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Caldeirão da Bolsa

O fim do Euro ou o principio de nacionalismos europeus?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Marco Martins » 26/11/2012 11:39

EuroVerde Escreveu:A questão não é tanto o euro.
Do meu ponto de vista tem outros factores mais importantes, que é manterem separado a banca de investimento da comercial, e regularem o mercado e o sector financeiro por forma a impedir que a economia se expanda demasiado depressa artificialmente como foi nos anos 90.
É preferivel encontrarem já uma solução de União e inter-ajuda para o longo prazo e depois trabalharem nela de forma responsável sacrificando o presente, do que trabalharem incansavelmente para uma forma de fazer que nem sabem se está correcta e querer aliviar os programas de ajustamento a curto prazo.
É preciso a determinada altura, a Alemanha ceder e começar a investir e interagir com os países com défice, flexibilizando e dando apoio fiscal desde que os países com défice mostrem garantias e maior disponibilidade de acompanhar o projecto europeu. Para no fim se partir para o mundo com um euro ajustado à Europa como um todo. Esse será o grande sonho.


Concordo. Uma união mais forte será necessária... temos de olhar para os vários países da europa como aquilo que nos séculos anteriores aconteceu com os reinos, onde para terem paz precisavam de "casar" elementos da monarquia para criar fusões de reinos ou então teriam guerras...

Ora, se as pessoas em milhões de anos ainda não mudaram assim tanto, e os sentimentos de domínio, medo, esperança e revolta se mantêm intocáveis independentemente da evolução social, então estou em crer que a europa terá de dar um passo em frente para uma fusão, ou então terá um efeito contrário...

Ao ler os comentários deste tópico, parece-me que desde 2010, a europa apenas conseguiu adiar os problemas 2 ou 3 anos... e que tudo continua na mesma...

É fácil dizer que queremos crescimento e investimento, quando estamos à espera que sejam outros a resolver os nossos problemas e a investir de olhos fechados em nós...

Será que se olharmos para os Gregos, sentimos vontade de nos endividarmos e arriscarmos para emprestar parte do nosso investimento aos Gregos, Malta ou Espanha, criando assim mais pobreza em Portugal na esperança de sermos todos mais ricos no futuro?

Isto é o que acontece na europa... todos desconfiam uns dos outros e não estão dispostos a criar mais pobres na sua região, com vista a um bem comum superior...
 
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por EuroVerde » 25/11/2012 16:25

A questão não é tanto o euro.
Do meu ponto de vista tem outros factores mais importantes, que é manterem separado a banca de investimento da comercial, e regularem o mercado e o sector financeiro por forma a impedir que a economia se expanda demasiado depressa artificialmente como foi nos anos 90.
É preferivel encontrarem já uma solução de União e inter-ajuda para o longo prazo e depois trabalharem nela de forma responsável sacrificando o presente, do que trabalharem incansavelmente para uma forma de fazer que nem sabem se está correcta e querer aliviar os programas de ajustamento a curto prazo.
É preciso a determinada altura, a Alemanha ceder e começar a investir e interagir com os países com défice, flexibilizando e dando apoio fiscal desde que os países com défice mostrem garantias e maior disponibilidade de acompanhar o projecto europeu. Para no fim se partir para o mundo com um euro ajustado à Europa como um todo. Esse será o grande sonho.
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por João Ferreira do Amaral

por Trisquel » 25/11/2012 15:55

XXI, TER OPINIÃO 2013 revista anual de reflexão e debate
MOEDA ÚNICA I
O custo de uma utopia

