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Caldeirão da Bolsa

OT - Empresas que sairão beneficiadas com a austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Lion_Heart » 10/9/2012 11:05

Praticamente TODAS as empresas do regime , ou seja as empresas do psi 18 saem beneficiadas, pois são as maiores empregadoras do País e vivem na sua esmagadora maioria de serviços.

O que não deixa de ser irónico não fosse esta a Republica das bananas :mrgreen:
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por mcarvalho » 10/9/2012 11:03

Sonae e Mota Engil as mais beneficiadas em proporção do lucro com corte TSU-BESI

10/09/2012


LISBOA, 10 Set (Reuters) - A Sonae YSO.LS e a Mota-Engil

MOTA.LS são as cotadas do índice 'benchmark' português PSI20

PSI20 que mais serão beneficiadas em 2013, em percentagem do seu lucro líquido, pelo anunciado corte de 5,75 pontos percentuais da Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas, segundo o Espírito Santo Investimento (BESI).

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho anunciou na sexta-feira que a partir de 2013 terá lugar uma redução da TSU paga pelas empresas, que será compensada por uma subida de 7 pontos percentuais das contribuições para a Segurança Social paga pelos trabalhadores portugueses para 18 pct, no âmbito da austeridade imposta no 'bailout' de 78.000 milhões de euros (ME) do BCE e Fundo Monetário Internacional. ID:nL6E8K7MKA

"As companhias que estão melhor posicionadas para beneficiar desta medida são aquelas que têm mais capacidade instalada em Portugal, mais mão de obra e endividamento mais elevado, uma vez que a poupança de custos terá maior impacto a nível do 'bottom-line'", referiu o banco numa nota hoje divulgada.

Acrescentou: "de acordo com as nossas estimativas, a Ibersol, a Sonae e a Mota-Engil deverão beneficiar mais em termos de resultados, com as nossas previsões a apontarem para poupanças antes de impostos que deverão representar, respectivamente, 50 pct, 28 pct e 12 pct das estimativas de lucro líquido para 2013".
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Re: OT - Empresas que sairão beneficiadas com a austeridade

por gorgo » 10/9/2012 11:02

Marco Martins Escreveu:Sendo que a austeridade prevista para 2013 afectará directamente as empresas e as pessoas, como avaliam as empresas que sairão beneficiadas na bolsa nacional?

(Creio que já existiu um tópico relacionado com as empresas que ficariam a ganhar com os últimos cortes... mas como não encontrei, abri este!)


A meu ver existirão quatro grupos de empresas afectadas:
- as que exportam a maioria dos seus produtos (pois não serão afectadas pela quebra do consumo interno)
- as que dependem maioritariamente do consumo interno
- as que possuem muitos funcionários (pois terão menores custos com mão-de-obra)
- as que possuem poucos funcionários

Nesse sentido, apostaria na subida de empresas como:
- PT (embora o consumo de TMN e MEO possa diminuir)
- Galp (embora o consumo interno de combustíveis diminua)
- Portucel
- Semapa
- Altri

Apostaria nas descidas de:
- BES (embora ganhem mais garantias com a intervenção do BCE, a banca poderá ser afectada pelo aumento de crédito mal parado e falências... resta saber o que compensará mais)
- BPI
- BCP
- Sonae SGPS, Com, Capital, Industria
- Zon (está muito dependente do mercado nacional)

Vêm algum tipo de relação directa nas cotações, ou nem por isso? Qual a vossa opinião?


Na minha opinião as forças externas serão muito mais importante do que a realidade interna, que fica na mesma em termos gerais.

Quem no mercado não sabia de novos cortes que seriam necessários, nas empresas, Estado ou familias?

O relevante é uma revisão macro do custo de financiamento e liquidez das economias periféricas e início do eventual crescimento na Europa.
 
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por Automech » 10/9/2012 10:49

BPI: Nova austeridade de Passos com impacto "limitado" nas cotadas

PI analisou o impacto das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro na sexta-feira, concluindo que para a maioria delas o ganho é limitado. Veja o impacto em cada sector.
As medidas de austeridade anunciadas por Pedro Passos Coelho na passada sexta-feira introduzem alterações significativas na actividade das empresas, que assistem a uma redução da contribuição para a Segurança Social dos seus trabalhadores.

A taxa social única desce de 23,75% para 18%, enquanto a contribuição paga pelo trabalhador sobe de 11% para 18%.

