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Caldeirão da Bolsa

Construção de um Orçamento Zero

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Construção de um Orçamento Zero

por Dr Tretas » 19/8/2014 10:49

jccgold Escreveu:Passos Coelho sozinho arrasou com 6.5% do PIB.


O sismo de 1755 ao pé do homem é um menino :mrgreen:
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Re: Construção de um Orçamento Zero

por RPedroG » 19/8/2014 7:51

Uma alemã que tenha filhos pode ficar 2 anos sem ir trabalhar.


Até pode ficar 3 anos, mas só recebe algum dinheiro nos primeiros 12 meses, no resto recebe 0.
 
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Re: Construção de um Orçamento Zero

por jccgold » 19/8/2014 3:46

A 1ª medida de corte de despesa devia ser q as compras do Estado deviam deixar de ser por adjudicação mas atraves de leiloes transparentes. Sao muitas centenas de milhoes aqui.
Depois acabar com PPPs. Ao invés está-se a criar mais PPPs nas águas, nos transportes publicos, o regabofe a continuar.
Depois criminalizar contratos com dolo como aqueles em que uma Autoestrada recebe 20M se houverem menos acidentes e paga mais 20 mil euros se houverem mais acidentes.
E por aí fora. É claro q nada disto é feito pq afectava a clientela do PS e PSD.
Quem queria o orçamento base 0 em que se ia departamento a departamento ver o q era necessario ou nao foi o Louçã mas PS PSD e PP nao deixaram.

Depois a questão está sempre posta de forma errada. O problema de Portugal nao é a despesa. A Alemanha tem muitissimo mais despesa social e os alemaes muito mais benesses. Uma alemã que tenha filhos pode ficar 2 anos sem ir trabalhar.Portugal nao tem dinheiro pq é o país q desde 2000 menos cresceu no mundo. Passos Coelho sozinho arrasou com 6.5% do PIB. Sem economia nao há dinheiro para distribuir. Precisávamos de um Obama que aumentando a despesa social como o ObamaCare desde 2009 conseguiu passar o défice de 10% quando entrou para 3% actualmente
 
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Re: Construção de um Orçamento Zero

por MVP » 19/8/2014 0:04

richardj Escreveu:Por falar em Orçamento Zero, para quando o défice próximo de 0? O objectivo deste ano é de 1,6? Estarei a sonhar?


A minha pergunta é mais: Para quando um superavit? É que a divida não se paga sozinha :roll:
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Re: Construção de um Orçamento Zero

por richardj » 18/8/2014 20:48

Por falar em Orçamento Zero, para quando o défice próximo de 0? O objectivo deste ano é de 1,6? Estarei a sonhar?

Stilgar: Take my life Usul (Paul), it's the only way.
Paul: I'M POINTING THE WAY!

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Re: Construção de um Orçamento Zero

por artista_ » 20/11/2012 1:02

Vou referir-me apenas aos que tenho alguma coisa a acrescentar:

sky_above_you Escreveu:2- Subsidio de desemprego/social de desemprego: corte de 25% incentiva as pessoas a voltar ao mercado de trabalho mais rapidamente e repõe a diferença salarial em relação a quem trabalha para que haja incentivo - poupança (a valores de 2010 muito inferiores aos actuais) ~500M€


Não concordo, acho que não estás por dentro das cortes brutais que já foram feitos ultimamente, tanto no valor do subsídio, como no tempo a que se tem direito a subsídio. Acresce a isto que está longe de ser esta a melhor altura para fazer fazer algo do género, o mercado de trabalho pura e simplesmente não existe em Portugal!

O subsídio de desemprego é uma espécie de seguro, as pessoas descontam e os que, infelizmente, caem nessa situação, têm direito a ele. É como um seguro de vida, nem todos os que compram um morrem, felizmente, mas os que têm essa infelicidade deixam os seus minimamente prevenidos!

sky_above_you Escreveu:3- Rendimento social de inserção: corte de 30% pela fiscalização... compensação parcial aos filhos (despesas escolares e alimentação na escola)--poupança 100M€


Duvido que aí consigas grande poupança, a não ser que decidisses acabar com ele... o que acho que no contexto atual, tendo em conta o que se gasta, faz todo o sentido existir! A fiscalização penso que já existe, valerá a pena reforcá-la?! Não sei, não conheço bem situações concretas!

sky_above_you Escreveu:4- Subsidio de maternidade: sejamos honestos, os únicos que têm filhos a pensar no subsidio são os que estão no ponto 3 (não estou a inventar...alguns fazem planos detalhados das datas para ter filhos e tudo). corte de 15%- poupança 60M€


Enfim... parece-me demagógico! :)

sky_above_you Escreveu:5- Pensões eliminação da injustiça: se quem vai para a reforma agora vê avaliada toda a carreira contributiva e ainda tem alguns descontos por cima só é justo que quem já está na reforma veja o valor da sua reforma reavaliado pelas regras actuais (aqueles que descontaram valores recorde no ultimo mês ou nos ultimos 10 anos conforme a lei veriam uma redução brutal) - poupança estimada 20% - 2800M€