O euro não auxilia a maioria dos Estados europeus a adaptarem-se à globalização, até os prejudica. Isso sucede porque não é possível uma mesma moeda contemplar os interesses de Estados tão diversos. O euro também não serve Portugal, pois não só agravou a actual crise, como torna muito mais difícil ultrapassá-la. Devemos pois abandonar este projecto utópico.
Quando se aborda a grande questão que é a da moeda única europeia, principalmente num momento em que esta atravessa uma crise indesmentível, duas interrogações surgem imediatamente: será que uma moeda única é um bom projecto para a Europa? E será que, adoptando o euro, Portugal pode acompanhar esse projecto?
Vamos abordar sucessivamente as respostas a estas duas questões.
Discutir se a moeda única é um bom projecto para a Europa depende obviamente de se saber o que se pretende com o processo de integração europeia.
Das múltiplas visões desse processo vamos excluir à partida duas: a daqueles que consideram que a integração europeia é uma inevitabilidade e a dos que defendem que não deve existir integração e muito menos uma união de Estados.
Excluímos estas posições porque elas não são relevantes para o nosso tema: se a integração é uma inevitabilidade ou é se é algo de indesejável (em ambos os casos, afirmações de que discordamos frontalmente), então não vale a pena discutir a existência de uma moeda única europeia.
Restam dois grandes grupos de posições: a daqueles que entendem o processo de integração como a construção progressiva de um Estado europeu que substituirá os Estados-membros – que é a chamada concepção federalista; e a do grupo (em que nos incluímos) que entende o processo de integração como a construção de uma organização de Estados soberanos cuja missão principal é a de ajudar esses mesmos Estados a exercer as suas funções no difícil contexto criado pela aceleração da globalização.
Um dos domínios onde é mais evidente a diferença entre as duas posições é justamente o domínio monetário. Mas não é o único: a segurança interna e externa e a política externa são outros exemplos flagrantes em que a diferença de posições é muito nítida.
Se o que se pretende da integração é chegar a um Estado europeu mais ou menos federal, então a moeda única é algo que faz sentido, uma vez que deixa de existir a preocupação de compatibilização de interesses nacionais.
Num Estado federal (e não consideramos a posição, que qualificamos de pouco séria e até de hipócrita, de se dizer que se pretende uma federação sem criar um Estado europeu), o interesse do todo prevalece sobre os interesses das partes, no caso, dos Estados federados.
Ora a existência de uma moeda própria para um Estado, ou pelo menos a possibilidade de controlo da moeda que utiliza, é, como veremos mais adiante, um instrumento essencial na defesa dos interesses desse Estado, pelo que, para o federalista – que pretende, justamente, fazer subordinar os interesses dos Estados ao interesses do Todo, concebido de forma mais ou menos metafísica – há toda a vantagem na criação de uma moeda única.
No caso específico da União Europeia, os federalistas mais exacerbados, cuja posição acabou por vencer no Tratado de Maastricht, acordado na cimeira desta cidade em finais de 1991, defendiam que se deveria avançar rapidamente para a realização da moeda única porque tal impulsionaria/obrigaria à realização da união política europeia, leia-se, à criação de um super-Estado federal.
As consequências desta visão, estamos hoje a pagá-las e a um preço muito elevado, mas nem por isso a posição federalista mudou. Quando toda a gente já se apercebeu de que a crise europeia actual é em grande parte fruto da inevitável inadequação da uniformização federalista forçada das políticas comuns europeias em geral e da política monetária em particular, os federalistas não encontram melhor solução para a crise do que... o reforço do federalismo!
Já quanto à posição que defendemos – que a União Europeia deve existir para auxiliar os Estados e não para os substituir – posição que gostamos de designar por confederal, a moeda única só se justificará se, de facto, auxiliar os Estados. Nunca como um fim em si mesmo ou, pior ainda, como alavanca para a criação do super-Estado europeu. E a verdade é que, para a maioria dos Estados, a moeda única não os auxilia a adaptar-se à globalização. Pelo contrário, prejudica-os. Vamos ver porquê.
Importância da moeda
A moeda, além de ser imprescindível para o funcionamento de qualquer economia moderna é também um instrumento insubstituível da política económica.
