Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

OT - Forças armadas portuguesas e defesa nacional

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 28/10/2012 23:57

Bispo das Forças Armadas faz apelo aos militares em nome do país
Publicado hoje às 20:18D. Januário Torgal Ferreira dirigiu-se este domingo aos militares dizendo que o país não pode continuar a ser destruído e que os militares não podem deixar que isso aconteça.


D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas, deixa um apelo aos militares em nome do país

«Nós não permitiremos que, por esta vil tristeza, a pátria que deu tanto trabalho a tantos se possa perder, como todos os dias temos andado a assistir», disse o bispo das Forças Armadas durante a missa do Dia do Exército, nas Caldas da Rainha.

D. Januário Torgal Ferreira afirmou ainda que é necessário o empenho de todos na reconquista da independência económica e financeira do país, mas não à custa dos mais necessitados.


http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portuga ... id=2853215

Era deste que estavas a falar Aguiar?
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por Mcmad » 28/10/2012 23:57

PIKAS Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:
Estas com medo é isso o Aguiar? Tem calma que o teu amigo Pedro resolve tudo.



Frase parva, estupida e absurda e que certamente traduz o nivel do seu autor.
Penso que a moderação deve apagar o post que está na base deste meu e este meu também. Até lá...

Cumprimentos,


Como é que a moderação pode apagar a Frase do Aguiar Branco? :mrgreen:
Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
Mensagens: 1477
Registado: 29/11/2007 10:26
Localização: Maia

por alexandre7ias » 28/10/2012 23:45

PIKAS Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:
Estas com medo é isso o Aguiar? Tem calma que o teu amigo Pedro resolve tudo.



Frase parva, estupida e absurda e que certamente traduz o nivel do seu autor.
Penso que a moderação deve apagar o post que está na base deste meu e este meu também. Até lá...

Cumprimentos,


A ditadura já passou! Agora é Democracia!
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por Dom_Quixote » 28/10/2012 20:43

"Governo acusa comentadores de serem tão perigosos como qualquer ameaça externa"

Sem especificar a quem se dirigem as criticas, Aguiar-Branco acusou os mesmos comentadores de terem do Estado e da soberania "uma visão contabilística"...

Afinal não somos ou temos sido obrigados a ter uma tal de "visão contabilística" de tudo e mais alguma coisa? :roll:

É no que dá ter pessoas tão abrangentemente competentes que podem, neste mísero país, ser ministro de qualquer pasta...

Quem tem a pretensão de tocar todos os instrumentos da orquestra acaba por não tocar nenhum na perfeição... bem pelo contrário... :evil:
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2286
Registado: 3/4/2012 21:06
Localização: Mancha

por PIKAS » 28/10/2012 20:19

alexandre7ias Escreveu:
Estas com medo é isso o Aguiar? Tem calma que o teu amigo Pedro resolve tudo.



Frase parva, estupida e absurda e que certamente traduz o nivel do seu autor.
Penso que a moderação deve apagar o post que está na base deste meu e este meu também. Até lá...

Cumprimentos,
 
Mensagens: 1820
Registado: 23/8/2006 18:53
Localização: Alcabideche

por alexandre7ias » 28/10/2012 19:12

setas Escreveu:Citação:

Defesa
Governo acusa comentadores de serem tão perigosos como qualquer ameaça externa
Económico com Lusa
28/10/12 16:10

O ministro da Defesa diz que os comentadores são o maior adversário das forças armadas.

O ministro da Defesa, Aguiar-Branco acusou hoje os comentadores "de fato cinzento e gravata azul" de serem o maior adversário das forças armadas e tão perigosos para a defesa nacional como qualquer outra ameaça externa.

"Este adversário é tão corrosivo, tão arriscado e tão perigoso para a Segurança nacional como qualquer outra ameaça externa", afirmou José Pedro Aguiar-Branco depois de acusar os " comentadores de fato cinzento e gravata azul" de fazerem "o discurso da inutilidade das Forças Armadas" e de serem o seu "o maior adversário".

No discurso com que presidiu às comemorações do Dia do Exército, nas Caldas da Rainha, Aguiar-Branco sublinhou às tropas: "O nosso maior adversário não é a adaptação que nos é exigida à situação que o país atravessa", nem tão pouco "as medidas da 'troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) ou a contenção orçamental".

Mas sim, "o sentimento, inegavelmente crescente, de que as Forças Armadas, num contexto de carência geral, não são necessárias" e os comentadores "que olham para o Orçamento de Estado e dizem que é aqui que está a despesa que se pode cortar sem que o país sinta a sua falta", disse.

Sem especificar a quem se dirigem as criticas, Aguiar-Branco acusou os mesmos comentadores de terem do Estado e da soberania "uma visão contabilística" e de encherem páginas de jornais e os noticiários da televisão questionando "para que servem as Forças Armadas". Um discurso "perigosamente demagógico" que o ministro quer ver combatido "dentro dos quartéis".

"No dia em que as Forças Armadas se deixarem instrumentalizar ou envolver no debate partidário, é o dia em que estamos a dar a resposta, por nós indesejada, à pergunta dos comentadores de fato cinzento e gravata azul", sustentou.

Na intervenção, o ministro deixou ainda uma critica velada às associações representativas dos vários ramos das Forças Armadas sublinhando que "as verdadeiras Forças Armadas não estão nas salas de hotel a discutir política", mas sim no terreno e nos quartéis.

A esses, o governante prestou hoje contas sobre o corte de despesas e custos intermédios no Ministério da Defesa Nacional no valor de 19 milhões de euros, conseguido através da eliminação de direções administrativas e da saída do Programa dos NH90, "libertando 130 milhões para 2013".

A rescisão do contrato das viaturas Pandur e o cancelamento do concurso da arma ligeira que "envolvia 80 milhões de euros", foram outras das medidas apontadas e que, no conjunto, "permitem libertar o erário público, para os próximos anos, em mais de 1.000 milhões de euros".

