Caldeirão da Bolsa

Novo artigo: "Governo morto, mercado vivo"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Enough is enough

por Pavel » 6/12/2004 16:24

Não seria mais produtivo prosseguirem a quezília em privado?
 
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Re: Re

por MarcoAntonio » 6/12/2004 16:15

JAS Escreveu:Se passou a andar ao contrário, e nota que estamos a analisar um período muito curto de apenas 3 dias, é porque a crise teve influência, como tu próprio admites.


Eu não admiti, eu defendi. Defendi que houve uma influência ligeira.

JAS Escreveu:Se teve influência há que a quantificar.


Precisamente!

E é essa (tua) quantificação que eu tenho estado a questionar, nada mais.

JAS Escreveu:Ou será que a tua expectativa era de que naqueles 3 dias o PSI iria cair apesar de esperares que os outros mercados iam subir?


A expectativa é que o PSI20 tivesse valorizado menos do que o pior dos restantes mercados, tal como vinha acontecendo.

JAS Escreveu:Não interessa muito se a subida devia ter sido 0,1% ou 2%...Isso já são pormenores sem importância.


Não interessa? Então não havia que quantificar?

JAS Escreveu:Para mim a crise já nos custou mais de 2,5% (entre quedas e não subidas).


OK. E é da justificação para esse número que eu estou à espera.

Tendo por base aquilo que o PSI20 vinha fazendo esses numeros não têm fundamento...

JAS Escreveu:Se para ti só custou 1% melhor.


Na ordem do 1%, sim.

Com base na projecção de Novembro ou com base na projecção de segunda+terça ou com base na diferença média para o pior dos outros mercados a projecção daría sempre algo na casa do 1%.

Já agora acrescento que era suposto o PSI20 ter ficado practicamente em casa no conjunto das três sessões (quarta, quinta e sexta-feira).

Isto é o que era suposto com base nos factos. Como o PSI20 perdeu na realidade 1% podemos afirmar que, tendo por base o passado recente do PSI20 e dos restantes mercados, então o impacto da crise (que pelos vistos até já passou pois o PSI20 hoje está a bater os restantes mercados) terá sido naquelas 3 sessões da ordem do 1%.

JAS Escreveu:Mas continuar esta discussão é pura perda de tempo.


Sem dúvida!

Quando alguém diz que é preciso quantificar e logo a seguir diz que se devería ser 0.1% ou 2.0% é um pormenor sem importância, só há uma conclusão a tirar... estamos a perder tempo!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re

por JAS » 6/12/2004 15:59

Marco António Escreveu:O que disse e reafirmo é que o impacto foi bastante reduzido (na ordem do 1%). E para tal apresentei os numeros do passado recente do PSI e dos restantes mercados...

Portanto tu dizes que houve impacto e que foi só de 1%, não é?

Marco António Escreveu:O que tens vindo a defender é que o PSI20 terá perdido na casa dos 2 e tal % e para tal baseaste-te num comportamento que dizes que era expectável que tivesse sido o de quarta, quinta e sexta-feira quando no passado recente o PSI20 não tem feito isso.

O que eu disse foi que achava que era maior do que o teu 1% pois os outros mercados tinham subido e o nosso PSI teve quedas.
Pelos teus próprios números vês que em Novembro o PSI teve um comportamneto mais suave que os outros mercados mas que se manteve dentro da tendência deles.
Portanto para mim e para muita gente, o comportamento normal, sem a crise política, seria que se mantivésse dentro da mesma tendência dos outros.

Se passou a andar ao contrário, e nota que estamos a analisar um período muito curto de apenas 3 dias, é porque a crise teve influência, como tu próprio admites.
Se teve influência há que a quantificar.


Ou será que a tua expectativa era de que naqueles 3 dias o PSI iria cair apesar de esperares que os outros mercados iam subir?

Não interessa muito se a subida devia ter sido 0,1% ou 2%...Isso já são pormenores sem importância.

