Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade
Isto é mais do que um simples job for the boy.
As recentes nomeações têm revelado o profundo desrespeito que existe nos actuais políticos. Isto demonstra uma total falta de consciência, bom senso, responsabilidade e todas as palavras que existem no dicionário.
Só num país de 3.º mundo se nomeiam pessoas para cargos públicos ou mesmo privados quando estão acusados ou a serem investigados por crimes. Até podem ser inocentes, mas qualquer regra de bom senso obriga a rejeitar à partida estas pessoas.
Isto também revela que temos um povo digno de 3.º mundo, porque estas coisas continuam a fazer-se sem que as pessoas o impeçam. Desde políticos, imprensa, cidadãos, estão todos bem uns para os outros. Acho que é a isto que se chama um consenso nacional
As recentes nomeações têm revelado o profundo desrespeito que existe nos actuais políticos. Isto demonstra uma total falta de consciência, bom senso, responsabilidade e todas as palavras que existem no dicionário.
Só num país de 3.º mundo se nomeiam pessoas para cargos públicos ou mesmo privados quando estão acusados ou a serem investigados por crimes. Até podem ser inocentes, mas qualquer regra de bom senso obriga a rejeitar à partida estas pessoas.
Isto também revela que temos um povo digno de 3.º mundo, porque estas coisas continuam a fazer-se sem que as pessoas o impeçam. Desde políticos, imprensa, cidadãos, estão todos bem uns para os outros. Acho que é a isto que se chama um consenso nacional
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Job for the boys
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Executivo
Ex-espião Silva Carvalho contratado para o Governo
Márcia Galrão
26/03/13 13:03
Despacho de Passos e Gaspar dita a contratação de Silva Carvalho para funções na Presidência do Conselho de Ministros.
O ex-espião Jorge da Silva Carvalho vai ser contratado pela Presidência do Conselho de Ministros para funções de técnico superior e terá direito a receber salários retroactivos desde 1 de Dezembro de 2010.
Por ter adquirido vínculo definitivo ao Estado após "seis anos de serviço ininterruptos", o Governo terá que criar um posto de trabalho para o acomodar, sendo que o ex-quadro das secretas terá um vencimento equivalente ao que auferia no SIED como técnico coordenador de nível 2.
De acordo com o despacho assinado por Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar, publicado hoje em Diário da República, o ex-espião "Jorge Manuel Jacob da Silva Carvalho preencheu os pressupostos de aquisição de vínculo definitivo ao Estado". De acordo com a lei que regula o funcionamento dos serviços de informações e segurança, "o trabalhador tem direito a ser integrado no mapa de pessoal da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, em categoria equivalente à que possuir no serviço e no escalão em que se encontrar posicionado".
Este "direito" é conquistado depois de o funcionário "completar seis anos de serviço ininterruptos" no Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e do Serviço de Informações de Segurança, altura em que "adquire automaticamente vínculo definitivo ao Estado".
Recorde-se que Silva Carvalho deixou as secretas em Dezembro de 2010, tendo sido exonerado "a seu pedido" pelo secretário-geral do Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira e quase de imediato pediu a reintegração no Estado, tal como outros colegas.
O seu nome tem estado ligado a várias polémicas, desde logo ao chamado "caso das secretas" em que foi acusado de passar informações classificadas à empresa Ongoing, para a qual foi mais tarde contratado, quando ainda estava nos serviços de informação. Terá também enviado clippings de imprensa ao ministro Miguel Relvas, um tema que levou por duas vezes o governante a dar explicações no Parlamento.
http://economico.sapo.pt/
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"Compound interest is the 8th wonder of the world."
(Albert Einstein)
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Nobel da Economia: A tolerância do BCE à valorização do euro agravou a crise da dívida na Europa
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao_europeia/zona_euro/detalhe/robert_mundell_a_tolerancia_do_bce_na_valorizacao_do_euro_piorou_a_crise_da_divida_na_europa.html
Porque não defende o Governo Português esta medida?
O prémio Nobel da Economia considera que no próximo ciclo de depreciações da moeda comunitária as autoridades reguladoras devem fixar o valor do euro face ao dólar. Segundo Robert Mundell, vai “fazer maravilhas” à recuperação económica europeia.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao_europeia/zona_euro/detalhe/robert_mundell_a_tolerancia_do_bce_na_valorizacao_do_euro_piorou_a_crise_da_divida_na_europa.html
Porque não defende o Governo Português esta medida?
