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Caldeirão da Bolsa

Vítor Gaspar anuncia amanhã novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mfsr1980 » 25/10/2012 12:47

Estou mais interessado em saber de um País para viver que seja barato e onde haja paz para passar o resto dos meus dias. :roll:
Eu acho o Victor Gaspar competênte mas este último Orçamento diz tudo!
O Gaspar não controla o Estado, nem os Partidos, nem a Justiça e assim os aumentos de carga fiscal são a única alternativa possível.
As empresas nunca serão competitivas com essa carga fiscal e isto leva-nos ao beco sem saída em que nos encontramos.
Lamento mas isto só lá vai à "galheta"!

Abraço mfsr1980
 
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por Oberon » 25/10/2012 12:31

Dom_Quixote Escreveu:
Elias Escreveu:Ou seja: a população QUER um Estado Social a 80 (para usar a expressão do Blue Epsilon). Ou, se quisermos ser ainda mais directos, o que a malta quer é viver sem pagar.


Diria: A população quer um Estado Social a 80 e pagar impostos a 8.


Existem múltiplas ineficiências dentro da máquina do Estado que podem e devem ser trabalhadas. Do lado dos gastos, a resolução destas ineficiências terá de continuar a ter a prioridade máxima!!

Não deixem que vos mudem as prioridades!!! O problema com que os políticos se debatem actualmente está relacionado com a ausência de soluções de curto prazo para resolver estes problemas. Daí que se concentrem em diminuir o Estado Social. Legisla-se hoje, amanhã paga-se menos; fácil.

i) Aumentar a eficiência no trabalho na Administração Central, ii) aumentar eficiência e na cobrança de impostos e iii) melhorar o reporte de contas (on time) da execução orçamental, teria efeitos enormes nas contas do Estado. Falo com conhecimento de causa. Peço desculpa, mas não tenho tempo para expor números. Falta vontade, competência e tempo para aplicar as soluções que todos sabem que existem... já está tudo mais que estudado, mais que sabido. Mas como a nossa democracia é fraca (comunicação social pouco interessada no jornalismo sério de investigação, iliteracia financeira da população e pouco interesse da população em geral em compreender os problemas do país-aliás a maioria da população nem entende o sistema em que vive) este tipo de assuntos nunca tem muita luz de ribalta. É complexo falar sobre isso e não teria audiências com certeza...

Implementação de um sistema de avaliação na Administração Pública que funcione. Finalização da integração dos diversos sistemas informáticos da Administração central para maior controlo fiscal e e controlo orçamental.

Antes de se falar de um Estado Social menor, dever-se-á falar de uma maior eficiência do sector público.
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por JMHP » 25/10/2012 11:41

Nahoot Escreveu:Se calhar o que a população quer é um Estado Social bem gerido.
Não quer pagar impostos ao nível de um país do norte da Europa e ter um estado social ao nível dos USA...


O nosso Estado Social jamais seria aceite ou funcionaria nos USA que classificam o Socialismo europeu como uma sub-espécie democrática do Comunismo.

Qualquer Estado Social insustentável como o nosso que coloque as despesas acima das receitas é mal gerido, é um mau Estado Social.
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por nahoot » 25/10/2012 11:28

Elias Escreveu:
Sr_SNiper Escreveu:Podes fundamentar um pouco Elias ? Obrigado


É muito difícil fundamentar isto como deve ser sem fazer (e apresentar) contas exaustivas. De qualquer forma aqui vão umas ideias:

- estamos a pagar cada vez mais impostos; as pessoas manifestam-se desagradadas

- o Estado Social tem vindo a ser cortado, com cortes fortes nas pensões, nas reformas, na saúde, mais encargos na educação, enfim em tudo aquilo que habitualmente pertence ao chamado "Estado Social" - as reacções da população têm sido adversas, o que mostra que as pessoas desejam mais Estado Social

Apesar dos aumentos dos impostos e dos cortes da despesa, continuas a ter grandes défices, o que mostra que mesmo o aumento da colecta, o dinheiro recolhido não chega para satisfazer os anseios da população.

