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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por migluso » 8/9/2012 23:50

AutoMech Escreveu:Além disso a constituição foi feita por políticos, apenas pode ser alterada por eles, eleitos pelas regras inscritas na própria constituição e convenientemente exigindo 2/3 para que se tenha a certeza de que nunca será mexida.


Resta-nos o federalismo... :wink:
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por Storgoff » 8/9/2012 23:48

AutoMech Escreveu:Migluso, a constituição foi feita há quase 40 anos, com cariz socialista e habilmente blindada para que não permita alternativas. Quem prometa governar de forma liberal está a mentir (ex. como é que um liberal pode prometer acabar com o serviço público de televisão se este, e muita outra tralha, está enfiado na própria constituição ?) .

Não é, por isso, de admirar que um país cuja constituição tem uma orientação socialista só produza governos socialistas.

Além disso a constituição foi feita por políticos, apenas pode ser alterada por eles, eleitos pelas regras inscritas na própria constituição e convenientemente exigindo 2/3 para que se tenha a certeza de que nunca será mexida.


Olhe que não!

Olhe que não!
:)

A constituição ja teve muitas revisões, algumas delas bem recentemente.
Já tem pouco a ver com essa constituição da assembleia constituinte de 1976.
Editado pela última vez por Storgoff em 8/9/2012 23:51, num total de 1 vez.
 
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Re: O TC e a falsa esperança

por Texano Bill » 8/9/2012 23:46

migluso Escreveu:A sério Banesco, não acredito nessa teoria da "constituição"...


Pois, a ter ocorrido soa mais a algo a que os apoiantes dos partidos do governo se possam agarrar para não se sentirem frustrados. :roll:

MarcoAntonio Escreveu:Em exacto, o PS praticamente não sobe e o PSD desce várias vezes aquilo que o PS sobe.

Ainda mais se olharmos para a soma do PSD e CDS que formam o governo e comparando-o com o que PS (praticamente não) recupera.


O PS está praticamente no mesmo nível que estava nas eleições. E que trambolhão do CDS :shock:

migluso Escreveu:Temos que aprofundar a democracia.

A Constituição deve obrigar ao cumprimento dos programas eleitorais.
Qualquer aumento de impostos deve estar previsto nos programas eleitorais.


Gostaria de acrescentar um facto: democracia =/= riqueza. Hoje em dia temos pessoas a comentarem a toda a hora que há um défice democrático, o que (em relação ao que temos desde 1974) não é verdade.

E atenção que um programa eleitoral não pode prever os imprevistos...
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Austeridade da Vergonha

por pepe7 » 8/9/2012 23:44

MarcoAntonio Escreveu:
gorgol Escreveu:É normal as tabelas alterarem. Elas são sempre uma estimativa. No ano seguinte é que se faz o acerto com todos os rendimentos.


Não é normal nem deixa de ser normal porque é ultra raro ocorrerem mexidas nos descontos sobre o vencimento bruto deste calibre e alterações da modalidade de pagamento dos vencimentos como a que está a ocorrer portanto o que escreves nem sequer faz sentido por não ter base de análise
(o mais "parecido" que ocorreu foi o corte de 2012 e não ocorreu nenhum ajuste específico, o que no caso até "beneficia" - se é que o termo se pode e deve utilizar neste contexto - ligeiramente os FPs porque eles não perderam a totalidade dos dois subsídios).[/quote]

Boas Caro MarcoAntonio,
Sim, perderam acima penso eu dos 1.100,00 euros, a partir do vencimentos base dos salários mais baixos que anda +-500,00 euros "pouco" perderam e quem tem vencimento base dentro 800,00 euros perdeu 1 subsídios, por progressivo +- acima dos 500,00 euros até limite dos 1.100,00 euros.
2013 são dois subsídios...Logo é ainda mais penalizador para que ganha menos na FP.