Cortes que o ministro considera não afetarem o "equipamento necessário" nem diminuírem as capacidades do exército, apesar de o Chefe do Estado-maior do Exército, general Pina Monteiro, ter afirmado que "o potencial humano nas fileiras tende a situar-se em níveis mínimos" e que o efetivo atual do exército "significa uma redução de cerca de 5.500 homens e mulheres em relação ao pessoal necessário para guarnecer a totalidade da estrutura orgânica do exército



http://economico.sapo.pt/noticias/gover ... 54911.html
.

Estas com medo é isso o Aguiar? Tem calma que o teu amigo Pedro resolve tudo.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por setas » 28/10/2012 18:53

Citação:

Defesa
Governo acusa comentadores de serem tão perigosos como qualquer ameaça externa
Económico com Lusa
28/10/12 16:10

O ministro da Defesa diz que os comentadores são o maior adversário das forças armadas.

O ministro da Defesa, Aguiar-Branco acusou hoje os comentadores "de fato cinzento e gravata azul" de serem o maior adversário das forças armadas e tão perigosos para a defesa nacional como qualquer outra ameaça externa.

"Este adversário é tão corrosivo, tão arriscado e tão perigoso para a Segurança nacional como qualquer outra ameaça externa", afirmou José Pedro Aguiar-Branco depois de acusar os " comentadores de fato cinzento e gravata azul" de fazerem "o discurso da inutilidade das Forças Armadas" e de serem o seu "o maior adversário".

No discurso com que presidiu às comemorações do Dia do Exército, nas Caldas da Rainha, Aguiar-Branco sublinhou às tropas: "O nosso maior adversário não é a adaptação que nos é exigida à situação que o país atravessa", nem tão pouco "as medidas da 'troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) ou a contenção orçamental".

Mas sim, "o sentimento, inegavelmente crescente, de que as Forças Armadas, num contexto de carência geral, não são necessárias" e os comentadores "que olham para o Orçamento de Estado e dizem que é aqui que está a despesa que se pode cortar sem que o país sinta a sua falta", disse.

Sem especificar a quem se dirigem as criticas, Aguiar-Branco acusou os mesmos comentadores de terem do Estado e da soberania "uma visão contabilística" e de encherem páginas de jornais e os noticiários da televisão questionando "para que servem as Forças Armadas". Um discurso "perigosamente demagógico" que o ministro quer ver combatido "dentro dos quartéis".

"No dia em que as Forças Armadas se deixarem instrumentalizar ou envolver no debate partidário, é o dia em que estamos a dar a resposta, por nós indesejada, à pergunta dos comentadores de fato cinzento e gravata azul", sustentou.

Na intervenção, o ministro deixou ainda uma critica velada às associações representativas dos vários ramos das Forças Armadas sublinhando que "as verdadeiras Forças Armadas não estão nas salas de hotel a discutir política", mas sim no terreno e nos quartéis.

A esses, o governante prestou hoje contas sobre o corte de despesas e custos intermédios no Ministério da Defesa Nacional no valor de 19 milhões de euros, conseguido através da eliminação de direções administrativas e da saída do Programa dos NH90, "libertando 130 milhões para 2013".

A rescisão do contrato das viaturas Pandur e o cancelamento do concurso da arma ligeira que "envolvia 80 milhões de euros", foram outras das medidas apontadas e que, no conjunto, "permitem libertar o erário público, para os próximos anos, em mais de 1.000 milhões de euros".

Cortes que o ministro considera não afetarem o "equipamento necessário" nem diminuírem as capacidades do exército, apesar de o Chefe do Estado-maior do Exército, general Pina Monteiro, ter afirmado que "o potencial humano nas fileiras tende a situar-se em níveis mínimos" e que o efetivo atual do exército "significa uma redução de cerca de 5.500 homens e mulheres em relação ao pessoal necessário para guarnecer a totalidade da estrutura orgânica do exército



http://economico.sapo.pt/noticias/gover ... 54911.html
 
Mensagens: 280
Registado: 29/11/2007 13:17

por mais_um » 28/10/2012 16:06

Esta semana esteve a decorrer as comemorações do dia do Exercito nas Caldas da Rainha. Ontem e hoje levei os meus filhos a ver o equipamento militar em exposição e a parada militar, a parte do equipamento eles gostaram bastante, até porque os militares que estavam de serviço, tinham uma atitude muito pro-activa com os miúdos, sugerindo que entrassem para os veículos e experimentassem o equipamento.

Tive pena que não estivesse presente um Leopardo II mas explicaram-me que por motivos de poupança não trouxeram nenhum. Mas estavam disponíveis várias versões de Pandur II e M-113.


Numa cidade que é toda PSD, a única figura a ser aplaudia foi Ramalho Eanes quando se dirigia para o palanque, a única a ser apupada foi o ministro da defesa, Aguiar Branco.

Pelos discursos do ministro e do chefe do estado maior do exercito percebi que as verbas para as promoções foram desbloqueadas. Em relação ao equipamento parece-me que as aquisições que estavam a decorrer vão ficar suspensas. Em 2014 vai existir apenas um serviço de saúde militar em vez dos 3 que existem actualmente.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 8133
Registado: 14/11/2008 0:48
Localização: Lisboa

por remediado » 14/9/2012 21:06

Forças Armadas "na primeira trincheira" da luta para ultrapassar a crise
Económico com Lusa
14/09/12 16:13



O ministro da Defesa Nacional afirmou hoje que as Forças Armadas vão estar "na primeira trincheira da luta" para superar a crise.

"As Forças Armadas são sempre a instituição na primeira linha no sentimento de serviço público, do sentido patriótico e capacidade para estarem na primeira trincheira da luta para superarmos a crise e dão exemplo sempre nessa matéria", disse o ministro no Funchal, fazendo um "balanço positivo" da visita que efetuou nos últimos dois dias à Madeira.

