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Caldeirão da Bolsa

Economist aponta à reestruturação da dívida nacional

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MarcoAntonio » 26/10/2012 18:17

pepi Escreveu:Acho que este artigo descreve bem qual é o nosso verdadeiro PROBLEMA:


(...)

Isto significa, ao contrário do que tantos dizem, que o Ministério das Finanças não é culpado, mas vítima. [/u] Aliás foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. Isso estrangula a economia, que paga os salários e pensões.

(...)





Isto não está bem e até o próprio Governo já admitiu, em carta ao FMI, que a subida de impostos mais do que compensa (na verdade, muito mais do que compensa) a rectificação que decorreu da decisão do TC.

Esta subida da carga fiscal, ao contrário do que o texto dá a entender, praticamente nada tem que ver com o TC:

> Em primeiro lugar, salários mais pensões não são 70% como o texto diz mas cerca de 50%.

> Em segundo lugar e mais importante ainda, o texto parece partir do princípio que a despesa sobe muito por causa da decisão do TC mas isso não é verdade de todo (basta inclusivamente olhar para o OE2013).

O corte de 2012 mantém-se na sua maior parte: a devolução de um dos dois salários é uma pseudo-devolução que na verdade, num corte que era de dois salários, mantém o corte em um salário e grande parte do segundo. Existe uma subida substancial do IRS, tanto nos escalões como na sobretaxa (só esta come logo uma boa parte do subsidio pseudo-devolvido) e no caso das pensões existe ainda a introdução da medida que corta pensões acima de uma determinada fasquia (acabou por ser acima dos 1350 euros) algo semelhante à que já tinha sido introduzida para os trabalhadores do Estado.


O argumento do TC tem sido mais uma "desculpa" do que outra coisa para um tremendo aumento de impostos e um manifesto pisar no acelerador da austeridade, ao contrário do que começa a ser até a sugestão do próprio FMI. Aquilo que foi feito não foi feito para "compensar" a decisão do TC (uma vez que o Estado acaba a quase nem devolver nada do que tinha cortado antes) mas vai muito para lá disso...
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por pepi » 26/10/2012 14:31

Não, mas ...
Como não falhar em nada sem pagar tudo
26 Outubro 2012 | 01:12
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

Vai Portugal conseguir pagar a dívida pública? Conheça a opinião de Pedro Santos Guerreiro
A dívida pública é uma das maiores mentiras da democracia portuguesa. Sob as folhas limpas do Estado medrou um submundo de desorçamentação. Nos últimos dez anos (2003-2012), acumulámos défices orçamentais de 71,5 mil milhões de euros, suportados com dívida. O Estado deve quase 200 mil milhões, para um PIB de 166 mil milhões. É possível pagar este valor?

Este artigo defende que a equação é impossível; que sem crescimento não é possível pagar a dívida nos actuais preço e prazo; que há formas de perdão que o não são; e que a solução é europeia. Não se falará aqui de outra conclusão: que mesmo um alívio da dívida não dispensa o Estado da transformação.

Pergunta 1: de quanto é a dívida pública? Depois de a troika obrigar a oficializar dívida escondida em empresas públicas, a previsão em Julho era de que a dívida atingiria o pico de 118% do PIB em 2013. Três meses depois, o pico passou para 124% em 2014. Acima dos 120% acima dos quais a dívida é insustentável. Mas será mesmo de 124%?

É fácil que venha a ser mais. Há riscos severos de que o PIB tenha uma contracção superior a 1% no próximo ano. Nos cenários pessimistas do próprio FMI, a dívida será de 132% do PIB em 2015. E há mais: há dívida ainda não reconhecida, em PPP, em empresas públicas e em contratos de "swaps" de taxas de juro arriscados.

Assumamos o melhor cenário: 124% do PIB em 2014. Baixar esta dívida é uma brutalidade, pelos juros (o "Ministério da Dívida", como lhe chama o Governo) e pela amortização do capital. O próprio FMI prevê, no melhor cenário, que só perto de 2025 a dívida desça dos 100% do PIB. Para se ter uma ideia: em 2015 está previsto baixar o stock de dívida em dez mil milhões. Somando os juros, nesse ano o Estado vai pagar quase 17 mil milhões aos credores. É todo o IRS e IRC que os portugueses vão pagar no próximo ano!