Para mim a crise já nos custou mais de 2,5% (entre quedas e não subidas).
Se para ti só custou 1% melhor.

Mas continuar esta discussão é pura perda de tempo.

JAS
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Re: Re

por MarcoAntonio » 6/12/2004 15:21

JAS Escreveu:Eu já justifiquei e até mostrei as contas.


Não justificaste nada, JAS, e sabes perfeitamente que não justificaste!

Por favor, aqui somos pessoas inteligentes, não vires o bico ao prego...

O que tu disseste antes é que era expectável o PSI20 ter valorizado entre o pior e a média e chegaste a um valor de perda teorica de 2 e tal %.

O que eu te demonstrei foi que o mercado, quer em todo o mes de Novembro quer na segunda e terça-feira comportou-se claramente pior do que o pior dos outros mercados.

Em Novembro perdeu 1.6% para o pior dos restantes mercados e na segunda+terça perdeu perdeu 0.7% para o pior dos restantes mercados.

Porque diabo dizes que era expectável ter-se comportado na quarta, quinta e sexta-feira entre os 0.8% do pior e os 1.5% da média?

Porque dá jeito?


JAS Escreveu:
Marco Escreveu:Na minha opinião o impacto está a ser (como era de prever) bastante reduzido.

Quanto ao "envolver-te" apenas respondi a esta tua afirmação que está na página 2...


Aí é que está, JAS!

Não foste capaz de me responder aqui e tentas-me responder indirectamente noutro tópico, sem qualquer argumento?

O que disse e reafirmo é que o impacto foi bastante reduzido (na ordem do 1%). E para tal apresentei os numeros do passado recente do PSI e dos restantes mercados...

O que tens vindo a defender é que o PSI20 terá perdido na casa dos 2 e tal % e para tal baseaste-te num comportamento que dizes que era expectável que tivesse sido o de quarta, quinta e sexta-feira quando no passado recente o PSI20 não tem feito isso.

Porque é que na quarta, quinta e sexta-feira era expectável que o PSI20 ficasse alinhado (variação entre as variações dos restantes mercados) se antes não o vinha fazendo e vinha sendo claramente batido por todos os outros?

Todos os dados de que disponho apontam no sentido do que eu disse: houve uma influencia mas ligeira, menor do que a ilusória de 2 e tal % de que vinhas a falar, que se baseiam em números que não têm fundamento.

E é bastante desagradável ver-te agora mudar de argumento dizendo que era suposto o PSI20 ter subido porque os outros subiram, agora já sem qualquer numero... subir quanto, JAS? 0.1%? 0.5%?

E porque estou eu com isto?

Porque como acabaste de admitir usaste um outro tópico para me responder (em tom de brincadeira) quando aqui não foste capaz (em tom sério e com base nos factos)...
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Re

por JAS » 6/12/2004 15:05

MarcoAntonio Escreveu:Sim, bem me parecía que não ías conseguir justificar o injustificável. Terá sido por isso que envolveste o meu nome no teu exercício?


Eu já justifiquei e até mostrei as contas.
Se tu preferes pensar o contrário quem sou eu para te contrariar...

JAS Escreveu:Na minha opinião o impacto está a ser (como era de prever) bastante reduzido.

Quanto ao "envolver-te" apenas respondi a esta tua afirmação que está na página 2...

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por MarcoAntonio » 6/12/2004 14:56

Sim, bem me parecía que não ías conseguir justificar o injustificável. Terá sido por isso que envolveste o meu nome no teu exercício?
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Re

por JAS » 6/12/2004 14:53

JAS Escreveu:Antes da crise, em Novembro, o nosso PSI subia tal como os outros embora o fizesse de uma forma mais suave.
Na 3º feira também caía como os outros.

A partir daí caíu e os outros subiram.

Mas cada um tira as conclusões que quiser...


