OT-Isabel Jonet e o Banco Alimentar
mais_um Escreveu:Isto também é inventado....miséria em Portugal só existe nos livros...
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1667222
http://www.publico.pt/Sociedade/quando- ... s--1536293
http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... 0e%20MEDIA
Isso chamas tu de miséria. É a tua opinião, outros entendem que não. Miséria dessa existe em quase todo lugar deste mundo humano, não é prefeito nem nunca será a começar no seio de muitas famílias que ignoraram, maltratam e abandonam os seus próprios progenitores e familiares, resultando isso mais tarde num drama para a sociedade.
Miséria, pobreza, horrores... chamem-lhe o que quiserem, mas tudo isso é milenar e infelizmente é lado negro das nossas sociedades desde que o homem pisou a terra pela 1ª vez.
crybaby Escreveu:Estamos mais pobres, estamos. Para a miséria ainda estamos no caminho.
Os gajos contrataram bons actores para as fotos e para as peças jornalisticas, essa gente tem toda um tecto para dormir, agua, luz, roupa lavada e comida!
Miséria em Africa?!? Isso é tudo treta, com a quantidade de organizações de apoio que existem é impossivel!
http://noticias.r7.com/internacional/no ... 10815.html
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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mais_um Escreveu:Isto também é inventado....miséria em Portugal só existe nos livros...
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1667222
http://www.publico.pt/Sociedade/quando- ... s--1536293
http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... 0e%20MEDIA
Mas sabes que esta crise não é económica, é de valores...
Há filhos que vão por os pais ao lar e deixam logo a roupa para o enterro, que não estão para voltar sequer...
Há filhos que vão pagar a mensalidade e nem os pais vão visitar.
E nem vale a pena contestares, que conheço os casos bem há minha frente...
Enquanto os "velhos" rendem, siga, quando precisam de ajuda, chuto no cú... Um prato de sopa arranja-se sempre e os velhos não comem assim tanto...
Crise de valores isso sim...
E mais uma vez, miséria seria se os hospitais os colocassem na rua, assim é só pobreza...
Vêem muito curto nas possibilidades negativas vocês...
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Isto também é inventado....miséria em Portugal só existe nos livros...
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1667222
http://www.publico.pt/Sociedade/quando- ... s--1536293
http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... 0e%20MEDIA
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... id=1667222
http://www.publico.pt/Sociedade/quando- ... s--1536293
http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... 0e%20MEDIA
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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mais_um Escreveu:crybaby Escreveu: Miséria é não ter casa, água, luz, não ter onde ir comer, onde ter cuidados de saúde. Salvo raras excepções, melhor ou pior, isto ainda está assegurado em Portugal. Portanto podem dizer que estamos pobres, que estamos pior, mas guardem a palavra miséria lá mais para a frente...
A senhora (e tu) disse que não há miséria em Portugal, claro que isto é tudo inventado...
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... seccao=Sul
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/In ... id=1722937
http://www1.ionline.pt/conteudo/145092- ... ca-30-2008
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61
http://www.diariodosacores.pt/n/index.p ... ta-delgada
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... sem-abrigo
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/04 ... e-mulheres
http://www.pontosdevista.com.pt/index.p ... Itemid=120
Utilizando as tuas próprias notícias:
Sem-abrigo apoiados pela CAIS aumentaram, há mais jovens e mulheres
Desde que a situação económica do país piorou, o "número de pessoas que procuram ajuda aumentou entre os 20% e os 30%", disse Nuno Jardim, vice-presidente do Centro de Apoio aos Sem-Abrigo (CASA).
O número de pessoas sem-abrigo que pedem ajuda ao centro Porta Amiga da AMI em Almada é "significativo
Ou seja, havendo sem-abrigos, que sempre houve e sempre haverá infelizmente, estes têm onde recorrer e não morrem à fome, há sede, podem ter cuidados de saúde e se bem encaminhados podem ter apoios sociais...
Já metade da população mundial que vive em África ou grande parte da Ásia não pode dizer o mesmo, e se calhar a miséria dos portugueses seria a classe média para eles... O conceito é muito lato...
Estamos mais pobres, estamos. Para a miséria ainda estamos no caminho.
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crybaby Escreveu:Boa tarde a todos,
Três pontos que quero ressalvar nesta discussão:
1º Os portugueses não são directamente culpados pela dívida pública. Daí a dizer-se que não viveram acima das possibilidades vai uma distância muito grande. É que maior do que a dívida pública é a dívida privada. E se não podemos culpar os contribuintes pela despesa do Estado, também não vale a pena culpar o Estado pelos quase 400 mil milhões de dívida privada. Ou seja, queira-se ou não, berre-se ou não, há muita gente que não tem nem nunca teve condições para ter as vivendas que tem, os carros que tem, a tecnologia que tem ou as viagens que tem. Desafio a primeira pessoa que não conheça um pedreiro ou similar com um BMW, Mercedes ou Audi. Cada um gasta como quer claro, mas não é nitidamente acima das possibilidades?
2º O português até nas épocas áureas diz que é tudo uma miséria, quanto mais nestes casos. O problema é que esgotamos os adjectivos sempre cedo demais. Veja-se a oposição, há primeira medida era uma violência, na segunda era um roubo, na terceira era uma bomba atómica. E agora que entramos no ano pior vai ser o quê? Quem diz que estamos na miséria, não sabe o que é miséria a sério. Nem é preciso ir longe, perguntem aos vossos pais e avós a festa que faziam a um sardinha ou a um pardal que apanhassem numa armadilha. Miséria é não ter casa, água, luz, não ter onde ir comer, onde ter cuidados de saúde. Salvo raras excepções, melhor ou pior, isto ainda está assegurado em Portugal. Portanto podem dizer que estamos pobres, que estamos pior, mas guardem a palavra miséria lá mais para a frente...
3º A Dra. Jonet, como todos os outros que tentam ser sérios e sinceros apanham forte e feio. Por essas e por outras é que quem é honesto não se mete na política, e temos a política que temos. O que "vende" é o discurso oco do crescimento do Seguro ou o discurso da Esquerda radical, em que o dinheiro vem do céu e a Constituição de há 50 anos há-de assegurar a situação...
Nem mais...

crybaby Escreveu: Miséria é não ter casa, água, luz, não ter onde ir comer, onde ter cuidados de saúde. Salvo raras excepções, melhor ou pior, isto ainda está assegurado em Portugal. Portanto podem dizer que estamos pobres, que estamos pior, mas guardem a palavra miséria lá mais para a frente...
A senhora (e tu) disse que não há miséria em Portugal, claro que isto é tudo inventado...
