Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade
altrio Escreveu:ul Escreveu:Ou sabem contar , mesmo com todas estas medidas ainda faltam de 2 0000 0000 0000 a 3 000 000 000 de euros para fechar o proximo orçamento.
Faltam muito mais, até porque estas medidas não vão melhorar o orçamento num único cêntimo.
Basta olhar para o corte dos subsídios na função pública, acrescidos dos 5% de cortes salariais, que supostamente fariam baixar a despesa, mas não fizeram. Todos os euros pagos a menos aos funcionários públicos foram alegremente gastos noutras rubricas, aumentando mesmo a despesa total.
Por outro lado, a diminuição de rendimento fez baixar o consumo e fez diminuir a receita fiscal.
Para o ano que vem pode-se esperar o mesmo, mas mais ampliado - vai haver mais aumento da despesa e mais diminuição da receita.
Nem mais, continua-se a pensar da mesma forma com numeros passados sem levar em consideração os efeitos das medidas tomadas. Mas quem parte do principio que está no caminho certo não poodemos esperar mais!!!

Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
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ul Escreveu:Ou sabem contar , mesmo com todas estas medidas ainda faltam de 2 0000 0000 0000 a 3 000 000 000 de euros para fechar o proximo orçamento.
Faltam muito mais, até porque estas medidas não vão melhorar o orçamento num único cêntimo.
Basta olhar para o corte dos subsídios na função pública, acrescidos dos 5% de cortes salariais, que supostamente fariam baixar a despesa, mas não fizeram. Todos os euros pagos a menos aos funcionários públicos foram alegremente gastos noutras rubricas, aumentando mesmo a despesa total.
Por outro lado, a diminuição de rendimento fez baixar o consumo e fez diminuir a receita fiscal.
Para o ano que vem pode-se esperar o mesmo, mas mais ampliado - vai haver mais aumento da despesa e mais diminuição da receita.
It’s a recession when your neighbor loses his job; it’s a depression when you lose your own. — Harry S. Truman
If you're going through hell, keep going. - Winston Churchill
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ul Escreveu:Muitos do que agora SÃO criticos andaram 20 anos a bater palmas.
Alguns que andam aqui no tópico a protestar, defenderam acerrimamente, no tópico da RTP, que se continue a extorquir o contribuinte para que o serviço de televisão publico se mantenha. Cada um é livre de ter a sua opinião mas convinha ter noção que o dinheiro para os seus projectos não nasce das árvores. É tirado a alguém.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Razao_Pura Escreveu:Só mais uma coisa, parece-me que estão a fazer tábua rasa da Contituição, que é a lei fundamental do nosso Estado de Direito. A constituição diz que tem que haver equidade nos sacrifícios para que haja justiça social.
Não percebo porque é que não se ensina a constituição aos miúdos nas escolas. Talvez formássemos melhores cidadãos e a nossa sociedade não fosse tão pouco participativa.
Está na hora
TÍTULO I. Princípios gerais
Artigo 21.º Direito de resistência
Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.
Artigo 21.º alterado pelo n.º 4 do artigo 15.º da Lei Constitucional n.º 1/82, de 30 de Setembro, Primeira revisão da Constituição (DR 30 Setembro). Anterior n.º 2 do anterior artigo 20.º.
Ou sabem contar , mesmo com todas estas medidas ainda faltam de 2 0000 0000 0000 a 3 000 000 000 de euros para fechar o proximo orçamento.
Muitos do que agora SÃO criticos andaram 20 anos a bater palmas.
Muitos do que agora SÃO criticos andaram 20 anos a bater palmas.
Trisquel Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Volto a dizer: a grande questão está no que vamos fazer acerca disto. Se agimos ou se aceitamos..
Eu não aceito a falta de reestruturação da despesa. Praticamente todos os poucos cortes feitos foram cegos (a saúde é um bom exemplo disso, aparentemente) sem qualquer preocupação pela melhoria do "sistema" de prestação de serviços. Só tivemos medidas de aumento de receita via aumento de impostos imediatos e rápidos, mais uma vez sem grande preocupação de justiça, equidade e, pior, sem que os ajustes permitam aumentos verdadeiros de competitividade.
Claro que não podemos aceitar.
Os 7% são sobre o ordenado bruto logo no liquido, a disponibilidade que fica para o nossso consumo/poupanças/investimentos, é uma % superior.
Ex : Se num ordenado de 1.100,00 ficavas com 800,00 disponiveis e tinhas 11% de SS (121,00), agora com 18% (198,00) ficas com 723,00 disponiveis mas a diferença entre os 800 e os 723 é de 9%.
Se para nos manifestarmos tivermos que importar espanhóis, é um caminho a seguir!
Por incrivel que pareça nas conversas privadas que tenho tido sobre o tema os mais indignados (patrões de pequenas e médias empresas) são os "menos" (também têm salário) afectados pelo tema, os que vão levar no pêlo (trabalhadores em geral) ou ainda não perceberam ou estão tão anestesiados que nem reagem e até acham que é o caminho a seguir!
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NIM ... NIM ... NIM - Grande Alternativa
Declaração de António José Seguro
PS "não pode pactuar" com caminho de austeridade
O secretário-geral do PS, António José Seguro, assegurou neste domingo que o PS "não pode pactuar" nem será "cúmplice do caminho de austeridade" seguido pelo Governo, garantindo que isso terá consequências na votação do Orçamento de Estado para 2013
No final da declaração política que fez na Universidade de Verão do PS, em Penafiel, o líder do partido não esclareceu os jornalistas sobre se o partido irá votar contra o orçamento.
