Bruxelas quer mulheres a administrar empresas
Pata-Hari Escreveu:Durante anos achei o mesmo que vocês todos. Mas o facto é apesar de ser proibido descriminar negativamente as mulheres, isso acontece só que a prova é difícil de ser feita e a lei acaba por não ser obedecida. Que a discriminação está lá, sucede, é um facto e uma realidade, basta olhar para o outcome e para a representatividade nas empresas.
Se calhar, se não se vai lá de um modo, é mesmo preciso ir lá de outro.
Durante anos achei esta ideia do forçar a quota um absurdo e um insulto à capacidade. Hoje em dia, anos e anos passados, sobretudo os que passei em Portugal (lá fora não senti isto de modo tão marcado) e por observação de demasiados anos, acho que pode ser o único caminho para se chegar a algo de correcto. Tal como durante muitas décadas as mulheres não puderam votar e hoje isso parece um absurdo, se calhar é preciso passar por um período de obrigatoriedade para que se torne normalidade medir mérito de modo igualitário.
(aliás, basta olhar para este tópico, os comentários sexistas sobre mulheres que têm sucesso e que têm ar de homens, que a escolha das mulheres se faça pelo tamanho das mamas, demonstra exactamente que vai mesmo ter que ser à força que se tem que implementar a coisa. Até lá, a boçalidade e o sexismo vão ser aceites como se fossem algo de normal, aceitável ou salutar. Aposto que seria consensual que é inapropriado eu comentar que o meu chefe deveria ser o que tem o maior "apendice". Estou certa que ninguém teria duvidas sobre o meu comentário. Mas ninguém comentou o post das mamas, certo? infelizmente, e como em muitas coisas, as pessoas só chegam lá à força e "à chapada")
Compreendo perfeitamente o que quer dizer , mas não concordo.
Já agora, por que não também uma quota para pretos tal e qual como no acesso às universidades?
Nesse sentido , talvez a porcentagem correta fosse de 33,3%, já que se teria que dividir os cargos entre homens , mulheres e pretos.
Imagine que alguém lhe dissesse que teriam que meter um preto na administração do caldeirão?Ia buscar um aonde?Acharia justo?
E assim todos metem o bedelho na minha empresa.É claro , os prejuízos são meus com a falta de produtividade que daí possa advir.
Não quero com isto dizer que as mulheres sejam menos produtivas , simplesmente que para uma empresa , atividade ou cargo pode simplesmente não haver mulheres à altura naquele momento.
Um exemplo de profissão que conheço relativamente onde o número de mulheres é nulo é a engenharia de minas.Na aviação , que conheço bem ,as mulheres tem uma porcentagem ínfima , simplesmente porque não há mais.E as poucas que aparecem tem tido a meu ver as mesmas chances de promoção que um homem.
Uma profissão de responsabilidade, que era muito masculina, e onde hoje em dia as mulheres estão em absoluta igualdade com os homens é o controle de tráfego aéreo.Interessam-se mais por isso.
Também acho que muitos casos há em que a promoção de um homem em detrimento de uma mulher não ocorre por machismo ,mas causa na mesma o complexo das minorias.Ah e tal , não fui promovido porque sou mulher, ou preto , etc.
Apesar de nunca ter sido testemunha de uma discriminação, acredito que existe sim , mas como em muitas coisas na vida , tem que ir mudando com o tempo e a mudança das mentalidades , e não com a imposição de regras,que por si , podem gerar mais discriminação.
Acho que pior do que não ser promovido era ouvir de algum superior a seguinte frase:- Olha , não acho que tenha muita jeito para isto mas como temos uma quota a cumprir,temos que a promover.Veja lá se não faz muita mer#$.
A330
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Pata-Hari Escreveu:Durante anos achei o mesmo que vocês todos. Mas o facto é apesar de ser proibido descriminar negativamente as mulheres, isso acontece só que a prova é difícil de ser feita e a lei acaba por não ser obedecida. Que a discriminação está lá, sucede, é um facto e uma realidade, basta olhar para o outcome e para a representatividade nas empresas.