São dois os aspectos essenciais desse carácter instrumental.
Em primeiro lugar, pela sua referência externa, ou seja pelo valor da moeda de um país em relação ao valor das moedas de outros países, o que normalmente se designa por taxa de câmbio. A taxa de câmbio de uma moeda de um país em relação às dos outros não é arbitrária. O seu valor deve evoluir em consonância com a competitividade da economia desse país. Se, por exemplo, a economia é pouco competitiva, gerando défices na balança de pagamentos, então o que está indicado é desvalorizar a moeda de forma a que as exportações do país se tornem mais baratas no exterior – e assim se possa exportar mais – e as importações se tornem mais caras, permitindo que em certos produtos a produção interna possa competir com os produtos importados.
Se o país não dispuser de moeda própria, fica sujeito a gerar défices das contas externas e, portanto, dívida externa de tal monta que, mais cedo ou mais tarde, os bancos internacionais deixam de emprestar dinheiro aos bancos nacionais e estes vêem-se obrigados a cortar o crédito à actividade económica interna, gerando a depressão, o desemprego, e pondo mesmo em causa, nos casos mais graves, a existência do país. Como se compreenderá, num processo acelerado de globalização, em que a concorrência mundial se torna feroz, é ainda mais importante dispor de um instrumento que permita ao país reagir aos choques concorrenciais que vêm do exterior.
Não é possível uma mesma moeda contemplar os interesses de Estados tão diversos como são os que constituem a zona do euro.
Desta forma, é uma grave irresponsabilidade abdicar da moeda própria quando não se dispõe, no espaço da união monetária, de mecanismos gerais de reacção aos choques externos que cada Estado sofra. Foi o que sucedeu – e continua a suceder – com o euro, devendo ficar bem claro que a existência de um mecanismo de transferências de dinheiro para os Estados, supostamente compensadoras dos choques externos, preconizada por alguns, não resolveria o problema porque teria efeitos diferentes de uma desvalorização cambial – que, na verdade, em situação de comércio livre, é o único instrumento apto a lidar com aqueles choques.
Mas não é só a vertente externa que é importante no que diz respeito à moeda enquanto instrumento de política económica. Outra componente fundamental tem a ver com o poder de emissão monetária. É espantoso como os países que favoreciam a moeda única abdicaram deste poder sem o mínimo protesto, com a honrosa excepção do eleitorado dinamarquês que soube dizer não em referendo. Em Portugal, recorde-se, o bloco central impediu o referendo.
Para um Estado, abdicar da emissão monetária significa que passa a estar dependente dos mercados financeiros para o seu financiamento. E isto, nos dias de hoje, é quase um crime. Era possível tal suceder no século XIX, como aliás ocorria efectivamente, e os Estados, em consequência, tornavam-se por vezes insolventes, o que também sucedeu em Portugal nessa época. Mas no século XIX o papel do Estado era muito mais reduzido do que é hoje. Quase não tinha serviços de saúde e poucos eram os de educação. A segurança social pública era mínima e a população era jovem. Hoje não é assim e por isso é quase impensável que um Estado se torne insolvente. Se tal suceder, seguir-se-á o caos económico e social.
Daí que seja importante que os Estados disponham de um financiamento de último recurso. Não para o usarem de forma leviana, mas para se respaldarem em situação de crise profunda, quando o funcionamento do Estado é, afinal, mais necessário. Esse financiamento de último recurso é a emissão monetária.
Vemos, pois, muito claramente na origem da moeda única a concepção federalista de destruição do poder dos Estados-nação. Sem moeda, os Estados ficam desprovidos de instrumentos fundamentais da política económica que dêem corpo ao prosseguimento de objectivos próprios. Ficam, assim, dependentes do Todo.
Mais: a cegueira federalista não compreendeu que, ao destruir o poder dos Estados nacionais, está a destruir a democracia, cujo quadro de referência é o nacional. Está também a destruir o próprio processo de integração europeia, pois a impossibilidade de prosseguir os interesses nacionais agrava as tensões entre os Estados, como sempre sucedeu ao longo da história e agora se vê muito claramente. Pode bem ser que a moeda única seja a coveira da integração europeia.