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'Reforma do Estado pode acabar como a TSU'
O professor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa acredita que só com um apoio do Estado a economia poderá voltar a crescer. «Não há dúvidas de que o país está em espiral recessiva», diz Paulo Soares de Pinho.
Ficou surpreendido com o recurso aos depósitos bancários para pagar parte do resgate em Chipre?
Qualquer pessoa que conheça a história das crises financeiras ficaria surpreendida. Os alemães têm insistido em penalizar os países que têm défices excessivos, mas até agora sempre houve cuidado em preservar a estabilidade. Desta vez isso não aconteceu: a medida é um claro incentivo a uma corrida aos depósitos. A mensagem de base, porém, estava correcta: se um país entra num modelo arriscado contrário aos princípios europeus, leia-se sistema bancário assente em lavagem de dinheiro, não deve esperar que a Europa venha em seu socorro e deve assumir os custos da sua salvação.
Mas não se podia ter excluído os depositantes mais baixos?
O limite ser acima de 100 mil ou 500 mil não muda o facto de se ter criado uma desconfiança face à segurança dos depósitos na Zona Euro.
Acha que é um modelo a ser exportado para futuras intervenções da troika?
A Europa não aguenta uma corrida aos depósitos, sobretudo em sistemas bancários mais instáveis como o espanhol. Espanha tem todos os ingredientes para nos deixar preocupados porque o sector imobiliário, cuja bolha provocou a crise na banca, também foi usado para lavar dinheiro. Perante um resgate à banca espanhola, cuja dimensão a União Europeia pode não querer assumir na totalidade, é de imaginar que alguém sugira o que foi proposto no Chipre. O que podia ser resolvido com uma injecção de capital público de 10 mil milhões de euros pode tornar-se num problema de liquidez de 400 mil milhões.
A crise em Chipre poderá atrasar o regresso aos mercados de Portugal?
Seria muito importante que o imposto sobre depósitos não fosse para a frente, para mostrar que uma medida deste tipo não é implementável na União Europeia. Os estragos são inevitáveis e podem condicionar Portugal e Irlanda.
Há uma mudança de percepção dos investidores face a Portugal?
Há dois anos, a esmagadora maioria dos investidores com quem eu interagia em Londres e Nova Iorque apostava que Portugal ia cair. No último ano, a posição alterou-se bastante. Desde o Verão, há uma corrida dos investidores para tudo o que tenha rendimento, nomeadamente dívida periférica. Para estes, Portugal deixou de ser ‘lixo’ para significar ‘rentabilidade alta’.
Mas o estado da economia não deveria afastar os investidores?
Os fundamentais estão todos contra Portugal. Está tudo obcecado com o défice, mas para a maioria dos credores o que importa é a dívida e o crescimento. E essa conjugação é fatal.
Como viu as declarações de Vítor Gaspar esta semana, ao assumir que o programa da troika estava mal desenhado?
O programa estava mal desenhado e foi mal implementado. O foco inicial era o corte de despesa e as reformas estruturais. A única área onde o Governo tocou foi a reforma laboral. Continuo à espera da reforma da justiça, das parcerias público-privadas, dos mercados de concorrência ou da energia. Do lado da despesa pública há algo que me surpreende até hoje: ainda ninguém apresentou uma única ideia sobre que administração pública queremos ter. Temos um Governo que está em funções há dois anos e só agora estuda as funções do Estado. Esta discussão começou tarde e com uma base de apoio muito reduzida.
A reforma do Estado pode nunca acontecer?
A reforma do Estado pode acabar como a Taxa Social Única (TSU). A TSU foi um case study de como não vender uma proposta política. Alguém que ache que cortar 3% ou 4% na TSU vai aumentar a competitividade de um exportador em Portugal, que não tem acesso ao crédito e tem dificuldades em recuperar o IVA, é porque nunca esteve na gestão de uma empresa.
O Governo diz agora que o investimento é o próximo motor de crescimento.
