Escola de Pensamento Austríaca
Jolly Roger Escreveu:Eu acho que tu não estás a agir de boa fé.
Eis porquê:
Se alguém me pedir para caracterizar o pensamento filosófico de Descartes e eu lhe sugerir a leitura do "Discurso do Método" e essa pessoa me vier dizer que esse livro não dá porque está escrito de uma forma arrogante a par com uma série de disparates e que a partir dele não dá para debater nada, eu tenho o direito de me questionar se a pergunta é feita com vista a um melhor conhecimento do pensamento do autor ou se pelo contrário a pessoa pretende apenas moer-me o juizo.
Dito isto, o ritmo e a quantidade do que tu lês, estudas ou vês filmes no youtube, é da tua inteira responsabilidade e se consideras essa actividade masoquismo tens toda a liberdade de não a fazer. Eu é que não tenho nada a ver com isso. Nem eu nem ninguém.
Sobre os impostos deixo-te este pequeno video e espero que pouco mais de 11 minutos não seja excessivo:
http://youtu.be/3nsxNmmKF4s
Jolly, estamos a debater literatura, economia ou filosofia?
Tenho todo o gosto em debater ideias concretas que podem ser aplicadas (e abordar os seus méritos ou desméritos), mas sou incapaz de debater n ideias simultâneamente com a complexidade que cada um dos temas económicos abrange.
Por isso neste tópico e até agora tenho apenas pedido esclarecimento sobre as definições/fronteiras no seu pensamento, tentando não entrar em valorização do que propõem (concorde ou não).
Num fórum deste tipo não debato filosofia (e tento não debater política).
Por isso te pedi um link sobre um assunto concreto, e agradeço que mo tenhas passado. Oportunamente comentarei (agora não tenho tempo para o ver).
Perdem-se horas a ler e a escrever estos posts.
Abç.
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Muffin Escreveu:
Jolly, quando peço artigos ou escritos é porque é muito mais manejável e pode ser consumido em pequenas doses de cada vez.
O migluso posteou uma conferência do Huerta de Sotto onde para além da duração (hora e meia) de uma apresentação onde os disparates vão de mão dada com uma arrogância moral insuportável, existem ideias com algum interesse e validade. Impossível debater tudo o que se diz numa exposição daquela duração.
De qualquer forma, se tiveres o texto ou puderes apontar onde o Sr. fala sobre os impostos, tería muito interesse em ver/ouvir e poderemos comentá-lo.
Agradeço também as três outras referências que passaste e que irei pesquisando, apesar de que o masoqismo, o tento praticar em doses muito moderadas.
Eu acho que tu não estás a agir de boa fé.
Eis porquê:
Se alguém me pedir para caracterizar o pensamento filosófico de Descartes e eu lhe sugerir a leitura do "Discurso do Método" e essa pessoa me vier dizer que esse livro não dá porque está escrito de uma forma arrogante a par com uma série de disparates e que a partir dele não dá para debater nada, eu tenho o direito de me questionar se a pergunta é feita com vista a um melhor conhecimento do pensamento do autor ou se pelo contrário a pessoa pretende apenas moer-me o juizo.
Dito isto, o ritmo e a quantidade do que tu lês, estudas ou vês filmes no youtube, é da tua inteira responsabilidade e se consideras essa actividade masoquismo tens toda a liberdade de não a fazer. Eu é que não tenho nada a ver com isso. Nem eu nem ninguém.
Sobre os impostos deixo-te este pequeno video e espero que pouco mais de 11 minutos não seja excessivo:
http://youtu.be/3nsxNmmKF4s
Uma pergunta aos adeptos do Keynesianismo
Já que este modelo/teoria económica advoga maior circulação/injecção de dinheiro no mercado, e, nomeadamente nos casos de “armadilha de liquidez” em que o dinheiro é entesourado nos cofres de quem lhe põe as mão em cima também existem soluções tais como imprimir “notas” a dizer válida até 21/01/2013, obrigando/incentivado assim os agentes a gastar esse dinheiro.[1]
Restava saber quem ia ficar com a batata quente nas mãos? Quem seria o desgraçado a ter essa nota no dia em que a data de validade fosse ultrapassada.
Mas a pergunta é esta, posso ser ou candidatar-me a vosso agente, para receber dinheiro vosso para depois eu proprio me encarregar de distribuir esse dinheiro na economia?
[1]- http://ventosueste.blogspot.pt/2009/05/keynesianismo-e-intervencao-do-estado.html
Já que este modelo/teoria económica advoga maior circulação/injecção de dinheiro no mercado, e, nomeadamente nos casos de “armadilha de liquidez” em que o dinheiro é entesourado nos cofres de quem lhe põe as mão em cima também existem soluções tais como imprimir “notas” a dizer válida até 21/01/2013, obrigando/incentivado assim os agentes a gastar esse dinheiro.[1]
Restava saber quem ia ficar com a batata quente nas mãos? Quem seria o desgraçado a ter essa nota no dia em que a data de validade fosse ultrapassada.
Mas a pergunta é esta, posso ser ou candidatar-me a vosso agente, para receber dinheiro vosso para depois eu proprio me encarregar de distribuir esse dinheiro na economia?

[1]- http://ventosueste.blogspot.pt/2009/05/keynesianismo-e-intervencao-do-estado.html
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migluso Escreveu:Mas quando utilizas termos como desmantelamento e sofrimento, o caso muda de figura...
migluso, por favor, não te prendas em detalhes semânticos. desmantelamento, abolição, término, cessaçao, reduçao, eliminação... usa o que quiseres ou corrige-me se não gostares de algum, mas não é preciso que o "caso mude de figura". O mesmo se aplica para "sofrimento".
migluso Escreveu:A que propostas teóricas te referes? Estas?
- redução de impostos;
- redução da despesa e investimento público;
- privatizações;
- desburocratização;
- maior liberalização dos mercados para os tornar mais eficientes;
- anulação de barreiras ao comércio internacional;
- responsabilização dos accionistas e credores, ou seja, no bailouts a empresas falidas.
Através de política fiscal, (des)regulamentação, etc... Não percebo a tua pergunta. É o mesmo que eu te pedir literatura que mostre como se pode aplicar um aumento de impostos.
Sim, essas, são proposições teóricas a que lhes falta a fundamentação prática, sem a qual me deixam confuso.
Posto de outro modo, seria parecido a apresentar um plano de reestruturação de uma empresa sem apresentar projecções de poupanças ou de custos, dizendo apenas que vamos cortar aqui e aqui e por isso vamos ficar melhor e poupar muito dinheiro que seria canalizado para Investimento produtivo! Posso estar a pedir o que não existe.
migluso Escreveu:Se estás a referir-te ao Estado social, os proponentes da escola austríaca que defendem o Estado social suponho que o sustentem como todos os outros, isto é, através dos impostos. Não vejo outra alternativa.
