Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade
Renegade Escreveu:tavaverquenao2 Escreveu:Para trapalhadas é que não temos tempo, alexandre, bora lá votar.
Em quem? A sério, em quem? Quero saber a vossa escolha. Quero saber se o nosso "salvador" está num boletim de voto.
Não se está mesmo a ver que é o Louça, ou então o Jerónimo...

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Re: Re
JMHP Escreveu:...a situação das empresas é extremamente difícil e complicada, muitas estão a lutar pela sua sobrevivência com falta de liquidez e muito dependentes das oscilações de preços dos mercados externos.
Eu não creio que seja possível a sobrevivência da esmagadora maioria das empresas exportadoras portuguesas se Portugal sair do Euro e voltar a uma nova moeda como o Escudo...
JMHP, independentemente das consequências para o resto da economia, do que não restam dúvidas é dos benefícios para as empresas exportadoras! O que escreves parece-me pouco realista.
Se as empresas exportadoras ganharem de um dia para o outro um ganho de competitividade de 30 ou 50% tens dúvidas "a esmagadora maioria" sobreviverá?!
Quantos aos aumentos de custos que apontas ou serão em menor grau que o aumento da competitividade ou apenas incidirão a médio ou longo prazo.
Pondo um exemplo mais prático (porque não abundam), como evoluiram as exportações da Islândia quando desvalorizou a moeda em 50% (atenção que a tipologia do sector exportador pode fazer variar os resultados para outros países).
http://www.tradingeconomics.com/iceland/exports
http://www.tradingeconomics.com/iceland/currency
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artista Escreveu:mais_um Escreveu:Em caso de eleicoes com os actuais lideres votava em branco.
Com o rui rio ou o antonio costa votaria num dos 2. Com ambos votaria no rui rio, parece me ser mais resistente aos lobbys.
O Rui Rio também quase de certeza que teria o meu voto... mas eu já o vi dizer na TV que a engrenagem não é fácil de olear, que aquilo está emperrado até dizer chega... pelo menos foi mais ou menos isto que eu entendi do que ele respondeu à pergunta se um dia poderia governar o país?!
Também acho que o Rui Rio seria o melhor nome, mas eleições neste momento não seria nada bom, perder-se-ia muito tempo.
Um facto, é que este governo perdeu toda a credibilidade, e não há remodelação que o salve.
Os membros do governo não podem sair À rua e os "heróis" que aceitassem um cargo de ministro com a remodelação não iriam limpar a imagem de incompetência deste governo e continuariam a não poder sair à rua...
Não ha um objectivo, uma meta a alcançar, este governo toma medidas avulsas para tapar buracos.
O mais certo seria criar um governo de iniciativa presidencial, com gente credível,se calhar com Rui Rui e António Costa a liderar, visto que são duas pessoas que se entendem bem, e já seria um bom ponto de partida.
O principal entrave a isto seria o saco de gatos que é a assembleia da republica, iam formar-se grupinhos nos dois partidos e iam desestabilizar tudo... a maioria dos que lá estão querem e tratar dos seus interesses não dos do país...
Com o aumento brutal da carga fiscal para o próximo ano este governo não se vai aguentar, disso não tenho duvidas.
Re: Re
Cem pt Escreveu: Pontos positivos:
A parte positiva será a muito maior competitividade dos nossos produtos ao nível das exportações, permitindo às empresas exportadoras margem para aumentar preços e lucros, e a consequente distribuição dessa nova "riqueza" em novos investimentos, criação de novo emprego e aumento consequente dos salários do pessoal para tentar compensar a perda salarial via desvalorização cambial, até se estabelecer novo equilíbrio na balança comercial.
Cem, mais uma vez agradeço a tua participação que sempre prima pela discussão séria de temas relevantes para todos nós.
Estou de acordo com a tua observação sobre a situação dramática em que o nosso país está metido e como é evidente hoje em dia a quase todas as pessoas (nem todas...), não existem alternativas fáceis e menos dolorosas á austeridade que infelizmente nos vai acompanhar por longos anos senão mesmo décadas ao longo de uma boa parte deste século.
Gostaria no entanto de chamar atenção para o paragrafo que citei acima para o qual tenho bastantes reservas sobre a tua argumentação.
