Políticas para Portugal
Re: Políticas para Portugal
Diogo Lacerda Machado: o melhor amigo agora é lobbyista
Num país que conhecesse o significado da expressão “conflito de interesses” isto seria um escândalo. Em Portugal, é mais um dia normal.
Graças ao novo semanário Novo ficámos a conhecer há dias mais um capítulo de uma história antiga: Diogo Lacerda Machado, melhor amigo de António Costa e seu negociador favorito em matérias sensíveis, é agora consultor de uma empresa privada britânica num megaempreendimento em Sines de 3,5 mil milhões de euros, que Costa anunciou com pompa e circunstância a 23 de Abril.
Lacerda Machado às vezes é representante do Governo em negócios com privados; outras vezes é representante de privados em negócios com o Governo; e salta de uma posição para a outra como se fosse uma abelhinha na Primavera, pulando de flor em flor.
Num país que conhecesse o significado da expressão “conflito de interesses”, isto seria um escândalo.
Em Portugal, é mais um dia normal.
Na primeira linha do seu currículo [Diogo Lacerda Machado colocou esta] frase: “Consultor do Gabinete do Primeiro-Ministro em assuntos estratégicos e jurídicos de elevada especialidade e complexidade.”
E, mesmo terminada a consultoria e finda a aventura na administração da TAP, ninguém duvida que Lacerda continue a conversar sobre “assuntos estratégicos” com António Costa.
E isso é pago a peso de ouro.
Ao semanário Novo Diogo Lacerda Machado confirmou que sim, que é mesmo consultor de uma empresa que vai investir 3,5 mil milhões em Sines e que já andava a ter contactos com membros do Governo sobre o tema enquanto ainda administrava a TAP como representante do Estado.
É espantosa a facilidade com que se assume à descarada este tipo de promiscuidade.
Bem podem inventar novos crimes, novas estratégias e novos pacotes.
Enquanto um primeiro-ministro achar que o seu melhor amigo pode trabalhar para o Estado de manhã, fechar negócios privados à tarde e ir jantar lá a casa à noite, nunca passaremos do simulacro de uma democracia desenvolvida.
https://www.publico.pt/2021/05/04/opini ... ta-1961036
Pero... no pasa nada
Num país que conhecesse o significado da expressão “conflito de interesses” isto seria um escândalo. Em Portugal, é mais um dia normal.
Graças ao novo semanário Novo ficámos a conhecer há dias mais um capítulo de uma história antiga: Diogo Lacerda Machado, melhor amigo de António Costa e seu negociador favorito em matérias sensíveis, é agora consultor de uma empresa privada britânica num megaempreendimento em Sines de 3,5 mil milhões de euros, que Costa anunciou com pompa e circunstância a 23 de Abril.
Lacerda Machado às vezes é representante do Governo em negócios com privados; outras vezes é representante de privados em negócios com o Governo; e salta de uma posição para a outra como se fosse uma abelhinha na Primavera, pulando de flor em flor.
Num país que conhecesse o significado da expressão “conflito de interesses”, isto seria um escândalo.
Em Portugal, é mais um dia normal.
Na primeira linha do seu currículo [Diogo Lacerda Machado colocou esta] frase: “Consultor do Gabinete do Primeiro-Ministro em assuntos estratégicos e jurídicos de elevada especialidade e complexidade.”
E, mesmo terminada a consultoria e finda a aventura na administração da TAP, ninguém duvida que Lacerda continue a conversar sobre “assuntos estratégicos” com António Costa.
E isso é pago a peso de ouro.
Ao semanário Novo Diogo Lacerda Machado confirmou que sim, que é mesmo consultor de uma empresa que vai investir 3,5 mil milhões em Sines e que já andava a ter contactos com membros do Governo sobre o tema enquanto ainda administrava a TAP como representante do Estado.
É espantosa a facilidade com que se assume à descarada este tipo de promiscuidade.
Bem podem inventar novos crimes, novas estratégias e novos pacotes.
Enquanto um primeiro-ministro achar que o seu melhor amigo pode trabalhar para o Estado de manhã, fechar negócios privados à tarde e ir jantar lá a casa à noite, nunca passaremos do simulacro de uma democracia desenvolvida.
https://www.publico.pt/2021/05/04/opini ... ta-1961036
Pero... no pasa nada

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Re: Políticas para Portugal
Lusitanus Escreveu:BearManBull Escreveu:
As consequências é que ficaríamos sem financiamento nem liquidez e sem euro. Teríamos de imprimir moeda provavelmente com híper inflação. Mas com o pequeno estado que somos não seria assim tão grave no longo prazo.
