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Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho anuncia às 19h15 novas medidas de austeridade

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MarcoAntonio » 7/9/2012 23:52

Elias, não sei se estás a seguir os posts e a entender o que está a ser dito. É que a notícia que colocas, assim a cru só alimenta precisamente o equívoco que estou a desfazer...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Automech » 7/9/2012 23:52

migluso Escreveu:Mas como é possível ir mais longe neste país, quando para as mentes avançadas até uma redução de 5pp é vista como uma benesse para os empresários ("o capital")????


Eu sou insuspeito para dizer isto, mas nunca devia ter sido feita nestes moldes. Uma medida destas (redução das empresas) anunciada ao mesmo tempo que uma subida para os funcionários é percecionada como uma transferência directa dos funcionários para a sua empresa.

E, sem que haja discriminação das empresas, parece-me que o efeito da descida é praticamente nulo em determinadas empresas de bens não transaccionáveis (sinceramente não sei como é que se pode discriminar positivamente as empresas que interessam, a não ser as exportadoras, essas sim seria mais fácil).
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por Elias » 7/9/2012 23:51

MarcoAntonio Escreveu:mais de 90% dos FPs não auferem 1400 (nem 1510)


Já agora...


Salário médio da função pública nos 1.532 euros, 2.071 no MNE

16 de Agosto, 2012

Os funcionários da Administração Central do Estado ganhavam em Abril, em média, 1.532,5 euros de vencimento base mensal, com os trabalhadores do Ministério dos Negócios Estrangeiros a serem o mais bem pagos, foi hoje divulgado.

De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público, se se adicionar à remuneração base dos trabalhadores da Administração Central, que representam 75 por cento do total de funcionários públicos, o pagamento de subsídios, suplementos e prémios, o salário médio sobe para os 1.754 euros brutos (ganho médio mensal).

Os Negócios Estrangeiros surgem como o ministério mais bem pago, com uma média de vencimentos base de 2.071,6 euros, seguido das Finanças com 1.710,8 euros e Educação e Ciência com 1.647,5 euros.

Comparando os valores de Abril deste ano com os de Outubro do ano passado, o vencimento base dos funcionários públicos da Administração Central caiu 0,5 por cento e o ganho médio mensal caiu 0,6 por cento.

No conjunto das Administrações Públicas (Administração Central e Administração Regional e Local), o salário médio mensal registado em Abril era de 1.394,4 euros, enquanto o ganho médio mensal era de 1.578,2 euros.

A publicação trimestral da Síntese Estatística do Emprego Público traduz um compromisso do Governo assumido no Programa de Assistência Económica e Financeira.

Lusa / SOL
 
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por alexandre7ias » 7/9/2012 23:51

Novas medidas comentadas por Nicolau Santos
Para o ano será pior (Este texto será publicado na edição de 8 de Setembro do Expresso)
NICOLAU SANTOS, DIRETOR ADJUNTO DO EXPRESSO

O que levou o primeiro-ministro a anunciar novas medidas de austeridade para 2013 quando na próxima semana serão conhecidas os resultados da quinta avaliação da troika ao memorando de entendimento que o país assinou? A resposta só pode ser uma: a troika vai aceitar a derrapagem do défice orçamental este ano (5,3% contra os 4,5% definidos) mas vai manter o objetivo de 3% em 2013. E isso quer dizer outra coisa: a austeridade será mais pesada no próximo ano mas, ao contrário do que pediu o Presidente da República, agravará as desigualdades. Com efeito, em 2013, os funcionários públicos ficam sem dois subsídios e os trabalhadores do setor privado sem um. É o caminho para nunca mais existirem. Em contrapartida, as empresas tem a sua tesourariao aliviada em €2100 milhões de contribuições para a Segurança Social. Espera assim o primeiro-ministro que o setor privado consiga, por esta via, contribuir para combater o flagelo do desemprego. É muito pouco provável. Com estas medidas, a procura interna vai afundar-se ainda mais no próximo ano. As empresas venderão menos - e quando muito manterão os atuais postos de trabalho. Seguramente que não investirão nem contrarão mais gente. Tentarão sobretudo sobreviver até passar o mau tempo. Quem ganhará serão as empresas exportadoras, que ficam com margem para tornar os seus produtos mais competitivos. Mas a recuperação da economia e o combate ao desemprego não podem assentar apenas em 18.000 empresas exportadoras.

