OT- Deficit esperado ronda os 7%
Em periodos de redução de défices e ajustamentos, a bolsa históricamente não sobe. Ou cai, ou lateraliza.
Mas, uma vez que o objectivo é reduzir a taxa de défice para 2% nos próximos anos, a bolsa à medida que vamos chegando a esse valor tende a reforçar o primeiro objectivo e subir à medida que o país equilibra as suas contas da balança comercial.
Obrigatóriamente o PIB tem que crescer via exportações e cortes na despesa, para se pagar também a dívida.
Com isto, o desemprego deverá começar a aproximar-se da NAIRU que é a taxa minima da desemprego que uma economia pode suportar de maneira a que tenha consolidado o crescimento economico e aonde o inflação se consegue manter estável e baixa.
Grandes reformas = Grandes mudanças
Mas, uma vez que o objectivo é reduzir a taxa de défice para 2% nos próximos anos, a bolsa à medida que vamos chegando a esse valor tende a reforçar o primeiro objectivo e subir à medida que o país equilibra as suas contas da balança comercial.
Obrigatóriamente o PIB tem que crescer via exportações e cortes na despesa, para se pagar também a dívida.
Com isto, o desemprego deverá começar a aproximar-se da NAIRU que é a taxa minima da desemprego que uma economia pode suportar de maneira a que tenha consolidado o crescimento economico e aonde o inflação se consegue manter estável e baixa.
Grandes reformas = Grandes mudanças

Elias Escreveu:
Não necessariamente: repara nisto:
(...)
Não cumprir as promessas eleitorais é o normal em qualquer governo.
O que quer simplesmente dizer que por norma a legitimidade dos governos está em causa por esta simples razão, não sendo sequer preciso recorrer a mais nenhuma.
Elias Escreveu:
E eu pergunto mais uma vez: vais destituí-los com base em quê, se estás a ir contra a vontade popular?
Se (ainda) for a vontade popular, eles estiverem disponíveis e não existirem limitações legais, então voltam a ser eleitos.
Elias Escreveu:As pessoas quando votam sabem que estão a eleger um governo para 4 anos.
As pessoas quando votam sabem que poderão na pior das hipóteses ser chamadas a votar dentro de 4 anos para novo governo.
Elias Escreveu: Não podemos defender o modelo quando ele dá jeito e criticá-lo quando ele não dá jeito.
Perdi-me. Qual modelo?
Toda a discussão discricionária sobre determinados governos e/ou decisões subsequentes é toda ela irrelevante: se não se pode condenar os eleitores a uma decisão numa dada data com informação limitada e uma realidade que muda, muito menos se pode condenar gerações futuras ao que foi a limitação de escolha, inabilidade ou falta de opções/alternativas de gerações passadas, tenha lá sido o que for.
Quer dizer, não só queres condenar durante 4 anos toda a gente a uma decisão numa dada data, ainda queres moldar a democracia com base na tua análise discricionária às decisões dos eleitores em eleições e décadas passadas?
Eu chamaria a isto engrossar o erro: se o que defendes fere a democracia, isto feriria ao quadrado!
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Exemplo um pouco "batido"... mas caa vai.
bboniek00 Escreveu:Elias,
Entras num autocarro puublico que tem um determinado percurso que tu conheces (estaa no mapa do transportador).
Percebes que o motorista estaa bebado, conduz aos eesses de forma perigosa e se desvia do trajecto previsto.
O que fazes ?
1. Deixas o autocarro ser conduzido atee subir um passeio e se estatelar numa parede apoos atropelar vaarios peoos e deixando feridos muitos passageiros,
ou
2. Tentas imobilizar o veiiculo depois de, com a ajuda de ootros passageiros, ter removido o motorista do volante, assegurando assim a normalidade
Pelo que dizes parece-me que, dado que o motorista pertence aa empresa transportadora, estando por isso credenciado, aguardas pelo acontecimento descrito em 1. porque outra acc,ao seraa reprovaavel.
Olha... nunca me leves a dar passeios de autocarro !
bboniek,
Conduzir embriagado é crime.
Não cumprir promessas eleitorais não é crime

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.Flexibilização só a pedido do Governo
Luís Gonçalves
Derrapagem do défice este ano e cumprimento da meta de 3% em 2013 estão a ser analisadas.
