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Caldeirão da Bolsa

Escola de Pensamento Austríaca

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por atomez » 16/8/2012 22:25

Muffin Escreveu:Aliás, se fôsse pela troika, o Japão nunca mais iria crescer! o link abaixo tem gráfico e tudo!

But, national debt in Japan is 225% of GDP (2011)

in http://www.economicshelp.org/blog/1202/ ... -in-japan/


Isso está errado.

225% é a dívida pública, i.e., a dívida do Estado. Isso não é o mesmo que "dívida nacional". Essa seria a dívida do estado mais a das empresas mais a dos cidadãos.

O caso do Japão é muito diferente porque a quase totalidade da dívida pública (uns 95%) é detida pelos próprios japoneses. Quase não têm dívida "internacional".

Já nos caso do "nosso" Portugal, a dívida externa total vai nos 233%...

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por Pantone » 16/8/2012 21:36

Atomez Escreveu:
Camisa Roxa Escreveu:
Atomez Escreveu:-- dívida pública total até 80% do PIB


60% se não estou em erro

Pois, é isso, 60%

wiki


Mas nem tudo o que parece, é!

Aliás, se fôsse pela troika, o Japão nunca mais iria crescer! o link abaixo tem gráfico e tudo!

But, national debt in Japan is 225% of GDP (2011)

in http://www.economicshelp.org/blog/1202/ ... -in-japan/

E a islândia passou de 30% para 92% em três anos! Hmmmm, estão fritos!
http://www.indexmundi.com/iceland/public_debt.html

Edit: In the 20th century the UK government has increased the National Debt to fight wars and to mitigate economic troubles... ...But the Great War, World War I, caused an explosion in the National Debt up to 135 percent of GDP in 1919 Then, in the economic troubles of the 1920s it rose to 181 percent in 1923 and stayed above 150 percent of GDP until 1937. The National Debt dipped to 110 percent of GDP in 1940 before soaring to 238 percent of GDP after the close of World War II in 1947.... ...The National Debt is expected to exceed 100 percent of GDP in the aftermath of the crisis. in http://www.ukpublicspending.co.uk/debt_brief.php

Com este post, quero apenas dizer que é mais um indicador... nem o mais importante, nem o melhor indicador de crescimento.
 
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por Pantone » 16/8/2012 21:25

AutoMech Escreveu:
Muffin Escreveu:Estou apenas a tentar sistematizar e perceber o que pensa esta escola de pensamento sobre o tema, mas aparentemente isso é muito difícil sem se entrar em questões filosóficas ou políticas, sendo portanto visto como um "ataque" (a não sei muito bem o quê).


A discussão está interessante (embora com os animos um bocado 'aquecidos').

Muffin, eu penso que aquilo que tu queres acaba por não ser possível, ou seja, uma discussão sobre princípios económicos que não assentem em filosofia política.

Se meteres um comunista e um liberal a discutir será impossível dissociar filosofia política e economia.

Ora, escusado será dizer, que o liberalismo assenta na filosofia da liberdade individual da escolha e, como tal, recusa liminarmente que seja o estado a impor a sua vontade unilateralmente. Para que tal seja aceitável era preciso provar que o estado faz algo mais eficientemente do que os privados ou que os privados não conseguem assegurar algo que se julga ser obrigação do estado (e aqui voltamos ao mesmo - aquilo que é obrigação do estado depende da filosofia política - um liberal limitará o estado ao mínimo e um comunista quererá o estado sempre omnipresente). :wink:


Automech, mas eu nem os discuti. Ainda só estou a tentar:
1.percebê-los/sistematizá-los e;
2.a sua aplicação na prática,

mas sou consistentemente encaminhado para textos que por muita valia economico/filosófica que tenham (não está em discussão), são do princípio do século.

Quando pergunto se existem artigos/textos sobre a sua aplicabilidade às condições específicas que vivemos, até agora só tenho recebido ideias teóricas e/ou ataques.