“No curto prazo esta medida deve beneficiar as empresas onde o custo com pessoal tem um maior peso”, refere o “research” do BPI, alertando que pela negativa “existe o risco de o consumo privado sofrer nova redução, dado que o rendimento disponível para os trabalhadores também é cortado”.

A unidade de “research” do BPI analisa separadamente o impacto em cada sector e, em regra geral, classifica o impacto nas cotadas portuguesas de “neutral a positivo” e limitado.

Impacto misto nas telecomunicações. No sector das telecomunicações as medidas traduzem “sentimentos mistos”, pois o corte na TSU terá “impacto limitado” nas operadoras. O BPI calcula que o impacto no EBITDA da PT, Zon e Sonaecom não chega a 1%. Assinalando que a provável redução do consumo privado tem impacto negativo, o banco acredita que as operadoras serão resilientes a esta nova vaga de austeridade, já que as medidas de corte de custos serão suficientes para compensar o impacto nas receitas.

Impacto neutral a positivo na construção. Na Mota-Engil o impacto directo é “limitado”, representando a descida da TSU um impacto de 2,3% do EBITDA. Na Teixeira Duarte o impacto sobe para 3,9% do EBITDA e na Soares da Costa é de 2,3%. Mais relevante é o impacto na Martifer, onde a componente de custos com pessoal é mais forte, pelo que pode representar 5% do EBIDTA.

Impacto neutral a negativo nos media. A Cofina e a Impresa não beneficiam com as medidas de austeridade, pois apesar de representarem um corte significativo nos custos com pessoal (impacto positivo acima de 8% no EBITDA), serão penalizadas de forma mais acentuada com redução das receitas.

Impacto neutral na Galp, EDP e EDPR. O impacto no EBITDA da petrolífera é inferior a 1%, bem como na empresa liderada por António Mexia e na companhia de energias renováveis.

Impacto misto na banca. Nos lucros antes de provisões do BES e BCP o impacto da redução da TSU deverá ser de cerca de 2%, de acordo com os cálculos do BPI. Por outro lado, a redução do rendimento disponível das famílias deverá traduzir-se num aumento do crédito malparado dos particulares, sem bem que numa melhoria no incumprimento das empresas. Esta medidas “devem ter um impacto mais positivo (ou menos negativo) no BES do que no BCP, dada a sua exposição mais elevada ao segmento empresarial e mais reduzida ao segmento dos particulares”.

Impacto neutral no retalho. Nesta fase o BPI classifica o impacto na Sonae SGPS e Jerónimo Martins de “neutral”, embora assuma que o efeito no EBITDA do próximo ano deverá ser positivo. Na Sonae o impacto positivo pode chegar aos 5% e na Jerónimo Martins a 1,8%. “Mas temos também que ter em conta que estas novas medidas serão certamente negativas no rendimento disponível das famílias e pode afectar as vendas das empresas, sobretudo no consumo mais discricionário”, refere o BPI

Impacto neutral a positivo na indústria. Nas cotadas do sector industrial o efeito no EBITDA também é positivo, ascendendo a 1% na Sonae Indústria, 6% da Corticeira Amorim, 1,4% na Altri, 2,1% na Semapa e 1,8% na Portucel.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=577443


(Marco, talvez fosse melhor tirares o OT do título porque isto é um assunto relevante para as cotações)
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OT - Empresas que sairão beneficiadas com a austeridade

por Marco Martins » 10/9/2012 0:53

Sendo que a austeridade prevista para 2013 afectará directamente as empresas e as pessoas, como avaliam as empresas que sairão beneficiadas na bolsa nacional?

(Creio que já existiu um tópico relacionado com as empresas que ficariam a ganhar com os últimos cortes... mas como não encontrei, abri este!)


A meu ver existirão quatro grupos de empresas afectadas:
- as que exportam a maioria dos seus produtos (pois não serão afectadas pela quebra do consumo interno)
- as que dependem maioritariamente do consumo interno
- as que possuem muitos funcionários (pois terão menores custos com mão-de-obra)
- as que possuem poucos funcionários

Nesse sentido, apostaria na subida de empresas como:
- PT (embora o consumo de TMN e MEO possa diminuir)
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Vêm algum tipo de relação directa nas cotações, ou nem por isso? Qual a vossa opinião?
 
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