Eu não tenho mais nada a acrescentar nem vou continuar a discussão.

JAS
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Re: Re

por MarcoAntonio » 6/12/2004 14:39

JAS Escreveu:
Simples.
Antes da crise, em Novembro, o nosso PSI subia tal como os outros embora o fizesse de uma forma mais suave.
Na 3º feira também caía como os outros.

A partir daí caíu e os outros subiram.


A pergunta não foi essa porque o que tu afirmaste antes não foi isso.

O que tu afirmaste, assumiste e consideraste é que era expectável que o PSI20 devería ter-se comportado mais ou menos em linha com os restantes mercados (mais especificamente disseste que era suposto ter subido algo entre +0.8% e +1.5%).

Quando puderes responda à minha pergunta, não respondas a outras perguntas que eu não fiz.


Cábula:

JAS Escreveu:Disto tudo eu concluo que em condições normais, sem a crise política, era expectavel que o nosso PSI tivésse subido entre os míseros +0,80% do CAC aos 1,50% da média.
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Re

por JAS » 6/12/2004 14:30

MarcoAntonio Escreveu:Porque assumes que o PSI20 se tería comportado mais ou menos em linha com os restantes mercados se antes da «crise» ele já não o vinha fazendo?

Simples.
Antes da crise, em Novembro, o nosso PSI subia tal como os outros embora o fizesse de uma forma mais suave.
Na 3º feira também caía como os outros.

A partir daí caíu e os outros subiram.

Mas cada um tira as conclusões que quiser...

JAS
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por MarcoAntonio » 6/12/2004 1:10

JAS, já que envolves o meu nome no teu «exercício» - essa cabecinha sempre a pensar em mim - relembro-te da questão pertinente à qual ainda não respondeste:

Porque assumes que o PSI20 se tería comportado mais ou menos em linha com os restantes mercados se antes da «crise» ele já não o vinha fazendo?

Cábula:

Mês de Novembro nos diversos mercados:

DAX... +4.8%
CAC... +3.5%
SPX... +4.1%
DOW... +4.0%
FTSE... +2.4%
IBEX... +3.3%
COMP... +6.2%

Melhor... +6.2%
Pior... +2.4%

Média... +4.0%

PSI20... +0.8%

------------------------

Segunda e Terça nos diversos mercados:

DAX... -0.1%
CAC... -0.4%
SPX... -0.3%
DOW... -0.9%
FTSE... -0.1%
IBEX... -0.5%
COMP... -0.2%

Melhor... -0.1%
Pior... -0.9%

Média... -0.4%

PSI20... -1.1%
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 4/12/2004 20:03

JAS Escreveu:Vamos ver agora quanto deixámos de ganhar ao não acompanharmos os outros mercados...

Os índices mundiais para que eu olho habitualmente são o DAX e o NAS pelo que até admito que estaria influenciado pela ideia de "maiores subidas".
Eles variaram +2,01% e +2,43% respectivamente pelo que eu tinha a ideia de que teríamos perdido uma subida da ordem dos 2%.


Ora, ora... Nos últimos 2 meses (outubro e novembro e antes da decisão do PR) o PSI subiu cerca de... 2%!

O DAX subiu quase... 8%.

O SPX subiu quase... 7%.

O Nasdaq Composite subiu quase... 14%.


Isto foi o que se passou nos últimos dois meses e antes da decisão do PR.

JAS Escreveu:Mas admito que o comportamento do PSI seja mais suave e que se deva comparar com outras praças.

Temos então:
IBEX +1,09%
CAC +0,80%
BEL +1,54%
AEX +1,87%
MIB +1,11%
FTSE +0,96%
DOW +1,57%
S&P +1,44%

Portanto, entre 10 índices apontados, temos uma subida generalizada cuja média é +1,48%.

Disto tudo eu concluo que em condições normais, sem a crise política, era expectavel que o nosso PSI tivésse subido entre os míseros +0,80% do CAC aos 1,50% da média.