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... seccao=Sul
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/In ... id=1722937
http://www1.ionline.pt/conteudo/145092- ... ca-30-2008
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61
http://www.diariodosacores.pt/n/index.p ... ta-delgada
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... sem-abrigo
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/04 ... e-mulheres
http://www.pontosdevista.com.pt/index.p ... Itemid=120
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Estive a validar de forma séria, e confirmei que não recebe ordenado.Se é verdade ou não, penso que sim.
Quanto aos senhores que defendem essa senhora, muito honestamente, custa-me a acreditar que não tenham qualquer proveito com o banco alimentar, e predoem-me a abertura com que faço esta afirmação.
Não existe qualquer desculpa para o que essa senhora disse.
O que ela disse é grave, é grave para uma familia que ficou no demprego, e não têm dinheiro pra por comida na mesa.
Existem soluções ?, sim, temos é que trabalhar, e encontrar soluções, mas não podemos ser provocadores.
Essa mulher já não é digna de representar uma instituição que supostamente tem uma função caritativa.
Não sou dos que pensam que greves resolvem alguma coisa.Temos é de arregaçar as mangas e trabalhar ou inventar.
Nõ podemos é parar.
Quanto aos senhores que defendem essa senhora, muito honestamente, custa-me a acreditar que não tenham qualquer proveito com o banco alimentar, e predoem-me a abertura com que faço esta afirmação.
Não existe qualquer desculpa para o que essa senhora disse.
O que ela disse é grave, é grave para uma familia que ficou no demprego, e não têm dinheiro pra por comida na mesa.
Existem soluções ?, sim, temos é que trabalhar, e encontrar soluções, mas não podemos ser provocadores.
Essa mulher já não é digna de representar uma instituição que supostamente tem uma função caritativa.
Não sou dos que pensam que greves resolvem alguma coisa.Temos é de arregaçar as mangas e trabalhar ou inventar.
Nõ podemos é parar.
QuimPorta Escreveu:ferradura Escreveu:Ouvi dizer que ela ganha 5000€ mês, pagos pelo banco.
Não sei se é verdade, mas gostaria de confirmar.
Ouviste dizer onde? Num jornal, num fórum da internet prestigiado? No cabeleireiro?
Eu ouvi dizer é que não é nada bonito levantar boatos sem estar suficientemente seguro, especialmente sobre quem não está presente para se defender.
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artista Escreveu:artista Escreveu:JMHP Escreveu:Eu não tenho problema em lidar com opiniões diferentes. Viste-me aqui a insultar ou a acusar alguém?!
Mau, tu é que acusaste os outros de não respeitarem opiniões. Estavas a falar de quem? É que eu não vi ninguém a não respeitar opiniões! Ela é uma figura pública, está sujeita a críticas, tem de estar preparada para isso...JMHP Escreveu:Tu tens séria duvidas sobre o que ela viu na Grécia, não foste à Grécia nem percebes tanto da realidade da pobreza aqui em Portugal como ela lida e trabalha todos os dias... Então porque é que estás a por em causa alguém que tem mais reconhecidamente conhecimento do que tu ou qualquer outro que aqui já escreveu sobre este assunto?!
Se reparaste, eu disse que tinha dúvidas, não disse que tinha certezas... quem é que te disse que eu não fui à Grécia nos últimos meses?! Mesmo que ela tenha mais conhecimento do que outros, não deixam de ser opiniões as afirmações que faz. Obviamente que serão em muitos aspetos mais fundamentadas. Mas isso não me impede de ter uma opinião diferente... no caso da miséria em Portugal, das duas uma, ou temos de sincronizar a nossa interpretação do termo, ou ela está enganada!
Achas que uma pessoa por ter mais dados sobre um assunto não se engana? Sabe mais que os outros? Eu também supostamente saberei mais que muita gente sobre muitos assuntos ligados à educação, e não é por isso que não levo aqui com muitas opiniões completamente diferentes da minha! Das duas uma, ou consigo demonstrar que a minha opinião é mais válida ou a outra vale tanto, ou mais, que a minha...JMHP Escreveu:Pelos comentários que aqui li, tenho sérias duvidas se todos nós entendemos ou fazemos distinção entre pobreza e miséria, assim como quantificamos esses estados.
Mais uma vez e sempre que aparece uma personalidade publica com um pensamento e opinião diferente da "lenga-lenga do costume", o país ou uma parte da sociedade parece que entra em choque e histeria. Estes episódios tem todos uma coisa em comum, o ruído e a histeria que provocam tem como origem sempre que a nossa realidade e dignidade colectiva é exposta de forma simples e objectiva... Até parece que as pessoas individualmente sentem-se como um alvo e responsáveis pela indignação que sentem.
Acho que estás a confundir as coisas... eu diria que tu é que te indignas quando alguém se indigna com posições diferentes das que tu tens, já reparaste nisso?! Pensa um bocado... afinal quem é que não respeita as opiniões dos outros?!
Essa história dos alvos para a indignação é uma interpretação pessoal, generalizada... já te disse o que penso das generalizações!
JMHP, eu gostava que me dissesses é o que é que ela pode ter visto na Grécia que não haja em Portugal? A tal miséria... e atenção que não estou a falar de quantidades, porque ela não disse que havia mais miséria lá que cá, ela disse que havia lá e não havia cá!
Artista porque perguntas tu isso a mim?!... Liga para o BA e questiona tu próprio a autora, se de facto estás assim tão interessado em conhecer a miséria da Grécia.
A senhora explicou bem, o que ela viu na Grécia foi miséria, que felizmente é muito diferente da pobreza que ela conhece bem em Portugal.
Em concreto a mensagem que ela tentou passar é de que se as pessoas acham que já bateram no fundo, então estão muito enganadas porque é possível e até provável que ainda vamos experimentar e viver com muito menos do que temos hoje.
Qual é o espanto destas afirmações?!... E porque razão uma voz como a dela que é reconhecida como experiência e conhecimento no tema, não pode livremente dizer publicamente o que pensa e considera útil alertar as pessoas para a dura realidade que vão ter de enfrentar?!
Confesso que nunca percebi a mentalidade redutora de julgar as pessoas pelo pensamento livre e a frontalidade como assumem publicamente a opinião contraria instalada da maioria das pessoas.
A forte critica em jeito de "manada" contra o pensamento livre e contrário à demagogia e mentalidades instaladas adormecidas, é toda ela prova do reduzido alcance dos seus próprios horizontes, da ausência de coragem e da dependência colectiva instalada.
São provas evidentes do medo e cobardia instalados que dominam a nossa sociedade, isso sim é pobreza e miséria de espírito.
ferradura Escreveu:Ouvi dizer que ela ganha 5000€ mês, pagos pelo banco.