Precisamente, mas os impostos são vistos como um ataque à liberdade individual, e como o dinheiro não chega para tudo, gostaría de saber o que considera esta escola como Estado Social.
migluso Escreveu:A Holanda e a Suiça são óptimos exemplo de um conceito de Estado social assente em princípios económicos defendidos por todos os economistas da escola austríaca, mas também por todos os outros verdadeiros economistas, incluindo Keynes em muitas áreas:
- competição entre produtores
- liberdade de escolha dos consumidores
Aquí perdi-me eu. É evidente que todas as escolas de pensamento económico têm pontos comuns.
migluso Escreveu:Se as minhas respostas não tiverem nada a ver, mostra-me por favor, e passo a citar-te, "alguma literatura do "como" se conseguiriam implementar essas propostas "teóricas", fim de citação. Mas neste caso "essas" significam as propostas teóricas que tu defendes (podes postar no tópico do Stiglitz). Honestamente, não percebi a pergunta. Dá-me um exemplo do que pretendes, por favor.
Gostaria de ver as medidas propostas quantificadas. Posso estar a pedir algo inexistente, sim.
migluso Escreveu:Em nenhum passagem da citação que deixei ele alerta para o perigo do Estado querer organizar um sistema de segurança social.
Mas é provável que o tenha feito. Principalmente se o Estado decidisse monopolizar o sistema.
Se o fez, só demonstrou mais uma vez o quão visionário era.
Não é por acaso que nos países nórdicos o sistema é misto e em Portugal os jovens têm todo o direito de se sentirem roubado.
O Milton Friedman defendia tanto o mercado como os economistas austríacos defendem, e no entanto defendeu um sistema de ensino onde o Estado garantia o acesso a quem precisasse.
Apnas te pedi que esclarecesses o que ele queria dizer, alargando a citação ou apresentando o link para o original. Com meu conhecimento o Milton Friedman nunca foi acólito do pensamento da Escola Austríaca. Creio mesmo que sería um acérrimo opositor pois sendo um monetarista não o estou a ver a compartir as medidas propostas (ver de Sotto e/ou Ron Paul) de acabar com os bancos centrais, monetarizar completamente o sistema e voltar ao padrão ouro.
migluso Escreveu:Nesta escola como noutras, incluindo a keynesiana, a abrangência e o confronto de ideias é muito grande.
Não há um pensamento único.
Dou-te alguns exemplos, de confronto de ideias dentro da escola austríaca:
- há quem defenda um sistema bancário de reservas fraccionárias e há quem defenda um sistema de reservas total sobre depósitos à ordem;
- há quem defenda o ouro como dinheiro e há quem defenda que deve ser o mercado a decidir (o que significa que pode ser o papel moeda);
- há quem defenda um sistema fiscal progressivo e quem defenda uma taxa flat e quem defenda taxa nenhuma;
- há quem defenda o euro e quem seja contra;
- etc... etc... etc...
Excelente! tens links? artigos de opinião?
migluso Escreveu:Milton Friedman, James Buchnan, Lucas, etc..., só para mencionar alguns prémios nobel (há muitos outros), não são considerados austríacos mas ao mesmo tempo são-no em muitos aspectos. Assim, como pos-keynesianos e austríacos têm alguns pontos em comum.
De acordo, mas o mu interesse neste tópico sería perceber o que pensam os Austríacos de uma forma objectiva e como pensam que a sua visão de sociedade se podería aplicar no mundo de hoje, de uma forma prática, e nñao sómente teórica.
migluso Escreveu:As fronteiras de que tu falas são subjectivas.
Tento pôr alguma objectividade no debate, se não fôr possível, na boa.
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Jolly Roger Escreveu:Muffin Escreveu:
Eu tentei.... mas o homem não junta duas ideias que me façam sentido...
Talvez o Ron Paul não seja de facto o melhor exemplo. É médico de profissão, e é de facto um político. É uma espécie de João Semedo lá do sítio com a diferença dos quadrantes políticos distintos...
Sugiro-te Marc Faber, Jim Rogers e Peter Schiff em alternativa com inumeros videos no youtube e muita coisa para ler.
Mais perto e aqui ao lado em Espanha, Jesus Huerta de Sotto.
São todos economistas. Os 3 primeiros particularmente ligados aos mercados e o último professor universitário.
Uma última nota para a pergunta que fazes sobre quem redistribui e quem substitui o Estado para redistribuir...
... Não é suposto o Estado ser uma variante do Robin dos Bosques e redistribuir significa tirar a uns por decreto para dar a outros por decreto.
O professor Huerta de Sotto explica bem a visão sobre os impostos.
Jolly, quando peço artigos ou escritos é porque é muito mais manejável e pode ser consumido em pequenas doses de cada vez.
O migluso posteou uma conferência do Huerta de Sotto onde para além da duração (hora e meia) de uma apresentação onde os disparates vão de mão dada com uma arrogância moral insuportável, existem ideias com algum interesse e validade. Impossível debater tudo o que se diz numa exposição daquela duração.
De qualquer forma, se tiveres o texto ou puderes apontar onde o Sr. fala sobre os impostos, tería muito interesse em ver/ouvir e poderemos comentá-lo.
Agradeço também as três outras referências que passaste e que irei pesquisando, apesar de que o masoqismo, o tento praticar em doses muito moderadas.

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Irra migluso, o poder de síntese ficou debaixo do colchão :S
Começo pelo fim que é o mais simples.
1. Coerência - O Álvaro Cunhal também era tido por um político muito sério e coerente;
2. Quería dizer dívida, peço desculpa pelo lapso;
3. Não vão em sentido de ninguém, os números saem da confrontação directa das propostas;
4. As propostas dos candidatos repúblicanos podem ser consultadas em http://crfb.org/sites/default/files/primary_numbers.pdf em que se pode observar que a dívida se mantém estável em todo o período de implementação do programa de Ron Paul (na projecção intermédia e na projecção realista);
5. Generalidades (ou retórica, como dizes) seria confundir políticas keynesianas com socialismo ou afirmar que quem defende ideias keynesianas defende um estado gastador. Os exemplos que dás também poderiam sê-lo, mas não se aplicam a nada do que escrevi anteriormente.
Quanto ao resto, tentarei abordar noutra ocasião.
Abç.
Começo pelo fim que é o mais simples.
migluso Escreveu:É um político muito preciso e muito coerente. Pode-se não concordar com ele, mas não me lembro de nenhum dos seus opositores o acusarem de ser impreciso ou incoerente.
Em relação à proposta do orçamento que ele delineou, querias mesmo dizer défice? Ou querias dizer dívida?
Já agora apresenta o número, pois se for mesmo o défice e se este é igual ao do Obama, de certeza que a proposta deste último aponta para uma previsão de menos de 3%.
Se for dívida, e a previsão for igual à do Obama, convém dizer quanto é que é a redução relativamente aos níveis actuais.
É que me custa a crer que seja o Ron Paul a ir no sentido do Obama e não o Obama a trazer esses números para níveis que o Ron Paul considera sustentáveis.
Estava a escrever sobre o Ron Paul e pensei que se eu adoptasse a retórica que estás a utilizar relativamente ao tema escola austríaca/Estado social te diria algo tipo:
Se não gostas do Ron Paul é porque és a favor da guerra no Iraque e no Afeganistão.
Onde no teu caso se devia ler: se defendes a escola austríaca (ou muitas das ideias que lhe pertencem) é porque és contra o Estado social.