Porque assumes que o PSI20 se tería comportado mais ou menos em linha com os restantes mercados se antes da «crise» ele já não o vinha fazendo?

Comparemos o nosso mês de Novembro, por exemplo, com o dos restantes mercados...

PSI20... +0.8%

DAX... +4.8%
CAC... +3.5%
SPX... +4.1%
DOW... +4.0%
FTSE... +2.4%
IBEX... +3.3%
COMP... +6.2%

Em todo o caso eu não estou a dizer que não influenciou (nada), estou a dizer que influenciou pouco e que o nosso mercado (exceptuando a reacção matinal de quarta-feira) comportou-se na quarta, quinta e sexta-feira sensivelmente como já se vinha a comportar desde segunda.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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por valves » 4/12/2004 19:31

JAS dá -me ideia que estás a ser faccioso é a historia da sondagem que ninguem viu é a historia do grande tombo no PSI 20 quando o que de facto se trata é apenas de uma interrupção na ligeirissima tendencia ascendente que o PSI 20 tinha feito em Novembro !

Um abraço

Vasco
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Re

por JAS » 4/12/2004 19:31

Se falamos em matemática é conveniente fazermos as continhas todas pois não é lógico contabilizar a nossa queda esquecendo "o que devia ter subido"...

Se bem te lembras eu na 3ª feira até escrevi que a nossa bolsa estava com um bom comportamento e de repente, no final da tarde... Bum, caíu...

Atribuí o facto a "insiders de Belém" mas ao consultar gráficos de outros índices até verifiquei que o fenómeno foi generalizado, queda a partir das 15horas, pelo que não parece que tenha havido essa influência.

Portanto podemos admitir que no fecho de 3ª feira o nosso PSI ainda estava "alheio à crise".

Sendo assim temos que comparar os fechos de 6ª feira com o de 3ª feira e apenas isso.
Dá, como tu indicaste, que o PSI perdeu -1,08%.

Vamos ver agora quanto deixámos de ganhar ao não acompanharmos os outros mercados...

Os índices mundiais para que eu olho habitualmente são o DAX e o NAS pelo que até admito que estaria influenciado pela ideia de "maiores subidas".
Eles variaram +2,01% e +2,43% respectivamente pelo que eu tinha a ideia de que teríamos perdido uma subida da ordem dos 2%.

Mas admito que o comportamento do PSI seja mais suave e que se deva comparar com outras praças.

Temos então:
IBEX +1,09%
CAC +0,80%
BEL +1,54%
AEX +1,87%
MIB +1,11%
FTSE +0,96%
DOW +1,57%
S&P +1,44%

Portanto, entre 10 índices apontados, temos uma subida generalizada cuja média é +1,48%.

Disto tudo eu concluo que em condições normais, sem a crise política, era expectavel que o nosso PSI tivésse subido entre os míseros +0,80% do CAC aos 1,50% da média.

Cabe a cada um decidir qual é o seu índice de referência para contabilizar o custo da crise...

Mas cá para mim temos -(1,07+1,48) = - 2,55%

E se acharem que foi pouco... Bom talvez para a semana haja mais.


Um abraço e bfs,
JAS
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por pedras11 » 4/12/2004 16:40

Parabéns Marco António pela forma matemática como analisa a presente situação do nosso mercado. Concordo plenamente com a forma como avaliou a queda do Psi-20 após anuncio de queda do governo. Aliás, até fiquei "estúpido" quando vi certos orgãos de comunicação referirem que na quarta-feira passada a nossa bolsa tinha dado um "tombo" perante uma queda de 0,5%, já que a queda de 2ª-feira até foi superior(- 0,7%). Penso que poderemos continuar com alguma instabilidade, que em minha opinião será "apagada" num espaço de um mês. Bom fim de semana.
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Re: A crise...

por MarcoAntonio » 4/12/2004 14:28

JAS Escreveu:
Jornal de Negócios Escreveu:A bolsa nacional registou esta semana uma queda de 2,15%, a maior dos últimos seis meses, devido à instabilidade política derivada da intenção do presidente da República dissolver o Parlamento. A Sonae, BCP e EDP foram os títulos mais penalizados.
(...)