Pois, aqui sim está a parte de leão, aquela em que é preciso corrigir injustiças e onde há realmente dinheiro para cortar!

sky_above_you Escreveu:6- Subsidios à formação profissional: colocar professores excedentários a efectua-la e direccionar as restantes formações para areas com aplicação prática. Formações para dar um canudo eliminadas. Se a formação for de facto útil e gerar emprego não é preciso pagar grande compensação a formandos. Poupança estimada 70% - 840M€


Consegues poupar 840 milhões aqui?! :shock: Não estou a ver mas também não percebo bem no que estás realmente a falar?!

richardj Escreveu:8- Educação: horário de 35 horas para cumprir sendo 28 horas semanais de componente lectiva efectiva. Como me disse um professor há dias_ desde que comecei a dar aulas sinto que entrei para a reforma, tenho uma vida santa comparado com a vida que tinha quando trabalhava na industria. Professores a prazo excedentários despedidos. Professores excedentários no quadro: formação profissional, mobilidade, adaptação a outras áreas. Salários reduzidos ao que um licenciado sem formação extra pós curso recebe. Poupança: 2000M€


Aqui definitivamente não sabes do que estás a falar... 28 horas letivas vais dar um horário semanal de 35 horas?! Desculpa lá mas não sabes mesmo do que estás a falar! Com 22 horas letivas + 4 não letivas já muitos trabalham muito mais que 35 horas semanais...

O teu problema é o de muitos, conhecem muito mal os trabalhos que um professor tem para fazer. Mas basta olhar para a parte que todos deverão ter conhecimento para conseguir perceber que algo não bate certo. Preparar aulas, fazer testes, corrigir e avaliar testes, reuniões regulares... e depois ainda falta tudo o que uma grande maioria não conhece, mas eu nem vou aqui enumerar tudo!

Vou só deixar uma nota, a grande maioria dos professores gostava de cumprir um horário normal de trabalho, o problema é que as escolas não têm condições para terem lá os professores a tempo inteiro, o que força os professores a terem de ter um posto de trabalho em casa!

sky_above_you Escreveu:9- Saúde: Os numeros de 2012 que temos são flagrantemente inferiores aos de 2011 ja que foi o único ministério este ano que cortou na despesa de forma efectiva segundo li nos jornais. As poupanças possiveis são marginais mas parece-me que ainda se consegue poupar: nas horas extraordinárias (em compensação pode ser necessário contratar pessoal mas é melhor pagar a 100% que a 150%. Há ainda muito desperdicio a rede informatica para partilha de exames e informação clinica entre os diversos hospitais e centros de saúde deverá permitir uma poupança brutal e como está numa fase avançada de planeamento deve ser de rápida execução. A deriva para medicamentos genéricos devia ser mais acelerada se necessario criando um efeito de contratação em alto volume que ao mesmo tempo permitisse que uma marca (em cada medicamento) reduzisse muito os preços praticados e ao mesmo tempo reduzindo o único inconveniente dos genéricos que é a necessidade de ajustamento de doses quando se muda entre genéricos... Ao mesmo tempo uma responsabilização da entidade empregadora pelo serviço efectuado pelos seus funcionários eliminaria o medo de processos em tribunal ruinosos e consequente excesso de exames, duração de internamentos etc... tudo junto mais o corte já efetuado e acredito que a poupança ultrapasse os 35% e elimine grandemente os desperdicios. Poupança estimada 3200M€


Este ponto mostra bem a ligeireza com que estás a fazer contas... começas por dizer que as poupanças possíveis são marginais. Depois falas de algo que dificilmente eu ou tu conseguiremos perceber quanto se gasta ou pode poupar. Isto para concluíres que a poupança deverá rondar os 35%!!! Eu não sei quanto se conseguia poupar se não fosse marginal! :mrgreen:

sky_above_you Escreveu:10- Defesa: corte de 30 % é curto tendo em conta a utilidade. Sejamos honestos, se alguém nos quiser invadir não vai ser o exército que o vai evitar. temos apenas que ter os gastos que forem necessários para nos mantermos na NATO. Eliminação do excesso de chefias que atinge o ridiculo. Provavelmente o corte possivel é bem superior aos 30%, ou seja bem superior aos 580M€


A ligeireza com que cortas a custo zero é engraçada, felizmente não é praticável... O BCP vai despedir 600 funcionários, acho que já falou em 430 milhões de euros de gastos para despedimentos (sinceramente acho o valor muito excessivo mas acho que foi esse que foi referido) mas, nas tuas contas, o estado manda 35% das pessoas para a rua e, à borla, passa a gastar menos 35%!

Já agora, não sei se sabes, essas pessoas também têm despesas para pagar, têm famílias, e não têm culpa nenhuma do estado a que o país chegou... eu comprendo que temos de cortar, mas por estarmos mais pobres não podemos transformar-nos em animais irracionais para quem vale tudo para nós ficarmos melhores!

sky_above_you Escreveu:11- Transportes e comunicações privatizar o que se conseguir o que não se conseguir não permitir as greves que acima de tudo têm um impacto na economia brutal. A poupança efectiva pode não ultrapassar os 20% mas em termos indirectos (com a eliminação das greves) o efeito pode ser de largas centenas de milhão. Resultado: uma poupança de 500M€ parece-me conservadora.


