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Caldeirão da Bolsa

Desemprego em Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MiamiBlue » 15/8/2012 13:04

Lion_Heart Escreveu:Ja aqui disse que a nosso divida devia estar afixada em placars gigantes nas principais cidades (podia se nos Bancos de Portgal): a divida total e a divida por cada cidadao.

Para a maioria de uma vez por todas entender o que significa enterrado em dividas ate a ponta dos cabelos.


Concordo totalmente, Lion Heart.

E eu sei que é moralismo barato, mas infelizmente é a realidade que aumenta de dia-para-dia, ao lado dos placares com a dívida, colocar uns grandes placares com o número de pessoas que não têm emprego, nem qualquer tipo de subsídios ou subsídios de valores mínimos e que quando chegam à noite, mal conseguem ter algum para comer umas migalhas..
 
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por A330-300 » 15/8/2012 3:46

artista Escreveu:
A-330 Escreveu:Estes que aí estão tem culpa no sentido de só aplicar a austeridade ao Zé Povinho e de não fazer as reformas que o país desespera , mas a culpa da situação em que estamos é sim do desgoverno anterior.


Pois, mas essa culpa já é bastante, o que os outros fizeram já todos sabemos (quem "não sabe" provavelmente nunca saberá), agora o que se lhe pede é que tome as decisões certas... e, já agora, que assuma a responsabilidade daquilo que faz!

Para que não haja dúvidas (faço esta referência para que isso não possa pairar no ar) considero os governos Sócrates os piores que alguma vez Portugal teve, mas isso não me faz contentar-me com pouco, com apenas algo melhor que os outros!



Sim , o que os outros fizeram já nós sabemos , mas o povo esqueçe rápido. Reaje por impulsos.
Então , realmente nunca é de mais lembrar.

Quanto à troika ,também já sabemos que as medidas que ela exigiu que se fizessem são duras e que causam desemprego.

A culpa é de quem? Outra vez do governo anterior. Não fosse por ele e não precisávamos da troika.

A culpa não é deste governo nem da troika.Os bancos também nos põe condições se queremos que nos emprestem o dinheiro. Aliás é por não cumprir o que os credores disseram para fazer que a Grécia está bem pior do que nós e com futuro incerto.

Estas medidas já se sabia fariam vítimas , mas antes 3 milhões do que 10 milhões.

Atenção que também não defendo este governo.Sou totalmente apartidário e já o referi várias vezes , mas a verdade é que não fosse o PS e não estaríamos como estamos.

Tão simples quanto isso.E outra vez , não é nehum problema lembrar isso. EU prefiro isso do o Sócrates de volta a PM.Não me admirava nada.

A330
 
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por Lion_Heart » 15/8/2012 2:30

Ja aqui disse que a nosso divida devia estar afixada em placars gigantes nas principais cidades (podia se nos Bancos de Portgal): a divida total e a divida por cada cidadao.

Para a maioria de uma vez por todas entender o que significa enterrado em dividas ate a ponta dos cabelos.
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por artista_ » 15/8/2012 2:14

A-330 Escreveu:Mas e qual é a dúvida de que os desempregados são culpa do governo anterior?


Tenho dois comentários a fazer:

1- Não me parece que lhe fique bem estar constantemente a desculpar-se, eu já vi demais disso no passado, não muito distante! Umas vezes é com a Troika, outras com o anterior governo, outras com a crise.... já se esqueceu que se comprometeu a não se desculpar com a herança do passado! :roll:

2- Como é que a culpa pode ser do governo anterior se o desemprego está a arrasar por completa as previsões do seu governo?! Ou seja, ele não compreende o aumento do desemprego, só sabe que não é culpa dele!!!! :shock: :roll:

A-330 Escreveu:Por acaso até acho bom que essas coisas sejam lembradas para ver se este povo começa algum dia a ter memória e a parar de reagir por impulso.


