Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade
artista1939 Escreveu:JMHP Escreveu:pepi Escreveu:JMHP Escreveu:
A culpa é somente exclusiva da banca?!
Tens q convir que avaliação do risco era coisa que praticamente n existia...
E?!.... EM que é que isso diminui as responsabilidades das pessoas para contraírem divida?!
Se algum dia precisar de um empréstimo é a ti que vou pedir primeiro; não queres saber se posso pagar, quando vou pagar ou se faço intenções de pagar. Só vantagens.
Não, não vens pedir nada porque eu não te empresto dinheiro, nem a ti nem a ninguém, dado que não sou banqueiro nem gosto de andar atrás de caloteiros.
Eu próprio há 8 anos atrás contrai um empréstimo para compra de casa de acordo com as minhas possibilidades e com margem para qualquer imprevisto de modo a proteger-me de apertos, como até o possível aumento de juros nos anos seguintes dado o juro barato de então.
Na altura e nos anos seguintes foram-me oferecidos vários créditos ao meu dispor.... Sempre recusei, pois não gosto de colocar-me para além do meu horizonte e da zona de conforto.
JMHP Escreveu:pepi Escreveu:JMHP Escreveu:
A culpa é somente exclusiva da banca?!
Tens q convir que avaliação do risco era coisa que praticamente n existia...
E?!.... EM que é que isso diminui as responsabilidades das pessoas para contraírem divida?!
Se algum dia precisar de um empréstimo é a ti que vou pedir primeiro; não queres saber se posso pagar, quando vou pagar ou se faço intenções de pagar. Só vantagens.
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.
"When it comes to money, the level of integrity is the least." - Parag Parikh
* Fight club sem nódoas negras: http://artista1939.mybrute.com
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no dia 18/09 fiz referencia a isso, no topico da manif. Disse que estavamos a ver uma situaçao identica a de 2010 quando socrates decide ajudar/salvar certas empresas e grupos economicos com dinheiro dos contribuintes.
" Alias arrisco me a dizer que neste momento esta a acontecer algo identico, ate porque a falta de liquidez no sistema interbancario mantem se, mas como neste momento o estado nao tem como injectar mais dinheiro na economia, a soluçao passou por tirar ao trabalhador para injectar dinheiro nas empresas, essas empresas vao pegar nesse dinheirinho para resolver o problema de liquidez, e pagar dividas a banca, que representao neste momento um peso brutar nos custos de qualquer empresa!!!
A banca mais uma vez consegue e da a volta aos governantes!!
Passos parece estar a seguir os mesmos passos de socrates, tera o mesmo fim obviamente!!"
" Alias arrisco me a dizer que neste momento esta a acontecer algo identico, ate porque a falta de liquidez no sistema interbancario mantem se, mas como neste momento o estado nao tem como injectar mais dinheiro na economia, a soluçao passou por tirar ao trabalhador para injectar dinheiro nas empresas, essas empresas vao pegar nesse dinheirinho para resolver o problema de liquidez, e pagar dividas a banca, que representao neste momento um peso brutar nos custos de qualquer empresa!!!
A banca mais uma vez consegue e da a volta aos governantes!!
Passos parece estar a seguir os mesmos passos de socrates, tera o mesmo fim obviamente!!"
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A retirares rendimento às familias, esse problema ainda se vai agravar.
Depois, que tipos de crédito são esses? Como foram aprovados? Quais as regras de análise? Não é só dizer que são as famílias... há todo um conjunto de situações que influencia esse valor. As familias pedem, é verdade, mas quem lhes empresta tem de fazer o seu trabalho.

Depois, que tipos de crédito são esses? Como foram aprovados? Quais as regras de análise? Não é só dizer que são as famílias... há todo um conjunto de situações que influencia esse valor. As familias pedem, é verdade, mas quem lhes empresta tem de fazer o seu trabalho.

disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.
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JMHP Escreveu:Segundo ouvi hoje de manhã na SIC Noticias, as dividas das famílias portuguesas ultrapassa os 140 mil milhões de Euros (praticamente o PIB nacional) e cerca de 5 mil milhões são considerados de concretização duvidosa.
A culpa é somente exclusiva da banca?!
Procura os dados. As famílias são o agente económico que tem menor dívida.
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Renegade Escreveu:Ora aí está.
De que adianta injectar dinheiro nas empresas se esse dinheiro era dos trabalhadores e lhes faz muita falta para consumirem bens e serviços dessas empresas?
Também vai criar um ambiente de cortar à faca entre patrões e empregados, para além do efeito na motivação e produtividade, isso não vem nas folhas de excel.
Plan the trade and trade the plan
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Renegade Escreveu:JMHP Escreveu:Mas a melhor maneira de ajudar será através do aumento da TSU para os trabalhadores e da devolução às empresas?
Pode garantir um alívio a curto prazo, mas pode agravar a situação de todo o país a médio e longo prazo…
Ora aí está.
De que adianta injectar dinheiro nas empresas se esse dinheiro era dos trabalhadores e lhes faz muita falta para consumirem bens e serviços dessas empresas?
Essa é uma das hipóteses de entre outras colocadas pelo autor cheio de duvidas.
PT_Trader Escreveu:Passados alguns dias do anúncio destas medidas, a minha conclusão é simples: Emigrem, este país acabou. Daqui a 10 anos está cá novamente o FMI, os salários têm uma taxa de 70%, já não há classe média e os governantes e pessoas como o JMHP continuam a dizer que é o que tem de ser feito.


artista1939 Escreveu:JMHP Escreveu:...
Os nossos bancos e banqueiros merecem ser ajudados?
Merecem.
...
http://sicnoticias.sapo.pt/opinionMaker ... financeiro
Tão dissimulado, que até passou despercebido.
A malta vai pagar pelos erros destes senhores. Sim, que ninguém se engane. São eles que mandam nisto...
