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Caldeirão da Bolsa

Desemprego em Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 23/8/2012 2:29

Ministro Pedro Mota Soares (Foto: Gustavo Bom)
Serviços proíbem acumulação com trabalho independente a quem crie próprio emprego. Sem razão, dizem UGT e CGTP

Desde que foi criada, em 2010, a possibilidade de um desempregado com direito a subsídio acumular o mesmo com uma atividade independente de baixo valor foi mantida em segredo quase absoluto pela Segurança Social, de tal modo que não chega a 2000 o número de beneficiários desta medida. Agora, estabelece-se que os desempregados que tenham a intenção de criar o seu próprio emprego através da receção da totalidade ou de parte das prestações do subsídio de uma só vez não poderão, enquanto preparam o projeto, proceder à dita acumulação.

Pode mas "não deve poder"
Isto mesmo foi dito a Maria, 44 anos, desempregada desde abril e a receber o subsídio de desemprego desde maio. Radiante por ter descoberto pelo jornal que poderia acumular o subsídio, na sua variante parcial, com uma atividade independente - profissional liberal ou empresária em nome individual - hipótese que nunca lhe havia sido comunicada no centro de emprego, foi esta semana pedir mais informações. Mas se lhe foi confirmado que poderia abrir atividade independente e solicitar a passagem para o subsídio de desemprego parcial, quando perguntou se havia algum problema em fazê-lo enquanto está a preparar um projeto para a criação do próprio emprego, a resposta foi: "Não deve poder, isso é só para desempregados". Baralhada, Maria quis ser esclarecida. Disseram-lhe para mandar um e-mail a um responsável do centro.

Mas a tutela confirma a resposta dada a Maria: sendo "uma medida ativa de emprego", a entrega da totalidade ou de parte do subsídio de uma só vez destina-se "a quem está desempregado e não exerce qualquer atividade e pretende criar o seu próprio emprego, o que não acontece com os desempregados a receber SPD ." Outro motivo da proibição, ainda seguindo o ministério da Solidariedade e Segurança Social, seria poderem "existir situações em que o beneficiário, ao gozar da prestação antes da aprovação do projeto, poderia consumir a verba necessária para a implementação do projeto, inviabilizando-o."

"Claramente paradoxal"
Para José Augusto, responsável pelas políticas sociais da CGTP, estas explicações "não têm qualquer razoabilidade". O que interessa, comenta, "é tirar as pessoas do desemprego, e se alguém está a tentar criar o próprio emprego não se vê motivo para não poder ter uma atividade de baixo valor enquanto prepara o projeto." Além disso, frisa, "se tem direito ao subsídio de desemprego é porque descontou para ele. Estamos a falar da gestão desta verba que pertence ao desempregado, e deve ser ele a decidir como a quer gerir. Se dizem que não, têm de explicar porquê".

João Proença, da UGT, concorda: "É claramente paradoxal". E, prossegue, "mais ainda num governo que só fala de empreendedorismo. Afinal, se a pessoa tenta ser empreendedora ao tentar criar o seu próprio emprego e ao mesmo tempo a regressar o mais depressa possível ao mercado, dizem-lhe que não? Deviam ser, ainda mais nesta altura de crise, reforçados os mecanismos de flexibilidade na gestão dos apoios. Deviam procurar todas as possibilidades de flexibilizar e não de dificultar". Chamando a atenção para o reduzido número de pessoas que se socorrem do apoio à criação do próprio emprego - pouco mais de 3000 em 2011 - o coordenador da UGT considera que tal se deve em grande parte ao facto de o Instituto de Emprego "não ter capacidade para apoiar esses projetos."

Onde está a contradição?
De facto, é difícil perceber qualquer das justificações apresentadas pelo ministério. Primeiro porque o subsídio de desemprego parcial mais não é que o subsídio de desemprego calculado para um desempregado que entenda acumulá-lo com uma atividade cujo valor não exceda o do subsídio (ver texto secundário). Segundo, porque quem recebe subsídio de desemprego parcial pode voltar a receber o subsídio "normal"quando entender. Terceiro, porque, nos termos do preâmbulo do Decreto Lei 72/2010, que estende a possibilidade de acumulação do subsídio de desemprego parcial ao trabalho independente, estabelece-se que a medida visa "promover o regresso à vida ativa", permitindo "que o desempregado desenvolva atividades por conta própria sem perder o apoio do subsídio". Sendo o regresso pleno e o mais rápido possível à vida ativa o que se pretende com a criação do próprio emprego, não se vê onde pode estar a contradição entre as duas medidas.Fernanda Câncio


O que dizer da direita!!!
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por kuppka » 23/8/2012 2:02

migluso Escreveu:É complicado perceber a lógica da esquerda.

