[off topic] - Jogos Perigosos (relações Portugal/Angola)
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Selecção de Basquetebol sem visto para entrar em Angola
Selecção nacional sub-18 de Basquetebol foi impedida de participar num torneio em Angola por não terem sido concedidos vistos.
A selecção nacional sub-18 de Basquetebol viu-se impedida de participar num torneio em Angola para o qual foi convidada pelas autoridades de Benguela depois do consulado angolano não ter concedido os vistos aos jogadores. A Federação vai falar com o Governo.
Mário Saldanha, presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, disse ao Económico que o convite partiu há três meses do Governo Provincial de Benguela e que Portugal aceitou porque é normal regular participar em torneios em Angola.
"Há um óptimo relacionamento entre as duas federações, a portuguesa e a angolana, por isso não entendemos o que aconteceu. Os jogadores estavam preparados para viajar, faltaram às aulas, tomaram as vacinas e por razões que desconhecemos os vistos não foram concedidos", disse Mário Saldanha, explicando que não foi dada qualquer justificação à Federação Portuguesa de Basquetebol.
A Federação esperou até às 17h00 de sexta-feira pelos vistos para poder embarcar Domingo para Angola. Mas os serviços do consulado fecharam e os vistos não foram concedidos, inviabilizando a viagem dos jogadores da selecção de sub-18.
Mário Saldanha diz ter ficado "surpreendido" e pretende dar conhecimento da situação formalmente ao secretário de Estado do Desporto, para que o assunto siga para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e seja "resolvido diplomaticamente".
"Temos boas relações com a Federação e o ministro do Desporto angolano. Não entendemos o que se passou, não sabemos por que razão mas esta é uma questão que deve ser resolvida pela via diplomática", disse Mário Saldanha.
http://economico.sapo.pt/noticias/selec ... 58883.html
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
...
Relações tensas com Angola
02 Dezembro 2012, 23:30 por Luís Todo Bom |
in Jornal de Negócios
Se Angola suspendesse as relações económicas, financeiras e empresariais com Portugal, o efeito em termos económico-sociais para este país, seria catastrófico.
Nas últimas semanas tem-se vindo a agudizar a tensão nas relações entre Portugal e Angola, com uma agressividade crescente na linguagem utilizada em vários artigos, na comunicação social portuguesa e angolana.
Analisemos a dimensão da relação empresarial e económica entre os dois países e as eventuais consequências desta situação.
Angola tem, neste momento de crise, uma influência relevante em todas as variáveis macroeconómicas portuguesas:
• Contribui para o equilíbrio da balança comercial face ao saldo positivo entre exportações e importações;
• Garante o fornecimento de petróleo ao país, fluxo maioritário das importações;
• Melhora a Balança de pagamentos, por força do investimento directo, das transferências dos portugueses de Angola, dos angolanos com família em Portugal e das remessas de dividendos das empresas portuguesas;
• Minimiza o efeito do desemprego, com cerca de 150.000 empregos directos e um volume semelhante de empregos indirectos;
• É garante de financiamento substancial dos Bancos Portugueses a empresas portuguesas, cujos resultados de exploração provém da actividade em Angola e da própria solvabilidade de alguns bancos;
• Contribui para o consumo privado, que tem impedido uma maior quebra do PIB, através dos angolanos que visitam ou vivem em Portugal;
• Assegura a viabilidade de instituições e empresas portuguesas que prestam serviços a cidadãos ou empresas angolanas no domínio do ensino, saúde, profissões liberais, ...
Se Angola suspendesse as relações económicas, financeiras e empresariais com Portugal, o efeito em termos económico-sociais para este país, seria catastrófico.
O agravamento da tensão nas relações entre os dois países poderá conduzir a:
• Desvio do fluxo de importações e aumento das protecções aduaneiras;
• Dificuldades na concessão de vistos de trabalho e de adjudicações a empresas portuguesas;
• Desvio do consumo privado e da aquisição de serviços profissionais, nomeadamente para o Brasil;
• Alteração da relação privilegiada com o sistema bancário português.
Esta escalada de violência verbal e escrita por parte de algumas elites portuguesas é, para mim, incompreensível. Sobretudo porque não vem da área política do "quanto pior, melhor" e surge após um processo eleitoral transparente que legitimou todos os órgãos de soberania de Angola.