Obviamente, em ambos os casos a conclusão é precipitada e pelo menos no segundo caso falsa.
1. Coerência - O Álvaro Cunhal também era tido por um político muito sério e coerente;
2. Quería dizer dívida, peço desculpa pelo lapso;
3. Não vão em sentido de ninguém, os números saem da confrontação directa das propostas;
4. As propostas dos candidatos repúblicanos podem ser consultadas em http://crfb.org/sites/default/files/primary_numbers.pdf em que se pode observar que a dívida se mantém estável em todo o período de implementação do programa de Ron Paul (na projecção intermédia e na projecção realista);
5. Generalidades (ou retórica, como dizes) seria confundir políticas keynesianas com socialismo ou afirmar que quem defende ideias keynesianas defende um estado gastador. Os exemplos que dás também poderiam sê-lo, mas não se aplicam a nada do que escrevi anteriormente.
Quanto ao resto, tentarei abordar noutra ocasião.
Abç.
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Muffin Escreveu:Eu prefiro perguntar se existe alguma literatura do "como" se conseguiriam implementar essas propostas "teóricas", o que é visto como mais um ataque...
Não me lembro de ter lido essa pergunta. Nem nunca vi as tuas perguntas objectivas como um ataque... Mas quando utilizas termos como desmantelamento e sofrimento, o caso muda de figura...
A que propostas teóricas te referes? Estas?
migluso Escreveu:- redução de impostos;
- redução da despesa e investimento público;
- privatizações;
- desburocratização;
- maior liberalização dos mercados para os tornar mais eficientes;
- anulação de barreiras ao comércio internacional;
- responsabilização dos accionistas e credores, ou seja, no bailouts a empresas falidas.
Através de política fiscal, (des)regulamentação, etc... Não percebo a tua pergunta. É o mesmo que eu te pedir literatura que mostre como se pode aplicar um aumento de impostos.
Se estás a referir-te ao Estado social, os proponentes da escola austríaca que defendem o Estado social suponho que o sustentem como todos os outros, isto é, através dos impostos. Não vejo outra alternativa.
A Holanda e a Suiça são óptimos exemplo de um conceito de Estado social assente em princípios económicos defendidos por todos os economistas da escola austríaca, mas também por todos os outros verdadeiros economistas, incluindo Keynes em muitas áreas:
- competição entre produtores
- liberdade de escolha dos consumidores
Se as minhas respostas não tiverem nada a ver, mostra-me por favor, e passo a citar-te, "alguma literatura do "como" se conseguiriam implementar essas propostas "teóricas", fim de citação. Mas neste caso "essas" significam as propostas teóricas que tu defendes (podes postar no tópico do Stiglitz).
Honestamente, não percebi a pergunta. Dá-me um exemplo do que pretendes, por favor.
Muffin Escreveu:Edit: um exemplo apenas, se interpretei mal Hayek, esperaria que me dessem a interpretação correcta. Aliás, eu pedi-a, quer por extensão da citação ou por link à fonte... da mesma forma que pedi ao mst-1 (a quem devo uma resposta).
Em nenhum passagem da citação que deixei ele alerta para o perigo do Estado querer organizar um sistema de segurança social.
Mas é provável que o tenha feito. Principalmente se o Estado decidisse monopolizar o sistema.
Se o fez, só demonstrou mais uma vez o quão visionário era.
Não é por acaso que nos países nórdicos o sistema é misto e em Portugal os jovens têm todo o direito de se sentirem roubado.
O Milton Friedman defendia tanto o mercado como os economistas austríacos defendem, e no entanto defendeu um sistema de ensino onde o Estado garantia o acesso a quem precisasse.
_______________________________
Nesta escola como noutras, incluindo a keynesiana, a abrangência e o confronto de ideias é muito grande.
Não há um pensamento único.
Dou-te alguns exemplos, de confronto de ideias dentro da escola austríaca:
- há quem defenda um sistema bancário de reservas fraccionárias e há quem defenda um sistema de reservas total sobre depósitos à ordem;
- há quem defenda o ouro como dinheiro e há quem defenda que deve ser o mercado a decidir (o que significa que pode ser o papel moeda);
- há quem defenda um sistema fiscal progressivo e quem defenda uma taxa flat e quem defenda taxa nenhuma;
- há quem defenda o euro e quem seja contra;
- etc... etc... etc...
Milton Friedman, James Buchnan, Lucas, etc..., só para mencionar alguns prémios nobel (há muitos outros), não são considerados austríacos mas ao mesmo tempo são-no em muitos aspectos. Assim, como pos-keynesianos e austríacos têm alguns pontos em comum.
As fronteiras de que tu falas são subjectivas.
Muffin Escreveu:
De qualquer forma é um político, e como tal, nunca poderia ser muito preciso nas políticas propostas :S P
Edit: Como proponente de Estado mínimo é espantoso que a proposta de orçamento que delineou para as primárias americanas põe a projecção do déficit americano de dentro de 15 anos ao nivel do proposto por Obama. É precisamente esta dificuldade de passar da teoria à prática que não consigo esclarecer.
É um político muito preciso e muito coerente. Pode-se não concordar com ele, mas não me lembro de nenhum dos seus opositores o acusarem de ser impreciso ou incoerente.
Em relação à proposta do orçamento que ele delineou, querias mesmo dizer défice? Ou querias dizer dívida?
Já agora apresenta o número, pois se for mesmo o défice e se este é igual ao do Obama, de certeza que a proposta deste último aponta para uma previsão de menos de 3%.
Se for dívida, e a previsão for igual à do Obama, convém dizer quanto é que é a redução relativamente aos níveis actuais.
É que me custa a crer que seja o Ron Paul a ir no sentido do Obama e não o Obama a trazer esses números para níveis que o Ron Paul considera sustentáveis.
Estava a escrever sobre o Ron Paul e pensei que se eu adoptasse a retórica que estás a utilizar relativamente ao tema escola austríaca/Estado social te diria algo tipo:
Se não gostas do Ron Paul é porque és a favor da guerra no Iraque e no Afeganistão.
Onde no teu caso se devia ler: se defendes a escola austríaca (ou muitas das ideias que lhe pertencem) é porque és contra o Estado social.
Obviamente, em ambos os casos a conclusão é precipitada e pelo menos no segundo caso falsa.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Muffin Escreveu:
Eu tentei.... mas o homem não junta duas ideias que me façam sentido...
Talvez o Ron Paul não seja de facto o melhor exemplo. É médico de profissão, e é de facto um político. É uma espécie de João Semedo lá do sítio com a diferença dos quadrantes políticos distintos...
Sugiro-te Marc Faber, Jim Rogers e Peter Schiff em alternativa com inumeros videos no youtube e muita coisa para ler.
Mais perto e aqui ao lado em Espanha, Jesus Huerta de Sotto.
São todos economistas. Os 3 primeiros particularmente ligados aos mercados e o último professor universitário.
Uma última nota para a pergunta que fazes sobre quem redistribui e quem substitui o Estado para redistribuir...
... Não é suposto o Estado ser uma variante do Robin dos Bosques e redistribuir significa tirar a uns por decreto para dar a outros por decreto.
O professor Huerta de Sotto explica bem a visão sobre os impostos.