Ou seja: a população QUER um Estado Social a 80 (para usar a expressão do Blue Epsilon). Ou, se quisermos ser ainda mais directos, o que a malta quer é viver sem pagar.


Se calhar o que a população quer é um Estado Social bem gerido.
Não quer pagar impostos ao nível de um país do norte da Europa e ter um estado social ao nível dos USA...
 
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por Hramos3 » 24/10/2012 20:33

Segurança Social ameaçada de morte

Fiem-se no estado e não corram... que não é preciso... :lol:
 
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por Hramos3 » 24/10/2012 20:19

rg7803 Escreveu:Tá visto que a solução para o nosso problema passa por um programa colectivo de injecções atras da orelha a uma população de idosos com mais de 65 anos...

Gente imprestável, que só gera encargos e despesa ao estado. Pode ser que assim endireitemos o barco...


Ou isso ou dar tudo a esta geração e a próxima que pague as contas sem receber um chavelho.
 
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por rg7803 » 24/10/2012 20:07

Tá visto que a solução para o nosso problema passa por um programa colectivo de injecções atras da orelha a uma população de idosos com mais de 65 anos...

Gente imprestável, que só gera encargos e despesa ao estado. Pode ser que assim endireitemos o barco...
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por Dom_Quixote » 24/10/2012 20:00

Elias Escreveu:Ou seja: a população QUER um Estado Social a 80 (para usar a expressão do Blue Epsilon). Ou, se quisermos ser ainda mais directos, o que a malta quer é viver sem pagar.


Diria: A população quer um Estado Social a 80 e pagar impostos a 8.
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por Elias » 24/10/2012 19:44

Sr_SNiper Escreveu:Podes fundamentar um pouco Elias ? Obrigado


É muito difícil fundamentar isto como deve ser sem fazer (e apresentar) contas exaustivas. De qualquer forma aqui vão umas ideias:

- estamos a pagar cada vez mais impostos; as pessoas manifestam-se desagradadas

- o Estado Social tem vindo a ser cortado, com cortes fortes nas pensões, nas reformas, na saúde, mais encargos na educação, enfim em tudo aquilo que habitualmente pertence ao chamado "Estado Social" - as reacções da população têm sido adversas, o que mostra que as pessoas desejam mais Estado Social

Apesar dos aumentos dos impostos e dos cortes da despesa, continuas a ter grandes défices, o que mostra que mesmo o aumento da colecta, o dinheiro recolhido não chega para satisfazer os anseios da população.

Ou seja: a população QUER um Estado Social a 80 (para usar a expressão do Blue Epsilon). Ou, se quisermos ser ainda mais directos, o que a malta quer é viver sem pagar.
 
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por Sr_SNiper » 24/10/2012 19:33

Elias Escreveu:
Blue Epsilon Escreveu:Eu não só retive essa frase como senti serem accionados alguns sentimentos mais "primitivos" escondidos dentro de mim.

Parece-me o contrário! Ou seja, pagam-se impostos como gente grande para provavelmente nem ter direito a qualquer reforma e ter um estado social que passa do 80 para o 8.


(Nota prévia: editei o post porque a notícia que citei inicialmente não reflectia fielmente a declaração do ministro, por isso substituí-a por outra, diferente da que aparece na tua citação).

Blue Epsilon, a questão é mesmo essa: o Estado Social a 80 custa muito, mas muito mais, do que tu e eu e todos os outros estão actualmente a pagar.

Podes fundamentar um pouco Elias ? Obrigado
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por atomez » 24/10/2012 19:16

Renegade Escreveu:Ai o que o Salazar diria se visse que o ouro ira ser vendido :?

Que é que isso interessa?
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Elias » 24/10/2012 19:12

Blue Epsilon Escreveu:Eu não só retive essa frase como senti serem accionados alguns sentimentos mais "primitivos" escondidos dentro de mim.

Parece-me o contrário! Ou seja, pagam-se impostos como gente grande para provavelmente nem ter direito a qualquer reforma e ter um estado social que passa do 80 para o 8.


(Nota prévia: editei o post porque a notícia que citei inicialmente não reflectia fielmente a declaração do ministro, por isso substituí-a por outra, diferente da que aparece na tua citação).