Portugal ainda beneficia da janela de oportunidade que advém do facto de o Brasil, se encontrar numa fase de crescimento intenso, ocupando integralmente as suas empresas. Mas esta janela encerrar-se-á em breve, após a conclusão dos actuais investimentos públicos.
As empresas e as entidades espanholas, estão a intensificar as relações económicas, políticas e empresariais com Angola. A Catalunha criou, já, um gabinete de apoio para esse efeito.
O caminho parece pois traçado. E não se afigura promissor para Portugal, que vai perdendo oportunidades e capacidade de afirmação nos mercados externos.
E é pena, porque não tinha de ser assim.
Professor Associado Convidado do ISCTE
Assina esta coluna mensalmenteà segunda-feira
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/ ... ngola.html
Relações tensas com Angola
02 Dezembro 2012, 23:30 por Luís Todo Bom |
in Jornal de Negócios
Se Angola suspendesse as relações económicas, financeiras e empresariais com Portugal, o efeito em termos económico-sociais para este país, seria catastrófico.
Nas últimas semanas tem-se vindo a agudizar a tensão nas relações entre Portugal e Angola, com uma agressividade crescente na linguagem utilizada em vários artigos, na comunicação social portuguesa e angolana.
Analisemos a dimensão da relação empresarial e económica entre os dois países e as eventuais consequências desta situação.
Angola tem, neste momento de crise, uma influência relevante em todas as variáveis macroeconómicas portuguesas:
• Contribui para o equilíbrio da balança comercial face ao saldo positivo entre exportações e importações;
• Garante o fornecimento de petróleo ao país, fluxo maioritário das importações;
• Melhora a Balança de pagamentos, por força do investimento directo, das transferências dos portugueses de Angola, dos angolanos com família em Portugal e das remessas de dividendos das empresas portuguesas;
• Minimiza o efeito do desemprego, com cerca de 150.000 empregos directos e um volume semelhante de empregos indirectos;
• É garante de financiamento substancial dos Bancos Portugueses a empresas portuguesas, cujos resultados de exploração provém da actividade em Angola e da própria solvabilidade de alguns bancos;
• Contribui para o consumo privado, que tem impedido uma maior quebra do PIB, através dos angolanos que visitam ou vivem em Portugal;
• Assegura a viabilidade de instituições e empresas portuguesas que prestam serviços a cidadãos ou empresas angolanas no domínio do ensino, saúde, profissões liberais, ...
Se Angola suspendesse as relações económicas, financeiras e empresariais com Portugal, o efeito em termos económico-sociais para este país, seria catastrófico.
O agravamento da tensão nas relações entre os dois países poderá conduzir a:
• Desvio do fluxo de importações e aumento das protecções aduaneiras;
• Dificuldades na concessão de vistos de trabalho e de adjudicações a empresas portuguesas;
• Desvio do consumo privado e da aquisição de serviços profissionais, nomeadamente para o Brasil;
• Alteração da relação privilegiada com o sistema bancário português.
Esta escalada de violência verbal e escrita por parte de algumas elites portuguesas é, para mim, incompreensível. Sobretudo porque não vem da área política do "quanto pior, melhor" e surge após um processo eleitoral transparente que legitimou todos os órgãos de soberania de Angola.
Portugal ainda beneficia da janela de oportunidade que advém do facto de o Brasil, se encontrar numa fase de crescimento intenso, ocupando integralmente as suas empresas. Mas esta janela encerrar-se-á em breve, após a conclusão dos actuais investimentos públicos.
As empresas e as entidades espanholas, estão a intensificar as relações económicas, políticas e empresariais com Angola. A Catalunha criou, já, um gabinete de apoio para esse efeito.
O caminho parece pois traçado. E não se afigura promissor para Portugal, que vai perdendo oportunidades e capacidade de afirmação nos mercados externos.
E é pena, porque não tinha de ser assim.
Professor Associado Convidado do ISCTE
Assina esta coluna mensalmenteà segunda-feira
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/ ... ngola.html
Mas os movimentos terroristas que falas, nunca chegaram ao poder, e o MPLA é poder desde 1975, tendo ganho as primeiras eleições "livres" em 1992. Mais, o Eduardo dos Santos é o seu dirigente desde desde o início dos anos 60, tendo sido ministro em 1975 e presidente em 1979.
