Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade
Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Ler os programas de governo?! Mas tens prazer em ser enganado? 90% do que lá está são meras intenções e não vão ser cumpridas.
Se os programas de governo são 90% declarações de intenções que não vão ser cumpridas, e as pessoas não os lêem por causa disso, então o que as motiva a votar? Quais os critérios?
É óbvio, qual é a alternativa?
Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Não tenho nada essa percepção da onda dos "ricos paguem a crise".
Nesse caso diz-me quem é que as pessoas acham que deve pagar? Os pobres? A classe média?
As pessoas compreendem e nem se têm importado de fazer sacrifícios (+ uma vez basta ver o resultado das eleições). O problema é que para tudo na vida há limites. Quem acham que deve pagar? O Estado.
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Críticas ao pacote apresentado por Passos crescem dentro do PSD
11.09.2012 - 10:36 Margarida Gomes
Foto: Rafael Marchante/AFP
Os sociais-democratas querem os sacrifícios repartidos por mais sectores
Partido está indignado com a dimensão das medidas e reclama ao Governo que estenda os sacrifícios a outros sectores. JSD e TSD exigem equidade na distribuição dos sacrifícios.
As medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira pelo primeiro-ministro estão a provocar um profundo descontentamento no PSD. "Sinto uma grande revolta dentro do PSD, porque o primeiro-ministro foi longe de mais. Estas medidas deviam ser as últimas a ser tomadas porque não se vê da parte do Governo vontade em acabar, por exemplo, com os benefícios fiscais das fundações". O desabafo é de um deputado da bancada do PSD que chega mesmo a dizer que Pedro Passos Coelho não está preparado para ser primeiro-ministro.
O outro partido da coligação, o CDS, diz que "quem toma estas decisões não anda na rua a falar com as pessoas" e que "o Governo não toma medidas para pôr ordem a clientela política". A Juventude Social-Democrata (JSD) e os Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) também discordam da receita do primeiro-ministro e pedem explicações.
A JSD exigiu ontem ao Governo que aumente a equidade na distribuição dos sacrifícios através de medidas de corte na despesa e que renegoceie as parceiras público-privadas rodoviárias, sugerindo mesmo a aplicação de um imposto extraordinário às empresas beneficiadas por rendas excessivas. Exortando o Governo a prestar todos os esclarecimentos, o conselho directivo dos Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) diz que as medidas anunciadas "transmitem a incómoda sensação de se onerarem os rendimentos do trabalho e, ao invés, desonerarem os rendimentos do capital. Tal sensação vem minar a indispensável confiança que tem de existir entre governantes e governados (sobretudo os que vivem do seu salário)".
Sexta-feira, um pouco antes da hora dos telejornais da noite, os portugueses ficaram a saber que a austeridade vai continuar e que vão perder entre um e dois salários em 2013. Passos Coelho comunicou que todos os trabalhadores, sejam do sector público ou do sector privado, passarão a descontar 18% para a Segurança Social, em vez dos actuais 11%. Em contrapartida descem as contribuições das empresas da actual taxa de 23,75% para 18%, conseguindo, assim, a redução de uma das suas bandeiras: a Taxa Social Única (TSU), reclamada pelos patrões e defendida pela troika. A função pública vai perder o equivalente a dois subsídios, tal como os pensionistas e os trabalhares do sector privado vão deixar de contar um salário mensal. Desta forma, o primeiro-ministro espera compensar o "chumbo" do Tribunal Constitucional e tentar combater o desemprego, aliviando as empresas.
O PÚBLICO falou ontem com várias personalidades do PSD e do CDS para perceber como é que os dois partidos que sustentam a coligação governamental receberam as palavras do chefe do Governo. Há indignação dentro do PSD e do CDS, mas os dois partidos negam qualquer desconforto na coligação.
Um deputado do PP salientava que "governar um país é coisa para gente crescida e madura". Marcelo Rebelo de Sousa, antigo líder do PSD, também pensa assim e domingo, no seu habitual comentário na TVI, acusou Passos de ser um primeiro-ministro "impreparado" e de ter feito um discurso ao país "no mínimo descuidado e no máximo desastroso".