O atual colapso da economia portuguesa não é apenas resultado de erros acumulados no passado. Resulta tambem da orientação económica que tem vindo a ser seguida. As medidas ontem anunciadas insistem no mesmo caminho. É pouco inteligente pensar que os resultados serão diferentes.

07 de setembro às 21:32
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por bogos » 7/9/2012 23:50

Banesco Escreveu:
ppbogos Escreveu:Eliminem os impostos sobre o rendimento.

Aumentem os impostos sobre o património imobiliário acima dos 250.000 €.

Quem ganhar mais, consumirá mais, comprará mais, pagará mais imposto.
Deixem de mimar os milionários carago. Este país é muito pior que os estados unidos nos mimos aos meninos.


Portanto propões que se eliminem os impostos sobre o rendimento como forma de melhor taxar os milionários?

E podes ter património imobiliário > 250k € e não seres rico, basta viveres há bastantes anos numa zona que entretanto valorizou.

E nos Estados Unidos é mais fácil chegares a milionário que cá, vê quantos ricos de lá são self-made men.

:roll:


eheherhe....
é engraçado que o estado considera rico acima de 100.000. Porque não 250.000 para milionário?

A questão não é essa.
Enquanto desvalorizarem a variavel "força de trabalho" pela via fiscal, o sistema está completamente pervertido.

O que se deve taxar é aquilo que cada um de nós consome, quer seja em bens e serviços, quer seja em património.

Inventem o que quiserem....Enquanto aplicarem estas formulas estamos sempre na mesma treta.... Aqui enquanto o factor trabalho for desvalorizado e taxado forte e feio, estaremos sempre condenados à miséria.

O capital por si só não se mexe. É o ser humano que o faz movimentar com a força do trabalho. Ele contribuirá para a sociedade na medida do seu consumo.
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por PT_Trader » 7/9/2012 23:50

@ Carrancho,

No Expresso referem que os profissionais liberais escapam à austeridade.
 
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por MarcoAntonio » 7/9/2012 23:47

pedrooa Escreveu:O vencimento mensal médio na FP é de 1400 euros, mas sei que jardineiros ganham 485 euros.


Não se pode misturar vencimento médio mensal com a tabela, isso é extender o artifício localizado a toda a gente.

Mesmo que o vencimento médio da função pública seja 1400 euros, mais de 90% dos FPs não auferem 1400 (nem 1510) e o que acontece naquela franja entre 1500 a 1554 pela regra dos 3.5%+ não se aplica em todos os outros vencimentos (abaixo de 1500 a percentagem não muda e é zero; entre 1554 e 2000 também não muda e é 3.5%; acima de 2000 muda mas é de uma forma muito mais suave do que entre 1500 e 1554).

E depois, se este Governo tiver um mínimo de honestidade, corrige a tabela para reflectir a forma diferente de pagar os subsídios ou salários (que deixou de ser em 14x para passar a ser em 12x). É desonesto se o Governo tenciona fazer subir de escalão os trabalhadores só porque mudou a forma (as datas) como paga uma coisa e em quantas mensalidades o paga.

Portanto, aquilo pode nem acontecer até para o caso que utilizaste. Mas por isso não ponho as mãos no fogo... cruzes credo se fosse confiar na honestidade ainda ficava esturricado!
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 7/9/2012 23:50, num total de 1 vez.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por bazofio » 7/9/2012 23:47

Nestas alturas aparecem os pseudo intelectuais, aqueles que conseguem ver para além do comum dos mortais. Aqueles que agora vomitam tentativas de mostrar que compreendem estas e outras medidas tomadas pelo governo no sentido de retirar o país da grave crise em que foi mergulhado por esta malfadada geração politica que existe neste país.
A esses iluminados apenas lhes peço que me mostrem, a mim e aos outros foristas que como eu não entendem este rumo em execução, um exemplo prático de onde este tipo de espiral de austeridade deu algum tipo de resultado?
 
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por migluso » 7/9/2012 23:46

ppbogos Escreveu:
Mas o nosso tecido empresarial é micro e corresponde à a tasca da Tia Lurdes!!!!

Gente mesmo sem sentido de economia.


Pois, mas a gente de mentalidade avançada é contra as grandes empresas carago...

Como ficamos afinal???

Queremos ser competitivos para atrairmos grandes empresas ou não?

Não é apenas com esta medida de redução da taxa da SS para as empresas que o país atrai IDE. Nada disso.