Pergunta 2: se não se paga, não se paga a quem? Um dos argumentos contra a reestruturação da dívida reside no facto de grande parte dela já não afectar "os mercados". A fuga de credores estrangeiros de Portugal acelerou-se desde que o "rating" passou a "lixo". Grande parte da dívida pública é detida pela troika (BCE, UE e FMI) e por bancos portugueses, por sua vez também financiados pelo BCE. Uma reestruturação afectaria sobretudo estas entidades.

Pergunta 3: como é que não se paga? Não se pode simplesmente não pagar, como irresponsavelmente defendem membros radicais de esquerda. Da última vez que Portugal entrou em incumprimento ("default"), em 1890, o regime cairia (1910), a pobreza alastrou, passariam mais de 30 anos até o país entrar em estabilidade política (1926), num processo que acabou em ditadura (1933). O "default" foi crucial nesse caos. Hoje o mundo é muito diferente, mas ficar sem financiamento seria também... um caos.

É por isso que Cadilhe fala em "negociação honrada", que passa por taxas de juro baixas e prazos longos - e mais tempo para reduzir o défice, mas com o país "nos mercados", amparado pelo BCE e UE. O alargamento do prazo em um ano pela troika também foi uma "negociação honrada" . E depois da Segunda Guerra, os acordos de Londres também beneficiaram a Alemanha.

Pergunta 4: qual é o processo? O Governo não pode falar nisto publicamente e não deve estar calado privadamente. O problema é na verdade europeu, pois a própria Espanha (e Itália) pode ter um problema semelhante. Reestruturar a dívida destes países gera prejuízos enormes nos bancos alemães, o que poderá obrigá-los a recorrer aos Estados, que assim aumentariam... as suas dívidas públicas. É por isso que países como a Alemanha estão contra: porque o processo culminaria na pura transferência de dívida pública de outros países para as suas.

A tragédia portuguesa foi o Estado ter-se endividado sem que o PIB crescesse. O dinheiro não foi investido, foi consumido. Temos há 16 meses uma intervenção da troika. Agora sim, precisamos de ajuda externa.

Vai Portugal conseguir pagar a dívida pública? Conheça a opinião de Helena Garrido


Sim, mas ...
Pagar a dívida é a escolha mais barata
26 Outubro 2012 | 01:16
Helena Garrido - Helenagarrido@negocios.pt

Vai Portugal conseguir pagar a dívida pública? Conheça a opinião de Helena Garrido
Sim, o caminho está cada vez mais estreito. Mas não pagar a dívida, reestruturar ou reescalonar, significará sempre muito mais austeridade para os portugueses e reduções muito mais significativas do rendimento do que as vividas agora. O caso da Grécia, este ano na Zona Euro, ou da Argentina em 2001, revelam bem que não há reestruturações sem um brutal e descontrolado retrocesso no nível de vida dos cidadãos.

São muitas as vozes que neste momento se elevam a dizer que a reestruturação da dívida é inevitável. Mas não é uma inevitabilidade, como o demonstram os cenários publicados na última avaliação do FMI. Ou seja, "não pagar" a dívida, nos seus mais diversos modelos, não é um destino que nos está traçado. Ainda podemos respeitar os compromissos com os credores que é a melhor das alternativas que temos.

As projecções para a dívida pública são casos típicos de não determinismo. Tudo depende da taxa de juro, do crescimento, do ‘stock’ de dívida e, finalmente, da capacidade de gerar excedentes primários que paguem os encargos com juros. É neste excedente primário, alimentado pela nossa capacidade de aguentar a austeridade, que está a nossa liberdade.