Em declarações à Renascença, Alexandre Relvas, ex-dirigente do PSD, disse que "quem conheça o mundo das empresas sabe que estas medidas não terão impacto estrutural, nem sobre o emprego nem sobre as exportações. O impacto será marginal, quer no emprego, quer nas exportações". Mas Alexandre Relvas não está sozinho. Muitas outras personalidades do PSD pensam assim e dizem mesmo que a redução da TSU não vai criar um único posto de trabalho. Um deputado, que pediu para não ser citado, declarou que o primeiro-ministro foi mal informado sobre os efeitos das medidas que anunciou. E advertiu que a taxa de 7% não pode ser imposta, tem de ser negociada em sede de concertação social, porque - avisou - "não se pode delapidar e esmagar o poder de compra das famílias, massacrando-as". "Estou convencido que o primeiro-ministro será o primeiro a empenhar-se nisso", declarou o deputado.
Mota Pinto apoia
Mas há também no PSD quem esteja ao lado de Passos. Ausente no estrangeiro, Paulo Mota Pinto disse ontem ao PÚBLICO que as medidas respondem ao principal fundamento invocado pelo Tribunal Constitucional para declarar inconstitucionais os cortes nos subsídios de férias e de Natal. "Estas medidas são feitas perante uma necessidade do país criada por um acumular de desequilíbrios", afirmou o ex-vice-presidente do PSD, sublinhando que "apesar de todas as vozes que se têm levantado não vi ninguém a sugerir uma alternativa com efeitos financeiros semelhantes. O Governo não está no domínio das possibilidades, mas no domínio das necessidades", justificou.
Questionado pelo PÚBLICO, outro social-democrata, Couto dos Santos, presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República, responde com uma pergunta: "Que saídas é que existem?" Insurge-se contra aqueles que hoje se assumem como "arautos dos desfavorecidos" e evidencia a posição da JSD que ontem exigiu ao Governo e ao primeiro-ministro a "tomada de medidas de corte na despesa pública que permitam conferir equidade entre os sacrifícios pedidos aos portugueses e os efectuados no emagrecimento do Estado".
© Público Comunicação Social SA
MiamiBlueHeart Escreveu:gorgol Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:gorgol Escreveu:Depois da tempestade verbal do protesto, vem a razoabilidade. Que bom estar a ler posts tão bons em termos de fundamentos e bom senso.
Será que daqui a dois anos vamos dizer que afinal a Troika é que sabe disto, fala-se no exemplo da Dinamarca onde as empresas não pagam TSU. Para mim o FMI é entidade mais experiente nestas matérias sempre foi a medida desejada para resolver o problema da competitividade, que como já foi dito é equivalente a desvalorização cambial.
Em termos económicos é quase neutro, visto que se reduz valor nas familias, mas aumenta-se nas empresas. O consumo das empresas pode aumentar, via investimento ou ampliação de negócio.
Quanto ao consumo das familias, tem sentido que desça, visto estarmos a consumir acima das possiblidades, via empréstimos encapotados no financiamento à habitação, automóvel e créditos pessoais.
Depois da poeira assentar, bem-vindo o bom senso e a boa fundamentação.
ALELUIA.
Olha, estou a ler a razoabilidade de Belmiro..
. [/i]
O Belmiro é parte interessada. Não é neutro. Tem comércios. Quer as pessoas lá para comprar e consumir.
Defende os seus interesses. Compreensível. Só engana quem se deixa enganar.
Gorgol,
Agora Belmiro, um homem de direita, empersário, capitalista, também já não serve??..lololololololol
E já agora, Alexandre Relvas, outro empresário que agora virou para a esquerda???lolololol
Um conselho analisa bem a tua frase "Só engana quem se deixa enganar".
Não te esqueças, o país está muito mal e pode ficar bem pior, e daqui a uns anos é que vamos poder dizer quem foi pior ou melhor, JS ou PPC. E olha, que PPC pode vir a ser bem pior que JS..
Eu sempre disse que a Direita portuguesa é uma utopia, não existe. A nossa suposta direita é semelhante a muitas esquerdas noutras democracias mais evoluídas.
Creio, não tenho a certeza, mas creio que o próprio Belmiro já admitiu em tempos ter votado ou apoiado personalidades de Esquerda como Mário Soares, logo as suas opções politicas possivelmente são naturalmente de acordo com os seus interesses ou convicções.
Como já ontem referi, considero estranho um empresário ser contra a diminuição da TSU e sobretudo quando se trata de empresários que automaticamente por decerto poupam milhões nas suas empresas que se encontram entre as mais beneficiadas.
