Situação na Itália - Tópico Geral
Crítica do primeiro-ministro a Berlusconi provoca embaraço político em Itália
07.08.2012 - 19:42 Por Pedro Crisóstomo
publico
O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, viu-se obrigado a explicar-se perante Silvio Berlusconi depois de afirmar que o risco da dívida de Itália seria muito maior se o anterior Governo ainda estivesse no poder. Nas fileiras do partido de Berlusconi, a mensagem foi mal vista e alguns deputados votaram contra o plano de austeridade do actual executivo.
Os nove meses de governação de Mario Monti são abordados num trabalho de duas páginas do Wall Street Journal a partir de uma entrevista dada ao jornal norte-americano em Julho. Até aqui, nada de controverso que pudesse enfurecer o Cavaliere.
A questão que levou Monti a telefonar a Berlusconi tem a ver com a divulgação, no site do jornal, de excertos da entrevista que está na origem desse texto. É que, a determinada altura, o ex-comissário europeu fala sobre o elevado nível das taxas de juro da dívida de Itália. E comenta: “Penso que, se o anterior Governo ainda estivesse no poder, o spread de Itália estaria à volta de 1200 pontos”. Hoje, essa diferença em relação às taxas de juro da dívida alemã a dez anos está abaixo dos 460 pontos.
Mario Monti, que em Novembro assumiu o lugar de Berlusconi como chefe de Governo, afirma que não teve intenção de fazer uma “consideração de carácter político” e mostra-se desapontado com a “extrapolação banal e abstracta” da leitura dada às suas palavras. O seu gabinete publicou uma curta nota no site do Governo apresentando estas justificações e a sublinhar que o primeiro-ministro falou com Silvio Berlusconi a explicar isto mesmo.
A declaração de Monti foi, porém, entendida no interior do partido Povo da Liberdade (de Berlusconi) como uma crítica directa ao antigo primeiro-ministro, o que bastou para alguns deputados votarem contra o projecto de lei de redução de despesas públicas aprovado esta terça-feira na Câmara Baixa do Parlamento.
O decreto acabou por passar com 371 votos a favor, 22 abstenções e 86 votos contra (da Liga do Norte, do Itália dos Valores e de alguns deputados do Povo da Liberdade). Mas o partido de Berlusconi fez questão de marcar posição. O deputado Pietro Laffranco explicou porquê. “Fizemo-lo de propósito, para protestar contra a declaração de Monti sobre Berlusconi. Disse uma enorme barbaridade e quisemos enviar um sinal”, afirmou, citado pela AFP.
Na edição impressa do Wall Street Journal, o senador e ex-comissário europeu é apresentado como o líder que mais tem desafiado a estratégia alemã de resolução da crise perante o agudizar das tensões nos mercados. E são ainda assinaladas de estilo entre Mario Monti e Silvio Berlusconi: o primeiro como um governante “sóbrio” e o segundo como um político que se celebrizou por “piadas de mau gosto”.
07.08.2012 - 19:42 Por Pedro Crisóstomo
publico
O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, viu-se obrigado a explicar-se perante Silvio Berlusconi depois de afirmar que o risco da dívida de Itália seria muito maior se o anterior Governo ainda estivesse no poder. Nas fileiras do partido de Berlusconi, a mensagem foi mal vista e alguns deputados votaram contra o plano de austeridade do actual executivo.
Os nove meses de governação de Mario Monti são abordados num trabalho de duas páginas do Wall Street Journal a partir de uma entrevista dada ao jornal norte-americano em Julho. Até aqui, nada de controverso que pudesse enfurecer o Cavaliere.
A questão que levou Monti a telefonar a Berlusconi tem a ver com a divulgação, no site do jornal, de excertos da entrevista que está na origem desse texto. É que, a determinada altura, o ex-comissário europeu fala sobre o elevado nível das taxas de juro da dívida de Itália. E comenta: “Penso que, se o anterior Governo ainda estivesse no poder, o spread de Itália estaria à volta de 1200 pontos”. Hoje, essa diferença em relação às taxas de juro da dívida alemã a dez anos está abaixo dos 460 pontos.
Mario Monti, que em Novembro assumiu o lugar de Berlusconi como chefe de Governo, afirma que não teve intenção de fazer uma “consideração de carácter político” e mostra-se desapontado com a “extrapolação banal e abstracta” da leitura dada às suas palavras. O seu gabinete publicou uma curta nota no site do Governo apresentando estas justificações e a sublinhar que o primeiro-ministro falou com Silvio Berlusconi a explicar isto mesmo.
A declaração de Monti foi, porém, entendida no interior do partido Povo da Liberdade (de Berlusconi) como uma crítica directa ao antigo primeiro-ministro, o que bastou para alguns deputados votarem contra o projecto de lei de redução de despesas públicas aprovado esta terça-feira na Câmara Baixa do Parlamento.
O decreto acabou por passar com 371 votos a favor, 22 abstenções e 86 votos contra (da Liga do Norte, do Itália dos Valores e de alguns deputados do Povo da Liberdade). Mas o partido de Berlusconi fez questão de marcar posição. O deputado Pietro Laffranco explicou porquê. “Fizemo-lo de propósito, para protestar contra a declaração de Monti sobre Berlusconi. Disse uma enorme barbaridade e quisemos enviar um sinal”, afirmou, citado pela AFP.
Na edição impressa do Wall Street Journal, o senador e ex-comissário europeu é apresentado como o líder que mais tem desafiado a estratégia alemã de resolução da crise perante o agudizar das tensões nos mercados. E são ainda assinaladas de estilo entre Mario Monti e Silvio Berlusconi: o primeiro como um governante “sóbrio” e o segundo como um político que se celebrizou por “piadas de mau gosto”.
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Itália paga mais barato para se financiar a longo prazo
30 Julho 2012 | 10:48
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt
Tesouro italiano emitiu quase 5,5 mil milhões de euros em dívida de longo prazo, pagando taxas mais baixas mas atraindo menor procura entre os investidores.
Na principal linha leiloada esta manhã, a cinco anos, o Tesouro italiano obteve 2,244 mil milhões de euros, a uma taxa implícita de 5,29%. O custo compara com os 5,84% suportados no último leilão comparável, a 28 de Junho.