Se eles entraram por negócios ruinosos foi porque viram hipotese de ganhar algum. Tiveram azar e perderam a aposta. A maior parte das pessoas assume a perda e mais nada, não há cá "vaquinhas" para resolverem os seus problemas...
Segundo ouvi hoje de manhã na SIC Noticias, as dividas das famílias portuguesas ultrapassa os 140 mil milhões de Euros (praticamente o PIB nacional) e cerca de 5 mil milhões são considerados de concretização duvidosa.
A culpa é somente exclusiva da banca?!

JMHP Escreveu:...
Os nossos bancos e banqueiros merecem ser ajudados?
Merecem.
...
http://sicnoticias.sapo.pt/opinionMaker ... financeiro
Tão dissimulado, que até passou despercebido.
A malta vai pagar pelos erros destes senhores. Sim, que ninguém se engane. São eles que mandam nisto...
Se eles entraram por negócios ruinosos foi porque viram hipotese de ganhar algum. Tiveram azar e perderam a aposta. A maior parte das pessoas assume a perda e mais nada, não há cá "vaquinhas" para resolverem os seus problemas...
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.
"When it comes to money, the level of integrity is the least." - Parag Parikh
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Passados alguns dias do anúncio destas medidas, a minha conclusão é simples: Emigrem, este país acabou. Daqui a 10 anos está cá novamente o FMI, os salários têm uma taxa de 70%, já não há classe média e os governantes e pessoas como o JMHP continuam a dizer que é o que tem de ser feito.
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JMHP Escreveu:Mas a melhor maneira de ajudar será através do aumento da TSU para os trabalhadores e da devolução às empresas?
Pode garantir um alívio a curto prazo, mas pode agravar a situação de todo o país a médio e longo prazo…
Ora aí está.
De que adianta injectar dinheiro nas empresas se esse dinheiro era dos trabalhadores e lhes faz muita falta para consumirem bens e serviços dessas empresas?
O José Gomes Ferreira parece estar agora mais sereno e começa agora analisar a TSU com outra perspectiva... Estará a mudar de opinião como aconteceu com as criticas à Merkel?!
O mistério da TSU: uma ajuda ao sistema financeiro?
A alteração da Taxa Social Única, com um grande aumento para os trabalhadores e uma redução substancial para as empresas, poderá funcionar na prática como uma ajuda indirecta ao sistema financeiro. Os bancos poderão assim evitar mais crédito mal - parado e até encaixar dinheiro de que precisam para cobrir imparidades que estão a aumentar; as empresas, altamente endividadas, poderão reduzir o incumprimento ou até pagar algumas dívidas aos bancos. Se não é esta a causa, parece ser este o efeito.
Desconhece-se se a Troika e o Governo combinaram as alterações da TSU com o objectivo de ajudar indirectamente os bancos. Seria um processo de intenções afirmá-lo taxativamente. Mas a verdade é que, até agora, quase ninguém compreendeu a medida anunciada com tanto dramatismo por Pedro Passos Coelho, no dia 7 de Setembro, dizendo que a situação era muito difícil.
As alterações da TSU são um erro económico porque reduzem a procura interna e destroem emprego em vez de o criarem; são um erro de finanças públicas porque não combatem o défice, só geram 500 milhões de receita, uma gota de água face às necessidades adicionais de cobertura do défice do Estado, avaliadas em 4.900 milhões de euros pelo próprio Governo; são um erro político, porque minam a base de confiança e a aceitação de qualquer outra medida de austeridade que o Governo tome ou venha a tomar – e são uma injustiça social, porque representam uma transferência de recursos do trabalho para o capital.
Como quase toda a gente diz isto, continua sem se perceber a insistência do Governo na medida. Remodelada, calibrada, modulada, acrescida, parcialmente diminuída, seja como for, apesar da crise política que está a provocar, continua sobre a mesa.
Vejamos melhor: quase toda a gente está contra, mas nem toda a gente se pronunciou.
Os principais banqueiros do país, habituados a comentar qualquer nova medida de política económica, financeira e fiscal, mantém silêncio sobre esta matéria. A excepção foi José Maria Ricciardi, presidente executivo do BES Investimento, que elogiou a medida em declarações feitas fora do país.
Entre as grandes empresas do chamado sector de bens e serviços não transaccionáveis, a atitude é de discrição. Só o presidente executivo da EDP falou em público sobre a medida, para a elogiar e sugerir que, em contrapartida, até pode baixar os preços da electricidade. Mas não disse que vai criar novos empregos, principal razão invocada por Passos Coelho e Vítor Gaspar para justificar a alteração da TSU.
Enquanto a polémica sobe de tom, a SIC dá conta de que o grupo Caixa Geral de Depositos vai ter de registar ainda mais imparidades em 2012 do que no ano passado, acima de 1,2 mil milhões de euros. Os resultados líquidos do banco público, no final do ano, arriscam-se a ultrapassar os 400 milhões de euros de prejuízo de 2011. Mas não é só este grupo que está a ser afectado pelo aumento das imparidades. A SIC confirmou junto de fontes altamente colocadas no sector bancário que os principais bancos portugueses vai ter de reconhecer mais imparidades ainda este ano e também em 2013. Boa parte devida à compra de acções na bolsa cujas perdas ainda não foram completamente reconhecidas; Outra parte devida a apostas em investimentos imobiliários que entretanto perderam parte substancial do valor que ainda está contabilizado. Só no Algarve, as perdas a reconhecer poderão atingir vários milhares de milhões de euros…
Neste cenário, poderia encarar-se o recurso a novas ajudas aos bancos, directamente pelo Estado e através da reserva de 12 mil milhões de euros disponibilizada no âmbito do Programa de Assistência Financeira para a recapitalização da banca. Mas se este já foi um processo tão traumático para os actuais accionistas, que tentaram condicionar a entrada de representantes do Estado e as regras impostas pelo financiador público, porque não pensar em alternativas?