Apesar de não conhecer a realidade actual de Angola, parece-me estranho a riqueza esteja concentrada nos politicos e militares do MPLA.
Durante o Estado Novo, que durou quase 50 anos, o poder era legitimamente eleito, e havia democracia? Como é em muitos países, que não são democráticos.
Mas volto a dizer que não conheço a realidade actual Angola.
Pedro
Apesar de não conhecer a realidade actual de Angola, parece-me estranho a riqueza esteja concentrada nos politicos e militares do MPLA.
Durante o Estado Novo, que durou quase 50 anos, o poder era legitimamente eleito, e havia democracia? Como é em muitos países, que não são democráticos.
Mas volto a dizer que não conheço a realidade actual Angola.
Pedro
pmpcpinto Escreveu:Mas o Belmiro de Azevedo não é, ou vai ser, sócio da Isabel dos Santos em Angola, o Balsemão não é sócio da Finicapital, que tem ligações ao Banco Atlântico, em parte detido pela Sonangol?
Se a UNITA era um bando terrorista, o MPLA também o era, pois as primeiras eleições supostamente livres dão-se em 1992. Mais, o MPLA tem na sua história um dos maiores massacres efectuados em Angola, durante a purga de 1977.
Quando à obra do Rafael Marques não a conheço, o pouco que conheço é através de algumas presenças no Jornal das 9 da SIC Notícias.
Pedro
Os negócios são públicos.
Conheces a história existem páginas negras que muitos países gostariam de poder apagar, tal não é possível.
Não se pode comparar um governo legítimo reconhecido pelas instâncias internacionais por um partido politico armado, seria o mesmo que comparar os movimentos terroristas que existiram na Europa nos anos 70 com os governos desses países.
A Woman is the most valuable asset a man will ever own, it's only a shame that some of us only realise that when she is gone..
Mas o Belmiro de Azevedo não é, ou vai ser, sócio da Isabel dos Santos em Angola, o Balsemão não é sócio da Finicapital, que tem ligações ao Banco Atlântico, em parte detido pela Sonangol?
Se a UNITA era um bando terrorista, o MPLA também o era, pois as primeiras eleições supostamente livres dão-se em 1992. Mais, o MPLA tem na sua história um dos maiores massacres efectuados em Angola, durante a purga de 1977.
Quando à obra do Rafael Marques não a conheço, o pouco que conheço é através de algumas presenças no Jornal das 9 da SIC Notícias.
Pedro
Se a UNITA era um bando terrorista, o MPLA também o era, pois as primeiras eleições supostamente livres dão-se em 1992. Mais, o MPLA tem na sua história um dos maiores massacres efectuados em Angola, durante a purga de 1977.
Quando à obra do Rafael Marques não a conheço, o pouco que conheço é através de algumas presenças no Jornal das 9 da SIC Notícias.
Pedro
Penso ser esta a notícia que originou o editorial do Jornal de Angola.
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/11 ... -angolanos
É para mim incompreensível o motivo pelo qual se dá tanto "tempo de antena" em Portugal a uma pessoa como Rafael Marques, jornalista mediano, que vive fora de Angola, viaja constantemente entre várias capitais mundiais.
Quais os interesses que o movem?
Os nomeados no editorial. Belmiro de Azevedo "Público", Pinto Balsemão "Expresso e Sic" e Mário Soares, sempre apoiaram Savimbi e o seu grupo terrorista.
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/11 ... -angolanos
É para mim incompreensível o motivo pelo qual se dá tanto "tempo de antena" em Portugal a uma pessoa como Rafael Marques, jornalista mediano, que vive fora de Angola, viaja constantemente entre várias capitais mundiais.
Quais os interesses que o movem?
Os nomeados no editorial. Belmiro de Azevedo "Público", Pinto Balsemão "Expresso e Sic" e Mário Soares, sempre apoiaram Savimbi e o seu grupo terrorista.
A Woman is the most valuable asset a man will ever own, it's only a shame that some of us only realise that when she is gone..
PMACS Escreveu:Figueira, penso que estás em Angola.Qual é o sentimento que se vive aí em relação aos Portugueses?