Deixar derrapar o défice orçamental este ano e cumprir a meta em 2013 é uma das propostas que está a ser estudada entre o Governo e a troika, sabe o SOL. Porém, qualquer flexibilização às metas do programa, como é o caso desta proposta, terá sempre de ser pedida pelo Governo e não oferecida ou proposta pelos credores externos.
A solução evita pedir mais tempo, mas abre portas a uma austeridade mais forte no próximo ano. Já em 2012, os portugueses não deverão escapar a mais medidas de austeridade. Com a meta do défice de 4,5% do PIB descartada, fonte das Finanças admite que a solução deverá ser um misto entre novas medidas de contenção e uma ‘luz verde’ da troika para derrapar o défice.
Se o andamento das contas públicas se mantiver como até agora, o défice este ano ficará entre 5,2% e 5,8% do PIB (o Diário Económico noticiava ontem que o Governo teria entregue à troika um défice de 5,3%). O Executivo poderá optar por lançar medidas para atenuar o défice e colocá-lo na casa dos 5%, mais 0,5 pontos que a meta acordada com a troika e um desvio que o próprio FMI já admitiu aceitar.
Porém, perdoar o défice este ano, significa mais trabalho em 2013, um ano que se avizinha muito difícil em matéria orçamental. O Governo tem de encontrar cerca de 6 a 7 mil milhões de euros entre mais receitas e menos despesas para alcançar as metas: 2 mil milhões para substituir o corte de dois salários da funções pública chumbado pelo constitucional, cerca de 1,5 mil milhões de euros para compensar a derrapagem de 2012 (desvio de 0,9 pontos do PIB) e mais 2,5 mil milhões de euros do ajustamento de um défice de 4,5% do PIB para 3% do PIB.
Toca mas é a imprimir escudos!!
Exemplo um pouco "batido"... mas caa vai.
Elias,
Entras num autocarro puublico que tem um determinado percurso que tu conheces (estaa no mapa do transportador).
Percebes que o motorista estaa bebado, conduz aos eesses de forma perigosa e se desvia do trajecto previsto.
O que fazes ?
1. Deixas o autocarro ser conduzido atee subir um passeio e se estatelar numa parede apoos atropelar vaarios peoos e deixando feridos muitos passageiros,
ou
2. Tentas imobilizar o veiiculo depois de, com a ajuda de ootros passageiros, ter removido o motorista do volante, assegurando assim a normalidade
Pelo que dizes parece-me que, dado que o motorista pertence aa empresa transportadora, estando por isso credenciado, aguardas pelo acontecimento descrito em 1. porque outra acc,ao seraa reprovaavel.
Olha... nunca me leves a dar passeios de autocarro !
Entras num autocarro puublico que tem um determinado percurso que tu conheces (estaa no mapa do transportador).
Percebes que o motorista estaa bebado, conduz aos eesses de forma perigosa e se desvia do trajecto previsto.
O que fazes ?
1. Deixas o autocarro ser conduzido atee subir um passeio e se estatelar numa parede apoos atropelar vaarios peoos e deixando feridos muitos passageiros,
ou
2. Tentas imobilizar o veiiculo depois de, com a ajuda de ootros passageiros, ter removido o motorista do volante, assegurando assim a normalidade
Pelo que dizes parece-me que, dado que o motorista pertence aa empresa transportadora, estando por isso credenciado, aguardas pelo acontecimento descrito em 1. porque outra acc,ao seraa reprovaavel.
Olha... nunca me leves a dar passeios de autocarro !


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MarcoAntonio Escreveu:Mas entendes que simplesmente por esta razão todo o teu argumento cai pela base, certo?
Não necessariamente: repara nisto:
MarcoAntonio Escreveu:Porque se não fosse mais nada nem era preciso as pessoas mudarem de opinião (do que de resto têm todo o direito), os governos podem não ter sequer legitimidade para governar se simplesmente executarem um programa diferente daquilo que prometeram ao eleitorado.
Não cumprir as promessas eleitorais é o normal em qualquer governo.
O Sócrates, 1º governo, 2005-2009 prometeu uma data de coisas que não cumpriu. Prometeu não aumentar os impostos, prometeu criar 150 mil empregos, só para citar as mais emblemáticas. A dos impostos então é gritante porque foi logo nos primeiros meses de mandato.