"Não tenho nada a acrescentar, as minhas palavras foram muito claras", disse à comunicação social.
PS "não pode pactuar" com caminho de austeridade
O secretário-geral do PS, António José Seguro, assegurou neste domingo que o PS "não pode pactuar" nem será "cúmplice do caminho de austeridade" seguido pelo Governo, garantindo que isso terá consequências na votação do Orçamento de Estado para 2013
No final da declaração política que fez na Universidade de Verão do PS, em Penafiel, o líder do partido não esclareceu os jornalistas sobre se o partido irá votar contra o orçamento.
"Não tenho nada a acrescentar, as minhas palavras foram muito claras", disse à comunicação social.
Cumpts.
Trisquel
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Pata-Hari Escreveu:Volto a dizer: a grande questão está no que vamos fazer acerca disto. Se agimos ou se aceitamos..
Eu não aceito a falta de reestruturação da despesa. Praticamente todos os poucos cortes feitos foram cegos (a saúde é um bom exemplo disso, aparentemente) sem qualquer preocupação pela melhoria do "sistema" de prestação de serviços. Só tivemos medidas de aumento de receita via aumento de impostos imediatos e rápidos, mais uma vez sem grande preocupação de justiça, equidade e, pior, sem que os ajustes permitam aumentos verdadeiros de competitividade.
Claro que não podemos aceitar.
Os 7% são sobre o ordenado bruto logo no liquido, a disponibilidade que fica para o nossso consumo/poupanças/investimentos, é uma % superior.
Ex : Se num ordenado de 1.100,00 ficavas com 800,00 disponiveis e tinhas 11% de SS (121,00), agora com 18% (198,00) ficas com 723,00 disponiveis mas a diferença entre os 800 e os 723 é de 9%.
Se para nos manifestarmos tivermos que importar espanhóis, é um caminho a seguir!
Por incrivel que pareça nas conversas privadas que tenho tido sobre o tema os mais indignados (patrões de pequenas e médias empresas) são os "menos" (também têm salário) afectados pelo tema, os que vão levar no pêlo (trabalhadores em geral) ou ainda não perceberam ou estão tão anestesiados que nem reagem e até acham que é o caminho a seguir!
Cumpts.
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Re: Resistencia Paciifica (vs Luta Armada).
bboniek00 Escreveu:Para derrubar o Governo em 2 ou 3 meses:
NAO CONSUMIR - excepto o indispensaavel.
Esta acc,ao vai servir como um catalisador das medidas da coligac,ao governamental e arrasar a receita de forma acelerada sendo consequente a QUEDA do governo neocon.
NAO CONSUMIR. RESISTIR.
E depois quem é que vai para poder?
Mas existe alguma alternativa em Portugal, sequer?
É possível contratar alguém estrangeiro para governar Portugal? Alguém que não pertença a nenhum lobbie? Não pode ser nenhum credor como a Troika, claro, mas uma equipa de pessoas independentes.
Parece-me que íamos ver se este regabofe não piava fino!
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
Caro Ledzepelim...
são informações... não própriamente uma opinião..
de qualquer forma .. e aí concordarás ...
JÁ NINGUÉM SE ENTENDE..
OU ALGUÉM SABE O QUE É PS... O PSD .. OU O CDS..
O QUEM É O CAVACO .. OU QUEM É A AREPUBLICA ????
ISTO É O CAOS.......
........
cito :
O Bloco Central da Corrupção está por meses, não por muito mais...
Com alguma sorte, a corja de rendeiros e licenciados de Abranhos que se acumula à volta do Terreiro do Paço e de São Bento, desta vez, não levará por diante os seus desígnios ruinosos.
Na realidade, o Bloco Central da Corrupção já destruiu Portugal para os próximos 20 anos, no mínimo.
Por isto e sobretudo por causa da crise sistémica global, os ventos já começaram a soprar a favor dos criadores de riqueza material, e, a pouco e pouco, destruirá os especuladores que enriqueceram e ainda enriquecem com a riqueza virtual e a miséria dos demais.
Foi esta análise que nos permitiu prever em 2005 o fracasso da Ota!
E foi assim que desde essa data se previu também a necessidade de apostar na expansão aeroportuária de Lisboa, mantendo e requalificando a Portela, nomeadamente com recurso ao Montijo e Tires, e de apontar para a prioridade ferroviária em bitola europeia, ao mesmo tempo que se sugeria a reserva de terrenos em Rio Frio para um eventual futuro novo aeroporto de raiz.
Sete anos passados estamos mais convictos de que a Ota em Alcochete (o último negócio do Bloco Central da Corrupção capitaneado por Sócrates) não passará!
É que seja quem for a tomar conta do aeroporto Sá Carneiro, terá que se reger por critérios de eficiência e rentabilidade e já não por incumbência do Estado e mando partidário, fazendo fretes políticos a toda a hora e corrompendo a racionalidade da gestão.
O povo inteligente está bem informado e mais do que mobilizado !!!
Link: http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?c ... %20Moreira (via shareaholic.com)
são informações... não própriamente uma opinião..
de qualquer forma .. e aí concordarás ...
JÁ NINGUÉM SE ENTENDE..
OU ALGUÉM SABE O QUE É PS... O PSD .. OU O CDS..