Itália suportou também juros mais baixos num leilão de dívida a 10 anos, com prazo em 2022, com a taxa nos 5,96%, face aos anteriores 6,19%.
Os analistas registam a descida ligeira nos custos de financiamento mas salientam que a procura pelos títulos baixou face aos leilões anteriores, não só a procura face ao montante colocado como a procura total.
Na linha a cinco anos, a procura superou a oferta em 1,34 vezes, contra 1,54.
Annaliza Piazza, analista do Newedge Strategy, diz que "custos mais baixos são boas notícias para o Tesouro italiano, já que a subida dos custos de financiamento é uma das maiores ameaças para a consolidação orçamental nesta altura".
"No entanto, o baixo rácio de cobertura é um sinal de que os operadores mantêm grandes dúvidas sobre o recente alívio das taxas dos países da periferia", salienta.
Os custos de financiamento de Itália e Espanha têm baixado, com indicações de que o BCE se prepara para reactivar o programa de recompra de títulos no mercado. "Mas a reunião do BCE só acontece daqui a alguns dias [quinta-feira] e os participantes do mercados estão receosos face a uma possível decepção" face às expectativas criadas, escreve a especialista, em nota enviada ao Negócios.
30 Julho 2012 | 10:48
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt
Tesouro italiano emitiu quase 5,5 mil milhões de euros em dívida de longo prazo, pagando taxas mais baixas mas atraindo menor procura entre os investidores.
Na principal linha leiloada esta manhã, a cinco anos, o Tesouro italiano obteve 2,244 mil milhões de euros, a uma taxa implícita de 5,29%. O custo compara com os 5,84% suportados no último leilão comparável, a 28 de Junho.
Itália suportou também juros mais baixos num leilão de dívida a 10 anos, com prazo em 2022, com a taxa nos 5,96%, face aos anteriores 6,19%.
Os analistas registam a descida ligeira nos custos de financiamento mas salientam que a procura pelos títulos baixou face aos leilões anteriores, não só a procura face ao montante colocado como a procura total.
Na linha a cinco anos, a procura superou a oferta em 1,34 vezes, contra 1,54.
Annaliza Piazza, analista do Newedge Strategy, diz que "custos mais baixos são boas notícias para o Tesouro italiano, já que a subida dos custos de financiamento é uma das maiores ameaças para a consolidação orçamental nesta altura".
"No entanto, o baixo rácio de cobertura é um sinal de que os operadores mantêm grandes dúvidas sobre o recente alívio das taxas dos países da periferia", salienta.
Os custos de financiamento de Itália e Espanha têm baixado, com indicações de que o BCE se prepara para reactivar o programa de recompra de títulos no mercado. "Mas a reunião do BCE só acontece daqui a alguns dias [quinta-feira] e os participantes do mercados estão receosos face a uma possível decepção" face às expectativas criadas, escreve a especialista, em nota enviada ao Negócios.
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Egan-Jones corta "rating" de Itália em mais um nível de "lixo"
26 Julho 2012 | 16:13
Carla Pedro - cpedro@negocios.pt
A agência norte-americana colocou notação soberana de Itália em 'CCC+', numa altura em que o país se debate com uma escalada dos juros da dívida devido à especulação de que terá de ser resgatado, de par com Espanha.
A Egan Egan-Jones rating Company (EJR) anunciou mais um corte na avaliação da dívida soberana de longo prazo de Itália, que desce assim mais um nível na categoria de grau especulativo.
A notação foi assim reduzida de ‘B-’ para ‘CCC+’, tendo a agência justificado a acção pelos apuros financeiros dos governos regionais e da banca, bem como pela pressão sobre a economia.
O ‘grau especulativo’ – a partir do qual se presume que o emitente pode não ter capacidade para honrar os seus compromissos financeiros – começa com ‘BB+’ na escala de notações da Egan-Jones (equivalendo ao Ba1 da Moody’s). O ‘CCC+’ corresponde ao sétimo nível desta categoria (Caa1 na escala da Moody’s), havendo mais quatro escalões de C até chegar ao D (default, ou incumprimento).
No passado dia 13 de Junho, esta agência e a Moody’s cortaram o “rating” soberano de Espanha. A Egan-Jones desceu a notação do país vizinho de ‘B’ para ‘CCC’, o que significa que está também no chamado “junk”. A Moodys cortou de ‘A3’ para ‘Baa3’, colocando assim Espanha a um nível acima de lixo.
Recorde-se que a Egan-Jones Rating Company – agência independente fundada por Sean Egan e Bruce Jones que se iniciou na atribuição de notações em Dezembro de 1995 – tem um modelo em que quem paga é o investidor e não o emitente e é a quarta maior em termos mundiais, a seguir à Moody's, Fitch e Standard & Poor's.
26 Julho 2012 | 16:13
Carla Pedro - cpedro@negocios.pt
A agência norte-americana colocou notação soberana de Itália em 'CCC+', numa altura em que o país se debate com uma escalada dos juros da dívida devido à especulação de que terá de ser resgatado, de par com Espanha.
A Egan Egan-Jones rating Company (EJR) anunciou mais um corte na avaliação da dívida soberana de longo prazo de Itália, que desce assim mais um nível na categoria de grau especulativo.
A notação foi assim reduzida de ‘B-’ para ‘CCC+’, tendo a agência justificado a acção pelos apuros financeiros dos governos regionais e da banca, bem como pela pressão sobre a economia.
O ‘grau especulativo’ – a partir do qual se presume que o emitente pode não ter capacidade para honrar os seus compromissos financeiros – começa com ‘BB+’ na escala de notações da Egan-Jones (equivalendo ao Ba1 da Moody’s). O ‘CCC+’ corresponde ao sétimo nível desta categoria (Caa1 na escala da Moody’s), havendo mais quatro escalões de C até chegar ao D (default, ou incumprimento).
No passado dia 13 de Junho, esta agência e a Moody’s cortaram o “rating” soberano de Espanha. A Egan-Jones desceu a notação do país vizinho de ‘B’ para ‘CCC’, o que significa que está também no chamado “junk”. A Moodys cortou de ‘A3’ para ‘Baa3’, colocando assim Espanha a um nível acima de lixo.
Recorde-se que a Egan-Jones Rating Company – agência independente fundada por Sean Egan e Bruce Jones que se iniciou na atribuição de notações em Dezembro de 1995 – tem um modelo em que quem paga é o investidor e não o emitente e é a quarta maior em termos mundiais, a seguir à Moody's, Fitch e Standard & Poor's.