Não sei se é verdade, mas gostaria de confirmar.
Ponto 2, EXIJO ver os seus gastos mensais do multibanco para ver se ela gasta dinheiro em hipermercados ou supermercados.
Exijo saber se ela se abastesse no banco alimentar.
SObre o banco alimentar, ninguem me diz, que ela não recebe uma percentagem dadas pelas grandes superficies.
Não condendo esse acto pelas grandes superficies, mas parece-me que essa jonet, ficou rica de uma forma muito estranha, será verdade ?
Continuo a achar que o ministério publico deveria investigar as contas desta senhora.
E reafirmo, que nunca mais irei ajudar visto que em Portugal não há miséria.
Fazes bem.
E já agora não apoies mais nenhuma causa, pq de certeza e temos noticias de várias, alguma coisa menos correta já aconteceu em todas.
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Parabéns , muito bem , mas sabes , há o habito de matar o mensageiro quando diz a verdade aos alucinados
Muitos nem em termo literários sabem o que é miséria há boas obras para ler .
Muitos nem em termo literários sabem o que é miséria há boas obras para ler .
crybaby Escreveu:Boa tarde a todos,
Três pontos que quero ressalvar nesta discussão:
1º Os portugueses não são directamente culpados pela dívida pública. Daí a dizer-se que não viveram acima das possibilidades vai uma distância muito grande. É que maior do que a dívida pública é a dívida privada. E se não podemos culpar os contribuintes pela despesa do Estado, também não vale a pena culpar o Estado pelos quase 400 mil milhões de dívida privada. Ou seja, queira-se ou não, berre-se ou não, há muita gente que não tem nem nunca teve condições para ter as vivendas que tem, os carros que tem, a tecnologia que tem ou as viagens que tem. Desafio a primeira pessoa que não conheça um pedreiro ou similar com um BMW, Mercedes ou Audi. Cada um gasta como quer claro, mas não é nitidamente acima das possibilidades?
2º O português até nas épocas áureas diz que é tudo uma miséria, quanto mais nestes casos. O problema é que esgotamos os adjectivos sempre cedo demais. Veja-se a oposição, há primeira medida era uma violência, na segunda era um roubo, na terceira era uma bomba atómica. E agora que entramos no ano pior vai ser o quê? Quem diz que estamos na miséria, não sabe o que é miséria a sério. Nem é preciso ir longe, perguntem aos vossos pais e avós a festa que faziam a um sardinha ou a um pardal que apanhassem numa armadilha. Miséria é não ter casa, água, luz, não ter onde ir comer, onde ter cuidados de saúde. Salvo raras excepções, melhor ou pior, isto ainda está assegurado em Portugal. Portanto podem dizer que estamos pobres, que estamos pior, mas guardem a palavra miséria lá mais para a frente...
3º A Dra. Jonet, como todos os outros que tentam ser sérios e sinceros apanham forte e feio. Por essas e por outras é que quem é honesto não se mete na política, e temos a política que temos. O que "vende" é o discurso oco do crescimento do Seguro ou o discurso da Esquerda radical, em que o dinheiro vem do céu e a Constituição de há 50 anos há-de assegurar a situação...
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Boa tarde a todos,
Três pontos que quero ressalvar nesta discussão:
1º Os portugueses não são directamente culpados pela dívida pública. Daí a dizer-se que não viveram acima das possibilidades vai uma distância muito grande. É que maior do que a dívida pública é a dívida privada. E se não podemos culpar os contribuintes pela despesa do Estado, também não vale a pena culpar o Estado pelos quase 400 mil milhões de dívida privada. Ou seja, queira-se ou não, berre-se ou não, há muita gente que não tem nem nunca teve condições para ter as vivendas que tem, os carros que tem, a tecnologia que tem ou as viagens que tem. Desafio a primeira pessoa que não conheça um pedreiro ou similar com um BMW, Mercedes ou Audi. Cada um gasta como quer claro, mas não é nitidamente acima das possibilidades?
2º O português até nas épocas áureas diz que é tudo uma miséria, quanto mais nestes casos. O problema é que esgotamos os adjectivos sempre cedo demais. Veja-se a oposição, há primeira medida era uma violência, na segunda era um roubo, na terceira era uma bomba atómica. E agora que entramos no ano pior vai ser o quê? Quem diz que estamos na miséria, não sabe o que é miséria a sério. Nem é preciso ir longe, perguntem aos vossos pais e avós a festa que faziam a um sardinha ou a um pardal que apanhassem numa armadilha. Miséria é não ter casa, água, luz, não ter onde ir comer, onde ter cuidados de saúde. Salvo raras excepções, melhor ou pior, isto ainda está assegurado em Portugal. Portanto podem dizer que estamos pobres, que estamos pior, mas guardem a palavra miséria lá mais para a frente...
3º A Dra. Jonet, como todos os outros que tentam ser sérios e sinceros apanham forte e feio. Por essas e por outras é que quem é honesto não se mete na política, e temos a política que temos. O que "vende" é o discurso oco do crescimento do Seguro ou o discurso da Esquerda radical, em que o dinheiro vem do céu e a Constituição de há 50 anos há-de assegurar a situação...
Três pontos que quero ressalvar nesta discussão:
1º Os portugueses não são directamente culpados pela dívida pública. Daí a dizer-se que não viveram acima das possibilidades vai uma distância muito grande. É que maior do que a dívida pública é a dívida privada. E se não podemos culpar os contribuintes pela despesa do Estado, também não vale a pena culpar o Estado pelos quase 400 mil milhões de dívida privada. Ou seja, queira-se ou não, berre-se ou não, há muita gente que não tem nem nunca teve condições para ter as vivendas que tem, os carros que tem, a tecnologia que tem ou as viagens que tem. Desafio a primeira pessoa que não conheça um pedreiro ou similar com um BMW, Mercedes ou Audi. Cada um gasta como quer claro, mas não é nitidamente acima das possibilidades?
2º O português até nas épocas áureas diz que é tudo uma miséria, quanto mais nestes casos. O problema é que esgotamos os adjectivos sempre cedo demais. Veja-se a oposição, há primeira medida era uma violência, na segunda era um roubo, na terceira era uma bomba atómica. E agora que entramos no ano pior vai ser o quê? Quem diz que estamos na miséria, não sabe o que é miséria a sério. Nem é preciso ir longe, perguntem aos vossos pais e avós a festa que faziam a um sardinha ou a um pardal que apanhassem numa armadilha. Miséria é não ter casa, água, luz, não ter onde ir comer, onde ter cuidados de saúde. Salvo raras excepções, melhor ou pior, isto ainda está assegurado em Portugal. Portanto podem dizer que estamos pobres, que estamos pior, mas guardem a palavra miséria lá mais para a frente...