Eu também acho que é bom irem sendo lembradas, mas não como desculpa do que mal que nos está a acontecer... talvez nem seja ele a pessoa mais indicada para nos lembrar disso!

A-330 Escreveu:Estes que aí estão tem culpa no sentido de só aplicar a austeridade ao Zé Povinho e de não fazer as reformas que o país desespera , mas a culpa da situação em que estamos é sim do desgoverno anterior.


Pois, mas essa culpa já é bastante, o que os outros fizeram já todos sabemos (quem "não sabe" provavelmente nunca saberá), agora o que se lhe pede é que tome as decisões certas... e, já agora, que assuma a responsabilidade daquilo que faz!

Para que não haja dúvidas (faço esta referência para que isso não possa pairar no ar) considero os governos Sócrates os piores que alguma vez Portugal teve, mas isso não me faz contentar-me com pouco, com apenas algo melhor que os outros!
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por A330-300 » 15/8/2012 1:23

mcarvalho Escreveu:A trapeira do Job

José António Barreiros, advogado

Isto que eu vou dizer vai parecer ridículo a muita gente.Mas houve um tempo em que as pessoas se lembravam, ainda, da época da infância, da primeira caneta de tinta-permanente, da primeira bicicleta, da idade adulta, das vezes em que se comia fora, do primeiro frigorífico e do primeiro televisor, do primeiro rádio, de quando tinham ido ao estrangeiro.Houve um tempo em que, nos lares, se aproveitava para a refeição seguinte o sobejante da refeição anterior, em que, com ovos mexidos e a carne ou peixe restante, se fazia "roupa velha". Tempos em que as camisas iam a mudar o colarinho e os punhos do avesso, assim como os casacos, e se tingia a roupa usada, tempos em que se punham meias-solas com protectores. Tempos em que ao mudar-se de sala se apagava a luz, tempos em que se guardava o "fatinho de ver a Deus e à sua Joana".E não era só no Portugal da mesquinhez salazarista. Na Inglaterra dos Lordes, na França dos Luíses, a regra era esta. Em 1945 passava-se fome na Europa, a guerra matara milhões e arrasara tudo quanto a selvajaria humana pode arrasar.Houve tempos em que se produzia o que se comia e se exportava. Em que o País tinha uma frota de marinha mercante, fábricas, vinhas, searas.Veio depois o admirável mundo novo do crédito. Os novos pais tinham como filhos uns pivetes tiranos, exigindo malcriadamente o último modelo de mil e um gadgets e seus consumíveis, porque os filhos dos outros também tinham. Pais que se enforcavam por carrões de brutal cilindrada para os encravarem no lodo do trânsito e mostrarem que tinham aquela extensão motorizada da sua potência genital. Passou a ser tempo de gente em que era questão de pedigree viver no condomínio fechado, e sobretudo dizê-lo, em que luxuosas revistas instigavam em couché os feios a serem bonitos, à conta de spas e de marcas, assim se visse a etiqueta, em que a beautiful people era o símbolo de status, como a língua nos cães para a sua raça.Foram anos em que o Campo se tornou num imenso ressort de Turismo de Habitação, as cidades uma festa permanente, entre o coktail party e a rave. Houve quem pensasse até que um dia os Serviços seriam o único emprego futuro ou com futuro.O país que produzia o que comíamos ficou para os labregos dos pais e primos parolos, de quem os citadinos se envergonhavam, salvo quando regressavam à cidade dos fins de semana com a mala do carro atulhada do que não lhes custara a cavar e às vezes nem obrigado.O país que produzia o que se podia transaccionar, esse, ficou com o operariado da ferrugem, empacotados como gado em dormitórios, e que os víamos chegar mortos de sono logo à hora de acordarem, as casas verdadeiras bombas-relógio de raiva contida, descarregada nos cônjuges, nos filhos, na idiotização que a TV tornou negócio.Sob o oásis dos edifícios em vidro, miragem