Se formos capazes de suportar a austeridade prevista no programa de ajustamento acompanhado pela troika temos condições de recuperar uma trajectória para a dívida pública que garante o seu pagamento. O que ameaça a nossa capacidade de pagar a dívida não é uma qualquer inevitabilidade, mas sim e apenas, neste momento, a nossa resistência a uma austeridade que está desenhada no Memorando de Entendimento com o FMI, a Comissão Europeia e o BCE. E essa incapacidade de aguentar mais austeridade é em geral alimentada pela ilusão de que há alternativas com menos austeridade.

Imaginemos por momentos que entrávamos num processo de reestruturação na sua versão grega, coordenada pelas autoridades europeias e pelo FMI. A consequência imediata seria o aumento da incerteza sobre o futuro de Portugal no euro, iniciando-se o mesmo pesadelo em que os gregos vivem. Uma incerteza que se traduziria em instabilidade financeira - fuga de depósitos do país, por exemplo –, aumento das taxas de juro, enfim, o regresso ao "Portugal afinal é mesmo também a Grécia". Seguiam-se mais e mais planos de austeridade, mais e mais quebras de rendimento. A imprevisibilidade desta alternativa é ainda agravada pelo facto de os países do euro terem dito que a reestruturação grega seria caso único.

Se um cenário de reestruturação supostamente controlada se traduz num pesadelo grego, imagine-se o que seria tomar a iniciativa de dizer "não pagamos". O País entraria em colapso económico e financeiro, com uma dose de austeridade descontrolada e brutal. Na Argentina o PIB caiu 18%.

Ser capaz de gerir a dívida, ou seja, e em linguagem de economista, garantir uma trajectória de sustentabilidade através do programa de ajustamento é a via que nos garante uma dose mais baixa de austeridade, gerida e controlada pelas autoridades e sem instabilidade no sector financeiro.

Não pagar ou reestruturar não significa ter menos austeridade, pelo contrário, é sinónimo de muito mais empobrecimento. Não estamos perante a escolha de ter ou não ter austeridade. Na situação em que nos encontramos só podemos escolher entre uma austeridade planeada, como é o Memorando de Entendimento, ou uma dose de austeridade, que nem conseguimos prever, como resultado de uma reestruturação da dívida pública.

Cumprir o programa de ajustamento, suportando as medidas de austeridade, não é uma garantia de sucesso, mas pode ainda ser um sucesso. É a via que menos rendimento nos tira. Escolher um qualquer tipo de reestruturação é escolher ainda mais austeridade.

Vai Portugal conseguir pagar a dívida pública? Conheça a opinião de Pedro Santos Guerreiro
 
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por carrancho » 23/10/2012 17:38

alexandre7ias Escreveu:
Claro que é o mal menor! Comparado com o que vai acontecer quando chegar a vez do BCP.


Acabas de ganhar uma catréfada de inimigos! :twisted:
Abraço,
Carrancho
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por alexandre7ias » 23/10/2012 17:35

Quico Escreveu:
artista Escreveu:
Quico Escreveu:
Nahoot Escreveu:Como se viu na Irlanda e na Islandia, não é Pata. :wink:


Na Irlanda e na Islandia, foi a banca que faliu!
Em Portugal, Grécia, Espanha,... foi o estado que faliu!

Mas se querem continuar a insistir em falácias... :roll:


Na Espanha isso não é de todo verdade, a banca é que está falida e as entidades internacionais não lhe querem emprestar diretamente, só querem emprestar ao estado espanhol.. e mesmo em Portugal isso não é completamente correto, o estado se não tivesse andado a salvar a banca estaria certamente bem melhor!

Além do que o facto do estado estar mal está a complicar a vida a toda a gente, a banca até está a ser bem mais protegida do que o resto da atividade!


Tens razão. As generalizações dão nisto, nomeadamente no caso espanhol.
Mas - corrijam-me se estiver a ser incorrecto - resgate do BPN é dos menores problemas do estado português.

P.S. - ...e não estou a defender que se devia ter feito.