Muffin Escreveu:
E qual é a % da dívida americana que detem a China? Se esmiuçarmos um pouco mais este tema pode ser que cheguemos a uma conclusão não tão conspirativa...
Chineses reduzem exposição à dívida dos EUA e têm “crescente interesse” pelo euro
A China reduziu a sua carteira de títulos do Tesouro norte-americano em Dezembro, pelo terceiro mês consecutivo, para 1,1 biliões (milhões de milhões) de dólares, indicando um “crescente interesse” pelo euro, escreve hoje o jornal oficial China Daily.
Em http://economia.publico.pt/Noticia/chin ... ro-1534209
Afinal os Americanos com os seus QE não convencem os Chineses

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mst-1 Escreveu:Muffin Escreveu:Duas questoes:
1. Tens acesso a algum artigo/proposta desta escola sobre o "como" se desmantelariam os monopólios (custos, tempo, impacto, etc?!) ou existe apenas uma orientaçao genérica (e uma proposição de que resolveria os "problemas")?
2. Existe algum texto onde se explique de forma sucinta os limites do Estado? o migluso citou um texto que aponta para os bens públicos, mas sem citar a fonte, nem fazer um resumo da ideia, pelo que se torna curto. Tens conhecimento de algum texto ou artigo onde essa vertente seja abordada de uma forma clara?
Mais duas questões:
1. O texto do Hayek não me parece completamente claro. Podes transcrever/esclarecer/complementar melhor a ideia?
2. Quem deveria fazer então a redistribuição da riqueza?
Em relação às duas primeiras questões, suponho que a forma mais simples de entenderes a aplicação pratica destas ideias seria veres os videos do Ron Paul.
http://www.youtube.com/watch?v=IwwXgPiySto
Embora repara eu não concordo com todas as opiniões dele, a parte de voltar ao Golden standard, não me faz muito sentido.
Eu tentei.... mas o homem não junta duas ideias que me façam sentido. Quer acabar com os Bancos centrais, voltar ao padrão-ouro e atacar as corporações americanas! Com excepção das ideias genéricas de liberdade vs. estado que já foram aqui mencionada, e algumas outras que já ouvi e que concordo, não me parece trazer ideias estruturadas para debater.
De qualquer forma é um político, e como tal, nunca poderia ser muito preciso nas políticas propostas :S P
Edit: Como proponente de Estado mínimo é espantoso que a proposta de orçamento que delineou para as primárias americanas põe a projecção do déficit americano de dentro de 15 anos ao nivel do proposto por Obama. É precisamente esta dificuldade de passar da teoria à prática que não consigo esclarecer.
Para quem goste dele e deteste o krugman aqui fica o debate deles. http://mjperry.blogspot.com.es/2012/05/ ... ugman.html
Não existem textos/comentários sobre o tema das minhas perguntas de fácil acesso?
mst-1 Escreveu:Em relação às duas ultimas
1-Para mim existem duas questões aqui, por um lado o estado não consegue redistribuir a quem merece e na quantidade que eles merecem, por outro, as rendas que as pessoas recebem oferecem dependencia em relação ao estado, exactamente o que tu não queres que aconteça. E no final a unica coisa que vais conseguir é que fiquemos todos igualmente pobres.
Ok, a ideia de o Estado não distribui eficazmente e a ideia de liberdade vs. dependência do Estado. Não concordo, mas ok

mst-1 Escreveu:2-Tu, eu, todos, as pessoas dão o que querem dar como querem dar, a quem querem dar, como por acaso até acabas por ter no IRS onde podes dar uma parte dos teus descontos a uma instituição do teu agrado, preferia dar 50% dos meus rendimentos a instituições da minha escolha a da-los ao estado. Além disso, no limite podes implementar uma série de formas de distribuição de riqueza que não envolvam o estado, como de resto tens hoje numa série de intituições onde as pessoas pagam conforme os rendimentos e não um valor fixo, não vejo porque é que as escolas não podiam funcionar nestes moldes
Estás a passar para o mercado a redistribuição do rendimento ou estou a interpretar mal? As escolas comparticipadas penso que funcionam nesses moldes. Poderías abordar este tema em mais detalhe, se te parece pertinente?!
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Atomez Escreveu:MPC_finance Escreveu:O endividamento externo também representa um perigo para o governo dos EUA. Bancos centrais estrangeiros, como o Banco Central da China ou o Banco Central do Japão, estão em posse de somas substantivas de títulos da dívida do governo americano. A ameaça — crível ou não — de despejar estes títulos no mercado (e, com isso, levar a um grande aumento dos juros nos EUA) pode dar a estes governos, especialmente o chinês, alguma alavancagem política.
Isso não é assim tão linear.
Se os chineses quiserem despejar esses títulos no mercado quem é que os quer comprar? Os europeus? Japoneses? Resto do mundo? Esses títulos na prática não valem nada. São lixo.
Os chineses é que de facto estão dependentes que americanos vão pagando os juros e não entrem em default...
Ou iria a China declarar guerra aos States para os obrigar a pagar?
Isto de ser a única superpotência tem as suas vantagens. Tal como os governos têm o monopólio da violência a nível nacional, os américas têm, de certo modo, o monopólio da violência a nível mundial.
E qual é a % da dívida americana que detem a China? Se esmiuçarmos um pouco mais este tema pode ser que cheguemos a uma conclusão não tão conspirativa...
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mst-1 Escreveu:Muffin Escreveu:AutoMech, o que procuro são as fronteiras defendidas por esta escola de pensamento. Mais do que dar eu a definição gostaría de saber até onde podería/devería o Estado intervir nesta área para os seus proponente.
... ...
Quando se diz que não "têm" que ser públicas assume-se que o podem ser? Algum texto de suporte? O conceito de escolaridade obrigatória imagino que seja completamente rejeitado para esta Escola, sim, não?!
Pelo texto de Higgs que citei anteriormente, o conceito parece claro
"Robert Higgs - http://mises.org/daily/3634 (corrigido) -
"We can have a free society or a welfare state. We cannot have both."
Esta corrente é única, dominante?
Uma coisa só pode evoluir se for usada, desde os anos 30 que vives sob o modelo de Keynes, portanto, pelo menos pelo que conheço, não existem praticamente diferenças nenhumas entre o que o Hayek e os modelos actuais, pode haver uns floreados diferentes, mas a base é exactamente igual, além disso, não se mexe numa equipa que ganha.
... ...
Ok, aceitando que não houve grande evoluçao, pelas razões que apontas, acabaste por não responder à minha dúvida... Se souberes ou puderes, claro está

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Atomez Escreveu:MPC_finance Escreveu:O endividamento externo também representa um perigo para o governo dos EUA. Bancos centrais estrangeiros, como o Banco Central da China ou o Banco Central do Japão, estão em posse de somas substantivas de títulos da dívida do governo americano. A ameaça — crível ou não — de despejar estes títulos no mercado (e, com isso, levar a um grande aumento dos juros nos EUA) pode dar a estes governos, especialmente o chinês, alguma alavancagem política.
Isso não é assim tão linear.