Estou de acordo que uma nova moeda desvalorizada traria mais vantagens competitivas dos nossos produtos relativamente à concorrência externa, mas creio que essa alteração iria trazer um enorme custo sobre o sector exportador que em Portugal é extremamente dependente das importações de equipamentos, ferramentas e matérias-primas.
Ora como a nova moeda iria originar a subida dos preços de produtos importados, isso obviamente iria dificultar enormemente a nossa industria exportadora na aquisição de novos e modernos equipamentos tecnológicos, maquinaria de elevada produtividade, ferramentas de precisão e matéria-prima que Portugal infelizmente não possui.
Dada a gigantesca volatilidade que se imagina desse período de transição e com as empresas severamente penalizadas em meios e matérias-primas indispensabilidades à produção dos seus produtos, é fácil imaginar o inferno que a esmagadora maioria destas empresas entrariam em colapso total.
Hoje em dia é muito comum vermos e ouvirmos falar do sucesso das nossas exportações que parecem ser a única luz no meio da escuridão que envolveu o nosso país, mas ninguém ou muito pouco chama-se atenção para grande parte destas empresas exportadoras estarem sobre uma enorme pressão devido à falta de liquidez e extremamente endividadas, sendo que em muitos casos são as encomendas futuras que as vão mantendo, apesar dos pagamentos serem agora de longo-prazo.
Dada a minha experiência pessoal pelo facto de pertencer a uma empresa de exportação e conhecer bem a situação de muitas empresas do meu sector e de outros também que hoje brilham nas exportações do nosso país e enchem as paginas dos jornais do nosso pais, devo disser que a realidade das empresas portuguesas de exportação é em tudo comum à situação do país. Apesar do aumento das vendas e do sucesso na conquista de mercados externos, a situação das empresas é extremamente difícil e complicada, muitas estão a lutar pela sua sobrevivência com falta de liquidez e muito dependentes das oscilações de preços dos mercados externos.
Eu não creio que seja possível a sobrevivência da esmagadora maioria das empresas exportadoras portuguesas se Portugal sair do Euro e voltar a uma nova moeda como o Escudo.
Se tal acontecimento vier acontecer, será mais que certo a falência em massa das empresas portuguesas de exportação, iríamos perder em pouco tempo competitividade devido à falta de meios tecnológicos e matéria-prima por se tornarem mais caros e menos acessíveis que certamente iria baixar e influenciar negativamente a nossa qualidade produtiva.
Mesmo que fosse possível o desemprego diminuir numa situação destas o que me parece praticamente impossível, certamente que os novos empregos seriam remunerados a um valor extremamente baixo comparativamente aos tempos de hoje.
Portugal tornar-se-ia certa e facilmente na "China da Europa"... Ao nível do custo de mão-de-obra, porque a nível de tecnologia, equipamentos e matéria-prima já hoje estamos ultrapassados.
Re: Re
Elias Escreveu:Cem pt Escreveu:Com a espiral dos juros da dívida soberana a atingir valores que só podem ser pagos através de medidas de austeridade crescentes num ciclo imparável sem fim à vista, num processo semelhante à água a subir constantemente e a atingir a altura do nariz de um mergulhador imóvel numa piscina de pés e mãos atadas, dificilmente escaparemos ao cenário abaixo traçado.
Amigo Cem,
Há uma coisa no teu post que me faz alguma confusão: os juros da dívida estão em queda há seis meses e tu falas de espiral de juros a atingir valores... elevados?
Achas que isto vai descambar tudo outra vez em termos de juros da dívida pública, é essa a tua convicção?
1 abraço,
Elias
Amigo Elias,
Thanks pela tua pergunta que é muito pertinente.
Uma coisa são os juros da dívida soberana que vigoram no mercado secundário, que vogam ao sabor da volatilidade do mercado livre da especulação, e que só afetarão as contas públicas se nos financiarmos diretamente no mercado.
Como os juros do mercado eram proibitivos, verdadeiramente impagáveis a partir dos 7% para cima, para planear o encargo futuro dos pagamentos da nossa dívida tivemos de pedir ajuda de um pacote financeiro à Troika, em que na parte dos pagamentos da dívida soberana substituimos através de roll-overs numa parte significativa das tranches de pagamento seguintes de dívida, por um período de cerca de 3 anos, acordando pagar em contrapartida um juro que presentemente foi estabelecido em 4,5% ao ano. Ora, se a dívida pública vai subir no próximo ano de cerca de 118% do PIB para 124% o teu encargo com juros vai ser cada vez maior, mesmo que ao juro bonificado de 4,5% ao ano.