Mais contas sem sentido... e, pelos vistos, já chegaste ao ponto de transformar isto numa ditadura! :shock:

sky_above_you Escreveu:12- Serviços culturais recreativos e religiosos: não compete ao estado. Corte de 100%. Cerca de 300M€


Sim a cultura não é nada que nos deva interessar! :wall::wall::wall::wall::wall::wall:

Já nem vejo o resto, já respondi a barbaridades suficientes! :roll: :roll:
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Re: Construção de um Orçamento Zero

por richardj » 19/11/2012 22:55

sky_above_you Escreveu:As minhas prioridades (ou não prioridades) nos cortes na despesa -só com base no que neste topico está colocado:

1- Só falo na despesa porque acho que a receita está sobredimensionada


2- Subsidio de desemprego/social de desemprego: corte de 25% incentiva as pessoas a voltar ao mercado de trabalho mais rapidamente e repõe a diferença salarial em relação a quem trabalha para que haja incentivo - poupança (a valores de 2010 muito inferiores aos actuais) ~500M€


3- Rendimento social de inserção: corte de 30% pela fiscalização... compensação parcial aos filhos (despesas escolares e alimentação na escola)--poupança 100M€


4- Subsidio de maternidade: sejamos honestos, os únicos que têm filhos a pensar no subsidio são os que estão no ponto 3 (não estou a inventar...alguns fazem planos detalhados das datas para ter filhos e tudo). corte de 15%- poupança 60M€


5- Pensões eliminação da injustiça: se quem vai para a reforma agora vê avaliada toda a carreira contributiva e ainda tem alguns descontos por cima só é justo que quem já está na reforma veja o valor da sua reforma reavaliado pelas regras actuais (aqueles que descontaram valores recorde no ultimo mês ou nos ultimos 10 anos conforme a lei veriam uma redução brutal) - poupança estimada 20% - 2800M€


6- Subsidios à formação profissional: colocar professores excedentários a efectua-la e direccionar as restantes formações para areas com aplicação prática. Formações para dar um canudo eliminadas. Se a formação for de facto útil e gerar emprego não é preciso pagar grande compensação a formandos. Poupança estimada 70% - 840M€

7- não perceebo a coluna familiares e outras despesas. vou admitir que parte dos cortes na segurança social descritos acima não seja viável sendo compensada pelos cortes possiveis nestas areas

8- Educação: horário de 35 horas para cumprir sendo 28 horas semanais de componente lectiva efectiva. Como me disse um professor há dias_ desde que comecei a dar aulas sinto que entrei para a reforma, tenho uma vida santa comparado com a vida que tinha quando trabalhava na industria. Professores a prazo excedentários despedidos. Professores excedentários no quadro: formação profissional, mobilidade, adaptação a outras áreas. Salários reduzidos ao que um licenciado sem formação extra pós curso recebe. Poupança: 2000M€

9- Saúde: Os numeros de 2012 que temos são flagrantemente inferiores aos de 2011 ja que foi o único ministério este ano que cortou na despesa de forma efectiva segundo li nos jornais. As poupanças possiveis são marginais mas parece-me que ainda se consegue poupar: nas horas extraordinárias (em compensação pode ser necessário contratar pessoal mas é melhor pagar a 100% que a 150%. Há ainda muito desperdicio a rede informatica para partilha de exames e informação clinica entre os diversos hospitais e centros de saúde deverá permitir uma poupança brutal e como está numa fase avançada de planeamento deve ser de rápida execução. A deriva para medicamentos genéricos devia ser mais acelerada se necessario criando um efeito de contratação em alto volume que ao mesmo tempo permitisse que uma marca (em cada medicamento) reduzisse muito os preços praticados e ao mesmo tempo reduzindo o único inconveniente dos genéricos que é a necessidade de ajustamento de doses quando se muda entre genéricos... Ao mesmo tempo uma responsabilização da entidade empregadora pelo serviço efectuado pelos seus funcionários eliminaria o medo de processos em tribunal ruinosos e consequente excesso de exames, duração de internamentos etc... tudo junto mais o corte já efetuado e acredito que a poupança ultrapasse os 35% e elimine grandemente os desperdicios. Poupança estimada 3200M€

10- Defesa: corte de 30 % é curto tendo em conta a utilidade. Sejamos honestos, se alguém nos quiser invadir não vai ser o exército que o vai evitar. temos apenas que ter os gastos que forem necessários para nos mantermos na NATO. Eliminação do excesso de chefias que atinge o ridiculo. Provavelmente o corte possivel é bem superior aos 30%, ou seja bem superior aos 580M€

11- Transportes e comunicações privatizar o que se conseguir o que não se conseguir não permitir as greves que acima de tudo têm um impacto na economia brutal. A poupança efectiva pode não ultrapassar os 20% mas em termos indirectos (com a eliminação das greves) o efeito pode ser de largas centenas de milhão. Resultado: uma poupança de 500M€ parece-me conservadora.