Havia soluções alternativas? Com certeza. A utilidade da existência de uma moeda europeia não está em discussão. Uma moeda europeia forte contribuiu, sem dúvida, para a estabilização monetária do espaço europeu, muito perturbada nos inícios dos anos 90 pelos movimentos especulativos que se seguiram à precipitada liberalização dos movimentos de capitais, completada em 1992.
Portanto, o que está errado na moeda única europeia não é o ser moeda europeia: é ser única (ou tendencialmente única). O que estaria indicado para conjugar os interesses nacionais com a estabilização monetária europeia seria a coexistência da moeda europeia com as moedas nacionais, como aliás chegou a ser proposto durante as discussões entre os Estados sobre a forma de realização da moeda europeia.
Mas tal solução, que faria a União Europeia exercer o seu papel de auxiliadora dos Estados nacionais no cumprimento das respectivas funções, como defende a posição confederal, ia contra a posição federalista extremada de substituir os Estados nacionais. Prevaleceu a utopia federalista sobre as realidades políticas e económicas. E, de novo, tal como a história tem demonstrado muitas e muitas vezes, quando se pretende que a utopia prevaleça sobre a economia, o resultado final é ficarmos sem economia e sem utopia.
Podemos acompanhar o euro?
Portugal, para mal de todos nós, tornou-se um exemplo do que pode suceder quando um país com uma estrutura produtiva relativamente débil adopta uma moeda única muito forte, portanto com um valor externo inadequado à sua economia.
Progressivamente, a adopção do euro levou a que as empresas portuguesas se voltassem para o mercado interno, especializando-se na produção de bens e principalmente de serviços protegidos da concorrência externa, os chamados bens e serviços não transaccionáveis.
Tal deriva, que se verificou desde meados da década de 90, já desde a preparação para a moeda única, fez desindustrializar rapidamente o país. Para dar só um exemplo, o peso conjunto da agricultura, da indústria e da parte transaccionável do turismo no PIB desceu de cerca de 30% em 1995 para pouco mais de 22% em 2008, no início daquela que ficará certamente conhecida no futuro pela primeira crise da globalização.
Esta desindustrialização (em sentido lato, ou seja, perda de peso dos bens transaccionáveis) levou a défices crescentes da balança de pagamentos e à acumulação de dívida externa, que foi ainda possível financiar durante dez anos. Mas em meados da década passada já era visível que mais cedo ou mais tarde Portugal teria uma crise própria de financiamento da economia. A crise internacional só veio apressar essa crise nacional, mas ela era inevitável.
A essa crise externa, e em grande parte em consequência dela, veio juntar-se a crise da dívida soberana, que, para assegurar o financiamento do Estado, levou Portugal a subordinar-se abjectamente aos países europeus que emprestam o dinheiro. A todos os males económicos que criou a adopção da moeda única por Portugal, juntou outro: veio pôr entre parêntesis a nossa própria capacidade de autogoverno. Dificilmente se poderia encontrar um erro maior de política do que a nossa adesão ao euro. E agora?
É visível que a política de austeridade não resolve nada e só agrava a situação. Por uma boa razão, aliás. É que o nosso problema é um problema de distorção da estrutura produtiva, provocada, durante mais de dez anos, pela adesão à moeda única. Endireitar de novo uma estrutura produtiva desequilibrada, não é a austeridade que o fará. Pelo contrário: só o conseguiremos quando fizermos o investimento necessário a essa nova reconversão, o que é praticamente impossível com uma política de austeridade tão exagerada.
Por isso, do nosso ponto de vista, qualquer solução sustentável para o nosso país passa pela saída do euro. E quanto mais cedo, melhor. Mas este “mais cedo” infelizmente não poderá ou não deverá ser já. Isto porque o processo de saída, desejavelmente, deverá ocorrer só depois de estabilizada a zona euro para podermos sair de forma negociada e apoiada. Sair empurrados e sem apoio será quase tão mau como permanecer na moeda única e assistirmos, impotentes, ao definhamento total do país.
Quando um projecto se revela errado é preciso abandoná-lo. Devemos, sem margem para dúvidas, abandonar o mais rapidamente que for possível o projecto utópico da moeda única europeia.
por João Ferreira do Amaral
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por mais_um » 20/10/2012 20:36