Como páras esta espiral dos juros da dívida? Como vai haver folga para inverter este ciclo se não criamos riqueza de forma consistente através do aumento do PIB anual ou de superavits públicos orçamentais?
Essa é a grande questão e num regime concorrencial em que os nossos parceiros da europa do norte na zona Euro têm um custo unitário de produção abaixo do nosso só conseguiremos ser competitivos e inverter ciclos de recessão se formos mais competitivos que eles.
Para baixar esse custo médio unitário de produção ponderada só temos 2 opções: ou passamos a ser muito mais competitivos através de aumentos substanciais de produção per capita ou baixamos os custos de produção.
Para subir a produtividade só em sonhos, tal só seria possível com pessoal altamente formado e motivado e essencialmente acompanhado por fortes investimentos em equipamentos de ponta. Motivar pessoal a trabalhar mais com salários mais baixos ou com mais impostos de cima do pêlo é uma miragem e investir fortemente em R&D e novos equipamentos com empresários e Bancos muito descapitalizados é outra tarefa impossível.
Resta baixar os custos de produção através do fator dos salários baixos, mas será que queremos ser a China da Europa para quem já sentiu na zona Euro um nível de vida que era na realidade irrealista para as nossas possibilidades?
Como ninguém se quer sacrificar a perder poder de compra a bem, a coisa provavelmente terá que ir a mal através do regresso a uma nova moeda, infelizmente esse será o caminho e quanto mais tarde se avançar para esta inevitabilidade, pior!
Abraço.
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
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mais_um Escreveu:Em caso de eleicoes com os actuais lideres votava em branco.
Com o rui rio ou o antonio costa votaria num dos 2. Com ambos votaria no rui rio, parece me ser mais resistente aos lobbys.
O Rui Rio também quase de certeza que teria o meu voto... mas eu já o vi dizer na TV que a engrenagem não é fácil de olear, que aquilo está emperrado até dizer chega... pelo menos foi mais ou menos isto que eu entendi do que ele respondeu à pergunta se um dia poderia governar o país?!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Re: Re
Cem pt Escreveu:Com a espiral dos juros da dívida soberana a atingir valores que só podem ser pagos através de medidas de austeridade crescentes num ciclo imparável sem fim à vista, num processo semelhante à água a subir constantemente e a atingir a altura do nariz de um mergulhador imóvel numa piscina de pés e mãos atadas, dificilmente escaparemos ao cenário abaixo traçado.
Amigo Cem,
Há uma coisa no teu post que me faz alguma confusão: os juros da dívida estão em queda há seis meses e tu falas de espiral de juros a atingir valores... elevados?
Achas que isto vai descambar tudo outra vez em termos de juros da dívida pública, é essa a tua convicção?
1 abraço,
Elias
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Re
rg7803 Escreveu:Olá Cem.
Li e reli o que escreveste:
"Se isto não resultar, pois, ou perdemos a nossa independência ou já só nos restará sair do Euro, por muito que nos custe e das consequências desastrosas que tal cenário acarreterá (ex: fuga maciça de capitais, importações proibitivas, perda forçada e radical do nível de vida dos cidadãos e encargos bem acrescidos a quem tenha de pagar dívidas denominadas em Euros)."
Começo a perguntar-me se isso seria (de facto) tão mau quanto o pintamos.
Passado o choque ou abalo inicial não entraríamos numa trajectória diferente da actual?
É que o curso actual não nos irá conduzir a lado nenhum.
Sim, claro que a parte má da equação é a perda de poder de compra dos cidadãos em relação à Europa e resto do mundo.
Deixaremos de comprar artigos importados de elevado valor que passarão a valer mais do dobro em Euros (carros, plasmas, i-Pads, etc) porque estou convencido que a desvalorização da nova moeda iria ser brutal para praticamente cerca de metade.
Tudo isto acompanhado de medidas temporárias do tipo "corralito" em que os cidadãos só poderiam levantar das contas um valor limitado por mês para evitar fugas de capital dramáticas, bem como a transformação forçada de um dia para o outro, no anúncio da medida de deixarmos o Euro, da denominação de todas as contas em Euros para o novo Escudo nos Bancos sedeados em território nacional.