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Itália segue Espanha:
Código do TrabalhoNovas regras dos intervalos e feriadosEconomia
Itália segue Espanha: Sicília vai ser resgatada
Monti impõe plano de recuperação financeira, com prazos e objetivos
PorPaula Gonçalves Martins 2012-07-24 16:12 1 2 3 4 5 0 votos Comentários
Depois de Espanha, é agora a vez da Itália. O país vai ter de resgatar e aplicar um programa de ajustamento à Sicília, anunciou o gabinete do primeiro-ministro.
De acordo com a Reuters, que cita uma nota do executivo, Mario Monti impôs um plano para restaurar a estabilidade financeira da Sicília, e reestruturar a sua administração pública, considerada sobre-dimensionada.
A nota, emitida após uma reunião entre Monti e o governador regional Raffaele Lombardo, afirma que os líderes acordaram «um plano de recuperação financeira e reorganização da administração pública da região, com um calendário obrigatório e objetivos a cumprir».
O plano acordado com a Sicília prevê cortes de custos, que serão fiscalizados pelo Governo de Monti.
Os detalhes, acrescenta, serão fechados nas próximas semanas.
A nota do gabinete do primeiro-ministro italiano não cita valores, mas a Bloomberg escreve, citando uma fonte governamental, que Monti aprovou uma injecção de 400 milhões de euros na região.
Monti tinha já admitido na semana passada a existência de sérias preocupações com a possibilidade de a região das ilhas autónomas entrar em bancarrota e disse esperar que Lombardo se demitisse do cargo de governador até ao fim do mês.
No final da sua reunião com o primeiro-ministro, Raffaele Lombardo confirmou a sua intenção de renunciar ao cargo a 31 de julho.
As eleições regionais serão realizadas no final de outubro, acrescentou.
Em Espanha, Valência foi a primeira comunidade autónoma a pedir ajuda, mas a Catalunha admitiu que também terá de o fazer e a imprensa garante que mais cinco regiões deverão fazê-lo em breve, incluindo Múrcia.
A reação dos mercados foi, como seria de esperar, negativa. Milão cai 2,7%, superada apenas por Madrid, que afunda 3,6%, ambas em mínimos históricos. Lisboa apresenta a terceira maior queda: 2,35%. Os restantes mercados seguem também no vermelho.
No mercado de dívida pública, os juros da dívida italiana a 10 anos vão nos 6,553%, o valor mais alto desde janeiro, e os da dívida espanhola atingem sucessivos máximos de sempre, desta vez nos 7,614%. A taxa das obrigações portuguesas com o mesmo prazo está nos 10,837%.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html
Itália segue Espanha: Sicília vai ser resgatada
Monti impõe plano de recuperação financeira, com prazos e objetivos
PorPaula Gonçalves Martins 2012-07-24 16:12 1 2 3 4 5 0 votos Comentários
Depois de Espanha, é agora a vez da Itália. O país vai ter de resgatar e aplicar um programa de ajustamento à Sicília, anunciou o gabinete do primeiro-ministro.
De acordo com a Reuters, que cita uma nota do executivo, Mario Monti impôs um plano para restaurar a estabilidade financeira da Sicília, e reestruturar a sua administração pública, considerada sobre-dimensionada.
A nota, emitida após uma reunião entre Monti e o governador regional Raffaele Lombardo, afirma que os líderes acordaram «um plano de recuperação financeira e reorganização da administração pública da região, com um calendário obrigatório e objetivos a cumprir».
O plano acordado com a Sicília prevê cortes de custos, que serão fiscalizados pelo Governo de Monti.
Os detalhes, acrescenta, serão fechados nas próximas semanas.
A nota do gabinete do primeiro-ministro italiano não cita valores, mas a Bloomberg escreve, citando uma fonte governamental, que Monti aprovou uma injecção de 400 milhões de euros na região.
Monti tinha já admitido na semana passada a existência de sérias preocupações com a possibilidade de a região das ilhas autónomas entrar em bancarrota e disse esperar que Lombardo se demitisse do cargo de governador até ao fim do mês.
No final da sua reunião com o primeiro-ministro, Raffaele Lombardo confirmou a sua intenção de renunciar ao cargo a 31 de julho.
As eleições regionais serão realizadas no final de outubro, acrescentou.
Em Espanha, Valência foi a primeira comunidade autónoma a pedir ajuda, mas a Catalunha admitiu que também terá de o fazer e a imprensa garante que mais cinco regiões deverão fazê-lo em breve, incluindo Múrcia.
A reação dos mercados foi, como seria de esperar, negativa. Milão cai 2,7%, superada apenas por Madrid, que afunda 3,6%, ambas em mínimos históricos. Lisboa apresenta a terceira maior queda: 2,35%. Os restantes mercados seguem também no vermelho.
No mercado de dívida pública, os juros da dívida italiana a 10 anos vão nos 6,553%, o valor mais alto desde janeiro, e os da dívida espanhola atingem sucessivos máximos de sempre, desta vez nos 7,614%. A taxa das obrigações portuguesas com o mesmo prazo está nos 10,837%.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html
Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha (aguardemos uns minutos) e..
Os ilustres políticos europeus ainda não perceberam que existe um problema de base que só potencia os problemas dos países??
Quando não se resolvem os problemas atempadamente eles tendem a crescer..
Ao fim de 4 anos, a UE continua a correr atrás do problema e ainda não percebe o que está a acontecer..
Seria quase engraçado se a situação não fosse tão dramática..
De queda, em queda até à destruição do euro..
Viva os atuais políticos europeus..
Os ilustres políticos europeus ainda não perceberam que existe um problema de base que só potencia os problemas dos países??
Quando não se resolvem os problemas atempadamente eles tendem a crescer..
Ao fim de 4 anos, a UE continua a correr atrás do problema e ainda não percebe o que está a acontecer..
Seria quase engraçado se a situação não fosse tão dramática..
De queda, em queda até à destruição do euro..
Viva os atuais políticos europeus..
