ao nacional, por isso acho que essa parte é capaz de não estar bem.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Youmeu » 29/9/2024 3:26

MPCapital Escreveu:O income ratio em Lisboa tens de fazer fine tuning na mesma, porque o que releva mais é o salário médio de Lisboa versus as casas em Lisboa, não o salário médio nacional versus as casas em Lisboa. A disparidade entre salários em Lisboa versus o resto do país é bastante maior do que noutros países europeus, embora também haja exemplos parecidos

Não percebi esta parte. O link que enviei é um rácio dos preços das casas em Lisboa em função do salário em Lisboa.

Isto vê quantos anos de salários são precisos para comprar casa. De 134 cidades da Europa (com rácios entre 5.2 e 19.2) somos a mais cara :-" o Porto já aparece em 61 com 11.6.

Aplicando a mesma lógica ao nível de Portugal, em 40 países da Europa (entre 6.1 e 17.1) aparecemos em 10 com 13.3
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 28/9/2024 21:57

Alegoria da Caverna

Pessoas acorrentadas, sem poderem se mover, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, sem poder ver uns aos outros ou a si próprios. Atrás dos prisioneiros há uma fogueira, separada deles por uma parede baixa, por detrás da qual passam pessoas carregando objetos que representam "homens e outras coisas viventes". As pessoas caminham por detrás da parede de modo que os seus corpos não projetam sombras, mas sim os objetos que carregam. Os prisioneiros não podem ver o que se passa atrás deles e veem apenas as sombras que são projetadas na parede em frente a eles. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.

Imagine que um dos prisioneiros seja libertado e forçado a olhar o fogo e os objetos que faziam as sombras (uma nova realidade, um conhecimento novo). A luz iria ferir os seus olhos e ele não poderia ver bem. Se lhe disserem que o presente era real e que as imagens que anteriormente via não o eram, ele não acreditaria. Na sua confusão, o prisioneiro tentaria voltar para a caverna, para aquilo a que estava acostumado e podia ver.

Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, os seus olhos, agora acostumados à luz, ficariam cegos devido à escuridão, assim como tinham ficado cegos com a luz. Os outros prisioneiros, ao ver isto, concluiriam que sair da caverna tinha causado graves danos ao companheiro e, por isso, não deveriam sair dali nunca. Se o pudessem fazer, matariam quem tentasse tirá-los da caverna.


Youmeu os portugueses vivem numa caverna e nunca viram luz. Mais depressa matam quem lhes mostra o caminho do que preferem ver a luz.

Cada vez pior e mais fechados na cova.
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