Poderia haver legitimidade para deitar o governo abaixo com base no incumprimento das promessas eleitorais? Poderia... Mas o que aconteceu nas eleições seguintes, em 2009? O eleitorado decidiu reeleger o Sócrates. Ou seja, apesar de algumas pessoas acharem (ênfase em "acharem") que o facto de um político quebrar as suas promessas lhe retira legitimidade para governar, a verdade é que o eleitorado teve uma opinião diferente.
Eu pergunto qual teria sido a legitimidade para deitar o governo abaixo... Era com base no critério de alguns iluminados?
Generalizando um pouco... temos autarcas que desviam fundos públicos... podemos achar que isso é eticamente ou até legalmente condenável... e no entanto são reeleitos - se for preciso como independentes - ao som de cânticos do tipo "rouba mas faz".
E eu pergunto mais uma vez: vais destituí-los com base em quê, se estás a ir contra a vontade popular?
MarcoAntonio Escreveu:"Agora, se as pessoas criam a pressão necessária para fazer os governos cairem por este aspecto ou não, é outra história... o que não podemos é dizer que um governo tem de ir até ao fim só porque o limite máximo do mandato é x e na data y o pessoal escolheu aquele.
Isto não seria nenhuma democracia, seria uma ditadura auto-imposta com duração pré-definida, como já fui descrevendo atrás!
Não é ditadura nenhuma. As pessoas quando votam sabem que estão a eleger um governo para 4 anos. Não podemos defender o modelo quando ele dá jeito e criticá-lo quando ele não dá jeito.
Lembra-te que nos anos que se seguiram ao 25 de Abril tivemos 10 governos em 10 anos. A duração de cada governo era muito reduzida, houve uma tremenda instabilidade política. Só a partir de 1985 é que a coisa estabilizou.
Não sou favorável a que voltemos a esse tempo. Não sou favorável a que se demitam governos sob qualquer pretexto e menos ainda com base em questões ideológicas.
Como referi acima, não cumprir as promessas eleitorais é o normal em qualquer governo, nem percebo porque é que as pessoas ficam tão chocadas com isso - ou melhor, até percebo: a memória eleitoral é muito curta.

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Elias Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Eu nem referi atrás algo extremamente simples que é um governo ter sido eleito sob falsos pressupostos: ter apresentado um programa ou conjunto de promessas eleitorais que depois não vem a cumprir.
lol
Se fôssemos por aí nenhum governo ficava lá muito tempo.
Mas entendes que simplesmente por esta razão todo o teu argumento cai pela base, certo?
Porque se não fosse mais nada nem era preciso as pessoas mudarem de opinião (do que de resto têm todo o direito), os governos podem não ter sequer legitimidade para governar se simplesmente executarem um programa diferente daquilo que prometeram ao eleitorado.
O que é facílimo de ocorrer...
Agora, se as pessoas criam a pressão necessária para fazer os governos cairem por este aspecto ou não, é outra história... o que não podemos é dizer que um governo tem de ir até ao fim só porque o limite máximo do mandato é x e na data y o pessoal escolheu aquele.
Isto não seria nenhuma democracia, seria uma ditadura auto-imposta com duração pré-definida, como já fui descrevendo atrás!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Eu nem referi atrás algo extremamente simples que é um governo ter sido eleito sob falsos pressupostos: ter apresentado um programa ou conjunto de promessas eleitorais que depois não vem a cumprir.
lol
Se fôssemos por aí nenhum governo ficava lá muito tempo.
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Eu nem referi atrás algo extremamente simples que é um governo ter sido eleito sob falsos pressupostos: ter apresentado um programa ou conjunto de promessas eleitorais que depois não vem a cumprir.
Ora, a legitimidade de um governo pode estar sempre em causa em qualquer circustância pela simples razão dele não ter sido aquilo que as pessoas elegeram.
As pessoas têm todo o direito (individualmente ou em grupo) de querer que um governo não chegue ao fim do limite máximo do mandato e isto não tem nada de anti-democrático per se. Até têm o direito de se manifestar fazendo saber isso...
O que seria anti-democrático era esse mesmo grupo ou outro manipular eleições para impor a sua vontade sobre a do eleitorado, executar um golpe de estado sem possibilidade de eleições, etc. Mas isso já são coisas bem diferentes do que escrevi atrás, são atropelos do sistema democrático ao contrário do que está atrás que bem pelo contrário são mecanismos (como demissões de governos com posterior convocação de novas eleições) e direitos (como o direito à manifestação) acautelados na generalidade das Democracias.