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Será que a Itália não é a Espanha/Chipre/Portugal/Grécia/Irlanda .... ? É o que vamos ver nos próximos tempos
É interessante verificar que em todos os países a braços com a crise, uma boa fatia cabe às regiões autónomas, que em virtude de má gestão acumularam altos défices. E podem fazê-lo com quase impunidade, pois o governo central irá sempre cobrir as necessidades e tapar os buracos.

É interessante verificar que em todos os países a braços com a crise, uma boa fatia cabe às regiões autónomas, que em virtude de má gestão acumularam altos défices. E podem fazê-lo com quase impunidade, pois o governo central irá sempre cobrir as necessidades e tapar os buracos.

Jornal de Negócios Escreveu:Itália segue Espanha e "resgata" a região da Sicília
Numa altura em que se fala das ajudas às comunidades espanholas, o governo italiano ordenou o corte de despesas na Sicília e indicou que vai fiscalizar a reorganização da região. Há prazos e objectivos definidos. Fala-se na injecção de 400 milhões de euros.
Itália impôs um plano de ajustamento à região de Sicília. O governo de Mario Monti acordou com aquela que o "New York Times" chamou de "Grécia de Itália" um plano em que vai fiscalizar as contas daquela região insular.
O governo de Monti refere, em comunicado citado pela Reuters, que é "um plano de recuperação e reorganização financeira da Administração Pública da região, com um calendário e objectivos definidos".
Se será designado como um resgate ainda não se sabe mas o que já se sabe é que o governo italiano ordenou um rigoroso plano de corte de custos. Para o primeiro-ministro, é necessária transparência nas despesas da região.
Além disso, Monti vai fiscalizar o progresso feito pela Sicília no reordenamento das finanças públicas. A reorganização das finanças sicilianas será “constantemente fiscalizada pelas instituições técnicas do governo nacional”, segundo a Bloomberg.
O anúncio foi feito após uma reunião entre Monti e o governador siciliano Raffaele Lombargo, que já disse que irá abandonar o cargo a 31 de Julho deste ano.
A Bloomberg escreve ainda, citando uma fonte governamental que pediu para não ser identificada com quem falou na semana passada, que Monti aprovou uma injecção de 400 milhões de euros em fundos para a região.
O “New York Times” escreveu no passado domingo um artigo em que mencionava que “os problemas orçamentais da Sicília ameaçavam atirar Itália para o pântano”. Nessa peça, referia que se começava a temer que a região do sul de Itália se tivesse tornado na “Grécia de Itália”. O risco seria a de que pudesse mesmo entrar em incumprimento da sua dívida. O primeiro-ministro transalpino já se tinha mostrado preocupado com a possibilidade de a região falhar os pagamentos da dívida.
A ajuda a Sicília segue-se aos pedidos de assistência financeira que as regiões de Espanha já anunciaram que vão solicitar (Valência, Múrcia e Catalunha) e que levantam receios de que o país tenha de pedir ajuda externa plena. Roma tem sido sempre considerada como uma eventual "próxima vítima" da crise da dívida após Madrid.
Mercados reagem: juros disparam, bolsas afundam
Neste momento, depois do anúncio de que o governo italiano iria “resgatar” a Sicília, as rendibilidades pedidas pelos investidores para trocar dívida pública italiana no mercado secundário começaram a disparar. Já se encontravam em alta, mas ganharam um novo impulso. As subidas destas taxas de juro implícitas às obrigações transalpinas são superiores a 20 pontos base em todos os prazos. No caso das “yields” espanholas, os avanços são hoje em torno de 10 pontos base.
As “yields” das obrigações de Itália a dois anos estão a subir 39,6 pontos base e já superaram os 5%. Esta fasquia não era superada desde Janeiro de 2011, de acordo com a Bloomberg.
Itália lidera também, segundo os dados disponibilizados pela agência financeira, o avanço dos custos para fazer um “credit Default swap”, um instrumento financeiro que serve como seguro contra um eventual incumprimento da dívida.
Também na bolsa esta notícia teve influência e o índice FTSE/MIB já tocou num novo mínimo desde, pelo menos, 1997. O índice italiano, que já estava em queda, intensificou o deslize e segue a cair 2,90%, contando com 38 das cotadas no vermelho. O Intesa Sanpaolo cede 4,40%.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=569919
primeiro foi de Espanha, Valencia agora é de Itália,a Sicilia, começa a ser muita coisa
http://fr.reuters.com/article/frEuroRpt/idFRL6E8IKGZ920120720
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Achei interessante este artigo sobre a relação entre dívida pública e privada.... e onde afinal a Itália não está assim tão mal como outros...
http://entredoispontos.wordpress.com/20 ... o-iceberg/
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Berlusconi diz que será candidato às eleições do próximo ano
Berlusconi diz que será candidato às eleições do próximo ano
14 Julho 2012 | 11:22
Lusa
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O ex-primeiro ministro italiano Sílvio Berlusconi revelou que será candidato às eleições gerais italianas marcadas para a primavera do próximo ano para, segundo o próprio, não desperdiçar 18 anos de compromisso político, adianta hoje o jornal "Quotidiano Nazionale".
O "Quotidiano Nazionale" publica um artigo do jornalista Bruno Vespa, um dos rostos mais conhecidos da televisão pública italiana RAI e amigo de Berlusconi, que revela uma conversa recente que manteve com o ex-primeiro-ministro e que servirá de base a um livro que o jornalista está a preparar.
Na conversa, em que também participou o secretário-geral do partido de Berlusconi e ex-ministro da Justiça, Angelino Alfano, Berlusconi explica que não faria sentido que, dos 38 por cento de votos que o partido obteve nas eleições legislativas de 2008, passasse para menos de 10 por cento em 2013 como indicam algumas sondagens.
As sondagens revelam ainda subidas nas intenções de voto do partido Povo da Liberdade (PDL) quando se coloca a hipótese de a lista ser liderada por Berlusconi.
"Se nas próximas eleições baixarmos de um modo absurdo para os 8 por cento [de votos], que sentido teriam 18 anos de compromisso político", questiona-se o presidente do PDL, partido com a maior representação no parlamento italiano e que governou o país até Novembro.
"Gostaria de anunciar a minha candidatura mais para a frente, talvez no início do outono. Mas aqui não se pode manter nada em segredo", acrescentou Berluconi, que nos últimos meses vinha negando a intenção de se voltar a apresentar a eleições.