[/quote] O ajuste para reflectir esta alteração significativa ou vai ocorrer ou não vai ocorrer desta vez: se o ajuste ocorrer, o PM falou verdade; se não ocorrer, mentiu.[/quote]

Falta saber tal, vamos aguardar...Ma isto é cambada...Só não entendo se este ano não cortaram a todos os 2 subsídios...para o ano perdem todos os 2 subsídios, e o privado tb vai perder 1 subsidio...a decisão do Tribunal Constitucional em relação equidade...se a austeridade para 2013 for avante mesmo não estando dentro da equidade, o governo "agradece" a decisão anterior...Isto é de outro mundo...É triste e é uma Vergonha...:-(
Abraço
Boa noite

[/quote]É tão simples quanto isto e é escusado agora tentar pintar isto de outras formas...[/quote]
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por Automech » 8/9/2012 23:44

Migluso, a constituição foi feita há quase 40 anos, com cariz socialista e habilmente blindada para que não permita alternativas. Quem prometa governar de forma liberal está a mentir (ex. como é que um liberal pode prometer acabar com o serviço público de televisão se este, e muita outra tralha, está enfiado na própria constituição ?) .

Não é, por isso, de admirar que um país cuja constituição tem uma orientação socialista só produza governos socialistas.

Além disso a constituição foi feita por políticos, apenas pode ser alterada por eles, eleitos pelas regras inscritas na própria constituição e convenientemente exigindo 2/3 para que se tenha a certeza de que nunca será mexida.
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por Elias » 8/9/2012 23:41

Marco António: ainda assim há outras sondagens que dão resultados um pouco diferentes.

Ver por exemplo aqui:
http://expresso.sapo.pt/ps-a-um-ponto-do-psd=f747352
 
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Re: O TC e a falsa esperança

por migluso » 8/9/2012 23:36

PT_Trader Escreveu:
Mas isto dá que pensar... Que sistema será então o mais perfeito? Já que é de fácil conclusão que esta "democracia" em que vivemos não nos leva a lado nenhum.


Temos que aprofundar a democracia.

A Constituição deve obrigar ao cumprimento dos programas eleitorais.
Qualquer aumento de impostos deve estar previsto nos programas eleitorais.

Enquanto assim não for, dizer que a culpa é dos portugueses porque somos nós que elegemos os políticos e eles são o nosso espelho é uma grande falácia.

A única culpa que os portugueses têm é não exigir um aprofundamento democrático que passe por algo semelhante àquilo, nem que seja à força caso a via democrática nos seja impedida pelo sistema partidário instalado.

Já agora, qual a diferença entre uma ditadura moderna e uma antiga?!?!? (não é para responderes...)
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Re: O TC e a falsa esperança

por Elias » 8/9/2012 23:36

MarcoAntonio Escreveu:Em exacto, o PS praticamente não sobe e o PSD desce várias vezes aquilo que o PS sobe.

Ainda mais se olharmos para a soma do PSD e CDS que formam o governo e comparando-o com o que PS (praticamente não) recupera.


Correcto, de facto a subida do PS é muito ligeira.

MarcoAntonio Escreveu:o PS continua afinal bem próximo de mínimos que são históricos!


Isto é que não é exactamente verdade. Estando o PS nos 30% está ainda consideravelmente acima dos seus mínimos históricos que foram de 20,7% (em 1985), seguidos de 22% (em 1987).
 
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por Storgoff » 8/9/2012 23:33

Dialmedia Escreveu:
Storgoff Escreveu:
Dialmedia Escreveu:De facto fazendo melhor as contas o corte é muito superior aos 7%, senão vejamos, tendo um salário bruto de 1.500 e descontando 15% para IRS e 11% para SS, esta pessoa receberia líquidos 1.110€, com o aumento da SS para 18% passa a receber 1.005€.

O corte na realidade foi de cerca de 9,5% do rendimento mensal líquido e os 105€ de diferença no final do ano correspondem a 1.470€, equivalente a 133% do rendimento anterior, mais do que um subsídio como é dito na comunicação social. Quanto maiores forem os descontos para IRS, maior será este impacto, ou seja, só quem não deduz IRS é que terá o impacto de 7%, a partir daí é sempre a subir, sendo que na prática este aumento de imposto acaba por ser minimamente progressivo.

Ninguém planeia o orçamento familiar com base no salário bruto mas sim no salário que cai na conta bancária, pelo que esta é a análise correcta a ter em mente na minha opinião.

Cumps.


Essas contas são falaciosas

Deve sempre trabalhar sobre o rendimento bruto.
Porque a questaõ do IRS varia de contribuinte para contribuinte e só no ano seguinte é feito o acerto.


Há no entanto um problema para os salarios mais baixos que não esgotam completamente a dedução especifica ( parcela sempre maior ou igual aos descontos p a SS) e esses sim vão ser mais penalizados mesmo depois do acerto do IRS


Na verdade as contas falaciosas são as que estão a ser transmitidas pelo Governo e pelos media dando a ideia que o corte é de 7% e portanto vou receber 7% menos, o que não é correcto.