Edit: Se fôsse o case de não ter aplicabilidade prática, e ser apenas para disussão teórica, então como já referi anteriormente, entramos no campo da fé, em que se "acredita" que é o caminho a seguir, e os seus seguidores nunca poderão ser demovidos dessa "crença" porque por definição, é uma solução superior, apesar de não ser demonstrável. Mas nessa parte não quero entrar, nem creio que seja o que se tem exposto por aqui.

mst-1 espero em breve poder responder e continuar com o tema.
Editado pela última vez por Visitante em 16/8/2012 21:53, num total de 1 vez.
 
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por atomez » 16/8/2012 21:12

Camisa Roxa Escreveu:
Atomez Escreveu:-- dívida pública total até 80% do PIB


60% se não estou em erro

Pois, é isso, 60%

wiki
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por Camisa Roxa » 16/8/2012 21:03

Atomez Escreveu:-- dívida pública total até 80% do PIB


60% se não estou em erro
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por atomez » 16/8/2012 20:44

migluso Escreveu:- até que nível o endividamento é sustentável e não é contraproducente para o crescimento (não afirmes ser até os detentores das obrigações dizerem "alto", pois aí já será tarde demais)?

De acordo como Pacto de Estabilidade e Crescimento em vigor na U.E. (que quase ninguém cumpre...):

-- dívida pública total até 60% do PIB [corrigido]
-- défice orçamental anual até 3% do PIB
Editado pela última vez por atomez em 16/8/2012 21:14, num total de 1 vez.
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por kuppka » 16/8/2012 20:11

MarcoAntonio Escreveu:Kuppka, lamento mas ou participas no debate ou se for só para colocar posts para picar/provocar, eles serão simplesmente removidos.


ok! Marco.
São precisas novas ideias.
 
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por Automech » 16/8/2012 20:10

Muffin Escreveu:Estou apenas a tentar sistematizar e perceber o que pensa esta escola de pensamento sobre o tema, mas aparentemente isso é muito difícil sem se entrar em questões filosóficas ou políticas, sendo portanto visto como um "ataque" (a não sei muito bem o quê).


A discussão está interessante (embora com os animos um bocado 'aquecidos').

Muffin, eu penso que aquilo que tu queres acaba por não ser possível, ou seja, uma discussão sobre princípios económicos que não assentem em filosofia política.

Se meteres um comunista e um liberal a discutir será impossível dissociar filosofia política e economia.

Ora, escusado será dizer, que o liberalismo assenta na filosofia da liberdade individual da escolha e, como tal, recusa liminarmente que seja o estado a impor a sua vontade unilateralmente. Para que tal seja aceitável era preciso provar que o estado faz algo mais eficientemente do que os privados ou que os privados não conseguem assegurar algo que se julga ser obrigação do estado (e aqui voltamos ao mesmo - aquilo que é obrigação do estado depende da filosofia política - um liberal limitará o estado ao mínimo e um comunista quererá o estado sempre omnipresente). :wink:
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por MarcoAntonio » 16/8/2012 20:04

Kuppka, lamento mas ou participas no debate ou se for só para colocar posts para picar/provocar, eles serão simplesmente removidos.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Pantone » 16/8/2012 19:47

migluso, penso que te enganaste no tópico! Este versa a Escola de Pensamento Austríaca e penso que as medidas que me pedes para quantificar vão em contra às propostas aqui defendidas.

Outro ponto que gostaria de deixar claro, é que isto não é um ringue de boxe, em que têm que estar uns contra os outros. Com a troca de ideias devía poder esclarecer-se divergências, mas o drama e o bota-abaixo parecem ser mais fortes.

Existe uma evidente inexistente cultura de debate em Portugal, e isso é bem patente neste fórum, em que uma ideia contrária é assumida como um disparate, e qualquer questão é vista como uma afronta!

Talvez te surpreendesses o quão próximos os nossos pontos de vista podem chegar a ser, mas terias que deixar de assumir que eu sou "isto" e tu "aquilo".

Em vez de responderes às propostas/desafios preferes o "contra-ataque" e o desacreditar os outros e assim ganhares credibilidade, e não te apercebes do que perdes no processo.

Terei todo o prazer de tentar responder ao teu desafio (no que conseguir encontrar e no que o tempo permitir) se o puseres num tópico apropriado (pessoalmente para assuntos de economia "keynesiana" tenho vindo a utilizar o do Stiglitz, mas qualquer um serve).