Blue Epsilon, a questão é mesmo essa: o Estado Social a 80 custa muito, mas muito mais, do que tu e eu e todos os outros estão actualmente a pagar.
 
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por Blue Epsilon » 24/10/2012 19:09

Elias Escreveu:Uma frase que retive da audiência do Vitor Gaspar:

[url]Há um "enorme desvio" entre o que portugueses querem do Estado e o que estão dispostos a pagar[/url]

"Existe aparentemente um enorme desvio entre o que os portugueses acham que devem ter como funções do Estado e os impostos que estão dispostos a pagar", disse Gaspar durante uma audiência na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=586029



Eu não só retive essa frase como senti serem accionados alguns sentimentos mais "primitivos" escondidos dentro de mim.

Parece-me o contrário! Ou seja, pagam-se impostos como gente grande para provavelmente nem ter direito a qualquer reforma e ter um estado social que passa do 80 para o 8.
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
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por Elias » 24/10/2012 19:06

Uma frase que retive da audiência do Vitor Gaspar:

“Existe aparentemente um enorme desvio entre aquilo que os portugueses acham que devem ter como funções sociais do Estado e os impostos que estão dispostos a pagar para assegurar essas mesmas funções."

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/espera-se-do-es ... z2AF1TObTx"
Editado pela última vez por Elias em 24/10/2012 19:09, num total de 1 vez.
 
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por MarcoAntonio » 24/10/2012 18:59

Renegade Escreveu:Ai o que o Salazar diria se visse que o ouro ira ser vendido :?


Portugal tem uma dívida externa de centenas de milhões de euros, nós já perdemos n vezes o valor do ouro.

Aliás, para por em perspectiva só entre este ano e o próximo o Estado gasta só em juros sensivelmente o valor todo do ouro que temos.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Estado social, direitos adquiridos e egoísmo radical

por PMACS » 24/10/2012 18:30

Este é um mero exercício. Imaginem que tínhamos respostas claras e concretas para estas 10 perguntas (eu não tenho):

1 Se uma série de direitos dependem do rendimento disponível, quando esse rendimento baixa drasticamente poderão esses direitos manter-se?
2 E poderão ser esses direitos universais? Ou seja, iguais para todos, independentemente das condições de cada um?
3 Havendo direitos adquiridos, eles devem continuar a ser usufruídos por quem já os detinha (ainda que não seja possível estendê-los a quem a eles quer aceder)?
4 No caso de se manterem os direitos adquiridos, não terá, forçosamente, que haver direitos iguais para quem acede à maioridade, ou ao mercado de trabalho ou a condições iguais às daqueles que detém esses direitos?
5 Com taxas de natalidade ínfimas e com uma esperança de vida cada vez maior, é possível defender direitos adquiridos sem exigir um egoísmo radical que não leva em conta as gerações mais novas?
6 No caso de os direitos deixarem de ser universais, para serem usufruídos apenas pelos que nada (ou quase) têm, faz sentido carregar de impostos aqueles que têm pouco mas estão excluídos desses direitos?
7 O Estado, que pretende por força pagar aos credores, pode tratar os reformados e pensionistas, que toda a vida descontaram, como se não fossem, eles próprios, credores do Estado?
8 Se o Estado não pode assegurar senão reformas simbólicas para quem tem hoje 35 ou 40 anos, não será justo baixar-lhes os descontos para esse efeito?
9 Se a Segurança Social não tem dinheiro daqui a 10 anos, o problema não será, na altura, de muito mais difícil resolução do que hoje?
10 A desestruturação do Estado Social, que se anuncia um pouco por toda a Europa, não é o prenúncio do fim da nossa civilização?