3º A Dra. Jonet, como todos os outros que tentam ser sérios e sinceros apanham forte e feio. Por essas e por outras é que quem é honesto não se mete na política, e temos a política que temos. O que "vende" é o discurso oco do crescimento do Seguro ou o discurso da Esquerda radical, em que o dinheiro vem do céu e a Constituição de há 50 anos há-de assegurar a situação...
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ferradura Escreveu:Ouvi dizer que ela ganha 5000€ mês, pagos pelo banco.
Não sei se é verdade, mas gostaria de confirmar.
Eu ouvi dizer que tu matas um cão por semana. Não sei se é verdade, mas gostaria de confirmar.
ferradura Escreveu:Ponto 2, EXIJO ver os seus gastos mensais do multibanco para ver se ela gasta dinheiro em hipermercados ou supermercados.
Eu exigo saber quanto tu ganhas, quanto gastas em tabaco e se recorres à prostituição. Tenho tanto direito a saber dados pessoais teus como tu dela.
ferradura Escreveu:Exijo saber se ela se abastesse no banco alimentar.
SObre o banco alimentar, ninguem me diz, que ela não recebe uma percentagem dadas pelas grandes superficies.
Também ninguém te diz que recebe. Ou talvez diga, o gajo do boato dos 5000€.
ferradura Escreveu:Não condendo esse acto pelas grandes superficies, mas parece-me que essa jonet, ficou rica de uma forma muito estranha, será verdade ?
Se recebeste essa informação via mail, deve ser verdade.
ferradura Escreveu:Continuo a achar que o ministério publico deveria investigar as contas desta senhora.
Todos os que ajudam o BA deviam ser investigados. Devem ser todos uns gatunos que usam o BA para vender droga.
ferradura Escreveu:E reafirmo, que nunca mais irei ajudar visto que em Portugal não há miséria.
É isso.
Editado pela última vez por tiago_ferreira em 9/11/2012 16:46, num total de 2 vezes.
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ferradura Escreveu:Ouvi dizer que ela ganha 5000€ mês, pagos pelo banco.
Não sei se é verdade, mas gostaria de confirmar.
Ouviste dizer onde? Num jornal, num fórum da internet prestigiado? No cabeleireiro?
Eu ouvi dizer é que não é nada bonito levantar boatos sem estar suficientemente seguro, especialmente sobre quem não está presente para se defender.
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Ouvi dizer que ela ganha 5000€ mês, pagos pelo banco.
Não sei se é verdade, mas gostaria de confirmar.
Ponto 2, EXIJO ver os seus gastos mensais do multibanco para ver se ela gasta dinheiro em hipermercados ou supermercados.
Exijo saber se ela se abastesse no banco alimentar.
SObre o banco alimentar, ninguem me diz, que ela não recebe uma percentagem dadas pelas grandes superficies.
Não condendo esse acto pelas grandes superficies, mas parece-me que essa jonet, ficou rica de uma forma muito estranha, será verdade ?
Continuo a achar que o ministério publico deveria investigar as contas desta senhora.
E reafirmo, que nunca mais irei ajudar visto que em Portugal não há miséria.
Não sei se é verdade, mas gostaria de confirmar.
Ponto 2, EXIJO ver os seus gastos mensais do multibanco para ver se ela gasta dinheiro em hipermercados ou supermercados.
Exijo saber se ela se abastesse no banco alimentar.
SObre o banco alimentar, ninguem me diz, que ela não recebe uma percentagem dadas pelas grandes superficies.
Não condendo esse acto pelas grandes superficies, mas parece-me que essa jonet, ficou rica de uma forma muito estranha, será verdade ?
Continuo a achar que o ministério publico deveria investigar as contas desta senhora.
E reafirmo, que nunca mais irei ajudar visto que em Portugal não há miséria.
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Uma crónica de António Lobo Antunes dedicada a Isabel Jonet
por Sérgio Lavos
"Os Pobrezinhos
Na minha família os animais domésticos não eram cães nem gatos nem pássaros; na minha família os animais domésticos eram pobres. Cada uma das minhas tias tinha o seu pobre, pessoal e intransmissível, que vinha a casa dos meus avós uma vez por semana buscar, com um sorriso agradecido, a ração de roupa e comida.
Os pobres, para além de serem obviamente pobres (de preferência descalços, para poderem ser calçados pelos donos; de preferência rotos, para poderem vestir camisas velhas que se salvavam, desse modo, de um destino natural de esfregões; de preferência doentes a fim de receberem uma embalagem de aspirina), deviam possuir outras características imprescindíveis: irem à missa, baptizarem os filhos, não andarem bêbedos, e sobretudo, manterem-se orgulhosamente fiéis a quem pertenciam. Parece que ainda estou a ver um homem de sumptuosos farrapos, parecido com o Tolstoi até na barba, responder, ofendido e soberbo, a uma prima distraída que insistia em oferecer-lhe uma camisola que nenhum de nós queria:
- Eu não sou o seu pobre; eu sou o pobre da minha Teresinha.
O plural de pobre não era «pobres». O plural de pobre era «esta gente». No Natal e na Páscoa as tias reuniam-se em bando, armadas de fatias de bolo-rei, saquinhos de amêndoas e outras delícias equivalentes, e deslocavam-se piedosamente ao sítio onde os seus animais domésticos habitavam, isto é, uma bairro de casas de madeira da periferia de Benfica, nas Pedralvas e junto à Estrada Militar, a fim de distribuírem, numa pompa de reis magos, peúgas de lã, cuecas, sandálias que não serviam a ninguém, pagelas de Nossa Senhora de Fátima e outras maravilhas de igual calibre. Os pobres surgiam das suas barracas, alvoraçados e gratos, e as minhas tias preveniam-me logo, enxotando-os com as costas da mão:
- Não se chegue muito que esta gente tem piolhos.
Nessas alturas, e só nessas alturas, era permitido oferecer aos pobres, presente sempre perigoso por correr o risco de ser gasto
(- Esta gente, coitada, não tem noção do dinheiro)
de forma de deletéria e irresponsável. O pobre da minha Carlota, por exemplo, foi proibido de entrar na casa dos meus avós porque, quando ela lhe meteu dez tostões na palma recomendando, maternal, preocupada com a saúde do seu animal doméstico
- Agora veja lá, não gaste tudo em vinho
o atrevido lhe respondeu, malcriadíssimo:
- Não, minha senhora, vou comprar um Alfa-Romeo
Os filhos dos pobres definiam-se por não irem à escola, serem magrinhos e morrerem muito. Ao perguntar as razões destas características insólitas foi-me dito com um encolher de ombros
- O que é que o menino quer, esta gente é assim
e eu entendi que ser pobre, mais do que um destino, era uma espécie de vocação, como ter jeito para jogar bridge ou para tocar piano.