Ou seja, não pagar acabaria por compensar.
A ideia está lá, é a mesma: não se paga e fica (acabará por ficar) tudo bem.
Por outras palavras: ser caloteiro acaba por compensar.
De momento não há qualquer problema. mas é como diz o Djo se e muito se os juros passarem os 3% consistentemente isso destruiria por completo o OE de português e que remédio tens senão fazer um hair cut.
O mercado de momento parece acreditar que esse cenário é altamente improvável.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
Caramelo Escreveu:Vamos ver se a partir de amanhã em Madrid, teremos comunismo ou LiberdadeBearManBull Escreveu:djovarius Escreveu: Sobre a Espanha, ainda dou o benefício da dúvida, mas por pouco tempo !!!
Espanha tem muito mais margem para subir impostos. Mas em Espanha habilita-se a um golpe de estado se abusa muito, basta arruinar a economia para ter "extrema-direita" em força no poder.![]()
https://www.youtube.com/watch?v=Y37vRLwZGcU
Comunismo e liberdade vão de mãos juntas

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― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:DesconfiadoTotal Escreveu:BearManBull Escreveu:... Sejamos honestos uma nova crise de divida quase certamente vai acabar com a UE e eles vão imprimir o que for preciso para evitar.
Não quero nem imaginar o que será deste pobre país no dia em que ochegar...
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O discurso é que isso nunca vai acontecer. Pois, uma pandemia também diziam que não e olha... aconteceu!
Continuem a assobiar para o lado...
Se acontecer quem se lixa sao os credores.
Para nós seria uma benesse. Nos primeiros tempos uma catástrofe, teríamos de limpar a casa e tirar a porcaria toda que há debaixo dos móveis e dos tapetes. Era uma questão de aprender a viver sem divida.
Acho que te estás a esquecer de um pequeno pormenor. Todos nós seriamos "chamados" a pagar a divida. Poderia acontecer como aconteceu no brasil e ficares sem dinheiro na conta ou na poupança.
Além disso, o estado seria obrigado a retomar o escudo ou outra moeda e teria total liberdade na impressão de moeda o que implicaria que a moeda valeria... um caracol. Com as implicações que alguns ainda se lembram do tempo do escudo.
Acho que se isso acontecesse era meio caminho andado para o comunismo se instalar definitivamente por cá.
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Re: Políticas para Portugal
Vamos ver se a partir de amanhã em Madrid, teremos comunismo ou LiberdadeBearManBull Escreveu:djovarius Escreveu: Sobre a Espanha, ainda dou o benefício da dúvida, mas por pouco tempo !!!
Espanha tem muito mais margem para subir impostos. Mas em Espanha habilita-se a um golpe de estado se abusa muito, basta arruinar a economia para ter "extrema-direita" em força no poder.

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Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:
As consequências é que ficaríamos sem financiamento nem liquidez e sem euro. Teríamos de imprimir moeda provavelmente com híper inflação. Mas com o pequeno estado que somos não seria assim tão grave no longo prazo.
Ou seja, não pagar acabaria por compensar.
A ideia está lá

Por outras palavras: ser caloteiro acaba por compensar.
Re: Políticas para Portugal
Câmara atribui 5 milhões à EMEL para compensar perda de receitas
A EMEL que é mais uma empresa municipal cheia de boys é compensada pela perda de receitas de multas aplicadas aos cidadãos, já quanto aos sem abrigo que não param de aumentar, qual terá sido a compensação
A EMEL que é mais uma empresa municipal cheia de boys é compensada pela perda de receitas de multas aplicadas aos cidadãos, já quanto aos sem abrigo que não param de aumentar, qual terá sido a compensação

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Re: Políticas para Portugal
https://amp.expresso.pt/economia/pagar-a-divida-e-ideia-de-crianca-diz-jose-socrates-video=f692830
É ideológico, parte do povo português vive assim e acha normal.
Pedro
É ideológico, parte do povo português vive assim e acha normal.