O QUEM É O CAVACO .. OU QUEM É A AREPUBLICA ????
ISTO É O CAOS.......
........
cito :
O Bloco Central da Corrupção está por meses, não por muito mais...
Com alguma sorte, a corja de rendeiros e licenciados de Abranhos que se acumula à volta do Terreiro do Paço e de São Bento, desta vez, não levará por diante os seus desígnios ruinosos.
Na realidade, o Bloco Central da Corrupção já destruiu Portugal para os próximos 20 anos, no mínimo.
Por isto e sobretudo por causa da crise sistémica global, os ventos já começaram a soprar a favor dos criadores de riqueza material, e, a pouco e pouco, destruirá os especuladores que enriqueceram e ainda enriquecem com a riqueza virtual e a miséria dos demais.
Foi esta análise que nos permitiu prever em 2005 o fracasso da Ota!
E foi assim que desde essa data se previu também a necessidade de apostar na expansão aeroportuária de Lisboa, mantendo e requalificando a Portela, nomeadamente com recurso ao Montijo e Tires, e de apontar para a prioridade ferroviária em bitola europeia, ao mesmo tempo que se sugeria a reserva de terrenos em Rio Frio para um eventual futuro novo aeroporto de raiz.
Sete anos passados estamos mais convictos de que a Ota em Alcochete (o último negócio do Bloco Central da Corrupção capitaneado por Sócrates) não passará!
É que seja quem for a tomar conta do aeroporto Sá Carneiro, terá que se reger por critérios de eficiência e rentabilidade e já não por incumbência do Estado e mando partidário, fazendo fretes políticos a toda a hora e corrompendo a racionalidade da gestão.
O povo inteligente está bem informado e mais do que mobilizado !!!
Link: http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?c ... %20Moreira (via shareaholic.com)
mcarvalho
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Resistencia Paciifica (vs Luta Armada).
Para derrubar o Governo em 2 ou 3 meses:
NAO CONSUMIR - excepto o indispensaavel.
Esta acc,ao vai servir como um catalisador das medidas da coligac,ao governamental e arrasar a receita de forma acelerada sendo consequente a QUEDA do governo neocon.
NAO CONSUMIR. RESISTIR.
NAO CONSUMIR - excepto o indispensaavel.
Esta acc,ao vai servir como um catalisador das medidas da coligac,ao governamental e arrasar a receita de forma acelerada sendo consequente a QUEDA do governo neocon.
NAO CONSUMIR. RESISTIR.

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Só para ver como este governo é um veradeiro Robin dos Bosques ao contrario
Para alem do que tinha dito anteriormente, vejamos só isto:
Para quem tiver um rendimento bruto anual inferior a cerca de 22800€ , o que equivale a cerca de 1600€ de salario, continua a manter o mesmo rendimento colectavel para as finanças.
Rendimento colectavel = rendimento bruto - dedução especifica( ou descontos para SS se maiores do 4100€)
Ou seja, mantem se a carga fiscal e aumenta a TSU
Para os que estão acima dos 22800€ ja deduzem directamente os descontos para a SS e portanto vão pagar menos imposto.
É esta a equidade??
Os que menos ganham vão levar uma arrochada que nem se levantam.
Lamentavel

Para alem do que tinha dito anteriormente, vejamos só isto:
Para quem tiver um rendimento bruto anual inferior a cerca de 22800€ , o que equivale a cerca de 1600€ de salario, continua a manter o mesmo rendimento colectavel para as finanças.
Rendimento colectavel = rendimento bruto - dedução especifica( ou descontos para SS se maiores do 4100€)
Ou seja, mantem se a carga fiscal e aumenta a TSU
Para os que estão acima dos 22800€ ja deduzem directamente os descontos para a SS e portanto vão pagar menos imposto.
É esta a equidade??
Os que menos ganham vão levar uma arrochada que nem se levantam.
Lamentavel

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- Registado: 21/5/2009 18:43
Storgoff Escreveu:[
Um bocado confuso o teu comentário.
Não percebi bem a tua ideia.
Sorry...
Eu não me foquei muito naquela questão da taxação dos mais ricos ser inferior nos USA. Fiz um comentário paralelo e baralhou um bocado o que queria dizer, mas na essência foi o que tu disseste

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A vida para além do sr. Ronaldo
por ALBERTO GONÇALVES
Sei que chega a ser ofensivo falar de ninharias enquanto Cristiano Ronaldo continua triste. Mas, se me permitem, vale a pena notar que o primeiro-ministro já anunciou o advento de mais impostos, e isso, embora não se compare ao drama do célebre jogador da bola, também pode tornar-se aborrecido para os portugueses cujos rendimentos anuais andam um bocadinho abaixo dos vinte ou trinta milhões.
Nesta altura do campeonato (juro tratar-se da última alusão futebolística), é evidente que o Governo entrou em roda livre. O estrondoso falhanço do défice, que apenas surpreendeu meia dúzia de habitantes de Neptuno, veio provar que, por si só, a austeridade não resolve coisa nenhuma. Se o relativo empobrecimento do bom povo era inevitável, é igualmente inútil caso não seja acompanhado do empobrecimento do Estado. Um Governo eficaz quanto ao primeiro desígnio e anedótico quanto ao segundo não vai longe. Ou talvez vá exactamente aonde quer ir.