Um abraço
 
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por migluso » 16/8/2012 16:48

Muffin Escreveu:LOL! tu e o louçã estão bem um para o outro! De certeza que não são gémeos? O patamar de superioridade moral com que falam tresanda cada vez que juntam duas palavras!

Ah, e podes ficar com o teu livrinho, que separar um crente da sua biblia deve ser concerteza pecado.


Pelo contrário.

migluso Escreveu:Até podemos estar errados e aquelas medidas não funcionarem (apesar da grande maioria da teoria económica e a própria história provarem o contrário), mas se defendemos estas ideias é porque pensamos que será o melhor para o nosso futuro.


Tu sim, é que gostas de te apresentar num patamar de superioridade.

Já agora, e porque dizes que eu me limito a fazer profissões de fé (apesar de não faltarem estudos científicos a comprovarem o que eu afirmo e, mais importante ainda, a própria história), pergunto:

- quanto é que os Estados têm que gastar para sairmos da crise?
- quanto é que os bancos centrais têm que imprimir para relançar a economia?
- até que nível o endividamento é sustentável e não é contraproducente para o crescimento (não afirmes ser até os detentores das obrigações dizerem "alto", pois aí já será tarde demais)?

Espero que tenhas números, e que sejam sustentados, porque doutro modo todos os teus argumentos em defesa da ciência caem por terra...
Afinal, não passavam de profissões de fé... Espero que me desmintas. Sinceramente.

Pois só assim o combate é "científico" (eu já apresentei inúmeros estudos, já que tu dás pouca importância a argumentos lógico dedutivos).

Seria uma chatice ter que concluir que os teus argumentos, esses sim, são uma profissão de fé.

Portanto, só te peço respostas concretas para aquelas perguntas.
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por mst-1 » 16/8/2012 16:05

Muffin Escreveu:
mst-1 Escreveu:
Pelo contrário, este tema tem tudo a ver com este tópico, é simplesmente uma vertente diferente :wink:

Tens aqui uma quote do Hayek, sobre aquilo que estou a falar.

“The argument for liberty is not an argument against organization, which is one of the most powerful tools human reason can employ, but an argument against all exclusive, privileged, monopolistic organization, against the use of coercion to prevent others from doing better.”
― Friedrich A. von Hayek

Portanto, quando alguém perguntava o que é que se pode fazer para sair da crise, na linha da escola austriaca, seria basicamente desmantelar todos os monopolios, tanto estatais como privados.


Duas questoes:
1. Tens acesso a algum artigo/proposta desta escola sobre o "como" se desmantelariam os monopólios (custos, tempo, impacto, etc?!) ou existe apenas uma orientaçao genérica (e uma proposição de que resolveria os "problemas")?

2. Existe algum texto onde se explique de forma sucinta os limites do Estado? o migluso citou um texto que aponta para os bens públicos, mas sem citar a fonte, nem fazer um resumo da ideia, pelo que se torna curto. Tens conhecimento de algum texto ou artigo onde essa vertente seja abordada de uma forma clara?

mst-1 Escreveu:
Em relação ao estado social

The choice open to us is not between a system in which everybody will get what he deserves according to some absolute and universal standard of right, and one where the individual shares are determined partly by accident or good will or chance, but between a system where it is the will of a few persons that decides who is to get what, and one where it depends at least partly on the ability and enterprise of the people concerned and partly on unforeseeable circumstances.

HAYEK, F.A., The Road to Serfdom, Chapter 8

Eu não sou contra a resditribuição de riqueza, simplesmente não acho que ela deva ser feita pelo estado.


Mais duas questões:

1. O texto do Hayek não me parece completamente claro. Podes transcrever/esclarecer/complementar melhor a ideia?
2. Quem deveria fazer então a redistribuição da riqueza?

Desculpa por tanta pergunta... :S


Em relação às duas primeiras questões, suponho que a forma mais simples de entenderes a aplicação pratica destas ideias seria veres os videos do Ron Paul.

http://www.youtube.com/watch?v=IwwXgPiySto

Embora repara eu não concordo com todas as opiniões dele, a parte de voltar ao Golden standard, não me faz muito sentido.