Aguiar Branco destacou que "a relação entre a estrutura militar e civil na região é exemplar no que é inclusivamente o trabalho desenvolvido em benefício das populações", mencionando que este "é um dos ativos mais queridos da população madeirense", até devido ao apoio que prestaram após as últimas catástrofes registadas neste arquipélago.

Questionado sobre a necessidade de meios neste território insular, o responsável respondeu que "no momento de crise que atravessamos temos de saber escolher muito bem as nossa prioridades".

"O que é importante reter é que não tem sido por falta de meios que a capacidade de resposta tem sido ao nível de merecer considerações", sustentou.

Acrescentou que "é sempre melhor fazer com melhores meios", apontando que "desde que haja condições para financeiras para o fazer, seguramente será possível apetrechar todo este dispositivo de melhores meios. Até lá temos que viver com o que temos, fazer uma gestão o mais eficiente possível de modo a que a capacidade de resposta, como não tem sido, prejudicada, e merecer sempre este reconhecimento da relação da estrutura militar com a civil".

Aguiar Branco destacou também a importância de todo o trabalho desenvolvido em "preparação, treino e consumo de horas por parte das Forças Armadas para que, na hora certa, no momento certo, não se falhe", frisando que se trata de muito esforço "oculto, que muitas vezes não está na primeira linha da compreensão das pessoas quando se fala da necessidade de termos Forças Armadas".

Quanto à situação do radar do Pico do Areeiro, o governante garantiu que "deverá estar a funcionar em pleno em outubro", mencionando que "já está operacional aqui (na Madeira) e está a ser objeto da boa capacidade de relacionamento na transmissão de dados para o Continente".

Instado ainda a comentar uma recente afirmação do presidente do Governo Regional da Madeira - que existe "gente fora da União Europeia interessada na posição geoestratégica da Madeira no Atlântico" - o ministro da Defesa disse que esta não foi uma questão abordada no encontro que teve durante a visita com Alberto João Jardim.

"Mas não é nada que me surpreenda, a importância estratégica que tem os arquipélagos da Madeira e os Açores naquilo que normalmente se costuma designar ´triângulo estratégico de Portugal' representa na lógica da geoestratégica mundial", uma posição que constitui "é um importante ativo de Portugal na sua afirmação no contexto das nações", concluiu.

O ministro da Defesa Nacional visitou hoje o Regimento de Guarnição nº 3 do Funchal e esteve presente num almoço oferecido pelo Representante da República, regressando hoje a Lisboa.
 
Mensagens: 126
Registado: 1/7/2011 11:12
Localização: 12

por remediado » 14/9/2012 21:03

é mais uma opinião...que respeito, embora não concorde .
 
Mensagens: 126
Registado: 1/7/2011 11:12
Localização: 12

por Hramos3 » 14/9/2012 20:32

Não há nenhuma razão para Portugal precisar de um submarino de cariz militar, muito menos 2.

Ninguém invade a fortaleza Europa assim por dá cá aquela palha. E isto inclui europeus, como os gregos já sabem. No dia em que isso acontecer, quero lá saber dos 7%, do IRS ou do preço do petróleo ou do raio das fotocópias!

Mas não vos preocupais, ó Europeus! Porque se isso acontecer nós temos 2 submarinos! Estais protegidos...

:roll:
 
Mensagens: 410
Registado: 14/6/2011 16:43
Localização: 20

por remediado » 14/9/2012 20:18

mais_um , já deu para perceber que a tua ideia de forças armadas não é coincidente com a minha...
respeito a tua opinião e aceito como válidos os argumentos com que a defendes e justificas; no entanto sendo a minha opinião divergente (sobretudo na necessidade de ter submarinos) tambem acho que apresentei argumentos objectivos e válidos para a defender.
portanto acho que a nossa principal divergencia se encontra no que deve ser o papel das forças armadas .
 
Mensagens: 126
Registado: 1/7/2011 11:12
Localização: 12

por remediado » 14/9/2012 19:43

não foi isso que eu disse.
no entanto parece que o mar da Dinamarca não estará assim tão "carregado" de petroleo quanto isso...

Energia
Os principais recursos energéticos na Dinamarca são petróleo
e gás. A primeira base petrolífera no Mar do Norte começou
a operar em 1972 e, em 1994, sua produção atingia 9,11 milhões
de toneladas, um crescimento de 52% sobre a produção de 1990.
A primeira extração de gás natural se deu em 1984 e, em 1995,
totalizou 5 bilhões de metros cúbicos, com crescimento de 56%
em comparação a 1990. Em 1999, pela primeira vez as exportações
de energia superaram as importações, tendência mantida
em 2000. Atualmente, a produção dinamarquesa de petróleo e
gás é suficiente para atender a demanda interna e gerar um superávit
tornando o país o terceiro maior exportador europeu de
petróleo, após a Noruega e o Reino Unido. A produção dinamarquesa,
no entanto, atingiu seu ápice em 2004 e tem decaído desde
então. Segundo provisões recentes da Danish Energy Agency,
a auto-suficiência dinamarquesa de petróleo deverá acabar em
nove anos.
A Dinamarca não produz carvão, mas é líder na produção
de eletricidade por meio de força eólica. O país também produz
energia pela queima de restos de madeira e palha. Não há usinas
nucleares, devido a proibição legal.

Fonte: braziltradenet
Data: 04/05/2009
 
Mensagens: 126
Registado: 1/7/2011 11:12
Localização: 12

por Hramos3 » 14/9/2012 16:50

mais_um Escreveu:
remediado Escreveu:
quanto à Dinamarca acredito a aceito que tenha sido uma decisão aceitavel pois a sua zona maritima não terá uma tão grande importancia estratégica como no nosso caso.


Claro, ter uma zona naval que vai da Dinamarca à Gronelandia é insignificante....