Estas são questões que gostaria de ver no debate político. Infelizmente, damos mais atenção aos amuos do CDS, aos arrufos do PSD, às trapalhadas do PS e às proclamações do BE e do PCP do que às grandes questões do nosso tempo.


http://clix.expresso.pt/estado-social-d ... al=f761791


“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
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por Renegade » 24/10/2012 17:48

Ai o que o Salazar diria se visse que o ouro ira ser vendido :?
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por alexandre7ias » 24/10/2012 17:43

alexandre7ias Escreveu:
Ministro
Gaspar admite usar ouro como colateral de empréstimos
Económico
24/10/12 14:57
O ministro prometeu hoje "olhar" para a possibilidade de as reservas de ouro do Banco de Portugal serem usadas.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, prometeu hoje "olhar" para a possibilidade de as reservas de ouro do Banco de Portugal serem usadas como colateral a emissão de dívida pública.
Durante uma audiência na comissão parlamentar do Orçamento, a deputada do CDS Vera Rodrigues mencionou declarações de uma dirigente do World Gold Council, hoje publicadas no Diário Económico.
A deputada portuense do CDS pediu a Gaspar que comentasse a hipótese de "alavancar o ouro, utilizando-o como colateral para emitir dívida e fazer face às necessidades de financiamento".
À luz das regras comunitárias, as reservas de ouro não podem ser usadas directamente pelo Estado para pagar dívida. Vera Rodrigues perguntou, contudo, se "valeria a pena fazer um 'forcing' para usar as reservas como colateral para aliviar o montante de juros que Portugal tem de pagar".
"Irei olhar para essa questão, não tenho resposta para lhe dar imediatamente", respondeu Gaspar. "O ouro é para quando sairmos do euro", disse num aparte o deputado socialista Pedro Nuno Santos.
As reservas de ouro do Banco de Portugal ascendem a 382,5 toneladas, e valem actualmente 16.300 milhões de euros, o equivalente a 7,5% da dívida pública.
Segundo números do World Gold Council (WGC, organização internacional de empresas do sector do ouro), com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), as reservas portuguesas são actualmente as décimas quartas maiores do mundo.
De acordo com os números mais recentes do BdP, para Fevereiro, as 382,5 toneladas de ouro equivalem a 16.300 milhões de euros. Este valor tem subido muito rapidamente graças à apreciação da cotação do ouro (cujo preço nos mercados internacionais quintuplicou na última
década).
Os acordos internacionais subscritos pelo BdP limitam a quantidade de ouro que o Banco pode vender por ano, e há outras limitações legais que impedem o recurso às reservas para pagar défices orçamentais.
Contudo, se o ouro pudesse ser usado directamente no financiamento do Estado, teria um impacto relativamente reduzido. Mesmo à cotação muito elevada que se regista actualmente para o ouro, as reservas valem apenas cerca 7,5% da dívida das administrações públicas.
.

Vai ser desta, estamos salvos!

Ho vamos ter que sair do € para assim vender o ouro!

Fonte: Económico
.

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal (Foto: D.R.)
Portugal tem quase 15 mil milhões de euros em ouro nacional que poderá usar sem violar as regras europeias e chocar com o BCE

"O Banco de Portugal pode pagar um dividendo ao Governo português em forma de ouro", ajudando assim o Estado a financiar-se de uma forma legal e credível, que não seria considerada financiamento monetário, defende o Conselho Mundial do Ouro (CMO).

Vítor Gaspar prometeu hoje olhar para esta questão levantada no Parlamento. O ouro em causa está avaliado pelo CMO em cerca de 15 mil milhões de euros, cerca de 28% do dinheiro que Portugal precisa de pedir emprestado em 2013 e 2014.

A instituição que representa o mercado do metal precioso e que trabalha com todas as partes (governos, bancos centrais, investidores privados, produtores) considera que o uso deste ouro é uma questão "concreta, simples e credível".

De acordo com um estudo divulgado no início deste mês, o CMO refere que "o ouro em consideração não é o detido pelo BCE para gerir o euro". "Nem está na propriedade coletiva da zona euro". "O ouro relevante para a proposta do CMO é detido pelos bancos centrais nacionais de Itália e Portugal e é seu por direito".

Os dois países são os únicos da zona euro que, na opinião do Conselho, podem e devem estudar um esquema em que a parte do ouro considerada 'nacional' possa ser usada como "colateral" para a emissão de dívida soberana ou como outra forma de financiamento. Os dois estados são os mais bem posicionados já as reservas ditas 'nacionais' são de valor apreciável.