Como eu referi, ninguém faz o planeamento familiar com base no rendimento bruto mas sim no líquido, e este aumento da SS para a grande maioria dos trabalhores implica na prática um corte superior a 7% no dinheiro que levam para casa conforme as contas que descrevi no post anterior.

A questão do acerto no IRS que levantaste na minha opinião não é relevante por duas razões, primeira porque em 2013 serão muito poucos os contribuintes que irão receber o que adiantaram durante o ano na totalidade, e segundo porque ainda assim, esse facto não altera o raciocínio que apresentei atrás.

Cumps.


Sim tens razão há de facto uma distorção como as retenções são feitas.
Apesar dos 7% incidirem sobre o bruto ,o impacto é pior do que se tu tivesses efectivamente uma redução de 7% do salario bruto logo à cabeça mantendo a taxa para a SS como esta nos 11%.

Neste ultimo caso as restantes taxas incidiam sobre um salario bruto menor .

Mas cuidado este problema só é valido para quem descontar para a segurança social menos do que a dedução especifica.
Para os outros o que descontam para a SS será deduzido directamente ao rendimento bruto para ai sim determinar o rendimento colectavel.

Eles para implementarem esta medida, caso não haja agravamento dos escaloes de IRS vão ter de reduzir a retenção na fonte e portanto o problema que falaste pode ja não se manifestar.


De qualquer forma este é so mais um exemplo de como os salarios mais baixos vão sofrer muito mais.
A menos que aumente a dedução especifica para compensar

Este governo já é conhecido como o Robin dos bosques mas ao contrario
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Re: O TC e a falsa esperança

por MarcoAntonio » 8/9/2012 23:28

Elias Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Em suma, isto é um roubo.


Pois é.

O que é engraçado é que entretanto o PSD vai descendo nas sondagens e o PS vai subindo.

Parece que a memória do que se passou há um ano e meio já se desvaneceu...


Em exacto, o PS praticamente não sobe e o PSD desce várias vezes aquilo que o PS sobe.

Ainda mais se olharmos para a soma do PSD e CDS que formam o governo e comparando-o com o que PS (praticamente não) recupera.



O que se parece portanto desvanecer não é exactamente a memória - o PS continua afinal bem próximo de mínimos que são históricos! - mas sim a noção de que os partidos são "diferentes" e um é o "problema" e outro é a "solução".



Aqui fica o gráfico que o ilustra bem, a fonte é o site Margens de Erro:

Imagem
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: O TC e a falsa esperança

por PT_Trader » 8/9/2012 23:27

Elias Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Em suma, isto é um roubo.


Pois é.

O que é engraçado é que entretanto o PSD vai descendo nas sondagens e o PS vai subindo.

Parece que a memória do que se passou há um ano e meio já se desvaneceu...


Exacto.

Mas isto dá que pensar... Que sistema será então o mais perfeito? Já que é de fácil conclusão que esta "democracia" em que vivemos não nos leva a lado nenhum.

Teremos que optar por criminalizar os políticos por gestão danosa?
Aumentar as legislaturas para se tomar medidas a mais longo prazo (esta seria a minha medida)?
Passar para uma ditadura moderna?!
 
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Re: O TC e a falsa esperança

por migluso » 8/9/2012 23:25

PT_Trader Escreveu: A gestão de expectativas é um dos pontos mais importantes para os agentes económicos. Se cortassem directamente num subsídio, as pessoas sabiam que era esse subsídio e ponto. Agora com este aumento da SS para 18%, tu não vislumbras facilmente que volte a baixar para 11%, ie, é muito mais duro do que cortar um subsídio, já que vai ter impacto durante um período incerto e indeterminado.


Concordo contigo neste ponto.
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Re: O TC e a falsa esperança

por Elias » 8/9/2012 23:21

PT_Trader Escreveu:Em suma, isto é um roubo.


Pois é.

O que é engraçado é que entretanto o PSD vai descendo nas sondagens e o PS vai subindo.

Parece que a memória do que se passou há um ano e meio já se desvaneceu...
 
