OT-Algarve imita resorts das Caraíbas alugando quartos com p
pois automech... esses sovinas são os que sustentam os vícios e desvarios dos que pensam pela cabeça dos que os convencem que :
se quero tenho!!!!
se não tem pais ricos ... nem lhe saiu a lotaria.. foi ao bes
ou
aqui spread 0%
de quem é a culpa .. deles imgénuos ou dos que os enganam???!!
o que é certo é que quem paga .. é sempre o mesmo..
o que não alinhou
abraço
mcarvalho
ps. E Elias .. podias comprar um de 50 000
se quero tenho!!!!
se não tem pais ricos ... nem lhe saiu a lotaria.. foi ao bes
ou
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de quem é a culpa .. deles imgénuos ou dos que os enganam???!!
o que é certo é que quem paga .. é sempre o mesmo..
o que não alinhou
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mcarvalho
ps. E Elias .. podias comprar um de 50 000

mcarvalho
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AutoMech Escreveu:E o melhor é quando alguém pode comprar um carro de 50.000 euros mas opta por comprar um de 15 ou 20 mil, porque lhe chega perfeitamente, e é automaticamente considerado um miserável sovina pelos amigos.
Exaaaaaaacto

(Declaração de interesses: o meu carro tem 13 anos, 418 mil quilómetros, único dono).
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usar o seu dinheiro como entende .. comcordo..
agora quando o dinheiro é emprestado para andarem de BM e Mercedes e depois entram em insolvencia e ..
pagamos todos .. mesmo os que alertaram para isso ..
é quasi como o Presid da Camara de Esposende.. pediu desculpa aos municipes por não ter alinhado .. e não se ter endividado como os outros
agora quando o dinheiro é emprestado para andarem de BM e Mercedes e depois entram em insolvencia e ..
pagamos todos .. mesmo os que alertaram para isso ..

é quasi como o Presid da Camara de Esposende.. pediu desculpa aos municipes por não ter alinhado .. e não se ter endividado como os outros

mcarvalho
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Basicamente isto acontece porque as pessoas gostam de se diferenciar face aos seus pares (amigos, colegas, familiares, vizinhos). É esta vontade de diferenciação que leva as pessoas a querer adquirir - e, consequentemente, ostentar - bens e serviços que sejam conotados com um poder de compra elevado (aqui o termo "elevado" deve ser visto em termos relativos, ou seja, em comparação com os pares). Há uma preocupação muito grande com a imagem que se passa para terceiros, mas tudo assenta na vontade de se diferenciar face aos seus pares e de os impressionar.
Já lá vai o tempo em que ter um telemóvel ou um carro significava diferenciação. Hoje ter um telemóvel ou um carro tornou-se banal (aliás, não os ter é que vai sendo cada vez mais um sinal de pobreza) e a diferenciação aqui é feita pela marca e pelo modelo - tendo em conta o contexto de cada um. Ter um BMW numa zona onde toda a gente tem utilitários permite diferenciação. Mas num sítio onda toda a gente tem um BMW, este carro deixa de servir como instrumento de diferenciação e aí se calhar vai ser preciso um Ferrari.
O mesmo raciocínio aplica-se à aquisição de muitos outros artigos (roupa, calçado, acessórios, viagens). E o crédito ao consumo veio facilitar, diria mesmo estimular, as possibilidades de diferenciação.
Não estou a fazer qualquer tipo de ajuizamento pelas opções de cada um (cada qual é livre de usar o seu dinheiro como entende), mas apenas a constatar. E já agora convém frisar que, como é evidente, esta vontade de diferenciação não se manifesta da mesma forma nem com a mesma intensidade em todas as pessoas. Mas ela está presente, muito mais do que imaginamos. O ser humano passa a vida a comparar-se com os outros...
Já lá vai o tempo em que ter um telemóvel ou um carro significava diferenciação. Hoje ter um telemóvel ou um carro tornou-se banal (aliás, não os ter é que vai sendo cada vez mais um sinal de pobreza) e a diferenciação aqui é feita pela marca e pelo modelo - tendo em conta o contexto de cada um. Ter um BMW numa zona onde toda a gente tem utilitários permite diferenciação. Mas num sítio onda toda a gente tem um BMW, este carro deixa de servir como instrumento de diferenciação e aí se calhar vai ser preciso um Ferrari.