Por outro lado não deixa de ser curioso como por vezes as palavras de um "capitalista" dá jeito, normalmente tão ignoradas e objecto de criticas severas ou de insultos... Violá!!... Surpresa, somos todos camaradas...

E por fim, não li nas palavras do Belmiro uma manifestação contrária à medida anunciada do governo. Talvez preferisse a redução da TSU acompanhada de condições de aumento do consumo que seria do seu interesse pessoal e não da balança comercial do país.
Mas numa coisa estou totalmente de acordo com o Belmiro, Portugal sempre fez navegação à vista dai sermos um pais conservador e pouco aberto a reformas estruturais. Acho é que já estamos todos fartos de gastar milhões em estudos que não servem para nada e quase todos concluem o que queremos ver mesmo que isso não reflicta a realidade.
Editado pela última vez por JMHP em 11/9/2012 12:06, num total de 1 vez.
migluso Escreveu:Seria bonito tu e todos os outros admitirem que estavam a fazer alguma confusão ou simplesmente não sabiam que o rácio da dívida é calculado sobre o PIB a preços de mercado.
Mas qual é exactamente a confusão que eu estava a fazer?
Eu sei que o PIB está a diminuir. O que eu estou a dizer é que a aquisição de bens e serviços está a aumentar.
A aumentar nominalmente, quanto mais em rácio.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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Esta medida em muitos aspectos faz-me lembrar a questão do aumento do IVA para a restauração.
Medida essa em que 90% das pessoas era contar esse aumento e 10% a favor (onde se incluía o Governo).
Passou um ano, e o que se pode verificar? Que a restauração, face à austeridade já ia ter problemas, mas com o aumento do IVA, o Governo em vez de receber mais dinheiro anda a pagar milhares de euros em subsídios de desemprego.
A medida no Excel , pelos vistos, era fantástica, o problema é que entre os resultados do Excel e a realidade vai uma grande diferença.
Na aplicação da medida, não houve o menor cuidado para saber as suas potenciais consequências, como esta agora da TSU.
Foi uma grande medida, sem dúvida, medida ao nível de muitas de JS..
Medida essa em que 90% das pessoas era contar esse aumento e 10% a favor (onde se incluía o Governo).
Passou um ano, e o que se pode verificar? Que a restauração, face à austeridade já ia ter problemas, mas com o aumento do IVA, o Governo em vez de receber mais dinheiro anda a pagar milhares de euros em subsídios de desemprego.
A medida no Excel , pelos vistos, era fantástica, o problema é que entre os resultados do Excel e a realidade vai uma grande diferença.
Na aplicação da medida, não houve o menor cuidado para saber as suas potenciais consequências, como esta agora da TSU.
Foi uma grande medida, sem dúvida, medida ao nível de muitas de JS..
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O chairman da Sonae, Belmiro de Azevedo, disse na segunda-feira que Portugal não tem uma estrutura de avaliação dos impactos das medidas que implementa, alertando que apenas se faz «navegação à vista» e há «erros permanentes».
À margem da conferência 'Portugal e os Desafios da Segurança Energética', no Porto, Belmiro de Azevedo foi questionado pelos jornalistas sobre se a descida da Taxa Social Única (TSU) para as empresas, anunciada na sexta-feira pelo primeiro-ministro, vai ajudar à criação de emprego.
«Portugal não tem uma estrutura estatística nem de avaliação dos impactos. Quando se faz uma coisa, o que é que altera no outro lado? E esse é que é o problema. Nós verificamos que há erros permanentes», respondeu.
O presidente do conselho de administração da Sonae questionou o que é que acontece com a economia «quando se sobe uma taxa ou se desce uma taxa», afirmando, por exemplo, que «quando se tira dinheiro ao povo falta dinheiro para comprar coisas, quer seja na economia quer seja nas empresas».
«Isso depois tem um impacto tremendamente negativo para a actividade económica, que desaparece. Nós não temos instrumentos de estudo em Portugal como muitos países têm. É tudo navegação à vista. Faz, não dá certo, corrige porque não há informação», sublinhou.
Na opinião de Belmiro de Azevedo, Portugal tem «um problema, mais genericamente falando, que é de arranjar algum dinheirinho para resolver esse tipo de problemas», referindo-se à questão do emprego.