Aquilo que leio nos jornais online e nos respectivos comentários dos leitores, é de um racismo extremo!
Existe racismo em Angola assim como existe infelizmente em toda a parte incluindo Portugal.
Quem fala em "rascismo extremo" só pode ser por má fé ou por não ter conhecimento de causa.
O relacionamento dos dois povos é de respeito e amigável.
Quanto ao número de militares cubanos, embora não se saiba o nº exacto várias fontes apontam para um máximo de 52.000 e foram os militares cubanos que garantiram a independência de Angola assim como também tiveram influência na independência na Namíbia e no fim do aparthaide na Africa do Sul.
http://es.wikipedia.org/wiki/Operaci%C3%B3n_Carlota
A Woman is the most valuable asset a man will ever own, it's only a shame that some of us only realise that when she is gone..
o pmpcpinto não anda muito longe da verdade. O que ele escreve são factos. Posso testemunhar na 1ª pessoa que o relato corresponde àquilo que se passou no terreno. Se me perguntam o porquê do rumo seguido? Isto já pode levar a uma grande especulação (geoestratégia, ambição, inabilidade, imcompetencia). O que me parece é que ficamos todos a perder, angolanos e portugueses, mas alguém ganhou, disso parece que não restam dúvidas.
viva a vida k vai passar mt tempo morto
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rg7803 Escreveu:pmpcpinto Escreveu:Convém esclarecer o seguinte:
- A FNLA não tinha praticamente expressão, a UNITA tinha grande expressão em todo leste de Angola e o MPLA, apenas controlava algumas cidades;
- O MPLA era maioritariamente constituído pela elite intelectual angolana, nomeadamente brancos e mulatos, não tendo grande expressão militar devido ao desgaste da luta contra os portugueses, UNITA e Sul Africanos;
- O poder foi entregue em 1975 ao MPLA, pelo PCP via Almirante Rosa Coutinho, conhecido pelo "Almirante Vermelho";
- O Almirante Rosa Coutinho forneceu os homens necessários para o MPLA conseguir cumprir com os meios militares estabelecidos nos acordos de Alvor;
- O MPLA pediu a Cuba o envio de militares, para poder sustentar o seu esforço de guerra contra a UNITA e África do Sul, chegando Cuba a ter 450.000 homens a combater em Angola e sendo essa mesma guerra comandada por Fidel, desde Cuba;
- Em 1975, antes da independência, os Sul Africanos estiveram às portas de Luanda "Operação Savannah", tendo recuado por razões politicas;
- As primeiras eleições "democráticas" dão-se em setembro de 1992, ou seja 17 anos após da independência;
- Nessas eleições a UNITA este perto de as vencer, tendo-as perdido devido aos discursos inflamados de Jonas Savimbi e da promessa de voltar à guerra, situação que fez com que muito angolanos, cansados da guerra civil, mudassem o seu sentido de voto.
Pessoalmente, acho que em 1974, Portugal devia ter consultado o povo angolano sobre o que pretendiam para Angola.
Pedro
450.000 homens !? não haverá aí um "0" a mais?
Sim, era o número de efectivos militares cubanos em Angola, na altura do início da retirada, acordada entre a África do Sul e Cuba no Cairo.
Penso que hoje em dia ninguém sabe ao certo quantos cubanos morreram em Angola, já ouvi falar em dezenas de milhares.
Uma das maiores batalhas travadas por Cuba em Angola foi a Batalha de Cuito Cuanavale.
Na operação Savannah, houve umas das batalhas mais ferozes travadas pelos cubanos em Angola (Batalha da Ponte 14), mas há pouco escrito sobre ela, principalmente em Português.
Pedro
Figueiraa1 Escreveu:http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Independ%C3%AAncia_de_Angola
Figueira, penso que estás em Angola.Qual é o sentimento que se vive aí em relação aos Portugueses?
Aquilo que leio nos jornais online e nos respectivos comentários dos leitores, é de um racismo extremo!