Se os chineses quiserem despejar esses títulos no mercado quem é que os quer comprar? Os europeus? Japoneses? Resto do mundo? Esses títulos na prática não valem nada. São lixo.
Os chineses é que de facto estão dependentes que americanos vão pagando os juros e não entrem em default...
Ou iria a China declarar guerra aos States para os obrigar a pagar?
Sim obviamente que não é tão linear esse ponto.
Mas o meu objectivo foi explicar, aquilo que tu atrás até já tinhas referido. Mas decidi colocar esta fonte para aqueles que erradamente argumentam com o caso do japão.
Abraço
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MPC_finance Escreveu:O endividamento externo também representa um perigo para o governo dos EUA. Bancos centrais estrangeiros, como o Banco Central da China ou o Banco Central do Japão, estão em posse de somas substantivas de títulos da dívida do governo americano. A ameaça — crível ou não — de despejar estes títulos no mercado (e, com isso, levar a um grande aumento dos juros nos EUA) pode dar a estes governos, especialmente o chinês, alguma alavancagem política.
Isso não é assim tão linear.
Se os chineses quiserem despejar esses títulos no mercado quem é que os quer comprar? Os europeus? Japoneses? Resto do mundo? Esses títulos na prática não valem nada. São lixo.
Os chineses é que de facto estão dependentes que americanos vão pagando os juros e não entrem em default...
Ou iria a China declarar guerra aos States para os obrigar a pagar?
Isto de ser a única superpotência tem as suas vantagens. Tal como os governos têm o monopólio da violência a nível nacional, os américas têm, de certo modo, o monopólio da violência a nível mundial.
Editado pela última vez por atomez em 17/8/2012 20:34, num total de 1 vez.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
A dívida Japonesa, não pode ser comparada com a nossa.
Pode ler-se na totalidade em
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1337
Economistas e jornalistas frequentemente citam os perigos da dívida pública externa — em contraposição à dívida interna, que normalmente é considerada menos preocupante. O Japão é um bom exemplo. O país possui uma enorme dívida pública em relação ao PIB, de mais de 200%. Mas argumenta-se que esta enorme porcentagem não seria um problema porque os japoneses poupam muito e os títulos do governo japonês estão majoritariamente nas mãos de cidadãos japoneses. Seria, portanto, uma dívida essencialmente interna.
Em contrapartida, a Espanha, que possui uma relação dívida/PIB muito mais baixa (espera-se que ela atinja 80% ao final deste ano), é considerada muito mais instável pelos investidores. Um dos motivos apresentados para a fragilidade espanhola é que aproximadamente metade dos títulos do governo espanhol está nas mãos de estrangeiros.[1]
À primeira vista, é de se duvidar deste raciocínio. De fato, sendo eu um indivíduo que mora na Espanha, pouco me importa se o empréstimo que irei obter será de um amigo espanhol ou de um amigo alemão. Por que seria diferente para o governo espanhol? Por que se importar se os empréstimos virão de espanhóis ou de alemães?
Governos, em última instância, se baseiam na violência física ou na ameaça de violência física. O estado possui o monopólio da violência dentro de um determinado território. E é na violência que jaz a diferença. Uma dívida cujos títulos estejam em posse de cidadãos nacionais gera renda para estes cidadãos, os quais, por sua vez, são tributados pelo governo nacional, que possui o monopólio da violência. Isto significa que parte dos juros que o governo paga sobre a dívida interna volta para o governo por meio de impostos. Já os juros pagos sobre a dívida externa vão para o bolso de cidadãos estrangeiros, os quais são tributados pelos governos destes outros países. Sendo assim, o governo nacional nada ganha no final.
Mas há outro e ainda mais persuasivo motivo por que o monopólio da violência é importante: eu não posso forçar nem o meu amigo espanhol nem o meu amigo alemão a rolarem seu empréstimo para mim quando ele maturar. Embora o governo nacional não possa forçar aqueles indivíduos fora do seu território a rolarem os empréstimos que concederam, ele pode forçar cidadãos e instituições dentro de sua jurisdição a fazê-lo. De uma forma mais sutil, governos podem pressionar seus financiadores tradicionais, os bancos, a rolarem a dívida pública.
Bancos e governos vivem em uma relação de simbiose. Os governos concederam aos bancos o privilégio de operarem com reservas fracionadas, e deram ao sistema bancário garantias implícitas e explícitas de socorro em caso de problemas. Um apoio adicional é fornecido por meio de um banco central controlado pelo governo, o qual pode ajudar em casos de problemas de liquidez. Adicionalmente, os governos controlam o sistema bancário por meio de uma miríade de regulamentações. Em troca do privilégio de poderem criar dinheiro do nada através do mecanismo das reservas fracionárias, os bancos utilizam este poder para financiar os governos comprando os títulos de sua dívida.
Por causa deste intenso relacionamento e do monopólio estatal da violência, o governo japonês pode pressionar seus bancos a rolarem a dívida pendente. Ele também pode pressioná-los a não saírem vendendo abruptamente os títulos desta dívida (o que faria com que seus preços caíssem e, consequentemente, os juros subissem), bem como estimulá-los a comprarem ainda mais dívida. No entanto, o governo japonês não pode obrigar os estrangeiros a se absterem de vender os títulos desta dívida ou a comprarem ainda mais. E é aí que está o perigo para os governos que possuem uma alta porcentagem de dívida em mãos estrangeiras, como é o caso do governo espanhol.
Ao passo que os bancos e os fundos de investimento espanhóis irão obedecer ao governo da Espanha e não irão inundar o mercado com títulos da dívida do governo espanhol, as instituições estrangeiras podem fazer o oposto.[2] E o governo espanhol não pode "persuadi-las" ou "forçá-las" a não agir assim, uma vez que elas estão localizadas em outras jurisdições. A única coisa que o governo espanhol pode fazer — e os governos da periferia do euro já estão fazendo — é pressionar os políticos destes países credores a pressionarem seus próprios bancos a manterem esses títulos da dívida em seus balancetes, e rolá-los em vez de vendê-los.
O endividamento externo também representa um perigo para o governo dos EUA. Bancos centrais estrangeiros, como o Banco Central da China ou o Banco Central do Japão, estão em posse de somas substantivas de títulos da dívida do governo americano. A ameaça — crível ou não — de despejar estes títulos no mercado (e, com isso, levar a um grande aumento dos juros nos EUA) pode dar a estes governos, especialmente o chinês, alguma alavancagem política.
[1]-Outro importante motivo é que o governo espanhol não pode utilizar a impressora de dinheiro sempre que quiser, pois ela é compartilhada por outros governos da zona do euro, os quais podem protestar. Já o governo do Japão, por outro lado, controla seu banco central e, consequentemente, a impressora de dinheiro.
[2]-Vale notar que os títulos recém-emitidos da dívida espanhola estão exclusivamente em mãos de bancos espanhóis, pois outros investidores estão cada vez menos interessados em financiar um governo que simplesmente se recusa a implantar medidas de austeridade reais e efetivas.
Pode ler-se na totalidade em
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1337
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Muffin Escreveu:AutoMech Escreveu:Muffin Escreveu:Por exemplo, se esta escola propusesse a total não intervenção do Estado (por ser nomeadamente um atentado às liberdades individuais), isso implicaria o desmantelamento do estado social! É um facto, não é um ataque.