Principalmente porque essa zona naval não está carregada de petróleo nem nada, como a nossa ZEE... :lol:
 
Mensagens: 410
Registado: 14/6/2011 16:43
Localização: 20

por mais_um » 14/9/2012 14:48

remediado Escreveu:quanto ao telegrama, já o tinha lido mesmo antes de ele ser postado aqui no forum , e deixa-me dizer que tambem lhe encontro algumas imprecisões ou desactualizações como por exemplo a parte em que diz que os submarinos não possuem poder de ataque pois não foram encomendados misseis... posso te dizer que é falso pois eles têm a capacidade de usar misseis (subharpon)tendo a capacidade de atingir alvos no mar como em vários KM dentro de terra...sendo no entanto que em qualquer submarino a sua principal arma de eleição no ataque e a mais temida no mar , os torpedos !!! tal como confirmado no mesmo post que deixas-te.
gostaria de estar errado quanto há necessidade, pois eram menos uns milhões de impostos que tinhamos que pagar, mas estou convencido do contrário...

p.s. eu nunca referi nomes nem ninguem em particular no caso dos "brinquedos" , não é minha intenção ferir susceptibilidades de ninguem , mas peço desde já desculpas se tal aconteceu mesmo que não intencionalmente.


Não se trata de ferir susceptibilidade, trata-se de objectividade, é preciso ou não é? Neste caso não é.

Eu sou a favor de tudo o que seja necessário comprar para respeitar os acordos internacionais que assinamos, se os submarinos (ou outra arma) fizessem parte desses acordos, seria o 1º a defender a sua aquisição, acontece que não é o caso, nem os submarinos, nem outros brinquedos que andamos a comprar.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 8133
Registado: 14/11/2008 0:48
Localização: Lisboa

por mais_um » 14/9/2012 14:43

remediado Escreveu: apesar de no inicio a NATO estar contra a compra dos submarinos portugueses , recentemente estes foram convidados , pela 1ªvez a participar num dos maiores exercicios navais americanos, e , pasmem-se a integrar a força naval permanente da ....NATO !!! porque terá sido ??


mera propaganda.... já os submarinos anteriores entravam nos exercicios da Nato, não no mediterraneo, mas no atlantico.

E sobre o facto de pertencer permanentemente é mais uma vez mera propaganda.

Acredito que tenhamos pedido para participar no exercicio, quanto a fazer parte da força permanentemente.....

http://www.manw.nato.int/page_snmg2_task_group.aspx



remediado Escreveu:
quanto à Dinamarca acredito a aceito que tenha sido uma decisão aceitavel pois a sua zona maritima não terá uma tão grande importancia estratégica como no nosso caso.



Claro, ter uma zona naval que vai da Dinamarca à Gronelandia é insignificante....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 8133
Registado: 14/11/2008 0:48
Localização: Lisboa

por remediado » 14/9/2012 13:16

quanto ao telegrama, já o tinha lido mesmo antes de ele ser postado aqui no forum , e deixa-me dizer que tambem lhe encontro algumas imprecisões ou desactualizações como por exemplo a parte em que diz que os submarinos não possuem poder de ataque pois não foram encomendados misseis... posso te dizer que é falso pois eles têm a capacidade de usar misseis (subharpon)tendo a capacidade de atingir alvos no mar como em vários KM dentro de terra...sendo no entanto que em qualquer submarino a sua principal arma de eleição no ataque e a mais temida no mar , os torpedos !!! tal como confirmado no mesmo post que deixas-te.
gostaria de estar errado quanto há necessidade, pois eram menos uns milhões de impostos que tinhamos que pagar, mas estou convencido do contrário...

p.s. eu nunca referi nomes nem ninguem em particular no caso dos "brinquedos" , não é minha intenção ferir susceptibilidades de ninguem , mas peço desde já desculpas se tal aconteceu mesmo que não intencionalmente.
 
Mensagens: 126
Registado: 1/7/2011 11:12
Localização: 12

por remediado » 14/9/2012 12:55

mais_um Escreveu:
remediado Escreveu:para os que dizem que não temos inimigos , que ninguem nos quer atacar , que pertencemos à nato , quero lembrar que uma aliança implica direitos e deveres , tal como o FMI nos protege da banca rota emprestando dinheiro que mais ninguem empresta mas em contrapartida exige austeridade (a tal perda de soberania).
na NATO é igual, temos que ter a nossa cota parte de responsabilidades, em porporção há nossa dimensão temos que participar nas missões conjuntas como o Kosovo e Afeganistão e ao mesmo tempo assegurar um minimo de auto defesa...acham que se não tivermos meios de participação que os outros estão na disponibilidade de defenderem os nossos interesses
sem moeda de troca, ou teriamos direito a opinião e influencia (diplomacia)no seio da aliança ??
sabiam que das 3 fragatas (classe Vasco da gama) 2 delas foram pagas pela Nato ?? as 2 ultimas que foram adquiridas em 2ªMÃO vieram substituir 4 da classe João Belo que os submarinos que agora foram adquiridos vieram substituir 3 da classe Barracuda dos quais só restava 1 que era o submarino mais antigo a nivel mundial ainda ao serviço e que como os outros meios que atrás referi ainda forão comprados pelo Salazar ?? que as chaimites com cerca de 40 anos ainda estão ao serviço no Kosovo e que estando completamente obsoletas custam uma enormidade em constante manutenção e combustivel tendo assim uma disponibilidade miseravel ??
experimentem andar com um carro com 40 anos, passam o tempo a andar a pé pois este passa a vida na oficina e custa balurdios em manutenção e combustivel...
como se pode ver não se pode dizer que andam a desperdiçar dinheiro em "brinquedos" mas sim a manter meios obsoletos em custos de manutenção que poderiam ser substituidos por modernos em menor numero e com vantagens operacionais de meios humanos e até economicas !! o que eu critico é a organização das forças armadas e a corrupção nos negócios que envolvem a aquisição dos meios .
quanto ao momento da compra tambem acho que ficou demonstrado que chega uma altura que é impossivel adiar mais tempo , demais que a aquisição de meios militares mais complexos como os submarinos não é a mesma coisa que ir ao stand escolher e comprar um carro, ou ir ao acampamento de ciganos mais proximo comprar umas metralhadoras e umas granadas :mrgreen:
quanto tempo demorou todo o processo desde o inicio até a efectiva compra dos mesmos ??