Pedro
Re: Políticas para Portugal
Lusitanus Escreveu:Quem se lixa são os credores?
Lá vem o discurso do não pagamos e fica tudo bem. Fantástico, basta não pagar a dívida, e fica tudo bem.
Fundamentar uma nação com base na divida é que é correcto?
As consequências é que ficaríamos sem financiamento nem liquidez e sem euro. Teríamos de imprimir moeda provavelmente com híper inflação. Mas com o pequeno estado que somos não seria assim tão grave no longo prazo.
Temos de entender que só não estamos em default pelo BCE e pela benevolência dos frugais, obviamente que preferia ter uma divida de 40% mas não temos...
De qualquer forma de momento o mercado não está muito preocupado com isso, por isso relax, mas eventualmente mais tarde ou mais cedo vai acordar e depois vai doer a sério.
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Re: Políticas para Portugal
Com estes níveis de dívida, basta a OT / 10 anos voltar acima de 3% e bummmmm !!
Por isso o BCE é o novo BOJ.
Abraço
dj
Por isso o BCE é o novo BOJ.
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:DesconfiadoTotal Escreveu:BearManBull Escreveu:... Sejamos honestos uma nova crise de divida quase certamente vai acabar com a UE e eles vão imprimir o que for preciso para evitar.
Não quero nem imaginar o que será deste pobre país no dia em que ochegar...
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O discurso é que isso nunca vai acontecer. Pois, uma pandemia também diziam que não e olha... aconteceu!
Continuem a assobiar para o lado...
Se acontecer quem se lixa sao os credores.
Para nós seria uma benesse. Nos primeiros tempos uma catástrofe, teríamos de limpar a casa e tirar a porcaria toda que há debaixo dos móveis e dos tapetes. Era uma questão de aprender a viver sem divida.
Quem se lixa são os credores?
Lá vem o discurso do não pagamos e fica tudo bem. Fantástico, basta não pagar a dívida, e fica tudo bem.

Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:djovarius Escreveu: Sobre a Espanha, ainda dou o benefício da dúvida, mas por pouco tempo !!!
Espanha tem muito mais margem para subir impostos. Mas em Espanha habilita-se a um golpe de estado se abusa muito, basta arruinar a economia para ter "extrema-direita" em força no poder.
Cá seria ao contrário, claro: se a economia do país arruinar poderemos ter, finalmente, a extrema esquerda no Governo.
Somos um povinho de esquerda!
Editado pela última vez por Lusitanus em 3/5/2021 17:42, num total de 1 vez.
Re: Políticas para Portugal
DesconfiadoTotal Escreveu:BearManBull Escreveu:... Sejamos honestos uma nova crise de divida quase certamente vai acabar com a UE e eles vão imprimir o que for preciso para evitar.
Não quero nem imaginar o que será deste pobre país no dia em que ochegar...
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O discurso é que isso nunca vai acontecer. Pois, uma pandemia também diziam que não e olha... aconteceu!
Continuem a assobiar para o lado...
Se acontecer quem se lixa sao os credores.
Para nós seria uma benesse. Nos primeiros tempos uma catástrofe, teríamos de limpar a casa e tirar a porcaria toda que há debaixo dos móveis e dos tapetes. Era uma questão de aprender a viver sem divida.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
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― Leon C. Megginson
Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:... Sejamos honestos uma nova crise de divida quase certamente vai acabar com a UE e eles vão imprimir o que for preciso para evitar.
Não quero nem imaginar o que será deste pobre país no dia em que o



O discurso é que isso nunca vai acontecer. Pois, uma pandemia também diziam que não e olha... aconteceu!
Continuem a assobiar para o lado...
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Re: Políticas para Portugal
djovarius Escreveu: Sobre a Espanha, ainda dou o benefício da dúvida, mas por pouco tempo !!!
Espanha tem muito mais margem para subir impostos. Mas em Espanha habilita-se a um golpe de estado se abusa muito, basta arruinar a economia para ter "extrema-direita" em força no poder.
Os custos com Juros e outros encargos supostamente vai descer.Este OE é uma farsa completa, a UE acreditou nesta treta?