Poderemos depois discutir se faz sentido ou não (e aí provavelmente entraríamos numa discussão politico/filosófica, como aponta o Automech), mas primeiro gostaria de perceber o que propõem nesse sentido.
Muffin, a mim parece-me que o teu primeiro paragrafo acaba por responder ao segundo ou seja, se não há estado social não há nada a defender. Cada um faz o que quer (atenção que eu não concordo a 100% com a escola austríaca, nomeadamente na assistência mínima, estou apenas a dizer o que eles defendem).
Ainda assim Muffin, talvez seja conveniente dares a tua definição de estado social para teres uma resposta mais precisa sobre o que defende a escola austríaca.
Hoje é comum, além das prestações sociais e pensões, incluir também a saúde e a educação no conceito de estado social, áreas maioritariamente geridas pelo estado. Ora, isso são coisas que os liberais recusam liminarmente que devam estar na esfera pública.
Aliás, quanto mais para a esquerda formos, maior será a abrangência do conceito do estado social. É por isso impossível clarificar ideias sem que o conceito de estado social esteja, ele próprio, definido.
E para que não se diga que estou a querer complicar afirmo já, sem margem para dúvidas, que educação, saúde e pensões não têm de ser públicas, segundo a escola austríaca. E se não têm de ser públicas, serão deixadas, necessariamente, à iniciativa privada.
AutoMech, o que procuro são as fronteiras defendidas por esta escola de pensamento. Mais do que dar eu a definição gostaría de saber até onde podería/devería o Estado intervir nesta área para os seus proponente.
E por favor, de preferência sem citar Hayek, ou será que o pensamento não evoluiu desde os anos 30 do século passado?
Quando se diz que não "têm" que ser públicas assume-se que o podem ser? Algum texto de suporte? O conceito de escolaridade obrigatória imagino que seja completamente rejeitado para esta Escola, sim, não?!
Pelo texto de Higgs que citei anteriormente, o conceito parece claro
"Robert Higgs - http://mises.org/daily/3634 (corrigido) -
"We can have a free society or a welfare state. We cannot have both."
Esta corrente é única, dominante?
Uma coisa só pode evoluir se for usada, desde os anos 30 que vives sob o modelo de Keynes, portanto, pelo menos pelo que conheço, não existem praticamente diferenças nenhumas entre o que o Hayek e os modelos actuais, pode haver uns floreados diferentes, mas a base é exactamente igual, além disso, não se mexe numa equipa que ganha.
De resto repara, os problemas aparecem, e a unica coisa que os Estados Unidos fazem é imprimir $$$. Como o dolar continua a ser a moeda de reserva, eles podem continuar tranquilamente neste caminho, até que suponho eu apareça um cisne negro

Poucos paises adoptam estas teorias, porque são obviamente pouco populistas, tens no entanto, o Chile
Tirado da wiki
"The government's role in the economy is mostly limited to regulation, although the state continues to operate copper giant CODELCO and a few other enterprises (there is one state-run bank). Chile is strongly committed to free trade and has welcomed large amounts of foreign investment. Chile has signed free trade agreements (FTAs) with a whole network of countries, including an FTA with the United States that was signed in 2003 and implemented in January 2004.[28]"
Os resultados
"In 2006, Chile became the country with the highest nominal GDP per capita in Latin America."
Compara com a Argentina

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MPC_finance Escreveu:O critério da Troika? Isso é o quê?![]()
![]()
Que eu saiba a troika não vai a lado nenhum sem lhe pedirem
É um disparate e uma mistura de conceitos. Pelos critérios do Pacto de Estabilidade e Crescimento em vigor na U.E. era o que devería estar escrito.
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AutoMech Escreveu:Muffin Escreveu:Por exemplo, se esta escola propusesse a total não intervenção do Estado (por ser nomeadamente um atentado às liberdades individuais), isso implicaria o desmantelamento do estado social! É um facto, não é um ataque.
Poderemos depois discutir se faz sentido ou não (e aí provavelmente entraríamos numa discussão politico/filosófica, como aponta o Automech), mas primeiro gostaria de perceber o que propõem nesse sentido.
Muffin, a mim parece-me que o teu primeiro paragrafo acaba por responder ao segundo ou seja, se não há estado social não há nada a defender. Cada um faz o que quer (atenção que eu não concordo a 100% com a escola austríaca, nomeadamente na assistência mínima, estou apenas a dizer o que eles defendem).
Ainda assim Muffin, talvez seja conveniente dares a tua definição de estado social para teres uma resposta mais precisa sobre o que defende a escola austríaca.
Hoje é comum, além das prestações sociais e pensões, incluir também a saúde e a educação no conceito de estado social, áreas maioritariamente geridas pelo estado. Ora, isso são coisas que os liberais recusam liminarmente que devam estar na esfera pública.
Aliás, quanto mais para a esquerda formos, maior será a abrangência do conceito do estado social. É por isso impossível clarificar ideias sem que o conceito de estado social esteja, ele próprio, definido.
E para que não se diga que estou a querer complicar afirmo já, sem margem para dúvidas, que educação, saúde e pensões não têm de ser públicas, segundo a escola austríaca. E se não têm de ser públicas, serão deixadas, necessariamente, à iniciativa privada.
AutoMech, o que procuro são as fronteiras defendidas por esta escola de pensamento. Mais do que dar eu a definição gostaría de saber até onde podería/devería o Estado intervir nesta área para os seus proponente.
E por favor, de preferência sem citar Hayek, ou será que o pensamento não evoluiu desde os anos 30 do século passado?
Quando se diz que não "têm" que ser públicas assume-se que o podem ser? Algum texto de suporte? O conceito de escolaridade obrigatória imagino que seja completamente rejeitado para esta Escola, sim, não?!
Pelo texto de Higgs que citei anteriormente, o conceito parece claro
"Robert Higgs - http://mises.org/daily/3634 (corrigido) -
"We can have a free society or a welfare state. We cannot have both."
Esta corrente é única, dominante?
Editado pela última vez por Visitante em 17/8/2012 16:05, num total de 4 vezes.
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Muffin Escreveu:Por exemplo, se esta escola propusesse a total não intervenção do Estado (por ser nomeadamente um atentado às liberdades individuais), isso implicaria o desmantelamento do estado social! É um facto, não é um ataque.
Poderemos depois discutir se faz sentido ou não (e aí provavelmente entraríamos numa discussão politico/filosófica, como aponta o Automech), mas primeiro gostaria de perceber o que propõem nesse sentido.
Muffin, a mim parece-me que o teu primeiro paragrafo acaba por responder ao segundo ou seja, se não há estado social não há nada a defender. Cada um faz o que quer (atenção que eu não concordo a 100% com a escola austríaca, nomeadamente na assistência mínima, estou apenas a dizer o que eles defendem).
Ainda assim Muffin, talvez seja conveniente dares a tua definição de estado social para teres uma resposta mais precisa sobre o que defende a escola austríaca.
Hoje é comum, além das prestações sociais e pensões, incluir também a saúde e a educação no conceito de estado social, áreas maioritariamente geridas pelo estado. Ora, isso são coisas que os liberais recusam liminarmente que devam estar na esfera pública.