12- Serviços culturais recreativos e religiosos: não compete ao estado. Corte de 100%. Cerca de 300M€

13- Serviços gerais da administração pública- não sei bem o que isto é. Assumo que aqui não consigo fazer cortes para excluir qualquer excesso de optimismo:

14- não percebo onde estão os municipios: a redução de 50% do numero de municipios e de 66% das juntas de freguesia avançava. A consequente redução de funcionarios e de duplicação de funções bem como a eliminação de cargos decisivos e politicos locais eliminariam uma porção substancial significativa da corrupção nacional. O efeito direto e indirecto é inestimável mas provavelmente superior a todos os que tenho vindo a referir até aqui

15-Faltou-me a rubirca habitação e serviços colectivos que não percebo o que é e tem um impacto pouco significativo

16- Faltou a segurança e ordem publicas: como é obvio em situação de crise é complicado cortar aqui. O único corte com significado seria a fusão das polícias e eliminação de tarefas duplicadas com consequente melhoria de serviço. a poupança em relação aos valores de 2011 provavelmente seria baixa.

17- Não sei onde estão os tribunais: aqui poupança não será a parte fácil por aumento da celeridade e prioridade nos processos comerciais aumentaria a competitividade da economia. Efeito orçamental não estimavel

15- Juros: Temos 15000m€ (salvo erro) em reservas de ouro. Se utilizados para retirar divida publica a preços de mercado poder-se ia talvez conseguir em média uma poupança de 10% anuais em juros (claro que agora as yields estão mais baixas.era muito melhor ter feito isso quando estavam em 20%). Poupança em juros 1500M€

16-Juros: com as poupanças e redução da divida publica referida conseguiriamos melhorar as taxas de financiamento. A curto prazo o efeito seria curto. Dou 120M€ para aqui para arredondar:)

Poupança total na despesa: 12500M€ mais alguns efeitos não estimáveis devido ao seu impacto ser maioritariamente indirecto. o aumento no numero de desempregados (pagos a 75% como todos os outros) podia ser mais do que compensado por medidas de redução da carga fiscal por exemplo e pelas áreas que não abordei e alterações na administração local que não estimei


tem aqui algumas falhas que nao são despresaveis. Por exemplo quando reavalias as reformas no ponto 5, estas a reduzir "2800" na despesa do estado mas nao estas a pensar que ao pagar menos nas reformas, o estado vai receber muito menos IRS. O mesmo se verifica em alguns outros pontos.
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Re: Construção de um Orçamento Zero

por rollingsnowball » 9/10/2012 23:33

As minhas prioridades (ou não prioridades) nos cortes na despesa -só com base no que neste topico está colocado:

1- Só falo na despesa porque acho que a receita está sobredimensionada


2- Subsidio de desemprego/social de desemprego: corte de 25% incentiva as pessoas a voltar ao mercado de trabalho mais rapidamente e repõe a diferença salarial em relação a quem trabalha para que haja incentivo - poupança (a valores de 2010 muito inferiores aos actuais) ~500M€


3- Rendimento social de inserção: corte de 30% pela fiscalização... compensação parcial aos filhos (despesas escolares e alimentação na escola)--poupança 100M€


4- Subsidio de maternidade: sejamos honestos, os únicos que têm filhos a pensar no subsidio são os que estão no ponto 3 (não estou a inventar...alguns fazem planos detalhados das datas para ter filhos e tudo). corte de 15%- poupança 60M€


5- Pensões eliminação da injustiça: se quem vai para a reforma agora vê avaliada toda a carreira contributiva e ainda tem alguns descontos por cima só é justo que quem já está na reforma veja o valor da sua reforma reavaliado pelas regras actuais (aqueles que descontaram valores recorde no ultimo mês ou nos ultimos 10 anos conforme a lei veriam uma redução brutal) - poupança estimada 20% - 2800M€


6- Subsidios à formação profissional: colocar professores excedentários a efectua-la e direccionar as restantes formações para areas com aplicação prática. Formações para dar um canudo eliminadas. Se a formação for de facto útil e gerar emprego não é preciso pagar grande compensação a formandos. Poupança estimada 70% - 840M€

7- não perceebo a coluna familiares e outras despesas. vou admitir que parte dos cortes na segurança social descritos acima não seja viável sendo compensada pelos cortes possiveis nestas areas

8- Educação: horário de 35 horas para cumprir sendo 28 horas semanais de componente lectiva efectiva. Como me disse um professor há dias_ desde que comecei a dar aulas sinto que entrei para a reforma, tenho uma vida santa comparado com a vida que tinha quando trabalhava na industria. Professores a prazo excedentários despedidos. Professores excedentários no quadro: formação profissional, mobilidade, adaptação a outras áreas. Salários reduzidos ao que um licenciado sem formação extra pós curso recebe. Poupança: 2000M€