Desde o início que o dr. Passos Coelho dispunha de três possibilidades. Uma consistia em ouvir a oposição, manter a carga fiscal intacta (salvo para os "ricos", conceito por aqui vago e com frequência imaginário) e não bulir na administração pública, nos apoios sociais e nas sinecuras estatais. Num ápice, concorreríamos com a Grécia e o dr. Passos Coelho seria sumariamente enxotado.
A outra possibilidade implicava governar a sério e temperar o aumento da carga fiscal com a redução da despesa, necessariamente brutal e dolorosa. Com sorte, sofrimento e massas indignadas, haveria a hipótese de um dia longínquo sairmos da crise, e a certeza de que o dr. Passos Coelho sairia do poder muito antes.
A última possibilidade passaria por espoliar as empresas que resistem à falência e, principalmente, os 15% da população que pagam 85% do IRS global, anunciar reformas avassaladoras do Estado, não reformar nada e deixar aberta a esperança de uma reeleição aos ombros dos cidadãos que, se não perderam os empregos, com um aperto aqui ou ali preservaram no essencial a sua anterior condição. Naturalmente, esta foi a opção escolhida.
O instinto de sobrevivência pesa imenso, e o dr. Passos Coelho interpretou bem os motivos que levaram o eleitorado a depositá-lo em S. Bento (com pernoitas em Massamá): embora aprecie o conceito de mudança, a maioria das pessoas abomina a sua aplicação prática. As massas despacharam o eng. Sócrates porque, à conta da inépcia e da trafulhice, a continuidade prometida pelo PS estava ameaçada. Com a boca cheia de futuro, o dr. Passos Coelho representava a fé colectiva em conservar o presente e um vetusto passado, isto é, uma existência financiada pelo exterior. Conforme se vê.
Os resmungos contra a "ingerência" da troika são um artifício de quem jamais desejou ficar entregue a si mesmo. De resto, até que os alemães se aborreçam de facto, a troika paga o regabofe sem conseguir corrigi-lo, afinal o objectivo de toda a gente, incluindo o do Governo que, ao contrário de um cliché em voga, ainda não perdeu o país. O país é que está perdido. E o sr. Ronaldo triste.
Domingo, 2 de Setembro
Um curso com saída
Em vez de frequentar licenciaturas inúteis ou de fingir que frequentam licenciaturas inúteis, os jovens pragmáticos vão directamente ao assunto e inscrevem-se na Universidade de Verão do PSD. À superfície, a brincadeira não diverge muito dos acampamentos do Bloco de Esquerda, tirando as tendas, a iconografia "revolucionária", o haxixe consumido pelos participantes e o estado geral de alucinação da maioria dos oradores. No fundo, porém, ambas as iniciativas visam o mesmo: produzir políticos de carreira. É verdade que o grau de implantação do PSD e a rotatividade das respectivas direcções auguram uma carreira mais promissora do que a rígida pequenez do Bloco, mas o ponto não é esse.
O ponto é a existência de centenas (ou milhares?) de meninos e de meninas capazes de trocar os prazeres da idade e da estação por uma semana de clausura, a ouvir oradores de gabarito diverso, a estabelecer os contactos "certos" e, sobretudo, a preparar o seu futuro. Não importa muito se o fazem por fanatismo ideológico ou cinismo: o facto é que o fazem, e isso só nos deve angustiar.
Não sou de mitificar as lideranças políticas já reformadas, que à distância parecem sempre melhores do que na realidade foram. Em contrapartida, não me custa nada lamentar a monumental pelintrice das lideranças actualmente em funções. Mal por mal, antigamente ainda passava pelas cúpulas partidárias o ocasional portador de um percurso profissional realmente exterior aos partidos e à influência dos partidos. Hoje, não. Se retirarmos a política aos políticos de agora, ficamos com uma multidão de rematadas e disciplinadas nulidades sem serventia no mundo real excepto, talvez, no sector da arrumação de automóveis.
Dizer que o problema do país são os maus políticos é tão redundante quanto sugerir que Haydn tinha jeito para a música: os políticos são maus porque nunca souberam ser outra coisa, sobretudo uma coisa sujeita a responsabilidades e que tomasse decisões sem envolver o dinheiro alheio. É por isso que, na sua franqueza, as universidades (e os acampamentos) de Verão chocam um bocadinho, embora um bocadinho menos do que a disseminada ilusão de que compete a essa gente aperfeiçoar as nossas vidas. Contas feitas, a única aptidão de tais espécimes é a criação de emprego: o deles.
Quarta-feira, 5 de Setembro
A grande questão do nosso tempo
Confesso não ter ainda percebido o modo como ocorrerá, se é que ocorrerá, a privatização da RTP. Pior: suspeito que o Governo também não percebeu. Ao longo dos últimos meses, já se falou em vender dois canais, leiloar um canal, fechar um canal e entregar a concessão de outro e todas as combinações intermédias possíveis. Há dias, o dr. Passos Coelho esclareceu enfim o assunto: existem vários cenários que estão a ser equacionados. Em português, isto significa que o homem não faz ideia do que fazer com essa redundância absurda e absurdamente dispendiosa.
