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Caldeirão da Bolsa

Tarifa Bi-horária da EDP vai acabar

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por 654235 » 12/11/2012 13:21

Segui esse link da ferramenta da Deco e coloquei a hora e data do contador que aparece no site da Deco + o código do local da factura e o meu a diferença é zero.

Estou a fazer bem ?
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por Automech » 12/11/2012 10:23

Eu também fui reembolsado em 17 euros, sem ter feito nada, tal como relata o Tonirai. Nunca dei por qualquer erro na hora do contador. Só ouvi falar do problema noutro tópico
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por tonirai » 12/11/2012 9:11

Luxor Escreveu:Pelo que entendi, foi a EDP que descobriu o erro. Não houve qq reclamação tua ?

Não, não reclamei de nada.
Nessa altura (penso que há cerca de 1 ano), houve uma vaga de reclamações sobre desacertos de relógios... na net, redes sociais, tv, em todos os telejornais, etc (foi também falado aqui);

Nesse seguimento, a EDP anunciou que iria rever todos os contadores nacionais, verificar se havia desvios que prejudicassem os clientes, e agir em conformidade (corrigir desacerto e ressarcir os clientes) - foi o que me aconteceu pouco depois.
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por 654235 » 11/11/2012 23:35

tonirai Escreveu:
Luxor Escreveu:mas esta historia dos contadores, temos de ser nós a verficar se estao realmente errados e fazer a reclamação, ou a EDP é que vai descobrir os que estão errados ?

No meu caso não actualizava a hora verão/inverno (por isso tinha 1h de diferença nessas alturas), mas eu tinha consciência disso, por isso adaptava os meus maiores consumos (máquina lavar roupa, cilindro, etc);

Entretanto passou a actualizar direitinho.
Mais tarde apareceram as notícias de contadores errados e pessoas prejudicadas - depois disso (há meses) recebi uma carta a dizer que me iam ressarcir de 12€, e já há umas semanas outra carta a confirmar a transferência desse valor para a minha conta (já efectuada).

Não tive de fazer rigorosamente nada.


Pelo que entendi, foi a EDP que descobriu o erro. Não houve qq reclamação tua ?
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por tonirai » 11/11/2012 22:03

Luxor Escreveu:mas esta historia dos contadores, temos de ser nós a verficar se estao realmente errados e fazer a reclamação, ou a EDP é que vai descobrir os que estão errados ?

No meu caso não actualizava a hora verão/inverno (por isso tinha 1h de diferença nessas alturas), mas eu tinha consciência disso, por isso adaptava os meus maiores consumos (máquina lavar roupa, cilindro, etc);

Entretanto passou a actualizar direitinho.
Mais tarde apareceram as notícias de contadores errados e pessoas prejudicadas - depois disso (há meses) recebi uma carta a dizer que me iam ressarcir de 12€, e já há umas semanas outra carta a confirmar a transferência desse valor para a minha conta (já efectuada).

Não tive de fazer rigorosamente nada.
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por mais_um » 11/11/2012 16:48

No meu caso o "erro" beneficia-me, o contador está adiantado uma hora.
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por STRESSZERO » 11/11/2012 16:32

Reparei agora nesta situação e neste momento são 15:30 e o contador está coma a hora de 15:10. Mais um daqueles erros típicos que acontecem em Portugal por acaso...
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por 654235 » 11/11/2012 16:19

Obrigado, qd tiver tempo vou ver o contador e colocar nesse simulador
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por mcarvalho » 11/11/2012 13:16

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por 654235 » 11/11/2012 12:16

mcarvalho Escreveu:http://expresso.sapo.pt/desacertos-poderao-custar-mais-de-12-milhoes-a-edp=f765392

Desacertos poderão custar mais de 12 milhões à EDP
Estudo da Deco conclui que, afinal, serão mais de 300 mil os contadores com o relógio desacertado. Em junho a EDP já se tinha disposto a compensar mais de 100 mil clientes a quem iria pagar quatro milhões de euros.