Do sector privado não espero grande investimento no futuro. A maioria das empresas não investe hoje por falta de confiança no desempenho da economia portuguesa. Não se pode ter um discurso de contracção da economia, de aumento do desemprego e depois pedir às pessoas para investir. O problema do Governo é que os ministérios da Economia e das Finanças funcionam como duas entidades distintas que só se encontram no Conselho de Ministros.
No final, o Estado será obrigado a estimular a economia?
Temos um Governo doutrinariamente anti-keynesiano que está empenhado em provar que a teoria keynesiana não está correcta. Só o Governo é que acha que não entrámos em espiral recessiva com a política que tem sido seguida. Não há qualquer dúvida que estamos em espiral recessiva. A economia portuguesa precisa do apoio do Estado para crescer, infelizmente. A política do Governo fez a economia e as expectativas dos empresários caírem a um nível tal que se não houver sinais muito fortes do Estado não haverá inversão. Na área fiscal, as regras mudam todos os dias, a burocracia e a carga fiscal aumentam. Passou-se do Simplex para o Complicadex.
Começar de novo é a solução?
O Estado tem de renegociar com a troika uma forma de colocar a economia a crescer. Já ninguém acredita que a economia cresça com base nas reformas estruturais que não foram feitas. A economia portuguesa arrisca-se a ficar vários anos estagnada porque as empresas vivem em clima de grande incerteza. Os empresários precisam de duas coisas: procura interna e mais crédito.
Há abertura da Europa para uma mudança de rumo?
Se a trajectória actual da política da troika se mantiver, Portugal vai ser apenas um pequeno caso no meio de muitos, como Espanha, Itália ou França. A Alemanha vai acabar por ser o principal perdedor. A queda da procura europeia vai fazer sofrer bastante o sector industrial germânico. Um sector que, aliás, tem grandes fragilidades em termos de competitividade devido aos salários altos, por exemplo. No dia em que a Alemanha começar a fechar fábricas, veremos se não há uma alteração da política económica na Europa.
A incerteza foi o maior preço da intervenção da troika?
O maior preço foi o aumento da fiscalidade. O nível actual é inaceitável e incomportável. Só aguenta esta fiscalidade quem é banqueiro.
Estamos perante o risco de insolvências na banca?
Nos próximos 12 a 24 meses não espero nada de grave, mas a economia não pode continuar a cair. Não espero uma alteração da dependência da banca do financiamento do BCE até que Portugal volte a crescer, saia do programa da troika e que os ratings dos bancos voltem a subir.
A banca será dependente do BCE nos próximos três a quatro anos?
Receio que, depois de ser conhecida a decisão do Tribunal Constitucional, depois de constatar que vamos precisar de mais tempo para atingir o défice de 5,5% do PIB previsto para este ano, subindo impostos e cortando despesa, não haja grandes notícias no lado do crescimento.
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=71715
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Austeridade de 23,8 mil milhões só baixa défice em 6,6 mil milhões
A maior parte das medidas aplicadas não teve efeito na redução do défice. Mesmo tendo ido além da troika, o Governo não escapa a duas revisões das metas orçamentais.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/austeridade-de- ... z2OS9tncPU
No entanto da economia já desaparecerem 17,2 mil milhões de euros da economia.
É preciso austeridade? sim.
É preciso esta austeridade? Não..
Com austeridade deste tipo, o país só pode afundar.
Esta a austeridade não leva a nada nenhum, os números falam por si- o que é preciso mais para alterar a estratégia seguida?
A maior parte das medidas aplicadas não teve efeito na redução do défice. Mesmo tendo ido além da troika, o Governo não escapa a duas revisões das metas orçamentais.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/austeridade-de- ... z2OS9tncPU
No entanto da economia já desaparecerem 17,2 mil milhões de euros da economia.
É preciso austeridade? sim.
É preciso esta austeridade? Não..
Com austeridade deste tipo, o país só pode afundar.
Esta a austeridade não leva a nada nenhum, os números falam por si- o que é preciso mais para alterar a estratégia seguida?
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Re: Défice orçamental ficou em 184 milhões de euros em Fever
ul Escreveu:A parte boa das contas, onde o V . Gaspar se vai agarrar:
Já o saldo primário (excluindo encargos com a dívida) da Administração Central e da Segurança Social era, nos dois primeiros meses deste ano, de 266,9 milhões.correia1978 Escreveu:Balão de Oxigénio para o governo...Execução orçamental
Défice orçamental ficou em 184 milhões de euros em Fevereiro
Luís Reis Pires
22/03/13 18:00
O resultado ficou em linha com a meta prevista.