(aliás, basta olhar para este tópico, os comentários sexistas sobre mulheres que têm sucesso e que têm ar de homens, que a escolha das mulheres se faça pelo tamanho das mamas, demonstra exactamente que vai mesmo ter que ser à força que se tem que implementar a coisa. Até lá, a boçalidade e o sexismo vão ser aceites como se fossem algo de normal, aceitável ou salutar. Aposto que seria consensual que é inapropriado eu comentar que o meu chefe deveria ser o que tem o maior "apendice". Estou certa que ninguém teria duvidas sobre o meu comentário. Mas ninguém comentou o post das mamas, certo? infelizmente, e como em muitas coisas, as pessoas só chegam lá à força e "à chapada")
Isto pode ajudar a combater a discriminação contra as mulheres, mas à custa de pôr muitas mulheres em cargos em que são incompetentes, e de tirar lugar a homens que têm mais competências. Isto poderá nem ser a maioria dos casos, mas com uma quota de 40% acho que vai acontecer em muitos casos... E mesmo assim tenho dúvidas se vai ajudar no combate à discriminação, porque muita gente vai começar simplesmente a pensar (e com razão) que as mulheres nestes cargos chegaram lá apenas por causa da lei, e não por mérito.
Tal como durante muitas décadas as mulheres não puderam votar e hoje isso parece um absurdo, se calhar é preciso passar por um período de obrigatoriedade para que se torne normalidade medir mérito de modo igualitário.
São 2 questões diferentes. O direito de voto é um direito fundamental numa democracia, chegar a um certo cargo numa empresa não é um direito para ninguém, nem deve ser.
E dizer que a razão pela qual há menos mulheres que homens nestes cargos só por discriminação é uma falácia. Também há muitas menos mulheres que homens nas engenharias, ciências físicas e cursos de matemática, e em medicina e enfermagem há mais mulheres que homens. Em média, os interesses e personalidades de homens e mulheres desenvolvem-se de maneira diferente, nem sequer é por causa da cultura.
First rule of central banking: When the ship starts to sink, central bankers must bail like hell.
Durante anos achei o mesmo que vocês todos. Mas o facto é apesar de ser proibido descriminar negativamente as mulheres, isso acontece só que a prova é difícil de ser feita e a lei acaba por não ser obedecida. Que a discriminação está lá, sucede, é um facto e uma realidade, basta olhar para o outcome e para a representatividade nas empresas.
Se calhar, se não se vai lá de um modo, é mesmo preciso ir lá de outro.
Durante anos achei esta ideia do forçar a quota um absurdo e um insulto à capacidade. Hoje em dia, anos e anos passados, sobretudo os que passei em Portugal (lá fora não senti isto de modo tão marcado) e por observação de demasiados anos, acho que pode ser o único caminho para se chegar a algo de correcto. Tal como durante muitas décadas as mulheres não puderam votar e hoje isso parece um absurdo, se calhar é preciso passar por um período de obrigatoriedade para que se torne normalidade medir mérito de modo igualitário.
(aliás, basta olhar para este tópico, os comentários sexistas sobre mulheres que têm sucesso e que têm ar de homens, que a escolha das mulheres se faça pelo tamanho das mamas, demonstra exactamente que vai mesmo ter que ser à força que se tem que implementar a coisa. Até lá, a boçalidade e o sexismo vão ser aceites como se fossem algo de normal, aceitável ou salutar. Aposto que seria consensual que é inapropriado eu comentar que o meu chefe deveria ser o que tem o maior "apendice". Estou certa que ninguém teria duvidas sobre o meu comentário. Mas ninguém comentou o post das mamas, certo? infelizmente, e como em muitas coisas, as pessoas só chegam lá à força e "à chapada")
Se calhar, se não se vai lá de um modo, é mesmo preciso ir lá de outro.
Durante anos achei esta ideia do forçar a quota um absurdo e um insulto à capacidade. Hoje em dia, anos e anos passados, sobretudo os que passei em Portugal (lá fora não senti isto de modo tão marcado) e por observação de demasiados anos, acho que pode ser o único caminho para se chegar a algo de correcto. Tal como durante muitas décadas as mulheres não puderam votar e hoje isso parece um absurdo, se calhar é preciso passar por um período de obrigatoriedade para que se torne normalidade medir mérito de modo igualitário.
(aliás, basta olhar para este tópico, os comentários sexistas sobre mulheres que têm sucesso e que têm ar de homens, que a escolha das mulheres se faça pelo tamanho das mamas, demonstra exactamente que vai mesmo ter que ser à força que se tem que implementar a coisa. Até lá, a boçalidade e o sexismo vão ser aceites como se fossem algo de normal, aceitável ou salutar. Aposto que seria consensual que é inapropriado eu comentar que o meu chefe deveria ser o que tem o maior "apendice". Estou certa que ninguém teria duvidas sobre o meu comentário. Mas ninguém comentou o post das mamas, certo? infelizmente, e como em muitas coisas, as pessoas só chegam lá à força e "à chapada")
Eu quero uma quota para gajos com menos de 1,70 m !