Entretanto o PSI continua com um excelente aspecto, contradizendo todo o meu negativismo portanto a BCE/UE vão certamente continuar a financiar as loucuras da politica portuguesa. Sejamos honestos uma nova crise de divida quase certamente vai acabar com a UE e eles vão imprimir o que for preciso para evitar.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
djovarius Escreveu:Boas,
Tal como previsto, a nossa dívida caminha rapidamente para 140% do PIB - já são 275 mil milhões.
Isto quando os juros começaram a sua rota ascendente. Curiosamente nem uma palavra do Governador do BP.
Será que esta gente vive na ilusão de que conseguiremos viver assim?
Com os juros atuais, tudo bem, mas e se um dia voltar a acontecer o que aconteceu há 10 anos atrás.
Além disso, querem fazer políticas que só aumentam a despesa estrutural e os habituais desperdícios.
Assim, não há plano que se aguente. Podemos viver anestesiados mais um ano ou dois, mas o choque da realidade vai acabar por vir ao de cima. Grécia e Itália não escapam também. Sobre a Espanha, ainda dou o benefício da dúvida, mas por pouco tempo !!!
Abraço
dj
Desconheço quanto será o custo (juro) médio do stock de dívida actual, estimo que deva ser por volta de 1,5%.
Nem é preciso ir para níveis pornográficos como então, se pular em média para 4 ou 5% o mito do fim da austeridade acaba numa penada.
Alguém sabe ao certo qual o custo médio da dívida actualmente?
“Buy high, sell higher...”.
Re: Políticas para Portugal
O "dono disto tudo"
Quando António Costa usurpou, removendo-o com ampla brutalidade política, o lugar de António José Seguro, Vasco Pulido Valente escreveu que há muito não aparecia um cacique da envergadura de Costa.
Legitimou-se mediante a armadilha que Seguro montou a si próprio com as "directas". A seguir, quando perdeu para a coligação de direita, buscou a legitimidade na secretaria parlamentar. Uma vez instalado em S. Bento, graças ao Bloco e ao PC, tratou da sua legitimidade como primeiro-ministro revertendo tudo o que podia tirar votos, por um lado - porque deixaram-lhe as condições para o fazer -, e, por outro, usando a "direita" como papão permanentemente ameaçador. Aí, a tropa de choque do radicalismo e do PC nas redacções, nas televisões e na rua amansada encarregou-se do resto. Adquirida a legitimidade eleitoral para governar sozinho, em minoria e em "relação aberta" com os parceiros, Costa passou a agir numa ecologia política única que Pulido Valente, por fim, apreciou: "não existe ninguém no PS nem no país que possa concorrer com António Costa". As "sondagens" concordam.
Vem isto a pretexto da longa entrevista que Costa concedeu a este jornal, ao "Diário de Notícias" e à TSF, no fim-de-semana. Apenas teme a pandemia que, evidentemente, nem ele nem ninguém controla. Mesmo assim, não tem uma palavra para o essencial da prevenção, daqui em diante, que é o domínio capaz e eficiente das fronteiras, sobretudo aeroportuárias, entretanto abertas. Só fala no SEF por causa da morte de um imigrante numas instalações do Estado no aeroporto de Lisboa. E no turismo, o maná pré-covid, que "há-de voltar".
O "plano de recuperação e resiliência"? É uma obra de arte em que fomos os "primeiros" a entregá-lo em Bruxelas, como se isso importasse para alguma coisa. A irrelevante presidência europeia? "Aprovámos a Lei do Clima" que era seguramente o que mais falta estava a fazer à Europa. Justiça? Nem lhe passa pela cabeça que o Tribunal Constitucional o contradiga. Ou a Assembleia da República porque, com Marcelo, existe "uma grande proximidade". E nem uma palavra sobre a vergonha do processo do "procurador europeu", ainda esta semana arrasado pelo PE. Rio, esse pobre diabo que intermitentemente o bajula, foi destratado sem dó nem piedade, como, aliás, faz por merecer todos os dias. Os ministros, sobretudo os mais nulos, acabaram poupados e até recomendados à pátria. "O ministro da Educação já bateu todos os recordes". De cretinice política? Não, de duração no cargo. Vale a pena ler a entrevista para perceber quem é, afinal, o "dono disto tudo".
https://www.jn.pt/opiniao/joao-goncalve ... 60438.html
Quando António Costa usurpou, removendo-o com ampla brutalidade política, o lugar de António José Seguro, Vasco Pulido Valente escreveu que há muito não aparecia um cacique da envergadura de Costa.