Em relação às duas ultimas

1-Para mim existem duas questões aqui, por um lado o estado não consegue redistribuir a quem merece e na quantidade que eles merecem, por outro, as rendas que as pessoas recebem oferecem dependencia em relação ao estado, exactamente o que tu não queres que aconteça. E no final a unica coisa que vais conseguir é que fiquemos todos igualmente pobres.

2-Tu, eu, todos, as pessoas dão o que querem dar como querem dar, a quem querem dar, como por acaso até acabas por ter no IRS onde podes dar uma parte dos teus descontos a uma instituição do teu agrado, preferia dar 50% dos meus rendimentos a instituições da minha escolha a da-los ao estado. Além disso, no limite podes implementar uma série de formas de distribuição de riqueza que não envolvam o estado, como de resto tens hoje numa série de intituições onde as pessoas pagam conforme os rendimentos e não um valor fixo, não vejo porque é que as escolas não podiam funcionar nestes moldes
 
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por Pantone » 16/8/2012 15:38

mst-1 Escreveu:
Pelo contrário, este tema tem tudo a ver com este tópico, é simplesmente uma vertente diferente :wink:

Tens aqui uma quote do Hayek, sobre aquilo que estou a falar.

“The argument for liberty is not an argument against organization, which is one of the most powerful tools human reason can employ, but an argument against all exclusive, privileged, monopolistic organization, against the use of coercion to prevent others from doing better.”
― Friedrich A. von Hayek

Portanto, quando alguém perguntava o que é que se pode fazer para sair da crise, na linha da escola austriaca, seria basicamente desmantelar todos os monopolios, tanto estatais como privados.


Duas questoes:
1. Tens acesso a algum artigo/proposta desta escola sobre o "como" se desmantelariam os monopólios (custos, tempo, impacto, etc?!) ou existe apenas uma orientaçao genérica (e uma proposição de que resolveria os "problemas")?

2. Existe algum texto onde se explique de forma sucinta os limites do Estado? o migluso citou um texto que aponta para os bens públicos, mas sem citar a fonte, nem fazer um resumo da ideia, pelo que se torna curto. Tens conhecimento de algum texto ou artigo onde essa vertente seja abordada de uma forma clara?

mst-1 Escreveu:
Em relação ao estado social

The choice open to us is not between a system in which everybody will get what he deserves according to some absolute and universal standard of right, and one where the individual shares are determined partly by accident or good will or chance, but between a system where it is the will of a few persons that decides who is to get what, and one where it depends at least partly on the ability and enterprise of the people concerned and partly on unforeseeable circumstances.

HAYEK, F.A., The Road to Serfdom, Chapter 8

Eu não sou contra a resditribuição de riqueza, simplesmente não acho que ela deva ser feita pelo estado.


Mais duas questões:

1. O texto do Hayek não me parece completamente claro. Podes transcrever/esclarecer/complementar melhor a ideia?
2. Quem deveria fazer então a redistribuição da riqueza?

Desculpa por tanta pergunta... :S
 
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por mst-1 » 16/8/2012 15:18

Muffin Escreveu:
mst-1 Escreveu:Tens de notar uma coisa, acima de tudo, isto gira em torno de liberdade.

Se eu sou obrigado a descontar para a segurança social eu não sou livre, se eu sou obrigado a descontar para o ensino publico a minha liberdade continua a ser limitada pelo estado.

Explica me porque é que eu não posso escolher, porque é que as minhas liberdades individuais tem de ser limitadas pelo estado?

Porque é que em materias consideradas fundamentais, saúde, ensino e educação não pode exister competição privada?


mst-1, eu não faço juízo de valores. Sobre o Estado Social, é tão defensável uma opção como a outra.

Estou apenas a tentar sistematizar e perceber o que pensa esta escola de pensamento sobre o tema, mas aparentemente isso é muito difícil sem se entrar em questões filosóficas ou políticas, sendo portanto visto como um "ataque" (a não sei muito bem o quê).

Se o tema que queres discutir é o de se devería haver um sistema de segurança social, penso que sai um pouco do âmbito deste tópico, sendo a minha opinião que deve existir, exactamente por o mercado não ser perfeito (e ser perfeitamente amoral).