Mas como é possível ir mais longe neste país, quando para as mentes avançadas até uma redução de 5pp é vista como uma benesse para os empresários ("o capital")????
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por pedrooa » 7/9/2012 23:45

Até quando dura este Governo?
Votação do OE?
Autarquicas 2013?
 
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por pedrooa » 7/9/2012 23:44

MarcoAntonio Escreveu:
pedrooa Escreveu:Quem ganha 1510, passa para 1500 euros. É o que se faz na FP.


Pedroaa, eu já respondi acima mas aqui vai novamente: tu não podes alegar que na função pública vai ser assim ou assado e depois escolher um vencimento específico onde pode acontecer uma determinada coisa e onde esse efeito é (praticamente) máximo.

Mesmo assumindo que vai acontecer nesse caso (o que não é totalmente certo sequer) um vencimento de 1510 não representa a função pública toda e isso não acontece para praticamente todos os outros vencimentos possíveis.


Eu não quero provocar clivagem entre FP e entre privados, não é essa a minha intenção.

Mas para quem ganha por exemplo 485 euros na FP vai perder (sem sub alimentação) 344 euros. Nem um salário perdem ao final do ano.
 
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por PT_Trader » 7/9/2012 23:42

migluso Escreveu:
PT_Trader Escreveu:
migluso Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Posto isto, como é que resolves o problema do défice nos próximos anos? Se ainda por cima sem margem para grande austeridade, porque o Estado vai jogar fora uns 3 mil milhões por ano (acrescidos dos impostos que deixa de receber, devido à quebra do consumo interno)!


Espero que seja com crescimento.

Que 3 mil milhões é que o Estado vai jogar fora?


Tendo em conta que este aumento de 7pp dão cerca de 4 mil milhões. Pelas minhas contas (posse estar enganado), mas cerca de 3,3 mil milhões reverteriam para as empresas e 0,7 mil milhões para o Estado.

Crescimento :lol:


Tu próprio já utilizaste o argumento certo para te responder...

PT_Trader Escreveu:O que temos de fazer é reformas estruturais que incentivem o investimento por parte das empresas. Agora essas tretas de aumentar os impostos é mais do mesmo, para mostrar que são duros e querem resolver as coisas, até, vai se lá saber como, equilibram a balança, e assim alguns donkeys já ficam contentes da vida


A redução de impostos para as empresas é importante para as ajudar a capitalizar e com isso ter mais capacidade de investimento.

A redução de impostos para as empresas que actuam no mercado externo é importante para a sua competitividade e é importante para o país ser mais atractivo na captação de IDE.

A redução de impostos para as empresas que actuam em concorrência no mercado interno e num contexto de queda da procura, terá como consequência a redução dos preços dos bens e serviços prestados por essas empresas.


Completamente de acordo com os primeiros 2 pontos. Mas a redução da TSU em 5,75% é uma brincadeira para a diminuição de procura interna que vai haver. O efeito será nulo ou, quanto mais, nefasto. O ponto importante é que pelo menos as empresas exportadoras são beneficiadas (mas isso não resolve de longe o problema do desemprego). O teu 3 parágrafo é irrelevante, visto que o saldo deverá ser claramente negativo entre a redução de preços que poderá haver e a diminuição de rendimento que irá ocorrer.
Editado pela última vez por PT_Trader em 7/9/2012 23:47, num total de 1 vez.
 
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por MarcoAntonio » 7/9/2012 23:42

pedrooa Escreveu:Quem ganha 1510, passa para 1500 euros. É o que se faz na FP.


Pedroaa, eu já respondi acima mas aqui vai novamente: tu não podes alegar que na função pública vai ser assim ou assado e depois escolher um vencimento específico onde pode acontecer uma determinada coisa e onde esse efeito é (praticamente) máximo.

Mesmo assumindo que vai acontecer nesse caso (o que não é totalmente certo sequer) um vencimento de 1510 não representa a função pública toda e isso não acontece para praticamente todos os outros vencimentos possíveis.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por bogos » 7/9/2012 23:41

migluso Escreveu:
PT_Trader Escreveu:
migluso Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Posto isto, como é que resolves o problema do défice nos próximos anos? Se ainda por cima sem margem para grande austeridade, porque o Estado vai jogar fora uns 3 mil milhões por ano (acrescidos dos impostos que deixa de receber, devido à quebra do consumo interno)!


Espero que seja com crescimento.

Que 3 mil milhões é que o Estado vai jogar fora?


Tendo em conta que este aumento de 7pp dão cerca de 4 mil milhões. Pelas minhas contas (posse estar enganado), mas cerca de 3,3 mil milhões reverteriam para as empresas e 0,7 mil milhões para o Estado.