No artigo, Vespa explica como Berlusconi pretende regressar à cena política a partir de Outubro, participando em vários actos públicos e programas televisivos.
Berlusconi é proprietário do principal grupo audiovisual privado de Itália, o Mediaset.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=568189
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Itália está num ponto onde os mercados não estão a acreditar na sua capacidade de recuperação e compromissos e não lhes estão a emprestar dinheiro com fluidez.
Por muito que Itália se queira distanciar dos outros PIGS, o problema é que não consegue porque o mercado que lhe empresta dinheiro é igual para todos e age com base na confiança.
Neste momento Itália precisaria de um choque brutal e imediato para tornar as suas contas públicas sustentáveis antes de ter a necessidade de recorrer a uma ajuda económica.
Tudo leva a querer que Itália vai criar sérios problemas à Europa e agora é que os restantes líderes devem estar a levar as mãos à cabeça e a preparar já um cenário de saída do Euro (Finlândia, Alemanha, Holanda, França...), pois aqueles que estão mal já mostraram que não saiem do Euro e que o pior cenário seria sairem do euro e perderem muitas das ajudas actuais.
"Se não vai Maomé à montanha, vai a montanha a Maomé..."
Por muito que Itália se queira distanciar dos outros PIGS, o problema é que não consegue porque o mercado que lhe empresta dinheiro é igual para todos e age com base na confiança.
Neste momento Itália precisaria de um choque brutal e imediato para tornar as suas contas públicas sustentáveis antes de ter a necessidade de recorrer a uma ajuda económica.
Tudo leva a querer que Itália vai criar sérios problemas à Europa e agora é que os restantes líderes devem estar a levar as mãos à cabeça e a preparar já um cenário de saída do Euro (Finlândia, Alemanha, Holanda, França...), pois aqueles que estão mal já mostraram que não saiem do Euro e que o pior cenário seria sairem do euro e perderem muitas das ajudas actuais.
"Se não vai Maomé à montanha, vai a montanha a Maomé..."
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Moody’s corta "rating" de Itália para dois níveis acima de "lixo"
13 Julho 2012 | 02:15
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Depois da redução em dois patamares, a classificação de risco da dívida italiana é, agora, igual à notação atribuída às dívidas do Brasil e do Cazaquistão. Motivos passam por receios de contágio da crise e maior dificuldade de acesso aos mercados. A perspectiva é para mais cortes.
A Moody’s cortou o “rating” da dívida de Itália. A notação financeira da terceira maior economia do euro está, agora, a apenas dois níveis de deixar de ser considerada pela agência como um investimento seguro.
O “rating” de Itália foi reduzido em dois níveis, passando de “A3” para “Baa2”, a mesma classificação que, de acordo com a agência Bloomberg, é atribuída à dívida de países como o Brasil, o Cazaquistão e a Bulgária.
As maiores dificuldades de acesso aos mercados para se financiar – devido ao aumento dos custos de financiamento exigidos por quem compra dívida italiana – e os receios de contágio da crise da dívida, que já levou aos resgates de Grécia, Irlanda e Portugal e levou igualmente a que o Chipre pedisse ajuda e que também Espanha o fizesse para socorrer a sua banca, são os motivos apresentados pela Moody’s para o corte de “rating”.
“A perspectiva económica no curto prazo de Itália deteriorou-se, como se vê tanto no crescimento mais fraco como no maior desemprego, o que cria o risco de que as metas de consolidação orçamental não sejam alcançadas. Falhar essas metas orçamentais, por sua vez, irá enfraquecer ainda mais a confiança do mercado, aumentando o risco de uma paralisação repentina no financiamento do mercado”, indica a Moody’s no comunicado emitido a dar conta do corte de “rating”, segundo cita a agência Bloomberg.
Novos cortes podem acontecer
A redução da notação financeira acontece depois de os líderes europeus terem acordado condições que poderão ser favoráveis caso Itália tenha de recorrer a um pedido de assistência financeira.
“Se o acesso de Itália aos mercados de dívida pública se tornar mais restrito e o país precisar de assistência externa, então o ‘rating’ soberano de Itália poderá descer para níveis substancialmente mais baixos”, aponta a Moody's.
Itália sempre foi apontada pelos mercados como o país que se poderia seguir a Espanha num eventual pedidos de ajuda externa. Aliás, as taxas de juro implícitas às dívidas dos dois países têm estado sob pressão nas últimas semanas (mesmo já depois da cimeira europeia que trouxe mais optimismo para os mercados). Para a Moody's, Espanha, cuja banca será ajudada pela Europa, tem a sua dívida classificada, desde Junho, com "Baa3", um nível abaixo da notação de Itália e um nível acima de "lixo".
Mario Monti, o primeiro-ministro italiano, já admitiu que Itália está a travar uma “guerra brutal” contra a subida dos custos de financiamento do Estado. Monti assegurou, ainda assim, nos últimos dias, que Itália não vai precisar de assistência financeira e que não vai seguir os exemplos de Grécia, Irlanda e Portugal.
Um corte de “rating” assinala aos investidores que a agência de notação financeira considera que o investimento em títulos de dívida, neste caso de Itália, é, agora, menos seguro do que anteriormente. Com a diminuição da classificação de risco, a dívida italiana está apenas a dois níveis de deixar de ser considerada um activo em que a Moody’s aconselha investimento. Nesse patamar, as obrigações são consideradas “lixo”, isto é, a agência indica que têm uma classificação especulativa.
13 Julho 2012 | 02:15
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Depois da redução em dois patamares, a classificação de risco da dívida italiana é, agora, igual à notação atribuída às dívidas do Brasil e do Cazaquistão. Motivos passam por receios de contágio da crise e maior dificuldade de acesso aos mercados. A perspectiva é para mais cortes.
A Moody’s cortou o “rating” da dívida de Itália. A notação financeira da terceira maior economia do euro está, agora, a apenas dois níveis de deixar de ser considerada pela agência como um investimento seguro.
O “rating” de Itália foi reduzido em dois níveis, passando de “A3” para “Baa2”, a mesma classificação que, de acordo com a agência Bloomberg, é atribuída à dívida de países como o Brasil, o Cazaquistão e a Bulgária.