Os submarinos não fazem parte das nossas obrigações da NATO, e como já expliquei anteriormente a sua aquisição podia ter sido cancelada. Aparentemente não leste o topico como sugeri, por isso informo-te que os Dinamarqueses acabaram com os submarinos porque são demasiados despendiosos e nos cenário actual não tinham utilidade.

E quem chamou de brinquedos foi o embaixador americano e como aparentemente estás esquecido:


O pequeno parágrafo, a meio do telegrama de seis páginas, resume a coisa assim: "No que diz respeito a contratos de compras militares, as vontades e ações do Ministério da Defesa parecem ser guiadas pela pressão dos seus pares e pelo desejo de ter brinquedos caros. O Ministério compra armamento por uma questão de orgulho, não importa se é útil ou não. Os exemplos mais óbvios são os seus dois submarinos (atualmente atrasados) e 39 caças de combate (apenas 12 em condições de voar)."

O tom não varia muito nos outros parágrafos. O que varia é o nível do detalhe. Cruel e despojado - mas também comprometido com interesses diretos americanos e contendo erros factuais -, o telegrama enviado a 5 de março de 2009 para Washington pelo então embaixador dos EUA em Lisboa, Thomas Stephenson, não deveria ter chegado às mãos de um estrangeiro. Tem a classificação de NOFORN, "no foreigners". Talvez por isso seja tão declaradamente depreciativo para Portugal, para as altas chefias militares e para os últimos governos que têm estado no poder.

O telegrama (em boa verdade, um relatório) analisa o que se passa dentro do Ministério, tentando explicar porque é que as coisas, na perspetiva americana, correm tão mal. O título diz tudo: "O que há de errado no Ministério da Defesa português?"

Embaixador dos EUA em Lisboa de novembro de 2007 a junho de 2009, depois de uma longa carreira como empresário em Silicon Valley, Stephenson escreve: "Portugal sofre de um complexo de inferioridade e da perceção de ser económica, política e militarmente mais fraco do que os seus aliados."

Na tese americana, o gosto pelos "brinquedos caros" tem a ver com isso. Stephenson aponta o caso dos submarinos, que custaram mil milhões de euros e que, segundo ele, não seriam precisos: "Com 800 quilómetros de costa e dois arquipélagos distantes para defender, os dois submarinos alemães comprados em 2005 não são o investimento mais sensato. Os submarinos não têm uma missão formal atribuída e faltam-lhes os meios para fazer patrulhas sem objetivo. Portugal comprou os submarinos mas não encomendou sistemas de mísseis, o que significa que não terão capacidade de ataque mesmo que tenham uma missão."

Fazendo eco da polémica discussão pública sobre o assunto, o embaixador toma partido, mas demonstra algum desconhecimento. Com uma área marítima 20 vezes maior do que o seu território terrestre, há muito que a doutrina militar portuguesa prevê uma missão formal para os submarinos. Além disso, estes estão equipados com torpedos, minas e um sistema de mísseis Harpoon (ironicamente, fabricados nos EUA).

Mas o telegrama vai mais longe. O dinheiro gasto nos submarinos falta noutros lados. "Portugal tem poucos navios-patrulha operacionais para defesa do litoral e para dar conta do narcotráfico, imigração e pesca ilegais." E avança, quanto à Força Aérea: "Portugal tem alguns caças F-16 antigos, mas apenas um C-130 em condições de transportar militares e equipamento." O país tem de facto um "excesso" de caças (39, dos quais nove estão para venda), todos comprados aos EUA mas, ao contrário, possui seis e não apenas um C-130.

O embaixador aborda depois o delicado tema das compras, considerando que a opção portuguesa de "comprar europeu" (em detrimento dos equipamentos americanos) lhe é frequentemente imposta pelos seus parceiros da União. Reportando ao caso das fragatas holandesas, adquiridas em 2006 por decisão do então ministro da Defesa, Luís Amado, em detrimento das americanas Oliver Hazard Perry, que haviam sido escolhidas por Paulo Portas, Stephenson diz que Portugal o fez "por pressão dos Estados europeus".

"O Ministério da Defesa optou por gastar mais de 300 milhões de euros em fragatas holandesas usadas. As americanas teriam exigido apenas cerca de 100 milhões de euros na sua modernização e apoio logístico", escreve o diplomata, acusando de falta de credibilidade o "estudo" que serviu de base à decisão, pois comparava "as fragatas americanas usadas com fragatas holandesas novas, sendo que estas tinham mais de 15 anos".

Na realidade, as Perry tinham mais 20-25 anos do que as holandesas e, a acreditar em fontes contactadas pelo Expresso, nunca foi feita uma estimativa do seu custo de modernização "por ser uma verdadeira dor de cabeça a sua eventual sustentação". As holandesas custaram 248 milhões.

Stephenson acrescenta que o mesmo tipo de situação (que chama de "contabilidade curiosa") ocorreu com os helicópteros-patrulha, "uma necessidade crítica" para Portugal. Mais uma vez, os Sikorsky americanos foram preteridos em favor dos EH-101 europeus, mais baratos, mas apenas porque "as peças sobresselentes e a manutenção não foram incluídas na proposta europeia. Semanas depois de entrarem ao serviço, os EH-101 ficaram parados por falta de peças. Os velhos Pumas com 20 anos que os EH-101 deviam substituir tiveram de voltar a voar".