A dificuldade de reembolsar dívidas em Euros por parte do Estado e de muitas empresas e famílias será porventura dramático, se calhar a melhor solução do nosso País será mandar às malvas os credores e dizer que todas as dívidas se pagarão, e é se querem, na nova moeda ao câmbio antes do dia da nova moeda ser desvalorizada, para que tudo o que seja dívida seja denominado no futuro em novos Escudos sem que a desvalorização cambial que se siga afete o valor nominal da ex-dívida em Euros. Mas isto sou eu a pensar no melhor cenário para um grupo (Estado, famílias e empresas) que representa mais de 300% do PIB medido em dívidas a diferentes credores.
Pontos positivos:
A parte positiva será a muito maior competitividade dos nossos produtos ao nível das exportações, permitindo às empresas exportadoras margem para aumentar preços e lucros, e a consequente distribuição dessa nova "riqueza" em novos investimentos, criação de novo emprego e aumento consequente dos salários do pessoal para tentar compensar a perda salarial via desvalorização cambial, até se estabelecer novo equilíbrio na balança comercial.
O futuro Governo deverá certamente transformar a dívida de Euros no novo Escudo antes de este ser desvalorizado e assim transformar um valor de uma dívida soberana considerável num pacote de dívida muito mais aceitável (cerca de metade!) e sem que precisemos de para isso nos endividarmos lá fora para pagar os juros, é só pôr a rotativa dos Escudos a funcionar apesar da criação da consequente inflação de mais massa monetária em circulação.
Os custos competitivos do turismo e dos nossos produtos atrairão muita gente de fora e novos investidores externos criarão mais empregos e prosperidade.
Muitos dos capitais, que fugirem na altura de incerteza de abandonarmos o Euro, regressarão ao novo câmbio ajustado.
As remessas dos emigrantes em Euros e Dollars mais as exportações darão um novo alento às reservas de divisas mas isso para mim é negativo porque vai incentivar a que a nova classe política que se vai seguir (PS?) possa infelizmente voltar aos tempos dos gastos à "tripa forra". Nem tudo será cor de rosa!
Este futuro "aumento" interno salarial denominado na nova moeda promoverá certamente a retoma da procura interna para a recuperação rápida da Economia e a reposição de um novo tecido empresarial adaptado ao novo cenário, embora, repito, à custa de mais inflação.
Portanto a prazo concordo que as perspetivas até podem ser benéficas à custa de um depauperamento forçado do nosso atual poder de compra, infelizmente quanto mais tarde tomarmos esta posição "radical" de deixar a zona Euro mais pobres estaremos, mais ficaremos a dever e mais elevados serão os custos desta medida radical.
Só que não há ninguém que na nossa classe política de verdadeiros tótós os tenha no sítio para avançarmos para este cenário e por sua vez cada tuga gosta de olhar para a sua carteira e refilar de forma veemente se lhe vão ao bolso se ninguém lhes mostrar as consequências de uma nova luz ao fundo do túnel...
Editado pela última vez por Cem pt em 3/10/2012 0:06, num total de 1 vez.
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
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MiamiBlueHeart Escreveu:Paulo Núncio concedeu benefícios fiscais a grupos económicos ao arrepio da IGFDespacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais contribuiu para isenção fiscal de milhares de milhões de dividendos, noticia o "Público".
O despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF) que, em Outubro de 2011, veio ao encontro dos interesses fiscais dos grupos económicos, foi dado ao arrepio da Inspecção-Geral de Finanças, noticia o jornal "Público".
De acordo com o jornal, na auditoria ao sistema de controlo das deduções por dupla tributação dos lucros distribuídos, a IGF considera que o método pelo qual o secretário de Estado viria a optar meses depois não é o mais transparente e não permite um maior controlo da evasão fiscal.
Só em 2008, escreve o "Público", foram 9.635 milhões de euros de lucros de 1.577 entidades por tributar em IRC, com “impacto negativo” nas receitas fiscais. Foram 0,4% das sociedades que apresentaram deduções de 37% do lucro tributável e 49% da matéria colectável do conjunto das empresas.
Como explica o jornal, em causa está como evitar que o lucro de uma sociedade, transferido como dividendo para a casa-mãe, seja duplamente tributado.
Até Dezembro de 2010 metade dos dividendos eram deduzidos ao lucro tributável quando provinham "de lucros que não tenham sido sujeitos a tributação efectiva" e exceptuavam-se as SGPS. Com o Orçamento do Estado de 2011 todos os dividendos passaram a ser deduzidos só quando viessem de lucros "sujeitos a tributação efectiva", tendo acabado a excepção dada às SGPS. No entanto, refere o "Público", a alteração nunca se aplicou.