«Portugal é um país relativamente pequeno. Nós temos é que melhorar a rentabilidade daquilo que é nosso. Da floresta, do mar, da agricultura e deixemo-nos de devaneios. Já temos estradas que cheguem. E isso resolve até problemas sociais importantes, porque nós podemos empregar muitos trabalhadores portugueses em tarefas muito interessantes», sugeriu.
Segundo notícias divulgadas na segunda-feira, que dão nota das contas feitas pelo BES Investimento, as empresas mais endividadas e com mais mão-de-obra vão ser as mais beneficiadas com a redução da TSU de 23,75% para 18%.
Entre as cotadas no PSI20, Sonae, BCP e EDP são as que mais beneficiam com a redução da TSU, poupando a empresa de Belmiro de Azevedo 20 milhões de euros, de acordo com o mesmo estudo.
Lusa/SOL
mais_um Escreveu:migluso Escreveu:mais_um Escreveu:Das intervenções do FMI (a nivel mundial), quantas houve e quais tiveram sucesso?
Pelo menos em Portugal fez o pleno.
2 intervenções - 2 sucessos...
Está em curso a 3.ª... Falta saber se terá sucesso...
Já agora , é importante definir o que é considerado sucesso numa intervenção do FMI. Para ti, o que é?
Cumprir os objectivos definidos no programa.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
migluso Escreveu:mais_um Escreveu:Das intervenções do FMI (a nivel mundial), quantas houve e quais tiveram sucesso?
Pelo menos em Portugal fez o pleno.
2 intervenções - 2 sucessos...
Está em curso a 3.ª... Falta saber se terá sucesso...
Já agora , é importante definir o que é considerado sucesso numa intervenção do FMI. Para ti, o que é?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
JMHP Escreveu:Eu nunca disse que era contra a reestruturação ou privatização da RTP... Simplesmente disse que o exemplo recente da RTP reflecte bem a mentalidade e as forças de bloqueio em Portugal, inclusive onde mesmo seria de esperar no próprio sector privado (imprensa nacional).
Parece que não percebeste que o TC fez uso da Constituição para impedir a extensão dos cortes da FP para além de 2012, assim como desde que o PPC fez comunicado ao pais sobre a baixa da TSU, a nossa constituição tem sido sucessivamente mencionada como bloqueio ás intenções do governo e inclusive da Troika.
Se tiveres atento e leres com cuidado os meus posts, já tinhas percebido através da minha participação aqui no fórum, sempre fui critico da influencia e dimensão do Estado na economia e na vida das pessoas, dos seus excessos, assim como a generalidade das politicas executadas em prol do estado social mas que só servem os interesses de alguns em prejuízo da maioria dos portugueses e que contribuíram imenso para a situação actual do pais.
Apesar disso, não ignoro as dificuldades de alguns políticos e outras personalidades da nossa sociedade em reformar o próprio Estado, pois existe grandes forças de bloqueio que disfarçadamente o impedem em nome da equidade e justiça social que não existe de todo.
Sou totalmente a favor nos cortes de despesas, no encerramento de empresas deficitárias, no despedimento na FP em áreas manifestamente ineficientes e em luxos ou mordomias que deviam revoltar qualquer português, mas não suficientemente otário para ignorar que a grande maioria dessas medidas seriam fortemente combatidas de forma populista e demagógica por muitos e que no final como tem acontecido no passado, muitas dessas medidas morreriam à nascença.
a minha esperança reside na Troika, que seja capaz de impor aquilo que nunca conseguimos fazer por nós próprios, nem mesmo no interesse do futuro dos nossos filhos e das gerações futuras.



gorgol Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:gorgol Escreveu:Depois da tempestade verbal do protesto, vem a razoabilidade. Que bom estar a ler posts tão bons em termos de fundamentos e bom senso.
Será que daqui a dois anos vamos dizer que afinal a Troika é que sabe disto, fala-se no exemplo da Dinamarca onde as empresas não pagam TSU. Para mim o FMI é entidade mais experiente nestas matérias sempre foi a medida desejada para resolver o problema da competitividade, que como já foi dito é equivalente a desvalorização cambial.
Em termos económicos é quase neutro, visto que se reduz valor nas familias, mas aumenta-se nas empresas. O consumo das empresas pode aumentar, via investimento ou ampliação de negócio.
Quanto ao consumo das familias, tem sentido que desça, visto estarmos a consumir acima das possiblidades, via empréstimos encapotados no financiamento à habitação, automóvel e créditos pessoais.