Voltemos então à proposta para a alteração da TSU, que a esmagadora maioria dos portugueses continua a não entender.
Os trabalhadores sofrem um aumento de 64 por cento da taxa de desconto para a Segurança Social – que sobe de 12 para 18 por cento, garantindo uma receita de 2.800 milhões de euros. As empresas beneficiam de um cheque imediato de 2.300 milhões de euros de devolução desta receita, com a baixa da taxa de 23,75 para 18 por cento. Todas as empresas beneficiam. As que exportam e as que não exportam, as que enfrentam a concorrência e as que estão em mercados protegidos. Praticamente nenhuma vai criar emprego, já o disseram. E as empresas orientadas para o mercado interno vão enfrentar uma queda ainda maior da procura dos seus bens e serviços.
Mas há, de facto, um efeito em cascata que é preciso considerar.
Com algum dinheiro em caixa, as micro e pequenas empresas que já estão em risco, evitam fechar portas mais cedo. Poderão ir à falência, mas um pouco mais tarde. Os créditos à banca poderão continuar a ser pagos por mais algum tempo…o mal - parado bancário continuará a subir, mas menos.
As médias empresas terão também mais algum tempo para respirar. Algumas adiam a falência, outras aguentam o negócio… outras até juntam alguns milhares de euros e, com esforço acrescido, até pagam antecipadamente algumas responsabilidades à banca. Dinheiro muito importante para o sistema financeiro – mais liquidez, menos mal-parado, menos imparidades a reconhecer e contabilizar…
O mesmo para as grandes empresas. Com mais alguns milhões nos cofres, continuam a garantir o pagamento das responsabilidades à banca, até aceleram alguma amortização…dinheiro precioso para o sistema financeiro.
Neste quadro, as alterações à TSU, parecem começar a fazer sentido.
A lógica não é económica, não é de finanças públicas, não é do sistema de previdência e de protecção social, não é de justiça social - é a perspectiva do sistema financeiro. O dinheiro gerado pela medida acaba por afluir ao sistema como se fosse através de um funil aplicado a toda a economia. Mesmo o que não aflui, fica no circuito e impede que o tecido económico apodreça mais rapidamente em alguns sectores e unidades de negocio. Isto é, a medida ou dá liquidez ou adia mal – parado.
Tem lógica. Poderá explicar muita coisa que aparentemente não fazia sentido.
E agora, a medida vista assim é necessariamente má?
Não.
O sistema financeiro é o coração da economia de mercado, que por sua vez sustenta as democracias politicas em que vivemos.
Não temos outro sistema alternativo - conhecemos outro, o de planificação, mas não o queremos, jamais o quereremos de regresso. Temos é de melhorar este.
Os nossos banqueiros fizeram alguns erros?
Fizeram.
Tiveram um papel decisivo para o crescimento de Portugal nas últimas décadas, na maior parte dos casos potenciando a melhor aplicação de recursos financeiros?
Sim, sem dúvida. Não tomemos a árvore pela floresta.
Os nossos bancos e banqueiros merecem ser ajudados?
Merecem. Tudo deve ser feito para evitar desequilíbrios do sistema financeiro que podem aparecer com o agravar da crise económica.
Mas a melhor maneira de ajudar será através do aumento da TSU para os trabalhadores e da devolução às empresas?
Pode garantir um alívio a curto prazo, mas pode agravar a situação de todo o país a médio e longo prazo…
Mas se a medida foi tomada, entre outras razões como forma de ajudar indirectamente o sistema financeiro, porque é que o Governo não explicou claramente este objectivo aos portugueses?
Se era isto, devia tê-lo explicado com toda a clareza.
Se não era isto, então o que era?
http://sicnoticias.sapo.pt/opinionMaker ... financeiro

O mistério da TSU: uma ajuda ao sistema financeiro?
A alteração da Taxa Social Única, com um grande aumento para os trabalhadores e uma redução substancial para as empresas, poderá funcionar na prática como uma ajuda indirecta ao sistema financeiro. Os bancos poderão assim evitar mais crédito mal - parado e até encaixar dinheiro de que precisam para cobrir imparidades que estão a aumentar; as empresas, altamente endividadas, poderão reduzir o incumprimento ou até pagar algumas dívidas aos bancos. Se não é esta a causa, parece ser este o efeito.
Desconhece-se se a Troika e o Governo combinaram as alterações da TSU com o objectivo de ajudar indirectamente os bancos. Seria um processo de intenções afirmá-lo taxativamente. Mas a verdade é que, até agora, quase ninguém compreendeu a medida anunciada com tanto dramatismo por Pedro Passos Coelho, no dia 7 de Setembro, dizendo que a situação era muito difícil.
As alterações da TSU são um erro económico porque reduzem a procura interna e destroem emprego em vez de o criarem; são um erro de finanças públicas porque não combatem o défice, só geram 500 milhões de receita, uma gota de água face às necessidades adicionais de cobertura do défice do Estado, avaliadas em 4.900 milhões de euros pelo próprio Governo; são um erro político, porque minam a base de confiança e a aceitação de qualquer outra medida de austeridade que o Governo tome ou venha a tomar – e são uma injustiça social, porque representam uma transferência de recursos do trabalho para o capital.
Como quase toda a gente diz isto, continua sem se perceber a insistência do Governo na medida. Remodelada, calibrada, modulada, acrescida, parcialmente diminuída, seja como for, apesar da crise política que está a provocar, continua sobre a mesa.
Vejamos melhor: quase toda a gente está contra, mas nem toda a gente se pronunciou.
Os principais banqueiros do país, habituados a comentar qualquer nova medida de política económica, financeira e fiscal, mantém silêncio sobre esta matéria. A excepção foi José Maria Ricciardi, presidente executivo do BES Investimento, que elogiou a medida em declarações feitas fora do país.