Continuamos com a igualdade do costume..
É tal porra, depois é a educação e a saúde que pagam. Carrega gaspar.

Plan the trade and trade the plan
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Olá Cem.
Li e reli o que escreveste:
"Se isto não resultar, pois, ou perdemos a nossa independência ou já só nos restará sair do Euro, por muito que nos custe e das consequências desastrosas que tal cenário acarreterá (ex: fuga maciça de capitais, importações proibitivas, perda forçada e radical do nível de vida dos cidadãos e encargos bem acrescidos a quem tenha de pagar dívidas denominadas em Euros)."
Começo a perguntar-me se isso seria (de facto) tão mau quanto o pintamos.
Passado o choque ou abalo inicial não entraríamos numa trajectória diferente da actual?
É que o curso actual não nos irá conduzir a lado nenhum.
Li e reli o que escreveste:
"Se isto não resultar, pois, ou perdemos a nossa independência ou já só nos restará sair do Euro, por muito que nos custe e das consequências desastrosas que tal cenário acarreterá (ex: fuga maciça de capitais, importações proibitivas, perda forçada e radical do nível de vida dos cidadãos e encargos bem acrescidos a quem tenha de pagar dívidas denominadas em Euros)."
Começo a perguntar-me se isso seria (de facto) tão mau quanto o pintamos.
Passado o choque ou abalo inicial não entraríamos numa trajectória diferente da actual?
É que o curso actual não nos irá conduzir a lado nenhum.
“Buy high, sell higher...”.
Paulo Núncio concedeu benefícios fiscais a grupos económicos ao arrepio da IGF
Continuamos com a igualdade do costume..
Despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais contribuiu para isenção fiscal de milhares de milhões de dividendos, noticia o "Público".
O despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF) que, em Outubro de 2011, veio ao encontro dos interesses fiscais dos grupos económicos, foi dado ao arrepio da Inspecção-Geral de Finanças, noticia o jornal "Público".
De acordo com o jornal, na auditoria ao sistema de controlo das deduções por dupla tributação dos lucros distribuídos, a IGF considera que o método pelo qual o secretário de Estado viria a optar meses depois não é o mais transparente e não permite um maior controlo da evasão fiscal.
Só em 2008, escreve o "Público", foram 9.635 milhões de euros de lucros de 1.577 entidades por tributar em IRC, com “impacto negativo” nas receitas fiscais. Foram 0,4% das sociedades que apresentaram deduções de 37% do lucro tributável e 49% da matéria colectável do conjunto das empresas.
Como explica o jornal, em causa está como evitar que o lucro de uma sociedade, transferido como dividendo para a casa-mãe, seja duplamente tributado.
Até Dezembro de 2010 metade dos dividendos eram deduzidos ao lucro tributável quando provinham "de lucros que não tenham sido sujeitos a tributação efectiva" e exceptuavam-se as SGPS. Com o Orçamento do Estado de 2011 todos os dividendos passaram a ser deduzidos só quando viessem de lucros "sujeitos a tributação efectiva", tendo acabado a excepção dada às SGPS. No entanto, refere o "Público", a alteração nunca se aplicou.
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Re
Com a espiral dos juros da dívida soberana a atingir valores que só podem ser pagos através de medidas de austeridade crescentes num ciclo imparável sem fim à vista, num processo semelhante à água a subir constantemente e a atingir a altura do nariz de um mergulhador imóvel numa piscina de pés e mãos atadas, dificilmente escaparemos ao cenário abaixo traçado.
Solução?
Com toda a probabilidade vamos ter de reestruturar parte da dívida pública soberana, provavelmente não os 50% como fez a Grécia mas algo parecido como 25% a 40% do nosso PIB se a recessão continuar inalterada nos próximos 2 anos.
E só não será mais por pressão da Banca, que possui quantidades consideráveis de Obrigações do Estado Português e para evitar uma espiral de juros da dívida soberana incontrolável para podermos ganhar mais uns poucos de anos (3 ou 4?) de manutenção na zona Euro, esperando que a borrasca atenue um pouco e que se ganhe tempo até aparecer na Alemanha outra força política mais complacente à mutualização das dívidas soberanas europeias, baixando radicalmente as taxas de juro das obrigações dos membros da Comunidade Europeia para que assim se autorize uma fórmula de algum crescimento e reabra o sistema interbancário europeu para retoma do crédito às Economias da zona Euro, com prazos mais alargados para a diminuição das dívidas públicas de cada país.