Por um lado, exige uma renegociação sem tréguas/quiçá mesmo a nacionalização das PPP das estradas.

Por outro lado afirma que é preciso investimento público em infra-estruturas para manter um nível de emprego insustentável na construção (quando há falta de mão-de-obra na agricultura, por exemplo).

Cá para mim, o plano passa por a CGD imprimir directamente euros, o Estado criar ou nacionalizar uma empresa da construção e depois entregar as obras todas a esta empresa.

É caricato ver a esquerda de manha a defender e à tarde a bater no betão... :lol:


Mt interessante a estátua na imagem do teu avatar. ...
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por migluso » 23/8/2012 1:26

Mcmad Escreveu:Não é a direita que anda na China? :mrgreen:


Não percebi...

Não tens ido ler o Mises Brasil nestes últimos dias, pois não? :mrgreen:
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por Mcmad » 23/8/2012 1:16

migluso Escreveu:É complicado perceber a lógica da esquerda.

Por um lado, exige uma renegociação sem tréguas/quiçá mesmo a nacionalização das PPP das estradas.

Por outro lado afirma que é preciso investimento público em infra-estruturas para manter um nível de emprego insustentável na construção (quando há falta de mão-de-obra na agricultura, por exemplo).

Cá para mim, o plano passa por a CGD imprimir directamente euros, o Estado criar ou nacionalizar uma empresa da construção e depois entregar as obras todas a esta empresa.

É caricato ver a esquerda de manha a defender e à tarde a bater no betão... :lol:


Não é a direita que anda na China? :mrgreen:
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por migluso » 23/8/2012 1:00

É complicado perceber a lógica da esquerda.

Por um lado, exige uma renegociação sem tréguas/quiçá mesmo a nacionalização das PPP das estradas.

Por outro lado afirma que é preciso investimento público em infra-estruturas para manter um nível de emprego insustentável na construção (quando há falta de mão-de-obra na agricultura, por exemplo).

Cá para mim, o plano passa por a CGD imprimir directamente euros, o Estado criar ou nacionalizar uma empresa da construção e depois entregar as obras todas a esta empresa.

É caricato ver a esquerda de manha a defender e à tarde a bater no betão... :lol:
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por alexandre7ias » 22/8/2012 21:13

Número de casais desempregados quase duplica
Publicado hoje às 18:33
Lusa, publicado por Ana Meireles

Este é o valor mais elevado desde que esta informação é divulgada.
Foto: André Afonso/Global Imagens
O número de casais com ambos os cônjuges desempregados quase duplicou em julho face a igual mês de 2011 e já atinge os 8.807 casais, o valor mais elevado desde que esta informação é divulgada.
De acordo com os dados recolhidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), em julho deste ano, face ao mês homólogo, há mais 4.388 casais (um aumento de 99,3 por cento) a garantirem a sua sobrevivência com as prestações sociais pagas pelo Estado.

Desde julho de 2011 que se regista um aumento em cadeia do número de desempregados em que ambos os cônjuges estão desempregados, tendo-se registado em julho último o número mais elevado desde que esta informação é recolhida (outubro de 2010).

No final do mês passado, entre os desempregados inscritos nos centros de emprego, 49,9 por cento eram casados ou viviam em situação de união de facto, perfazendo um total de 310.675.

Em termos homólogos, o aumento do desemprego foi mais acentuado nas uniões de facto, na ordem dos 134,6 por cento.

Segundo os dados divulgados pelo IEFP no final da passada semana, o número de inscritos nos centros de emprego aumentou 25 por cento em julho em termos homólogos e agravou-se 1,5 por cento face ao mês anterior, para 655.342 desempregados.

No final de julho, encontravam-se inscritos nos centros de emprego do Continente e das Regiões Autónomas mais 131.224 indivíduos do que um ano antes. Face a junho deste ano, o número de desempregados aumentou em 9.387 pessoas.
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por artista_ » 20/8/2012 11:20

mais_um Escreveu:
artista Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:... no final de julho havia 10.221 inscritos nos centros de emprego deste grupo profissional, um acréscimo de 101,4 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado.