Ao amor dos pobres presidiam duas criaturas do oratório da minha avó, uma em barro e outra em fotografia, que eram o padre Cruz e a Sãozinha, as quais dirigiam a caridade sob um crucifixo de mogno. O padre Cruz era um sujeito chupado, de batina, e a Sãozinha uma jovem cheia de medalhas, com um sorriso alcoviteiro de actriz de cinema das pastilhas elásticas, que me informaram ter oferecido exemplarmente a vida a Deus em troca da saúde dos pais. A actriz bateu a bota, o pai ficou óptimo e, a partir da altura em que revelaram este milagre, tremia de pânico que a minha mãe, espirrando, me ordenasse
- Ora ofereça lá a vida que estou farta de me assoar
e eu fosse direitinho para o cemitério a fim de ela não ter de beber chás de limão.
Na minha ideia o padre Cruz e a Saõzinha eram casados, tanto mais que num boletim que a minha família assinava, chamado «Almanaque da Sãozinha», se narravam, em comunhão de bens, os milagres de ambos que consistiam geralmente em curas de paralíticos e vigésimos premiados, milagres inacreditavelmente acompanhados de odores dulcíssimos a incenso.
Tanto pobre, tanta Sãozinha e tanto cheiro irritavam-me. E creio que foi por essa época que principiei a olhar, com afecto crescente, uma gravura poeirenta atirada para o sótão que mostrava uma jubilosa multidão de pobres em torno da guilhotina onde cortavam a cabeça aos reis"
Adenda: obviamente que o texto de Lobo Antunes é dedicado por mim a Isabe Jonet, não pelo escritor. Encontra-se no seu Livro de Crónicas e foi escrito há mais de vinte anos. E claro, o que é descrito aqui nada tem a ver com a senhora em questão. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
http://arrastao.org/2682493.html
por Sérgio Lavos
"Os Pobrezinhos
Na minha família os animais domésticos não eram cães nem gatos nem pássaros; na minha família os animais domésticos eram pobres. Cada uma das minhas tias tinha o seu pobre, pessoal e intransmissível, que vinha a casa dos meus avós uma vez por semana buscar, com um sorriso agradecido, a ração de roupa e comida.
Os pobres, para além de serem obviamente pobres (de preferência descalços, para poderem ser calçados pelos donos; de preferência rotos, para poderem vestir camisas velhas que se salvavam, desse modo, de um destino natural de esfregões; de preferência doentes a fim de receberem uma embalagem de aspirina), deviam possuir outras características imprescindíveis: irem à missa, baptizarem os filhos, não andarem bêbedos, e sobretudo, manterem-se orgulhosamente fiéis a quem pertenciam. Parece que ainda estou a ver um homem de sumptuosos farrapos, parecido com o Tolstoi até na barba, responder, ofendido e soberbo, a uma prima distraída que insistia em oferecer-lhe uma camisola que nenhum de nós queria:
- Eu não sou o seu pobre; eu sou o pobre da minha Teresinha.
O plural de pobre não era «pobres». O plural de pobre era «esta gente». No Natal e na Páscoa as tias reuniam-se em bando, armadas de fatias de bolo-rei, saquinhos de amêndoas e outras delícias equivalentes, e deslocavam-se piedosamente ao sítio onde os seus animais domésticos habitavam, isto é, uma bairro de casas de madeira da periferia de Benfica, nas Pedralvas e junto à Estrada Militar, a fim de distribuírem, numa pompa de reis magos, peúgas de lã, cuecas, sandálias que não serviam a ninguém, pagelas de Nossa Senhora de Fátima e outras maravilhas de igual calibre. Os pobres surgiam das suas barracas, alvoraçados e gratos, e as minhas tias preveniam-me logo, enxotando-os com as costas da mão:
- Não se chegue muito que esta gente tem piolhos.
Nessas alturas, e só nessas alturas, era permitido oferecer aos pobres, presente sempre perigoso por correr o risco de ser gasto
(- Esta gente, coitada, não tem noção do dinheiro)
de forma de deletéria e irresponsável. O pobre da minha Carlota, por exemplo, foi proibido de entrar na casa dos meus avós porque, quando ela lhe meteu dez tostões na palma recomendando, maternal, preocupada com a saúde do seu animal doméstico
- Agora veja lá, não gaste tudo em vinho
o atrevido lhe respondeu, malcriadíssimo:
- Não, minha senhora, vou comprar um Alfa-Romeo
Os filhos dos pobres definiam-se por não irem à escola, serem magrinhos e morrerem muito. Ao perguntar as razões destas características insólitas foi-me dito com um encolher de ombros
- O que é que o menino quer, esta gente é assim
e eu entendi que ser pobre, mais do que um destino, era uma espécie de vocação, como ter jeito para jogar bridge ou para tocar piano.
Ao amor dos pobres presidiam duas criaturas do oratório da minha avó, uma em barro e outra em fotografia, que eram o padre Cruz e a Sãozinha, as quais dirigiam a caridade sob um crucifixo de mogno. O padre Cruz era um sujeito chupado, de batina, e a Sãozinha uma jovem cheia de medalhas, com um sorriso alcoviteiro de actriz de cinema das pastilhas elásticas, que me informaram ter oferecido exemplarmente a vida a Deus em troca da saúde dos pais. A actriz bateu a bota, o pai ficou óptimo e, a partir da altura em que revelaram este milagre, tremia de pânico que a minha mãe, espirrando, me ordenasse
- Ora ofereça lá a vida que estou farta de me assoar
e eu fosse direitinho para o cemitério a fim de ela não ter de beber chás de limão.
Na minha ideia o padre Cruz e a Saõzinha eram casados, tanto mais que num boletim que a minha família assinava, chamado «Almanaque da Sãozinha», se narravam, em comunhão de bens, os milagres de ambos que consistiam geralmente em curas de paralíticos e vigésimos premiados, milagres inacreditavelmente acompanhados de odores dulcíssimos a incenso.