EuroVerde Escreveu:George Soros diz que começará e se intensificará os grupos de nacionalistas europeus de extrema direita a fazerem das suas.
O fim do euro é uma coisa que não está garantida mesmo que este deprecie face ao dólar.

Aqui na Europa a Alemanha nunca ganhou uma guerra. Penso que desta vez não será diferente. :roll:


Se considerares a Alemanha apenas como existindo após 1871, tens razão, mas a Prússia ganhou várias guerras na Europa, a ultima (1870 contra a França)formalmente deu origem à Alemanha (Estado) como conhecemos hoje.
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por EuroVerde » 20/10/2012 19:36

George Soros diz que começará e se intensificará os grupos de nacionalistas europeus de extrema direita a fazerem das suas.
O fim do euro é uma coisa que não está garantida mesmo que este deprecie face ao dólar.

Aqui na Europa a Alemanha nunca ganhou uma guerra. Penso que desta vez não será diferente. :roll:
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por PMACS » 20/10/2012 13:31

Nigel Farage está a tornar-se viral nas redes sociais!
A imagens já não são novas, mas penso que ainda não tinham passado aqui!

<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/fJmGDtLWJSU" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>

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por nuuuuno » 13/6/2012 16:33

Camisa Roxa Escreveu:
nuuuno Escreveu:
Camisa Roxa Escreveu:mas e alternativas? os problemas são conhecidos...gastamos mais do que produzimos...mas e alternativas? voltar atrás no tempo? 1 carro, 1 TV, nada de ferias, perda de sistemas de saude, mortalidade a aumentar, etc...! isso causaria 1 revolução no mundo ocidental e ninguem (nem bancos, nem governos, nem o povo) sairia beneficiado.


causaria uma revolução? caramba, uma revolução é o que já está a acontecer e vai tornar-se muito pior! estamos a caminho da incineração total!

a alternativa é desinflar o balão! passa em 1º lugar por baixar radicalmente a despesa dos Estados quiçá para défice zero; teria obviamente de haver haircuts às dívidas; mas o défice zero por si só seria uma medida que acalmaria tudo e depois a dívida privada resolver-se-ia com mais calma

falam em austeridade mas a despesa dos Estados continua a aumentar!

agora andar a despejar $ que ninguém sabe de onde vem em cima dos problemas só os agrava até à implosão total do sistema


eu sou totalmente a favor do controlo da despesa do estado obviamente e principalmente redução deste! este despesismo e estes governos promiscuos claro que me tiram do serio...! agora revolução?? o povo nao sabe o que é passar fome, nao ter saude, nao se conseguir deslocar, insegurança, etc. isso sim é o caos e sinceramente parece-me que estamos longe disso!
 
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por Camisa Roxa » 13/6/2012 16:27

nuuuno Escreveu:
Camisa Roxa Escreveu:mas e alternativas? os problemas são conhecidos...gastamos mais do que produzimos...mas e alternativas? voltar atrás no tempo? 1 carro, 1 TV, nada de ferias, perda de sistemas de saude, mortalidade a aumentar, etc...! isso causaria 1 revolução no mundo ocidental e ninguem (nem bancos, nem governos, nem o povo) sairia beneficiado.


causaria uma revolução? caramba, uma revolução é o que já está a acontecer e vai tornar-se muito pior! estamos a caminho da incineração total!

a alternativa é desinflar o balão! passa em 1º lugar por baixar radicalmente a despesa dos Estados quiçá para défice zero; teria obviamente de haver haircuts às dívidas; mas o défice zero por si só seria uma medida que acalmaria tudo e depois a dívida privada resolver-se-ia com mais calma

falam em austeridade mas a despesa dos Estados continua a aumentar!