Grande Crato! :shock: :shock:

Isto é que é cortar... "inventa-se" uma legislação específica para não pagar indemnizações por não renovação de contratos, ignora-se que os casos que são levados a tribunal os obrigam a pagar essas mesmas indemnizações (acho que já vai em 44 processos perdidos) e despede-se a torto e a direito!

10 mil professores representam uma despesa a rondar os 150 milhões de euros por ano. Eu pergunto-me se não haverá montantes desta ordem e muito superiores, a ser aplicados em situações bem menos importantes e necessárias?! :roll:

Lá estão eles a irem "além da troika", e depois não compreendem o aumento do desemprego?! :wall: :wall: :mrgreen:


Racionalizar os recursos parece-me correcto. Se sempre tivesse havido esse cuidado não tinhamos chegado onde chegamos.


Sem dúvida, falta saber o que significa esse termo, neste caso específico!? Ou achas que não há limites para a racionalização?
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por mais_um » 20/8/2012 11:13

artista Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:... no final de julho havia 10.221 inscritos nos centros de emprego deste grupo profissional, um acréscimo de 101,4 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado.


Grande Crato! :shock: :shock:

Isto é que é cortar... "inventa-se" uma legislação específica para não pagar indemnizações por não renovação de contratos, ignora-se que os casos que são levados a tribunal os obrigam a pagar essas mesmas indemnizações (acho que já vai em 44 processos perdidos) e despede-se a torto e a direito!

10 mil professores representam uma despesa a rondar os 150 milhões de euros por ano. Eu pergunto-me se não haverá montantes desta ordem e muito superiores, a ser aplicados em situações bem menos importantes e necessárias?! :roll:

Lá estão eles a irem "além da troika", e depois não compreendem o aumento do desemprego?! :wall: :wall: :mrgreen:


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por artista_ » 20/8/2012 10:35

alexandre7ias Escreveu:... no final de julho havia 10.221 inscritos nos centros de emprego deste grupo profissional, um acréscimo de 101,4 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado.


Grande Crato! :shock: :shock:

Isto é que é cortar... "inventa-se" uma legislação específica para não pagar indemnizações por não renovação de contratos, ignora-se que os casos que são levados a tribunal os obrigam a pagar essas mesmas indemnizações (acho que já vai em 44 processos perdidos) e despede-se a torto e a direito!

10 mil professores representam uma despesa a rondar os 150 milhões de euros por ano. Eu pergunto-me se não haverá montantes desta ordem e muito superiores, a ser aplicados em situações bem menos importantes e necessárias?! :roll:

Lá estão eles a irem "além da troika", e depois não compreendem o aumento do desemprego?! :wall: :wall: :mrgreen:
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por alexandre7ias » 20/8/2012 1:16

Mais 25% de inscritos nos centros de emprego em julho do que há um ano
Publicado ontem às 19:08
O número de inscritos nos centros de emprego aumentou 25 por cento em julho em termos homólogos e agravou-se 1,5 por cento face ao mês anterior, para 655.342 desempregados.
De acordo com a informação mensal publicada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de julho encontravam-se inscritos nos centros de emprego do Continente e das Regiões Autónomas mais 131.224 indivíduos do que um ano antes.

Face a junho deste ano, o número de desempregados aumentou em 9.387 pessoas.

Segundo o IEFP, o desemprego subiu em ambos os géneros face a julho de 2011, mas especialmente nos homens, com o valor a aumentar 31,4 por cento, enquanto nas mulheres o valor avançou 19,5 por cento.

Por grupo etário, no período de um ano, o segmento jovem foi o que registou um maior agravamento, com um acréscimo de 36,6 por cento, enquanto os adultos tiveram um aumento de 23 por cento.

Quanto ao tempo de permanência dos desempregados nos ficheiros, os inscritos há menos de um ano aumentaram 35,4 por cento, enquanto os desempregados de longa duração assinalaram um acréscimo de 11,2 por cento.

A procura de um primeiro emprego aumentou 30,5 por cento face ao mês homólogo de 2011, enquanto a procura de novo emprego subiu 24,6 por cento.

De acordo com a análise dos técnicos do IEFP, todos os níveis de habilitação escolar apresentaram mais desempregados do que há um ano, mas o aumento percentual mais elevado verificou-se ao nível do ensino superior, com mais 49,5 por cento, seguido do secundário, com 36,2 por cento.