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
pmpcpinto Escreveu:Convém esclarecer o seguinte:
- A FNLA não tinha praticamente expressão, a UNITA tinha grande expressão em todo leste de Angola e o MPLA, apenas controlava algumas cidades;
- O MPLA era maioritariamente constituído pela elite intelectual angolana, nomeadamente brancos e mulatos, não tendo grande expressão militar devido ao desgaste da luta contra os portugueses, UNITA e Sul Africanos;
- O poder foi entregue em 1975 ao MPLA, pelo PCP via Almirante Rosa Coutinho, conhecido pelo "Almirante Vermelho";
- O Almirante Rosa Coutinho forneceu os homens necessários para o MPLA conseguir cumprir com os meios militares estabelecidos nos acordos de Alvor;
- O MPLA pediu a Cuba o envio de militares, para poder sustentar o seu esforço de guerra contra a UNITA e África do Sul, chegando Cuba a ter 450.000 homens a combater em Angola e sendo essa mesma guerra comandada por Fidel, desde Cuba;
- Em 1975, antes da independência, os Sul Africanos estiveram às portas de Luanda "Operação Savannah", tendo recuado por razões politicas;
- As primeiras eleições "democráticas" dão-se em setembro de 1992, ou seja 17 anos após da independência;
- Nessas eleições a UNITA este perto de as vencer, tendo-as perdido devido aos discursos inflamados de Jonas Savimbi e da promessa de voltar à guerra, situação que fez com que muito angolanos, cansados da guerra civil, mudassem o seu sentido de voto.
Pessoalmente, acho que em 1974, Portugal devia ter consultado o povo angolano sobre o que pretendiam para Angola.
Pedro
450.000 homens !? não haverá aí um "0" a mais?
“Buy high, sell higher...”.
Convém esclarecer o seguinte:
- A FNLA não tinha praticamente expressão, a UNITA tinha grande expressão em todo leste de Angola e o MPLA, apenas controlava algumas cidades;
- O MPLA era maioritariamente constituído pela elite intelectual angolana, nomeadamente brancos e mulatos, não tendo grande expressão militar devido ao desgaste da luta contra os portugueses, UNITA e Sul Africanos;
- O poder foi entregue em 1975 ao MPLA, pelo PCP via Almirante Rosa Coutinho, conhecido pelo "Almirante Vermelho";
- O Almirante Rosa Coutinho forneceu os homens necessários para o MPLA conseguir cumprir com os meios militares estabelecidos nos acordos de Alvor;
- O MPLA pediu a Cuba o envio de militares, para poder sustentar o seu esforço de guerra contra a UNITA e África do Sul, chegando Cuba a ter 450.000 homens a combater em Angola e sendo essa mesma guerra comandada por Fidel, desde Cuba;
- Em 1975, antes da independência, os Sul Africanos estiveram às portas de Luanda "Operação Savannah", tendo recuado por razões politicas;
- As primeiras eleições "democráticas" dão-se em setembro de 1992, ou seja 17 anos após da independência;
- Nessas eleições a UNITA este perto de as vencer, tendo-as perdido devido aos discursos inflamados de Jonas Savimbi e da promessa de voltar à guerra, situação que fez com que muito angolanos, cansados da guerra civil, mudassem o seu sentido de voto.
Pessoalmente, acho que em 1974, Portugal devia ter consultado o povo angolano sobre o que pretendiam para Angola.
Pedro
- A FNLA não tinha praticamente expressão, a UNITA tinha grande expressão em todo leste de Angola e o MPLA, apenas controlava algumas cidades;
- O MPLA era maioritariamente constituído pela elite intelectual angolana, nomeadamente brancos e mulatos, não tendo grande expressão militar devido ao desgaste da luta contra os portugueses, UNITA e Sul Africanos;
- O poder foi entregue em 1975 ao MPLA, pelo PCP via Almirante Rosa Coutinho, conhecido pelo "Almirante Vermelho";
- O Almirante Rosa Coutinho forneceu os homens necessários para o MPLA conseguir cumprir com os meios militares estabelecidos nos acordos de Alvor;
- O MPLA pediu a Cuba o envio de militares, para poder sustentar o seu esforço de guerra contra a UNITA e África do Sul, chegando Cuba a ter 450.000 homens a combater em Angola e sendo essa mesma guerra comandada por Fidel, desde Cuba;
- Em 1975, antes da independência, os Sul Africanos estiveram às portas de Luanda "Operação Savannah", tendo recuado por razões politicas;
- As primeiras eleições "democráticas" dão-se em setembro de 1992, ou seja 17 anos após da independência;
- Nessas eleições a UNITA este perto de as vencer, tendo-as perdido devido aos discursos inflamados de Jonas Savimbi e da promessa de voltar à guerra, situação que fez com que muito angolanos, cansados da guerra civil, mudassem o seu sentido de voto.