Legitimou-se mediante a armadilha que Seguro montou a si próprio com as "directas". A seguir, quando perdeu para a coligação de direita, buscou a legitimidade na secretaria parlamentar. Uma vez instalado em S. Bento, graças ao Bloco e ao PC, tratou da sua legitimidade como primeiro-ministro revertendo tudo o que podia tirar votos, por um lado - porque deixaram-lhe as condições para o fazer -, e, por outro, usando a "direita" como papão permanentemente ameaçador. Aí, a tropa de choque do radicalismo e do PC nas redacções, nas televisões e na rua amansada encarregou-se do resto. Adquirida a legitimidade eleitoral para governar sozinho, em minoria e em "relação aberta" com os parceiros, Costa passou a agir numa ecologia política única que Pulido Valente, por fim, apreciou: "não existe ninguém no PS nem no país que possa concorrer com António Costa". As "sondagens" concordam.
Vem isto a pretexto da longa entrevista que Costa concedeu a este jornal, ao "Diário de Notícias" e à TSF, no fim-de-semana. Apenas teme a pandemia que, evidentemente, nem ele nem ninguém controla. Mesmo assim, não tem uma palavra para o essencial da prevenção, daqui em diante, que é o domínio capaz e eficiente das fronteiras, sobretudo aeroportuárias, entretanto abertas. Só fala no SEF por causa da morte de um imigrante numas instalações do Estado no aeroporto de Lisboa. E no turismo, o maná pré-covid, que "há-de voltar".
O "plano de recuperação e resiliência"? É uma obra de arte em que fomos os "primeiros" a entregá-lo em Bruxelas, como se isso importasse para alguma coisa. A irrelevante presidência europeia? "Aprovámos a Lei do Clima" que era seguramente o que mais falta estava a fazer à Europa. Justiça? Nem lhe passa pela cabeça que o Tribunal Constitucional o contradiga. Ou a Assembleia da República porque, com Marcelo, existe "uma grande proximidade". E nem uma palavra sobre a vergonha do processo do "procurador europeu", ainda esta semana arrasado pelo PE. Rio, esse pobre diabo que intermitentemente o bajula, foi destratado sem dó nem piedade, como, aliás, faz por merecer todos os dias. Os ministros, sobretudo os mais nulos, acabaram poupados e até recomendados à pátria. "O ministro da Educação já bateu todos os recordes". De cretinice política? Não, de duração no cargo. Vale a pena ler a entrevista para perceber quem é, afinal, o "dono disto tudo".
https://www.jn.pt/opiniao/joao-goncalve ... 60438.html
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Re: Políticas para Portugal
Começo a estar com dúvidas sobre dívida.
Há uma nova corrente que diz que a crise actual é a crise abundância , vejamos hoje o trigo custa 200 vezes menos que custava há 200 anos no século XIX o trabalho ocupava 70% das nossas vidas , hoje é 12% .
Há 30 anos diziam que hoje não haveria petróleo há muito o problema é o CO2 , diziam que ia faltar o dinheiro nunca foi tão abundante por isso dá dívidas …o problema é gerir a abundância
Este foi o mundo sonhado por milhares de gerações o que nos falta para seremos todos felizes , com progresso técnico, aprendemos a explorar melhor nossa terra, repelimos a fome e o frio, ganhamos acesso à educação, inventamos a sociedade de consumo e lazer.
Mas esta abundância provoca uma tripla crise, do clima , da dívida e do trabalho está se tornando cada vez menos necessário em face da tecnologia .
A partir daqui tenho poucas certezas ou melhor tenho uma se houvesse controlo demográfico havia para todos viverem bem .
Há uma nova corrente que diz que a crise actual é a crise abundância , vejamos hoje o trigo custa 200 vezes menos que custava há 200 anos no século XIX o trabalho ocupava 70% das nossas vidas , hoje é 12% .
Há 30 anos diziam que hoje não haveria petróleo há muito o problema é o CO2 , diziam que ia faltar o dinheiro nunca foi tão abundante por isso dá dívidas …o problema é gerir a abundância
Este foi o mundo sonhado por milhares de gerações o que nos falta para seremos todos felizes , com progresso técnico, aprendemos a explorar melhor nossa terra, repelimos a fome e o frio, ganhamos acesso à educação, inventamos a sociedade de consumo e lazer.