A instituição mundial explica que "os governos de Itália e Portugal, como recipientes de todo ou virtualmente todo o lucro distribuído pelos seus bancos nacionais, são os beneficiários deste ouro". E exemplifica: Se esse ouro "for vendido, o dinheiro que for feito irá totalmente para os governos de Itália e Portugal, não para os recursos coletivos do BCE ou do Eurosistema".

"Há muitas rotas possíveis para que este ouro seja transferido dos bancos nacionais para os respetivos governos. O Banco de Portugal pode pagar um dividendo ao Governo português em forma de ouro", "o Governo italiano poderia comprar ouro à Banca d'Italia a preços de mercado, sendo os lucros pagos imediatamente" ao Executivo de Roma.

"Outra possibilidade adicional é os bancos nacionais usarem, eles próprios, o ouro para apoiar emissões de Obrigações do Tesouro portuguesas e italianas", acrescenta a instituição mundial.

A questão de poder utilizar o ouro 'nacional' "utilizando-o como colateral para emitir dívida e fazer face às necessidades de financiamento" foi hoje levantada pela deputada do CDS, Vera Rodrigues, depois de ler uma notícia na edição de hoje do Diário Económico em que uma dirigente do CMO dava conta dessa possibilidade.

Segundo a Lusa, a parlamentar perguntou ao ministro das Finanças se "valeria a pena fazer um 'forcing' para usar as reservas como colateral para aliviar o montante de juros que Portugal tem de pagar".

"Irei olhar para essa questão, não tenho resposta para lhe dar imediatamente", replicou Vítor Gaspar.

O estudo do CMO insiste que operações feitas com recurso a este ativo (ouro detido pelo Banco de Portugal) nunca pode colidir com as regras europeias e o mandato do BCE pelo simples facto de este ouro pertencer por direito ao banco central governado por Carlos Costa.

Em 2013 e 2014, Portugal apresenta necessidades de financiamento na ordem dos 53 mil milhões de euros. O ouro daria cobrir 28% dessa verba, cerca de 15 mil milhões de euros a preços atuais.Luís Reis Ribeiro
.

Afinal já arranjaram forma de dar a volta!

Volta Salazar que eles estão com saudades!

http://m.dinheirovivo.pt/m/article?cont ... IECO066169
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por Renegade » 24/10/2012 16:37

zaq1 Escreveu:DESTAQUES
Gaspar não afasta a possibilidade da sobretaxa do IRS voltar a ser cobrada nos próximos anos

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=586099

Há quem diga que vai durar pelo menos até 2016... :shock:


Com esta gentinha, o provisório passa a definitivo, o definitivo a provisório, etc...
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por zaq1 » 24/10/2012 16:28

DESTAQUES
Gaspar não afasta a possibilidade da sobretaxa do IRS voltar a ser cobrada nos próximos anos

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=586099

Há quem diga que vai durar pelo menos até 2016... :shock:
 
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por alexandre7ias » 24/10/2012 16:03

Ministro
Gaspar admite usar ouro como colateral de empréstimos
Económico
24/10/12 14:57
O ministro prometeu hoje "olhar" para a possibilidade de as reservas de ouro do Banco de Portugal serem usadas.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, prometeu hoje "olhar" para a possibilidade de as reservas de ouro do Banco de Portugal serem usadas como colateral a emissão de dívida pública.
Durante uma audiência na comissão parlamentar do Orçamento, a deputada do CDS Vera Rodrigues mencionou declarações de uma dirigente do World Gold Council, hoje publicadas no Diário Económico.
A deputada portuense do CDS pediu a Gaspar que comentasse a hipótese de "alavancar o ouro, utilizando-o como colateral para emitir dívida e fazer face às necessidades de financiamento".
À luz das regras comunitárias, as reservas de ouro não podem ser usadas directamente pelo Estado para pagar dívida. Vera Rodrigues perguntou, contudo, se "valeria a pena fazer um 'forcing' para usar as reservas como colateral para aliviar o montante de juros que Portugal tem de pagar".
"Irei olhar para essa questão, não tenho resposta para lhe dar imediatamente", respondeu Gaspar. "O ouro é para quando sairmos do euro", disse num aparte o deputado socialista Pedro Nuno Santos.
As reservas de ouro do Banco de Portugal ascendem a 382,5 toneladas, e valem actualmente 16.300 milhões de euros, o equivalente a 7,5% da dívida pública.
Segundo números do World Gold Council (WGC, organização internacional de empresas do sector do ouro), com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), as reservas portuguesas são actualmente as décimas quartas maiores do mundo.
De acordo com os números mais recentes do BdP, para Fevereiro, as 382,5 toneladas de ouro equivalem a 16.300 milhões de euros. Este valor tem subido muito rapidamente graças à apreciação da cotação do ouro (cujo preço nos mercados internacionais quintuplicou na última
década).
Os acordos internacionais subscritos pelo BdP limitam a quantidade de ouro que o Banco pode vender por ano, e há outras limitações legais que impedem o recurso às reservas para pagar défices orçamentais.
Contudo, se o ouro pudesse ser usado directamente no financiamento do Estado, teria um impacto relativamente reduzido. Mesmo à cotação muito elevada que se regista actualmente para o ouro, as reservas valem apenas cerca 7,5% da dívida das administrações públicas.
.