As maiores dificuldades de acesso aos mercados para se financiar – devido ao aumento dos custos de financiamento exigidos por quem compra dívida italiana – e os receios de contágio da crise da dívida, que já levou aos resgates de Grécia, Irlanda e Portugal e levou igualmente a que o Chipre pedisse ajuda e que também Espanha o fizesse para socorrer a sua banca, são os motivos apresentados pela Moody’s para o corte de “rating”.
“A perspectiva económica no curto prazo de Itália deteriorou-se, como se vê tanto no crescimento mais fraco como no maior desemprego, o que cria o risco de que as metas de consolidação orçamental não sejam alcançadas. Falhar essas metas orçamentais, por sua vez, irá enfraquecer ainda mais a confiança do mercado, aumentando o risco de uma paralisação repentina no financiamento do mercado”, indica a Moody’s no comunicado emitido a dar conta do corte de “rating”, segundo cita a agência Bloomberg.
Novos cortes podem acontecer
A redução da notação financeira acontece depois de os líderes europeus terem acordado condições que poderão ser favoráveis caso Itália tenha de recorrer a um pedido de assistência financeira.
“Se o acesso de Itália aos mercados de dívida pública se tornar mais restrito e o país precisar de assistência externa, então o ‘rating’ soberano de Itália poderá descer para níveis substancialmente mais baixos”, aponta a Moody's.
Itália sempre foi apontada pelos mercados como o país que se poderia seguir a Espanha num eventual pedidos de ajuda externa. Aliás, as taxas de juro implícitas às dívidas dos dois países têm estado sob pressão nas últimas semanas (mesmo já depois da cimeira europeia que trouxe mais optimismo para os mercados). Para a Moody's, Espanha, cuja banca será ajudada pela Europa, tem a sua dívida classificada, desde Junho, com "Baa3", um nível abaixo da notação de Itália e um nível acima de "lixo".
Mario Monti, o primeiro-ministro italiano, já admitiu que Itália está a travar uma “guerra brutal” contra a subida dos custos de financiamento do Estado. Monti assegurou, ainda assim, nos últimos dias, que Itália não vai precisar de assistência financeira e que não vai seguir os exemplos de Grécia, Irlanda e Portugal.
Um corte de “rating” assinala aos investidores que a agência de notação financeira considera que o investimento em títulos de dívida, neste caso de Itália, é, agora, menos seguro do que anteriormente. Com a diminuição da classificação de risco, a dívida italiana está apenas a dois níveis de deixar de ser considerada um activo em que a Moody’s aconselha investimento. Nesse patamar, as obrigações são consideradas “lixo”, isto é, a agência indica que têm uma classificação especulativa.
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Moody’s corta "rating" de Itália para dois níveis acima de "lixo"
13 Julho 2012 | 02:15
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Depois da redução em dois patamares, a classificação de risco da dívida italiana é, agora, igual à notação atribuída às dívidas do Brasil e do Cazaquistão. Motivos passam por receios de contágio da crise e maior dificuldade de acesso aos mercados. A perspectiva é para mais cortes.
A Moody’s cortou o “rating” da dívida de Itália. A notação financeira da terceira maior economia do euro está, agora, a apenas dois níveis de deixar de ser considerada pela agência como um investimento seguro.
O “rating” de Itália foi reduzido em dois níveis, passando de “A3” para “Baa2”, a mesma classificação que, de acordo com a agência Bloomberg, é atribuída à dívida de países como o Brasil, o Cazaquistão e a Bulgária.
As maiores dificuldades de acesso aos mercados para se financiar – devido ao aumento dos custos de financiamento exigidos por quem compra dívida italiana – e os receios de contágio da crise da dívida, que já levou aos resgates de Grécia, Irlanda e Portugal e levou igualmente a que o Chipre pedisse ajuda e que também Espanha o fizesse para socorrer a sua banca, são os motivos apresentados pela Moody’s para o corte de “rating”.
“A perspectiva económica no curto prazo de Itália deteriorou-se, como se vê tanto no crescimento mais fraco como no maior desemprego, o que cria o risco de que as metas de consolidação orçamental não sejam alcançadas. Falhar essas metas orçamentais, por sua vez, irá enfraquecer ainda mais a confiança do mercado, aumentando o risco de uma paralisação repentina no financiamento do mercado”, indica a Moody’s no comunicado emitido a dar conta do corte de “rating”, segundo cita a agência Bloomberg.
Novos cortes podem acontecer
A redução da notação financeira acontece depois de os líderes europeus terem acordado condições que poderão ser favoráveis caso Itália tenha de recorrer a um pedido de assistência financeira.
“Se o acesso de Itália aos mercados de dívida pública se tornar mais restrito e o país precisar de assistência externa, então o ‘rating’ soberano de Itália poderá descer para níveis substancialmente mais baixos”, aponta a Moody's.
Itália sempre foi apontada pelos mercados como o país que se poderia seguir a Espanha num eventual pedidos de ajuda externa. Aliás, as taxas de juro implícitas às dívidas dos dois países têm estado sob pressão nas últimas semanas (mesmo já depois da cimeira europeia que trouxe mais optimismo para os mercados). Para a Moody's, Espanha, cuja banca será ajudada pela Europa, tem a sua dívida classificada, desde Junho, com "Baa3", um nível abaixo da notação de Itália e um nível acima de "lixo".
Mario Monti, o primeiro-ministro italiano, já admitiu que Itália está a travar uma “guerra brutal” contra a subida dos custos de financiamento do Estado. Monti assegurou, ainda assim, nos últimos dias, que Itália não vai precisar de assistência financeira e que não vai seguir os exemplos de Grécia, Irlanda e Portugal.
Um corte de “rating” assinala aos investidores que a agência de notação financeira considera que o investimento em títulos de dívida, neste caso de Itália, é, agora, menos seguro do que anteriormente. Com a diminuição da classificação de risco, a dívida italiana está apenas a dois níveis de deixar de ser considerada um activo em que a Moody’s aconselha investimento. Nesse patamar, as obrigações são consideradas “lixo”, isto é, a agência indica que têm uma classificação especulativa.
13 Julho 2012 | 02:15
Diogo Cavaleiro - diogocavaleiro@negocios.pt
Depois da redução em dois patamares, a classificação de risco da dívida italiana é, agora, igual à notação atribuída às dívidas do Brasil e do Cazaquistão. Motivos passam por receios de contágio da crise e maior dificuldade de acesso aos mercados. A perspectiva é para mais cortes.