Por regiões, o número de desempregados inscritos aumentou em todas elas, com destaque para os Açores (46,3 por cento) e Alentejo (39,4 por cento) e o Algarve (33,4 por cento).

No final de julho, havia 11.417 ofertas de emprego por satisfazer nos centros de emprego, registando-se uma descida em relação ao mês homólogo, de cerca de 19 por cento.

Neste período, as colocações realizadas ao longo de julho alcançaram 5.422, um acréscimo de 0,4 por cento em relação ao mês homólogo.
.


Como se pode ver cada vez mais estamos no caminho certo!!!
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por alexandre7ias » 20/8/2012 1:14

Número de professores nos centros de emprego duplica
Publicado ontem às 19:35

O número de docentes do ensino secundário, superior e profissões similares inscritos nos centros de emprego mais do que duplicou em julho em relação ao período homólogo, sendo o grupo profissional com um aumento mais significativo.
De acordo com a informação mensal publicada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de julho havia 10.221 inscritos nos centros de emprego deste grupo profissional, um acréscimo de 101,4 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em relação ao mês de junho deste ano, inscreveram-se mais 2.785 docentes do ensino secundário, superior e profissões similares nos centros de emprego, o que representa um aumento de 37,5 por cento.

Segundo o IEFP, o pessoal dos serviços, de proteção e de segurança é o grupo mais afetado, representando cerca de 12,6 por cento dos inscritos, seguido pelos trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio, que no final de julho, representavam 11,4 por cento.

"Apenas os quadros superiores da administração pública, grupo que se apresenta pouco expressivo no total de desemprego registado, sofreram uma redução anual do número de desemprego", de 38 por cento, revela a informação mensal do IEFP.

O número de inscritos nos centros de emprego aumentou 25 por cento em julho em termos homólogos e agravou-se 1,5 por cento face ao mês anterior, para 655.342 desempregados.

De acordo com a informação mensal publicada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de julho encontravam-se inscritos nos centros de emprego do Continente e das Regiões Autónomas mais 131.224 indivíduos do que um ano antes.

Face a junho deste ano, o número de desempregados aumentou em 9.387 pessoas.
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por alexandre7ias » 17/8/2012 21:36

Há 465 mil desempregados sem receber protecção social há 9 meses

17.08.2012 - 17:13 João Ramos de Almeida

Paulo Pimenta

O desemprego está subir desde 2007 e a percentagem dos que não têm direito a subsídio tem também vindo a aumentar

Há quase um ano que se mantém um valor nunca antes observado de desprotecção social. As "culpas" vão para a explosão do desemprego, mas também para a política social que cortou apoios a quem precisava.

Há três trimestres consecutivos que Portugal regista uma média de 465 mil desempregados sem protecção social, o valor mais alto de sempre. No segundo trimestre deste ano, esse grupo representava 56% dos desempregados estimados pelo INE, um valor semelhante ao já verificado em 2011.

O número dos desempregados sem apoio social é estimado a partir dos valores publicados pelo INE, comparados com números recentemente divulgados pela Segurança Social sobre a protecção no desemprego. Por isso, não tem em conta quem não esteja abrangido pelo conceito estatístico de desempregado, seguido na UE. Ou seja, não inclui as 90,7 mil pessoas que querem um emprego, mas não o procuraram; os 217,4 mil interessados num emprego, mas que estão indisponíveis. De fora, também ficam os 261 mil trabalhadores em horário parcial e que gostariam de um completo (subemprego).

Nos últimos cinco anos, verificou-se uma progressiva desprotecção dos desempregados (ver gráfico). Duas explicações marcam essa tendência.

Em primeiro lugar, a expansão exponencial do desemprego. O número de desempregados pulou de 469,9 mil no primeiro trimestre de 2007 para 826,9 mil pessoas no segundo trimestre de 2012. Ou seja, mais 357 mil pessoas em cinco anos e em aceleração. No último trimestre de 2012, subiu 22,5% em termos homólogos, apenas comparável a 2009, quando a realidade do desemprego "explodiu", fruto da crise internacional. E se a subida não se manifestou com a mesma impetuosidade na taxa de desemprego, foi porque a população activa tem vindo a reduzir-se desde o último trimestre de 2010. Cada vez mais pessoas abandonam o mercado de trabalho, passando a inactivas.