Entre as grandes empresas do chamado sector de bens e serviços não transaccionáveis, a atitude é de discrição. Só o presidente executivo da EDP falou em público sobre a medida, para a elogiar e sugerir que, em contrapartida, até pode baixar os preços da electricidade. Mas não disse que vai criar novos empregos, principal razão invocada por Passos Coelho e Vítor Gaspar para justificar a alteração da TSU.
Enquanto a polémica sobe de tom, a SIC dá conta de que o grupo Caixa Geral de Depositos vai ter de registar ainda mais imparidades em 2012 do que no ano passado, acima de 1,2 mil milhões de euros. Os resultados líquidos do banco público, no final do ano, arriscam-se a ultrapassar os 400 milhões de euros de prejuízo de 2011. Mas não é só este grupo que está a ser afectado pelo aumento das imparidades. A SIC confirmou junto de fontes altamente colocadas no sector bancário que os principais bancos portugueses vai ter de reconhecer mais imparidades ainda este ano e também em 2013. Boa parte devida à compra de acções na bolsa cujas perdas ainda não foram completamente reconhecidas; Outra parte devida a apostas em investimentos imobiliários que entretanto perderam parte substancial do valor que ainda está contabilizado. Só no Algarve, as perdas a reconhecer poderão atingir vários milhares de milhões de euros…
Neste cenário, poderia encarar-se o recurso a novas ajudas aos bancos, directamente pelo Estado e através da reserva de 12 mil milhões de euros disponibilizada no âmbito do Programa de Assistência Financeira para a recapitalização da banca. Mas se este já foi um processo tão traumático para os actuais accionistas, que tentaram condicionar a entrada de representantes do Estado e as regras impostas pelo financiador público, porque não pensar em alternativas?
Voltemos então à proposta para a alteração da TSU, que a esmagadora maioria dos portugueses continua a não entender.
Os trabalhadores sofrem um aumento de 64 por cento da taxa de desconto para a Segurança Social – que sobe de 12 para 18 por cento, garantindo uma receita de 2.800 milhões de euros. As empresas beneficiam de um cheque imediato de 2.300 milhões de euros de devolução desta receita, com a baixa da taxa de 23,75 para 18 por cento. Todas as empresas beneficiam. As que exportam e as que não exportam, as que enfrentam a concorrência e as que estão em mercados protegidos. Praticamente nenhuma vai criar emprego, já o disseram. E as empresas orientadas para o mercado interno vão enfrentar uma queda ainda maior da procura dos seus bens e serviços.
Mas há, de facto, um efeito em cascata que é preciso considerar.
Com algum dinheiro em caixa, as micro e pequenas empresas que já estão em risco, evitam fechar portas mais cedo. Poderão ir à falência, mas um pouco mais tarde. Os créditos à banca poderão continuar a ser pagos por mais algum tempo…o mal - parado bancário continuará a subir, mas menos.
As médias empresas terão também mais algum tempo para respirar. Algumas adiam a falência, outras aguentam o negócio… outras até juntam alguns milhares de euros e, com esforço acrescido, até pagam antecipadamente algumas responsabilidades à banca. Dinheiro muito importante para o sistema financeiro – mais liquidez, menos mal-parado, menos imparidades a reconhecer e contabilizar…
O mesmo para as grandes empresas. Com mais alguns milhões nos cofres, continuam a garantir o pagamento das responsabilidades à banca, até aceleram alguma amortização…dinheiro precioso para o sistema financeiro.
Neste quadro, as alterações à TSU, parecem começar a fazer sentido.
A lógica não é económica, não é de finanças públicas, não é do sistema de previdência e de protecção social, não é de justiça social - é a perspectiva do sistema financeiro. O dinheiro gerado pela medida acaba por afluir ao sistema como se fosse através de um funil aplicado a toda a economia. Mesmo o que não aflui, fica no circuito e impede que o tecido económico apodreça mais rapidamente em alguns sectores e unidades de negocio. Isto é, a medida ou dá liquidez ou adia mal – parado.
Tem lógica. Poderá explicar muita coisa que aparentemente não fazia sentido.
E agora, a medida vista assim é necessariamente má?
Não.
O sistema financeiro é o coração da economia de mercado, que por sua vez sustenta as democracias politicas em que vivemos.
Não temos outro sistema alternativo - conhecemos outro, o de planificação, mas não o queremos, jamais o quereremos de regresso. Temos é de melhorar este.
Os nossos banqueiros fizeram alguns erros?
Fizeram.
Tiveram um papel decisivo para o crescimento de Portugal nas últimas décadas, na maior parte dos casos potenciando a melhor aplicação de recursos financeiros?
Sim, sem dúvida. Não tomemos a árvore pela floresta.
Os nossos bancos e banqueiros merecem ser ajudados?
Merecem. Tudo deve ser feito para evitar desequilíbrios do sistema financeiro que podem aparecer com o agravar da crise económica.
Mas a melhor maneira de ajudar será através do aumento da TSU para os trabalhadores e da devolução às empresas?
Pode garantir um alívio a curto prazo, mas pode agravar a situação de todo o país a médio e longo prazo…
Mas se a medida foi tomada, entre outras razões como forma de ajudar indirectamente o sistema financeiro, porque é que o Governo não explicou claramente este objectivo aos portugueses?
Se era isto, devia tê-lo explicado com toda a clareza.
Se não era isto, então o que era?
http://sicnoticias.sapo.pt/opinionMaker ... financeiro
Ulrich: Redução da TSU "tem lógica" e empresas podem "aproveitar para baixar os preços"
Fernando Ulrich frisou à agência Reuters que, se a medida relativa à taxa social única avançar, o BPI deverá ter um ganho de 10 milhões de euros (ME) em 2013, sendo que a Comissão Executiva do banco quer reinjectá-la a favor dos colaboradores do banco, da qualidade de serviço e da própria economia. Na sua opinião, é nisto que os líderes empresariais e líderes das associações empresariais se deviam concentrar. “Deviam deixar as questões políticas aos políticos, por isso é que os elegemos", comentou.