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por nuuuuno » 13/6/2012 16:08

Camisa Roxa Escreveu:
nuuuno Escreveu:atenção que todo o mundo ocidental vai nu...os problemas de endividamento dos EUA e UK sao sobejamente conhecidos e existe um monte de videos e economistas a demonstrar a situação. gosto de ouvir o nigel, especialmente pela dicção :lol: mas a europa / euro nao está só e internamente eles tambem têm graves problemas.


correctíssimo, mas o Nigel tem alertado para tudo isso; é óbvio que enquanto deputado europeu a sua acção versa essencialmente sobre as asneiras europeias, mas ele já tem dito muitas vezes que os EUA e o UK também estão a cometer o enorme erro de andarem a imprimir $ como se não houvesse amanhã


mas e alternativas? os problemas são conhecidos...gastamos mais do que produzimos...mas e alternativas? voltar atrás no tempo? 1 carro, 1 TV, nada de ferias, perda de sistemas de saude, mortalidade a aumentar, etc...! isso causaria 1 revolução no mundo ocidental e ninguem (nem bancos, nem governos, nem o povo) sairia beneficiado.
 
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por Camisa Roxa » 13/6/2012 15:58

nuuuno Escreveu:atenção que todo o mundo ocidental vai nu...os problemas de endividamento dos EUA e UK sao sobejamente conhecidos e existe um monte de videos e economistas a demonstrar a situação. gosto de ouvir o nigel, especialmente pela dicção :lol: mas a europa / euro nao está só e internamente eles tambem têm graves problemas.


correctíssimo, mas o Nigel tem alertado para tudo isso; é óbvio que enquanto deputado europeu a sua acção versa essencialmente sobre as asneiras europeias, mas ele já tem dito muitas vezes que os EUA e o UK também estão a cometer o enorme erro de andarem a imprimir $ como se não houvesse amanhã
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por nuuuuno » 13/6/2012 15:54

atenção que todo o mundo ocidental vai nu...os problemas de endividamento dos EUA e UK sao sobejamente conhecidos e existe um monte de videos e economistas a demonstrar a situação. gosto de ouvir o nigel, especialmente pela dicção :lol: mas a europa / euro nao está só e internamente eles tambem têm graves problemas.
 
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por Camisa Roxa » 13/6/2012 15:10

p3droPT Escreveu:
PMACS Escreveu:<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/TN_1mF-3JTI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>


Este Nigel Farage diz demasiadas verdades... Para politico :lol:

Gosto de o ouvir.


é o único naquela antro que consegue dizer que o rei vai nu!
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por MVP » 13/6/2012 15:08

PMACS Escreveu:<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/TN_1mF-3JTI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>


Este Nigel Farage diz demasiadas verdades... Para politico :lol:

Gosto de o ouvir.
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por PMACS » 13/6/2012 14:41

<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/TN_1mF-3JTI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
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por Pata-Hari » 24/1/2011 22:46

Mais_um, interessante o comentário Russo. Não tenho qualquer dúvida que a Europa com a Rússia se tornaria uma referência e isso pode bem ser o futuro.
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por fatimafaria » 24/1/2011 16:58

Trisquel Escreveu:Deutsche Bank: "Futuro do euro não está garantido"
24 Janeiro 2011 | 15:21
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O economista-chefe do maior banco privado alemão voltou hoje a advertir que o futuro do euro "não está garantido" e que 2011 será o ano decisivo para a união monetária europeia.
Em entrevista à Bloomberg, Thomas Mayer considera que o ano em curso vai ser de “ou vai ou racha” para o euro.