Carlos Abreu (www.expresso.pt)


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/desacertos-pode ... z2Bdg7wmOX


mas esta historia dos contadores, temos de ser nós a verficar se estao realmente errados e fazer a reclamação, ou a EDP é que vai descobrir os que estão errados ?
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por mcarvalho » 11/11/2012 11:46

Three Gorges O futuro construído sobre um pântano
Por Paulo Moura

Chongqing




Hoje é evidente que as consequências da grande barragem Three Gorges, a nova accionista da EDP, estão fora de controlo. Os ecossistemas da região foram destruídos, por todo o lado, há desabamentos de terras, sismos e inundações

capa do Jornal Publico de hoje
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por mcarvalho » 8/11/2012 14:51

http://expresso.sapo.pt/desacertos-pode ... dp=f765392

Desacertos poderão custar mais de 12 milhões à EDP
Estudo da Deco conclui que, afinal, serão mais de 300 mil os contadores com o relógio desacertado. Em junho a EDP já se tinha disposto a compensar mais de 100 mil clientes a quem iria pagar quatro milhões de euros.

Carlos Abreu (www.expresso.pt)


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/desacertos-pode ... z2Bdg7wmOX
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por mcarvalho » 8/11/2012 14:49

http://www.dn.pt/inicio/economia/interi ... id=2873432


Quase metade dos contadores de luz tem hora errada
por Lusa, publicado por Luís Manuel CabralHoje


EDP admite que 12% dos contadores bi-horários apresentam anomalias, mas um estudo da DECO estima que esse número chegue aos 43%.

A Deco afirma que quase metade dos contadores bi-horários de eletricidade instalados em Portugal continental apresenta a hora errada, o que se reflete nas faturas.
"O cenário é mais grave do que a EDP admitiu. A nossa análise no continente prova que, em cada 10 contadores multitarifa, mais de quatro tinham o relógio desacertado. Nos Açores e na Madeir
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por mcarvalho » 2/11/2012 0:19

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por mcarvalho » 29/10/2012 22:58

http://www.linhadotua.net/3w/index.php


aqui têm milhares de argumentos reunidos ao longo anos..como muitos amigos , mais atentos do caldeiraão , sabem

ah e vejam o resultado de algumas politicas e politicos que se preocupam com o que fazem.. : defender o interesse publico.. para defender os privados estão os outros..

leiam a noticia do publico que o Elias publicou em
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &start=125


sobre a eolicas

................

se não tem pais ricos .. nem lhe saiu a lotaria... ah!. onde foi?
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por richardj » 29/10/2012 15:33

o que eu queria era que tu me apresentasses argumentos contra, e não o que acabaste de escrever.
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por mcarvalho » 29/10/2012 15:25

richardj Escreveu:
mcarvalho Escreveu:também concordo.. é uma pena aquela água toda na foz do tejo a ir para o mar.. uma barragem aí ,com 1000 metros de altura, era o ideal..

assim como as ventoinhas na serra de Sintra.. a


A energia era produzida próxima do maior consumidor final.. com poucas perdas.

evitavam-se as cheias do Tejo e acabava-se de vez com problema do interior..

Agora a sério .. eu não sou contra as barragens .. sou contra algumas em que está mais que pronado que os prejuizos para o país (nós todos ) são muito superiores aos benef´cios que são só para .. os mesmos..

As auto estradas também eram importantes , assim como a Expo, assim como os estádios , assim como o maior chouriço do mundo ou a maior feijoada.. e agora ? ainda pensam da mesma maneira?


mcarvalho não sabes do que estas a falar. Não se constrói barragens como quem constrói edifícios. Nem todos os sítios dão. Fazer uma barragem num sitio por 100 Milhões pode permitir a mesma produção de energia, a mesma quantidade de agua armazenada que noutra zona por 150 Milhões.

quanto às cheias, fora os problemas dos solos, até te dou um exemplo. No douro, antes de construírem as barragens, os barcos que vinham da zona das vinhas para o porto partiam-se com muita frequência. Era muito difícil navegar no rio e morreu muita gente ao longo dos anos nesse processo. Hoje, não só esse transporte da vinha é muito mais fácil, seguro (e com carregamentos maiores) como até permite que paquetes levem os turistas a subir o rio e ver as belas paisagens do douro. E olha, não lhes vão mostrar as barragens.

quanto ao prejuízos serem maiores que os benefícios, mostra lá os estudos que mostram que as perdas em termos ambientais ou culturais são superiores aos benefícios sociais e económicos. claro que existem aldeias que se calha ficam a perder, mas um projecto deste é feito e pensado à escala nacional, não da freguesia. Claro que existem governantes que aceitam panhar balurdios para produzir ventoinhas em tudo quanto é sitio da câmara do partido.