Tanto pobre, tanta Sãozinha e tanto cheiro irritavam-me. E creio que foi por essa época que principiei a olhar, com afecto crescente, uma gravura poeirenta atirada para o sótão que mostrava uma jubilosa multidão de pobres em torno da guilhotina onde cortavam a cabeça aos reis"
Adenda: obviamente que o texto de Lobo Antunes é dedicado por mim a Isabe Jonet, não pelo escritor. Encontra-se no seu Livro de Crónicas e foi escrito há mais de vinte anos. E claro, o que é descrito aqui nada tem a ver com a senhora em questão. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
http://arrastao.org/2682493.html
Plan the trade and trade the plan
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mapaman Escreveu:QuimPorta Escreveu:mapaman Escreveu:QuimPorta Escreveu:Gente deste fórum... epá... eu faço uma proposta de ponto de ordem:
1. O que foram as declarações da Isabel Jonet
2. A iniciatica do Banco alimentar contra a Fome
O que é que os alhos tem que ver com as calças?
Vê lá se percebe de uma vez por todas aquela que são os dislates da senhora BA:
Há então duas realidades:
* Uma instituição (são várias na realidade, mas deixemos os detalhes) que angaria e redistribui uns milhares de toneladas de alimentos e outras ajudas pelos mais necessitados, de méritos inquestionáveis e excelentemente dirigida, a que chamarei por simplicidade de identificação realidade MACRO.
* As declarações de uma pessoa, com as quais uns se identificam outros não (eu já disse o que achava), a que chamarei "bitaite"
O que me estás a tentar explicar é que é naturalíssimo boicotar a "realidade macro" por causa de um "bitaite", em prejuízo de milhares de necessitados?!
Gostaria que me apontasses quem então é esse teu líder visionário, que nunca atravessou fora da passadeira ou urinou numa parede.
mapaman, terei muito gosto em continuar a debater contigo e com todos mas que tal moderarmos o "ton negro" para permitir entrar algum sol?
Se não quer ser confrontada com as suas palavras que pense 2x,pelo menos antes de falar em meninos a lavar os dentes com agua a correr e bifes.
Quem é que disse que não quer ou deve ser confrontada com as palavras?
Alguns estão a querer dizer é duas coisas bastante diferentes:
1. Por ser quem é não tem o direito de emitir opiniões, e sujeitar-se com isso à crítica, naturalmente.
2. Que é legítimo boicotar o "bom trabalho do Banco Alimentar", nas tuas palavras, em prejuízo de dezenas de milhar de necessitados.
Se a percepção de que qualquer um destes tiques é bastante grave não serve para moderar o tom e o alcance da crítica legítima às declarações da Isabel Jonet é porque há gente que convive mal com a diferença.
Ulisses, excelente esse texto do Henrique Monteiro, aliás como é habitual. Que será feito dele?
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Sociedades ocidentais têm um défice de esperança, diz Isabel Jonet
“Portugal é um dos países da Europa com maior taxa de pobreza. Cerca de 20% da população é pobre (2 milhões de pessoas); 200 mil pessoas têm apenas uma refeição completa por dia e 35 mil não têm nenhuma refeição completa por dia”.
A afirmação não traz nada de novo. É de Maria Isabel Jonet, Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome, e a própria sabe disso. Mas também sabe que é bom alertar e relembrar a grave situação de pobreza que vivem alguns, muitos, portugueses.
Convidada pelo Santuário de Fátima a apresentar no congresso sobre Jacinta Marto o tema “Compaixão e Solidariedade” começou por testemunhar “o extraordinário exemplo e força inspiradora” que nutre pelos Pastorinhos de Fátima, que “depois do Encontro, a humildade e o espírito de serviço, nortearam os seus gestos e as suas vidas, mesmo no sofrimento”.
Disse também que em vez de solidariedade é “mais adepta da caridade”- “A caridade é a solidariedade com amor” - e centrou a sua intervenção naquilo que bem conhece: “para uma grande parte da humanidade que vive na miséria, a procura de comida é um combate quotidiano que mobiliza a maior parte das energias e impede o desenvolvimento da pessoa humana e a procura de um projecto de vida na sociedade”.
Esta questão do direito, consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem, que todo o ser humano tem a uma alimentação suficiente, no entender de Isabel Jonet, “abarca todos os domínios da vida do homem e concretizá-lo é essencial para a luta contra a pobreza”.
E é esta a causa e a acção do Banco Alimentar, que assenta “na gratuitidade, na partilha, no voluntariado e no mecenato”.
“O Banco Alimentar é um bom exemplo de união das vontades de empresas, doadores financeiros, voluntários e instituições de solidariedade sociais que, de forma coordenada, geram resultados muito superiores aos que seriam obtidos se cada um desses agentes da solidariedade resolvesse agir isoladamente. O importante é o comprometimento e o reconhecimento de que cada um de nós pode fazer a diferença com a sua forma de estar na vida e com as suas opções”, afirmou esta responsável.
“As sociedades ocidentais têm um défice de sentido e de esperança porque os homens são avaliados pela sua capacidade de produção e de consumo, pelo que os pobres não têm lugar. É um olhar diferente que cada um de nós deve ter sobre os mais desprotegidos. Chegar a cada um deles, comungar com cada um deles e sentir-se solidário: é partilhando estes valores, individualmente e em equipa, que encontraremos a força criadora que tornará a nossa acção forte e credível”, alertou a Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome que ta mbém testemunhou que “temos de lutar incessantemente contra a indiferença e a apatia das pessoas, das instituições. Temos de ser mulheres e homens que sobressaem pela esperança de que damos testemunho. Vivendo na Verdade, enquanto valor primordial que guia as nossas vidas”.
Quanto à acção do Banco Alimentar em Portugal, Isabel Jonet destaca: “Temos procurado aumentar e estruturar a rede de Bancos Alimentares: existem já dezassete que contribuem para a alimentação de mais de 280 mil pessoas comprovadamente carenciadas através de mais de 1800 instituições de solidariedade, todas com grande compaixão por quem precisa de ajuda para se alimentar e muita bondade. No ano passado (2009), distribuíram mais de 23 mil toneladas de alimentos, num valor superior a de 36 milhões de euros a maioria dos quais condenados à destruição; por dia saem por armazéns dos 17 Bancos Alimentares 90 toneladas de produtos”.
“Portugal é um dos países da Europa com maior taxa de pobreza. Cerca de 20% da população é pobre (2 milhões de pessoas); 200 mil pessoas têm apenas uma refeição completa por dia e 35 mil não têm nenhuma refeição completa por dia”.
A afirmação não traz nada de novo. É de Maria Isabel Jonet, Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome, e a própria sabe disso. Mas também sabe que é bom alertar e relembrar a grave situação de pobreza que vivem alguns, muitos, portugueses.