Atenção JAS que essa avaliação não está correcta: desde a decisão do PR (terça-feira já após o fecho do mercado) a nossa praça caiu apenas 1.08%...

Segunda e terça-feira, ainda antes de conhecida a decisão a nossa praça já tinha tido duas sessões de queda. Não deixa de ser curioso que tenha caído 1% nesses dois dias e se dê tanta relevância ao outro 1% que caiu entre quarta, quinta e sexta-feira (afinal caiu menos por sessão do que já tinha caido na segunda e terça-feira).


JAS Escreveu:
Jornal de Negócios Escreveu:Pelo contrário, na Europa e em Wall Street, a semana foi de ganhos, evidenciando que a causa da queda em Lisboa se ficou a dever à instabilidade política, que é um facto sempre evitado pelos investidores e terá levado à saída de capitais da praça portuguesa.


Na minha opinião o impacto está a ser (como era de prever) bastante reduzido.

Relativamente ao underperformance face aos restantes mercados, já o tinhamos antes da decisão (já era isso que o nosso mercado vinha fazendo).

Relativamente à queda após a decisão, cifra-se nesta altura nuns meros 1%, nada de mais. Esta é a tendência jornalística de sempre de justificar tudo pelo processo mais fácil sem analisar as coisas em profundidade...

Ora, fala-se de uma queda de 2% quando após a decisão a praça portuguesa caiu apenas 1%. Não se toma em consideração o facto de já antes da decisão estar em queda e quando se compara com o comportamento dos restantes mercados mais uma vez não se compara os mesmos comportamentos antes e depois da decisão.

JAS Escreveu:Não restam dúvidas que a decisão afectou significativamente a nossa Bolsa.


Eu substituía o significativamente por ligeiramente.

JAS Escreveu:É uma ilusão dizer que a queda se limitou a 2,15% pois, na realidade, deveríamos adiccionar-lhe a valorização média das cogéneres europeias.


É uma ilusão dizer que foi 2,15%... não foi tanto!
:wink:
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A crise...

por JAS » 4/12/2004 14:05

Jornal de Negócios Escreveu:A bolsa nacional registou esta semana uma queda de 2,15%, a maior dos últimos seis meses, devido à instabilidade política derivada da intenção do presidente da República dissolver o Parlamento. A Sonae, BCP e EDP foram os títulos mais penalizados.
(...)
Pelo contrário, na Europa e em Wall Street, a semana foi de ganhos, evidenciando que a causa da queda em Lisboa se ficou a dever à instabilidade política, que é um facto sempre evitado pelos investidores e terá levado à saída de capitais da praça portuguesa.


Não restam dúvidas que a decisão afectou significativamente a nossa Bolsa.
É uma ilusão dizer que a queda se limitou a 2,15% pois, na realidade, deveríamos adiccionar-lhe a valorização média das cogéneres europeias.

A interrogação passa agora para o médio prazo pois no curto prazo já estamos esclarecidos...

JAS
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por Touro » 3/12/2004 21:24

Queria ainda dizer sobre o assunto inicial deste tópico, e sobre o qual já aqui me pronunciei, que o Prémio Nobel da economia de visita a Portugal, e cujo o nome não me recordo agora, defende que esta crise política não terá qualquer impacto na nossa economia.
Cumprimentos,
Touro
 
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por Touro » 3/12/2004 21:05

JAS Escreveu:Eu não estou maluquinho...ainda.