Pessoalmente, acho que em 1974, Portugal devia ter consultado o povo angolano sobre o que pretendiam para Angola.
Pedro
Acho quem está a fazer grandes pressões para que os angolanos , não tenham grande importância e interesses em Portugal , são os alemães , e já o disseram .
Pode ter haver com a teoria do Jotabilo , do eixo atlantico , e eixo franco alemão .
O grande erro estratégico que Portugal fez , foi ter perdido o controle da descolonização ,e da sua influência em África, etc, etc.
Mas a culpa está nos capitães de Abril que não quiseram combater , quiseram ser politicos , e só fizeram asneiras, e agora vão para manifestações para reclamarem direitos... Agora é tarde , já não podem fazer revoluções , porque não há dinheiro.
Em 1974 fizeram 25 Abril , porque Portugal tinha a menor divida externa de sempre , havia dinheiro para gastar , agora somos pedintes ...
Pode ter haver com a teoria do Jotabilo , do eixo atlantico , e eixo franco alemão .
O grande erro estratégico que Portugal fez , foi ter perdido o controle da descolonização ,e da sua influência em África, etc, etc.
Mas a culpa está nos capitães de Abril que não quiseram combater , quiseram ser politicos , e só fizeram asneiras, e agora vão para manifestações para reclamarem direitos... Agora é tarde , já não podem fazer revoluções , porque não há dinheiro.
Em 1974 fizeram 25 Abril , porque Portugal tinha a menor divida externa de sempre , havia dinheiro para gastar , agora somos pedintes ...
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[off topic] - Jogos Perigosos (relações Portugal/Angola)
in Jornal de Angola
http://jornaldeangola.sapo.ao/19/42/jogos_perigosos
Jogos perigosos
Camões, faminto de tudo, até de pão, na hora da partida desta vida, descontente, ainda foi capaz de um último grito de amor. Morreu sem nada, mas com a sua ditosa e amada pátria no coração. Ele que sofreu as agruras do exílio e foi emigrante nas sete partidas, escorraçado pelos que se enfeitavam com a glória de mandar e a vã cobiça, morreu no seu país.
O mais universal dos poetas de língua portuguesa deixou-nos uma obra que é o orgulho de todos os que falam a doce e bem-amada língua de Camões. Mas também deixou, seguramente por querer, a marca das elites nacionais que o desprezaram e atiraram para a mais humilhante pobreza. O seu poema épico acaba com a palavra Inveja. Desde então, mais do que uma palavra, esse é o estado de espírito das elites portuguesas que não são capazes de compreender a grandeza do seu povo e muito menos a dimensão da sua História.
Nós em Angola aprendemos, desde sempre, o que quer dizer a palavra que fecha o poema épico, com chave de chumbo sobre a masmorra que guarda ciosamente a baixeza humana. A inveja moveu os primeiros portugueses que chegaram à foz do Rio Zaire e encontraram gente feliz, em comunhão com a natureza. Seres humanos que apenas se moviam para honrar a sua dimensão humana e nunca atrás de riquezas e honrarias.
A inveja fez mover os invasores estrangeiros nesta imensa terra angolana. Inveja foi o combustível que alimentou os beneficiários da guerra colonial. Inveja foi o estado de alma de Mário Soares quando entrou na reunião do Conselho da Revolução, que discutia o reconhecimento do novo país chamado Angola, na madrugada de 10 para 11 de Novembro de 1975. Roído de inveja e de cabeça perdida porque a CIA não conseguiu fazer com êxito o seu trabalho sujo contra Angola, disse aos conselheiros, Capitães de Abril: não vale a pena reconhecerem o regime de Agostinho Neto porque Holden Roberto e as suas tropas já entraram em Luanda. Uma mentira ditada pela inveja e a vã cobiça.