Depois da poeira assentar, bem-vindo o bom senso e a boa fundamentação.
ALELUIA.
Olha, estou a ler a razoabilidade de Belmiro..
. [/i]
O Belmiro é parte interessada. Não é neutro. Tem comércios. Quer as pessoas lá para comprar e consumir.
Defende os seus interesses. Compreensível. Só engana quem se deixa enganar.
Gorgol,
Agora Belmiro, um homem de direita, empersário, capitalista, também já não serve??..lololololololol
E já agora, Alexandre Relvas, outro empresário que agora virou para a esquerda???lolololol
Um conselho analisa bem a tua frase "Só engana quem se deixa enganar".
Não te esqueças, o país está muito mal e pode ficar bem pior, e daqui a uns anos é que vamos poder dizer quem foi pior ou melhor, JS ou PPC. E olha, que PPC pode vir a ser bem pior que JS..
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PT_Trader Escreveu:JMHP Escreveu:PT_Trader Escreveu:Se isso já tivesse acontecido logo no início desta legislatura, muito provavelmente não se teria dado a monstruosidade de desemprego no privado. O Estado a saquear constantemente as empresas e contribuintes, contribuiu para agravar e bem o desemprego. Por isso, sim, a escolher um possível desempregado na FP ou privado, essa escolha já devia ter sido feita há muito tempo.
O efeito seria o mesmo e certamente ainda com mais contestação e protestos dados que as maiores forças de bloqueio estão dentro do próprio Estado, basta lembrar os problemas recentes das empresas do Estado como a RTP por exemplo, que até consegue ir buscar apoiantes no sector privado (lobbies).
Por outro lado é necessário não esquecer o bloqueio da nossa "vaca sagrada"... A constituição que serve de muralha a qualquer reforma.
O efeito seria o mesmo?!
Lá está: ser forte com os fracos e fraco com os fortes.
Obrigado, assim também eu saberia governar.
Mas tomarem essas medidas é que seriam estruturalmente importantes para o futuro. Libertava o Estado de despesas sem retorno (RTP=400M/ano wtf) absolutamente nenhum e dava mais recursos para a economia.
Constituição muralha a qq reforma?! lol, se não foi muralha para tirar os subsídios aos FP, também não seria certamente para isto, desde que haja vontade é claro.
Choca-me como tu tens tantos argumentos para um lado, e depois na parte de reduzir a despesa do Estado.. ah, cuidado e tal e dava no mesmoO que é certo é se não for feito o ajustamento no Estado e em tudo o que anda à volta dele, daqui a uns anos estamos na mesma, quer dizer, ainda pior, porque temos um Estado grande e falido mas tb temos famílias completamente asfixiadas para sustentá-lo, e pobres tb...
Das duas uma, ou me faço explicar mal ou deves estar a ler-me ao contrário.
Eu nunca disse que era contra a reestruturação ou privatização da RTP... Simplesmente disse que o exemplo recente da RTP reflecte bem a mentalidade e as forças de bloqueio em Portugal, inclusive onde mesmo seria de esperar no próprio sector privado (imprensa nacional).
Parece que não percebeste que o TC fez uso da Constituição para impedir a extensão dos cortes da FP para além de 2012, assim como desde que o PPC fez comunicado ao pais sobre a baixa da TSU, a nossa constituição tem sido sucessivamente mencionada como bloqueio ás intenções do governo e inclusive da Troika.
Se tiveres atento e leres com cuidado os meus posts, já tinhas percebido através da minha participação aqui no fórum, sempre fui critico da influencia e dimensão do Estado na economia e na vida das pessoas, dos seus excessos, assim como a generalidade das politicas executadas em prol do estado social mas que só servem os interesses de alguns em prejuízo da maioria dos portugueses e que contribuíram imenso para a situação actual do pais.
Apesar disso, não ignoro as dificuldades de alguns políticos e outras personalidades da nossa sociedade em reformar o próprio Estado, pois existe grandes forças de bloqueio que disfarçadamente o impedem em nome da equidade e justiça social que não existe de todo.
Sou totalmente a favor nos cortes de despesas, no encerramento de empresas deficitárias, no despedimento na FP em áreas manifestamente ineficientes e em luxos ou mordomias que deviam revoltar qualquer português, mas não suficientemente otário para ignorar que a grande maioria dessas medidas seriam fortemente combatidas de forma populista e demagógica por muitos e que no final como tem acontecido no passado, muitas dessas medidas morreriam à nascença.
a minha esperança reside na Troika, que seja capaz de impor aquilo que nunca conseguimos fazer por nós próprios, nem mesmo no interesse do futuro dos nossos filhos e das gerações futuras.