Quanto a "ter" que haver monopólio do Estado, sou contra, estando de acordo contigo, e que devería haver um sistema misto bastante desenvolvido (sempre que houvesse um desconto mínimo de base social).

De qualquer forma creio que isso é tema de outro tópico.


Pelo contrário, este tema tem tudo a ver com este tópico, é simplesmente uma vertente diferente :wink:

Tens aqui uma quote do Hayek, sobre aquilo que estou a falar.

“The argument for liberty is not an argument against organization, which is one of the most powerful tools human reason can employ, but an argument against all exclusive, privileged, monopolistic organization, against the use of coercion to prevent others from doing better.”
― Friedrich A. von Hayek

Portanto, quando alguém perguntava o que é que se pode fazer para sair da crise, na linha da escola austriaca, seria basicamente desmantelar todos os monopolios, tanto estatais como privados.

Em relação ao estado social

The choice open to us is not between a system in which everybody will get what he deserves according to some absolute and universal standard of right, and one where the individual shares are determined partly by accident or good will or chance, but between a system where it is the will of a few persons that decides who is to get what, and one where it depends at least partly on the ability and enterprise of the people concerned and partly on unforeseeable circumstances.

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por Pantone » 16/8/2012 13:27

mst-1 Escreveu:Tens de notar uma coisa, acima de tudo, isto gira em torno de liberdade.

Se eu sou obrigado a descontar para a segurança social eu não sou livre, se eu sou obrigado a descontar para o ensino publico a minha liberdade continua a ser limitada pelo estado.

Explica me porque é que eu não posso escolher, porque é que as minhas liberdades individuais tem de ser limitadas pelo estado?

Porque é que em materias consideradas fundamentais, saúde, ensino e educação não pode exister competição privada?


mst-1, eu não faço juízo de valores. Sobre o Estado Social, é tão defensável uma opção como a outra.

Estou apenas a tentar sistematizar e perceber o que pensa esta escola de pensamento sobre o tema, mas aparentemente isso é muito difícil sem se entrar em questões filosóficas ou políticas, sendo portanto visto como um "ataque" (a não sei muito bem o quê).

Se o tema que queres discutir é o de se devería haver um sistema de segurança social, penso que sai um pouco do âmbito deste tópico, sendo a minha opinião que deve existir, exactamente por o mercado não ser perfeito (e ser perfeitamente amoral).

Quanto a "ter" que haver monopólio do Estado, sou contra, estando de acordo contigo, e que devería haver um sistema misto bastante desenvolvido (sempre que houvesse um desconto mínimo de base social).

De qualquer forma creio que isso é tema de outro tópico.
 
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por mst-1 » 16/8/2012 11:29

Muffin Escreveu:
migluso Escreveu:Sobre o Estado social, é verdade há uma corrente que não o defende.

Mas nada melhor do que deixar algumas citações, para provar que tal não corresponde à opinião de vários vultos desta escola:

Menger, o fundador:

“Government thus has to intervene in economic life for the benefit of all not only to redress grievances, but also to establish enterprises that promote economic efforts but, because of their size, are beyond the means of individuals and even private corporations. These are not paternalistic measures to restrain the citizens’ activities; on the contrary, they furnish the means for promoting such activities; furthermore, they are of some importance for those great ends of the whole state that make it appear civilized and cultured.

Important roads, railways and canals that improve the general well-being by improving traffic and communication are special examples of this kind of enterprise and lasting evidence of the concern of the state for the well-being of its parts and thereby its own power; at the same time, they are/constitute major prerequisites for the prosperity of a modern state.

The building of schools, too, is a suitable field for government to prove its concern with the success of its citizens’ economic efforts.”


Hayek, o prémio nobel:

"Nor is there any reason why the state should not assist the individuals in providing for those common hazards of life against which, because of their uncertainty, few individuals can make adequate provision. Where, as in the case of sickness and accident, neither the desire to avoid such calamities nor the efforts to overcome their consequences are as a rule weakened by the provision of assistance - where, in short, we deal with genuinely insurable risks - the case for the state's helping to organize a comprehensive system of social insurance is very strong... Wherever communal action can mitigate disasters against which the individual can neither attempt to guard himself nor make the provision for the consequences, such communal action should undoubtedly be taken."