A inveja alimentou em Portugal o ódio contra Angola todos estes anos de Independência Nacional. E já lá vão 37! Os invejosos e ingratos para com quem os quer ajudar estão gastos de tanto odiar. Que o diga a chanceler Ângela Merkel, que ajudou a salvar Portugal da bancarrota, mas é todos os dias insultada. Recusam aceitar que foram derrotados depois de alimentarem décadas de rebelião em Angola, de braço dado com as forças do “apartheid” de uma África do Sul zelosa guardiã da humilhação de África.
As elites políticas portuguesas odeiam Angola e são a inveja em figura de gente. Vivem rodeadas de matilhas que atacam cegamente os políticos angolanos democraticamente eleitos, com maiorias qualificadas. Esse banditismo político tem banca em jornais que são referência apenas por fazerem manchetes de notícias falsas ou simplesmente inventadas. E Mário Soares, Pinto Balsemão, Belmiro de Azevedo e outros amplificam o palavreado criminoso de um qualquer Rafael Marques, herdeiro do estilo de Savimbi.
Os angolanos estão em festa pela Independência Nacional. Em Portugal, a nova Procuradora-Geral da República foi a Belém onde deve ter explicado a Cavaco Silva as informações que no mesmo dia saíram na SIC Notícias e no “Expresso”, jornal oficial do PSD, que fizeram manchetes insultuosas e difamatórias visando o Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, que acaba de ser eleito com mais de 72 por cento dos votos dos angolanos. Militares angolanos com o estatuto de Heróis Nacionais e ministros democraticamente eleitos foram igualmente vítimas da inveja e do ódio do banditismo político que impera em Portugal, neste 11 de Novembro, o Dia da Independência Nacional. A PGR portuguesa é amplamente citada como a fonte da notícia. A campanha contra Angola partiu do poder ao mais alto nível. Mas como a PGR até agora ficou calada, consente o crime. As relações entre Angola e Portugal são prejudicadas quando se age com tamanha deslealdade. A cooperação é torpedeada quando um ramo mafioso da Maçonaria em Portugal, que amamentou Savimbi e acalenta o lixo político que existe entre nós, hoje determina publicamente o sentido das nossas relações, destilando ódio e inveja contra os angolanos de bem. Da boca para fora, são sempre amigos de Angola e dos angolanos, da Alemanha e dos alemães. Enchem os bornais de dinheiro, à custa de Angola, comem à custa da Alemanha. Sobrevivem à miséria, usando como último refúgio a antiga “jóia da coroa”, feliz expressão do capitão de Abril Pezarat Correia. Mas na hora da verdade, conspiram e ofendem angolanos e alemães, usando a sua máquina mediática.
“De sorte que Alexandre em nós se veja,/ sem à dita de Aquiles ter inveja.” Estes são os dois últimos versos de Camões no seu poema épico. Os restos do império, que estrebucham na miséria moral, na corrupção e no embuste, deviam render-se à evidência. Angola não é um joguete! Nós somos Aquiles! Tão grandes e vulneráveis como ele. Mas não tenham Inveja do nosso êxito, porque fazemos tudo para merecê-lo.
http://jornaldeangola.sapo.ao/19/42/jogos_perigosos
Jogos perigosos

Camões, faminto de tudo, até de pão, na hora da partida desta vida, descontente, ainda foi capaz de um último grito de amor. Morreu sem nada, mas com a sua ditosa e amada pátria no coração. Ele que sofreu as agruras do exílio e foi emigrante nas sete partidas, escorraçado pelos que se enfeitavam com a glória de mandar e a vã cobiça, morreu no seu país.
O mais universal dos poetas de língua portuguesa deixou-nos uma obra que é o orgulho de todos os que falam a doce e bem-amada língua de Camões. Mas também deixou, seguramente por querer, a marca das elites nacionais que o desprezaram e atiraram para a mais humilhante pobreza. O seu poema épico acaba com a palavra Inveja. Desde então, mais do que uma palavra, esse é o estado de espírito das elites portuguesas que não são capazes de compreender a grandeza do seu povo e muito menos a dimensão da sua História.