Crescimento :lol:


Tu próprio já utilizaste o argumento certo para te responder...

PT_Trader Escreveu:O que temos de fazer é reformas estruturais que incentivem o investimento por parte das empresas. Agora essas tretas de aumentar os impostos é mais do mesmo, para mostrar que são duros e querem resolver as coisas, até, vai se lá saber como, equilibram a balança, e assim alguns donkeys já ficam contentes da vida


A redução de impostos para as empresas é importante para as ajudar a capitalizar e com isso ter mais capacidade de investimento.

A redução de impostos para as empresas que actuam no mercado externo é importante para a sua competitividade e é importante para o país ser mais atractivo na captação de IDE.

A redução de impostos para as empresas que actuam em concorrência no mercado interno e num contexto de queda da procura, terá como consequência a redução dos preços dos bens e serviços prestados por essas empresas.


Num encurtamento da actividade produtiva que se verifica nas empresas do mercado interno, a baixa da TSU não vai ser utilizada para nem para contratar mais trabalhadores, nem para salvar a tesouraria. Nem sequer para baixar preços....É que do outro lado lixam mais 7% que deixam de ir para o escasso consumo que já fazem com estão agora.

Choques fiscais é eliminar impostos, não esta brincadeira do destapa a cabeça e tapa os pés...

O problema não está aqui....está na despesa!!!
Ainda ninguem viu isso!!! Ninguem quer ver...desculpem!!!!
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por pedrooa » 7/9/2012 23:41

MarcoAntonio Escreveu:Pedro, não podes falar da função pública em geral escolhendo discricionariamente um vencimento específico (que na verdade é apenas auferido por uma franja praticamente insignificante dos funcionários públicos). É um exercício naturalmente inválido...

A maior parte do diferencial que se vê no teu cálculo é um artifício do valor específico que escolheste e que não estende ao todos os vencimentos. Deve-se ao facto de existir uma progressão rápida de zero para 3.5% no espaço de 54 euros de vencimento mas que não acontece em todos os outros vencimentos (onde ou não há alteração nenhuma ou há uma alteração muito pequena).

E isto assumindo que não vai existir um reajuste da regra que reflicta a nova forma de pagar os subsídios.


Vou fazer os calculos para 650 euros. Salário Médio para uma auxiliar de acção médica. Já meto aqui os valores.
O vencimento mensal médio na FP é de 1400 euros, mas sei que jardineiros ganham 485 euros.
 
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por Texano Bill » 7/9/2012 23:40

ppbogos Escreveu:Eliminem os impostos sobre o rendimento.

Aumentem os impostos sobre o património imobiliário acima dos 250.000 €.

Quem ganhar mais, consumirá mais, comprará mais, pagará mais imposto.
Deixem de mimar os milionários carago. Este país é muito pior que os estados unidos nos mimos aos meninos.


Portanto propões que se eliminem os impostos sobre o rendimento como forma de melhor taxar os milionários?

E podes ter património imobiliário > 250k € e não seres rico, basta viveres há bastantes anos numa zona que entretanto valorizou.

E nos Estados Unidos é mais fácil chegares a milionário que cá, vê quantos ricos de lá são self-made men.

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por rollingsnowball » 7/9/2012 23:40

MarcoAntonio Escreveu:
sky_above_you Escreveu:a conta dele está bem feita. só tem o defeito de subir o escalão do IRS que, na prática, é o que vai acontecer a muita gente...


Está errada: o valor tem de dar praticamente o mesmo dado que o salário devolvido é praticamente todo comido pela subida da taxa em 7%.

Foi a única coisa em que mexeu (e que na prática resulta em não mexer em nada e deixar estar tudo como está, apenas com nomes diferentes).

Está certa..basta olhares para a tabela dele:

- a distribuição de um dos subsidios pelos vários meses vai ter 2 efeitos automáticos: o aumento do escalão do IRS (porque é pago sobre o salário bruto) e o aumento do valor sobre o que incide o corte de 3,5%-10% (ou mesmo a percentagem do corte para quem tiver azar de subir de escalão aqui também)... com estes 2 efeitos o que acontece é que no fim fica menos do que em 2012 (no caso do exemplo dele menos 1000 euros liquidos ao final do ano ou seja menos 1 salário)

é preciso lembrar que o valor do corte é calculado mês a mês... quem tiver o azar de receber uma remuneração variavel toda no mesmo mês corre o risco de passar de 0 para 10% que é uma coisa que quem não trabalha na função publica não tem noção
Editado pela última vez por rollingsnowball em 7/9/2012 23:42, num total de 1 vez.
 