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Re: O TC e a falsa esperança

por migluso » 8/9/2012 23:21

Banesco Escreveu:
migluso Escreveu:Em minha opinião, e apesar de estas serem de facto medidas muito muito duras, hoje há na sociedade portuguesa uma revolta acrescida provocada pela decisão do Tribunal Constitucional.
(...)


O TC foi usado como uma conveniente desculpa para o governo estender o corte dos subsídios aos privados. Porque é que ninguém se lembra que os juízes do TC são nomeados pelos políticos?

Foi uma bela jogada, se bem que acho que o TC não absorveu tanto impacto como o governo desejava.


Se era essa a intenção, a percepção que eu tenho é que lhes saiu o tiro pela culatra.

A sério Banesco, não acredito nessa teoria da "constituição"...

EDIT - o tiro pela culatra na questão das expectativas. De resto, até estão a ir buscar mais do que inicialmente previsto.
Editado pela última vez por migluso em 8/9/2012 23:22, num total de 1 vez.
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por setas » 8/9/2012 23:20

Queriam alterar a Constituição.

Como não conseguiram ... Pisam-na e passam por cima dela limpando os sapatos

Quando não houver Cosntituição não somos mais um País. Não precisamos nem de deputados nem de PRS nem nada .
Nem de espertos como este :

O economista e ex-dirigente do PSD António Borges, conselheiro do Governo para as parcerias público-privadas, defendeu, esta sexta-feira, em entrevista à Económico TV, que diminuir os salários não é uma política mas "uma urgência" e acusou o Estado de ser "um mau gestor".




António Borges disse a noite passada que houve um mal entendido sobre o que disse nas últimas semanas porque jamais defendeu para Portugal uma economia assente em salários baixos.

No programa «Prós e Contras», da RTP, o conselheiro do Governo explicou que «ninguém pode ser a favor de um país de gente pobre, onde não se ganha bem a vida. O nosso futuro não é esse, nem nenhuma política pode ser baseada nesse argumento», explicou.
 
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Re: O TC e a falsa esperança

por PT_Trader » 8/9/2012 23:14

migluso Escreveu:Ora, a verdade é que não estou a ver alternativas, dentro do euro, que nos permitam cumprir os objectivos do memorando (e com isto não quero garantir que o consigamos fazer com estas medidas. Não é possível sabê-lo).


A questão aqui é que a maioria deste dinheiro que os contribuintes vão passar a desembolsar nem sequer vão para os cofres do Estado. Se este montante fosse todo para o Estado aí até ajudava e bem a reduzir o défice. Agora assim, nem o Estado vai reduzir o défice, nem as empresas vão fazer grande proveito desta medida. Considerando todos os intervenientes, beneficiados e prejudicadas, certamente que o resultado geral será bem negativo.

Quanto à questão de irem ao bolso do privado - eu preferia de longe que tirassem directamente um subsídio através de uma taxa extraordinária, como fizeram no Natal do ano passado. Agora esta medida, é muito pior, porque em muitos casos vai dar mais que um salário (vide contas do Negócios), e a SS incide sobre outras coisas como horas extras. Para além disto, vai criar um problema de liquidez às pessoas que têm o dinheiro todo contado mês a mês, para as suas despesas e que se vão ter que adaptar abruptamente a gerir o dinheiro dos subsídios.

Depois, como tu referes e bem, isto também é tudo uma questão de expectativas. A gestão de expectativas é um dos pontos mais importantes para os agentes económicos. Se cortassem directamente num subsídio, as pessoas sabiam que era esse subsídio e ponto. Agora com este aumento da SS para 18%, tu não vislumbras facilmente que volte a baixar para 11%, ie, é muito mais duro do que cortar um subsídio, já que vai ter impacto durante um período incerto e indeterminado.

Em suma, isto é um roubo.
 
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Re: O TC e a falsa esperança

por Texano Bill » 8/9/2012 23:12

migluso Escreveu:Em minha opinião, e apesar de estas serem de facto medidas muito muito duras, hoje há na sociedade portuguesa uma revolta acrescida provocada pela decisão do Tribunal Constitucional.
(...)


O TC foi usado como uma conveniente desculpa para o governo estender o corte dos subsídios aos privados. Porque é que ninguém se lembra que os juízes do TC são nomeados pelos políticos?

Foi uma bela jogada, se bem que acho que o TC não absorveu tanto impacto como o governo desejava.
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O TC e a falsa esperança

por migluso » 8/9/2012 22:58

Em minha opinião, e apesar de estas serem de facto medidas muito muito duras, hoje há na sociedade portuguesa uma revolta acrescida provocada pela decisão do Tribunal Constitucional.