Aliás, quanto mais para a esquerda formos, maior será a abrangência do conceito do estado social. É por isso impossível clarificar ideias sem que o conceito de estado social esteja, ele próprio, definido.
E para que não se diga que estou a querer complicar afirmo já, sem margem para dúvidas, que educação, saúde e pensões não têm de ser públicas, segundo a escola austríaca. E se não têm de ser públicas, serão deixadas, necessariamente, à iniciativa privada.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Muffin Escreveu:Atomez Escreveu:Muffin Escreveu:Aliás, se fôsse pela troika, o Japão nunca mais iria crescer! o link abaixo tem gráfico e tudo!
But, national debt in Japan is 225% of GDP (2011)
in http://www.economicshelp.org/blog/1202/ ... -in-japan/
Isso está errado.
225% é a dívida pública, i.e., a dívida do Estado. Isso não é o mesmo que "dívida nacional". Essa seria a dívida do estado mais a das empresas mais a dos cidadãos.
O caso do Japão é muito diferente porque a quase totalidade da dívida pública (uns 95%) é detida pelos próprios japoneses. Quase não têm dívida "internacional".
Já nos caso do "nosso" Portugal, a dívida externa total vai nos 233%...
Atomez, o critério da troika é o de dívida pública, segundo creio.
Está errado em que aspecto?
Aliás os dados do FMI comprovam o que disse, e para os três países citados temos:
japão - http://www.indexmundi.com/japan/public_debt.html
Public debt: 208.2% of GDP (2011 est.)
199.7% of GDP (2010 est.)
Islândia - http://www.indexmundi.com/iceland/public_debt.html
Public debt: 130.1% of GDP (2011 est.)
126.3% of GDP (2010 est.)
Portugal - http://www.indexmundi.com/Portugal/public_debt.html
Public debt: 103.3% of GDP (2011 est.)
93.5% of GDP (2010 est.)
Definition: This entry records the cumulative total of all government borrowings less repayments that are denominated in a country's home currency. Public debt should not be confused with external debt, which reflects the foreign currency liabilities of both the private and public sector and must be financed out of foreign exchange earnings.
Source: International Monetary Fund - 2011 World Economic Outlook
O critério da Troika? Isso é o quê?


Que eu saiba a troika não vai a lado nenhum sem lhe pedirem
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mst-1 Escreveu:Sim (no limite) implica o total e completo desmantelamento daquilo que tu chamas estado social, aquilo que eu não percebo é porque que tu achas que a redistribuição de riqueza tem de ser obriatóriamente feita pelo estado, apercebeste que acabas por estar a condenar Portugal a uma sucessão infinita de Relvas.
Porque é que estado social e redistribuição de riqueza tem de ser sinonimos?
Em relação à aplicação pratica destes conceitos, deixei-te um video de um candidato às primárias dos EUA, não vejo nada mais pratico que isto, que deve ter tido perto de 15% da votação, e tem propostas muito concretas.
O teu post não está esquecido, mas obrigas-me a ver os vídeos do Senhor e para isso tenho que ter alguma disposição de tempo e mental. Espero em breve poder fazê-lo.
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Muffin Escreveu:migluso Escreveu:Muffin Escreveu:Fizeste-me ir ler o tópico do início. Agora tens que gramar (na positiva, ok?)...
... ...
migluso, agradeço o tom e o discurso
Como comentário rápido apenas te posso dizer que onde tu vês/lês "ataques" não existem senão perguntas.
Por exemplo, se esta escola propusesse a total não intervenção do Estado (por ser nomeadamente um atentado às liberdades individuais), isso implicaria o desmantelamento do estado social! É um facto, não é um ataque.
Poderemos depois discutir se faz sentido ou não (e aí provavelmente entraríamos numa discussão politico/filosófica, como aponta o Automech), mas primeiro gostaria de perceber o que propõem nesse sentido.
Eu prefiro perguntar se existe alguma literatura do "como" se conseguiriam implementar essas propostas "teóricas", o que é visto como mais um ataque...
Se releres as minhas perguntas sem segundas intenções por parte de quem as faz, verás que são muito mais lineares do que pensavas a princípio. Se profiro alguma frase "incorrecta" espero que ma corrijam.
Um abraço
Sim (no limite) implica o total e completo desmantelamento daquilo que tu chamas estado social, aquilo que eu não percebo é porque que tu achas que a redistribuição de riqueza tem de ser obriatóriamente feita pelo estado, apercebeste que acabas por estar a condenar Portugal a uma sucessão infinita de Relvas.
Porque é que estado social e redistribuição de riqueza tem de ser sinonimos?
Em relação à aplicação pratica destes conceitos, deixei-te um video de um candidato às primárias dos EUA, não vejo nada mais pratico que isto, que deve ter tido perto de 15% da votação, e tem propostas muito concretas.
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migluso Escreveu:Muffin Escreveu:Fizeste-me ir ler o tópico do início. Agora tens que gramar (na positiva, ok?)...
... ...
migluso, agradeço o tom e o discurso

Como comentário rápido apenas te posso dizer que onde tu vês/lês "ataques" não existem senão perguntas.
Por exemplo, se esta escola propusesse a total não intervenção do Estado (por ser nomeadamente um atentado às liberdades individuais), isso implicaria o desmantelamento do estado social! É um facto, não é um ataque.
Poderemos depois discutir se faz sentido ou não (e aí provavelmente entraríamos numa discussão politico/filosófica, como aponta o Automech), mas primeiro gostaria de perceber o que propõem nesse sentido.
Eu prefiro perguntar se existe alguma literatura do "como" se conseguiriam implementar essas propostas "teóricas", o que é visto como mais um ataque...
Se releres as minhas perguntas sem segundas intenções por parte de quem as faz, verás que são muito mais lineares do que pensavas a princípio. Se profiro alguma frase "incorrecta" espero que ma corrijam.
Um abraço
Edit: um exemplo apenas, se interpretei mal Hayek, esperaria que me dessem a interpretação correcta. Aliás, eu pedi-a, quer por extensão da citação ou por link à fonte... da mesma forma que pedi ao mst-1 (a quem devo uma resposta

Editado pela última vez por Visitante em 17/8/2012 11:02, num total de 2 vezes.
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Atomez Escreveu:Muffin Escreveu:Aliás, se fôsse pela troika, o Japão nunca mais iria crescer! o link abaixo tem gráfico e tudo!
But, national debt in Japan is 225% of GDP (2011)
in http://www.economicshelp.org/blog/1202/ ... -in-japan/
Isso está errado.
225% é a dívida pública, i.e., a dívida do Estado. Isso não é o mesmo que "dívida nacional". Essa seria a dívida do estado mais a das empresas mais a dos cidadãos.
O caso do Japão é muito diferente porque a quase totalidade da dívida pública (uns 95%) é detida pelos próprios japoneses. Quase não têm dívida "internacional".
Já nos caso do "nosso" Portugal, a dívida externa total vai nos 233%...
Atomez, o critério da troika é o de dívida pública, segundo creio.
Está errado em que aspecto?