Migluso, não citas as fontes e apenas confirmas com estas duas citações descontextualizadas o que escrevi atrás.

Por vontade dos proponentes desta escola, o Estado social seria desmantelado e reduzido à sua mínima expressão.

A tua primeira citação fala de "bens publicos" mas omite completamente o "Estado Social" - quiçás o artigo original o refira.

A citação de Hayek aparentemente apenas contempla uma ideia de seguro social:
"...for those common hazards of life against which, because of their uncertainty, few individuals can make adequate provision... ...where, in short, we deal with genuinely insurable risks...


A seguir avisa sobre o "perigo" do Estado poder querer organizar um sistema de Segurança Social:

- the case for the state's helping to organize a comprehensive system of social insurance is very strong..."


Se nos passares os links originais talvez ajude a pôr as ideias em contexto.


Tens de notar uma coisa, acima de tudo, isto gira em torno de liberdade.

Se eu sou obrigado a descontar para a segurança social eu não sou livre, se eu sou obrigado a descontar para o ensino publico a minha liberdade continua a ser limitada pelo estado.

Explica me porque é que eu não posso escolher, porque é que as minhas liberdades individuais tem de ser limitadas pelo estado?

Porque é que em materias consideradas fundamentais, saúde, ensino e educação não pode exister competição privada?
 
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por migluso » 15/8/2012 16:02

Depois de deixar citações de estudos científicos produzidos em Harvard, com 15 páginas, e ser acusado de não citar e apenas deixar textos demasiado extensos (15 pág.), achas que te ía direccionar para um paper do séc. XIX e para o livro The Road to Serfdom (também te posso emprestar se quiseres, mas promete-me que não o sublinhas a caneta)?!?!?

De resto, a tua resposta apenas deixou evidente que foi um erro eu ter voltado a postar neste tópico.

Torna-se difícil manter o nível quando se debate contigo.
Saúde e até sempre...

A330,

Essa tá boa...
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por A330-300 » 15/8/2012 15:51

A ETP, escola tuga de pensamentos discute atualmente duas filosofias.A otimista e a pessimista.

A otimista acha que a mer$% em que todos nós estamos , se arremessada a um ventilador sujaria a todos gratuitamente.

A pessimista ,descrente de qualquer coisa livre de impostos,reclama uma manif porque a mer%6 não vai dar para todos.

A330
 
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por Jolly Roger » 15/8/2012 15:30

Muffin Escreveu:
migluso Escreveu:O Salazar assustava as pessoas com propaganda a insinuar que os comunistas comiam meninos ao pequeno-almoço.

Os socialistas hoje utilizam a mesma táctica em relação ao Estado social.


LOL! tu e o louçã estão bem um para o outro! De certeza que não são gémeos? O patamar de superioridade moral com que falam tresanda cada vez que juntam duas palavras!

Ah, e podes ficar com o teu livrinho, que separar um crente da sua biblia deve ser concerteza pecado .


Deve ser a mesma coisa que separar os crentes do Keynes ou do Krugman das coisas bonitas e sobretudo científicas que gostam de ler.
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por Pantone » 15/8/2012 15:21

migluso Escreveu:O Salazar assustava as pessoas com propaganda a insinuar que os comunistas comiam meninos ao pequeno-almoço.

Os socialistas hoje utilizam a mesma táctica em relação ao Estado social.


LOL! tu e o louçã estão bem um para o outro! De certeza que não são gémeos? O patamar de superioridade moral com que falam tresanda cada vez que juntam duas palavras!

Ah, e podes ficar com o teu livrinho, que separar um crente da sua biblia deve ser concerteza pecado.
 
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por Pantone » 15/8/2012 15:05

migluso Escreveu:
Muffin Escreveu:
A seguir avisa sobre o "perigo" do Estado poder querer organizar um sistema de Segurança Social:

Se nos passares os links originais talvez ajude a pôr as ideias em contexto.


Faz copy e depois paste no google.