de cristal, vivia o mundo subterrâneo de quantos aguentaram isto enquanto puderam, a sub-gente. Os intelectuais burgueses teorizavam, ganzados de alucinação, que o conceito de classes sociais tinha desaparecido. A teoria geral dos sistemas supunha que o real era apenas uma noção, a teoria da informação substituía os cavalos-força da maquinaria pelos megabytes de RAM da computação universal. Um dia os computadores tudo fariam, o Ser-Humano tornava-se um acidente no barro de um oleiro velho e tresloucado que, caído do Céu, morrera pregado a dois paus, e que julgava chamar-se Deus, confundindo-se com o seu filho e mais uma trinitária pomba.Às tantas, os da cidade começaram a notar que não havia portugueses a servir à mesa, porque estávamos a importar brasileiros, que não havia portugueses nas obras, porque estávamos a importar negros e eslavos.A chegada das lojas-dos-trezentos já era alarme de que se estava a viver de pexisbeque, mas a folia continuava. A essas sucedeu a vaga das lojas chinesas, porque já só havia para comprar «balato». Mas o festim prosseguia e à sexta-feira as filas de trânsito em Lisboa eram o caos e até ao dia quinze os táxis não tinham mãos a medir.Fora disto, os ricos, os muito ricos, viram chegar os novos ricos. O ganhão alentejano viu sumir o velho latifundário absentista pelo novo turista absentista com o mesmo monte mais a piscina e seus amigos, intelectuais, claro, e sempre pela reforma agrária, e vai um uísque de malte, sempre ao lado do povo, e já leu o New Yorker?A agiotagem financeira, essa, ululava. Viviam do tempo, exploravam o tempo, do tempo que só ao tal Deus pertencia, mas, esse, Nietzsche encontrara-o morto em Auschwitz. Veio o crédito ao consumo, a Conta-Ordenado, veio tudo quanto pudesse ser o ter sem pagar. Porque nenhum Banco quer que lhe devolvam o capital mutuado, quer é esticar ao máximo o lucro que esse capital rende.Aguilhoando pela publicidade enganosa os bois que somos nós todos, os Bancos instigavam à compra, ao leasing, ao renting, ao seja como for desde que tenha e já, ao cartão, ao descoberto-autorizado.Tudo quanto era vedeta deu a cara, sendo actor, as pernas, sendo futebolista, ou o que vocês sabem, sendo o que vocês adivinham, para aconselhar-nos a ir àquele Balcão bancário buscar dinheiro, vendermo-nos ao dinheiro, enforcarmo-nos na figueira infernal do dinheiro. Satanás ria. O Inferno começava na terra.Claro que os da política do poder, que vivem no pau de sebo perpétuo do fazer arrear, puxando-os pelos fundilhos, quantos treparam para o poder, querem a canalha contente. E o circo do consumo, a palhaçada do crédito servia-os. Com isso comprávamos os plasmas mamutes onde eles vendiam à noite propaganda governamental e, nos intervalos, imbelicidades e telefofocadas, que entre a oligofrenia e a debilidade mental a diferença é nula. E, contentes, cretinamente contentinhos, os portugueses tinham como tema de conversa a telenovela da noite, o jogo de futebol do dia e da noite e os comentários políticos dos "analistas" que poupavam os nossos miolos de pensarem, pensando por nós.Estamos nisto.Este fim-de-semana a Grécia pode cair. Com ela a Europa.Que interessa? O Império Romano já caiu também e o mundo não acabou. Nessa altura, em Bizâncio, discutia-se o sexo dos anjos. Talvez porque Deus se tivesse distraído com a questão teológica, talvez porque o Diabo tenha ganho aos dados a alma do pobre Job na sua trapeira. O Job que somos grande parte de nós.


Excelente artigo !!!

A330
 
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por MiamiBlue » 15/8/2012 1:18

A-330 Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:
Passos: "Os desempregados são as vítimas do desgoverno anterior"


Diz o Homem que não ia atirar a culpa para os outros!!!..lololol

E que assume evidentemente as suas decisões..