A outra explicação prende-se com a política social seguida desde 2009, tanto pelo Governo Sócrates como pelo actual Governo PSD/CDS. A quebra da protecção aos desempregados coincidiu com a introdução da denominada condição de recursos (decreto-lei 70/2010) que, a partir de Agosto de 2010, condicionou a atribuição de apoios sociais a uma nova definição de agregado familiar e dos seus rendimentos, como forma de reduzir a despesa da Segurança Social. Entre esses apoios está o subsídio social de desemprego, atribuído a quem esgota a duração do subsídio de desemprego ou a quem não reúna as condições de o ter.

O actual Governo não só manteve em vigor a condição de recursos como alterou as regras de atribuição do subsídio (decreto-lei 64/2012), com efeitos desde Abril passado. Nomeadamente encurtou a duração do subsídio, embora seja ainda cedo para avaliar os seus efeitos.

Ora, desde a entrada em vigor da condição de recursos em meados de 2010, o número de beneficiários do subsídio social caiu abruptamente. Se, no primeiro semestre de 2010, o número dos que recebiam esse subsídio se reduzira 6,7% em termos homólogos, na segunda metade do ano caiu 35%. E na primeira metade de 2011 mais de 50%. No segundo semestre de 2011, outros 42%. Actualmente, quem recebe subsídio social de desemprego representa 5% do total de beneficiários da protecção ao desemprego, quando em meados de 2009 eram quase 15%.

Esta política de redução dos apoios a quem mais necessita foi em tudo contrária à seguida, por exemplo, na Islândia. Segundo a chefe de missão do FMI nesse país, a rápida recuperação económica observada no rescaldo da crise de 2008 deveu-se, entre outras razões, à manutenção do Estado social e dos apoios sociais.
.


A única coisa de positiva nesta noticia é o facto de não correrem o risco de serem roubados no sub de Natal, etc etc.
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por alexandre7ias » 17/8/2012 14:36

O estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) "Global Employment Trends for Youth 2012" (Tendências Globais de Emprego para a Juventude 2012, em tradução literal) vem mostrar que, apesar de os trabalhos temporários poderem ser uma forma dos mais jovens ganharem experiência, a crise financeira tem vindo a transformar os trabalhos a prazo numa opção de último recurso.

De acordo com a OIT, o recurso a trabalhos temporários entre os jovens quase duplicou desde o início da crise económico-financeira, e este aumento tem sido particularmente visível nos países europeus mais afetados pela crise, como é o caso de Portugal.

"Na União Europeia constatamos que os trabalhos temporários ou os contratos a prazo são muito comuns entre os mais jovens, mais do que entre a população adulta", refere o responsável pela Unidade de Tendências de Emprego da OIT, Ekkehard Ernst, acrescentando que os empregos em 'part-time' entre os jovens aumentaram tanto antes como durante a crise.

Entre o segundo trimestre de 2008 e 2011, a taxa de emprego jovem em 'part-time' aumentou cerca de 3,6 pontos percentuais na União Europeia, enquanto na Espanha ou na Irlanda a subida chegou a 11,8 e 20,7 pontos percentuais, respetivamente.

"Em muitos países, incluindo Chipre, Dinamarca, Grécia, Hungria, Portugal e Eslovénia, o aumento durante o mesmo período ultrapassou os cinco pontos percentuais", refere a OIT.

Em 12 anos, mais gente a trabalhar a prazo

É também entre os jovens que se regista o maior aumento de recurso a trabalho temporário e, no segundo trimestre de 2000, 35,2 por cento dos jovens empregados da União Europeia trabalhavam com contratos a prazo, em comparação com apenas 8,9 por cento dos adultos, com idade entre os 25 e os 64 anos.

"Nessa altura, os jovens tinham quatro vezes mais probabilidades do que os adultos de terem um emprego a prazo e se entre 2000 e 2008 a fatia do trabalho temporário, no global do emprego, aumentou tanto para os jovens como para os adultos, a verdade é que o aumento entre os jovens foi quase o dobro do dos adultos", lê-se no relatório.

De acordo com a OIT, em cinco países (Itália, Luxemburgo, Polónia, Portugal e Eslovénia), o aumento do trabalho temporário entre os jovens foi de dez pontos percentuais.

A organização alerta que, na situação atual, é provável que os jovens olhem cada vez mais para os trabalhos temporários como a única forma de entrar no mercado de trabalho e que compitam cada vez mais ferozmente entre si para os conseguir.

Acrescenta a OIT que, nesta situação, os empregadores também irão optar pelo trabalho temporário como forma de cortar custos na empresa, principalmente em tempos de crise económica, já que dessa forma o patronato gasta menos com segurança social ou formação.