:lol: Isto anda mesmo tudo ao contrário... Ainda há pouco ouvi o António Vitorino, do PS, a defender o rigor orçamental e a opor-se à redução de impostos :mrgreen:

A mim parece-me que foi o PS (no tempo do Ferro Rodrigues)que criticou a contenção orçamental e a subida do IVA para 19%, mas se calhar estou enganado. Enfim, um partido duas políticas...

Já ouvi o Luís Delgado a dizer que este orçamento era mais comunista que os do PS :evil:

Maisum, a resposta à sua questão será dada nas próximas eleições.
Cumprimentos,
Touro
 
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Re: Re

por MarcoAntonio » 3/12/2004 20:20

JAS Escreveu:Eu não estou maluquinho...ainda.


Ninguém te chamou maluquinho, obviamente. Mas podes perfeitamente ter ouvido mal. É uma possibilidade, digo eu...

JAS Escreveu:De facto ouvi aquele resultado na SICNotícias e o que me chamou a tenção foi ser exactamento contrário ao que julgava admissível.

Acho que era uma sondagem on-line insirida num programa qualquer.

Mas sondagens valem o que valem, dependem da forma de fazer a pergunta e são muitas vezes influenciadas por determinadas opiniões expressas nos momentos anteriores.


Nem mais. Foi precisamente o que eu disse, não sabia qual era a questão da dita sondagem, se tinha ficha técnica ou não e portanto em que circunstâncias foi realizada.

JAS Escreveu:Mas que há resultados contraditórios entre várias sondagens, lá isso há...


Tirando a sondagem que referiste, JAS, não encontrei qualquer outra que apontasse valores diferentes. Já depois de colocar o post encontrei mais duas auscultações identicas (uma delas no site do Sapo com mais de 30 mil votos na altura) e os resultados eram idênticos (cerca de 67% concordavam com a decisão).

Só mesmo a sondagem que referiste apontou valores diferentes (e quase invertidos), o que é estranho (por essa mesma razão coloquei a hipotese de teres ouvido mal e já agora coloco ainda a hipotese de o jornalista se ter enganado ao enunciar os resultados). Só digo isto porque esses valores são quase perfeitamente invertidos face ao geral das auscultações online que encontrei e da única sondagem até ao momento que foi apresentada com ficha técnica (a mais credível, portanto).

PS: Há uma sondagem que um visitante colocou aqui neste topico mas convém esclarecer que essa sondagem tem mais de um mês e não está actualizada!
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por pedras11 » 3/12/2004 20:19

A sondagem foi feita via sms, no programa opinião pública da Sic noticias, ontem ao final da tarde.
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Re

por JAS » 3/12/2004 20:09

Eu não estou maluquinho...ainda.

De facto ouvi aquele resultado na SICNotícias e o que me chamou a tenção foi ser exactamento contrário ao que julgava admissível.

Acho que era uma sondagem on-line insirida num programa qualquer.

Mas sondagens valem o que valem, dependem da forma de fazer a pergunta e são muitas vezes influenciadas por determinadas opiniões expressas nos momentos anteriores.

Mas que há resultados contraditórios entre várias sondagens, lá isso há...

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por maisum_CALD » 3/12/2004 19:24

Touro Escreveu:Marco António, obrigado pelos esclarecimentos. Parece que podemos concluir que o povão está com o Sampaio.


Touro, não será que o Sampaio é que se colocou ao lado do povão?
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por Touro » 3/12/2004 18:41

Marco António, obrigado pelos esclarecimentos. Parece que podemos concluir que o povão está com o Sampaio.
Cumprimentos,
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por tava3 » 3/12/2004 16:48

Parece que a campanha do PSD já começou aqui :)
 
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por Visitante » 3/12/2004 16:42

O que fica por fazer? Para já, pára tudo!
03-12-2004 15:40
Judite França


Com eleições antecipadas, o Governo só pode gerir. Há leis que ficam na gaveta e projectos que não passam do papel. É o caso da lei do arrendamento, do TGV, do fim das Scut ou dos exames do 9º ano





As alterações legislativas já publicadas passam a vigorar. As outras ficam no papel. Até Fevereiro, o Governo só poderá realizar actos de gestão e as propostas do Executivo
de Santana Lopes vão perder-se nas secretárias dos Ministérios.