O défice orçamental para efeitos de programa de ajustamento ficou em 183,6 milhões de euros nos primeiros dois meses do ano, de acordo com um comunicado do Ministério das Finanças.
O resultado está linha com a meta prevista, uma vez que o limite para o primeiro trimestre é um défice de 1.900 milhões.
De acordo com as Finanças, o défice em contabilidade pública registado em Fevereiro foi de 273 milhões de euros.
Somando a Administração Central e a Segurança Social, o défice foi de 247 milhões o que significa um agravamento face ao excedente de 586 milhões de euros registados em igual período do ano passado.
O organismo liderado por Vítor Gaspar sublinha que o resultado está “negativamente influenciado” pelas receitas relativas à concessão da frequência da quarta geração das comunicações novas arrecadada em 2012 bem como pelas transferências do Fundo Social Europeu que este ano serão recebidas mais tarde.
A receita fiscal recuperou em Fevereiro, tendo crescido 0,3% em termos homólogos quando em Janeiro tinha registado uma quebra de 0,7%.
E é uma boa noticia.
É preciso cortar rapidamente nos juros!
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Re: Défice orçamental ficou em 184 milhões de euros em Fever
A parte boa das contas, onde o V . Gaspar se vai agarrar:
Já o saldo primário (excluindo encargos com a dívida) da Administração Central e da Segurança Social era, nos dois primeiros meses deste ano, de 266,9 milhões.
Já o saldo primário (excluindo encargos com a dívida) da Administração Central e da Segurança Social era, nos dois primeiros meses deste ano, de 266,9 milhões.
correia1978 Escreveu:Balão de Oxigénio para o governo...Execução orçamental
Défice orçamental ficou em 184 milhões de euros em Fevereiro
Luís Reis Pires
22/03/13 18:00
O resultado ficou em linha com a meta prevista.
O défice orçamental para efeitos de programa de ajustamento ficou em 183,6 milhões de euros nos primeiros dois meses do ano, de acordo com um comunicado do Ministério das Finanças.
O resultado está linha com a meta prevista, uma vez que o limite para o primeiro trimestre é um défice de 1.900 milhões.
De acordo com as Finanças, o défice em contabilidade pública registado em Fevereiro foi de 273 milhões de euros.
Somando a Administração Central e a Segurança Social, o défice foi de 247 milhões o que significa um agravamento face ao excedente de 586 milhões de euros registados em igual período do ano passado.
O organismo liderado por Vítor Gaspar sublinha que o resultado está “negativamente influenciado” pelas receitas relativas à concessão da frequência da quarta geração das comunicações novas arrecadada em 2012 bem como pelas transferências do Fundo Social Europeu que este ano serão recebidas mais tarde.
A receita fiscal recuperou em Fevereiro, tendo crescido 0,3% em termos homólogos quando em Janeiro tinha registado uma quebra de 0,7%.
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Défice orçamental ficou em 184 milhões de euros em Fevereiro
Balão de Oxigénio para o governo...
Execução orçamental
Défice orçamental ficou em 184 milhões de euros em Fevereiro
Luís Reis Pires
22/03/13 18:00
O resultado ficou em linha com a meta prevista.
O défice orçamental para efeitos de programa de ajustamento ficou em 183,6 milhões de euros nos primeiros dois meses do ano, de acordo com um comunicado do Ministério das Finanças.
O resultado está linha com a meta prevista, uma vez que o limite para o primeiro trimestre é um défice de 1.900 milhões.
De acordo com as Finanças, o défice em contabilidade pública registado em Fevereiro foi de 273 milhões de euros.
Somando a Administração Central e a Segurança Social, o défice foi de 247 milhões o que significa um agravamento face ao excedente de 586 milhões de euros registados em igual período do ano passado.
O organismo liderado por Vítor Gaspar sublinha que o resultado está “negativamente influenciado” pelas receitas relativas à concessão da frequência da quarta geração das comunicações novas arrecadada em 2012 bem como pelas transferências do Fundo Social Europeu que este ano serão recebidas mais tarde.