Claro que é o mal menor! Comparado com o que vai acontecer quando chegar a vez do BCP.
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por pepi » 23/10/2012 17:07

Acho que este artigo descreve bem qual é o nosso verdadeiro PROBLEMA:

A única esperança
por JOÃO CÉSAR DAS NEVESOntem134 comentários

Parece definitivo: em democracia Portugal nunca conseguirá controlar a despesa pública. Se o ministro Vítor Gaspar, no seu segundo orçamento, com maioria absoluta, vasta experiência técnica e sob ameaça da troika, não obtém melhor que isto, ninguém o fará.
De acordo com o Orçamento do Estado, em 2013 o défice será reduzido em quase 5340 milhões de euros, mas isso é conseguido em mais de 80% por aumentos de receita (Relatório do OE, Quadro II.3.1., p.47). Entretanto a despesa pública total subirá 3% em 2013 (Quadro III.1.1., p.90), bastante mais que o produto nominal. Ou seja, a austeridade está a ser dura para todos, o Governo tem programas para descer a despesa em mais de 1000 milhões de euros (Quadro II.3.1.), mas acaba a subi-la em 2300 milhões (Quadro III.1.1.).

O problema não é pontual, pois assolou Sá da Bandeira e Passos Manuel, Fontes Pereira de Melo e Anselmo Braamcamp, Afonso Costa e Sidónio Pais, Vítor Constâncio, Cavaco Silva e Sousa Franco. É um traço estrutural português só resolvido em ditadura. Aliás hoje não faltam os que acusam estarmos já nessa situação, a "dividadura" das imposições de Finanças e troika. Imposições que, afinal, não reduzem a despesa!

Qual o motivo? Perante tal realidade não faz sentido o jogo da fulanização, pensando que trocar de Governo mudaria as coisas. As alternativas são iguais ou piores. Também não tem lógica acusar monstros míticos, como corrupção, inépcia política ou sina nacional. Repetimos esses refrões há 150 anos sem resultados.

A questão é simples, confirmada por estes meses de troika: o poder político dos grupos à volta do Estado é maior que o poder político dos contribuintes. Quem recebe está mais perto do que quem paga e isso faz toda a diferença. Não é abuso e corrupção (que há mas não chega para isto). São muitas pessoas boas que vivem à custa do Estado. Seja expresso em leis ou negociações de ministério, através das queixas de funcionários, polícias e médicos ou por pressão de câmaras, construtoras e fundações, vendo-se no crescimento de pensionistas e desempregados ou no apoio à agricultura e PME, o que é indiscutível é que a despesa pública arranja sempre maneira de subir. Isto significa, ao contrário do que tantos dizem, que o Ministério das Finanças não é culpado, mas vítima. Aliás foi o Tribunal Constitucional que desgraçou o país. Impedindo o corte de salários e pensões, 70% da despesa, obrigou a subir impostos. Isso estrangula a economia, que paga os salários e pensões.

Enquanto alguém lá fora empresta, as coisas parecem ir bem. O problema, em 2011 como em 1890, 1978 ou 1983, surge quando os credores internacionais perdem a paciência com o nosso desregramento. Face ao seu ultimato inevitável, a única alternativa, hoje como no século XIX, é subir impostos. E os impostos sobem sempre. Repetir sucessivamente que esta receita não funciona é como o bêbado dizer que tem de beber para esquecer a bebedeira.

Qual será a consequência? Se a despesa não diminui, diminui o país. A subida prevista nas receitas fiscais (incluindo contribuições sociais) será de uns brutais 5.8% em 2013. Em ano de recessão prevista de 1%, isto significa obviamente cavar ainda mais a queda.

Não há esperança? No discurso de apresentação do OE, o senhor Ministro disse: "estão a ser identificados cortes de despesa que totalizarão 4000 milhões de euros em 2013 e 2014". Quem quiser esperança, só a isto se pode agarrar.

Espera-nos o abismo? Se reagirmos como em 1890, sim. Mas existe outra possibilidade: podemos reagir como em 1978 e 1983. Em ambos os programas anteriores do FMI a despesa subiu sempre e o défice até aumentou. Felizmente, face ao desregramento do Estado, a economia reagiu, trabalhou e poupou mais debaixo do ataque fiscal, e conseguiu reequilibrar a situação. É verdade que havia taxa de câmbio, mas ela só serve para enganar os trabalhadores. Não é óbvio que a actual geração de agentes económicos consiga fazer o que os seus pais fizeram há 30 anos. Mas a única esperança está na economia.

naohaalmocosgratis@ucp.pt
 
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por artista_ » 23/10/2012 16:49

Quico Escreveu:
artista Escreveu:
Quico Escreveu:
Nahoot Escreveu:Como se viu na Irlanda e na Islandia, não é Pata. :wink:


Na Irlanda e na Islandia, foi a banca que faliu!
Em Portugal, Grécia, Espanha,... foi o estado que faliu!