"O que está em cima da mesa é um bolo de 2.000 milhões de euros” e que “o impacto que isto terá na economia depende do que as empresas façam", sublinhou à Reuters o CEO do BPI.
Na sua opinião, pode ser que isto até “ajude a aguentar” uma empresa que esteja em dificuldades, dependendo do caso. “Uma empresa que esteja razoável, mas com dificuldade em vender os seus produtos, pode aproveitar para baixar os preços", acrescentou.
Fernando Ulrich referiu que seria "pedagógico" outras empresas dizerem o que vão fazer com uma descida da TSU "porque ajuda as pessoas a perceber o que é que pode resultar daqui". "E portanto, como a reacção de cada empresa é diferente, se as principais não disserem como farão, obviamente é difícil para os economistas, quanto mais para as pessoas que não têm formação perceberem o que é que isto quer dizer". "E deviam abandonar esta reacção tipo século XIX que parece que foi tirar dinheiro do bolso dos pobres para entregar aos ricos, penso que é uma caricatura excessiva e que não ajuda nada à discussão desta situação” e à superação dos problemas", disse.
Ulrich enfatizou ainda que "o ponto mais importante de todos, e que tem sido muito importante para Portugal, é o da coesão social". Lembrou que "cada partido tem a sua linha e suas opções e não temos de estar todos de acordo mas temos todos conseguido viver com grande coesão social". "Se esta medida põe em causa a coesão social, para mim a coesão social é mais importante que toda a racionalidade económica, mas isso é responsabilidade dos partidos políticos", afirmou.
O presidente do BPI adiantou também que a medida reduz "o rendimento dos trabalhadores no sector privado, que é a maior parte da população portuguesa, e obviamente isso tem um impacto na contracção da procura interna, sendo óbvio que torna a vida mais difícil para as empresas que vivem essencialmente do mercado interno". "Mas a política económica que o país precisa é uma que leve as empresas e empresários e empresas que investem a investir sobretudo em bens transaccionáveis e de exportação e não tanto nas operações viradas para o mercado interno", declarou à Reuters. "Por isso, a medida também tem lógica desse ponto de vista - de reduzir a atractividade dos negócios virados para o mercado interno e aumentar a atractividade dos negócios virados para mercado externo", referiu, sublinhando que cortar 7% do rendimento das pessoas que trabalham é uma medida obviamente "antipática e desagradável".
Medida traz poupança de 10 milhões ao BPI
No caso do BPI, se esta medida for avante "exactamente nos mesmos moldes em que está, e se não houver nenhuma medida compensatória, nomeadamente a nível fiscal" gera para o BPI em 2013, com base no actual quadro de pessoal, uma poupança de cerca de 10 milhões de euros, adiantou Ulrich.
Depois, se a medida continuar, essa poupança repetir-se-á. "Havendo esse ganho de 10 milhões de euros, a Comissão Executiva entende que ele deve ser gasto em acções que tenham um impacto positivo para o banco e para a economia portuguesa", referiu.
O mesmo responsável explicou que, sendo assim, o BPI já identificou as áreas de actuação, querendo nomeadamente aumentar o orçamento de formação, que tem sido sacrificado. "Tendo um ganho que não estávamos à espera, pensamos que reforçar o orçamento de formação deve ser uma das prioridades".
O reforço da protecção social dos trabalhadores está também em cima da mesa. “Não é devolver o dinheiro às pessoas sob a forma de pagamento de salários. É aumentar, por exemplo, seguros de saúde, seguros de vida, complementos de reforma", afirmou Ulrich à Reuters.
Outras das ideias será a de "investir em melhorias da qualidade de serviço, como renovações de balcões", estando também previsto o recrutamento de pessoas, mas sob regime de contratos a prazo. "A prazo por duas razões. Primeiro, porque não sabemos se esta medida se mantém eternamente, segundo porque o negócio bancário está a cair e provavelmente continuará a cair nos próximos anos", referiu.
Fernando Ulrich lembrou ainda à Reuters que "estruturalmente, o banco daqui a três anos deveria ter menos pessoas do que tem hoje, mas, tendo um ganho suplementar, entendemos que [estando o país na situação em que está e tendo o desemprego atingido as proporções que atingiu] tendo nós capacidade de integrar pessoas”, não se vai perturbar o comportamento do banco".
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=579819
Fernando Ulrich frisou à agência Reuters que, se a medida relativa à taxa social única avançar, o BPI deverá ter um ganho de 10 milhões de euros (ME) em 2013, sendo que a Comissão Executiva do banco quer reinjectá-la a favor dos colaboradores do banco, da qualidade de serviço e da própria economia. Na sua opinião, é nisto que os líderes empresariais e líderes das associações empresariais se deviam concentrar. “Deviam deixar as questões políticas aos políticos, por isso é que os elegemos", comentou.
"O que está em cima da mesa é um bolo de 2.000 milhões de euros” e que “o impacto que isto terá na economia depende do que as empresas façam", sublinhou à Reuters o CEO do BPI.
Na sua opinião, pode ser que isto até “ajude a aguentar” uma empresa que esteja em dificuldades, dependendo do caso. “Uma empresa que esteja razoável, mas com dificuldade em vender os seus produtos, pode aproveitar para baixar os preços", acrescentou.
Fernando Ulrich referiu que seria "pedagógico" outras empresas dizerem o que vão fazer com uma descida da TSU "porque ajuda as pessoas a perceber o que é que pode resultar daqui". "E portanto, como a reacção de cada empresa é diferente, se as principais não disserem como farão, obviamente é difícil para os economistas, quanto mais para as pessoas que não têm formação perceberem o que é que isto quer dizer". "E deviam abandonar esta reacção tipo século XIX que parece que foi tirar dinheiro do bolso dos pobres para entregar aos ricos, penso que é uma caricatura excessiva e que não ajuda nada à discussão desta situação” e à superação dos problemas", disse.