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por Mcmad » 7/9/2012 23:40

Por muito que me esforce não consigo entender estas medidas.

Quanto é que o Estado arrecada com esta medida?
Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
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por alexandre7ias » 7/9/2012 23:40

  Nos últimos dois anos, têm sido anunciadas e executadas muitas medidas de contenção da despesa do Estado ou de aumento de impostos. Eis algumas das mais significativas:  
Corte de subsídios
No final de 2011, o Governo de Pedro Passos Coelho impôs uma sobretaxa especial sobre o subsídio de Natal. A taxa era de 50% sobre o montante do subsídio acima do valor do salário mínimo (485 euros).
Para este ano, foram cortados os subsídios de férias e Natal de funcionários públicos e pensionistas. O Governo esperava poder prolongar esta medida nos próximos anos, mas o Tribunal Constitucional (TC) declarou a sua inconstitucionalidade. A decisão do TC não afetou contudo o corte do 13.º e do 14.º mês para este ano.  

 Função pública
Ainda em 2010 foi determinado o congelamento de admissões e progressões de carreira para a Função Pública. O orçamento do Estado para 2011 também contemplava o corte de 5 por cento nos salários do setor público acima dos 1500 euros, que se mantém. Tanto o governo de José Sócrates como o de Passos Coelho também se têm comprometido a reduzir o número de funcionários públicos.  
Subida do IVA
A taxa normal do imposto subiu para 23 por cento no início de 2011. A partir deste ano, foram revistos os escalões do IVA: muitos produtos passaram da taxa mínima (6%) ou intermédia (13%) para a máxima, entre os quais a restauração. Ainda no ano passado, foi aumentado o IVA da energia (gás e eletricidade passaram da taxa mínima para a normal).  
Redução do investimento público
Para além do cancelamento de grandes projetos de infraestrutura, como o novo aeroporto de Lisboa ou o comboio de alta velocidade, o orçamento do Estado para este ano contemplava um corte de 42% no investimento público.  
Aumentos de preços administrativos
Os preços dos transportes públicos, particularmente nos passes sociais, foram aumentados no ano passado e este ano. Os preços da energia - eletricidade e gás natural - também aumentaram substancialmente com a mudança de escalão do IVA.  
Congelamento das pensões
Com exceção das reformas mais reduzidas, as pensões não foram atualizadas nos últimos dois anos - o que significa, na prática, uma perda de poder de compra dos pensionistas, em consequência da inflação. Os reformados também perderam metade do subsídio de Natal em 2011 e tanto o 13.º como o 14.º mês em 2012.  
Cortes nas prestações sociais
As regras do subsídio de desemprego foram revistas, resultando numa redução do montante e da duração máxima do subsídio (para 18 meses). Foram também criadas novas regras de atribuição do rendimento social de inserção ("rendimento mínimo")  
Taxas moderadoras sobem
 As taxas moderadoras do serviço nacional de saúde tiveram uma subida generalizada este ano, e foram impostas novas taxas em algumas consultas. Simultaneamente, continuou a reorganização das urgências hospitalares, que implicou a redução de alguns serviços.
 
Outros aumentos de impostos
Para além do IVA, quase todos os outros impostos aumentaram nos últimos dois anos. As taxas de impostos sobre o consumo (tabaco, bebidas alcoólicas, automóvel, combustíveis) subiram. Nos impostos diretos, as deduções e os benefícios fiscais em sede de IRS e IRC foram reduzidas ou eliminadas.
.

Fonte: Oje
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por pedrooa » 7/9/2012 23:39

Trisquel Escreveu:
pedrooa Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
sky_above_you Escreveu:a conta dele está bem feita. só tem o defeito de subir o escalão do IRS que, na prática, é o que vai acontecer a muita gente...


Está errada: o valor tem de dar praticamente o mesmo dado que o salário devolvido é praticamente todo comido pela subida da taxa em 7%.

Foi a única coisa em que mexeu (e que na prática resulta em não mexer em nada e deixar estar tudo como está, apenas com nomes diferentes).


Vê estes calculos.


Porque é que na tabela de cima assumes um corte, quando são dois e na de baixo não assumes nenhum?


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por migluso » 7/9/2012 23:38

PT_Trader Escreveu: Mas, sim, até eu sou a favor de flexibilizar a lei para que as empresas possam pagar a 12 meses... Acho que faz mais sentido.