Mas se querem continuar a insistir em falácias... :roll:


Na Espanha isso não é de todo verdade, a banca é que está falida e as entidades internacionais não lhe querem emprestar diretamente, só querem emprestar ao estado espanhol.. e mesmo em Portugal isso não é completamente correto, o estado se não tivesse andado a salvar a banca estaria certamente bem melhor!

Além do que o facto do estado estar mal está a complicar a vida a toda a gente, a banca até está a ser bem mais protegida do que o resto da atividade!


Tens razão. As generalizações dão nisto, nomeadamente no caso espanhol.
Mas - corrijam-me se estiver a ser incorrecto - resgate do BPN é dos menores problemas do estado português.

P.S. - ...e não estou a defender que se devia ter feito.


O problema é que o próprio problema BPN ainda está a meio de ser quantificado, acho que já vai perto dos 4 mil milhões que o estado já lá enterrou mas ainda pode chegar próximo dos 6 mil milhões... depois há mais 12 mil milhões que vieram para o estado meter na banca, 4.5 desses já foram colocados nos bancos. O estado até ganhará com isso? Sim, se a banca conseguir pagar, mas, até lá, vai parar à dívida!

Ainda assim concordo que não é daí que, pelo menos para já, estão os piores problemas do estado português...
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por mais_um » 23/10/2012 16:47

Quico Escreveu:Mas - corrijam-me se estiver a ser incorrecto - resgate do BPN é dos menores problemas do estado português.



Não estás errado, o problema de Portugal não foi os bancos.

Já agora parece que o dinheiro que o Estado mete nos bancos não entra para contabilizar a divida publica no que diz respeito ao progama de assistencia financeira:


Conceitos de dívida pública
Nas estatísticas das administrações públicas podem identificar-se vários conceitos de dívida pública. O conceito
mais utilizado corresponde à dívida na ótica de Maastricht, o qual resulta da dívida consolidada das administrações
públicas, excluindo os créditos comerciais.
De destacar de igual modo o conceito de dívida do setor público não financeiro (ver Caixa 5), que, para além
da dívida das entidades que integram o setor das administrações públicas, compreende também a dívida das
empresas públicas não incluídas nas administrações públicas.
Adicionalmente, e no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal (PAEF), foi estabelecido
um limite para o valor da dívida pública. O conceito utilizado tem por base a dívida na ótica de Maastricht, mas
exclui um conjunto de situações especificadas no memorando de entendimento. Deste modo, são deduzidos
os seguintes fatores: (i) dívida contraída para efeitos da recapitalização dos bancos; (ii) depósitos do IGCP; e (iii)
pagamento antecipado da margem dos empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira;
(iv) revisões
ao valor da dívida posteriores ao momento da definição dos limites; (v) impacto da reavaliação da dívida às "taxas
de câmbio do Programa". As taxas câmbio do Programa são as aplicáveis a 05 de Maio de 2011.

http://www.bportugal.pt/pt-PT/Estatisti ... 2-2012.pdf

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por Quico » 23/10/2012 16:31

artista Escreveu:
Quico Escreveu:
Nahoot Escreveu:Como se viu na Irlanda e na Islandia, não é Pata. :wink:


Na Irlanda e na Islandia, foi a banca que faliu!
Em Portugal, Grécia, Espanha,... foi o estado que faliu!

Mas se querem continuar a insistir em falácias... :roll:


Na Espanha isso não é de todo verdade, a banca é que está falida e as entidades internacionais não lhe querem emprestar diretamente, só querem emprestar ao estado espanhol.. e mesmo em Portugal isso não é completamente correto, o estado se não tivesse andado a salvar a banca estaria certamente bem melhor!