Mas esta abundância provoca uma tripla crise, do clima , da dívida e do trabalho está se tornando cada vez menos necessário em face da tecnologia .
A partir daqui tenho poucas certezas ou melhor tenho uma se houvesse controlo demográfico havia para todos viverem bem .
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Re: Políticas para Portugal
Boas,
Tal como previsto, a nossa dívida caminha rapidamente para 140% do PIB - já são 275 mil milhões.
Isto quando os juros começaram a sua rota ascendente. Curiosamente nem uma palavra do Governador do BP.
Será que esta gente vive na ilusão de que conseguiremos viver assim?
Com os juros atuais, tudo bem, mas e se um dia voltar a acontecer o que aconteceu há 10 anos atrás.
Além disso, querem fazer políticas que só aumentam a despesa estrutural e os habituais desperdícios.
Assim, não há plano que se aguente. Podemos viver anestesiados mais um ano ou dois, mas o choque da realidade vai acabar por vir ao de cima. Grécia e Itália não escapam também. Sobre a Espanha, ainda dou o benefício da dúvida, mas por pouco tempo !!!
Abraço
dj
Tal como previsto, a nossa dívida caminha rapidamente para 140% do PIB - já são 275 mil milhões.
Isto quando os juros começaram a sua rota ascendente. Curiosamente nem uma palavra do Governador do BP.
Será que esta gente vive na ilusão de que conseguiremos viver assim?
Com os juros atuais, tudo bem, mas e se um dia voltar a acontecer o que aconteceu há 10 anos atrás.
Além disso, querem fazer políticas que só aumentam a despesa estrutural e os habituais desperdícios.
Assim, não há plano que se aguente. Podemos viver anestesiados mais um ano ou dois, mas o choque da realidade vai acabar por vir ao de cima. Grécia e Itália não escapam também. Sobre a Espanha, ainda dou o benefício da dúvida, mas por pouco tempo !!!
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Políticas para Portugal
LaribauFarmer Escreveu:PMP69 Escreveu:Vem na tradição do velho capitalismo português que medrou à sombra do condicionamento industrial do Dr. Salazar. Muito liberal mas a expensas do contribuinte ( no caso do Estado Novo a expensas dos grupos que não se mostravam adequadamente subservientes a quem o condicionamento industrial privava de certos projetos...!)![]()
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O responsável pelo III Plano de Fomento (68/73), foi o Marcelo Caetano, e não o Salazar.
Pedro
E o que é que o III Plano de Fomento tem que ver com a politica de Condicionamento Industrial que vem do início do "mandato" do AOS e da qual beneficiaram "à tripa forra" (sem concorrência) os liberalíssimos grupos económicos de então (com algumas honrosas exceções)?
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Porque é com o III Plano de Fomento que se dá a industrialização de Portugal, até 1968 a indústria não tinha peso, logo, não podia haver grande condicionamento.
Industrialização essa que deu origem ao aparecimento de uma burguesia e de ideais liberais (Primavera Marcelista).
Pedro
Pedro
Re: Políticas para Portugal
Flav Escreveu:Aqui só dois breves reparos:
Surprrende-me o facto de o Opcard parecer estar "bem informado" sobre a realidade francesa. Será emigrante na França!!?? Realmente parece que algumas más decisões da justiça e alguma falta de control da atuação da polícia estão a semear algum caos na França. Contudo, pode também acontecer ( e tem acontecido) que na hora de votar a masioria dos franceses deiem maior importância a outros valores mais imprtantes.
O que o Nirsurp diz subscrevo a 100%, menos a conclusão de "Portugal bateu no fundo". Para mim é sobretudo uma cretinisse da ministra e em termos políticos e de cidadania um forte tiro nos pés. Lá está, como uma coisa financeiramente completamente irrelevante, pode ter significativas consequência políticas, se não for rapidamente eliminada.
Sigo com atenção a França porque definirá o futura da Europa , 62% do seu PIB é
despesa pública e não chega para comprar a paz , até quando a Alemanha vai fechar os olhos ?
Não vivo nem nunca vivi em França mas desde minha juventude estive dezenas de vezes e conheço o país bem e em outros tempos as francesas também .