Na opinião da OIT, um dos problemas que os jovens enfrentam é a dificuldade cada vez maior em arranjar um emprego permanente, e defende que está nas mãos dos governos encontrar soluções que criem perspetivas para os mais jovens.
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por mais_um » 17/8/2012 9:13

mais_um Escreveu:
A-330 Escreveu:A culpa é de quem? Outra vez do governo anterior. Não fosse por ele e não precisávamos da troika.



Podes explicar o que é que o anterior governo(e já agora também podes incluir o 1º do Socrates) fez que obrigou a precisarmos da troika?.....


Só para não ficar esquecido....
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por mais_um » 16/8/2012 13:58

MPC_finance Escreveu:
mais_um Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
mais_um Escreveu:Como habitualmente, as coisas más são da responsabilidade dos governos anteriores, as coisas boas são da responsabilidade do actual.
Acontece que as medidas (necessárias) implementdas pelo actual governo faziam parte do PEC IV, que os partidos do actual governo chumbaram no parlamento, quando apresentadas pelo anterior governo.

Ainda sobre a responsabilidade governativa do ultimo governo do Socrates, relembro que quem governou efectivamente foi a oposição.


Podes fundamentar? Um link oficial do PEC IV e outro para as orientações da Troika (também negociadas pelo anterior governo) seria útil para que se possa comparar.


Vários OCS tem feito essa comparação, por exemplo a do jornal de negocios:

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=546983

Nota: esta comparação é entre o PEC IV e o programa implementado pelo actual governo e não o acordado entre o anterior governo e a troika.


Fui pesquisar e encontrei o link em baixo, para o PEC IV. Fica a faltar o documento da Troika.

http://www.parlamento.pt/OrcamentoEstad ... 1_2014.pdf


O MoU:


http://www.imf.org/external/np/loi/2011/prt/051711.pdf
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por MPC_finance » 16/8/2012 13:53

mais_um Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
mais_um Escreveu:Como habitualmente, as coisas más são da responsabilidade dos governos anteriores, as coisas boas são da responsabilidade do actual.
Acontece que as medidas (necessárias) implementdas pelo actual governo faziam parte do PEC IV, que os partidos do actual governo chumbaram no parlamento, quando apresentadas pelo anterior governo.

Ainda sobre a responsabilidade governativa do ultimo governo do Socrates, relembro que quem governou efectivamente foi a oposição.


Podes fundamentar? Um link oficial do PEC IV e outro para as orientações da Troika (também negociadas pelo anterior governo) seria útil para que se possa comparar.


Vários OCS tem feito essa comparação, por exemplo a do jornal de negocios:

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=546983

Nota: esta comparação é entre o PEC IV e o programa implementado pelo actual governo e não o acordado entre o anterior governo e a troika.


Fui pesquisar e encontrei o link em baixo, para o PEC IV. Fica a faltar o documento da Troika.

http://www.parlamento.pt/OrcamentoEstad ... 1_2014.pdf
 
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por mais_um » 16/8/2012 13:35

MPC_finance Escreveu:
mais_um Escreveu:Como habitualmente, as coisas más são da responsabilidade dos governos anteriores, as coisas boas são da responsabilidade do actual.
Acontece que as medidas (necessárias) implementdas pelo actual governo faziam parte do PEC IV, que os partidos do actual governo chumbaram no parlamento, quando apresentadas pelo anterior governo.

Ainda sobre a responsabilidade governativa do ultimo governo do Socrates, relembro que quem governou efectivamente foi a oposição.


Podes fundamentar? Um link oficial do PEC IV e outro para as orientações da Troika (também negociadas pelo anterior governo) seria útil para que se possa comparar.


Vários OCS tem feito essa comparação, por exemplo a do jornal de negocios:

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=546983

Nota: esta comparação é entre o PEC IV e o programa implementado pelo actual governo e não o acordado entre o anterior governo e a troika.
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por MPC_finance » 16/8/2012 12:55

mais_um Escreveu:Como habitualmente, as coisas más são da responsabilidade dos governos anteriores, as coisas boas são da responsabilidade do actual.
Acontece que as medidas (necessárias) implementdas pelo actual governo faziam parte do PEC IV, que os partidos do actual governo chumbaram no parlamento, quando apresentadas pelo anterior governo.

Ainda sobre a responsabilidade governativa do ultimo governo do Socrates, relembro que quem governou efectivamente foi a oposição.