Vai ser desta, estamos salvos!

Ho vamos ter que sair do € para assim vender o ouro!

Fonte: Económico
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por rg7803 » 22/10/2012 19:46

ul Escreveu:Para quem esta de fora o que conta sao estas contas, o resto é conversa.

"Défice balança corrente cai 80% até Agosto
Económico
22/10/12 11:46

O défice provisório da balança corrente de Portugal caiu 80% para 1.733 milhões até Agosto, segundo o Banco de Portugal.

De acordo com o Boletim Estatístico, hoje divulgado pelo Banco de Portugal, a balança corrente e de capital ter um excedente de 751 milhões de euros, depois do défice de 7.321 milhões registado um anos antes.

A melhoria na balança de capital dos 1.113 milhões no período homólogo de 2011 para mais do dobro, 2.483 milhões, nos oitos primeiros meses deste ano influenciou positivamente o conjunto da balança corrente e de capital no período.

Recentemente, a instituição liderada por Carlos Costa sublinhou que, em 2013, Portugal deverá registar o seu primeiro excedente comercial desde 1943, em plena II Guerra Mundial, o que deverá implicar que a Balança Corrente tenha um saldo positivo para o ano."




que bom, estou mesmo orgulhoso; estou certo que se nos conseguirem coser a boca, e por uma rolha no XX ainda seremos capazes de fazer melhor...
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por richardj » 22/10/2012 19:38

eu diria que 90% da população não sabe bem o que é a balança comercial, nem o significado de ela ser negativa durante quase 60 anos ( !!! )
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por Opcard » 22/10/2012 18:29

Para quem esta de fora o que conta sao estas contas, o resto é conversa.

"Défice balança corrente cai 80% até Agosto
Económico
22/10/12 11:46

O défice provisório da balança corrente de Portugal caiu 80% para 1.733 milhões até Agosto, segundo o Banco de Portugal.

De acordo com o Boletim Estatístico, hoje divulgado pelo Banco de Portugal, a balança corrente e de capital ter um excedente de 751 milhões de euros, depois do défice de 7.321 milhões registado um anos antes.

A melhoria na balança de capital dos 1.113 milhões no período homólogo de 2011 para mais do dobro, 2.483 milhões, nos oitos primeiros meses deste ano influenciou positivamente o conjunto da balança corrente e de capital no período.

Recentemente, a instituição liderada por Carlos Costa sublinhou que, em 2013, Portugal deverá registar o seu primeiro excedente comercial desde 1943, em plena II Guerra Mundial, o que deverá implicar que a Balança Corrente tenha um saldo positivo para o ano."
 
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por Marco Martins » 22/10/2012 17:53

estas medidas de austeridade apenas fariam sentido se paralelamente surgissem iniciativas de baixa de impostos para empresas que se fossem instalando em zonas menos desenvolvidas no país... isso levaria a novos investimentos em várias áreas:
- formação
- inovação
- industria
- equipamentos
- imobiliario
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