O mesmo raciocínio aplica-se à aquisição de muitos outros artigos (roupa, calçado, acessórios, viagens). E o crédito ao consumo veio facilitar, diria mesmo estimular, as possibilidades de diferenciação.
Não estou a fazer qualquer tipo de ajuizamento pelas opções de cada um (cada qual é livre de usar o seu dinheiro como entende), mas apenas a constatar. E já agora convém frisar que, como é evidente, esta vontade de diferenciação não se manifesta da mesma forma nem com a mesma intensidade em todas as pessoas. Mas ela está presente, muito mais do que imaginamos. O ser humano passa a vida a comparar-se com os outros...
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O pior é que tudo tende à popularização.
Mas sempre com pinta de luxo, para convencer aqueles que antes não podiam aceder a tal bem ou serviço a acharem que estão a consumir algo de especial e de forma a fazer os que já eram clientes antigos a pensarem que ainda são premium.
Assim ,a Audi lança o A1 , a BMW o série 1 , os hotéis agora são com pulseira,whiskeys 15 anos são vendidos em bombas de gasolina , as grandes marcas de roupa que eram exclusividade de quem as podia comprar até porque estes tinham que viajar aos países onde estavam já se estão a instalar em países que não interessam a ninguém para vender a pessoas com dinheiro sujo de sangue, outras que eram marcas exclusivas de homem , ou de mulheres já vendem roupas também para os dois sexos , para o cão e para a babá,além de perfumes,relógios e bijouterias,aparecem marcas com pinta de luxo a vender vidros como se fossem diamantes,Louis Vuitton de plástico vendidas como se fossem couro, etc.
Enfim ,tudo é parte da vida moderna , cada vez mais despida de charme.
Os executivos das marcas precisam apresentar números a qualquer custo,a classe média alta deixou de o ser mas não perdeu as peneiras ,o pobre pede dinheiro emprestado e pensa que é rico , enfim.
Na verdade é um grande faz de conta. Seria bom se isso significasse que as pessoas estavam a melhorar significativamente o seu poder de compra.
Na verdade estão a endividar-se para comprar caro um produto banal que lhes dá o status que nunca tiveram e que ao contrário do que acreditam , continuam sem ter.
Fake por fake , mais vale comprarem os produtos assumidamente fake e assim pagarem um preço justo por aquilo que querem.
A330
Mas sempre com pinta de luxo, para convencer aqueles que antes não podiam aceder a tal bem ou serviço a acharem que estão a consumir algo de especial e de forma a fazer os que já eram clientes antigos a pensarem que ainda são premium.
Assim ,a Audi lança o A1 , a BMW o série 1 , os hotéis agora são com pulseira,whiskeys 15 anos são vendidos em bombas de gasolina , as grandes marcas de roupa que eram exclusividade de quem as podia comprar até porque estes tinham que viajar aos países onde estavam já se estão a instalar em países que não interessam a ninguém para vender a pessoas com dinheiro sujo de sangue, outras que eram marcas exclusivas de homem , ou de mulheres já vendem roupas também para os dois sexos , para o cão e para a babá,além de perfumes,relógios e bijouterias,aparecem marcas com pinta de luxo a vender vidros como se fossem diamantes,Louis Vuitton de plástico vendidas como se fossem couro, etc.
Enfim ,tudo é parte da vida moderna , cada vez mais despida de charme.
Os executivos das marcas precisam apresentar números a qualquer custo,a classe média alta deixou de o ser mas não perdeu as peneiras ,o pobre pede dinheiro emprestado e pensa que é rico , enfim.
Na verdade é um grande faz de conta. Seria bom se isso significasse que as pessoas estavam a melhorar significativamente o seu poder de compra.
Na verdade estão a endividar-se para comprar caro um produto banal que lhes dá o status que nunca tiveram e que ao contrário do que acreditam , continuam sem ter.
Fake por fake , mais vale comprarem os produtos assumidamente fake e assim pagarem um preço justo por aquilo que querem.
A330
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all inclusive
Basta nos lembrarmos dos velhos Club Med, que atraíam ( e talvez ainda atraiam) uma boa parte do turismo.
Frequentei imenso o Club Med com casais amigos quando as respectivas descendencias eram miudas...