Convidada pelo Santuário de Fátima a apresentar no congresso sobre Jacinta Marto o tema “Compaixão e Solidariedade” começou por testemunhar “o extraordinário exemplo e força inspiradora” que nutre pelos Pastorinhos de Fátima, que “depois do Encontro, a humildade e o espírito de serviço, nortearam os seus gestos e as suas vidas, mesmo no sofrimento”.
Disse também que em vez de solidariedade é “mais adepta da caridade”- “A caridade é a solidariedade com amor” - e centrou a sua intervenção naquilo que bem conhece: “para uma grande parte da humanidade que vive na miséria, a procura de comida é um combate quotidiano que mobiliza a maior parte das energias e impede o desenvolvimento da pessoa humana e a procura de um projecto de vida na sociedade”.
Esta questão do direito, consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem, que todo o ser humano tem a uma alimentação suficiente, no entender de Isabel Jonet, “abarca todos os domínios da vida do homem e concretizá-lo é essencial para a luta contra a pobreza”.
E é esta a causa e a acção do Banco Alimentar, que assenta “na gratuitidade, na partilha, no voluntariado e no mecenato”.
“O Banco Alimentar é um bom exemplo de união das vontades de empresas, doadores financeiros, voluntários e instituições de solidariedade sociais que, de forma coordenada, geram resultados muito superiores aos que seriam obtidos se cada um desses agentes da solidariedade resolvesse agir isoladamente. O importante é o comprometimento e o reconhecimento de que cada um de nós pode fazer a diferença com a sua forma de estar na vida e com as suas opções”, afirmou esta responsável.
“As sociedades ocidentais têm um défice de sentido e de esperança porque os homens são avaliados pela sua capacidade de produção e de consumo, pelo que os pobres não têm lugar. É um olhar diferente que cada um de nós deve ter sobre os mais desprotegidos. Chegar a cada um deles, comungar com cada um deles e sentir-se solidário: é partilhando estes valores, individualmente e em equipa, que encontraremos a força criadora que tornará a nossa acção forte e credível”, alertou a Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome que ta mbém testemunhou que “temos de lutar incessantemente contra a indiferença e a apatia das pessoas, das instituições. Temos de ser mulheres e homens que sobressaem pela esperança de que damos testemunho. Vivendo na Verdade, enquanto valor primordial que guia as nossas vidas”.
Quanto à acção do Banco Alimentar em Portugal, Isabel Jonet destaca: “Temos procurado aumentar e estruturar a rede de Bancos Alimentares: existem já dezassete que contribuem para a alimentação de mais de 280 mil pessoas comprovadamente carenciadas através de mais de 1800 instituições de solidariedade, todas com grande compaixão por quem precisa de ajuda para se alimentar e muita bondade. No ano passado (2009), distribuíram mais de 23 mil toneladas de alimentos, num valor superior a de 36 milhões de euros a maioria dos quais condenados à destruição; por dia saem por armazéns dos 17 Bancos Alimentares 90 toneladas de produtos”.
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A malta quer ouvir falar é de políticas de cresimento, (que é como quem diz: os estúpidos do norte da europa que nos paguem o estado social)
Agora vem esta gaja podre de rica com conversas para a malta encarar a realidade e ficar sem MEOs e sem iPhones!?! que é isto pah?
Sugiro para próximo presidente do Banco Alimentar Contra a Fome a Fátima Felgueiras, essa sim, uma mulher do povo como nós e com um discurso muito mais positivo.
Apenas quero acrescentar que tenho a certeza que não será por meia dúzia de bestas, como os que ameaçam deixar de contribuir, que o Banco Alimentar sofrerá com esta conversa da treta.
Agora vem esta gaja podre de rica com conversas para a malta encarar a realidade e ficar sem MEOs e sem iPhones!?! que é isto pah?
Sugiro para próximo presidente do Banco Alimentar Contra a Fome a Fátima Felgueiras, essa sim, uma mulher do povo como nós e com um discurso muito mais positivo.
Apenas quero acrescentar que tenho a certeza que não será por meia dúzia de bestas, como os que ameaçam deixar de contribuir, que o Banco Alimentar sofrerá com esta conversa da treta.
Ulisses Pereira Escreveu:"A presidente do Banco Alimentar deu umas opiniões, anteontem à noite, na SIC Notícias. Ontem, durante todo o dia, foi simbolicamente queimada na fogueira das redes sociais; hoje segue o auto-de-fé em alguns jornais. Salvo algumas boas almas (de esquerda e de direita) que a tentaram compreender, o veredicto foi unânime: ela disse o que não se pode dizer.
Na sociedade atual, como no tempo da Inquisição, todos temos de andar com um credo na boca. Tal como o credo católico, também este se baseia em crenças e não em factos!
E o que disse Isabel Jonet? Enfim, disse o que pensa e isso hoje pode ser quase um crime.
Tanto bastou para os arautos do politicamente correto se porem em ação. Uns escreveram que não dão nem mais um quilo de arroz enquanto ela for presidente do Banco Alimentar; outros exigiram a sua demissão (da instituição privada que ela dirige há anos); uma série deles acusou-a de insultar os pobres (embora os próprios não sejam pobres sabem quando os pobres se sentem insultados) e um movimento ameaça-a de não sei o quê.
A obra de Isabel Jonet fala por si. Mas há uma certa categoria de gente para quem o importante são palavras. Para quem os pobres não são pessoas reais, com qualidades e defeitos, mas categorias político-filosóficas abstratas. Claro que nenhum daqueles que critica violentamente Isabel Jonet terá feito um centésimo do que ela fez no combate à pobreza e à fome em concreto. Mas a pessoas assim não interessam obras nem atos concretos. Apenas ideias e palavras.
E vivem iludidos com palavras a vida toda."
(Henrique Monteiro, in www.expresso.pt)
Diria que eles alimentam é a ilusão das palavras, pois é isso que lhes faz ganhar dinheiro....a isso chama-se politiquice....
Um exemplo caricato das modas deste país é pagar-se 5000 euros a comentadores (os palavreadores da vida dos outros) e pagar-se 500 € a um operário que faz embalamento de sardinhas que vão ser exportadas e está a criar riqueza para a nação....
Este país é de facto uma feira de vaidades...e esses vaidosos estão na moita à espera de tais palavras como Jonet..... Ela foi apanhada por emitir opinião, e eles clamam pela forca.
O tabalho da senhora fala por si. Pena mesmo é ter que ter num país um banco alimentar contra a fome...
Cumprimentos
Ulisses Pereira Escreveu:"A presidente do Banco Alimentar deu umas opiniões, anteontem à noite, na SIC Notícias. Ontem, durante todo o dia, foi simbolicamente queimada na fogueira das redes sociais; hoje segue o auto-de-fé em alguns jornais. Salvo algumas boas almas (de esquerda e de direita) que a tentaram compreender, o veredicto foi unânime: ela disse o que não se pode dizer.