Na verdade, o melhor é não fazer nada. Pelo menos a acreditar nas reacções furiosas a qualquer proposta de venda/aluguer/concessão da RTP que emergiram durante Agosto. Um manifesto recentemente posto a circular por certas "personalidades" resume o estado de espírito das "personalidades" em geral: nenhuma "medida suscetível de amputar, enfraquecer ou alienar a propriedade ou a gestão do serviço público de rádio e de televisão" é aceitável. Algumas "personalidades", invariavelmente da política ou da "cultura", exprimiram-se a título individual e proclamaram que bulir no corrente modelo de "serviço público", no qual uns se servem e o público paga, constitui: um atentado; um problema fracturante; uma pouca-vergonha; um golpe brutal; uma fraude; um acto ilegítimo; uma negociata; uma inconstitucionalidade, uma ameaça à soberania nacional.
Quem nos olhasse de fora acharia que uma nação cuja soberania depende dos programas do sr. Malato, de noticiários manipulados por sucessivos governantes e de reposições de séries americanas transmitidas dois anos antes pela Fox não se aguentaria por muito mais tempo. Por sorte, sendo frágil em matéria televisiva, Portugal, ou a indignação dos portugueses, é imperturbável no que respeita ao resto.
É óbvio que perturbar a RTP suscita um drama. Mas estrafegar as contas públicas, por exemplo, não maça ninguém. E ninguém subscreve manifestos contra o "investimento" estatal, leia-se sufocar a economia com impostos e corrompê-la mediante a redistribuição calculada dos mesmos. Ninguém reputa de fraudulenta a destruição sistemática do sistema de ensino, de que as Novas Oportunidades foram o mero apogeu. Ninguém julga uma pouca-vergonha o caldo de compadrios e boçalidade a que por cá se chama poder autárquico. Ninguém considera ilegítima a negociata das energias "renováveis", que só se renovam à custa do contribuinte. E decididamente ninguém acusa de inconstitucional a proeza de deixar a nação à míngua e à esmola, para cúmulo a juros elevados. Ninguém, ou quase ninguém, o que no caso é exactamente igual.
Inconformado, Mário Soares pergunta: se se vender a RTP (e a TAP, e maravilhas públicas similares), o que é que fica do nosso país? Fica o que a democracia de que o dr. Soares é um adequado pai permitiu que escapasse à paternidade do Estado: um deserto, igualzinho ao actual excepto na poupança de centenas de milhões de euros e o lamentável sumiço do sr. Malato.
por ALBERTO GONÇALVES
Sei que chega a ser ofensivo falar de ninharias enquanto Cristiano Ronaldo continua triste. Mas, se me permitem, vale a pena notar que o primeiro-ministro já anunciou o advento de mais impostos, e isso, embora não se compare ao drama do célebre jogador da bola, também pode tornar-se aborrecido para os portugueses cujos rendimentos anuais andam um bocadinho abaixo dos vinte ou trinta milhões.
Nesta altura do campeonato (juro tratar-se da última alusão futebolística), é evidente que o Governo entrou em roda livre. O estrondoso falhanço do défice, que apenas surpreendeu meia dúzia de habitantes de Neptuno, veio provar que, por si só, a austeridade não resolve coisa nenhuma. Se o relativo empobrecimento do bom povo era inevitável, é igualmente inútil caso não seja acompanhado do empobrecimento do Estado. Um Governo eficaz quanto ao primeiro desígnio e anedótico quanto ao segundo não vai longe. Ou talvez vá exactamente aonde quer ir.
Desde o início que o dr. Passos Coelho dispunha de três possibilidades. Uma consistia em ouvir a oposição, manter a carga fiscal intacta (salvo para os "ricos", conceito por aqui vago e com frequência imaginário) e não bulir na administração pública, nos apoios sociais e nas sinecuras estatais. Num ápice, concorreríamos com a Grécia e o dr. Passos Coelho seria sumariamente enxotado.
A outra possibilidade implicava governar a sério e temperar o aumento da carga fiscal com a redução da despesa, necessariamente brutal e dolorosa. Com sorte, sofrimento e massas indignadas, haveria a hipótese de um dia longínquo sairmos da crise, e a certeza de que o dr. Passos Coelho sairia do poder muito antes.
A última possibilidade passaria por espoliar as empresas que resistem à falência e, principalmente, os 15% da população que pagam 85% do IRS global, anunciar reformas avassaladoras do Estado, não reformar nada e deixar aberta a esperança de uma reeleição aos ombros dos cidadãos que, se não perderam os empregos, com um aperto aqui ou ali preservaram no essencial a sua anterior condição. Naturalmente, esta foi a opção escolhida.
O instinto de sobrevivência pesa imenso, e o dr. Passos Coelho interpretou bem os motivos que levaram o eleitorado a depositá-lo em S. Bento (com pernoitas em Massamá): embora aprecie o conceito de mudança, a maioria das pessoas abomina a sua aplicação prática. As massas despacharam o eng. Sócrates porque, à conta da inépcia e da trafulhice, a continuidade prometida pelo PS estava ameaçada. Com a boca cheia de futuro, o dr. Passos Coelho representava a fé colectiva em conservar o presente e um vetusto passado, isto é, uma existência financiada pelo exterior. Conforme se vê.
Os resmungos contra a "ingerência" da troika são um artifício de quem jamais desejou ficar entregue a si mesmo. De resto, até que os alemães se aborreçam de facto, a troika paga o regabofe sem conseguir corrigi-lo, afinal o objectivo de toda a gente, incluindo o do Governo que, ao contrário de um cliché em voga, ainda não perdeu o país. O país é que está perdido. E o sr. Ronaldo triste.