Mas e qual é a dúvida de que os desempregados são culpa do governo anterior?

Por acaso até acho bom que essas coisas sejam lembradas para ver se este povo começa algum dia a ter memória e a parar de reagir por impulso.

Estes que aí estão tem culpa no sentido de só aplicar a austeridade ao Zé Povinho e de não fazer as reformas que o país desespera , mas a culpa da situação em que estamos é sim do desgoverno anterior.

Venham as verdades.

A330


A330,

As verdades estão a ser sentidas por uma grande parte da população portuguesa.

E eu concordo que parte significativa é culpa do JS, mas o atual PM governa à 1 ano durante um ano tomou imensas decisões, uma delas é ver o desemprego como um custo da sua receita..

O aplicar do "custe o que custar", o para além da Troika..

A mais conhecida é o IVA da restauração, que tem tido um efeito fantástico..

É o aplicar medidas sem ter a mínima ideia das suas consequências, afinal, a estimativa da taxa de desemprego no OE não era pouco superior a 13%?? Estamos nos 15%..

Por isso, o "chuto" da questão não é assim tão linear..

E olha, JS, no caminho para o buraco, dizia exactamente a mesma coisa, a culpa tinha sido do governo anterior..
 
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por mcarvalho » 15/8/2012 1:07

A trapeira do Job

José António Barreiros, advogado

Isto que eu vou dizer vai parecer ridículo a muita gente.Mas houve um tempo em que as pessoas se lembravam, ainda, da época da infância, da primeira caneta de tinta-permanente, da primeira bicicleta, da idade adulta, das vezes em que se comia fora, do primeiro frigorífico e do primeiro televisor, do primeiro rádio, de quando tinham ido ao estrangeiro.Houve um tempo em que, nos lares, se aproveitava para a refeição seguinte o sobejante da refeição anterior, em que, com ovos mexidos e a carne ou peixe restante, se fazia "roupa velha". Tempos em que as camisas iam a mudar o colarinho e os punhos do avesso, assim como os casacos, e se tingia a roupa usada, tempos em que se punham meias-solas com protectores. Tempos em que ao mudar-se de sala se apagava a luz, tempos em que se guardava o "fatinho de ver a Deus e à sua Joana".E não era só no Portugal da mesquinhez salazarista. Na Inglaterra dos Lordes, na França dos Luíses, a regra era esta. Em 1945 passava-se fome na Europa, a guerra matara milhões e arrasara tudo quanto a selvajaria humana pode arrasar.Houve tempos em que se produzia o que se comia e se exportava. Em que o País tinha uma frota de marinha mercante, fábricas, vinhas, searas.Veio depois o admirável mundo novo do crédito. Os novos pais tinham como filhos uns pivetes tiranos, exigindo malcriadamente o último modelo de mil e um gadgets e seus consumíveis, porque os filhos dos outros também tinham. Pais que se enforcavam por carrões de brutal cilindrada para os encravarem no lodo do trânsito e mostrarem que tinham aquela extensão motorizada da sua potência genital. Passou a ser tempo de gente em que era questão de pedigree viver no condomínio fechado, e sobretudo dizê-lo, em que luxuosas revistas instigavam em couché os feios a serem bonitos, à conta de spas e de marcas, assim se visse a etiqueta, em que a beautiful people era o símbolo de status, como a língua nos cães para a sua raça.Foram anos em que o Campo se tornou num imenso ressort de Turismo de Habitação, as cidades uma festa permanente, entre o coktail party e a rave. Houve quem pensasse até que um dia os Serviços seriam o único emprego futuro ou com futuro.O país que produzia o que comíamos ficou para os labregos dos pais e primos parolos, de quem os citadinos se envergonhavam, salvo quando regressavam à cidade dos fins de semana com a mala do carro atulhada do que não lhes custara a cavar e às vezes nem obrigado.O país que produzia o que se podia transaccionar, esse, ficou com o operariado