Mcmad Escreveu:Uma empresa que começa a viver com custos menores, torna-se provavelmente também menos eficiente.
Esta não percebi Mcmad. Custos menores = empresa menos eficiente.
Então para uma empresa ser mais eficiente temos de lhe subir os custos ?
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Lion_Heart Escreveu:eu como sou muito burro não percebo porque o capital Honesto e declarado anteriormente (e que ja foi alvo de impostos) , tenha que pagar impostos novamente!(em especial se estiver aplicado a prazo )
Ainda mais quando o capital Desonesto , escondido e fugido (nunca foi declarado, logo ilegal) , pague uma taxa de 7% e ja esta, ficou mais limpo que o omo.
Prova o que tipo de governo tens a frente deste pais!!
Protege e promove o branqueamento e lavagem de capital!!
É da maneira que as luvas dos submarinos, freeport.... regressaram limpinhas!!!
O dinheiro que desapareceu do estado com essas negociatas todas paga o contribuinte!!
Mas esta tudo bem, pois vejo aqui ainda quem defenda que tem de ser mesmo assim, o contribunte tem de pagar e ponto final!!
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mais_um Escreveu:gorgol Escreveu:Depois da tempestade verbal do protesto, vem a razoabilidade. Que bom estar a ler posts tão bons em termos de fundamentos e bom senso.
Será que daqui a dois anos vamos dizer que afinal a Troika é que sabe disto, fala-se no exemplo da Dinamarca onde as empresas não pagam TSU. Para mim o FMI é entidade mais experiente nestas matérias sempre foi a medida desejada para resolver o problema da competitividade, que como já foi dito é equivalente a desvalorização cambial.
Em termos económicos é quase neutro, visto que se reduz valor nas familias, mas aumenta-se nas empresas. O consumo das empresas pode aumentar, via investimento ou ampliação de negócio.
Quanto ao consumo das familias, tem sentido que desça, visto estarmos a consumir acima das possiblidades, via empréstimos encapotados no financiamento à habitação, automóvel e créditos pessoais.
Depois da poeira assentar, bem-vindo o bom senso e a boa fundamentação.
ALELUIA.
Das intervenções do FMI (a nivel mundial), quantas houve e quais tiveram sucesso?
Já agora e qual seria a alternativa? Se bem me lembro o Socras não estava com muita vontade de os chamar cá.
MiamiBlueHeart Escreveu:gorgol Escreveu:Depois da tempestade verbal do protesto, vem a razoabilidade. Que bom estar a ler posts tão bons em termos de fundamentos e bom senso.
Será que daqui a dois anos vamos dizer que afinal a Troika é que sabe disto, fala-se no exemplo da Dinamarca onde as empresas não pagam TSU. Para mim o FMI é entidade mais experiente nestas matérias sempre foi a medida desejada para resolver o problema da competitividade, que como já foi dito é equivalente a desvalorização cambial.
Em termos económicos é quase neutro, visto que se reduz valor nas familias, mas aumenta-se nas empresas. O consumo das empresas pode aumentar, via investimento ou ampliação de negócio.
Quanto ao consumo das familias, tem sentido que desça, visto estarmos a consumir acima das possiblidades, via empréstimos encapotados no financiamento à habitação, automóvel e créditos pessoais.
Depois da poeira assentar, bem-vindo o bom senso e a boa fundamentação.
ALELUIA.
Olha, estou a ler a razoabilidade de Belmiro..
. [/i]
O Belmiro é parte interessada. Não é neutro. Tem comércios. Quer as pessoas lá para comprar e consumir.
Defende os seus interesses. Compreensível. Só engana quem se deixa enganar.
Editado pela última vez por Visitante em 11/9/2012 11:35, num total de 1 vez.
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MiamiBlueHeart Escreveu:gorgol Escreveu:Depois da tempestade verbal do protesto, vem a razoabilidade. Que bom estar a ler posts tão bons em termos de fundamentos e bom senso.