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Re: Políticas para Portugal
PMP69 Escreveu:Vem na tradição do velho capitalismo português que medrou à sombra do condicionamento industrial do Dr. Salazar. Muito liberal mas a expensas do contribuinte ( no caso do Estado Novo a expensas dos grupos que não se mostravam adequadamente subservientes a quem o condicionamento industrial privava de certos projetos...!)![]()
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O responsável pelo III Plano de Fomento (68/73), foi o Marcelo Caetano, e não o Salazar.
Pedro
E o que é que o III Plano de Fomento tem que ver com a politica de Condicionamento Industrial que vem do início do "mandato" do AOS e da qual beneficiaram "à tripa forra" (sem concorrência) os liberalíssimos grupos económicos de então (com algumas honrosas exceções)?


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Re: Políticas para Portugal
Aqui só dois breves reparos:
Surprrende-me o facto de o Opcard parecer estar "bem informado" sobre a realidade francesa. Será emigrante na França!!?? Realmente parece que algumas más decisões da justiça e alguma falta de control da atuação da polícia estão a semear algum caos na França. Contudo, pode também acontecer ( e tem acontecido) que na hora de votar a masioria dos franceses deiem maior importância a outros valores mais imprtantes.
O que o Nirsurp diz subscrevo a 100%, menos a conclusão de "Portugal bateu no fundo". Para mim é sobretudo uma cretinisse da ministra e em termos políticos e de cidadania um forte tiro nos pés. Lá está, como uma coisa financeiramente completamente irrelevante, pode ter significativas consequência políticas, se não for rapidamente eliminada.
Surprrende-me o facto de o Opcard parecer estar "bem informado" sobre a realidade francesa. Será emigrante na França!!?? Realmente parece que algumas más decisões da justiça e alguma falta de control da atuação da polícia estão a semear algum caos na França. Contudo, pode também acontecer ( e tem acontecido) que na hora de votar a masioria dos franceses deiem maior importância a outros valores mais imprtantes.
O que o Nirsurp diz subscrevo a 100%, menos a conclusão de "Portugal bateu no fundo". Para mim é sobretudo uma cretinisse da ministra e em termos políticos e de cidadania um forte tiro nos pés. Lá está, como uma coisa financeiramente completamente irrelevante, pode ter significativas consequência políticas, se não for rapidamente eliminada.
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Re: Políticas para Portugal
Um grupo de 20 investigadores com os conhecidos Amory Gethin, Clara Martinez-Toledano é a vedeta Thomas Piketty que escreveu um dos livros mais vendidos O Capital , querem saber porque votam a direita os pobres .
Ê fácil de saber e a resposta já existe é dada num trabalho recente sobre o voto em França , 46% operários e 42% empregado votam Le Pen já os reformados gente com poder económico não vota , porque está gente pode escolher o local de residência .
São os activos a 35% que votam não por ideologia mas por revolta é fácil tirar conclusões quem trabalha e não é rico tem de viver em zonas onde é violentado onde lhes queimam carros e onde nao pode dormir sendo dos seus impostos e do crime que vivem estes desordeiros sem que a polícia possa actuar. Para não falar da destruição das escolas dos seus filhos .
Para azar do André Ventura Portugal está longe dos milhões vindos do Norte de África , Costa quer as portas abertas com Marrocos para fortalecer o Chega e destruir a direta tradicional .
Ê fácil de saber e a resposta já existe é dada num trabalho recente sobre o voto em França , 46% operários e 42% empregado votam Le Pen já os reformados gente com poder económico não vota , porque está gente pode escolher o local de residência .
São os activos a 35% que votam não por ideologia mas por revolta é fácil tirar conclusões quem trabalha e não é rico tem de viver em zonas onde é violentado onde lhes queimam carros e onde nao pode dormir sendo dos seus impostos e do crime que vivem estes desordeiros sem que a polícia possa actuar. Para não falar da destruição das escolas dos seus filhos .
Para azar do André Ventura Portugal está longe dos milhões vindos do Norte de África , Costa quer as portas abertas com Marrocos para fortalecer o Chega e destruir a direta tradicional .
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Re: Políticas para Portugal
PREC II
Resta-nos rezar para que o Pedro Nuno Santos, nunca chegue a Primeiro Ministro.
Pedro

Resta-nos rezar para que o Pedro Nuno Santos, nunca chegue a Primeiro Ministro.
Pedro
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