Podes fundamentar? Um link oficial do PEC IV e outro para as orientações da Troika (também negociadas pelo anterior governo) seria útil para que se possa comparar.
 
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por MiamiBlue » 16/8/2012 11:11

mais_um Escreveu:Já agora estou expectante em relação à opinião da Troika sobre o aumento de desemprego, se anteriormente eles suspeitavam da alteração das regras de atribuição do subsidio de desemprego (como se alguém que estivesse empregado fosse a correr negociar a saída e ir para o desemprego), agora qual será o motivo …?


Sou mais um que está curioso, porque uma dos factores apontados era do valor e duração dos subsídios de desempergo.

No entanto, atualmente temos 15% de desempregados, em que cerca de 43% não recebe qualquer tipo de subsídios, por isso, porque continua a aumentar o desemprego??

A Troika também tem muitos génios..
 
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por mais_um » 16/8/2012 10:53

artista Escreveu:
mais_um Escreveu:Em relaçao ao desemprego, olhando à minha volta (amigos e conhecidos), constato que os novos desempregados são trabalhadores com rendimentos bastante acima da media e que tendo em conta a actual situação economica dificilmente conseguirão encontrar emprego e se conseguirem será sempre por valores muito inferiores.


Por acaso não tenho uma experiência semelhante. Não tenho muitos amigos e familiares desempregados mas os que estão não tinham rendimentos muito elevados...

Do que conheço (desempregados) há uma diferença substancial entre o desemprego actual e o que acontecia há uns anos atrás. Anteriormente eram na sua maioria profissões de menor remuneração e sem grandes qualificações académicas, actualmente já é habitual encontrar desempregados que ocupavam cargos de chefias intermédias e superiores (encerramento de empresas ou restruturação de departamentos) e de remuneração elevada (superiores a 2500€/mês), ou seja o desemprego está a atingir a classe média, média-alta que dependiam do rendimento do trabalho.
Dificilmente estas pessoas conseguem encontrar trabalho em Portugal devido à idade (40 aos 50 ) e de não haver mesmo vagas (e mesmo no exterior terão sérias dificuldades). Mesmo estando dispostas a trabalhar por metade do vencimento, não há lugares.
Ou seja o desemprego está a atingir as pessoas que efectivamente pagavam impostos e que tinham poder de compra, o resultado é o Estado arrecadar menos impostos e a economia continuar a cair, agravando as contas do Estado.
Já agora estou expectante em relação à opinião da Troika sobre o aumento de desemprego, se anteriormente eles suspeitavam da alteração das regras de atribuição do subsidio de desemprego (como se alguém que estivesse empregado fosse a correr negociar a saída e ir para o desemprego), agora qual será o motivo …?
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por mais_um » 16/8/2012 9:57

A-330 Escreveu:A culpa é de quem? Outra vez do governo anterior. Não fosse por ele e não precisávamos da troika.



Podes explicar o que é que o anterior governo(e já agora também podes incluir o 1º do Socrates) fez que obrigou a precisarmos da troika?.....
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por mais_um » 16/8/2012 9:51

Como habitualmente, as coisas más são da responsabilidade dos governos anteriores, as coisas boas são da responsabilidade do actual.
Acontece que as medidas (necessárias) implementdas pelo actual governo faziam parte do PEC IV, que os partidos do actual governo chumbaram no parlamento, quando apresentadas pelo anterior governo.

Ainda sobre a responsabilidade governativa do ultimo governo do Socrates, relembro que quem governou efectivamente foi a oposição.
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por artista_ » 15/8/2012 17:18

A-330 Escreveu:
artista Escreveu:
A-330 Escreveu:Estes que aí estão tem culpa no sentido de só aplicar a austeridade ao Zé Povinho e de não fazer as reformas que o país desespera , mas a culpa da situação em que estamos é sim do desgoverno anterior.


Pois, mas essa culpa já é bastante, o que os outros fizeram já todos sabemos (quem "não sabe" provavelmente nunca saberá), agora o que se lhe pede é que tome as decisões certas... e, já agora, que assuma a responsabilidade daquilo que faz!

Para que não haja dúvidas (faço esta referência para que isso não possa pairar no ar) considero os governos Sócrates os piores que alguma vez Portugal teve, mas isso não me faz contentar-me com pouco, com apenas algo melhor que os outros!



Sim , o que os outros fizeram já nós sabemos , mas o povo esqueçe rápido. Reaje por impulsos.
Então , realmente nunca é de mais lembrar.