Pronto, então estamos de acordo. Não percebi a ideia do teu post...
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por MarcoAntonio » 7/9/2012 23:38

pedrooa Escreveu:Vê estes calculos.


Pedro, não podes falar da função pública em geral escolhendo discricionariamente um vencimento específico (que na verdade é apenas auferido por uma franja praticamente insignificante dos funcionários públicos). É um exercício naturalmente inválido...

A maior parte do diferencial que se vê no teu cálculo é um artifício do valor específico que escolheste e que não estende ao todos os vencimentos. Deve-se ao facto de existir uma progressão rápida de zero para 3.5% no espaço de 54 euros de vencimento mas que não acontece em todos os outros vencimentos (onde ou não há alteração nenhuma ou há uma alteração muito pequena).

E isto assumindo que não vai existir um reajuste da regra que reflicta a nova forma de pagar os subsídios.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 7/9/2012 23:39, num total de 1 vez.
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Pois ee...

por bboniek33 » 7/9/2012 23:37

ppbogos Escreveu:
PT_Trader Escreveu:
migluso Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Posto isto, como é que resolves o problema do défice nos próximos anos? Se ainda por cima sem margem para grande austeridade, porque o Estado vai jogar fora uns 3 mil milhões por ano (acrescidos dos impostos que deixa de receber, devido à quebra do consumo interno)!


Espero que seja com crescimento.

Que 3 mil milhões é que o Estado vai jogar fora?


Tendo em conta que este aumento de 7pp dão cerca de 4 mil milhões. Pelas minhas contas (posse estar enganado), mas cerca de 3,3 mil milhões reverteriam para as empresas e 0,7 mil milhões para o Estado.

Crescimento :lol:


Mas o nosso tecido empresarial é micro e corresponde à a tasca da Tia Lurdes!!!!

Gente mesmo sem sentido de economia.

Eliminem os impostos sobre o rendimento.

Aumentem os impostos sobre o património imobiliário acima dos 250.000 €.

Aumemtem o IVA para 25%.

Quem ganhar mais, consumirá mais, comprará mais, pagará mais imposto.
Deixem de mimar os milionários carago. Este país é muito pior que os estados unidos nos mimos aos meninos.

Cumprimentos


Esses "meninos" sao os compadres, os irmaos da loja.

Intocaaveis na mentalidade retroogada destes governantes democraaticamente eleitos nas uultimas eleic,oes legislativas.
E agora, Jose ?
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por migluso » 7/9/2012 23:36

PT_Trader Escreveu:
migluso Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Posto isto, como é que resolves o problema do défice nos próximos anos? Se ainda por cima sem margem para grande austeridade, porque o Estado vai jogar fora uns 3 mil milhões por ano (acrescidos dos impostos que deixa de receber, devido à quebra do consumo interno)!


Espero que seja com crescimento.

Que 3 mil milhões é que o Estado vai jogar fora?


Tendo em conta que este aumento de 7pp dão cerca de 4 mil milhões. Pelas minhas contas (posse estar enganado), mas cerca de 3,3 mil milhões reverteriam para as empresas e 0,7 mil milhões para o Estado.

Crescimento :lol:


Tu próprio já utilizaste o argumento certo para te responder...

PT_Trader Escreveu:O que temos de fazer é reformas estruturais que incentivem o investimento por parte das empresas. Agora essas tretas de aumentar os impostos é mais do mesmo, para mostrar que são duros e querem resolver as coisas, até, vai se lá saber como, equilibram a balança, e assim alguns donkeys já ficam contentes da vida


A redução de impostos para as empresas é importante para as ajudar a capitalizar e com isso ter mais capacidade de investimento.

A redução de impostos para as empresas que actuam no mercado externo é importante para a sua competitividade e é importante para o país ser mais atractivo na captação de IDE.

A redução de impostos para as empresas que actuam em concorrência no mercado interno e num contexto de queda da procura, terá como consequência a redução dos preços dos bens e serviços prestados por essas empresas.
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por vitcosta » 7/9/2012 23:36

Sou do sector empresarial do estado. Cortaram-me os subsídios mas tenho SS e não CGA

Parte do meu ordenado é em horas extra, se cortarem + 7% do meu ordenado , cortam muito mais que 2 subsídios .

Na CGA paga sobre o base, enquanto a SS incide sobre todo o ordenado, espero que tenham isto em atenção...
 
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