Será que daqui a dois anos vamos dizer que afinal a Troika é que sabe disto, fala-se no exemplo da Dinamarca onde as empresas não pagam TSU. Para mim o FMI é entidade mais experiente nestas matérias sempre foi a medida desejada para resolver o problema da competitividade, que como já foi dito é equivalente a desvalorização cambial.
Em termos económicos é quase neutro, visto que se reduz valor nas familias, mas aumenta-se nas empresas. O consumo das empresas pode aumentar, via investimento ou ampliação de negócio.
Quanto ao consumo das familias, tem sentido que desça, visto estarmos a consumir acima das possiblidades, via empréstimos encapotados no financiamento à habitação, automóvel e créditos pessoais.
Depois da poeira assentar, bem-vindo o bom senso e a boa fundamentação.
ALELUIA.
Olha, estou a ler a razoabilidade de Belmiro..
À margem da conferência “Portugal e os Desafios da Segurança Energética”, no Porto, Belmiro de Azevedo foi questionado pelos jornalistas sobre se a descida da Taxa Social Única (TSU) para as empresas, anunciada na sexta-feira pelo primeiro-ministro, vai ajudar à criação de emprego. “Portugal não tem uma estrutura estatística nem de avaliação dos impactos. Quando se faz uma coisa, o que é que altera no outro lado? E esse é que é o problema. Nós verificamos que há erros permanentes”, respondeu.
O presidente do conselho de administração da Sonae (proprietária do PÚBLICO) questionou o que é que acontece com a economia “quando se sobe uma taxa ou se desce uma taxa”, afirmando, por exemplo, que “quando se tira dinheiro ao povo falta dinheiro para comprar coisas, quer seja na economia quer seja nas empresas”. “Isso depois tem um impacto tremendamente negativo para a actividade económica, que desaparece. Nós não temos instrumentos de estudo em Portugal como muitos países têm. É tudo navegação à vista. Faz, não dá certo, corrige porque não há informação”, sublinhou.
Em outros paises, baixaram a TSU, mas não subiram a mesma aos trabalhadores...
É que se tirares dinheiro a quem compra não é a a baixa da TSU que per si faz mover a economia.
Pior ainda é que empresas monopolistas (ou em ramos de monopólio natural) é só meter mais 5% ao bolso... (EDP, REN, Bancos and so on)
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mais_um Escreveu:gorgol Escreveu:Depois da tempestade verbal do protesto, vem a razoabilidade. Que bom estar a ler posts tão bons em termos de fundamentos e bom senso.
Será que daqui a dois anos vamos dizer que afinal a Troika é que sabe disto, fala-se no exemplo da Dinamarca onde as empresas não pagam TSU. Para mim o FMI é entidade mais experiente nestas matérias sempre foi a medida desejada para resolver o problema da competitividade, que como já foi dito é equivalente a desvalorização cambial.
Em termos económicos é quase neutro, visto que se reduz valor nas familias, mas aumenta-se nas empresas. O consumo das empresas pode aumentar, via investimento ou ampliação de negócio.
Quanto ao consumo das familias, tem sentido que desça, visto estarmos a consumir acima das possiblidades, via empréstimos encapotados no financiamento à habitação, automóvel e créditos pessoais.
Depois da poeira assentar, bem-vindo o bom senso e a boa fundamentação.
ALELUIA.
Das intervenções do FMI (a nivel mundial), quantas houve e quais tiveram sucesso?
No passado em Portugal tiveram sucesso duas intervenções. Recentemente considero a Islândia e Já a Irlanda.
Com uma busca chegaremos a alguns países da Europa de Leste em 2008, 2009 e 2010.
Agora também se coloca a questão. O FMI atua em último recurso, significa que já foram esgotadas outras alternativas.
Logo não podemos comparar com outras soluções.
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mais_um Escreveu:Das intervenções do FMI (a nivel mundial), quantas houve e quais tiveram sucesso?
Pelo menos em Portugal fez o pleno.
2 intervenções - 2 sucessos...
Está em curso a 3.ª... Falta saber se terá sucesso...
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
PT_Trader Escreveu:Ler os programas de governo?! Mas tens prazer em ser enganado? 90% do que lá está são meras intenções e não vão ser cumpridas.
Se os programas de governo são 90% declarações de intenções que não vão ser cumpridas, e as pessoas não os lêem por causa disso, então o que as motiva a votar? Quais os critérios?
PT_Trader Escreveu:Não tenho nada essa percepção da onda dos "ricos paguem a crise".