Com a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas, a Lei do Arrendamento, as Scut, o TGV, a autonomia do Ensino Superior, as alterações do Ensino Especial, a Lei de Bases, as taxas diferenciadas no Serviço
Nacional de Saúde, o pacto da Justiça, a reprodução
assistida e o alargamento dos hospitais S.A. ficam pelo caminho.

No caso do TGV, e segundo o Diário Económico, o dossier fica pronto até ao final de Dezembro, e António Mexia quer a todo o custo levá-lo até ao fim. Até porque, o ministro dos Transportes quer ver aprovados os fundos comunitários para poder ver o TGV sobre carris.

Já a morte anunciada das auto-estradas sem custos para o utilizador não vai ressuscitar. O PortugalDiário sabe que os estudos de impacto económico pedidos por Mexia só ficam prontos por altura da Primavera e as eleições deverão ser marcadas para Fevereiro. Portanto, naquele
«alcatrão» o actual ministro não vai poder mexer.

Tendo ainda em conta a forte oposição com que o Governo se deparou nesta matéria - cortes de estrada e debates aguerridos no Parlamento -, esta não seria a melhor altura para a coligação PSD/PP prosseguir nesta medida. Mas se Santana regressar como primeiro-ministro eleito, como o próprio já vaticinou, o fim das Scut será uma das bandeiras mais emblemáticas.

Na pasta da Educação, a autonomia do Ensino Superior, as alterações do Ensino Especial, a Lei de Bases e os exames do 9.º ano não passam do papel. Sobre as regras dos concursos de professores a dúvida paira. É que o Ministério
da Educação pode vir a alterar as regras, mesmo com uma gestão a prazo. Ainda durante este mês o diploma deve baixar a Conselho de Ministros.

A Lei de Bases da Educação, que foi vetada pelo Presidente da República, fica por (re)fazer. Os alunos podem respirar de alívio: os exames do 9.º ano nas disciplinas de Português e Matemática não serão obrigatórios. Não tinham ainda passado da vontade da ministra. E, por isso, não vão atormentar os mais pequenos.

O código da Estrada, que será aprovado em Conselho de Ministros, precisará de promulgação do Presidente da República. Ora, Sampaio já deixou claro que Parlamento e Governo ainda estão em funções, o que significa que o Chefe de Estado, apesar da dissolução, quer continuar a ver trabalho.

Segundo o jornal Público, as alterações ao Código da Estrada foram introduzidas pelo Governo através de uma proposta de autorização legislativa que foi aprovada em plenário na Assembleia da República e já publicada em Diário da República. Portanto, para o processo prosseguir, é agora necessário que o diploma seja novamente aprovado em Conselho de Ministros, o que dependerá apenas da vontade política do Governo, e posteriormente promulgado por Jorge Sampaio.

A lei do arrendamento, que necessita de autorização legislativa, será outra das reformas de fundo que termina sem sequer começar. O Ministério das Cidades, em gestão corrente, não terá capacidade para concretizar a nova lei.

O pacto da Justiça, que previa a alteração do Código Penal e o Código Processo Penal, entre outras alterações, da autoria do ministro José Pedro Aguiar Branco, é agora quebrado pelo fim do governo.

As eleições antecipadas põem também fim às taxas moderadoras diferenciadas. Mas o alargamento dos hospitais S.A. ainda pode vingar. O diploma poderá ir a Conselho de Ministros e ser aprovado. Segundo o jornal Público, o decreto-lei que alarga as proibições de fumar às discotecas, restaurantes e locais de trabalho pode também passar.
Visitante
 

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