9- Saúde: Os numeros de 2012 que temos são flagrantemente inferiores aos de 2011 ja que foi o único ministério este ano que cortou na despesa de forma efectiva segundo li nos jornais. As poupanças possiveis são marginais mas parece-me que ainda se consegue poupar: nas horas extraordinárias (em compensação pode ser necessário contratar pessoal mas é melhor pagar a 100% que a 150%. Há ainda muito desperdicio a rede informatica para partilha de exames e informação clinica entre os diversos hospitais e centros de saúde deverá permitir uma poupança brutal e como está numa fase avançada de planeamento deve ser de rápida execução. A deriva para medicamentos genéricos devia ser mais acelerada se necessario criando um efeito de contratação em alto volume que ao mesmo tempo permitisse que uma marca (em cada medicamento) reduzisse muito os preços praticados e ao mesmo tempo reduzindo o único inconveniente dos genéricos que é a necessidade de ajustamento de doses quando se muda entre genéricos... Ao mesmo tempo uma responsabilização da entidade empregadora pelo serviço efectuado pelos seus funcionários eliminaria o medo de processos em tribunal ruinosos e consequente excesso de exames, duração de internamentos etc... tudo junto mais o corte já efetuado e acredito que a poupança ultrapasse os 35% e elimine grandemente os desperdicios. Poupança estimada 3200M€

10- Defesa: corte de 30 % é curto tendo em conta a utilidade. Sejamos honestos, se alguém nos quiser invadir não vai ser o exército que o vai evitar. temos apenas que ter os gastos que forem necessários para nos mantermos na NATO. Eliminação do excesso de chefias que atinge o ridiculo. Provavelmente o corte possivel é bem superior aos 30%, ou seja bem superior aos 580M€

11- Transportes e comunicações privatizar o que se conseguir o que não se conseguir não permitir as greves que acima de tudo têm um impacto na economia brutal. A poupança efectiva pode não ultrapassar os 20% mas em termos indirectos (com a eliminação das greves) o efeito pode ser de largas centenas de milhão. Resultado: uma poupança de 500M€ parece-me conservadora.

12- Serviços culturais recreativos e religiosos: não compete ao estado. Corte de 100%. Cerca de 300M€

13- Serviços gerais da administração pública- não sei bem o que isto é. Assumo que aqui não consigo fazer cortes para excluir qualquer excesso de optimismo:

14- não percebo onde estão os municipios: a redução de 50% do numero de municipios e de 66% das juntas de freguesia avançava. A consequente redução de funcionarios e de duplicação de funções bem como a eliminação de cargos decisivos e politicos locais eliminariam uma porção substancial significativa da corrupção nacional. O efeito direto e indirecto é inestimável mas provavelmente superior a todos os que tenho vindo a referir até aqui

15-Faltou-me a rubirca habitação e serviços colectivos que não percebo o que é e tem um impacto pouco significativo

16- Faltou a segurança e ordem publicas: como é obvio em situação de crise é complicado cortar aqui. O único corte com significado seria a fusão das polícias e eliminação de tarefas duplicadas com consequente melhoria de serviço. a poupança em relação aos valores de 2011 provavelmente seria baixa.

17- Não sei onde estão os tribunais: aqui poupança não será a parte fácil por aumento da celeridade e prioridade nos processos comerciais aumentaria a competitividade da economia. Efeito orçamental não estimavel

15- Juros: Temos 15000m€ (salvo erro) em reservas de ouro. Se utilizados para retirar divida publica a preços de mercado poder-se ia talvez conseguir em média uma poupança de 10% anuais em juros (claro que agora as yields estão mais baixas.era muito melhor ter feito isso quando estavam em 20%). Poupança em juros 1500M€

16-Juros: com as poupanças e redução da divida publica referida conseguiriamos melhorar as taxas de financiamento. A curto prazo o efeito seria curto. Dou 120M€ para aqui para arredondar:)

Poupança total na despesa: 12500M€ mais alguns efeitos não estimáveis devido ao seu impacto ser maioritariamente indirecto. o aumento no numero de desempregados (pagos a 75% como todos os outros) podia ser mais do que compensado por medidas de redução da carga fiscal por exemplo e pelas áreas que não abordei e alterações na administração local que não estimei
 
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por BearManBull » 2/10/2012 21:49

Elias Escreveu:
Pois é... para procurar esta informação há pouca gente disposta, porque dá muito trabalho e é uma maçada... ver novelas e futebol é mais giro.


O pior é que cada vez que se abre a boca leva-se com insultos de todos os lados... :evil:
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por Elias » 2/10/2012 21:33

joaoventura Escreveu:Boas Elias,

acerca desse "problema", a conclusão a que cheguei é que isso acontece porque a cabeça das pessoas não dá para tudo, e porque a procura de informação consome tempo..

Algumas pessoas gostam mais de um determinado tipo de assuntos, outras de outros, e é assim que o mundo é feito.

Eu, por exemplo, tenho muitos hobbies e gostos, entre os quais os assuntos relacionados com economia e, por arrastamento, da envolvente económica e política. Mas gasto muito tempo a manter-me actualizado com toda a informação que há por aí. Como o tempo é finito, muitos detalhes ficam-me por esclarecer. Se gasto mais tempo nestes assuntos, tenho menos tempo disponível para os meus restantes hobbies e fico desactualizado nessas áreas.