O que te posso dizer é o mesmo que me disseram os meus professores. Nos países mais pobres, como em muitos países africanos, quando se faz um projecto de barragem, nem se pensa no impacto ambiental, porque são sempre custos acrescidos e não tem dinheiro. Nos países mais ricos, como os nórdicos e a Alemanha se faz uma barragem, tem-se em conta os impacto ambientais com elevada componente. Em portugal, enquanto houve dinheiro, teve-se em conta os problemas ambientais e culturais. Quando não há, não se tem.

EDIT: e já agora, em portugal passou-se quase 40 anos a discutir-se se se construía alqueva ou não. Do lado de lá da fronteira, os espanhóis no mesmo período de tempo construíram mais de 20 barragens. Conclusão, hoje em dia quando passas a fronteira, vez campos agriculas aos km^2, enquanto cá, nem para nós conseguimos produzir. Mais, quando finalmente nesta terra se chegou à conclusão de que existiam grandes vantagens em construir alqueva, os empreendedores deste pais não acharam que valia a pena o investimento. Conclusão, uma parte muito significativa dos terrenos circundantes ao alqueva foram vendidos a empresários espanhóis que vieram cá fazer plantação.


para mim já te definis-te perfeitamente..

tu que sabes tudo só tens um argumento:

oe outros não sabem nada...

espero que sejas feliz na tua longa e estúpida vida


Lê , ao menos , o estudo de impacto ambiental do Tua , o recape e as conclusões da própria Unesco..

Quanto às cheias!.. as que se têm verificado após a construção das barragens do Douro têm mais a ver com as descargas a despropósito e sem aviso para manter as albufeiras em máximos .. do que com regulação .. interessa a quem a regulação dos caudais??!!

disclaimer .. não sou contra as barragens.. mas pelos vistos.. ainda vamos pagar barragens sem água .. como estamos a pagar A estradas sem carros e estádios sem gente........
Editado pela última vez por mcarvalho em 29/10/2012 15:41, num total de 2 vezes.
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por richardj » 29/10/2012 15:20

Elias Escreveu:
richardj Escreveu:elias, no fundo, infelizmente, é verdade. Em africa não tem dinheiro para comer, não tem agua potável por isso gastam o menos possível. Hoje em dia em portugal também. Não foi sempre assim, houve tempos em que nos projecto de autoestrada até as espécies de ratinhos ou coelhos tinham no projecto uma forma de atravessar a AE. Ficava mais caro, mas fazia-se. Estás-me a perguntar se os fim justificam os meios? não sei, depende caso a caso. Fazer a gestão de uma barragem, ou mesmo a tomada de decisão, depende de vários factores.


A pergunta para mim é outra: vale a pena preservar o ambiente? Em caso afirmativo, segundo que critérios?

richardj Escreveu:não é para preservar quando dá jeito, mas sim, preservar sempre, dentro das possibilidades financeiras. Bom senso que nunca existiu neste pais.


Ou seja, se não houver dinheiro, que se dane a preservação.

richardj Escreveu:Mais, já que estão preocupados tanto com o ambiente, as barragens não substituem o petróleo, mas podem, em parte substituir centrais termoeléctricas.


Olha que isto não é linear. O que causa mais dano ambiental: a central termo ou a barragem?


as questões já não são de resposta simples, mas sem quer alongar muito vou dar a minha opinião.