da ferrugem, empacotados como gado em dormitórios, e que os víamos chegar mortos de sono logo à hora de acordarem, as casas verdadeiras bombas-relógio de raiva contida, descarregada nos cônjuges, nos filhos, na idiotização que a TV tornou negócio.Sob o oásis dos edifícios em vidro, miragem de cristal, vivia o mundo subterrâneo de quantos aguentaram isto enquanto puderam, a sub-gente. Os intelectuais burgueses teorizavam, ganzados de alucinação, que o conceito de classes sociais tinha desaparecido. A teoria geral dos sistemas supunha que o real era apenas uma noção, a teoria da informação substituía os cavalos-força da maquinaria pelos megabytes de RAM da computação universal. Um dia os computadores tudo fariam, o Ser-Humano tornava-se um acidente no barro de um oleiro velho e tresloucado que, caído do Céu, morrera pregado a dois paus, e que julgava chamar-se Deus, confundindo-se com o seu filho e mais uma trinitária pomba.Às tantas, os da cidade começaram a notar que não havia portugueses a servir à mesa, porque estávamos a importar brasileiros, que não havia portugueses nas obras, porque estávamos a importar negros e eslavos.A chegada das lojas-dos-trezentos já era alarme de que se estava a viver de pexisbeque, mas a folia continuava. A essas sucedeu a vaga das lojas chinesas, porque já só havia para comprar «balato». Mas o festim prosseguia e à sexta-feira as filas de trânsito em Lisboa eram o caos e até ao dia quinze os táxis não tinham mãos a medir.Fora disto, os ricos, os muito ricos, viram chegar os novos ricos. O ganhão alentejano viu sumir o velho latifundário absentista pelo novo turista absentista com o mesmo monte mais a piscina e seus amigos, intelectuais, claro, e sempre pela reforma agrária, e vai um uísque de malte, sempre ao lado do povo, e já leu o New Yorker?A agiotagem financeira, essa, ululava. Viviam do tempo, exploravam o tempo, do tempo que só ao tal Deus pertencia, mas, esse, Nietzsche encontrara-o morto em Auschwitz. Veio o crédito ao consumo, a Conta-Ordenado, veio tudo quanto pudesse ser o ter sem pagar. Porque nenhum Banco quer que lhe devolvam o capital mutuado, quer é esticar ao máximo o lucro que esse capital rende.Aguilhoando pela publicidade enganosa os bois que somos nós todos, os Bancos instigavam à compra, ao leasing, ao renting, ao seja como for desde que tenha e já, ao cartão, ao descoberto-autorizado.Tudo quanto era vedeta deu a cara, sendo actor, as pernas, sendo futebolista, ou o que vocês sabem, sendo o que vocês adivinham, para aconselhar-nos a ir àquele Balcão bancário buscar dinheiro, vendermo-nos ao dinheiro, enforcarmo-nos na figueira infernal do dinheiro. Satanás ria. O Inferno começava na terra.Claro que os da política do poder, que vivem no pau de sebo perpétuo do fazer arrear, puxando-os pelos fundilhos, quantos treparam para o poder, querem a canalha contente. E o circo do consumo, a palhaçada do crédito servia-os. Com isso comprávamos os plasmas mamutes onde eles vendiam à noite propaganda governamental e, nos intervalos, imbelicidades e telefofocadas, que entre a oligofrenia e a debilidade mental a diferença é nula. E, contentes, cretinamente contentinhos, os portugueses tinham como tema de conversa a telenovela da noite, o jogo de futebol do dia e da noite e os comentários políticos dos "analistas" que poupavam os nossos miolos de pensarem, pensando por nós.Estamos nisto.Este fim-de-semana a Grécia pode cair. Com ela a Europa.Que interessa? O Império Romano já caiu também e o mundo não acabou. Nessa altura, em Bizâncio, discutia-se o sexo dos anjos. Talvez porque Deus se tivesse distraído com a questão teológica, talvez porque o Diabo tenha ganho aos dados a alma do pobre Job na sua trapeira. O Job que somos grande parte de nós.
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por MiamiBlue » 15/8/2012 1:05