Além do que o facto do estado estar mal está a complicar a vida a toda a gente, a banca até está a ser bem mais protegida do que o resto da atividade!


Tens razão. As generalizações dão nisto, nomeadamente no caso espanhol.
Mas - corrijam-me se estiver a ser incorrecto - resgate do BPN é dos menores problemas do estado português.

P.S. - ...e não estou a defender que se devia ter feito.
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por VirtuaGod » 23/10/2012 16:09

Pata-Hari Escreveu:Não, a meu ver as OTs apenas reflectem a maior procura (provavelmente também pela nossa banca) e a tranquilidade gerada internacionalmente pelas medidas já tomadas, pela aceitação das mesmas e ainda pela aparente estabilidade do país....



Sim concordo 100% contigo. Não me expliquei bem :oops: O que queria perguntar é. Como anda a situação dos rácios da banca nacional? Ainda é preciso uma procura tão grande de liquidez ou está a aliviar devido ao aumento de preço das OT's? (aumento de preço reflectido num possível melhor rácio)
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por Lion_Heart » 23/10/2012 16:04

O "calote" só ainda não aconteceu porque a Banca Portuguesa esta enterrada em divida Portuguesa até ao pescoço.

E como são eles que mandam neste País , muitos Portugueses irão morrer de fome até que tal aconteça.
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por Pata-Hari » 23/10/2012 15:21

VirtuaGod Escreveu:
Nahoot Escreveu:pareceu-me que a Pata estava a falar de uma forma genérica.


Não me parece, acho que está mesmo a falar do caso Português e banca nacional (como é costume quando a Pata faz esta afirmação).

P.S. Pata com a subida das OT's as coisas não deviam estar melhorzinhas?? Provavelmente até estão, mas qual a extensão dessas melhoras??


Não, a meu ver as OTs apenas reflectem a maior procura (provavelmente também pela nossa banca) e a tranquilidade gerada internacionalmente pelas medidas já tomadas, pela aceitação das mesmas e ainda pela aparente estabilidade do país....
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por Pata-Hari » 23/10/2012 15:17

Nahoot Escreveu:
Quico Escreveu:
Nahoot Escreveu:
Pata-Harry Escreveu:[...] Se o estado não estivesse em sarilhos, a banca não precisaria de ajuda!

[...]

Como se viu na Irlanda e na Islandia, não é Pata. :wink:


Na Irlanda e na Islandia, foi a banca que faliu!
Em Portugal, Grécia, Espanha,... foi o estado que faliu!

Mas se querem continuar a insistir em falácias... :roll:


É verdade sim. São casos diferentes.
O que demonstra que os problemas da Banca não advêm únicamente dos Estados.

Pode ter sido falha de compreensão da minha parte mas pareceu-me que a Pata estava a falar de uma forma genérica. E, de uma forma genérica, a Irlanda e a Islandia são as provas de que a afirmação "Se o estado não estivesse em sarilhos, a banca não precisaria de ajuda!" (que tu, convenientemente, retiraste do quote ;) ) não é verdade.


Não era genérica, era muito precisa e muito concreta.
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por alexandre7ias » 23/10/2012 15:08

'Prolongar ajuda pode atrasar regresso de Portugal aos mercados'

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, alertou hoje, em Estrasburgo, para o perigo que Portugal enfrenta de atrasar o seu regresso aos mercados com o prolongamento por um ano do programa de ajuda financeira.

José Manuel Durão Barroso sublinhou que Bruxelas recomendou ao Conselho Europeu de 19 e 20 de Outubro, «o prolongamento por um ano do programa de ajustamento» a Portugal, mas alertou para o perigo de «atrasar a situação do país», concretamente o «adiamento do retorno aos mercados».

O chefe do executivo europeu, que falava, em Estrasburgo, num debate no Parlamento Europeu, adiantou que a mesma recomendação foi feita para a Espanha e reiterou que «quem toma as decisões finais são os Estados-membros».

Lusa/SOL
.