Ulrich enfatizou ainda que "o ponto mais importante de todos, e que tem sido muito importante para Portugal, é o da coesão social". Lembrou que "cada partido tem a sua linha e suas opções e não temos de estar todos de acordo mas temos todos conseguido viver com grande coesão social". "Se esta medida põe em causa a coesão social, para mim a coesão social é mais importante que toda a racionalidade económica, mas isso é responsabilidade dos partidos políticos", afirmou.
O presidente do BPI adiantou também que a medida reduz "o rendimento dos trabalhadores no sector privado, que é a maior parte da população portuguesa, e obviamente isso tem um impacto na contracção da procura interna, sendo óbvio que torna a vida mais difícil para as empresas que vivem essencialmente do mercado interno". "Mas a política económica que o país precisa é uma que leve as empresas e empresários e empresas que investem a investir sobretudo em bens transaccionáveis e de exportação e não tanto nas operações viradas para o mercado interno", declarou à Reuters. "Por isso, a medida também tem lógica desse ponto de vista - de reduzir a atractividade dos negócios virados para o mercado interno e aumentar a atractividade dos negócios virados para mercado externo", referiu, sublinhando que cortar 7% do rendimento das pessoas que trabalham é uma medida obviamente "antipática e desagradável".
Medida traz poupança de 10 milhões ao BPI
No caso do BPI, se esta medida for avante "exactamente nos mesmos moldes em que está, e se não houver nenhuma medida compensatória, nomeadamente a nível fiscal" gera para o BPI em 2013, com base no actual quadro de pessoal, uma poupança de cerca de 10 milhões de euros, adiantou Ulrich.
Depois, se a medida continuar, essa poupança repetir-se-á. "Havendo esse ganho de 10 milhões de euros, a Comissão Executiva entende que ele deve ser gasto em acções que tenham um impacto positivo para o banco e para a economia portuguesa", referiu.
O mesmo responsável explicou que, sendo assim, o BPI já identificou as áreas de actuação, querendo nomeadamente aumentar o orçamento de formação, que tem sido sacrificado. "Tendo um ganho que não estávamos à espera, pensamos que reforçar o orçamento de formação deve ser uma das prioridades".
O reforço da protecção social dos trabalhadores está também em cima da mesa. “Não é devolver o dinheiro às pessoas sob a forma de pagamento de salários. É aumentar, por exemplo, seguros de saúde, seguros de vida, complementos de reforma", afirmou Ulrich à Reuters.
Outras das ideias será a de "investir em melhorias da qualidade de serviço, como renovações de balcões", estando também previsto o recrutamento de pessoas, mas sob regime de contratos a prazo. "A prazo por duas razões. Primeiro, porque não sabemos se esta medida se mantém eternamente, segundo porque o negócio bancário está a cair e provavelmente continuará a cair nos próximos anos", referiu.
Fernando Ulrich lembrou ainda à Reuters que "estruturalmente, o banco daqui a três anos deveria ter menos pessoas do que tem hoje, mas, tendo um ganho suplementar, entendemos que [estando o país na situação em que está e tendo o desemprego atingido as proporções que atingiu] tendo nós capacidade de integrar pessoas”, não se vai perturbar o comportamento do banco".
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=579819
Lion_Heart Escreveu:Pois eu conheço muitos empresários que vão pagar a tsu dos empregados.
Duvido que o façam, pois isso significaria um aumento salarial e uma maior receita para o Estado... A não ser que o pagamento seja realizado fora da folha salarial, mas com o controlo fiscal actual isso é cada vez mais difícil e o risco não compensa.
Por isso entendo esse tipo de declarações de alguns empresários como meras reacções emocionais não reflectidas.
Assim como o Moedas questionou... Então se existem tantas queixas da falta de liquidez assim como da falta de investimento, porque motivo de repente isso quase deixa de ser uma dificuldade?!
Só para relembrar... A divida das empresas em Portugal à banca ultrapassa os 100 mil milhões de Euros!
.Passos "descobriu que a austeridade não pode ir além de um limite estabelecido pelos eleitores"
Carla Pedro
20/09/2012 19:07
"Nos 15 minutos que Passos Coelho demorou a anunciar as medidas ( ), conseguiu o extraordinário feito de unir não só os partidos da oposição contra o seu plano 'intolerável', mas também sindicalistas, grandes empresários e economistas", salienta a revista britânica.
"As políticas de Passos Coelho podem ter ajudado a enfatizar as diferenças de Portugal em relação à Grécia. Mas ele [o primeiro-ministro] está também a descobrir que a austeridade não pode ir além de um limite que é estabelecido pelos eleitores, quer eles se manifestem violentamente em Atenas ou marchem pacificamente em Lisboa."
A observação é da revista "The Economist" no seu mais recente artigo sobre Portugal, intitulado "Quando é que a austeridade é demasiada?", onde é analisada a crise política em que o País mergulhou desde o início do mês.
A revista britânica descreve as cerca de duas semanas vividas em Portugal desde que Passos Coelho anunciou – na sexta-feira, dia 7 de Setembro – as novas medidas de austeridade. E não traça um cenário radioso. "Com a sua decisão de financiar uma redução dos custos das empresas com um forte corte nos salários que os trabalhadores levam para casa, Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal, parece ter excedido os limites daquilo que é aceitável pela grande maioria do seu eleitorado. Até então, os eleitores tinham aceitado sucessivas rondas de 'aperto do cinto' com resignação", escreve a "The Economist" na sua última edição.
"Nos 15 minutos que Passos Coelho demorou a anunciar as medidas (…), conseguiu o extraordinário feito de unir não só os partidos da oposição contra o seu plano 'intolerável', mas também sindicalistas, grandes empresários e economistas", sublinha a revista.