1º pergunta) vale a pena preservar o ambiente. Construir uma barragem não tem só impactos negativos no ambiente. Tem também impactos positivos no ambiente. No global aceito que os efeitos são geralmente negativos. Existem milhares de engenheiros cujo trabalho é descobrir maneira de minorar o impacto ambiental com o menor custo financeiro. Os critérios passam sempre por uma relação entre o custo e a preservação. O problema no entanto não é tão simples, porque a barragem tem efeitos muito positivos a outros níveis fora do ambiental. A sua construção ou não depende de mais factores. Tem de ser balançado os efeitos negativos com os positivos. No global, na minha opinião os efeitos positivos acabam por ser muito superiores ao negativos. e uma barragem que está num sitio ambientalmente muito mau, pode ser construída noutra zona. há sempre soluções.

2º ) Sim. Alias essa afirmação é até um pouco demagogica. Existem milhares de exemplos de coisas que são feitas por muito menos e com impactos no ambiente e na cultura muito mais significativos. Basta andar por lisboa e ver todos aqueles edifícios centenários a cair de podre. Então e a preservação do cultural? Então e quando se manda a baixo um edifício centenário na av da republica para por lá um edifício novinho em folha que nada tem haver com o do lado ? Então e a preservação da arquitectura ?

Por outro lado elias, no ano novo vi um programa da odisseia sobre as espécies, em que eles entrevistaram uns quantos antropólogos. uma das afirmações que me ficou na cabeça é a de que a relação entre o numero de espécies que aparecem e desaparecem e as espécies que são catalogas é tal, que a maioria das espécie aparecem, vivem e desaparecem antes de serem catalogadas. E isso foi assim sempre. Estás preocupado em particular com a espécie a ou b, quando, quando olhas de um plano mais longe, acaba por ser irrelevante.

3º) não tenho nenhum estudo em que me possa basear. Tenho apenas aquilo que aprendi e o conhecimento que aprendi sobre os beneficio/ prejuízos de cada um. A relação beneficio/prejuízo de uma barragem é superior do ponto de vista da sua contribuição para a sociedade. Está limitada porque não é possível viver a produzir energia apenas de barragens, pelo menos em portugal, pelo que as centrais termoeléctricas vão sempre existir. Agora em que quantidade...
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por Elias » 29/10/2012 14:52

richardj Escreveu:elias, no fundo, infelizmente, é verdade. Em africa não tem dinheiro para comer, não tem agua potável por isso gastam o menos possível. Hoje em dia em portugal também. Não foi sempre assim, houve tempos em que nos projecto de autoestrada até as espécies de ratinhos ou coelhos tinham no projecto uma forma de atravessar a AE. Ficava mais caro, mas fazia-se. Estás-me a perguntar se os fim justificam os meios? não sei, depende caso a caso. Fazer a gestão de uma barragem, ou mesmo a tomada de decisão, depende de vários factores.


A pergunta para mim é outra: vale a pena preservar o ambiente? Em caso afirmativo, segundo que critérios?

richardj Escreveu:não é para preservar quando dá jeito, mas sim, preservar sempre, dentro das possibilidades financeiras. Bom senso que nunca existiu neste pais.


Ou seja, se não houver dinheiro, que se dane a preservação.

richardj Escreveu:Mais, já que estão preocupados tanto com o ambiente, as barragens não substituem o petróleo, mas podem, em parte substituir centrais termoeléctricas.


Olha que isto não é linear. O que causa mais dano ambiental: a central termo ou a barragem?
 
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por richardj » 29/10/2012 14:43

Elias Escreveu:
richardj Escreveu:quanto ao prejuízos serem maiores que os benefícios, mostra lá os estudos que mostram que as perdas em termos ambientais ou culturais são superiores aos benefícios sociais e económicos.


Os benefícios ambientais e culturais não são quantificáveis financeiramente. Por isso no limite pode dizer-se que não vale a pena preservar nada, porque é apenas um estorvo e não traz retorno económico...

richardj Escreveu:Em portugal, enquanto houve dinheiro, teve-se em conta os problemas ambientais e culturais. Quando não há, não se tem.