A Europa esta de tanga o Durão! :mrgreen:
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por VirtuaGod » 23/10/2012 14:09

Nahoot Escreveu:pareceu-me que a Pata estava a falar de uma forma genérica.


Não me parece, acho que está mesmo a falar do caso Português e banca nacional (como é costume quando a Pata faz esta afirmação).

P.S. Pata com a subida das OT's as coisas não deviam estar melhorzinhas?? Provavelmente até estão, mas qual a extensão dessas melhoras??
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por artista_ » 23/10/2012 14:03

Quico Escreveu:
Nahoot Escreveu:Como se viu na Irlanda e na Islandia, não é Pata. :wink:


Na Irlanda e na Islandia, foi a banca que faliu!
Em Portugal, Grécia, Espanha,... foi o estado que faliu!

Mas se querem continuar a insistir em falácias... :roll:


Na Espanha isso não é de todo verdade, a banca é que está falida e as entidades internacionais não lhe querem emprestar diretamente, só querem emprestar ao estado espanhol.. e mesmo em Portugal isso não é completamente correto, o estado se não tivesse andado a salvar a banca estaria certamente bem melhor!

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por nahoot » 23/10/2012 13:53

Quico Escreveu:
Nahoot Escreveu:
Pata-Harry Escreveu:[...] Se o estado não estivesse em sarilhos, a banca não precisaria de ajuda!

[...]

Como se viu na Irlanda e na Islandia, não é Pata. :wink:


Na Irlanda e na Islandia, foi a banca que faliu!
Em Portugal, Grécia, Espanha,... foi o estado que faliu!

Mas se querem continuar a insistir em falácias... :roll:


É verdade sim. São casos diferentes.
O que demonstra que os problemas da Banca não advêm únicamente dos Estados.

Pode ter sido falha de compreensão da minha parte mas pareceu-me que a Pata estava a falar de uma forma genérica. E, de uma forma genérica, a Irlanda e a Islandia são as provas de que a afirmação "Se o estado não estivesse em sarilhos, a banca não precisaria de ajuda!" (que tu, convenientemente, retiraste do quote ;) ) não é verdade.
 
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por Quico » 23/10/2012 12:41

Nahoot Escreveu:Como se viu na Irlanda e na Islandia, não é Pata. :wink:


Na Irlanda e na Islandia, foi a banca que faliu!
Em Portugal, Grécia, Espanha,... foi o estado que faliu!

Mas se querem continuar a insistir em falácias... :roll:
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por nahoot » 23/10/2012 12:22

Pata-Hari Escreveu:
altrio Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Logo, perdido por cem, perdido por mil.


Este tipo de raciocínio estaria muito bem, se estivesse interditada qualquer tipo de ajuda pública à banca. Porque de outro modo, são só potenciais lucros e os prejuízos, se os houver, que paguem os outros...


[...] Se o estado não estivesse em sarilhos, a banca não precisaria de ajuda!

[...]


Como se viu na Irlanda e na Islandia, não é Pata. :wink:
 
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por gorgo » 23/10/2012 12:10

Restruturar não resolve o problema:

Cerca de 100.000 milhões no mercado, isto é, retirando BT, certificados e troika. Uma restruturação desta dívida privada de 30%, resulta numa redução de 30.000 milhões, com juros de 3,5% teremos um encargo no orçamento de € 1.000 milhões.

Não acredito que um encargo deste tipo justifique uma restruturação, antes disso outros custos ou receitas terão de ser obtidas neste valor ou superior.

Em média o nosso PIB ainda não caiu 10% desde 2008 e o mesmo ainda não se passou com a redução dos custos laborais.

Ainda há folga nos rendimentos para ajustar, embora muita gente grite, mas cortar 10% tem de ser aceitável em qualquer lado, quer pela redução de consumo, quer pela redução da poupança.

Como estamos com uma dívida melhor que a Grécia e mais avançados no ajustamento, antes de se pensar em restruturação em Portugal ainda teremos um novo corte na Grécia.