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Elias Escreveu:Já agora ficam algumas estatísticas interessantes sobre a percentagem de mulheres na maioria dos parlamentos do mundo.
http://www.ipu.org/wmn-e/world.htm
http://www.ipu.org/wmn-e/classif.htm
Quem diria que Angola e outros países africanos estão bem mais à frente dos que muitos países europeus como Alemanha, França, Portugal, etc!!!
De qualquer modo e tal como outros já referiram, acho esta imposição um absurdo... as pessoas devem ser escolhidas para os lugares por uma questão de mérito!
Se existe dúvidas em relação aos que chegam às chefias, então deverão obrigar a haver um concurso em todas as vagas que surjam!!!
Mas mesmo assim, esta imposição de igualdade é um verdadeiro absurdo pois existem outras "vertentes" sexuais, ideológicas ou raciais que não estão estão a ser protegidas nem contempladas, como sejam:
- gays
- católicos
- protestantes
- muçulmanos
- africanos
- asiaticos
- indígenas
- ou mesmo Brasileiros, Romenos, angolanos, etc
Qualquer tipo de imposição parece-me ser errado... embora a clareza com que as pessoas são nomeadas possa ser melhorada para bem das empresas e de todos nós.
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Já agora ficam algumas estatísticas interessantes sobre a percentagem de mulheres na maioria dos parlamentos do mundo.
http://www.ipu.org/wmn-e/world.htm
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Mulheres no poder... do caneco.
Destas senhoras??
Sim fazem lembrar alguns homens...
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Avança na razão e pondera na emoção.
Re: Quotas????
tugadaytrader Escreveu:Banesco Escreveu:Gosto de ver que a Comissão Europeia dá mais valor ao orgão sexual dos profissionais que às suas qualificações ou mérito!
Estamos num bom caminho para melhorarmos a nossa competitividade!artista1939 Escreveu:Parece-me um não assunto.
Ou há mérito ou não. Tudo se deveria reger por aí.
Quotas?
De acordo com ambos.
Mais uma brilhante ideia que saiu com uma ida ao WC...
É de onde saiem sempre as melhores ideias.
Alias, acho que a guerra israelo-palestiniana seria resolvida com 1 ida ao banheiro!
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Quotas????
Banesco Escreveu:Gosto de ver que a Comissão Europeia dá mais valor ao orgão sexual dos profissionais que às suas qualificações ou mérito!
Estamos num bom caminho para melhorarmos a nossa competitividade!
artista1939 Escreveu:Parece-me um não assunto.
Ou há mérito ou não. Tudo se deveria reger por aí.
Quotas?
De acordo com ambos.
Mais uma brilhante ideia que saiu com uma ida ao WC...
Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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Parece-me um não assunto.
Ou há mérito ou não. Tudo se deveria reger por aí.
Quotas?
Ou há mérito ou não. Tudo se deveria reger por aí.
Quotas?

disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.
"When it comes to money, the level of integrity is the least." - Parag Parikh
* Fight club sem nódoas negras: http://artista1939.mybrute.com
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Bruxelas vai introduzir quotas para mulheres nas administrações
05/03/2012 | 11:03 | Dinheiro Vivo
A Comissão Europeia está a planear introduzir quotas para aumentar a proporção de mulheres nos cargos de direcção, desencadeando assim uma batalha entre Bruxelas e os governos nacionais.
A Comissária de Justiça, Viviane Reding, vai anunciar hoje os primeiros passos para uma legislação a nível europeu, um ano após ter ameaçado avançar com medidas mais duras se nenhum progresso fosse alcançado para promover a igualdade de géneros no mundo dos negócios.
“Não sou uma fanática por quotas… mas gosto dos resultados que as quotas trazem”, disse Reding ao Financial Times.
Segundo dados comunitários, apenas 13,7% dos membros de direcção em grandes empresas são mulheres, muito abaixo da meta de 40% proposta por Bruxelas. Muitos países do Sul da Europa como Portugal e Itália tem taxas muito baixas, de 6%, em contraste com a Escandinávia onde um quarto dos líderes são mulheres.
Uma consulta pública de três meses vai procurar pontos de vista diferentes sobre a introdução de quotas, nos quais as empresa vão-se ressentir quando as medidas forem introduzidas e as sanções para os incumpridores forem aplicadas.