Se isto não resultar, pois, ou perdemos a nossa independência ou já só nos restará sair do Euro, por muito que nos custe e das consequências desastrosas que tal cenário acarreterá (ex: fuga maciça de capitais, importações proibitivas, perda forçada e radical do nível de vida dos cidadãos e encargos bem acrescidos a quem tenha de pagar dívidas denominadas em Euros).
Solução?
Com toda a probabilidade vamos ter de reestruturar parte da dívida pública soberana, provavelmente não os 50% como fez a Grécia mas algo parecido como 25% a 40% do nosso PIB se a recessão continuar inalterada nos próximos 2 anos.
E só não será mais por pressão da Banca, que possui quantidades consideráveis de Obrigações do Estado Português e para evitar uma espiral de juros da dívida soberana incontrolável para podermos ganhar mais uns poucos de anos (3 ou 4?) de manutenção na zona Euro, esperando que a borrasca atenue um pouco e que se ganhe tempo até aparecer na Alemanha outra força política mais complacente à mutualização das dívidas soberanas europeias, baixando radicalmente as taxas de juro das obrigações dos membros da Comunidade Europeia para que assim se autorize uma fórmula de algum crescimento e reabra o sistema interbancário europeu para retoma do crédito às Economias da zona Euro, com prazos mais alargados para a diminuição das dívidas públicas de cada país.
Se isto não resultar, pois, ou perdemos a nossa independência ou já só nos restará sair do Euro, por muito que nos custe e das consequências desastrosas que tal cenário acarreterá (ex: fuga maciça de capitais, importações proibitivas, perda forçada e radical do nível de vida dos cidadãos e encargos bem acrescidos a quem tenha de pagar dívidas denominadas em Euros).
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
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Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
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.Renegade Escreveu:alexandre7ias Escreveu:Renegade Escreveu:alexandre7ias Escreveu:Calma pessoal! Anda tudo tão nervoso que até se esquecem que em Democracia quem decide quem nos governa é o Povo, ou melhor as pessoas. Para o mal e para o bem.
Mas as tantas sou eu que estou a ver mal a coisa!
O problema é que não temos tempo para decidir.
Já percebi!
Não temos tempo para a Democracia, se não o dinheiro não chega!
De facto o dinheiro compra tudo!
Literalmente - ir para eleições significa parar tudo durante 60 dias. E perder a tranche da massa do FMI para pagar salários e pensões.
É isso que queres?
É isso que vais explicar aos reformados que ficam sem a pensão? "Ah, não se preocupe, que o importante é eleger um novo governo. Vão para lá outros macacos, vai ficar tudo igual, mas não importa não ter dinheiro para os remédios da farmácia ou para comer sequer"
E quem te garante que o dinheiro não chega? Isso é tudo treta meu caro!
Olha que os € chegam acredita.
Ou melhor ele chega mas vai logo outra vez, eles emprestam para receber!
mais_um Escreveu:Em caso de eleicoes com os actuais lideres votava em branco.
Com o rui rio ou o antonio costa votaria num dos 2. Com ambos votaria no rui rio, parece me ser mais resistente aos lobbys.
Estou de acordo contigo, embora eu pessoalmente não acredito no PS enquanto não fizer o luto da era Sócrates e fazer a limpeza de muito "lixo" que por lá vive agarrado ao partido.
No PSD tal como aqui já foi referido, o Rui Rio não agrada ás elites nomeadamente aos barões da capital, ele próprio disse nas ultimas eleições do PSD que só seria candidato quando senti-se vontade e condições dentro do partido para um líder com o seu perfil.
PPC no PSD é "personna não grata", uma surpresa dentro do partido provocado pelas eleições diretas do PSD, muitos barões chegaram a pensar que o homem estaria a prazo, mas enquanto o Vitor Gaspar estiver no governo ninguém a não ser o próprio ou a Troika fará cair o governo.
Alguém tem duvidas que senão fosse a Troika o governo não passaria daquele conselho de estado?!... Muita azia e muitos sapos devem ter sido engolidos, até o "Bochechas" pirou-se antes de todos os outros... Já não deve ter saúde para aguentar tanta ansiedade.