Quanto à troika ,também já sabemos que as medidas que ela exigiu que se fizessem são duras e que causam desemprego.

A culpa é de quem? Outra vez do governo anterior. Não fosse por ele e não precisávamos da troika.

A culpa não é deste governo nem da troika.Os bancos também nos põe condições se queremos que nos emprestem o dinheiro. Aliás é por não cumprir o que os credores disseram para fazer que a Grécia está bem pior do que nós e com futuro incerto.

Estas medidas já se sabia fariam vítimas , mas antes 3 milhões do que 10 milhões.

Atenção que também não defendo este governo.Sou totalmente apartidário e já o referi várias vezes , mas a verdade é que não fosse o PS e não estaríamos como estamos.

Tão simples quanto isso.E outra vez , não é nehum problema lembrar isso. EU prefiro isso do o Sócrates de volta a PM.Não me admirava nada.

A330


Concordo com tudo excepto com uma pequena coisa, que tem bastante importância.

Este governo teve muito poder de decisão, não seguiu apenas instruções da Troika. Fazem passar esta ideia quando lhes dá jeito, mas a realidade é que muitas das medidas que implementaram não estavam no memorando de entendimento, e algumas que estavam decidiram não as colocar em prática!
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por alexandre7ias » 15/8/2012 14:45

14.AGO.2012  19:51
CGTP: Dados do INE confirmam aprofundamento da recessão

Reunião entre a CGTP e UGT (Foto: Nuno Pinto Fernandes)
CGTP responsabilizou a política de austeridade pela deterioração da situação no mercado de trabalho

A CGTP considerou que os dados hoje publicados pelo INE confirmam "a crescente deterioração da situação no mercado de trabalho e o aprofundamento da recessão" e responsabilizou a política de austeridade pela situação.

De acordo com as estatísticas do INE, a taxa de desemprego chegou aos 15% da população ativa no segundo trimestre de 2012 e a economia contraiu-se pelo sexto trimestre consecutivo, com uma variação homóloga de menos 3,3%.

"A política de direita, dita de austeridade, tem efeitos económicos e sociais desastrosos. Os cortes nos salários, nas pensões de reforma e nos apoios sociais refletem-se na redução do consumo das famílias o que leva à variação negativa do investimento", afirmou a CGTP numa nota de imprensa.

A CGTP-IN considerou que a "insistência do Governo e da troika na presente política, só poderá gerar mais desemprego e recessão".

A central sindical responsabilizou as medidas que têm vindo a ser adotadas pelas "elevadas perdas no emprego e pela subida galopante do desemprego desde 2008".

Para a Intersindical "a destruição de postos de trabalho constitui o aspeto mais dramático da presente crise" e lembrou que "o emprego teve uma das maiores diminuições de sempre (menos 4,2%, o que significa 205 mil pessoas no espaço de um ano)".

No comunicado a CGTP referiu que o desemprego real ultrapassa os 22% (mais de 1 milhão e 305 mil desempregados) e salientou que "o risco de exclusão social é claro já que 57 em cada 100 desempregados não acede a prestações de desemprego".

O Governo prevê que a taxa de desemprego atinja uma média de 15,5% para o total de 2012, subindo para 16% em 2013.
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As barriguinhas do Convencimento.

por bboniek33 » 15/8/2012 14:27

Caro MiamiBlueHeart:

Nao, nao ee "moralismo barato". O que se passa ee que ha gente que ainda tem a barriguinha cheia e quer endireitar o Mundo nem que seja aa custa de quem nao tem condic,oes dignas de sobrevivencia.

Quando leio alguns elementos percebo logo que teem onde ir comer e gozar o tro-la-ro. Tambeem eu sou absolutamente contra o endividamento alienado em que esta gente se meteu. Daii a ignorar as consequencias assassinas duma poliitica sem qualquer preocupac,ao humana vai uma grande distancia.

E, cumpre dizer, mais uma vez, que estes incompetentes cometem engano atraas de engano e ainda veem com cara de parvos dizer que nao esperavam aquilo que tantos ANTECIPADAMENTE anteviam como inevitaavel consequencia das poliiticas seguidas.

Calma aii amigos ! Ha gente com fome e sem cuidados miinimos. Esta falta de dignidade com que convivemos deve envergonhar a todos. Excepto, claro, os que teem a barriguinha cheia de Convencimento.

Atee ver. 8-)
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