O embaixador foi certeiro. Decididos ainda no tempo de Rui Pena, o último ministro da Defesa de António Guterres, estes helicópteros foram adquiridos sem um efetivo contrato de manutenção. Já o mesmo não se pode dizer relativamente à compra à Holanda de 36 tanques Leopard A6. "Os tanques são bons, mas Portugal não tem doutrina operacional, nem cadeia de manutenção nem peças sobresselentes. Além disso, a aquisição representou um afastamento do objetivo declarado do Exército em tornar-se uma força mais expedicionária, projetável e ligeira", escreve.

O que aconteceu depois, o embaixador já não conta. O Exército português adaptou-se aos novos "brinquedos" e ganhou competências novas como força expedicionária. Mas três quartos dos Leopard estão hoje encostados porque falta o dinheiro para comprar peças de substituição. E os tanques nunca saíram do país.




Ler mais: http://expresso.sapo.pt/washington-arra ... z26RNiNQG0


eu sei que os submarinos não fazem parte das nossas obrigações NATO , até sei que a NATO foi desde inicio contra a aquisição dos mesmos por parte de Portugal, pelo que sei por pressões diplomáticas Espanholas, que ainda hoje querem assumir dentro da aliança um papel de "lider " policia militar da zona maritima do Atlantico sul sendo esta região importante por motivos conhecidos ao assumir esse papel Espanha ganhava outro poder a nivel diplomático e até decisório no seio da aliança e por isso via a compra dos submarinos Portugueses como uma intromissão nesse seu intuito.
assim sendo continuo a achar que sendo a zona economica exclusiva de Portugal a maior da Europa, tendo a importancia estratégica que tem ,(é das zonas maritimas por onde passa a maior parte do tráfego maritimo comercial para e da europa) é do nosso interesse (não da NATO) ter uma palavra a dizer...
apesar de no inicio a NATO estar contra a compra dos submarinos portugueses , recentemente estes foram convidados , pela 1ªvez a participar num dos maiores exercicios navais americanos, e , pasmem-se a integrar a força naval permanente da ....NATO !!! porque terá sido ??
quanto à Dinamarca acredito a aceito que tenha sido uma decisão aceitavel pois a sua zona maritima não terá uma tão grande importancia estratégica como no nosso caso.
 
Mensagens: 126
Registado: 1/7/2011 11:12
Localização: 12

por remediado » 14/9/2012 12:23

já agora quero lembrar que o tal "brinquedo caro" que é o submarino, é considerado por especialistas em matéria militar a "ARMA DOS POBRES" ,porque será ??
pelo que andei a ler este meio é considerado o mais eficiente e dissuasor meio militar no mar e com capacidade de espiar sem ser detectado no mar como em terra, com um elevado nivel de disponibilidade e uso sendo um dos meios com o mais alto rácio de custo/beneficio , sendo que 1 unico submarino pode por em sobressalto, condicionar e até destruir uma esquadra naval inteira , tendo esta um valor économico muitissimas vezes superior. após a aquisição este tambem é dos meios menos gravoso economicamente falando quer em nivel de manutenção como de guarnição. a guerra moderna tal como sempre foi também é guerra economica .
é claro que o submarino é por natureza uma arma de guerra "estupenda" (como alguem já disse)e não foi comprada com o intuito principal de combater o narcotráfico ou vigiar e recolher provas de crimes ambientais em alto mar , mas é um extra em que pode ser simultaneamente usada eficientemente sem custos acrescidos ao seu papel principal , é claro que é feita propaganda lembrando este papel secundário pois é a forma mais fácil de convencer os menos informados da sua necessidade.
quanto há sua necessidade ou não a minha opinião é, que sim , por todos os motivos e factos anteriores.
 
Mensagens: 126
Registado: 1/7/2011 11:12
Localização: 12

por mais_um » 14/9/2012 12:00

remediado Escreveu:para os que dizem que não temos inimigos , que ninguem nos quer atacar , que pertencemos à nato , quero lembrar que uma aliança implica direitos e deveres , tal como o FMI nos protege da banca rota emprestando dinheiro que mais ninguem empresta mas em contrapartida exige austeridade (a tal perda de soberania).
na NATO é igual, temos que ter a nossa cota parte de responsabilidades, em porporção há nossa dimensão temos que participar nas missões conjuntas como o Kosovo e Afeganistão e ao mesmo tempo assegurar um minimo de auto defesa...acham que se não tivermos meios de participação que os outros estão na disponibilidade de defenderem os nossos interesses sem moeda de troca, ou teriamos direito a opinião e influencia (diplomacia)no seio da aliança ??
sabiam que das 3 fragatas (classe Vasco da gama) 2 delas foram pagas pela Nato ?? as 2 ultimas que foram adquiridas em 2ªMÃO vieram substituir 4 da classe João Belo que os submarinos que agora foram adquiridos vieram substituir 3 da classe Barracuda dos quais só restava 1 que era o submarino mais antigo a nivel mundial ainda ao serviço e que como os outros meios que atrás referi ainda forão comprados pelo Salazar ?? que as chaimites com cerca de 40 anos ainda estão ao serviço no Kosovo e que estando completamente obsoletas custam uma enormidade em constante manutenção e combustivel tendo assim uma disponibilidade miseravel ??
experimentem andar com um carro com 40 anos, passam o tempo a andar a pé pois este passa a vida na oficina e custa balurdios em manutenção e combustivel...
como se pode ver não se pode dizer que andam a desperdiçar dinheiro em "brinquedos" mas sim a manter meios obsoletos em custos de manutenção que poderiam ser substituidos por modernos em menor numero e com vantagens operacionais de meios humanos e até economicas !! o que eu critico é a organização das forças armadas e a corrupção nos negócios que envolvem a aquisição dos meios .
quanto ao momento da compra tambem acho que ficou demonstrado que chega uma altura que é impossivel adiar mais tempo , demais que a aquisição de meios militares mais complexos como os submarinos não é a mesma coisa que ir ao stand escolher e comprar um carro, ou ir ao acampamento de ciganos mais proximo comprar umas metralhadoras e umas granadas :mrgreen:
quanto tempo demorou todo o processo desde o inicio até a efectiva compra dos mesmos ??