Abraços
Clinico
Frequentei imenso o Club Med com casais amigos quando as respectivas descendencias eram miudas...
Abraços
Clinico
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Eu só costumo ir para Hóteis "all inclusive" e nunca fico agarrado ao Hotel.... isso é uma falsa ideia .... ao preço a que estão as bebidas servidas nos Hóteis, esta a melhor opção para a maioria dos turistas... até a água é paga a preço de Ouro
Sem sombra de dúvida que os Hóteis que fizerem isso, têm ocupação garantida.

Sem sombra de dúvida que os Hóteis que fizerem isso, têm ocupação garantida.
AC Investor Blog
www.ac-investor.blogspot.com -
Análises Técnicas de activos cotados em Wall Street. Os artigos do AC Investor podem também ser encontrados diariamente nos portais financeiros, Daily Markets, Benzinga, Minyanville, Solar Feeds e Wall Street Pit, sendo editor e contribuidor. Segue-me também no Twitter : http://twitter.com/#!/ACInvestorBlog e subscreve a minha newsletter.
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O Sr. da AHETA e que continua a viver no passado (mais um) e depois nao percebe pq os turistas nao aparecem.
Eu ja disse que nao basta ter areia e mar para as pessoas aparecerem.
O turismo no Litoral Norte morreu pq nao evoluiu.
Eu ja disse que nao basta ter areia e mar para as pessoas aparecerem.
O turismo no Litoral Norte morreu pq nao evoluiu.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Tudo incluído
Já fui para o Algarve, neste regime em 3 hotéis diferentes, e só posso dizer que é o melhor regime para famílias com crianças pequenas.
Se vai para o Algarve para praia e um passeio à noite, sem grandes agitações e sem muitas saídas do hotel/praia vizinha, este regime é o mais vantajoso para o cliente.
Se vai para o Algarve para praia e um passeio à noite, sem grandes agitações e sem muitas saídas do hotel/praia vizinha, este regime é o mais vantajoso para o cliente.
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Sim, o modelo já se utiliza no Algarve há algum tempo.
No site da Logitravel (tipo Booking mas normalmente é possível encontrar lá melhores preços para os mesmos locais/hoteis) tem a opção no filtro para aplicar às pesquisas portanto podem-se ver de imediato quais os que oferecem essa solução (são dezenas actualmente no Algarve).
No site da Logitravel (tipo Booking mas normalmente é possível encontrar lá melhores preços para os mesmos locais/hoteis) tem a opção no filtro para aplicar às pesquisas portanto podem-se ver de imediato quais os que oferecem essa solução (são dezenas actualmente no Algarve).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Lion_Heart Escreveu:Ora aqui esta mais um exemplo de mau jornalismo , incorrecto, parcial e absurdo.
1º Não é all include mas sim All Inclusive
2º O sistema ja existe no Allgarve a anos (pelo menos 4 ou cinco)
3º Não é so tipico das Caraibas, existe em todos o lado (a começar nos nossos "concorrentes" no Mediterraneo).
Até na Bulgária!
Dito isto acho o all inclusive um sistema bom para se ter os custos controlados (o que hoje em dia e essencial).
Mas obviamente no Algarve existem poucos resorts com qualidade e preço para tal serviço. 110 eur pp? Please...
Mas obviamente no Algarve existem poucos resorts com qualidade e preço para tal serviço. 110 eur pp? Please...
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Ora aqui esta mais um exemplo de mau jornalismo , incorrecto, parcial e absurdo.
1º Não é all include mas sim All Inclusive
2º O sistema ja existe no Allgarve a anos (pelo menos 4 ou cinco)
3º Não é so tipico das Caraibas como diz no titulo, existe em todos o lado (a começar nos nossos "concorrentes" no Mediterraneo), e so aparece dentro da noticia.
1º Não é all include mas sim All Inclusive
2º O sistema ja existe no Allgarve a anos (pelo menos 4 ou cinco)
3º Não é so tipico das Caraibas como diz no titulo, existe em todos o lado (a começar nos nossos "concorrentes" no Mediterraneo), e so aparece dentro da noticia.