Passo a explicar.

Os funcionários públicos e reformados tinham já "interiorizado" que lhes iriam ser retirados os dois subsídios em 2012 e 2013. Houve contestação é um facto, mas essa informação já estava assimilada e a medida mais ou menos aceite.

Os trabalhadores do privado, e aqui deduzo com base apenas em conversas pessoais, já estavam mais ou menos convencidos que mais tarde ou mais cedo também lhes iria tocar pelo menos um dos subsídios.

Boas ou más, estas eram as expectativas das pessoas.

A decisão do TC veio alterar, confundir e criar falsas expectativas às pessoas.

As pessoas ficaram convencidas que afinal as medidas não iriam ser tão duras como as que tinham sido anunciadas e que já estavam assimiladas por elas.

Ora, a verdade é que não estou a ver alternativas, dentro do euro, que nos permitam cumprir os objectivos do memorando (e com isto não quero garantir que o consigamos fazer com estas medidas. Não é possível sabê-lo).

O governo pode e deve (e já vai tarde) cortar em organismos públicos, limitar ao máximo os subsídios aos privados, acelerar e alargar o ritmo das privatizações, tributar o património dos mais ricos e ser mais agressivo na renegociação das PPP e rendas do sector energético.

Espero sinceramente que algumas daquelas medidas sejam anunciadas muito em breve, apesar dos danos causados na opinião pública serem já irreparáveis.

Mas tudo aquilo não iria chegar. Pelas razões que já referi e que são o ajustamento mais rápido no sector privado (menos consumo, menos importações, o que é positivo para o equilíbrio com o exterior (menos juros o sector privado pagará ao exterior no futuro) mas negativo para as receitas do Estado) e uma conjuntura externa cuja tendência de crescimento é agora negativa.

Mais uma vez, pois para mim é uma questão muito muito importante.

Esta taxa de 18% devia ser um segundo escalão, do tipo, apenas os rendimentos acima do salário mínimo seriam sujeitos a esta taxa, mantendo-se os 11% para os primeiros 485€.
O Passos Coelho devia ter anunciado um tributação especial sobre o património que exceda por exemplo 1 milhão de euros.

Mas volto a repetir, para frisar a ideia que queria transmitir neste post: apesar de na forma ser diferente, na minha opinião os portugueses já tinham assimilado e aceite algo que iria acabar por ter um resultado final semelhante no nosso rendimento líquido anual em 2013.

Foi o Tribunal Constitucional que baralhou as expectativas dos portugueses, deu-nos falsas esperanças.

Quando a vida já está tão dura, brincar com as expectativas e dar falsas esperanças torna as coisas ainda mais difíceis de aceitar.
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por cbslbstr » 8/9/2012 22:52

Auditor Escreveu:Vamos rezar para que o TC chumbe esta medida.
Primeiro, o Governo transmitirá os detalhes e consegue aplicar a medida, depois, lá para 2014, o TC chumba mas diz que como 2013 já passou e OE2014 está feito, o chumbo só se aplicará de 2015 em diante. Mas nessa altura, os cortes já vão em mais de 3 ordenados. Carrega PPC :twisted:
 
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Não sei se já foi colocado aqui

por pepe7 » 8/9/2012 22:49

mcarvalho Escreveu:in jneg

PRIVADOS PODEM AFINAL PERDER ATÉ DOIS SALÁRIOS LÍQUIDOS, FUNÇÃO PÚBLICA PERDE ATÉ TRÊS

08/09/2012

O aumento da taxa social única é de 7 pontos percentuais, passando de 11 para 18%. Mas a perda no rendimento que se leva para casa (o salário líquido), será superior a 7% logo a partir de salários brutos da ordem dos mil euros.

Todos, funcionários públicos e trabalhadores no sector privado, vão ter uma redução no seu rendimento em 2013 que será superior ao corte de um dos subsídios e, nalguns casos, será de dois subsídios. Mais, portanto, do que foi desde ontem noticiado.

Os funcionários públicos, como sofrem ainda o efeito da mudança de escalão de IRS por diluição de um dos subsídios, vão perder mais do que o equivalente a dois subsídios.