Traduzindo: o ambiente e a cultura são para preservar quando dá jeito. Quando não dá jeito, não se preserva.


elias, no fundo, infelizmente, é verdade. Em africa não tem dinheiro para comer, não tem agua potável por isso gastam o menos possível. Hoje em dia em portugal também. Não foi sempre assim, houve tempos em que nos projecto de autoestrada até as espécies de ratinhos ou coelhos tinham no projecto uma forma de atravessar a AE. Ficava mais caro, mas fazia-se. Estás-me a perguntar se os fim justificam os meios? não sei, depende caso a caso. Fazer a gestão de uma barragem, ou mesmo a tomada de decisão, depende de vários factores.

não é para preservar quando dá jeito, mas sim, preservar sempre, dentro das possibilidades financeiras. Bom senso que nunca existiu neste pais.

Mais, já que estão preocupados tanto com o ambiente, as barragens não substituem o petróleo, mas podem, em parte substituir centrais termoeléctricas.

Agora duas perguntas:

quanto co2 liberta o carvão na produção e quanto liberta o crude?

quanto é que o estado paga à edp para manter as centrais termoeléctricas? (porque existe sobreprodução)
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por Elias » 29/10/2012 14:02

richardj Escreveu:quanto ao prejuízos serem maiores que os benefícios, mostra lá os estudos que mostram que as perdas em termos ambientais ou culturais são superiores aos benefícios sociais e económicos.


Os benefícios ambientais e culturais não são quantificáveis financeiramente. Por isso no limite pode dizer-se que não vale a pena preservar nada, porque é apenas um estorvo e não traz retorno económico...

richardj Escreveu:Em portugal, enquanto houve dinheiro, teve-se em conta os problemas ambientais e culturais. Quando não há, não se tem.


Traduzindo: o ambiente e a cultura são para preservar quando dá jeito. Quando não dá jeito, não se preserva.
 
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por richardj » 29/10/2012 13:51

mcarvalho Escreveu:também concordo.. é uma pena aquela água toda na foz do tejo a ir para o mar.. uma barragem aí ,com 1000 metros de altura, era o ideal..

assim como as ventoinhas na serra de Sintra.. a


A energia era produzida próxima do maior consumidor final.. com poucas perdas.

evitavam-se as cheias do Tejo e acabava-se de vez com problema do interior..

Agora a sério .. eu não sou contra as barragens .. sou contra algumas em que está mais que pronado que os prejuizos para o país (nós todos ) são muito superiores aos benef´cios que são só para .. os mesmos..

As auto estradas também eram importantes , assim como a Expo, assim como os estádios , assim como o maior chouriço do mundo ou a maior feijoada.. e agora ? ainda pensam da mesma maneira?


mcarvalho não sabes do que estas a falar. Não se constrói barragens como quem constrói edifícios. Nem todos os sítios dão. Fazer uma barragem num sitio por 100 Milhões pode permitir a mesma produção de energia, a mesma quantidade de agua armazenada que noutra zona por 150 Milhões.

quanto às cheias, fora os problemas dos solos, até te dou um exemplo. No douro, antes de construírem as barragens, os barcos que vinham da zona das vinhas para o porto partiam-se com muita frequência. Era muito difícil navegar no rio e morreu muita gente ao longo dos anos nesse processo. Hoje, não só esse transporte da vinha é muito mais fácil, seguro (e com carregamentos maiores) como até permite que paquetes levem os turistas a subir o rio e ver as belas paisagens do douro. E olha, não lhes vão mostrar as barragens.

quanto ao prejuízos serem maiores que os benefícios, mostra lá os estudos que mostram que as perdas em termos ambientais ou culturais são superiores aos benefícios sociais e económicos. claro que existem aldeias que se calha ficam a perder, mas um projecto deste é feito e pensado à escala nacional, não da freguesia. Claro que existem governantes que aceitam panhar balurdios para produzir ventoinhas em tudo quanto é sitio da câmara do partido.

O que te posso dizer é o mesmo que me disseram os meus professores. Nos países mais pobres, como em muitos países africanos, quando se faz um projecto de barragem, nem se pensa no impacto ambiental, porque são sempre custos acrescidos e não tem dinheiro. Nos países mais ricos, como os nórdicos e a Alemanha se faz uma barragem, tem-se em conta os impacto ambientais com elevada componente. Em portugal, enquanto houve dinheiro, teve-se em conta os problemas ambientais e culturais. Quando não há, não se tem.