Como tal, invés de ignorância "auto-infligida" na população em geral, prefiro acreditar que há é excesso de informação desorganizada. :)

Se as pessoas não apreciam este tipo de assuntos, não se vão dar ao trabalho de "escavar" no meio de tanta informação..


Pois é... para procurar esta informação há pouca gente disposta, porque dá muito trabalho e é uma maçada... ver novelas e futebol é mais giro.

No entanto, pese embora a indisponibilidade mental para estudar e perceber estes assuntos, quando se trata de fazer manifestações contra a troika, de repente aparece imensa gente interessada. Se as pessoas percebessem um décimo daquilo que se debate aqui no forum, rapidamente perceberiam a incongruência daquelas manifs ("contra a troika") e rapidamente descobririam que quem promove essas movimentações não está a propor alternativa de espécie nenhuma. Aliás não está a propor nada. Infelizmente uma grande parte das pessoas que alinha nessas mobilizações não percebe puto da situação económica do país, nem percebe bem em nome de que é que se estão a mobilizar e muito menos tem a mais pálida ideia de algum tipo de alternativa, mas na verdade isso não interessa nada, isso de estar a pensar, a reflectir, a aprender e a debater alternativas para a resolução da crise é uma chatice, ainda por cima o pessoal que debate essas cenas não tem graça nenhuma, são uns chatos do caraças, isso é tudo uma maçada, bute mas é para a manif, que dá para passar bem o dia, avia-se umas bejecas, e já agora aproveita-se para galar umas garinas. No fundo, a malta quer é gajas :mrgreen:

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por VirtuaGod » 2/10/2012 21:22

Elias Escreveu:As pessoas querem é pão e circo. E futebol, touradas e telenovelas.


Curioso ainda no outro dia falei disso no meu facebook quando li a notícia que 2 milhões viram a estreia da "Casa dos segredos 3" :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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por joaoventura » 2/10/2012 21:20

Elias Escreveu:Pois é... tens um país de gente ignorante e parcialmente analfabeta.
(...)
Nada disso. As pessoas nem sequer querem saber disso para nada. As pessoas querem é pão e circo. E futebol, touradas e telenovelas.


Boas Elias,

acerca desse "problema", a conclusão a que cheguei é que isso acontece porque a cabeça das pessoas não dá para tudo, e porque a procura de informação consome tempo..

Algumas pessoas gostam mais de um determinado tipo de assuntos, outras de outros, e é assim que o mundo é feito.

Eu, por exemplo, tenho muitos hobbies e gostos, entre os quais os assuntos relacionados com economia e, por arrastamento, da envolvente económica e política. Mas gasto muito tempo a manter-me actualizado com toda a informação que há por aí. Como o tempo é finito, muitos detalhes ficam-me por esclarecer. Se gasto mais tempo nestes assuntos, tenho menos tempo disponível para os meus restantes hobbies e fico desactualizado nessas áreas.

Como tal, invés de ignorância "auto-infligida" na população em geral, prefiro acreditar que há é excesso de informação desorganizada. :)

Se as pessoas não apreciam este tipo de assuntos, não se vão dar ao trabalho de "escavar" no meio de tanta informação..
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por richardj » 2/10/2012 20:48

para que conste, concordo perfeitamente contigo.

O meu comentário foi só porque frequentemente, ouve-se pessoas a mandar "bitaites" ou pareces, sem qualquer base de fundamentação, falam da árvore sem olhar para a floresta.
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por Elias » 2/10/2012 20:32

richardj Escreveu:
Elias Escreveu:
richardj Escreveu:o maior problema é que as pessoas não sabem bem quanto e em que é que o estado gasta.


Esses dados estão disponíveis publicamente no site da DGO.

Eu diria antes que muitas pessoas não estão sequer interessadas em saber mais sobre o tema.


Elias, fazes-me rir, entras por esse portugal fora e perguntas às pessoas o que é a DGO, ah ah imagino as respostas. Quanto mais "consultar" pela "internet". :lol: :lol: \:D/


Pois é... tens um país de gente ignorante e parcialmente analfabeta.

E tu escreves que "o maior problema é que as pessoas não sabem bem quanto e em que é que o estado gasta."

Nada disso. As pessoas nem sequer querem saber disso para nada. As pessoas querem é pão e circo. E futebol, touradas e telenovelas.

Desde que há dias descobri que o Prós e Contras (programa onde se discute a situação económica e outros problemas do país) tem 10% de share ao passo que as telenovelas que passam simultaneamente na SIC e na TVI têm entre 30 e 40% de share que para mim deixou de haver qualquer dúvida que a maioria da população não está minimamente interessada em saber dos problemas do país.
 
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por richardj » 2/10/2012 20:32

altrio Escreveu:
Elias Escreveu:Eu diria antes que muitas pessoas não estão sequer interessadas em saber mais sobre o tema.


Nem discuti-lo.

Em relação à questão primordial se se deve aumentar a receita ou diminuir a despesa, a generalidade das pessoas inclina-se para a última, mas por nenhuma razão em especial, excepto "ser mais fácil".

Discutir o que é (mais próximo do) ideal, não lhes interessa.