Os submarinos não fazem parte das nossas obrigações da NATO, e como já expliquei anteriormente a sua aquisição podia ter sido cancelada. Aparentemente não leste o topico como sugeri, por isso informo-te que os Dinamarqueses acabaram com os submarinos porque são demasiados despendiosos e nos cenário actual não tinham utilidade.

E quem chamou de brinquedos foi o embaixador americano e como aparentemente estás esquecido:


O pequeno parágrafo, a meio do telegrama de seis páginas, resume a coisa assim: "No que diz respeito a contratos de compras militares, as vontades e ações do Ministério da Defesa parecem ser guiadas pela pressão dos seus pares e pelo desejo de ter brinquedos caros. O Ministério compra armamento por uma questão de orgulho, não importa se é útil ou não. Os exemplos mais óbvios são os seus dois submarinos (atualmente atrasados) e 39 caças de combate (apenas 12 em condições de voar)."

O tom não varia muito nos outros parágrafos. O que varia é o nível do detalhe. Cruel e despojado - mas também comprometido com interesses diretos americanos e contendo erros factuais -, o telegrama enviado a 5 de março de 2009 para Washington pelo então embaixador dos EUA em Lisboa, Thomas Stephenson, não deveria ter chegado às mãos de um estrangeiro. Tem a classificação de NOFORN, "no foreigners". Talvez por isso seja tão declaradamente depreciativo para Portugal, para as altas chefias militares e para os últimos governos que têm estado no poder.

O telegrama (em boa verdade, um relatório) analisa o que se passa dentro do Ministério, tentando explicar porque é que as coisas, na perspetiva americana, correm tão mal. O título diz tudo: "O que há de errado no Ministério da Defesa português?"

Embaixador dos EUA em Lisboa de novembro de 2007 a junho de 2009, depois de uma longa carreira como empresário em Silicon Valley, Stephenson escreve: "Portugal sofre de um complexo de inferioridade e da perceção de ser económica, política e militarmente mais fraco do que os seus aliados."

Na tese americana, o gosto pelos "brinquedos caros" tem a ver com isso. Stephenson aponta o caso dos submarinos, que custaram mil milhões de euros e que, segundo ele, não seriam precisos: "Com 800 quilómetros de costa e dois arquipélagos distantes para defender, os dois submarinos alemães comprados em 2005 não são o investimento mais sensato. Os submarinos não têm uma missão formal atribuída e faltam-lhes os meios para fazer patrulhas sem objetivo. Portugal comprou os submarinos mas não encomendou sistemas de mísseis, o que significa que não terão capacidade de ataque mesmo que tenham uma missão."

Fazendo eco da polémica discussão pública sobre o assunto, o embaixador toma partido, mas demonstra algum desconhecimento. Com uma área marítima 20 vezes maior do que o seu território terrestre, há muito que a doutrina militar portuguesa prevê uma missão formal para os submarinos. Além disso, estes estão equipados com torpedos, minas e um sistema de mísseis Harpoon (ironicamente, fabricados nos EUA).

Mas o telegrama vai mais longe. O dinheiro gasto nos submarinos falta noutros lados. "Portugal tem poucos navios-patrulha operacionais para defesa do litoral e para dar conta do narcotráfico, imigração e pesca ilegais." E avança, quanto à Força Aérea: "Portugal tem alguns caças F-16 antigos, mas apenas um C-130 em condições de transportar militares e equipamento." O país tem de facto um "excesso" de caças (39, dos quais nove estão para venda), todos comprados aos EUA mas, ao contrário, possui seis e não apenas um C-130.

O embaixador aborda depois o delicado tema das compras, considerando que a opção portuguesa de "comprar europeu" (em detrimento dos equipamentos americanos) lhe é frequentemente imposta pelos seus parceiros da União. Reportando ao caso das fragatas holandesas, adquiridas em 2006 por decisão do então ministro da Defesa, Luís Amado, em detrimento das americanas Oliver Hazard Perry, que haviam sido escolhidas por Paulo Portas, Stephenson diz que Portugal o fez "por pressão dos Estados europeus".

"O Ministério da Defesa optou por gastar mais de 300 milhões de euros em fragatas holandesas usadas. As americanas teriam exigido apenas cerca de 100 milhões de euros na sua modernização e apoio logístico", escreve o diplomata, acusando de falta de credibilidade o "estudo" que serviu de base à decisão, pois comparava "as fragatas americanas usadas com fragatas holandesas novas, sendo que estas tinham mais de 15 anos".

Na realidade, as Perry tinham mais 20-25 anos do que as holandesas e, a acreditar em fontes contactadas pelo Expresso, nunca foi feita uma estimativa do seu custo de modernização "por ser uma verdadeira dor de cabeça a sua eventual sustentação". As holandesas custaram 248 milhões.

Stephenson acrescenta que o mesmo tipo de situação (que chama de "contabilidade curiosa") ocorreu com os helicópteros-patrulha, "uma necessidade crítica" para Portugal. Mais uma vez, os Sikorsky americanos foram preteridos em favor dos EH-101 europeus, mais baratos, mas apenas porque "as peças sobresselentes e a manutenção não foram incluídas na proposta europeia. Semanas depois de entrarem ao serviço, os EH-101 ficaram parados por falta de peças. Os velhos Pumas com 20 anos que os EH-101 deviam substituir tiveram de voltar a voar".

O embaixador foi certeiro. Decididos ainda no tempo de Rui Pena, o último ministro da Defesa de António Guterres, estes helicópteros foram adquiridos sem um efetivo contrato de manutenção. Já o mesmo não se pode dizer relativamente à compra à Holanda de 36 tanques Leopard A6. "Os tanques são bons, mas Portugal não tem doutrina operacional, nem cadeia de manutenção nem peças sobresselentes. Além disso, a aquisição representou um afastamento do objetivo declarado do Exército em tornar-se uma força mais expedicionária, projetável e ligeira", escreve.