Outra questão, até atendendo ao superavit da balança comercial (com serviços) até Agosto, mostra a prática que tendemos a exagerar no momento de viragem dos ciclos económicos, tal como se passa no mercado acionista, quando tudo negativo o mercado começa a subir. Na economia continua-se a exagerar no afundamento da economia e por milagre esta começa a inverter. Nos indicadores avançados do INE, já se verifica um inversão destes indicadores.

Os cenários mais catastróficos não se verificarão, visto as pessoas e empresas ajustarem em excesso, forçados pelo sentimento muito negativo. Um exemplo é a queda da venda de automóveis e a queda do crédito ao consumo.

Os indicadores avançados da OCDE para Portugal começaram a aterrar.
Editado pela última vez por Visitante em 23/10/2012 12:38, num total de 1 vez.
 
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por PC05 » 23/10/2012 11:55

If you thought Greek bondholders were subordinated…
.....


http://ftalphaville.ft.com/2012/03/29/9 ... ordinated/
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por djovarius » 23/10/2012 11:51

Bom dia,

Repito o que disse no outro dia.


Palavras, palavras, palavras...
tanta coisa para se chegar em breve a uma só conclusão.
Não se fez um programa de reformas a uma década, fomos para o clássico programa de sempre. O FMI é muito culpado também por propôr o seu programa do costume, que condenou tanta gente à fome na América Latina.
Portugal não pode ser visto como um membro forte da zona Euro, mas sim como um emergente, que precisa de reformar as estruturas e as mentalidades.

Vamos ter de dar um calote e começar as nossas vidas de novo, como se de um pós-guerra se tratasse.

Estes defaults e hair cuts parciais são bons para quem tem uma Economia forte e apenas problemas financeiros. Seria bom para reduzir a dívida Belga ou Italiana, mas nunca para um país economicamente debilitado.

Abraço

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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por Texano Bill » 23/10/2012 11:45

Concordo que se não sairmos da recessão em 2013, provavelmente o Governo precisará de fazer alguma restruturação da dívida. De outro modo ela não parará de subir. Mas acredito que antes da restruturação o FMI deverá dar-nos mais uma hipóteses com mais dinheiro ou mais extensão do prazo.

Contudo lembro que em Janeiro deste ano, aquando do haircut da Grécia, também os analistas falavam que Portugal ia fazer o mesmo dentro de meses (não se verificou). E essa especulação atirou as yields da nossa dívida para novos máximos. É interessante ver que há uns meses havia pessoas a apontar a restruturação de Portugal para 2012 e agora já apontam para finais de 2013...

Analisando as cotações das obrigações portuguesas, estas estão com uma evolução positiva há meses, pelo que o mercado acredita cada vez menos que uma restruturação vai acontecer. Nota: nos meses que antecederam a restruturação na Grécia as yields deles estiveram sempre a aumentar.
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por altrio » 23/10/2012 11:42

Pata-Hari Escreveu:Altrio, a ajuda em alguns casos é para corrigir valores contabilisticos da própria dívida. Se o estado não estivesse em sarilhos, a banca não precisaria de ajuda!


A relação não é só num sentido, como bem sabes.

De qualquer modo, o que não é correcto, na minha opinião, é fazer alavancagem quando o risco recai sobre todos. No mínimo, todos deveríamos ter uma palavra a dizer sobre esse assunto.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman

If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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por PC05 » 23/10/2012 11:36

Renegade Escreveu:E de que "rombo" estamos a falar na banca?


Depende do haircut... que acredito, seja inferior ao que foi feito na grécia (70% de perdas reais).
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por Pata-Hari » 23/10/2012 11:34

altrio Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Logo, perdido por cem, perdido por mil.


Este tipo de raciocínio estaria muito bem, se estivesse interditada qualquer tipo de ajuda pública à banca. Porque de outro modo, são só potenciais lucros e os prejuízos, se os houver, que paguem os outros...


Altrio, a ajuda em alguns casos é para corrigir valores contabilisticos da própria dívida. Se o estado não estivesse em sarilhos, a banca não precisaria de ajuda!

Mais, se o estado tiver um problema, acaba-se a banca porque se acaba o crédito a um banco de um país em default.
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