Ora, a legitimidade de um governo pode estar sempre em causa em qualquer circustância pela simples razão dele não ter sido aquilo que as pessoas elegeram.
As pessoas têm todo o direito (individualmente ou em grupo) de querer que um governo não chegue ao fim do limite máximo do mandato e isto não tem nada de anti-democrático per se. Até têm o direito de se manifestar fazendo saber isso...
O que seria anti-democrático era esse mesmo grupo ou outro manipular eleições para impor a sua vontade sobre a do eleitorado, executar um golpe de estado sem possibilidade de eleições, etc. Mas isso já são coisas bem diferentes do que escrevi atrás, são atropelos do sistema democrático ao contrário do que está atrás que bem pelo contrário são mecanismos (como demissões de governos com posterior convocação de novas eleições) e direitos (como o direito à manifestação) acautelados na generalidade das Democracias.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
motocross Escreveu:Porventura seria mais interessante termos eleições todos os anos. Reflectiria a cada momento a vontade do eleitorado. Mas seria praticável? Mudanças a cada ano não sao sinónimo estabilidade que qualquer governo necessita para governar. Que tal 2? Colocaria a pressão desejada. Maior que no cenário actual. Gostava de ver.
E as obras/aumentos de salários feitos à pressa para captar votos, nomeações, renovações de frota, ministros e secretários com pensões vitalicias? Lá se ia (ainda mais) a economia.

Porventura seria mais interessante termos eleições todos os anos. Reflectiria a cada momento a vontade do eleitorado. Mas seria praticável? Mudanças a cada ano não sao sinónimo estabilidade que qualquer governo necessita para governar. Que tal 2? Colocaria a pressão desejada. Maior que no cenário actual. Gostava de ver.
Elias Escreveu:Faz todo o sentido. É evidente que a vontade popular vai mudando ao longo do tempo. E então? É por causa disso que se deve mandar um governo abaixo?
Pode ser ou pode não ser. Se for (ou porque o Governo se demite ou se desmorona se for tipo uma coligação ou se é o presidente da república que o demite seja lá porque for) e a seguir forem convocadas novas eleições sendo eleitos os mesmos ou outros não há aqui nada de anti-democrático...
Coisas do género já aconteceram e vão continuar a acontecer no exercício da democracia.
Como disse logo no início se há aqui algo de errado é precisamente o oposto: é alguém querer limitar esta liberdade às pessoas!
Elias Escreveu:A questão é esta: tens legislaturas de 4 anos.
As legislaturas são de 4 anos ou de 1. Ou 5 ou outro qualquer valor que queiram definir como máximo.
Podem ser de maioria absoluta ou relativa. Podem ser monopartidárias ou fruto de coligações as quais podem ser pré ou pós eleitorais.
Pode existir paz social ou não existir. Pode existir estabilidade e boa relação entre os orgãos políticos ou não existir.
Podem acontecer n coisas e a situação ser a mais diversa, não se pode reduzir uma legistlatura e ainda mais por maioria de razão a democracia em geral a uma data ou a um número...
Elias Escreveu: Tu poderás dizer "pois eu acho que 4 anos é muito (...)
Eu não acho nem muito nem pouco, como dizem os anglo-saxónicos "it's beside the point" porque as legislaturas não se definem pela sua duração máxima.
Isto é meramente o limite máximo (findo o qual tem de existir novas eleições esteja a coisa como estiver) e enquanto limite máximo parece-me mais ou menos adequado.
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Isto não faz qualquer sentido: não só tu não sabes (nem tens nada que saber!) qual é a vontade popular hoje - quanto muito tens indicadores - como também seguindo essa lógica hoje a vontade popular não podia ser outra que não a que era à data das eleições e não podia mudar nunca a não ser exclusivamente na data das eleições seguintes!
Se alguma coisa isto era uma espécie de ditadura auto-imposta, de noção democrática não tem nada.
Ora pensa lá melhor nisso...
Faz todo o sentido. É evidente que a vontade popular vai mudando ao longo do tempo. E então? É por causa disso que se deve mandar um governo abaixo?