A decisão, prossegue a análise da "The Economist", "abriu também uma brecha potencialmente irreparável entre os dois partidos da coligação no poder", refere a influente publicação, salientando a ameaça de moção de censura feita por António José Seguro, bem como a crescente ameaça de uma fractura na sua coligação até agora sólida, já que o CDS, liderado por Paulo Portas, se mostrou contra a taxa social única.
"Perante uma oposição tão generalizada e o risco de alguns membros do Governo poderem rebelar-se na crucial votação do Orçamento do Estado para 2013, em Outubro, são muitos os que esperam que o primeiro-ministro altere o seu plano, ou até que recue completamente", conclui, dizendo que "isso poderá poupar Portugal a uma destrutiva crise política".
Fonte: Negócios
.Empresas vivem maus momentos (Foto: D.R.)
O incumprimento no sector empresarial e nos particulares voltou a recordes. Novos empréstimos tiveram aumento mensal de 21%
As empresas estão com maiores dificuldades para conseguirem cumprir os seus compromissos financeiros junto da banca. Segundo os dados do Banco de Portugal, o incumprimento atingiu um novo recorde, representando já 9,27% do total de empréstimos concedidos pela banca.
Os bancos tinham, até julho, emprestado às empresas 109,4 mil milhões de euros. Deste valor, 10,1 mil milhões de euros correspondem a crédito em incumprimento. Isto significa que mais de 9% do total de empréstimos concedidos às empresas não são pagos, o que acontece pela primeira vez desde que o Banco de Portugal agrega os dados estatísticos, ou seja, dezembro de 1997.
A maioria do crédito malparado das empresas está no sector da construção (3906 milhões de euros), que tem vindo a aumentar, representando já mais de um terço do total. Sem obras públicas, com o agravar da recessão e com as tesourarias estranguladas, os sindicatos alertam que poderão desaparecer mais 40 mil postos de trabalho na construção até ao final do ano.
No que diz respeito às famílias, a tendência é a mesma: o incumprimento continua a aumentar, renovando máximos históricos. O crédito malparado voltou a aumentar em julho nas famílias, representando já 3,62% do total de crédito concedido aos particulares, ou seja, o valor mais elevado de sempre.
Os dados revelados ontem pelo Banco de Portugal mostram que até julho os bancos emprestaram 136,6 mil milhões de euros às famílias portuguesas. Deste montante, 4,9 mil milhões de euros correspondem a empréstimos de cobrança duvidosa, ou seja, assumem já um peso de 3,6%.
Novos empréstimos às empresas
A banca está a dar mais crédito à empresas. Pelo menos esta é a conclusão, a avaliar pelos dados do Banco de Portugal que mostram que a concessão de novos empréstimos ao sector empresarial aumentaram 21% em julho face ao mês anterior, um valor que corresponde a um aumento de cinco mil milhões de euros.
Em julho, os novos empréstimos foram de 1756 milhões em operações até um milhão de euros, num aumento de 8,4% face ao mês anterior.
Nas operações acima de um milhão de euros foram emprestados 3217 milhões de euros, o que corresponde a uma subida mensal de 29%. No total, os novos empréstimos às empresas foram de 4973 em julho, mais 21%.
No total, os novos empréstimos aos particulares aumentaram 21,6%. Já em comparação com o mesmo mês do ano passado caíram mais de 32%. Também naquela altura os empréstimos destinados a habitação eram os mais representativos, ao contrário do que se passou em julho deste ano.Bárbara Barroso
http://m.dinheirovivo.pt/m/article?cont ... IECO059765
For sale: In Greece, everything must go
September 20, 2012, 12:53 PM
With the so-called Troika of international lenders (International Monetary Fund, European Central Bank, European Commission) visiting Greece this week, Greek politicians are struggling to agree on budget cuts. Greece’s finance minister, Yannis Stournaras , said Thursday that it will take a few more days to agree on an austerity package, but that only 2 billion euros to 2.5 billion euros ($2.6 billion to $3.2 billion) worth of measures remain unresolved.
Strict spending cuts are, however, not the only way the country is scrambling to find extra money. Disposing of state assets in a national fire sale is also expected to bring in much-needed cash, and the list of properties for sale has in recent days expanded to include overseas real estate and an old Greek palace, according to The Guardian and other media reports.
Christos Konstas, a representative for the Hellenic Republic Asset Development Fund (HRADF), which is overseeing the sale, told MarketWatch that the Greek government is hoping to raise 50 billion euros, with 19 billions of that coming by 2015.
The list of items for sale include post offices, airports and even Greece’s state-owned lottery. Below are a list of some assets that are already on the auction block and others that may find their way there soon (sans price tags, you’ll note; coming soon, apparently):
Tatoi Palace . The former royal family’s historic estate outside Athens will be sold off or leased, according to media reports citing Greek officials, but an official sales listing through the Hellenic Republic Asset Development Fund is not up yet. The palace was used until 1967 when the former King Constantine II of Greece and Queen Anne-Marie were forced to flee the country.
London Victorian town house near Holland Park. Greek news site ekathimerini said Wednesday that the sale of this 115-year old house forms part of a plan to sell diplomatic buildings from London to Belgrade. The house served as the Greek consul’s residence in the U.K. The Ministry of Foreign Affairs confirmed it is currently looking to selling real estate abroad that is not being used.
Airports, including Athens International Airport. Other airports up for sale are located on Rhodes, Corfu, Kos, Chania, Samos and Thessaloniki among others.
Hellenic Lotteries. The HRADF is already in the process of handing off the Hellenic Lotteries and a buyer of the license will get the right to produce, operate, circulate, promote and manage current and future lotteries. The Hellenic Horse-race Betting Organization is also up for grabs.
Mail. Hellenic Post, the leading postal-service provider in Greece, will soon find that its 750 outlets and mail services will be owned by someone else than the government.