O que aconteceu depois, o embaixador já não conta. O Exército português adaptou-se aos novos "brinquedos" e ganhou competências novas como força expedicionária. Mas três quartos dos Leopard estão hoje encostados porque falta o dinheiro para comprar peças de substituição. E os tanques nunca saíram do país.




Ler mais: http://expresso.sapo.pt/washington-arra ... z26RNiNQG0
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 8133
Registado: 14/11/2008 0:48
Localização: Lisboa

por remediado » 14/9/2012 11:54

quero lembrar tambem que não sei dizer qual será a proxima fonte de conflito, se será pela água , pelo hipotético petróleo que possa aparecer se por ódios antigos se por outra qualquer razão por mais irracional que agora se apresente pois a guerra é por natureza uma coisa irracional .
mas sei que não se criam forças armadas minimamente operacionais e preparadas em cima do joelho no momento em que forem necessárias... e tal como não posso garantir que iremos ter,ou quando , um conflito armado tambem ninguem pode garantir que não...
como diz o "SUN TZU" : "se queres paz prepara-te para a guerra " eu chamo-lhe um minimo de dissuação .
 
Mensagens: 126
Registado: 1/7/2011 11:12
Localização: 12

por remediado » 14/9/2012 11:41

para os que dizem que não temos inimigos , que ninguem nos quer atacar , que pertencemos à nato , quero lembrar que uma aliança implica direitos e deveres , tal como o FMI nos protege da banca rota emprestando dinheiro que mais ninguem empresta mas em contrapartida exige austeridade (a tal perda de soberania).
na NATO é igual, temos que ter a nossa cota parte de responsabilidades, em porporção há nossa dimensão temos que participar nas missões conjuntas como o Kosovo e Afeganistão e ao mesmo tempo assegurar um minimo de auto defesa...acham que se não tivermos meios de participação que os outros estão na disponibilidade de defenderem os nossos interesses sem moeda de troca, ou teriamos direito a opinião e influencia (diplomacia)no seio da aliança ??
sabiam que das 3 fragatas (classe Vasco da gama) 2 delas foram pagas pela Nato ?? as 2 ultimas que foram adquiridas em 2ªMÃO vieram substituir 4 da classe João Belo que os submarinos que agora foram adquiridos vieram substituir 3 da classe Barracuda dos quais só restava 1 que era o submarino mais antigo a nivel mundial ainda ao serviço e que como os outros meios que atrás referi ainda forão comprados pelo Salazar ?? que as chaimites com cerca de 40 anos ainda estão ao serviço no Kosovo e que estando completamente obsoletas custam uma enormidade em constante manutenção e combustivel tendo assim uma disponibilidade miseravel ??
experimentem andar com um carro com 40 anos, passam o tempo a andar a pé pois este passa a vida na oficina e custa balurdios em manutenção e combustivel...
como se pode ver não se pode dizer que andam a desperdiçar dinheiro em "brinquedos" mas sim a manter meios obsoletos em custos de manutenção que poderiam ser substituidos por modernos em menor numero e com vantagens operacionais de meios humanos e até economicas !! o que eu critico é a organização das forças armadas e a corrupção nos negócios que envolvem a aquisição dos meios .
quanto ao momento da compra tambem acho que ficou demonstrado que chega uma altura que é impossivel adiar mais tempo , demais que a aquisição de meios militares mais complexos como os submarinos não é a mesma coisa que ir ao stand escolher e comprar um carro, ou ir ao acampamento de ciganos mais proximo comprar umas metralhadoras e umas granadas :mrgreen:
quanto tempo demorou todo o processo desde o inicio até a efectiva compra dos mesmos ??
 
Mensagens: 126
Registado: 1/7/2011 11:12
Localização: 12

por mais_um » 13/9/2012 21:31

greeneon Escreveu:Uma das grandes causas de conflitos no futuro será por causa da agua potavél e ai nos somos o terceiro pais europeu com as maiores reservas.


Tenho as maiores reserva sobre a veracidade da tua afirmação, podes colocar a fonte?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 8133
Registado: 14/11/2008 0:48
Localização: Lisboa

Porca Miséria...

por L.S.S » 13/9/2012 21:16

greeneon Escreveu:Uma das grandes causas de conflitos no futuro será por causa da agua potavél e ai nos somos o terceiro pais europeu com as maiores reservas.


:roll: :roll: :roll:

Então para não nos virem gamar a água pedimos dinheiro emprestado para comprar dois submarinos?
Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
 
Mensagens: 2805
Registado: 29/11/2007 13:03
Localização: 10

Re: Porca Miséria...

por Dom_Quixote » 13/9/2012 20:52

tugadaytrader Escreveu:
greeneon Escreveu:
Pobre de espírito é o país que não tem meios mínimos de proteger o seu pais..


Proteger o país de quem?

Quem nos quer atacar, ou quem nos vai atacar?


A ameaça maior vem do norte de áfrica. Querem a nossa água. Estou mesmo a ver a coisa. São milhares e milhares de muçulmanos, em montadas de origem lusa, sendo que à frente deles, como porta-estandarte, vê-se um vulto que muitos juram chamar-se Sebastião. Será Dom? 8-)

Mais a sério:

Não se preocupem com a nossa soberania porque há muito que... já era!

Preocupem-se antes com o desperdício que advém da não existência na UE de uma força militar comum... apenas e só... que é quanto basta para as "ameaças" destes tempos...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2286
Registado: 3/4/2012 21:06
Localização: Mancha

Próximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Google [Bot], josehenry400, niceboy, PAULOJOAO, Shimazaki_2, TTM62 e 424 visitantes