Nesse caso diz-me quem é que as pessoas acham que deve pagar? Os pobres? A classe média?
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Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Elias Escreveu:Eu acho que a mentalidade que impera é esta:
Se a mentalidade que imperasse fosse essa, os resultados das últimas eleições seriam bem diferentes.
Isso não é linear.
Porque o voto é muito mais emocional do que racional.
As pessoas votam com base em critérios que têm a ver com:
- ideologia
- empatia / simpatia com os candidatos
A prova é que a maioria nem se dá ao trabalho de ler os programas de governo. E muito menos os orçamentos de estado. Ninguém quer saber disso que isso é uma chatice. Não me chateiem que eu quero ver a bola.
Os ricos que paguem a crise e tá a andar de mota.
As pessoas votam de acordo com a cor do partido. O amor ao partido é que determina o voto. Não estranho que muitos dos votantes ainda acreditem que o Cunhal esteja vivo , que o Soares seja líder do PS , ou que o Cavaco seja o do PSD. E são essas as pessoas que votam.
Quem reclama no facebook na sua maioria nem vota.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Elias Escreveu:PT_Trader Escreveu:Elias Escreveu:Eu acho que a mentalidade que impera é esta:
Se a mentalidade que imperasse fosse essa, os resultados das últimas eleições seriam bem diferentes.
Isso não é linear.
Porque o voto é muito mais emocional do que racional.
As pessoas votam com base em critérios que têm a ver com:
- ideologia
- empatia / simpatia com os candidatos
A prova é que a maioria nem se dá ao trabalho de ler os programas de governo. E muito menos os orçamentos de estado. Ninguém quer saber disso que isso é uma chatice. Não me chateiem que eu quero ver a bola.
Os ricos que paguem a crise e tá a andar de mota.
Ler os programas de governo?! Mas tens prazer em ser enganado? 90% do que lá está são meras intenções e não vão ser cumpridas.
Não tenho nada essa percepção da onda dos "ricos paguem a crise".
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MiamiBlueHeart Escreveu: É tudo navegação à vista. Faz, não dá certo, corrige porque não há informação”, sublinhou.
Neste caso será mais "Faz, não dá certo, faz outra vez mas desta vez ainda com mais força".
"No amount of experimentation can ever prove me right; a single experiment can prove me wrong." - Einstein
eu como sou muito burro não percebo porque o capital Honesto e declarado anteriormente (e que ja foi alvo de impostos) , tenha que pagar impostos novamente!(em especial se estiver aplicado a prazo )
Ainda mais quando o capital Desonesto , escondido e fugido (nunca foi declarado, logo ilegal) , pague uma taxa de 7% e ja esta, ficou mais limpo que o omo.
Ainda mais quando o capital Desonesto , escondido e fugido (nunca foi declarado, logo ilegal) , pague uma taxa de 7% e ja esta, ficou mais limpo que o omo.

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JMHP Escreveu:PT_Trader Escreveu:Se isso já tivesse acontecido logo no início desta legislatura, muito provavelmente não se teria dado a monstruosidade de desemprego no privado. O Estado a saquear constantemente as empresas e contribuintes, contribuiu para agravar e bem o desemprego. Por isso, sim, a escolher um possível desempregado na FP ou privado, essa escolha já devia ter sido feita há muito tempo.
O efeito seria o mesmo e certamente ainda com mais contestação e protestos dados que as maiores forças de bloqueio estão dentro do próprio Estado, basta lembrar os problemas recentes das empresas do Estado como a RTP por exemplo, que até consegue ir buscar apoiantes no sector privado (lobbies).
Por outro lado é necessário não esquecer o bloqueio da nossa "vaca sagrada"... A constituição que serve de muralha a qualquer reforma.
O efeito seria o mesmo?!

Lá está: ser forte com os fracos e fraco com os fortes.
Obrigado, assim também eu saberia governar.
Mas tomarem essas medidas é que seriam estruturalmente importantes para o futuro. Libertava o Estado de despesas sem retorno (RTP=400M/ano wtf) absolutamente nenhum e dava mais recursos para a economia.
Constituição muralha a qq reforma?! lol, se não foi muralha para tirar os subsídios aos FP, também não seria certamente para isto, desde que haja vontade é claro.
Choca-me como tu tens tantos argumentos para um lado, e depois na parte de reduzir a despesa do Estado.. ah, cuidado e tal e dava no mesmo

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