Em causa está uma conta: o aumento dos sete pontos percentuais incide sobre o salário bruto, sendo descontado na totalidade ao salário líquido. Quanto mais alto é o salário, maior é percentualmente o desconto face ao salário líquido. Assim será a não ser que a proposta apresentada pelo primeiro-ministro seja alterada. Tal como está, ela ainda pior do que parece para os trabalhadores portugueses.

Faça você mesmo
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho anunciou na sexta-feira, dia 6 de Setembro, que “o Governo decidiu aumentar a contribuição para a Segurança Social exigida aos trabalhadores do sector privado para 18%”. A actual taxa é de 11%. Em contrapartida, anunciou o primeiro-ministro, isso permitirá “descer a contribuição exigida às empresas também para 18%”.

Em termos brutos, o agravamento da taxa corresponde a uma redução de 7%. Mas, em termos líquidos, quanto maior for o salário, maior é o corte, atingindo-se muito rapidamente, à medida que os salários sobem, uma redução no rendimento equivalente a dois salários.

Contactado o Ministério das Finanças para comentar esta notícia, o gabinete de Vítor Gaspar preferiu não comentar.

O Negócios fez uma simulação (ver uma tabela em baixo) para um contribuinte casado, dois titulares e com dois dependentes – simplificadamente, um casal que trabalham os dois e com dois filhos. Veja aqui os resultados de forma simplificada:

Salário mensal de 1000 euros brutos
A perda de rendimento líquido ultrapassa o equivalente a um salário líquido logo a partir dos mil euros de salário bruto, o que atinge pessoas que levam para casa, neste momento, cerca de 800 euros. Neste caso passa a receber 730 euros, mantendo-se as actuais taxas de IRS, o que corresponde a um corte de 8,8%.

Salário mensal de 2000 euros brutos já perde mais de um salário e meio
Com este salário já se perde mais do que um subsídio e meio, em termos líquidos. Quem está a receber cerca de 1400 euros (ou seja, ganha cerca de dois mil euros brutos), vai deixar de receber 10% do seu rendimento mensal o que corresponde a perder mais de um salário e meio em termos anuais.

Salário mensal de 3000 euros brutos perde 10,9%
Um salário bruto de três mil euros para um casal com dois titulares e dois dependentes verá o seu rendimento líquido mensal cortado em 10,9% - perda mensal de 210 euros por aumento da taxa social única -, o que corresponde, em termos anuais, a cortar 1,7 subsídios. A perda anual é de 2.940 euros.

A partir dos 7 mil euros brutos, desaparecem dois salários
A redução no rendimento que se leva para casa atinge os 14%, ou seja, o equivalente aos dois subsídios, de férias e de Natal, a partir de salários brutos de sete mil euros ou líquidos da ordem dos 3.900 euros.

A promoção do emprego é o objectivo que o Governo pretende atingir com esta medida, por via da redução dos custos salariais. Além disso, esta medida tem como objectivo respeitar o quadro constitucional, na sequência da decisão do Tribunal. “O que propomos é um contributo equitativo, um esforço de todos por um objectivo comum, como exige o Tribunal Constitucional. Mas um contributo equitativo e um esforço comum que nos levem em conjunto para cima, e não uma falsa e cega igualdade que nos arraste a todos para baixo”.

Na simulação efectuada para um titular não casado e sem dependentes, os resultados são semelhantes (ver segunda tabela em baixo).

De salientar que as simulações efectuadas pelo Negócios, para trabalhadores do sector privado, não contempla o subsídio de refeição (grande parte é isenta do pagamento de IRS e Segurança Social) e utiliza as taxas de IRS em vigor este ano, uma vez que as tabelas de retenção na fonte para 2013 não são ainda conhecidas.

Boas mcarvalho,
Muito bem, mais informação importante.

Nota ainda que as simulações não contemplam o crédito fiscal que o primeiro-ministro anunciou para os rendimentos mais baixos, mas não detalhou.


Pois é importante que esclareçam bem está questão..de resto é triste tudo isto...VERGONHA
É o Povo mais pobre é que sobre mais...:-(
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por jabreu3 » 8/9/2012 22:41

Isto com o PS e PSD não vai lá.

Isto vai estalar e espero que apertem os calos a estes ladrões. Tanto do PS como do PSD. Pendurem 2 ou 3.. Passam a vida a roubar o país e ainda lhes sobra tempo.

Isto passa pelo um movimento da sociedade civil que crie um ou novos partidos.
 