Editado pela última vez por Lion_Heart em 16/8/2012 19:03, num total de 1 vez.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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OT-Algarve imita resorts das Caraíbas alugando quartos com p
Algarve imita resorts das Caraíbas alugando quartos com pulseira
16.08.2012 - 18:05 Por Idálio Revez
Operadores turísticos no Algarve procuram a melhor forma de rentabilizar os seus empreendimentos (Ana Banha)
Cinco hotéis de Albufeira aderiram ao sistema do all include para garantir melhores taxas de ocupação. "Não pago ordenados com taxas de ocupação", contrapõe um hoteleiro, que rejeita a massificação.
A hotelaria algarvia adoptou o pacote de alojamento com "tudo incluído", à semelhança do modelo nos resorts das Caraíbas. "Estão a matar o Algarve", alerta José Carlos Leandro, vice-presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), criticando a iniciativa. "O Algarve não é as Caraíbas, não tem dimensão nem foi concebido para esse tipo de oferta", avisa.
O turista tradicional, que gosta de descobrir o sítio onde se encontra, defende José Carlos Leandro, "não gostará de se sentir um prisioneiro, com pulseira, dentro de um empreendimento". Os aderentes do sistema, lançado por grandes operadores turísticos, discordam: "Temos que nos ajustar ao mercado", diz o director do grupo Vila Galé, Carlos Cabrita, lembrando que a cadeia hoteleira fez este ano "uma aposta" numa das nove unidades que possui na região, e o resultado tem sido "muito positivo, em termos de adesão de clientes estrangeiros e portugueses".
O dirigente da AHETA considera uma "ilusão" a política seguida por alguns hoteleiros. "Estão a afundar o Algarve, porque mais tarde ou mais cedo os grandes operadores ficam com tudo na mão, são eles que decidem, fazem o preço e ditam as regras". O director do Vila Galé admite que já se verifica um pouco isso. "Os operadores é que nos propuseram esta modalidade", revela. O Vila Galé Náutico, em Armação de Pêra, com 225 quartos, com o sistema all include desde Março, pratica preços por pessoa de 70 a 75 euros, na época baixa, e de 110 euros, no Verão.
A zona de Albufeira é a que está a ser mais procurada para entrar neste programa de pacote turístico. Cinco unidades estão a funcionar neste sistema. O cliente aloja-se numa unidade e pode comer e beber durante todo o dia, sem pagar mais por isso. O preço final é inferior ao custo do serviço à la carte praticado na generalidade dos hotéis. O modelo há muito que vigora nos destinos exóticos da América Latina e, nos últimos anos, também em grande escala na Turquia, Tunísia e outros países do Magreb. Através destes programas, para os adeptos do sistema, os hoteleiros garantem melhores taxas de ocupação todo o ano. "Mas eu não pago ordenados com taxas de ocupação", argumenta José Carlos Leandro, para quem o que conta é o "resultado final" e há "mais turistas, mas caem as receitas".
Carlos Cabrita salienta que o Algarve "não pode ficar fora das novas tendências do mercado". O hotel Náutico para aderir ao all include adaptou os bares e restaurantes, para ir ao encontro de clientes menos exigentes na qualidade e mais motivados pela quantidade. No passado recente, as companhias aéreas low cost revolucionaram o mercado turístico com voos a baixo custo. Dessa forma, contribuíram para a fusão de operadores. Nos anos de 1980, recorda José Carlos Leandro, a região algarvia trabalhava com "centenas de operadores e hoje está reduzida a cinco grandes operadores". A curto prazo, prevê, o consumidor é que "vai pagar a factura, porque deixa de haver equilíbrio entre a oferta e a procura".
O director do Vila Galé, grupo que pratica o "tudo incluído" nas unidades do Brasil, considera que é uma "inevitabilidade", na medida em que o sistema se "alargou à Europa, já não se fica só pelos destinos exóticos". E destaca que a negociação entre hoteleiro e operador não implica exclusividade. "Ficamos com uma percentagem de quartos para que a unidade possa receber clientes que querem apenas o alojamento com pequeno-almoço". O Algarve, no contexto turístico mundial, nota o dirigente da AHETA, "ocupa uma percentagem residual, e por este caminho vai perder a imagem de qualidade que ainda possui no mercado". Os empreendimentos das Caraíbas, sublinha, "criaram o all include para que os clientes não saíssem do empreendimento por motivos de segurança". Ora, a segurança, remata, é uma das vantagens competitivas que Portugal tem para oferecer no sector do turismo.