Domingo, 2 de Setembro
Um curso com saída
Em vez de frequentar licenciaturas inúteis ou de fingir que frequentam licenciaturas inúteis, os jovens pragmáticos vão directamente ao assunto e inscrevem-se na Universidade de Verão do PSD. À superfície, a brincadeira não diverge muito dos acampamentos do Bloco de Esquerda, tirando as tendas, a iconografia "revolucionária", o haxixe consumido pelos participantes e o estado geral de alucinação da maioria dos oradores. No fundo, porém, ambas as iniciativas visam o mesmo: produzir políticos de carreira. É verdade que o grau de implantação do PSD e a rotatividade das respectivas direcções auguram uma carreira mais promissora do que a rígida pequenez do Bloco, mas o ponto não é esse.
O ponto é a existência de centenas (ou milhares?) de meninos e de meninas capazes de trocar os prazeres da idade e da estação por uma semana de clausura, a ouvir oradores de gabarito diverso, a estabelecer os contactos "certos" e, sobretudo, a preparar o seu futuro. Não importa muito se o fazem por fanatismo ideológico ou cinismo: o facto é que o fazem, e isso só nos deve angustiar.
Não sou de mitificar as lideranças políticas já reformadas, que à distância parecem sempre melhores do que na realidade foram. Em contrapartida, não me custa nada lamentar a monumental pelintrice das lideranças actualmente em funções. Mal por mal, antigamente ainda passava pelas cúpulas partidárias o ocasional portador de um percurso profissional realmente exterior aos partidos e à influência dos partidos. Hoje, não. Se retirarmos a política aos políticos de agora, ficamos com uma multidão de rematadas e disciplinadas nulidades sem serventia no mundo real excepto, talvez, no sector da arrumação de automóveis.
Dizer que o problema do país são os maus políticos é tão redundante quanto sugerir que Haydn tinha jeito para a música: os políticos são maus porque nunca souberam ser outra coisa, sobretudo uma coisa sujeita a responsabilidades e que tomasse decisões sem envolver o dinheiro alheio. É por isso que, na sua franqueza, as universidades (e os acampamentos) de Verão chocam um bocadinho, embora um bocadinho menos do que a disseminada ilusão de que compete a essa gente aperfeiçoar as nossas vidas. Contas feitas, a única aptidão de tais espécimes é a criação de emprego: o deles.
Quarta-feira, 5 de Setembro
A grande questão do nosso tempo
Confesso não ter ainda percebido o modo como ocorrerá, se é que ocorrerá, a privatização da RTP. Pior: suspeito que o Governo também não percebeu. Ao longo dos últimos meses, já se falou em vender dois canais, leiloar um canal, fechar um canal e entregar a concessão de outro e todas as combinações intermédias possíveis. Há dias, o dr. Passos Coelho esclareceu enfim o assunto: existem vários cenários que estão a ser equacionados. Em português, isto significa que o homem não faz ideia do que fazer com essa redundância absurda e absurdamente dispendiosa.
Na verdade, o melhor é não fazer nada. Pelo menos a acreditar nas reacções furiosas a qualquer proposta de venda/aluguer/concessão da RTP que emergiram durante Agosto. Um manifesto recentemente posto a circular por certas "personalidades" resume o estado de espírito das "personalidades" em geral: nenhuma "medida suscetível de amputar, enfraquecer ou alienar a propriedade ou a gestão do serviço público de rádio e de televisão" é aceitável. Algumas "personalidades", invariavelmente da política ou da "cultura", exprimiram-se a título individual e proclamaram que bulir no corrente modelo de "serviço público", no qual uns se servem e o público paga, constitui: um atentado; um problema fracturante; uma pouca-vergonha; um golpe brutal; uma fraude; um acto ilegítimo; uma negociata; uma inconstitucionalidade, uma ameaça à soberania nacional.
Quem nos olhasse de fora acharia que uma nação cuja soberania depende dos programas do sr. Malato, de noticiários manipulados por sucessivos governantes e de reposições de séries americanas transmitidas dois anos antes pela Fox não se aguentaria por muito mais tempo. Por sorte, sendo frágil em matéria televisiva, Portugal, ou a indignação dos portugueses, é imperturbável no que respeita ao resto.
É óbvio que perturbar a RTP suscita um drama. Mas estrafegar as contas públicas, por exemplo, não maça ninguém. E ninguém subscreve manifestos contra o "investimento" estatal, leia-se sufocar a economia com impostos e corrompê-la mediante a redistribuição calculada dos mesmos. Ninguém reputa de fraudulenta a destruição sistemática do sistema de ensino, de que as Novas Oportunidades foram o mero apogeu. Ninguém julga uma pouca-vergonha o caldo de compadrios e boçalidade a que por cá se chama poder autárquico. Ninguém considera ilegítima a negociata das energias "renováveis", que só se renovam à custa do contribuinte. E decididamente ninguém acusa de inconstitucional a proeza de deixar a nação à míngua e à esmola, para cúmulo a juros elevados. Ninguém, ou quase ninguém, o que no caso é exactamente igual.
Inconformado, Mário Soares pergunta: se se vender a RTP (e a TAP, e maravilhas públicas similares), o que é que fica do nosso país? Fica o que a democracia de que o dr. Soares é um adequado pai permitiu que escapasse à paternidade do Estado: um deserto, igualzinho ao actual excepto na poupança de centenas de milhões de euros e o lamentável sumiço do sr. Malato.