A receita fiscal recuperou em Fevereiro, tendo crescido 0,3% em termos homólogos quando em Janeiro tinha registado uma quebra de 0,7%.
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"Compound interest is the 8th wonder of the world."
(Albert Einstein)
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Custo salarial não é "crítico" em Portugal
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/custo_salarial_nao_e_critico_em_portugal.html
Esperemos que o atual Governo tenha 5 min para ler este relatório..
Estudo da PricewaterhouseCoopers diz que os salários não são um entrave ao desenvolvimento.
O custo salarial não é "crítico" nem um "entrave ao desenvolvimento" do sector industrial em Portugal. Esta é uma das conclusões de um estudo da consultora PricewaterhouseCoopers sobre os desafios do sector industrial em Portugal, apresentado esta sexta-feira no Porto, numa altura em que a polémica em torno dos baixos salários tem estado na ordem do dia.
O estudo, da autoria de Hermínio Afonso, diz que o custo da mão-de-obra é dos factores menos relevantes para a indústria portuguesa, face a outros custos como o da energia ou a organização da logística. As dificuldades de licenciamento e a falta de capital são outros dois problemas que enfrentam as empresas do sector industrial. Do lado do Estado, a instabilidade fiscal e o nível de impostos são as maiores dificuldades colocadas às empresas e ao investimento. O mesmo documento diz que a inovação tem que ser desenvolvida tendo em conta o retorno que gera. Assim, segundo Hermínio Afonso, tem que se ter em conta o número de patentes registadas "senão é dinheiro gasto".
No debate sobre a indústria, Fortunato Frederico, presidente da Kyaia, do sector do calçado, sugeriu que o" Estado devolvesse parte do IRC às empresas para distribuir pelos trabalhadores". O mesmo responsável disse ainda que, "o salário mínimo é baixo mas está dentro do contexto do País". Fortunato Frederico disse ainda que "se os sindicatos nos dessem qualquer coisa, nós aumentávamos o salário mínimo".
O responsável recordou que os custos de contexto tanto afectam os trabalhadores como as empresas e lamentou que os empresários sejam sempre vistos como os "vilões".
Por seu lado, Bayão Horta, presidente da Cires afirmou que não gosta "que se fale em reindustrialização e refundação". O responsável, que já esteve na liderança da Cimpor diz que falar disso "normalmente é sinal que não se sabe o que fazer. A nossa indústria foi sempre de valor. Não há que fazer refundação nenhuma", realçou. "Quando aparece o sector do conhecimento não se acaba com agricultura e com a indústria. A Alemanha nunca teve a ambição de ser uma nação de serviços. Continua hoje a ter uma percentagem de mão-de-obra na indústria superior a 30%", adiantou Bayão Horta. "Em Portugal só aderimos a modas", lamentou o gestor.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/custo_salarial_nao_e_critico_em_portugal.html
Esperemos que o atual Governo tenha 5 min para ler este relatório..
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Estive,entre outros países, na Alemanha esta semana a tentar obter clientes-do-tipo-que-pagam, e tive conhecimento do quão implacáveis conseguem ser as finanças alemãs a partir do momento em que a paciência se esgota:
se eles atestarem da culpabilidade do cidadão ou da empresa estão-se a marimbar e multam forte e feio. E se não há bens suficientes, depois de virarem tudo de alto a abaixo, ficam anos a pagar a dívida se fôr preciso...
Até a comunidade Judaica (!) está às turras com subsídios cortados por terem estado a aldrabar as contas.
se eles atestarem da culpabilidade do cidadão ou da empresa estão-se a marimbar e multam forte e feio. E se não há bens suficientes, depois de virarem tudo de alto a abaixo, ficam anos a pagar a dívida se fôr preciso...
Até a comunidade Judaica (!) está às turras com subsídios cortados por terem estado a aldrabar as contas.
Alemães impõem tróicas a outros alemães. É normal que apertem com o Sul.