In Publico
16.08.2012 - 18:05 Por Idálio Revez
Operadores turísticos no Algarve procuram a melhor forma de rentabilizar os seus empreendimentos (Ana Banha)
Cinco hotéis de Albufeira aderiram ao sistema do all include para garantir melhores taxas de ocupação. "Não pago ordenados com taxas de ocupação", contrapõe um hoteleiro, que rejeita a massificação.
A hotelaria algarvia adoptou o pacote de alojamento com "tudo incluído", à semelhança do modelo nos resorts das Caraíbas. "Estão a matar o Algarve", alerta José Carlos Leandro, vice-presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), criticando a iniciativa. "O Algarve não é as Caraíbas, não tem dimensão nem foi concebido para esse tipo de oferta", avisa.
O turista tradicional, que gosta de descobrir o sítio onde se encontra, defende José Carlos Leandro, "não gostará de se sentir um prisioneiro, com pulseira, dentro de um empreendimento". Os aderentes do sistema, lançado por grandes operadores turísticos, discordam: "Temos que nos ajustar ao mercado", diz o director do grupo Vila Galé, Carlos Cabrita, lembrando que a cadeia hoteleira fez este ano "uma aposta" numa das nove unidades que possui na região, e o resultado tem sido "muito positivo, em termos de adesão de clientes estrangeiros e portugueses".
O dirigente da AHETA considera uma "ilusão" a política seguida por alguns hoteleiros. "Estão a afundar o Algarve, porque mais tarde ou mais cedo os grandes operadores ficam com tudo na mão, são eles que decidem, fazem o preço e ditam as regras". O director do Vila Galé admite que já se verifica um pouco isso. "Os operadores é que nos propuseram esta modalidade", revela. O Vila Galé Náutico, em Armação de Pêra, com 225 quartos, com o sistema all include desde Março, pratica preços por pessoa de 70 a 75 euros, na época baixa, e de 110 euros, no Verão.
A zona de Albufeira é a que está a ser mais procurada para entrar neste programa de pacote turístico. Cinco unidades estão a funcionar neste sistema. O cliente aloja-se numa unidade e pode comer e beber durante todo o dia, sem pagar mais por isso. O preço final é inferior ao custo do serviço à la carte praticado na generalidade dos hotéis. O modelo há muito que vigora nos destinos exóticos da América Latina e, nos últimos anos, também em grande escala na Turquia, Tunísia e outros países do Magreb. Através destes programas, para os adeptos do sistema, os hoteleiros garantem melhores taxas de ocupação todo o ano. "Mas eu não pago ordenados com taxas de ocupação", argumenta José Carlos Leandro, para quem o que conta é o "resultado final" e há "mais turistas, mas caem as receitas".
Carlos Cabrita salienta que o Algarve "não pode ficar fora das novas tendências do mercado". O hotel Náutico para aderir ao all include adaptou os bares e restaurantes, para ir ao encontro de clientes menos exigentes na qualidade e mais motivados pela quantidade. No passado recente, as companhias aéreas low cost revolucionaram o mercado turístico com voos a baixo custo. Dessa forma, contribuíram para a fusão de operadores. Nos anos de 1980, recorda José Carlos Leandro, a região algarvia trabalhava com "centenas de operadores e hoje está reduzida a cinco grandes operadores". A curto prazo, prevê, o consumidor é que "vai pagar a factura, porque deixa de haver equilíbrio entre a oferta e a procura".
O director do Vila Galé, grupo que pratica o "tudo incluído" nas unidades do Brasil, considera que é uma "inevitabilidade", na medida em que o sistema se "alargou à Europa, já não se fica só pelos destinos exóticos". E destaca que a negociação entre hoteleiro e operador não implica exclusividade. "Ficamos com uma percentagem de quartos para que a unidade possa receber clientes que querem apenas o alojamento com pequeno-almoço". O Algarve, no contexto turístico mundial, nota o dirigente da AHETA, "ocupa uma percentagem residual, e por este caminho vai perder a imagem de qualidade que ainda possui no mercado". Os empreendimentos das Caraíbas, sublinha, "criaram o all include para que os clientes não saíssem do empreendimento por motivos de segurança". Ora, a segurança, remata, é uma das vantagens competitivas que Portugal tem para oferecer no sector do turismo.
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