Lion_Heart Escreveu:O tuga nao gosta de verdades, gosta de viver na ilusão.
Mais , gosta de roubar o Estado pois nao sabe que esta a roubar a si propio.
E pior, gosta de perdoar aos politicos da sua cor , pois sofre de clubite e nao sabe o que e Justiça.


Lion,

Vai ver os meus comentários ao tópico do JS e depois falamos, ok?
 
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por Lion_Heart » 15/8/2012 0:59

O tuga nao gosta de verdades, gosta de viver na ilusão.
Mais , gosta de roubar o Estado pois nao sabe que esta a roubar a si propio.
E pior, gosta de perdoar aos politicos da sua cor , pois sofre de clubite e nao sabe o que e Justiça.
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por A330-300 » 15/8/2012 0:37

MiamiBlueHeart Escreveu:
Passos: "Os desempregados são as vítimas do desgoverno anterior"


Diz o Homem que não ia atirar a culpa para os outros!!!..lololol

E que assume evidentemente as suas decisões..



Mas e qual é a dúvida de que os desempregados são culpa do governo anterior?

Por acaso até acho bom que essas coisas sejam lembradas para ver se este povo começa algum dia a ter memória e a parar de reagir por impulso.

Estes que aí estão tem culpa no sentido de só aplicar a austeridade ao Zé Povinho e de não fazer as reformas que o país desespera , mas a culpa da situação em que estamos é sim do desgoverno anterior.

Venham as verdades.

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por MiamiBlue » 14/8/2012 23:07

Passos: "Os desempregados são as vítimas do desgoverno anterior"


Diz o Homem que não ia atirar a culpa para os outros!!!..lololol

E que assume evidentemente as suas decisões..
 
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por artista_ » 14/8/2012 16:08

Elias Escreveu:
artista Escreveu:Como é que pode ser?! 50 mil desempregados representam muito mais que duas décimas, que é a diferença entre as taxas...


Mais uma vez... a resposta está na notícia :mrgreen:

Há mais homens que mulheres no mercado de trabalho


Logo, para a mesma taxa, há mais homens desempregados. :wink:


Exato!!
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por artista_ » 14/8/2012 16:04

Elias Escreveu:
artista Escreveu:
Elias Escreveu:Ah mas agora estás a falar em taxa.

No teu comentário das 14h20 falaste em números absolutos e não em taxa. Cito:

não surpreenderá que em Setembro volte a haver mais mulheres que homens!


Elias, eu respondi ao texto, no texto diz que pela primeira vez a taxa de desemprego dos homens é superior à das mulheres, obviamente referia-me a isso... eu nem reparei que a diferença em valores absolutos era enorme!


tá bem, não te zangues :)


Zangado eu?! Mesmo que quizesse tenho andado demasiado "anestesiado" para o conseguir!! :mrgreen: :mrgreen:
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por Elias » 14/8/2012 16:03

artista Escreveu:Como é que pode ser?! 50 mil desempregados representam muito mais que duas décimas, que é a diferença entre as taxas...


Mais uma vez... a resposta está na notícia :mrgreen:

Há mais homens que mulheres no mercado de trabalho


Logo, para a mesma taxa, há mais homens desempregados. :wink:
 
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por artista_ » 14/8/2012 16:00

mais_um Escreveu:Para a taxa das mulheres ultrapassar a dos homens, também ultrapassa em numeros absolutos..... ou seja neste momento a diferença está em +/-50 mil, por isso para ataxa das mulehres chegar à dos homens, tens que ter um saldo de + 50 mil mulheres desempregadas que homens. :roll:


Como é que pode ser?! 50 mil desempregados representam muito mais que duas décimas, que é a diferença entre as taxas...
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por Elias » 14/8/2012 16:00

artista Escreveu:
Elias Escreveu:Ah mas agora estás a falar em taxa.