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Re: Coragem do PM

por db7 » 8/9/2012 22:37

gorgol Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
gorgol Escreveu:
Cada um pode ter a sua opinião, que respeito e olhando para a Irlanda, Grécia e Espanha, já todos meteram o rabo entre as pernas. Em Espanha a policia deu umas fogachadas nos mineiros e acabou-se a brincadeira.

Aqui foram uma bastonadas no Chiado e o teste ficou feito.



Ainda bem que corroboras que as medidas são afinal fáceis. Onde é que estavas com a cabeça quando disseste que eram difíceis e requeriam coragem, confessa lá?

Ou era da coragem dos agentes de segurança pública que estavas a falar, é que o texto dava a entender que a coragem era do PM mas se estavas a falar dos agentes de segurança pública está tudo esclarecido.


Não mudei de opinião. A coragem está ver-se pelas reações. A estabilidade politica é que permite o atuar das forças. Se não estiver certo rapidamente as forças de segurança deixam de ter valor. As forças são apenas um tempo para os politicos se entenderem.

Eu acho que está certo e vou explicar porquê:

Perguntemos às pessoas - querem saúde pública ou corte um vencimento?

Querem escolas públicas ou uma redução no IRS

Se formos quantificando o valor dos serviços públicos e Estado social, e qual a alternativa de troca em termos monetários, verificaremos o que as pessoas preferem.

Agora sol na eira e chuva no nabal só no céu (para quem acredita).

Lá no fundo as pessoas (maioria) já percebeu onde está a melhor alternativa:

Gritar, opinar, desabafar - mas amoxar.

Amoxar? LOL no comments

Quanto investimento e que Portugal vai conseguir atrair? Muito pouco ou quase nenhum. Ainda não conseguimos competir com os chinocas... mas com este governo mais dia menos dia seremos certamente competitivos.:twisted:

Portugal a nova China da Europa.
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por ferreira10 » 8/9/2012 22:36

As novas medidas de austeridade representam um aumento brutal de impostos que nem o ordenado mínimo deixa de fora.Se era para estender de forma equitativa o corte dos dois subsídios feito no «público» por toda a população,de modo a responder ao chumbo do tribunal constitucional, que o fizessem.Embora permanecesse o mesmo problema de equidade.Agora por outros motivos.Mas vá lá; que fosse em nome do aclamado ganho de confiança entretanto conseguido junto dos investidores institucionais.

No entanto, os últimos dados económicos conhecidos enviaram sinais de que a corda já estava esticada em demasia.Sinal de que algumas mais valias entretanto conseguidas, estavam em vias de ser perdidas; uma retracção excessiva do consumo interno e um resfriar dessa bandeira que todos acenam:as exportações.


Os investidores internacionais já tinham alargado o cerco; cientes de que a excessiva austeridade poderia fazer morrer o naufrago na praia.Exactamente como parece ter acontecido, em parte, com a Grécia.


Havia muitos avisos à navegação; vindos de todos os lados.Não obstante, é feito este erro monumental;aumentar ainda mais a austeridade!Secando ainda mais a economia interna.

Há um ponto de não retorno; momento no qual se gera um clique!Tenho a impressão de que esse clique se gerou por via desta medida; o qual, levará ao fuzilamento deste governo na praça publica.

Votei nestes indivíduos e já me passei para o outro lado da barricada.Não vejo, no entanto, outra alternativa politica credível.A palavra de ordem é atacar esta governação.Na esperança de que os ataques desferidos lhes aclarem as ideias.

A ideia de que que se pode carregar de forma indiscriminada no "lombo dos Portugueses", usando as palavras do próprio Passos, e fazê-los passar pelo calvário de suportar indivíduos como o Relvas; individuo que representa exactamente o oposto daquilo que é pedido aos Portugueses; esforço e sacrifício; só porque é um amigo do coração que ele não pode perder, encerram em si muita prepotência.É como se nos dissesse; tomai lá umas verduadas e para terminar levai ainda pelas ventas acima com o Relvas. Relvas, individuo que foi o ministro que mais assessores nomeou.Alguns dos cancros que sugam o contribuinte estão no ministério do Relvas; a RTP e a administração local.