Já agora, podemos levar a discussão ao limite, para ver como o argumento geralmente utilizado é absurdo: que se corte absolutamente tudo. O défice vai imediatamente para 0 (se se mantiverem alguns impostos até fica negativo). Ficaríam os portugueses numa situação melhor?


altrio ninguém está a dizer que o défice deve diminuir apenas pela despesa ou apenas pela receita. penso que é consensual que será sempre um intermédio. O dinheiro não pode ser "mal gasto" e os impostos tem de se "adequar" a capacidade para os pagar de todos os contribuintes. Estes termos são relativo porque as coisas não são 1 + 1 = 2. existem varias medidas que podem ser tomadas, umas serão melhores que as outras, apesar de ambas validas.
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Re: Construção de um Orçamento Zero

por BearManBull » 2/10/2012 20:31

altrio Escreveu:Sim, o tópico é para discutir um orçamento zero, ou seja, em que a despesa é igual à receita.

Depois perguntei, mas quanto? E respondem-me: igual.


Nem tem de ser igual tem é de ser inferior ao crescimento económico. E quanto já será outra questão eu por mim se calhar limitava a 20% (30% para não ser tão extremista) mas depois acabavam-se regalias sociais, a classe média/alta era beneficiada no longo prazo já as classes mais baixas... Mas a verdade é que o estado continua com demasiado poder na sociedade tanto é que basta uma crise estatal para mandar o país abaixo enquanto assim for é porque esse número está errado.

altrio Escreveu:
Koreano Escreveu:Só defendo que no estado se actue da mesma forma que na vida real. Na empresa, quando não há crédito, gasta-se o que se factura ou vai-se à falência. Em casa, quando não há crédito, gasta-se o que se recebe e não há mais. E em qualquer dos casos, se o que há não chega, que se vendam os aneis. No caixão ninguém os vê.


Então, na vida real, alguém que não tem dinheiro para as despesas e se mexe para arranjar mais dinheiro está a optar por um caminho errado? O que deveria fazer era simplesmente gastar menos?


Por isso que a TSU tinha muita lógica era uma tentativa de cobrir esses 3 elementos. Por um lado reduzia a despesa no estado, por outro aumentava a receita, vindo do privado e para além disso tentava expandir a geração de receita com incentivos para as empresas.

As medidas de amanhã não devem andar muito longe do mesmo.
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por richardj » 2/10/2012 20:26

Elias Escreveu:
richardj Escreveu:o maior problema é que as pessoas não sabem bem quanto e em que é que o estado gasta.


Esses dados estão disponíveis publicamente no site da DGO.

Eu diria antes que muitas pessoas não estão sequer interessadas em saber mais sobre o tema.


Elias, fazes-me rir, entras por esse portugal fora e perguntas às pessoas o que é a DGO, ah ah imagino as respostas. Quanto mais "consultar" pela "internet". :lol: :lol: \:D/
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por altrio » 2/10/2012 20:25

Elias Escreveu:Eu diria antes que muitas pessoas não estão sequer interessadas em saber mais sobre o tema.


Nem discuti-lo.

Em relação à questão primordial se se deve aumentar a receita ou diminuir a despesa, a generalidade das pessoas inclina-se para a última, mas por nenhuma razão em especial, excepto "ser mais fácil".

Discutir o que é (mais próximo do) ideal, não lhes interessa.

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por Elias » 2/10/2012 20:13

richardj Escreveu:o maior problema é que as pessoas não sabem bem quanto e em que é que o estado gasta.


Esses dados estão disponíveis publicamente no site da DGO.

Eu diria antes que muitas pessoas não estão sequer interessadas em saber mais sobre o tema.
 
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por richardj » 2/10/2012 20:06

não, ninguém disse isso! e nós não estamos a falar de uma pessoa, estamos a falar de um estado, que tem maior controlo sobre a despesa do que sobre a receita, pelas razões que te já apresentei a cima.

se tiveres medidas para aumentar a receita, faça favor :)

e se tiveres medidas para investir melhor o dinheiro que o estado recebe, tambem :)

o maior problema é que as pessoas não sabem bem quanto e em que é que o estado gasta. Qual o valor, não é dizer muito ou pouco, é x. e depois é preciso perceber que isto não é à manuel dos cavalos, a maioria das medidas tem impactos noutros lados que é preciso verificar e quantificar. Por exemplo, o governo quer fechar 30 e tal fundações mas só tem poder para fechar 3. o resto é legalmente uma decisão das câmaras. E agora? Saltas sobre a lei é?

Portugal não tem um défice 0 à 40 anos exactos, não acham que é vergonhoso um pais que se diz soberano do seu destino não ter conseguido alcançar o equilíbrio financeiro em democracia? Mas temos de ter algum ditador a fazer de paizinho para cuidarmos de nós? somos alguma criança? e soberanos ao mesmo tempo ?
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Re: Construção de um Orçamento Zero

por altrio » 2/10/2012 17:54

Koreano Escreveu:Só defendo que no estado se actue da mesma forma que na vida real. Na empresa, quando não há crédito, gasta-se o que se factura ou vai-se à falência. Em casa, quando não há crédito, gasta-se o que se recebe e não há mais. E em qualquer dos casos, se o que há não chega, que se vendam os aneis. No caixão ninguém os vê.