Fala-se pouco do assunto, o que é uma pena: dentro da federação alemã, diversos estados liderados pela Baviera forçaram o estado de Berlim a assinar uma espécie de memorando da tróica interno . Portanto, ninguém pode ficar surpreendido com as exigências dos alemães em relação aos países do sul da Europa. Se estados alemães apertam (e com razão) outros estados alemães, a Alemanha só poderia fazer exigências duras no contacto com Portugal, Grécia e afins. Afinal de contas, é o dinheiro dos contribuintes alemães que está em jogo. Nós, quando emprestámos dinheiro aos madeirenses, também fizemos exigências que os madeirenses consideravam ofensivas e não sei quê. Pois, pois, mas eu não admitia pagar o buraco da Madeira sem o fim de muitos privilégios dos madeirenses . Com isto não estou a defender o caso específico do assalto às contas bancárias do Chipre (a malta do Eurogrupo anda a fumar porros enquanto faz algoritmos?). Estou apenas a dizer que ninguém pode ficar surpreendido com a firmeza alemã.
Mas, ó Henrique, é bom ficarmos nesta dependência do dinheiro e das exigências da Alemanha? Não, não é. É por isso que defendo austeridade na despesa pública e um modo de vida que nos liberte do vício do crédito (para nós) e da dívida (para o Estado).
http://expresso.sapo.pt/alemaes-impoem- ... ul=f794773
Fala-se pouco do assunto, o que é uma pena: dentro da federação alemã, diversos estados liderados pela Baviera forçaram o estado de Berlim a assinar uma espécie de memorando da tróica interno . Portanto, ninguém pode ficar surpreendido com as exigências dos alemães em relação aos países do sul da Europa. Se estados alemães apertam (e com razão) outros estados alemães, a Alemanha só poderia fazer exigências duras no contacto com Portugal, Grécia e afins. Afinal de contas, é o dinheiro dos contribuintes alemães que está em jogo. Nós, quando emprestámos dinheiro aos madeirenses, também fizemos exigências que os madeirenses consideravam ofensivas e não sei quê. Pois, pois, mas eu não admitia pagar o buraco da Madeira sem o fim de muitos privilégios dos madeirenses . Com isto não estou a defender o caso específico do assalto às contas bancárias do Chipre (a malta do Eurogrupo anda a fumar porros enquanto faz algoritmos?). Estou apenas a dizer que ninguém pode ficar surpreendido com a firmeza alemã.
Mas, ó Henrique, é bom ficarmos nesta dependência do dinheiro e das exigências da Alemanha? Não, não é. É por isso que defendo austeridade na despesa pública e um modo de vida que nos liberte do vício do crédito (para nós) e da dívida (para o Estado).
http://expresso.sapo.pt/alemaes-impoem- ... ul=f794773
mais_um Escreveu:Krupper Escreveu:
eu tenho algumas reservas em catalogar o que está a ser feito em Portugal como austeridade. Austeridade na minha opinião seria ser rigoroso quando temos as contas minimamente controladas, se quiseres o que está a ser feito na Holanda, Alemanha, Luxemburgo, etc.
Se tens as contas equilibradas não precisas de aplicar austeridade.
Tal como te disse, na minha opinião austeridade deveria ser encarado como manter o rigor nas contas. Existem países que têm as contas controladas e têm orçamentos austeros, a Holanda vai cortar uma série de milhares de milhões de euros em despesa e não está propriamente neste momento com as contas descontroladas, a Alemanha fez o mesmo há alguns anos atrás, etc...
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mais_um Escreveu:Pois, isto é que eu gostava de saber como se concretiza, se as contas estão equilibradas, quando muito significa que o Estado não aumenta os impostos, por si não cria automaticamente crescimento económico.
Do que tu escreves parece fácil começar a existir crescimento económico, reduzes a despesa do Estado no valor do défice e a economia desata a crescer....?![]()
Acreditas nisso?
O crescimento económico, infelizmente não se concretiza por decreto governamental. Mas achas que é mais fácil ter um crescimento sustentado tendo as contas públicas na ordem e dando condições às empresas para produzirem bem sem ter que andar a extorquir tudo e todos, ou ter um crescimento sustentado baseado na injecção de dinheiro na economia tal como foi feito nos últimos 10/20 anos e não nos levou a lado nenhum como se pode constatar?
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mais_um Escreveu:Eu não tenho solução, quero é compreender os que dizem que há solução aplicando a receita que está a ser aplicada em Portugal, quantos anos vai demorar a obter resultados? 10? 30? 50?
Da receita que está a ser aplicada, não faço ideia! Desconfio que essa receita seja taxar o pessoal à força toda, empurrar os problemas com a barriga, fazendo de conta que se reforma alguma coisa, à espera que a crise passe. Por isso... nem faz sentido falar de prazos.