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PT_Trader Escreveu:Storgoff Escreveu:dfviegas Escreveu:
Se isto entrasse na cabeça do primeiro ministro
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/bBx2Y5HhplI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Excelente este video.
E, isto não é dito por um comunista...
Ao contrário, é dito por um grande capitalista.
Por sinal um liberal
O vídeo é de facto muito esclarecedor.
Mas, como tudo na vida, também não é perfeito. Na essência, o que ele diz é certo e é o que eu tenho vindo a defender. Contudo, apesar de quanto maior for o rendimento menor é o consumo relativo, a verdade é que muito desse dinheiro que não vai para consumo, vai para poupança. E como sabemos, o investimento é sobretudo financiado através da poupança, e o investimento também gera emprego.
Aplicado à nossa realidade, a desgraça é 2x pior, porque nem conseguimos poupar, e nem conseguimos consumir.
Um bocado confuso o teu comentário.
Não percebi bem a tua ideia.
No fundo o que ele diz é que taxando mais os ricos os outros ficam com mais poder de compra e dessa forma alimentam o circulo virtuoso do aumento da procura assim como da poupança o que leva os capitalistas a investirem mais e a empregarem mais para aumentarem a oferta.
Mais gente empregada, mais procura ainda...
Refuta assim o argumento de que taxar menos os ricos é que faz aumentar o emprego.
Em Portugal esta se a fazer exactamente o contrario.
No caso concreto das medidas anunciadas pelo PM, os que menos ganham é que vão sofrer brutalmente ,o que so pode levar à redução da procura.
Ou seja, teremos um sistema que se realimenta negativamente ao contraio do exemplo anterior.
Será que a EDP, Galp, PT, Sonae, Bancos,etc
Tudo grandes empregadores no pais, vão aumentar os empregos só porque lhes reduziram em mais de 5% a TSU.
O estado esta é a dar um credito fiscal a estes á custa do esmagamento dos salários. So na Sonae parece que são mais de 30 milhoes € por ano.
Estes tipos estão completamente loucos.
Transformaram Portugal num autentico laboratorio de experiencias neo-liberais.
Só de pensar nas afirmações recentes que esse António Borges tem feito e que pelos vistos se esta a concretizar...
Um tipo que faz vida no mundo dos Hedge Funds, acho que esta tudo dito.
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Re: já ninguém se entende
mcarvalho Escreveu:http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=585339&tm=6&layout=121&visual=49
"Ausência de medidas para reduzir despesa pública é chocante" - Mira Amaral
Lusa
08 Set, 2012, 09:15
O antigo governante social-democrata Mira Amaral criticou as medidas de austeridade anunciadas hoje pelo Governo, considerando "chocante" a ausência de medidas de redução da despesa pública e a manutenção da abolição dos subsídios aos reformados e pensionistas
"Há duas coisas chocantes neste pacote: A ausência completa de medidas de redução da despesa pública e a manutenção da abolição dos subsídios de férias e Natal aos reformados e pensionistas", disse à agência Lusa o antigo ministro da Indústria de Cavaco Silva.
"O Governo ao fim de um ano praticamente nada fez para reduzir a despesa pública e isso é muito preocupante. Ao contrário das promessas eleitorais feitas por Passos Coelho e Eduardo Catroga, o Governo não cortou as gorduras do Estado", sublinhou.
E reforçou: "O Governo está a perder `timing` político. Duvido que faça qualquer reforma estrutural no domínio da despesa pública".
Questionado sobre o aumento da contribuição para a Segurança Social dos trabalhadores (do setor público e do privado), hoje anunciado pelo primeiro-ministro, Mira Amaral considerou que se trata de "um aumento significativo, que é penalizador para os trabalhadores".
Na sua opinião, "é mais um imposto para os portugueses num contexto em que a carga fiscal está já muito elevada. A economia não aguenta mais impostos".
Já sobre a descida da contribuição das empresas para a Segurança Social, Mira Amaral afirmou que "pode ser positiva para as empresas produtoras de bens transacionáveis que competem nos mercados externos, mas também é chocante que as grandes empresas que não estão no setor dos bens transacionáveis, como a PT [Portugal Telecom] ou a EDP [Energias de Portugal], recebam uma ajuda que não precisam e que lhes vai aumentar os lucros".
Segundo o responsável, "isto não faz sentido e é injusto", face aos esforços que estão a ser pedidos aos trabalhadores.
No que toca ao combate ao desemprego, Mira Amaral defendeu que, se o Governo quer baixar a taxa, devia criar "um quadro de incentivos fiscais fortes para atrair empresas que queiram instalar-se em Portugal".
Isto, porque "o Governo não perde nada em dar insenções fiscais durante meia dúzia de anos a empresas estrangeiras, já que se as mesmas não vierem não recebe nada na mesma", salientou.
A retenção dos lucros nas empresas é outra das medidas que Mira Amaral acredita que poderia permitir uma diminuição do desemprego.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou hoje mais medidas de austeridade para 2013, incluindo os trabalhadores do setor privado, que, na prática, perderão um subsídio através do aumento da contribuição para a Segurança Social de 11 para 18 por cento.
Os funcionários públicos continuam com um dos subsídios suspensos (na totalidade nos rendimentos acima dos 1.100 euros/mensais e parcialmente acima dos 600 euros) e o outro é reposto de forma diluída nos 12 salários, que será depois retirado através do aumento da contribuição para a Segurança Social.