Mayer tem sido uma das vozes mais cautelosas em relação à sobrevivência da moeda europeia. Em diversas ocasiões, tem criticado a resposta lenta e hesitante dos dirigentes europeus para tentar estancar a crise da dívida soberana que, em seis meses, forçou dois países do euro – Grécia e Irlanda – a recorrer a ajuda externa

Em entrevista recente à Lusa, o economista-chefe do Deutsche Bank antecipou que esse venha igualmente a ser o destino português. Os mercados levantam "grandes interrogações sobre Portugal, e esperam que, mais cedo ou mais tarde, o País tenha de recorrer ao fundo de resgate europeu, e acham que devia fazê-lo rapidamente", defendeu há duas semanas.


A semana passada a Merkel dizia precisamente o contrario!
 
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por sombrio » 24/1/2011 16:51

Ainda bem. O Euro devia acabar era ja!
 
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por Trisquel » 24/1/2011 16:44

Deutsche Bank: "Futuro do euro não está garantido"
24 Janeiro 2011 | 15:21
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

O economista-chefe do maior banco privado alemão voltou hoje a advertir que o futuro do euro "não está garantido" e que 2011 será o ano decisivo para a união monetária europeia.
Em entrevista à Bloomberg, Thomas Mayer considera que o ano em curso vai ser de “ou vai ou racha” para o euro.

Mayer tem sido uma das vozes mais cautelosas em relação à sobrevivência da moeda europeia. Em diversas ocasiões, tem criticado a resposta lenta e hesitante dos dirigentes europeus para tentar estancar a crise da dívida soberana que, em seis meses, forçou dois países do euro – Grécia e Irlanda – a recorrer a ajuda externa

Em entrevista recente à Lusa, o economista-chefe do Deutsche Bank antecipou que esse venha igualmente a ser o destino português. Os mercados levantam "grandes interrogações sobre Portugal, e esperam que, mais cedo ou mais tarde, o País tenha de recorrer ao fundo de resgate europeu, e acham que devia fazê-lo rapidamente", defendeu há duas semanas.
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por mais_um » 28/11/2010 23:46

canguru Escreveu:Agora sim, e depois de olhar para o PEC VII na Irlanda, começo a temer o FMI.

Todos os olhos estão em PT e na Espanha (a tal que é demasiado grande para segurar). Todos tem culpa (países sistematicamente incumpridores e as declarações da Merkl, Sarkosy, etc..) Neste processo e não há inocentes.

Tudo isto só vem mostrar que o - bonito - projecto europeu, continua a não passar disso mesmo e que esta (a Europa) não sabe reagir a cisnes negros, como já o havia demonstrado há 18 anos atrás quando ficou um ano de braços cruzados à espera que alguém - Clinton, NATO, ONU - agisse.

Tudo isto é triste, tudo isto é UE.


Não tenho duvidas que o que se está a passar é um ataque ao Euro com o objectivo de enfraquecer o projecto europeu, de tal maneira que fique paralisado por muitos anos.

Claro que os politico europeus actuais tem ajudado à festa com a sua falta de visão e estrategia. São mesmo muito fraquinhos.

Quanto tiver tempo justificarei melhor o meu raciocinio.
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por canguru » 28/11/2010 23:05

Agora sim, e depois de olhar para o PEC VII na Irlanda, começo a temer o FMI.

Todos os olhos estão em PT e na Espanha (a tal que é demasiado grande para segurar). Todos tem culpa (países sistematicamente incumpridores e as declarações da Merkl, Sarkosy, etc..) Neste processo e não há inocentes.

Tudo isto só vem mostrar que o - bonito - projecto europeu, continua a não passar disso mesmo e que esta (a Europa) não sabe reagir a cisnes negros, como já o havia demonstrado há 18 anos atrás quando ficou um ano de braços cruzados à espera que alguém - Clinton, NATO, ONU - agisse*.

Tudo isto é triste, tudo isto é UE.