É bom recordar que a «tão inactiva» e apelidada de preguiçosa, a Grécia, teve a coragem de fazer a fusão de Câmaras municipais.Aqui não se fazem porque se percepciona que levaria a uma grande contestação das populações locais.O que é isto senão cobardia?Na RTP mandam-se uns bitaites para o ar; para se sondar a opinião publica; de modo a proteger o corpo das balas.Enquanto isso os contribuintes são sugados diariamente mercê da inacção deste crápula.Diz que está a estudar; tivesse ele estudado em tempo oportuno e brindaria os Portugueses com decisões rápidas em tempo útil.Caso não tivesse sido cabula talvez não precisasse de tantos assessores que oneram os cofres públicos.

Redução dos deputados; outra prepotência de Passos.Dado que tem sido pressionado a avançar com medidas nesse sentido; fazendo jus ao programa de governo do PSD, e ao duedo à desgarrada que teve no debate com Portas.Debate no qual se adiantavam um ao outro nas propostas cada vez mais arrojadas de redução de deputados.Passos passaria pelos pingos da chuva das medidas difíceis se fosse assertivo.Ninguém compreende que se peçam sacrifícios e mais sacrifícios aos Portugueses, e se continue a manter um numero desproporcionado de deputados para a dimensão do pais que temos.
Para muita gente, os deputados representam a liderança obscena do pais.A legião de indivíduos que não obstante ser em grande numero, não evitou que o pais chegasse à situação a que chegou. Indivíduos que se gladiam entre si com propostas demagógicas, mentiras,estratégias politicas alheias aos interesses do pais.Esses sim! Toda a gente clama; devem ser «cortados». Não obstante, ele dá primazia sistemática,ao que é mais fácil; aumento de impostos.Cacetada sobre aqueles em que é mais fácil mandar a cacetada.

Há medidas que têm um efeito desprezível para os cofres públicos; mas têm um efeito psicológico gigante ao nível da percepção da distribuição dos sacrifícios.

Ser casmurro é um defeito.E tem um preço!As pessoas tocam viola, de forma prepotente, se mostrarem em outras rubricas que não aquela do aumento dos impostos,coragem e determinação.
Editado pela última vez por ferreira10 em 8/9/2012 22:41, num total de 1 vez.
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por LFA1 » 8/9/2012 22:34

Nesta altura penso que em cima da mesa estão, pelo menos, as seguintes questões:

1º - O aumento das contribuições para a segurança social é permanente ou transitório?

Na comunicação efectuada o PPC não esclareceu este facto. Por outro lado, hoje o Mota Soares quando foi interrogado sobre isto escusou-se a responder.
Manda a lógica que este aumento apenas possa vigorar enquanto vigorar o corte de, pelo menos, um subsídio para os pensionistas. Ou seja, se o corte dos dois subsídios é temporário para os pensionistas (como tem sido repetidamente afirmado por força daquilo que o TC já afirmou a este propósito), isto significa que quando ele acabar e os dois subsídios forem repostos (com o que isto tem de incerto) então não poderá subsistir este aumento de contribuições para a SS, sob pena de mais uma flagrante violação do princípio da igualdade. Claro que nos tempos que correm a lógica é uma batata. A ver vamos.

2º - Qual o montante do crédito fiscal referido pelo PPC e a partir de que rendimentos se vai aplicar?

Outra questão ainda por esclarecer. Não se conhecem quais os montantes do crédito fiscal destinado a compensar os mais carenciados com este aumento para a SS, nem o limite remuneratório a partir do qual tal crédito se aplica.

3º - Um jogo suicida?

Resulta evidente para qualquer jurista que estas medidas violam frontalmente o Ac. do TC que declarou inconstitucional o corte dos subsídios aos FPs este ano. Veja-se o que a este propósito já vieram dizer Jorge Bacelar Gouveia e Jorge Miranda.
Assim sendo, aquilo que se perspectiva será um chumbo destas medidas pelo TC logo que o mesmo seja chamado a pronunciar-se sobre as mesmas. Desta vez, contudo, não haverá qualquer motivo para conceder as benesses deste ano, ou seja, o diferimento dos efeitos da decisão para o ano seguinte, sendo praticamente certo que os efeitos retroagirão à data de entrada em vigor de tal norma. Nessa altura, o governo terá então de encontrar outras soluções já com o ano a decorrer, naquilo que pode vir a constituir-se como um jogo muito perigoso...
 
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por jabreu3 » 8/9/2012 22:31

É aproveitar os incendios e assar o Coelho.

É fazer-lhe o que fizeram ao Kadafi.
 
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