A contribuição das empresas passa dos atuais 23,75% para 18%.
Os pensionistas continuam sem subsídios de natal e férias.
Estas medidas estarão previstas no Orçamento do Estado de 2013 e visam compensar a suspensão dos subsídios de férias e de Natal em 2013 e 1014, "chumbada" pelo Tribunal Constitucional.
O Mira Amaral que diga qual o valor da sua reforma.
a verdade é esta. a maioria dos pensionistas compraram as suas reformas, ou seja, aumentaram nos últimos anos o valor quantitativo dos seus venciemntos e compraram nuitos anos de atividade, pagando á segurança social anos ficticios de trabalho.
Afinal, quem paga aos reformados e pensionistas. Somos nós.
Quantos pensionistas com reformas aos 40 e 50 qnos de idade.
caros amigos, os nossos credores já não nos fiam mais.
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Afinal na vida as coisa até são simples uma petiçao e já està.
Seria bom lembrar aos destraidos:
Um Governo Português a troco de 78 000 000 000 de euros assina um acordo garatindo que em 2013 o nosso orçamento ainda estaria no Vermelho mas "apenas" 3%
Seria bom lembrar aos destraidos:
Um Governo Português a troco de 78 000 000 000 de euros assina um acordo garatindo que em 2013 o nosso orçamento ainda estaria no Vermelho mas "apenas" 3%
PT_Trader Escreveu:Petição pública: Não a mais impostos
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Razao_Pura Escreveu:Só mais uma coisa, parece-me que estão a fazer tábua rasa da Contituição, que é a lei fundamental do nosso Estado de Direito. A constituição diz que tem que haver equidade nos sacrifícios para que haja justiça social.
Não percebo porque é que não se ensina a constituição aos miúdos nas escolas. Talvez formássemos melhores cidadãos e a nossa sociedade não fosse tão pouco participativa.
Concordo, e já agora ensinem também alguma economia e como funciona a democracia em Portugal, e os impostos falem disso tb! Há interesse político em que a população não esteja muito bem informada em certas matérias

Storgoff Escreveu:dfviegas Escreveu:
Se isto entrasse na cabeça do primeiro ministro
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/bBx2Y5HhplI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Excelente este video.
E, isto não é dito por um comunista...
Ao contrário, é dito por um grande capitalista.
Por sinal um liberal
O vídeo é de facto muito esclarecedor.
Mas, como tudo na vida, também não é perfeito. Na essência, o que ele diz é certo e é o que eu tenho vindo a defender. Contudo, apesar de quanto maior for o rendimento menor é o consumo relativo, a verdade é que muito desse dinheiro que não vai para consumo, vai para poupança. E como sabemos, o investimento é sobretudo financiado através da poupança, e o investimento também gera emprego.
Aplicado à nossa realidade, a desgraça é 2x pior, porque nem conseguimos poupar, e nem conseguimos consumir.
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Só mais uma coisa, parece-me que estão a fazer tábua rasa da Contituição, que é a lei fundamental do nosso Estado de Direito. A constituição diz que tem que haver equidade nos sacrifícios para que haja justiça social.
Não percebo porque é que não se ensina a constituição aos miúdos nas escolas. Talvez formássemos melhores cidadãos e a nossa sociedade não fosse tão pouco participativa.
Não percebo porque é que não se ensina a constituição aos miúdos nas escolas. Talvez formássemos melhores cidadãos e a nossa sociedade não fosse tão pouco participativa.
Trade the trend.
dfviegas Escreveu:
Se isto entrasse na cabeça do primeiro ministro
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/bBx2Y5HhplI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Excelente este video.
E, isto não é dito por um comunista...

Ao contrário, é dito por um grande capitalista.
Por sinal um liberal
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Ainda não percebi o porquê de aumentarem o IVA em todos os produtos relacionados com a produção de energia renovavel. Se querem substituir importações por produção nacional taxar por ex. paineis solares a 23% é muito estupido.
Aumentar a competividade por via de redução de salários é outra estupidez.
Gostaria antes de ver o seguinte:
Concursos publicos por central de compras para todo o Estado (camaras municipais, organismos, etc) para ser usado em todas as compras, mesmo todas, com regras bem claras e definidas para todos os concorrentes. Fim dos ajustes directos. O "ajuste directo" é o maior roubo em Portugal;
Criminalização da má gestão pública;
Gestores escolares/hospitalares/etc de carreira, que rodassem de 4 em 4 anos entre escolas. Gestão por objectivos. Fim de directores eleitos entre os seus pares. Prémios de produtividade;
Venda e reorganização de todas as empresas do Estado que dão prejuizos. Adeus tachos.
Aumentar a competividade por via de redução de salários é outra estupidez.
Gostaria antes de ver o seguinte:
Concursos publicos por central de compras para todo o Estado (camaras municipais, organismos, etc) para ser usado em todas as compras, mesmo todas, com regras bem claras e definidas para todos os concorrentes. Fim dos ajustes directos. O "ajuste directo" é o maior roubo em Portugal;
Criminalização da má gestão pública;
Gestores escolares/hospitalares/etc de carreira, que rodassem de 4 em 4 anos entre escolas. Gestão por objectivos. Fim de directores eleitos entre os seus pares. Prémios de produtividade;
Venda e reorganização de todas as empresas do Estado que dão prejuizos. Adeus tachos.
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