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Re: Construção de um Orçamento Zero

por folhaverde » 2/10/2012 16:49

Altrio,

o problema não é o quanto de despesa (deve ser pelo menos inferior a 100% do PIB) mas sim a qualidade da despesa, mas se falarmos na percentagem do PIB, deve ser um valor de equilibrio entre os serviços de qualidade que o estado presta e aquilo de que a economia precisa. Voçes acham que a qualidade desta despesa serve ao pais?de que vale andarmos a exportar e a criar riqueza para logo de seguida ser quase tudo sugado pelo aspirador da despesa, nós temos um deficit superior a 6% com a economia em recessão, mas alguem pensa como isto vai acabar?reformas daqui a 15 anos?deve ser para rir!!!
Cumprs,

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Re: Construção de um Orçamento Zero

por Koreano » 2/10/2012 16:48

altrio Escreveu:Sim, o tópico é para discutir um orçamento zero, ou seja, em que a despesa é igual à receita.

Depois perguntei, mas quanto? E respondem-me: igual.

A resposta que me deste é assim, completamente vazia.


Não é vazia, é fria.

É que a minha visão é que não vale a pena, neste momento de aperto, estarmos com lirismos a discutir quanto é que vamos gastar, mas sim como vamos gastar, tendo como assumido que não podemos gastar mais do que temos.

Só defendo que no estado se actue da mesma forma que na vida real. Na empresa, quando não há crédito, gasta-se o que se factura ou vai-se à falência. Em casa, quando não há crédito, gasta-se o que se recebe e não há mais. E em qualquer dos casos, se o que há não chega, que se vendam os aneis. No caixão ninguém os vê.
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Re: Construção de um Orçamento Zero

por altrio » 2/10/2012 16:30

Koreano Escreveu:
altrio Escreveu:
Koreano Escreveu:
altrio Escreveu:Porquê? Qual é a percentagem ideal do PIB que deve ser canalizada para a despesa?


A percentagem do PIB que equivale à receita...? :roll:
Ou vamos continuar a brincar aos défices?


É esse o único critério? Tão bom é um orçamento com 1% de despesa e 1% de receita, como um orçamento com 70% de despesa e 70% de receita?


Tu é que trouxeste o critério da % do PIB à baila...

O tópico não é para discutir um orçamento zero?
Ora a tua pergunta, neste enquadramento, só pode ter a resposta que te dei... :wink:


Sim, o tópico é para discutir um orçamento zero, ou seja, em que a despesa é igual à receita.

Depois perguntei, mas quanto? E respondem-me: igual.

A resposta que me deste é assim, completamente vazia.
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por dfviegas » 2/10/2012 15:31

Os 19 mil milhões de despesas excepcionais, resolviam practicamente o problema.

Ministério das Finanças
Decreto-Lei n.º 98/86
de 17 de Maio

O Decreto-Lei n.º 43/76, de 20 de Janeiro, e o Decreto-Lei n.º 230/80, de 16 de Julho, estabeleceram direitos e regalias aos deficientes das Forças Armadas e civis, entre os quais o direito de acesso à aquisição ou construção de habitação própria nas condições estabelecidas para os trabalhadores das instituições de crédito nacionalizadas. Importa agora regulamentar a assunção pelo Estado dos encargos decorrentes do diferencial de juros entre os que são pagos pelos mutuários e os que seriam a seu cargo em condições normais de mercado.
Assim:
O Governo decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.º O Estado liquidará às instituições de crédito mutuantes de financiamentos realizados ao abrigo do n.º 8 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 43/76, de 20 de Janeiro, e do artigo único do Decreto-Lei n.º 230/80, de 16 de Julho, a diferença entre os juros remuneratórios a cargo dos mutuários e os juros correspondentes à aplicação das taxas de juro cobradas pelas mesmas instituições em empréstimos de igual natureza mas não destinados a deficientes.
Art. 2.º Para efeitos de controle e pagamento do diferencial de juros a que se refere o artigo 1.º, as instituições de crédito devem remeter à Direcção-Geral do Tesouro todos os elementos de caracterização das operações de crédito abrangidas pelo presente decreto-lei necessários à determinação dos encargos do Estado e à obtenção de correspondente cobertura orçamental.
Art. 3.º A liquidação dos encargos vencidos até 31 de Dezembro de 1985 terá lugar a partir da entrada em vigor do presente diploma.
Art. 4.º Fica autorizada a Direcção-Geral do Tesouro a inscrever anualmente no cap. 60 «Despesas excepcionais» do orçamento do Ministério das Finanças as dotações necessárias ao pagamento do diferencial de juros a cargo do Estado a que se refere o presente decreto-lei.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de Março de 1986. - Aníbal António Cavaco Silva - Miguel José Ribeiro Cadilhe.
Promulgado em 24 de Abril de 1986.
Publique-se.
O Presidente da República, MÁRIO SOARES.
Referendado em 7 de Maio de 1986.
O Primeiro-Ministro, Aníbal António Cavaco Silva.

Conclusão que m lixou isto tudo foi o nosso presidente da republica
 
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