Aliás os dados do FMI comprovam o que disse, e para os três países citados temos:
japão - http://www.indexmundi.com/japan/public_debt.html
Public debt: 208.2% of GDP (2011 est.)
199.7% of GDP (2010 est.)
Islândia - http://www.indexmundi.com/iceland/public_debt.html
Public debt: 130.1% of GDP (2011 est.)
126.3% of GDP (2010 est.)
Portugal - http://www.indexmundi.com/Portugal/public_debt.html
Public debt: 103.3% of GDP (2011 est.)
93.5% of GDP (2010 est.)
Definition: This entry records the cumulative total of all government borrowings less repayments that are denominated in a country's home currency. Public debt should not be confused with external debt, which reflects the foreign currency liabilities of both the private and public sector and must be financed out of foreign exchange earnings.
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Muffin Escreveu:
Outro ponto que gostaria de deixar claro, é que isto não é um ringue de boxe, em que têm que estar uns contra os outros. Com a troca de ideias devía poder esclarecer-se divergências, mas o drama e o bota-abaixo parecem ser mais fortes.
Existe uma evidente inexistente cultura de debate em Portugal, e isso é bem patente neste fórum, em que uma ideia contrária é assumida como um disparate, e qualquer questão é vista como uma afronta!
Talvez te surpreendesses o quão próximos os nossos pontos de vista podem chegar a ser, mas terias que deixar de assumir que eu sou "isto" e tu "aquilo".
Em vez de responderes às propostas/desafios preferes o "contra-ataque" e o desacreditar os outros e assim ganhares credibilidade, e não te apercebes do que perdes no processo.
Terei todo o prazer de tentar responder ao teu desafio (no que conseguir encontrar e no que o tempo permitir) se o puseres num tópico apropriado (pessoalmente para assuntos de economia "keynesiana" tenho vindo a utilizar o do Stiglitz, mas qualquer um serve).
Um abraço
Fizeste-me ir ler o tópico do início. Agora tens que gramar (na positiva, ok?)...

Depois de eu ter provado que em estímulos monetários e fiscais o valor chega aos 3 triliões, tu afirmas:
Muffin Escreveu:O que tu fazes são floreados de semântica ou nivelamento de situações diferentes para retirar uma conclusão falsa.
Esta acusação vem junta com uma frase onde dizes:
Muffin Escreveu:O teu comentário inicial é então ainda mais disparatado pois nenhum keynesiano disse que o desemprego iria baixar por o FED introduzir liquidez na economia
Espero ter provado o contrário. Aliás, não fazia qualquer sentido. Qualquer política ou medida tem que ter um objectivo. E a de um QE é estimular o crescimento e com isso reduzir o desemprego (tu acreditas que funciona, eu não).
Depois perguntaste-me:
Muffin Escreveu:migluso, continuei sem saber o que pensava esta escola de pensamento sobre o QE1 e o QE2 (e um hipotético QE3).
Se alguém puder resumir, também gostaria de saber o que advoga sobre as "soluções" para a actual crise.
Eu respondi-te com cordialidade e o melhor que sei.
Eis parte da tua resposta:
Muffin Escreveu:Estas "soluções" na teoria são bonitas mas na prática é outra história (veja-se o tempo que leva acabar com os famigerados institutos públicos).
O desmantelamento do Estado Social também faz parte das soluções?
A partir daqui, ficou claro a táctica que irias utilizar.
Respondi:
migluso Escreveu:Sobre o Estado social, lá estás tu outra vez a utilizar a semântica catastrofista ao melhor estilo louçarenco.
Nada disso, o Estado social continuaria a existir e, muito provavelmente, a funcionar melhor.
Depois voltas ao ataque sensacionalista:
Muffin Escreveu:migluso, pelo que percebo da tua resposta o que esta escola propões para a saída desta crise é a continuação da Austeridade de uma forma global.
Como não há modelos que sustentem essa "vontade"...
Existem no teu conhecimento, medidas concretas avançadas por esta escola em relação ao Estado Social?
Existe segundo esta escola algum limite no "sofrimento" que se tem que infligir ou ele deverá ser prosseguido até à exaustão?
Antes de tu afirmares que "não há modelos", eu já tinha deixado um estudo.
Parte da minha resposta foi:
migluso Escreveu:Falas no Estado social como se tu e os da tua escola fossem o seu guardião.
Pois eu digo-te, o caminho que tu apontas é o do cangalheiro do Estado social.
Disse isto neste tom, em resposta à tua pergunta num tom sensacionalista. E por ser o que eu penso, o Estado social como está e com esta economia é insustentável.
Logo a seguir, deixo-te outro estudo a sustentar as minhas ideias e faço uma citação.
Tu respondes:
Muffin Escreveu:Apesar de neste tópico ser mal visto fazer perguntas de carácter prático (que invariavelmente ficam sem resposta), atrevi-me a perguntar o que pensava esta Escola sobre o Estado Social.
Neste tópico, como em qualquer debate sério, a forma de perguntar conta. As perguntas encerravam em si preconceitos e utilizavam tácticas sensacionalistas. É natural que o receptor das mesmas se exceda um pouco. Reconheço que o possa ter feito. Se foi o caso, peço desculpa.
Passados uns dias, voltei a postar outro estudo (que tal como os anteriores é bem recente) e deixei 2 citações de economistas da escola austríaca a defenderem áreas de intervenção do Estado.
Mas tu voltas ao ataque sem qualquer sentido:
Muffin Escreveu:Por vontade dos proponentes desta escola, o Estado social seria desmantelado e reduzido à sua mínima expressão.
Seria desmantelado ou reduzido à sua mínima expressão.
Não pode ser desmantelado e reduzido.
Sim, os economistas austríacos defendem um Estado reduzido.
Depois fazes uma interpretação contrária da citação que deixei do Hayek. Será prova do preconceito com que o lês?!?
Ao que eu respondo e tu de seguida respondes:
Muffin Escreveu:migluso Escreveu:O Salazar assustava as pessoas com propaganda a insinuar que os comunistas comiam meninos ao pequeno-almoço.
Os socialistas hoje utilizam a mesma táctica em relação ao Estado social.
LOL! tu e o louçã estão bem um para o outro! De certeza que não são gémeos? O patamar de superioridade moral com que falam tresanda cada vez que juntam duas palavras!
Ah, e podes ficar com o teu livrinho, que separar um crente da sua biblia deve ser concerteza pecado.
E pronto, chegamos a este teu último post, onde quer só lesse agora ficava a pensar que eu te estava a botar abaixo tipo lutador de boxe. E o drama foste tu que o utilizaste.
As questões não são vistas como afrontas.
Mas quando qualquer resposta é vista como uma profissão de fé (depois de ser o único a sustentar o meu pensamento com vários estudos), é natural sentirmos que é inútil responder.
Eu não prefiro o contra ataque. Estive a ver, e respondi-te objectivamente a todas as questões que me colocaste. Qual a saída para a crise, o que pensam sobre os programas QE e o que pensam sobre o Estado social.
Podes responder no tópico do Stiglitz.
Um abraço
PS - Desculpa a maçada deste texto...
EDIT - Completar uma frase que tinha ficado a meio...
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