No teu comentário das 14h20 falaste em números absolutos e não em taxa. Cito:

não surpreenderá que em Setembro volte a haver mais mulheres que homens!


Elias, eu respondi ao texto, no texto diz que pela primeira vez a taxa de desemprego dos homens é superior à das mulheres, obviamente referia-me a isso... eu nem reparei que a diferença em valores absolutos era enorme!


tá bem, não te zangues :)
 
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por artista_ » 14/8/2012 15:58

Elias Escreveu:Ah mas agora estás a falar em taxa.

No teu comentário das 14h20 falaste em números absolutos e não em taxa. Cito:

não surpreenderá que em Setembro volte a haver mais mulheres que homens!


Elias, eu respondi ao texto, no texto diz que pela primeira vez a taxa de desemprego dos homens é superior à das mulheres, obviamente referia-me a isso... eu nem reparei que a diferença em valores absolutos era enorme!
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por mais_um » 14/8/2012 15:56

artista Escreveu:
mais_um Escreveu:Em relaçao ao desemprego, olhando à minha volta (amigos e conhecidos), constato que os novos desempregados são trabalhadores com rendimentos bastante acima da media e que tendo em conta a actual situação economica dificilmente conseguirão encontrar emprego e se conseguirem será sempre por valores muito inferiores.


Por acaso não tenho uma experiência semelhante. Não tenho muitos amigos e familiares desempregados mas os que estão não tinham rendimentos muito elevados...


Infelizmente eu começo a ter, no outro dia fizemos um jantar e em 5, eu era o unico empregado.
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por mais_um » 14/8/2012 15:54

artista Escreveu:
Elias Escreveu:
artista Escreveu:Por acaso nem fiz contas, nem quando fiz o comentário inicial nem quando tu respondeste mas parece-me que fizeste mal as contas.

Se 827 mil desempregados correspondem a 15% de desempregados, 0,1% (uma décima) corresponde a 5513 pessoas. Como estaremos a falar de metade desses valores, presumindo que os números de homens e mulheres são similares, quererá dizer que duas décimas representarão apenas cerca de 5 mil mulheres a mais de mulheres desempregadas... ou estou a ver alguma coisa mal? Não me surpreenderia com a vida que tenho andado a fazer nos últimos dias! :mrgreen:


Basicamente não leste a notícia. :P

Entre os 827 mil desempregados que o INE regista no segundo trimestre, a grande maioria continua a ser de homens: 438 mil, contra 389 mil mulheres sem emprego.


Acho que tu é que não leste o que eu escrevi... ou então interpretaste mal!

Voltei a ler agora e acho que eu também não me expressei muito bem... ainda assim parece-me óbvio que eu me referia à "taxa de desemprego" e não aos números absolutos! É essa taxa que deverá voltar a ser maior nas mulheres! :wink:


Para a taxa das mulheres ultrapassar a dos homens, também ultrapassa em numeros absolutos..... ou seja neste momento a diferença está em +/-50 mil, por isso para ataxa das mulehres chegar à dos homens, tens que ter um saldo de + 50 mil mulheres desempregadas que homens. :roll:
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por Elias » 14/8/2012 15:51

Ah mas agora estás a falar em taxa.

No teu comentário das 14h20 falaste em números absolutos e não em taxa. Cito:

não surpreenderá que em Setembro volte a haver mais mulheres que homens!
 
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por artista_ » 14/8/2012 15:49

Elias Escreveu:
artista Escreveu:Por acaso nem fiz contas, nem quando fiz o comentário inicial nem quando tu respondeste mas parece-me que fizeste mal as contas.