Uma quota-alargada a toda a União iria fazer com que as mulheres nos cargos de chefia sejam superiores ao valor registado nos Estados Unidos, com 16%, e da Ásia onde a presença da mulher em cargos de chefia é a excepção e não a norma. Na China e na Índia apenas um em cada 20 membros de direcção são mulheres, e no Japão só existe 1% de mulheres em chefias.
A introdução de legislação pela Comissão Europeia vai enfrentar uma grande batalha antes de entrar em vigor. Apesar do Parlamento Europeu ter apelado à introdução de metas, os governos nacionais opõem-se a estas quotas. Estados-membros como o Reino Unido preferem medidas menos intrusivas, como códigos de conduta, ou pelo contrário, como no caso francês, em que as quotas nacionais são bem vistas.
A legislação comunitária requer o apoio dos governos representando dois terços da população da União. Mas num debate recente em Bruxelas, 24 dos 27 ministros do Emprego comunitários avisaram Viviane Reding para não introduzir esta metas, contando a Comissária apenas com o apoio da Áustria, Bélgica e Finlândia.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... tml?page=0
05/03/2012 | 11:03 | Dinheiro Vivo
A Comissão Europeia está a planear introduzir quotas para aumentar a proporção de mulheres nos cargos de direcção, desencadeando assim uma batalha entre Bruxelas e os governos nacionais.
A Comissária de Justiça, Viviane Reding, vai anunciar hoje os primeiros passos para uma legislação a nível europeu, um ano após ter ameaçado avançar com medidas mais duras se nenhum progresso fosse alcançado para promover a igualdade de géneros no mundo dos negócios.
“Não sou uma fanática por quotas… mas gosto dos resultados que as quotas trazem”, disse Reding ao Financial Times.
Segundo dados comunitários, apenas 13,7% dos membros de direcção em grandes empresas são mulheres, muito abaixo da meta de 40% proposta por Bruxelas. Muitos países do Sul da Europa como Portugal e Itália tem taxas muito baixas, de 6%, em contraste com a Escandinávia onde um quarto dos líderes são mulheres.
Uma consulta pública de três meses vai procurar pontos de vista diferentes sobre a introdução de quotas, nos quais as empresa vão-se ressentir quando as medidas forem introduzidas e as sanções para os incumpridores forem aplicadas.
Uma quota-alargada a toda a União iria fazer com que as mulheres nos cargos de chefia sejam superiores ao valor registado nos Estados Unidos, com 16%, e da Ásia onde a presença da mulher em cargos de chefia é a excepção e não a norma. Na China e na Índia apenas um em cada 20 membros de direcção são mulheres, e no Japão só existe 1% de mulheres em chefias.
A introdução de legislação pela Comissão Europeia vai enfrentar uma grande batalha antes de entrar em vigor. Apesar do Parlamento Europeu ter apelado à introdução de metas, os governos nacionais opõem-se a estas quotas. Estados-membros como o Reino Unido preferem medidas menos intrusivas, como códigos de conduta, ou pelo contrário, como no caso francês, em que as quotas nacionais são bem vistas.
A legislação comunitária requer o apoio dos governos representando dois terços da população da União. Mas num debate recente em Bruxelas, 24 dos 27 ministros do Emprego comunitários avisaram Viviane Reding para não introduzir esta metas, contando a Comissária apenas com o apoio da Áustria, Bélgica e Finlândia.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... tml?page=0
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Bruxelas quer mulheres a administrar empresas
Porque é que esta malta em vez de meter o bedelho no sector privado não começa por legislar relativamente aos parlamentos e aos governos dos estados membros?
Liderar pelo exemplo não é com eles...
Bruxelas quer mulheres a administrar empresas
6:30 Terça feira, 4 de setembro de 2012
A Comissão Europeia quer obrigar as maiores empresas da União Europeia (UE) a ter pelo menos 40% de mulheres entre os membros não executivos dos seus conselhos de administração.
A medida consta de uma proposta de directiva que o executivo comunitário está a discutir internamente e que abrange as empresas cotadas em bolsa, que deverão atingir aquela percentagem em 2020. Para as empresas sob a alçada do Estado os objectivos temporais são ainda mais ambiciosos e a meta fixada é Janeiro de 2018.
No que diz respeito aos membros executivos das administrações, tanto as empresas privadas como as públicas abrangidas ficam obrigadas a definir e implementar as suas próprias metas em matéria de representação dos géneros para os anos em causa.