EDIT: e já agora, em portugal passou-se quase 40 anos a discutir-se se se construía alqueva ou não. Do lado de lá da fronteira, os espanhóis no mesmo período de tempo construíram mais de 20 barragens. Conclusão, hoje em dia quando passas a fronteira, vez campos agriculas aos km^2, enquanto cá, nem para nós conseguimos produzir. Mais, quando finalmente nesta terra se chegou à conclusão de que existiam grandes vantagens em construir alqueva, os empreendedores deste pais não acharam que valia a pena o investimento. Conclusão, uma parte muito significativa dos terrenos circundantes ao alqueva foram vendidos a empresários espanhóis que vieram cá fazer plantação.
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por mcarvalho » 29/10/2012 9:39

também concordo.. é uma pena aquela água toda na foz do tejo a ir para o mar.. uma barragem aí ,com 1000 metros de altura, era o ideal..

assim como as ventoinhas na serra de Sintra.. a


A energia era produzida próxima do maior consumidor final.. com poucas perdas.

evitavam-se as cheias do Tejo e acabava-se de vez com problema do interior..

Agora a sério .. eu não sou contra as barragens .. sou contra algumas em que está mais que pronado que os prejuizos para o país (nós todos ) são muito superiores aos benef´cios que são só para .. os mesmos..

As auto estradas também eram importantes , assim como a Expo, assim como os estádios , assim como o maior chouriço do mundo ou a maior feijoada.. e agora ? ainda pensam da mesma maneira?
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por richardj » 29/10/2012 9:28

devo acrescentar que as barragens não são utilizadas unicamente para produzir energia. Produzir energia é apenas uma função. Controlar e regular cheias é outra. Permitir uma melhor distribuição da agua pelo pais é outra. Permitir a criação de alguma industria agricula em redor é outra. Servir como grande bateria energética é outra.

Até para questões de segurança nacional são utilizadas. A barragem de castelo de bode, entre outras coisas, foi construída nesse sitio para que Lisboa fosse abastecida por uma bacia exclusivamente nacional.

a reportagem fala com tristeza que estamos a perder os rios livres. Eu tenho pena é de não se ter aproveitado mais... é como uma pessoa estar a esvair-se em sangue e não crer estancar os vários sítios. Claro que existem impactos ambientais. Para isso é que existem milhares de engenheiros das varias áreas.
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por mcarvalho » 29/10/2012 8:46

Atomez Escreveu:As barragens com bombagem da água de volta para jusante funcionam como baterias gigantescas.

Durante a noite carregam-se de energia a baixo custo e de dia fornecem a energia a um preço mais alto.

Tal como nas baterias e acumuladores, a energia restituída é sempre inferior à consumida porque a eficiência não é de 100%, mas anda perto disso. Ainda assim é rentável graças ao diferencial de preço entre o custo e a venda.


exacto .. e esse preço é mais baixo porque é subsidiado e pago por todos nós.. além de termos de pagar as barragens.. ((bombeiam de jusante para montante com a energia das eólicas que está em excesso e que é fornecida a custo zero para a rede... até para Espanha)

"É O CONSUNIDOR QUE PAGA TUDO"

O grande negócio foram as eolicas (tal como as outras obras megalómanas que nos empenharam.. Amareleja com os painéis solares.. auto estradas em todos os caminhos, Expos, Estádios.. a arvore mais alta ou maior pão de ló só para ir para o Guiness).. das quias a grande maioria dos paise estão a desistir..

Em Portugal com as barragens existentes .. ficava muito mais barato era o aumento de potencia das centrais exitentes e a eficiencia energética( estão os aquecedires ligados em casas e palácios cheios de buracos...

Mas com as eólcas, voltaicas enovas barragens.. que além altamente subsidiadas ,de destruirem terrenos e património ... que produziam bens alimenraes essenciais .. permitem aos promotores ficar senhores da água e das margens durante 75 anos .. e depois .. será como as minas ou as fábricas que fecharam........
Anexos
bombagem+barragemfases.pdf
(123.64 KiB) Transferido 223 Vezes
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