Se 827 mil desempregados correspondem a 15% de desempregados, 0,1% (uma décima) corresponde a 5513 pessoas. Como estaremos a falar de metade desses valores, presumindo que os números de homens e mulheres são similares, quererá dizer que duas décimas representarão apenas cerca de 5 mil mulheres a mais de mulheres desempregadas... ou estou a ver alguma coisa mal? Não me surpreenderia com a vida que tenho andado a fazer nos últimos dias! :mrgreen:


Basicamente não leste a notícia. :P

Entre os 827 mil desempregados que o INE regista no segundo trimestre, a grande maioria continua a ser de homens: 438 mil, contra 389 mil mulheres sem emprego.


Acho que tu é que não leste o que eu escrevi... ou então interpretaste mal!

Voltei a ler agora e acho que eu também não me expressei muito bem... ainda assim parece-me óbvio que eu me referia à "taxa de desemprego" e não aos números absolutos! É essa taxa que deverá voltar a ser maior nas mulheres! :wink:
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por Elias » 14/8/2012 15:43

artista Escreveu:Por acaso nem fiz contas, nem quando fiz o comentário inicial nem quando tu respondeste mas parece-me que fizeste mal as contas.

Se 827 mil desempregados correspondem a 15% de desempregados, 0,1% (uma décima) corresponde a 5513 pessoas. Como estaremos a falar de metade desses valores, presumindo que os números de homens e mulheres são similares, quererá dizer que duas décimas representarão apenas cerca de 5 mil mulheres a mais de mulheres desempregadas... ou estou a ver alguma coisa mal? Não me surpreenderia com a vida que tenho andado a fazer nos últimos dias! :mrgreen:


Basicamente não leste a notícia. :P

Entre os 827 mil desempregados que o INE regista no segundo trimestre, a grande maioria continua a ser de homens: 438 mil, contra 389 mil mulheres sem emprego.
 
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por artista_ » 14/8/2012 15:41

mais_um Escreveu:Em relaçao ao desemprego, olhando à minha volta (amigos e conhecidos), constato que os novos desempregados são trabalhadores com rendimentos bastante acima da media e que tendo em conta a actual situação economica dificilmente conseguirão encontrar emprego e se conseguirem será sempre por valores muito inferiores.


Por acaso não tenho uma experiência semelhante. Não tenho muitos amigos e familiares desempregados mas os que estão não tinham rendimentos muito elevados...
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por mais_um » 14/8/2012 15:30

Em relaçao ao desemprego, olhando à minha volta (amigos e conhecidos), constato que os novos desempregados são trabalhadores com rendimentos bastante acima da media e que tendo em conta a actual situação economica dificilmente conseguirão encontrar emprego e se conseguirem será sempre por valores muito inferiores.
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por artista_ » 14/8/2012 15:17

Elias Escreveu:
artista Escreveu:
Elias Escreveu:Pela primeira vez, taxa de desemprego é maior para os homens que para as mulheres
Por Agência Lusa, publicado em 14 Ago 2012 - 13:17 | Actualizado há 41 minutos 45 segundos


Como há mais professoras que professores não surpreenderá que em Setembro volte a haver mais mulheres que homens! :|


Para isso era preciso que fosse dispensadas 50 mil professoras.

Achas credível?


Por acaso nem fiz contas, nem quando fiz o comentário inicial nem quando tu respondeste mas parece-me que fizeste mal as contas.

Se 827 mil desempregados correspondem a 15% de desempregados, 0,1% (uma décima) corresponde a 5513 pessoas. Como estaremos a falar de metade desses valores, presumindo que os números de homens e mulheres são similares, quererá dizer que duas décimas representarão apenas cerca de 5 mil mulheres a mais desempregadas... ou estou a ver alguma coisa mal? Não me surpreenderia com a vida que tenho andado a fazer nos últimos dias! :mrgreen:
Editado pela última vez por artista_ em 14/8/2012 15:43, num total de 1 vez.
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