Utilities. Both Athens Water Supply and Sewerage Company and the Public Power Corporation SA, are on the list of assets to be handed off within the next 12 months. Thessaloniki Water Supply and Sewerage is facing the same fate.
Motorways. Drivers crossing the northern part of Greece on the Egnatia Motorway should brace for a reality where the road will soon be privately owned. Five major intercity motorways under construction will also be privatized.
Who hasn’t wanted to own a Greek island? Now’s your chance. Greece’s conservative-led coalition earlier this month identified 40 uninhabited islands, which it plans to lease out, according to the Guardian newspaper.
http://blogs.marketwatch.com/thetell/20 ... g-must-go/
September 20, 2012, 12:53 PM
With the so-called Troika of international lenders (International Monetary Fund, European Central Bank, European Commission) visiting Greece this week, Greek politicians are struggling to agree on budget cuts. Greece’s finance minister, Yannis Stournaras , said Thursday that it will take a few more days to agree on an austerity package, but that only 2 billion euros to 2.5 billion euros ($2.6 billion to $3.2 billion) worth of measures remain unresolved.
Strict spending cuts are, however, not the only way the country is scrambling to find extra money. Disposing of state assets in a national fire sale is also expected to bring in much-needed cash, and the list of properties for sale has in recent days expanded to include overseas real estate and an old Greek palace, according to The Guardian and other media reports.
Christos Konstas, a representative for the Hellenic Republic Asset Development Fund (HRADF), which is overseeing the sale, told MarketWatch that the Greek government is hoping to raise 50 billion euros, with 19 billions of that coming by 2015.
The list of items for sale include post offices, airports and even Greece’s state-owned lottery. Below are a list of some assets that are already on the auction block and others that may find their way there soon (sans price tags, you’ll note; coming soon, apparently):
Tatoi Palace . The former royal family’s historic estate outside Athens will be sold off or leased, according to media reports citing Greek officials, but an official sales listing through the Hellenic Republic Asset Development Fund is not up yet. The palace was used until 1967 when the former King Constantine II of Greece and Queen Anne-Marie were forced to flee the country.
London Victorian town house near Holland Park. Greek news site ekathimerini said Wednesday that the sale of this 115-year old house forms part of a plan to sell diplomatic buildings from London to Belgrade. The house served as the Greek consul’s residence in the U.K. The Ministry of Foreign Affairs confirmed it is currently looking to selling real estate abroad that is not being used.
Airports, including Athens International Airport. Other airports up for sale are located on Rhodes, Corfu, Kos, Chania, Samos and Thessaloniki among others.
Hellenic Lotteries. The HRADF is already in the process of handing off the Hellenic Lotteries and a buyer of the license will get the right to produce, operate, circulate, promote and manage current and future lotteries. The Hellenic Horse-race Betting Organization is also up for grabs.
Mail. Hellenic Post, the leading postal-service provider in Greece, will soon find that its 750 outlets and mail services will be owned by someone else than the government.
Utilities. Both Athens Water Supply and Sewerage Company and the Public Power Corporation SA, are on the list of assets to be handed off within the next 12 months. Thessaloniki Water Supply and Sewerage is facing the same fate.
Motorways. Drivers crossing the northern part of Greece on the Egnatia Motorway should brace for a reality where the road will soon be privately owned. Five major intercity motorways under construction will also be privatized.
Who hasn’t wanted to own a Greek island? Now’s your chance. Greece’s conservative-led coalition earlier this month identified 40 uninhabited islands, which it plans to lease out, according to the Guardian newspaper.
http://blogs.marketwatch.com/thetell/20 ... g-must-go/
O Povo que se manifestou no dia 15 fê-lo por causa da TSU.
Os politicos que se andam a manifestar, estão a fazê-lo pelos outros cortes que foram anunciados de entre eles destaco os cortes nas fundações que lideram.
É por isso que todos em únisono procuram derrotar esta coligação para que os cortes anunciados não se efectuem.
Vocês não sabem interpretar nada!
Os politicos que se andam a manifestar, estão a fazê-lo pelos outros cortes que foram anunciados de entre eles destaco os cortes nas fundações que lideram.
É por isso que todos em únisono procuram derrotar esta coligação para que os cortes anunciados não se efectuem.
Vocês não sabem interpretar nada!
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dasse
tavaverquenao2 Escreveu:Psd e cds decidiram criar um conselho de coordenação da coligação. Para quê tanta conversa, eu quero é saber se o pp vai aceitar ou não os novos aumentos de impostos e engolir o sapo.
Esses elementos desse tal conselho de coordenac,ao teem que ter no miinimo 2 anos de faculdade e 2 referencias no SIS. Jaa nao sao aceites "drop-outs" LOL

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Re: lol
MPC_finance Escreveu:bboniek00 Escreveu:tavaverquenao2 Escreveu:Remodelações à vista no governo, relvas, gaspar e alvaro, a nata, podem ser substituidos por, nas finanças, miguel macedo ou o dos chiliques quando a coisa aquecer, o horta osório. Na economia o moedas, o que disse que era só o socras sair para as coisas iverterem, ou o pires de lima. Para o lugar do relvas ainda não apareceu nome até porque, o relvas tem de ser raspado com uma espátula, aquilo agarra-se...
Caa pra mim mim o "dos chiliques" vai-lhe dar um treco de morte nas actuais circunstancias.
O Relvas pode ser substituiido pelo Dias Loureiro...
para nao estragar a fruta...
Um Governo de Salvação Nacional junta-lhe o Rodrigues e o Pedroso. LOL
Estamos "entregues aos bichos" (nao ee piada a coelhos e outros animais): nao ha gente para formar um gabinete. Ee tudo pessoal carreirista nas jotas...
e os capazes nao querem chafurdar no esterco da nossa indigente classe poliitica.
Estamos lixados.

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