*Refiro-me, naturalmente, à Guerra da ex-Jugoslávia, paredes meias com a UE
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por mais_um » 28/11/2010 22:43

Atomez Escreveu:
Supermann Escreveu:
helderjsm Escreveu:E outra coisa que não percebi é onde ele foi buscar que o nosso défice é de 325%??


Ele falou em divida de 325% e não em défice. Ele está correto

Esse valor é o da dívida total da país, incluindo a dívida pública (estado) e privada (banca, empresas e particulares) e é de facto a mais elevado da Europa.



Podes colocar a fonte dessa informação?

É que só na divida externa (publica e privada), há vários paises europeus com uma divida maior que a nossa, a começar pelos ingleses.

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_co ... ernal_debt
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por artista_ » 28/11/2010 22:33

Como já muitas vezes se comprovou aqui, ser do contra é fácil, apontar erros ou defeitos é a coisa mais fácil do mundo, apontar saídas ou encontrar soluções é algo bem mais complicadode fazer...

Está longe de ser um assunto de que percebo muito, mas parece-me que claramente temos muito mais a perder do que a ganhar com o fim do euro, ou com uma eventual saída de Portugal... acho mesmo que iriamos rapidamente perceber que ficaríamos bem mais pobres. Mas os outros não nos querem (nem devem) sustentar e temos de conseguir mudar, ser mais competitivos e produtivos, mais poupados, menos consumistas! Mas isso também não é fácil, desde logo porque é preciso que todos percebam o que isso significa, será preciso conseguir mobilizar as pessoas, e quem o conseguirá? Este Governo do Sócrates duvido... estaremos inevitavelmente perdidos?!

abraços

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por atomez » 28/11/2010 21:58

Supermann Escreveu:
helderjsm Escreveu:E outra coisa que não percebi é onde ele foi buscar que o nosso défice é de 325%??


Ele falou em divida de 325% e não em défice. Ele está correto

Esse valor é o da dívida total da país, incluindo a dívida pública (estado) e privada (banca, empresas e particulares) e é de facto a mais elevado da Europa.

O fim do Euro levaria ao fim da UE e ao regresso aos nacionalismos, e com isso a prazo uma nova guerra civil europeia sem dúvida...

É por isso que o Euro está a ser segurado por motivos políticos.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Supermann » 28/11/2010 21:34

helderjsm Escreveu:Convenientemente não se ouve a resposta dos outros euro deputados.

E agora a pergunta de um milhão de dólares...

E quem é que este pensa que é?
Mas há assim gente tão inteligente que fariam muito melhor? Mas ele consegue assumir com tanta certeza que a Europa seria muito melhor sem a zona Euro?

É que é muito fácil criticar aquilo que foi feito, mas ninguém pode criticar os falhanços prováveis daquilo que poderia ser feito...

É verdade que a estabilidade da zona Euro está em cheque, mas será necessário desistir de um sonho desta dimensão? Já muitos tentaram criar um mundo unido. Porque não tentar fazê-lo de uma forma justa e correcta?

Com tanta garganta gostava de o ouvir responder a estas perguntas. E melhor ainda gostava de saber quem é que ele pensa que é para dar uma lição a toda a Europa.

E outra coisa que não percebi é onde ele foi buscar que o nosso défice é de 325%??


Ele falou em divida de 325% e não em défice. Ele está correto
 
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por Opcard » 28/11/2010 21:28

Que eu saiba não há presidente ou rei da Europa:

18 novembro 2010 Le Soir Bruxelas

Le Soir, 18 novembro 2010
"Herman Van Rompuy ‘não é presidente dos europeus’", anuncia Le Soir.

"Sou presidente do Conselho Europeu, não dos europeus", precisa Van Rompuy. Hoje, "todos podem constatar que o Conselho Europeu ganhou peso", assegura Le Soir. "A questão das capitais e do 'intergovernamental' está mais forte."
 
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