O paulo macedo e uma boa opcao para um governo tecnocrata de iniciativa presidencial sem eleicoes.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Lion_Heart Escreveu:Dom_Quixote Escreveu:setas Escreveu:Rui Rio tambem seria a minha opção
O PSD não quer
Mas vocês acham que o PSD queria Passos Coelho? A linha dura dos barões nem o pode ver, basta ver os ataques que lhe fazem. O candidato favorito das elites e barões do psd sempre foi o Paulo Rangel. Eles nem acreditaram no sapo que tiveram que engolir quando o Passos Coelho ganhou, a começar pelo PR Aníbal.
Tá bem. Mas, no PSD, Rui Rio a 1º ministro não agrada nem a barões nem a baronesas. Muito, mas muito menos ao aparelho

Dom_Quixote Escreveu:setas Escreveu:Rui Rio tambem seria a minha opção
O PSD não quer
Mas vocês acham que o PSD queria Passos Coelho? A linha dura dos barões nem o pode ver, basta ver os ataques que lhe fazem. O candidato favorito das elites e barões do psd sempre foi o Paulo Rangel. Eles nem acreditaram no sapo que tiveram que engolir quando o Passos Coelho ganhou, a começar pelo PR Aníbal.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
Não existe Ninguém mas ninguém que lidere um dos partidos do chamado arco da governação que consiga mudar ou reformar este País. Isto pelo simples facto que esses partidos fazem parte do "esquema" e não se cospe na mão que nos alimenta.
Os outros dois (para mim o pev nem conta pois estão integrados no pcp) querem uma ditadura ou seja eles no bem bom e o povo nos 25 euros por mês. Gostava de ver o Jerónimo em Cuba a reclamar numa manifestação por um salário de 100 euros .Ou Na Coreia do Norte por um bife.
Portanto para se mudar algo é necessário votar nos outros 10 ou 12 partidos que Nunca ninguém se lembra que existem, e alguns até tem ideias interessantes.
Só assim se vai a algum lado, agora ps-psd-ps-psd e as vezes cds é estar a manter a mesma maquina podre e corrupta.
Os outros dois (para mim o pev nem conta pois estão integrados no pcp) querem uma ditadura ou seja eles no bem bom e o povo nos 25 euros por mês. Gostava de ver o Jerónimo em Cuba a reclamar numa manifestação por um salário de 100 euros .Ou Na Coreia do Norte por um bife.
Portanto para se mudar algo é necessário votar nos outros 10 ou 12 partidos que Nunca ninguém se lembra que existem, e alguns até tem ideias interessantes.
Só assim se vai a algum lado, agora ps-psd-ps-psd e as vezes cds é estar a manter a mesma maquina podre e corrupta.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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Zeb_PT Escreveu:Engraçado que já tinha comentado que o Antonio Costa e o Rui Rio me pareciam os menos maus...
Idealmente preferia mesmo um qualquer independente que demontrasse conhecimentos reais e que não tivesse idealogias socialistas
O meu político preferido, talvez porque não é político é o Paulo Macedo. Mas exactamente porque não é político, no hipotético papel de 1º ministro facilmente o estado de graça seria dos mais breves de sempre.
Editado pela última vez por Visitante em 2/10/2012 18:30, num total de 1 vez.
Não faz mal!...
Concordo. O PS sabe que não tem grande espaço de manobra, poderia mudar aqui ou ali um pormenor, mas não passaria de um gesto de charme. Os três partidos assinaram o memorando, estamos a ser ajudados, temos que pagar o que nos emprestam.MarcoAntonio Escreveu:Não é propriamente uma questão de democracia (a nossa democracia tem problemas mas não é por este tipo de questão): é antes uma questão de timing.
Estou certo que nem os partidos da oposição (mesmo achando que poderiam ganhar umas eventuais eleições) quereriam que o Governo caísse nesta altura
Do meu ponto de vista, a mudança para uma "nova Europa", que inevitavelmente terá que surgir, passa em primeiro lugar por uma consciencialização dos Europeus de que não se pode gastar aquilo que não se tem...isso já está a acontecer. Não vamos querer mudar de agulhas bruscamente, o comboio pode descarrilar. Claro que há países que se financiaram melhor durante esta crise que antes dela...e também é urgente meditar e fazer algo nesta matéria...cumprimentos a todos
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