Mas de qualquer forma, se se fizesse o que se devia fazer - reduzir fortemente as funções e a despesa do estado, reduzindo fortemente (a prazo, porque entretanto se tem que pagar a dívida) os impostos, e portanto, o peso do estado na economia - duvido que uma década chegasse para que as coisas se recompusessem. E pelo caminho, enquanto a coisa mudava de paradigma, seria inevitável passarmos por elevadas taxas de desemprego e fraco crescimento.
Esperar o contrário seria esperar que um "drug addict" da pesada recuperasse completamente para uma vida saudável em dois dias, sem ressacas nem sofrimento. Ou seja, ou estaríamos a ser ignorantes ou intelectualmente desonestos.
Por isso, dada a demagogia vigente que por aí grassa, ninguém neste país de tótós vai aceitar isso. Resumindo: estamos f...eitos!
(E agora tenho que ir!...

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
amsfsma Escreveu:mais-um
Para ti qual é "a solução"?
a) - Medidas que resolvam o problema por agora mas que semeiem as bases da próxima crise?
b) - Medidas económicas que resolvam o problema por agora premiando os causadores do mesmo que aumentarão em número por passarem a ter consciência que o "erro moral" é premiado em vez de sancionado?
c) - Estimular o "pensamento mágico", o mundo dos direitos adquiridos, a noção de que toda a gente tem direitos e que estes não estão associados a deveres e a possibilidades económicas e técnicas, etc?
d) - Estimular uma destribuição igualitária da riqueza sem ter em conta que a forma como se "destribui" a riqueza condiciona o nível de produção de riqueza?
e) - etc, etc
d) - Aceitar que o mundo não é perfeito, que a economia é feita de ciclos e que o egoismo individual é o principal motor do desenvolvimento económico, tecnológico, etc?
Eu não tenho solução, quero é compreender os que dizem que há solução aplicando a receita que está a ser aplicada em Portugal, quantos anos vai demorar a obter resultados? 10? 30? 50?

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Krupper Escreveu:
eu tenho algumas reservas em catalogar o que está a ser feito em Portugal como austeridade. Austeridade na minha opinião seria ser rigoroso quando temos as contas minimamente controladas, se quiseres o que está a ser feito na Holanda, Alemanha, Luxemburgo, etc.
Se tens as contas equilibradas não precisas de aplicar austeridade.
Krupper Escreveu:O que está a ser feito em Portugal é tão só tentar equilibrar os gastos do estado com a colecta directa de receita. Isso pode ser feito aumentando as receitas e mantendo a despesa, reduzindo a despesa ou um mix das duas.
Na minha opinião pessoal, está a ser seguido o caminho errado, pq está a ser colocado demasiado peso no aumento de receita e muito pouco na redução de despesa. De qualquer forma, pensar que poderia continuar a mesma política de empurrar os problemas para a frente e continuar a gastar muito acima do que é recolhido em receitas é completamente lunático e demagógico.
Não tenho nada contra o que escreveste.
Krupper Escreveu:Enfim, eu não sou o Quico, mas posso dar-te a minha visão. Acho que o estado tem que tão rápido quanto possível equilibrar as contas públicas e gastar apenas o que recebe de impostos (já nem peço gastar menos do que recebe de forma a abater dívida que seria o caso ideal).
Estou totalmente de acordo.
Krupper Escreveu:edit: e já agora, a melhoria das condições de vida só será visível apartir do momento que as contas públicas estejam controladas. Portanto essa melhoria está dependente do quão rápido é feito o ajustamento.
Pois, isto é que eu gostava de saber como se concretiza, se as contas estão equilibradas, quando muito significa que o Estado não aumenta os impostos, por si não cria automaticamente crescimento económico.
Do que tu escreves parece fácil começar a existir crescimento económico, reduzes a despesa do Estado no valor do défice e a economia desata a crescer....?


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Renegade Escreveu:Lanço-te uma pergunta (retórica ou talvez não):
O que é para ti Austeridade?
Aumento "brutal" de impostos, corte nas despesas do Estado, como apoios sociais, reformas, corte de salários, etc....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Populismo no seu melhor..... Há tradições que não mudam nunca.