Na sociedade atual, como no tempo da Inquisição, todos temos de andar com um credo na boca. Tal como o credo católico, também este se baseia em crenças e não em factos!
E o que disse Isabel Jonet? Enfim, disse o que pensa e isso hoje pode ser quase um crime.
Tanto bastou para os arautos do politicamente correto se porem em ação. Uns escreveram que não dão nem mais um quilo de arroz enquanto ela for presidente do Banco Alimentar; outros exigiram a sua demissão (da instituição privada que ela dirige há anos); uma série deles acusou-a de insultar os pobres (embora os próprios não sejam pobres sabem quando os pobres se sentem insultados) e um movimento ameaça-a de não sei o quê.
A obra de Isabel Jonet fala por si. Mas há uma certa categoria de gente para quem o importante são palavras. Para quem os pobres não são pessoas reais, com qualidades e defeitos, mas categorias político-filosóficas abstratas. Claro que nenhum daqueles que critica violentamente Isabel Jonet terá feito um centésimo do que ela fez no combate à pobreza e à fome em concreto. Mas a pessoas assim não interessam obras nem atos concretos. Apenas ideias e palavras.
E vivem iludidos com palavras a vida toda."
(Henrique Monteiro, in www.expresso.pt)
Eu concordo inteiramente com o texto... o seu autor não diz em lado nenhum o que acha do que ela disse, apenas passa a ideia de que acha que isso não é muito importante, não é grave, seja o que for que ele pensa do que ela disse!
Exatamente o que eu penso, acho que foram declarações infelizes, mas há coisas mais importantes no que ela faz. Colocar o BA em causa é no mínimo caricato!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Exato artista..
Mas parece que as pessoas ainda não perceberam.
É para mim óbvio que eu posso ter comportamentos correctos do ponto de vista da minha gestão financeira e pessoal e que mesmo assim posso ter problemas se cair no desemprego ou se tiver um acidente ou outra situação disruptiva.
Mas posso tentar precaver para essa situação.
O que parece que está a ser esquecido é que embora pareça que são grátis os serviços públicos, nós tb os pagamos.. e se não os conseguirmos pagar, não temos volta a dar...
Vou usar aqui uma analogia que já usei noutros ocasiões e que é ligeira dada a gravidade das coisas mas serve para ilustrar.
Se eu não pagar a conta da EDP (ou outro operador) eles vão lá casa e cortam.
Se eu não pagar o condominio mas a luz do prédio continua acessa, para quê pagar?
Alguém paga.. e se quiserem que eu pague que me processem.. (posso estar anos assim)...
é esta sensação que as pessoas parece que têm com o Estado.. Alguém paga..
Mas parece que as pessoas ainda não perceberam.
É para mim óbvio que eu posso ter comportamentos correctos do ponto de vista da minha gestão financeira e pessoal e que mesmo assim posso ter problemas se cair no desemprego ou se tiver um acidente ou outra situação disruptiva.
Mas posso tentar precaver para essa situação.
O que parece que está a ser esquecido é que embora pareça que são grátis os serviços públicos, nós tb os pagamos.. e se não os conseguirmos pagar, não temos volta a dar...
Vou usar aqui uma analogia que já usei noutros ocasiões e que é ligeira dada a gravidade das coisas mas serve para ilustrar.
Se eu não pagar a conta da EDP (ou outro operador) eles vão lá casa e cortam.
Se eu não pagar o condominio mas a luz do prédio continua acessa, para quê pagar?
Alguém paga.. e se quiserem que eu pague que me processem.. (posso estar anos assim)...
é esta sensação que as pessoas parece que têm com o Estado.. Alguém paga..
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"A presidente do Banco Alimentar deu umas opiniões, anteontem à noite, na SIC Notícias. Ontem, durante todo o dia, foi simbolicamente queimada na fogueira das redes sociais; hoje segue o auto-de-fé em alguns jornais. Salvo algumas boas almas (de esquerda e de direita) que a tentaram compreender, o veredicto foi unânime: ela disse o que não se pode dizer.
Na sociedade atual, como no tempo da Inquisição, todos temos de andar com um credo na boca. Tal como o credo católico, também este se baseia em crenças e não em factos!
E o que disse Isabel Jonet? Enfim, disse o que pensa e isso hoje pode ser quase um crime.
Tanto bastou para os arautos do politicamente correto se porem em ação. Uns escreveram que não dão nem mais um quilo de arroz enquanto ela for presidente do Banco Alimentar; outros exigiram a sua demissão (da instituição privada que ela dirige há anos); uma série deles acusou-a de insultar os pobres (embora os próprios não sejam pobres sabem quando os pobres se sentem insultados) e um movimento ameaça-a de não sei o quê.
A obra de Isabel Jonet fala por si. Mas há uma certa categoria de gente para quem o importante são palavras. Para quem os pobres não são pessoas reais, com qualidades e defeitos, mas categorias político-filosóficas abstratas. Claro que nenhum daqueles que critica violentamente Isabel Jonet terá feito um centésimo do que ela fez no combate à pobreza e à fome em concreto. Mas a pessoas assim não interessam obras nem atos concretos. Apenas ideias e palavras.
E vivem iludidos com palavras a vida toda."
(Henrique Monteiro, in www.expresso.pt)
Na sociedade atual, como no tempo da Inquisição, todos temos de andar com um credo na boca. Tal como o credo católico, também este se baseia em crenças e não em factos!
E o que disse Isabel Jonet? Enfim, disse o que pensa e isso hoje pode ser quase um crime.
Tanto bastou para os arautos do politicamente correto se porem em ação. Uns escreveram que não dão nem mais um quilo de arroz enquanto ela for presidente do Banco Alimentar; outros exigiram a sua demissão (da instituição privada que ela dirige há anos); uma série deles acusou-a de insultar os pobres (embora os próprios não sejam pobres sabem quando os pobres se sentem insultados) e um movimento ameaça-a de não sei o quê.
A obra de Isabel Jonet fala por si. Mas há uma certa categoria de gente para quem o importante são palavras. Para quem os pobres não são pessoas reais, com qualidades e defeitos, mas categorias político-filosóficas abstratas. Claro que nenhum daqueles que critica violentamente Isabel Jonet terá feito um centésimo do que ela fez no combate à pobreza e à fome em concreto. Mas a pessoas assim não interessam obras nem atos concretos. Apenas ideias e palavras.
E vivem iludidos com palavras a vida toda."
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