Nós em Angola aprendemos, desde sempre, o que quer dizer a palavra que fecha o poema épico, com chave de chumbo sobre a masmorra que guarda ciosamente a baixeza humana. A inveja moveu os primeiros portugueses que chegaram à foz do Rio Zaire e encontraram gente feliz, em comunhão com a natureza. Seres humanos que apenas se moviam para honrar a sua dimensão humana e nunca atrás de riquezas e honrarias.
A inveja fez mover os invasores estrangeiros nesta imensa terra angolana. Inveja foi o combustível que alimentou os beneficiários da guerra colonial. Inveja foi o estado de alma de Mário Soares quando entrou na reunião do Conselho da Revolução, que discutia o reconhecimento do novo país chamado Angola, na madrugada de 10 para 11 de Novembro de 1975. Roído de inveja e de cabeça perdida porque a CIA não conseguiu fazer com êxito o seu trabalho sujo contra Angola, disse aos conselheiros, Capitães de Abril: não vale a pena reconhecerem o regime de Agostinho Neto porque Holden Roberto e as suas tropas já entraram em Luanda. Uma mentira ditada pela inveja e a vã cobiça.
A inveja alimentou em Portugal o ódio contra Angola todos estes anos de Independência Nacional. E já lá vão 37! Os invejosos e ingratos para com quem os quer ajudar estão gastos de tanto odiar. Que o diga a chanceler Ângela Merkel, que ajudou a salvar Portugal da bancarrota, mas é todos os dias insultada. Recusam aceitar que foram derrotados depois de alimentarem décadas de rebelião em Angola, de braço dado com as forças do “apartheid” de uma África do Sul zelosa guardiã da humilhação de África.
As elites políticas portuguesas odeiam Angola e são a inveja em figura de gente. Vivem rodeadas de matilhas que atacam cegamente os políticos angolanos democraticamente eleitos, com maiorias qualificadas. Esse banditismo político tem banca em jornais que são referência apenas por fazerem manchetes de notícias falsas ou simplesmente inventadas. E Mário Soares, Pinto Balsemão, Belmiro de Azevedo e outros amplificam o palavreado criminoso de um qualquer Rafael Marques, herdeiro do estilo de Savimbi.
Os angolanos estão em festa pela Independência Nacional. Em Portugal, a nova Procuradora-Geral da República foi a Belém onde deve ter explicado a Cavaco Silva as informações que no mesmo dia saíram na SIC Notícias e no “Expresso”, jornal oficial do PSD, que fizeram manchetes insultuosas e difamatórias visando o Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, que acaba de ser eleito com mais de 72 por cento dos votos dos angolanos. Militares angolanos com o estatuto de Heróis Nacionais e ministros democraticamente eleitos foram igualmente vítimas da inveja e do ódio do banditismo político que impera em Portugal, neste 11 de Novembro, o Dia da Independência Nacional. A PGR portuguesa é amplamente citada como a fonte da notícia. A campanha contra Angola partiu do poder ao mais alto nível. Mas como a PGR até agora ficou calada, consente o crime. As relações entre Angola e Portugal são prejudicadas quando se age com tamanha deslealdade. A cooperação é torpedeada quando um ramo mafioso da Maçonaria em Portugal, que amamentou Savimbi e acalenta o lixo político que existe entre nós, hoje determina publicamente o sentido das nossas relações, destilando ódio e inveja contra os angolanos de bem. Da boca para fora, são sempre amigos de Angola e dos angolanos, da Alemanha e dos alemães. Enchem os bornais de dinheiro, à custa de Angola, comem à custa da Alemanha. Sobrevivem à miséria, usando como último refúgio a antiga “jóia da coroa”, feliz expressão do capitão de Abril Pezarat Correia. Mas na hora da verdade, conspiram e ofendem angolanos e alemães, usando a sua máquina mediática.
“De sorte que Alexandre em nós se veja,/ sem à dita de Aquiles ter inveja.” Estes são os dois últimos versos de Camões no seu poema épico. Os restos do império, que estrebucham na miséria moral, na corrupção e no embuste, deviam render-se à evidência. Angola não é um joguete! Nós somos Aquiles! Tão grandes e vulneráveis como ele. Mas não tenham Inveja do nosso êxito, porque fazemos tudo para merecê-lo.
Editado pela última vez por Cardos em 4/12/2012 1:04, num total de 2 vezes.
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