Seguro quer política de seguros de créditos que garanta tranquilidade às empresas exportadoras
O secretário-geral do PS, António José Seguro, exigiu hoje uma política de seguros de créditos que garanta "uma maior tranquilidade" à actividade das empresas portuguesas que apostam na exportação.
Em declarações aos jornalistas no final de uma visita à empresa têxtil Euroralex, em Carregal de Sal, António José Seguro defendeu que "o papel do Estado e das políticas públicas não é o de dificultar a ação destes empresários, bem pelo contrário, é de facilitar a sua actividade".
"E, por isso, é necessário que haja uma política de seguros de créditos que ajude a tranquilizar e a normalizar a actividade das empresas portuguesas que se dedicam à exportação", frisou.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... doras.html
Seguro quer política de seguros de créditos que garanta tranquilidade às empresas exportadoras
O secretário-geral do PS, António José Seguro, exigiu hoje uma política de seguros de créditos que garanta "uma maior tranquilidade" à actividade das empresas portuguesas que apostam na exportação.
Em declarações aos jornalistas no final de uma visita à empresa têxtil Euroralex, em Carregal de Sal, António José Seguro defendeu que "o papel do Estado e das políticas públicas não é o de dificultar a ação destes empresários, bem pelo contrário, é de facilitar a sua actividade".
"E, por isso, é necessário que haja uma política de seguros de créditos que ajude a tranquilizar e a normalizar a actividade das empresas portuguesas que se dedicam à exportação", frisou.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... doras.html
Sim, os críticos da austeridade são os verdadeiros fantoches dos tais "mercados financeiros".
Eu também quero crescimento , todos querem só nos falta encontrar forma de o fazer sem estado e sem dinheiro. Só resta uma alternativa investimento estrangeiro mas com estes impostos ....
Para os amigos que defendem :
( Que o Estado deve continuar a gastar receita fiscal e dívida no "crescimento" .
Querem que as famílias continuassem a consumir como se não existisse amanhã?
Ao não consumirem, as famílias criam problemas em alguns sectores, mas geram a poupança que será fundamental a médio-prazo.
O o país inteiro dependia (e ainda depende) de dinheiro do exterior. )
Deviam estar mais atentos a um Mundo que já não existe .
Eu também quero crescimento , todos querem só nos falta encontrar forma de o fazer sem estado e sem dinheiro. Só resta uma alternativa investimento estrangeiro mas com estes impostos ....
Para os amigos que defendem :
( Que o Estado deve continuar a gastar receita fiscal e dívida no "crescimento" .
Querem que as famílias continuassem a consumir como se não existisse amanhã?
Ao não consumirem, as famílias criam problemas em alguns sectores, mas geram a poupança que será fundamental a médio-prazo.
O o país inteiro dependia (e ainda depende) de dinheiro do exterior. )
Deviam estar mais atentos a um Mundo que já não existe .
mais_um Escreveu:Boas!
Lanço um desafio ou melhor é mais um pedido, há por aqui uns quantos defensores da austeridade (e se bem entendi é austeridade a qualquer custo, aconteça o que acontecer), como solução para os nossos males, não pondo em causa que seja A solução gostava que explicassem (já que o governo não consegue) como é que a austeridade vai resolver os nossos problemas e o mais importante quando (5, 10, 40 anos?) é espectável que os portugueses sintam essas melhorias no seu dia-a-dia, ou seja que o desemprego diminua e que os impostos a baixem.
Já tinha lançado o desafio ao Quico aqui:mais_um Escreveu:Quico Escreveu:
É de uma desonestidade intelectual a toda a prova achar que a "austeridade não resulta" com base nos resultados imediatos ou nos que possa provocar nos próximos tempos; isto quando estamos a falar num "buraco" cavado ao longo de décadas.![]()
Embora seja off topic, quanto anos é que consideras necessário para a austeridade produzir resultados positivos (entenda-se diminuir o desemprego, aumentar os rendimentos) na vida dos Portugueses?
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &start=225
Mas ele está sem tempo para responder.
Em relação a este assunto confesso que estou a começar a compreender o que as crianças e adolescentes sentem quando pedimos/mandamos fazer alguma coisa sem explicar e limitamo-nos a dizer que é assim, porque tem que ser assim.
Obrigado
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