Também te podia recomendar um livro, The Constitution of Liberty, que tem uma última parte só dedicada ao "Welfare State", mas tem 500 páginas.

Se quiseres eu empresto-te, só tens que me prometer que não o sublinhas a caneta...

Mas como atrás disseste que eu me limitava a deixar links para estudos com 15 páginas, sem citar nada (o que é falso)...

O que tu citaste do Hayek significa o contrário do que tu entendeste.

De resto, esta discussão tem pouco a ver com economia e a escola austríaca, e tem mais a ver com política, pelo que não vou prolongar o debate sobre este tema.

O Salazar assustava as pessoas com propaganda a insinuar que os comunistas comiam meninos ao pequeno-almoço.

Os socialistas hoje utilizam a mesma táctica em relação ao Estado social.

Se quiseres debater economia, tudo bem. Política? Estou fora.

EDIT - acrescentar o "e" ao past...lol


Pensava que deixar o link de onde se retiram as citações seria prática corrente, mas parece que dá muito trabalho.

Fico a saber que esclarecer o que uma escola de pensamento económico pensa sobre o Estado Social tem pouco a ver com economia ou com essa escola de pensamento!

Tudo fica mais claro quando se pesquisa na internet, realmente:

in http://www.amazon.com/The-Constitution- ... 0226320847

Hayek's "The Constitution of Liberty" is a comprehensive work of political philosophy. It sets forth, defends, and applies an important view of the nature of human liberty, government, and economics that is worth considering, at the least, and that has much to commend it. The book is carefully written and argued with extensive and substantive footnotes and with an "analytical table of contents" that is useful in following the details of the argument. The book is highly erudite. It is also passionately argued. Hayek believed he had an important message to convey.

Falta-me erudição intelectualóide para filosofia política. Prefiro a práctica económica. E quanto menos moral à mistura, melhor!
Editado pela última vez por Visitante em 15/8/2012 15:22, num total de 1 vez.
 
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por migluso » 15/8/2012 11:27

A-330 Escreveu:Migluso ,

E a escola de pensamento tuga , o que é que pensa?

A330


O Quico já respondeu A330.

É em Portugal que está a Academia Puma Sporting, que é a maior escola de pensamento de futebol do mundo... :mrgreen:

Em Portugal pensa-se futebol (muito boa escola, uma referência no mundo) e socialismo (aqui já são pouco originais).
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por migluso » 15/8/2012 11:20

Muffin Escreveu:
A seguir avisa sobre o "perigo" do Estado poder querer organizar um sistema de Segurança Social:

Se nos passares os links originais talvez ajude a pôr as ideias em contexto.


Faz copy e depois paste no google.

Também te podia recomendar um livro, The Constitution of Liberty, que tem uma última parte só dedicada ao "Welfare State", mas tem 500 páginas.

Se quiseres eu empresto-te, só tens que me prometer que não o sublinhas a caneta...

Mas como atrás disseste que eu me limitava a deixar links para estudos com 15 páginas, sem citar nada (o que é falso)...

O que tu citaste do Hayek significa o contrário do que tu entendeste.

De resto, esta discussão tem pouco a ver com economia e a escola austríaca, e tem mais a ver com política, pelo que não vou prolongar o debate sobre este tema.

O Salazar assustava as pessoas com propaganda a insinuar que os comunistas comiam meninos ao pequeno-almoço.

Os socialistas hoje utilizam a mesma táctica em relação ao Estado social.

Se quiseres debater economia, tudo bem. Política? Estou fora.

EDIT - acrescentar o "e" ao past...lol
Editado pela última vez por migluso em 15/8/2012 11:29, num total de 1 vez.
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por Quico » 15/8/2012 11:08

A-330 Escreveu:Migluso ,

E a escola de pensamento tuga , o que é que pensa?

A330


Que o estado é que manda, e que nos deve tratar de tudo e arranjar tudo. Já como no tempo da outra senhora.

Depois, no fim... é tudo uma cambada de gatunos, uma cambada de ladrões e uma cambada de chupistas!

:roll:
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por A330-300 » 15/8/2012 11:00

Migluso ,

E a escola de pensamento tuga , o que é que pensa?

A330
 
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