De acordo com o texto de proposta legislativa a que o Expresso teve acesso, os Estados-membros deverão preparar um arsenal de sanções para as empresas que não respeitem esta quota, sanções que poderão incluir o pagamento de multas, a interdição de participar em concursos públicos ou a proibição de receber subsídios públicos, estatais ou europeus.
A proposta, preparada pelos serviços de Viviane Reding, a comissária luxemburguesa responsável pela justiça, direitos fundamentais e cidadania, admite deixar de fora da nova obrigação as pequenas e médias empresas (definidas como estruturas com menos de 250 trabalhadores e cujo volume de negócios anual seja inferior a 50 milhões de euros ou um balanço anual inferior a 43 milhões de euros).
O documento está neste momento a ser negociado no seio da própria Comissão, podendo por isso ainda vir a sofrer alterações até à sua adopção pelo colégio de comissários, esperada para as próximas semanas. Depois disso, a versão final ainda terá que passar pelo crivo dos governos da União.
A Comissão Europeia começou por propor em 2011 que as empresas aumentassem voluntariamente a percentagem de presença de mulheres nas suas administrações (para 30% em 2015 e 40% em 2020), mas face à irrelevante melhoria registada (uma melhoria média anual de apenas 0,6% entre 2003 e 2012) decidiu avançar pela via impositiva.
Segundo dados do próprio executivo comunitário, as mulheres representam 45% da força de trabalho na União, mas a sua representação ao nível dos conselhos de administração das maiores empresas é em média de apenas 13,7% (oscilando entre os 27% registados na Finlândia, os 26% na Letónia e os 25% na Suécia e, no outro extremo, uma percentagem inferior a 10% em nove países, entre os quais Portugal, onde essa percentagem é de apenas 6%).
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/bruxelas-quer-m ... z25UjXA7lL
Liderar pelo exemplo não é com eles...

Bruxelas quer mulheres a administrar empresas
6:30 Terça feira, 4 de setembro de 2012
A Comissão Europeia quer obrigar as maiores empresas da União Europeia (UE) a ter pelo menos 40% de mulheres entre os membros não executivos dos seus conselhos de administração.
A medida consta de uma proposta de directiva que o executivo comunitário está a discutir internamente e que abrange as empresas cotadas em bolsa, que deverão atingir aquela percentagem em 2020. Para as empresas sob a alçada do Estado os objectivos temporais são ainda mais ambiciosos e a meta fixada é Janeiro de 2018.
No que diz respeito aos membros executivos das administrações, tanto as empresas privadas como as públicas abrangidas ficam obrigadas a definir e implementar as suas próprias metas em matéria de representação dos géneros para os anos em causa.
De acordo com o texto de proposta legislativa a que o Expresso teve acesso, os Estados-membros deverão preparar um arsenal de sanções para as empresas que não respeitem esta quota, sanções que poderão incluir o pagamento de multas, a interdição de participar em concursos públicos ou a proibição de receber subsídios públicos, estatais ou europeus.
A proposta, preparada pelos serviços de Viviane Reding, a comissária luxemburguesa responsável pela justiça, direitos fundamentais e cidadania, admite deixar de fora da nova obrigação as pequenas e médias empresas (definidas como estruturas com menos de 250 trabalhadores e cujo volume de negócios anual seja inferior a 50 milhões de euros ou um balanço anual inferior a 43 milhões de euros).
O documento está neste momento a ser negociado no seio da própria Comissão, podendo por isso ainda vir a sofrer alterações até à sua adopção pelo colégio de comissários, esperada para as próximas semanas. Depois disso, a versão final ainda terá que passar pelo crivo dos governos da União.
A Comissão Europeia começou por propor em 2011 que as empresas aumentassem voluntariamente a percentagem de presença de mulheres nas suas administrações (para 30% em 2015 e 40% em 2020), mas face à irrelevante melhoria registada (uma melhoria média anual de apenas 0,6% entre 2003 e 2012) decidiu avançar pela via impositiva.
Segundo dados do próprio executivo comunitário, as mulheres representam 45% da força de trabalho na União, mas a sua representação ao nível dos conselhos de administração das maiores empresas é em média de apenas 13,7% (oscilando entre os 27% registados na Finlândia, os 26% na Letónia e os 25% na Suécia e, no outro extremo, uma percentagem inferior a 10% em nove países, entre os quais Portugal, onde essa percentagem é de apenas 6%).
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/bruxelas-quer-m ... z25UjXA7lL
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