A questão é esta: tens legislaturas de 4 anos. Tu poderás dizer "pois eu acho que 4 anos é muito e que o melhor é fazer eleições todos os anos, de modo a que o executivo reflicta a vontade do povo em cada momento".
Nada contra. Essa solução é defensável. Traria mais instabilidade, mas teria a vantagem de actualizar mais frequentemente a vontade popular.
Revês-te numa solução desse tipo? Com legislaturas de 1 ano, por exemplo? Ou até de 6 meses?
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Elias Escreveu:Bem, depende do teu conceito de democracia.
O meu conceito de democracia passa por aceitar os resultados eleitorais, na medida em que isso reflecte a escolha do povo. Querer que o governo caia (que obviamente é um desejo legítimo de cada um) traduz a vontade de que a escolha do povo deixe de ser aceite, e foi nesse sentido que escrevi que é uma opção pouco democrática.
Por outras palavras: essa opção / desejo é totalmente legítima, mas não é lá muito compatível com um sistema democrático, pois constitui uma rejeição da vontade popular.
Isto não faz qualquer sentido: não só tu não sabes (nem tens nada que saber!) qual é a vontade popular hoje - quanto muito tens indicadores - como também seguindo essa lógica hoje a vontade popular não podia ser outra que não a que era à data das eleições e não podia mudar nunca a não ser exclusivamente na data das eleições seguintes!
Se alguma coisa isto era uma espécie de ditadura auto-imposta, de noção democrática não tem nada.
Ora pensa lá melhor nisso...
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Bem, depende do teu conceito de democracia.
O meu conceito de democracia passa por aceitar os resultados eleitorais, na medida em que isso reflecte a escolha do povo. Querer que o governo caia (que obviamente é um desejo legítimo de cada um) traduz a vontade de que a escolha do povo deixe de ser aceite, e foi nesse sentido que escrevi que é uma opção pouco democrática.
Por outras palavras: essa opção / desejo é totalmente legítima, mas não é lá muito compatível com um sistema democrático, pois constitui uma rejeição da vontade popular.
O meu conceito de democracia passa por aceitar os resultados eleitorais, na medida em que isso reflecte a escolha do povo. Querer que o governo caia (que obviamente é um desejo legítimo de cada um) traduz a vontade de que a escolha do povo deixe de ser aceite, e foi nesse sentido que escrevi que é uma opção pouco democrática.
Por outras palavras: essa opção / desejo é totalmente legítima, mas não é lá muito compatível com um sistema democrático, pois constitui uma rejeição da vontade popular.
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Desculpem intrometer-me mas alguém querer que um governo caia nem é democrático nem é anti-democrático, é meramente uma opinião/desejo pessoal a que todos temos direito.
Se alguma coisa aqui estaria mal era querer privar alguém de ter essa liberdade, não?
Anti-democrático poderia ser por exemplo manipular o resultado de umas eleições por forma a um governo que não se quer não ser eleito.
Se alguma coisa aqui estaria mal era querer privar alguém de ter essa liberdade, não?
Anti-democrático poderia ser por exemplo manipular o resultado de umas eleições por forma a um governo que não se quer não ser eleito.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
tavaverquenao2 Escreveu:Então na tua ideia, se o governo quiser se demitir, tenho de pedir para ficarem, certo?
Mas tu é que escreveste que queres que o governo caia... E o que eu disse foi que isso não é lá muito democrático da tua parte...
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tavaverquenao2 Escreveu:Achas? Eu ainda não saí daqui para acabar com o governo. Posso me expressar ou não nesta democracia? Quando eu sair daqui vais ouvir nas noticias que alguém levou na boca.
Claro que te podes expressar.
O meu comentário foi mais pelo facto de quereres que o governo se demita, quando há um ano escrevias que eras um democrata e aceitavas o resultado das eleições. Afinal parece que já não aceitas...

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Há um ano escrevias isto
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... ht=#850170
1/7/2011 14:42
Agora já queres correr com o governo democraticamente eleito.
Parece que o teu sentido de democracia foi dar uma volta ao bilhar grande...
tavaverquenao2 Escreveu:Eu sou um democrata, aceito as escolhas através de eleições.
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... ht=#850170
1/7/2011 14:42
Agora já queres correr com o governo democraticamente eleito.
Parece que o teu sentido de democracia foi dar uma volta ao bilhar grande...
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