A Moody’s cortou o “rating” da dívida de Itália. A notação financeira da terceira maior economia do euro está, agora, a apenas dois níveis de deixar de ser considerada pela agência como um investimento seguro.
O “rating” de Itália foi reduzido em dois níveis, passando de “A3” para “Baa2”, a mesma classificação que, de acordo com a agência Bloomberg, é atribuída à dívida de países como o Brasil, o Cazaquistão e a Bulgária.
As maiores dificuldades de acesso aos mercados para se financiar – devido ao aumento dos custos de financiamento exigidos por quem compra dívida italiana – e os receios de contágio da crise da dívida, que já levou aos resgates de Grécia, Irlanda e Portugal e levou igualmente a que o Chipre pedisse ajuda e que também Espanha o fizesse para socorrer a sua banca, são os motivos apresentados pela Moody’s para o corte de “rating”.
“A perspectiva económica no curto prazo de Itália deteriorou-se, como se vê tanto no crescimento mais fraco como no maior desemprego, o que cria o risco de que as metas de consolidação orçamental não sejam alcançadas. Falhar essas metas orçamentais, por sua vez, irá enfraquecer ainda mais a confiança do mercado, aumentando o risco de uma paralisação repentina no financiamento do mercado”, indica a Moody’s no comunicado emitido a dar conta do corte de “rating”, segundo cita a agência Bloomberg.
Novos cortes podem acontecer
A redução da notação financeira acontece depois de os líderes europeus terem acordado condições que poderão ser favoráveis caso Itália tenha de recorrer a um pedido de assistência financeira.
“Se o acesso de Itália aos mercados de dívida pública se tornar mais restrito e o país precisar de assistência externa, então o ‘rating’ soberano de Itália poderá descer para níveis substancialmente mais baixos”, aponta a Moody's.
Itália sempre foi apontada pelos mercados como o país que se poderia seguir a Espanha num eventual pedidos de ajuda externa. Aliás, as taxas de juro implícitas às dívidas dos dois países têm estado sob pressão nas últimas semanas (mesmo já depois da cimeira europeia que trouxe mais optimismo para os mercados). Para a Moody's, Espanha, cuja banca será ajudada pela Europa, tem a sua dívida classificada, desde Junho, com "Baa3", um nível abaixo da notação de Itália e um nível acima de "lixo".
Mario Monti, o primeiro-ministro italiano, já admitiu que Itália está a travar uma “guerra brutal” contra a subida dos custos de financiamento do Estado. Monti assegurou, ainda assim, nos últimos dias, que Itália não vai precisar de assistência financeira e que não vai seguir os exemplos de Grécia, Irlanda e Portugal.
Um corte de “rating” assinala aos investidores que a agência de notação financeira considera que o investimento em títulos de dívida, neste caso de Itália, é, agora, menos seguro do que anteriormente. Com a diminuição da classificação de risco, a dívida italiana está apenas a dois níveis de deixar de ser considerada um activo em que a Moody’s aconselha investimento. Nesse patamar, as obrigações são consideradas “lixo”, isto é, a agência indica que têm uma classificação especulativa.
Cumpts.
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Jornal de Negócios Escreveu:Berlusconi de regresso em 2013?
11 Julho 2012 | 18:03![]()
Líder do Partido da Liberdade acredita que o antigo primeiro-ministro vai aceitar o desafio de concorrer às eleições legislativas que vão ter lugar em 2013.
O secretário-geral do Partido da Liberdade acredita que será Silvio Berlusconi a concorrer, pelo partido que fundou, ao cargo de primeiro-ministro nas eleições legislativas de 2013. “Estamos a pedir-lhe para concorrer e acredito que no final, ele vai decidir liderar o partido”, disse Angelino Alfano em entrevista à Sky TG24, citada pela Bloomberg.
Berlusconi demitiu-se do cargo de chefe do Governo italiano em Novembro passado, numa altura em que Itália estava sob forte pressão dos mercados financeiros, com os juros da dívida pública a superarem a temida barreira dos 7%.
Sem que tivessem ocorrido eleições, Mário Monti assumiu o cargo de primeiro-ministro de Itália e Berlusconi, com 75 anos, prometeu que não regressava à vida política activa. O polémico político italiano continua com elevados níveis de popularidade, mesmo apesar do julgamento que está a decorrer, onde é acusado de ter pago sexo com uma menor.
O recente agravamento da crise de dívida na Europa, sobretudo com o resgate da banca espanhola, levou os juros da dívida italiana a regressarem a níveis próximos dos 7%, levando o secretário-geral do partido fundado por Berlusconi que o antigo primeiro-ministro não era visto nos mercados como o responsável pela crise em Itália.
Na imprensa italiana tem corrido o rumor que Mário Monti poderia candidatar-se às eleições de 2013, mas o próprio já afastou este cenário, afirmando que vai deixar a vida política depois das legislativas e que o sistema político em Itália vai regressar à “normalidade” depois das eleições.
Mesmo que Berlusconi não cumpra o que disse quando se demitiu, terá uma difícil tarefa para regressar ao Palácio Chigi, já que as intenções de voto do Partido da Liberdade não chegam actualmente aos 15%. Mas com Berlusconi nunca se sabe: já foi primeiro-ministro de Itália por três vezes e fez vários regressos inesperados.
Isto pode ser um sinal que as coisas na boa velha Europa estão a voltar a ser o que eram! Será que o adeus à crise está para breve?!

Banco italiano recebe ajuda estatal de 2 mil milhões de euros Escreveu:
O banco mais antigo do mundo e o terceiro maior de Itália, necessitou de um empréstimo de 2 mil milhões de euros para cumprir os rácios de capital exigidos pelos reguladores.
O Banca Monte dei Paschi di Siena, terceiro maior de Itália e o banco mais antigo do mundo, teve hoje que recorrer a ajuda estatal para reforçar os seus capitais.
O Governo italiano aceitou subscrever 2 mil milhões de euros em obrigações especiais, títulos que o banco vai utilizar para cumprir as metas de rácios de capitais determinadas pelos reguladores. Aceitou também renovar o empréstimo de 1,9 mil milhões de euros que tinha concedido em 2009, o que eleva a ajuda total para 3,9 mil milhões de euros.
A Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa) detectou no ano passado que o Monte dei Paschi tinha uma escassez de capital de 3,27 mil milhões de euros e deu até final este mês para o banco italiano reforçar o sue capital.
Desde então o Monte dei Paschi conseguiu angariar capital através da conversão de títulos de dívida, mas ficou aquém do exigido. Os cálculos do Banco de Itália apontavam para a necessidade do banco reforçar o capital entre 1,3 e 1,7 mil milhões de euros, sendo que o Governo optou por injectar 2 mil milhões de euros para fazer frente a qualquer evento inesperado.
Ainda assim, o Monte dei Paschi ficará com um core capital de 9%, o mínimo exigido pela EBA. O banco teve um prejuízo de 4,7 mil milhões de euros no ano passado, depois de amortizar o valor dos activos em 4,5 mil milhões de euros. No último ano as acções perderam dois terços do valor e hoje estão em queda de mais de 3%.
O dinheiro que o Estado Italiano vai injectar no Monte dei Paschi será convertido em acções caso o banco não reembolse.
O Governo italiano justificou a ajuda estatal uma vez que foi “impossível” para o banco encontrar fundos privados “devido à elevada volatilidade das condições de mercado com a intensificação da crise do euro.
Segundo a BBC, o Monte dei Paschi é o banco mais antigo do mundo, tendo sido criado em 1472 na Toscânia.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=564685
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Falta "senso comum" na sugestão de Berlusconi para Itália sair do euro
A ideia de que Itália poderia beneficiar de uma saída do euro "não é de todo uma ajuda", disse o ministro da Economia e Desenvolvimento do país. A proposta foi feita ontem por Sílvio Berlusconi que deu um apoio vital ao Governo de Mario Monti.
Corrado Passera, ministro da Economia e Desenvolvimento de Itália, pôs de lado a ideia de que o Governo do país veja com bons olhos uma eventual saída do euro.
O responsável chegou a afirmar que essa “é uma proposta que não tem nada a ver com o senso comum”. “Eu sou totalmente contra, nós somos totalmente contra, qualquer hipótese de Itália abandonar o euro”, disse Passera em entrevista à Bloomberg.
O antigo primeiro-ministro Sílvio Berlusconi é um dos apoiantes do Governo liderado por Mario Monti, que foi convidado a formar governo depois da demissão de Berlusconi durante a crise da dívida italiana. Monti reuniu o apoio de um número suficiente de partidos para formar executivo até à data das eleições previstas para 2013.
Ontem, Berlusconi sugeriu que a saída do euro poderia impulsionar as exportações do país graças ao ganho de competitividade conseguido por via da depreciação da moeda italiana, segundo declarações à agência Ansa. Há um mês tinha proposto o mesmo. Dizendo no Facebook que tinha tido uma “ideia maluca”, defendeu que Itália devia argumentar a favor de uma postura mais activa pelo Banco Central Europeu ou ameaçar Merkel com a saída do euro.
O ministro da Economia e do Desenvolvimento disse hoje à Bloomberg que discorda desta perspectiva. “O euro é a nossa moeda e vai continuar a ser a moeda da Europa”, disse Corrado Passera. “É uma divisa forte e nós não devemos passar qualquer mensagem que vá contra esta nossa certeza”, acrescentou.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=563859
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
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Se em Espanha o problema pode ser comparado ao problema da banca Irlandesa, já em Itália o problema deles é mesmo a dívida pública e só poderão ser comparados a Portugal ou à Grécia...
E se Espanha não é um probleminha como Portugal, então Itália não será um probleminha como Espanha!!!
E se Espanha não é um probleminha como Portugal, então Itália não será um probleminha como Espanha!!!
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Tensão volta-se para Itália com juros acima de 6%
Tensão volta-se para Itália com juros acima de 6%
Os juros das obrigações italianas agravam-se em todos os prazos, com o mercado a recear que o próximo pedido de ajuda venha de Roma.
Os investidores receiam que Itália seja alvo de pressão acrescida no mercado de dívida, depois de Espanha ter oficializado este fim-de-semana o pedido de assistência financeira, no valor de 100 mil milhões de euros.
"Uma vez que esperamos um agravamento da crise, acreditamos que Itália vai provavelmente precisar de ajuda externa em algum momento", antecipa o Citigroup numa nota de análise de hoje, acrescentando que o estado das contas públicas italianas "está provavelmente numa rota insustentável no longo prazo".
No mesmo sentido, Nicola Marinelli, 'portfólio manager' da Glendevon King, referiu à Reuters que "o resgate a Espanha é uma boa solução de curto prazo, mas não de longo prazo". "Neste ambiente de suturas de curto-prazo, haverá períodos de subidas acentuadas e pânico", acrescentou.
De acordo com dados da Bloomberg, os juros das obrigações italianas agravam-se em todos os prazos, com os juros a superarem os 6% nas maturidades a 10, 15, 20 e 30 anos, um nível considerado insustentável no médio prazo.
No caso da 'yield' a 10 anos, segue nos 6,032%, o nível mais elevado desde finais de Janeiro. Também os juros a 15 anos estão em máximos de perto de cinco meses, assim como as 'yields' a 20 e a 30 anos, que estão em 6,4% e 6,33%, respectivamente.
Mas as 'yields' espanholas também dão sinal do cepticismo do mercado quanto ao resgate ao país, agravando-se igualmente em todos os prazos, depois das quedas registadas durante a manhã, com o optimismo inicial em torno do pedido de ajuda por parte do governo de Rajoy.
Já os juros das obrigações portuguesas descem em todas as frentes.
No universo dos 'credit-default swaps' (CDS) sobre obrigações a 5 anos, o cenário não difere muito, com o preço dos CDS italianos a agravar-se em 8 pontos até aos 551,75 pontos. Quer isto dizer que os investidores têm de pagar um seguro anual de 551,75 mil euros por cada 10 milhões de euros que têm investidos em dívida italiana.
Também os CDS espanhóis a 5 anos se agravam, mas o destaque vai para os CDS do Chipre, que registam o segundo maior avanço no monitor da Bloomberg que acompanha 59 países, com uma subida de quase 60 pontos, depois de o ministro das Finanças cipriota ter hoje sinalizado que o país pode pedir assistência internacional até ao final do mês, tornando-se assim no quinto país do euro a solicitar um resgate.
http://economico.sapo.pt/noticias/tensa ... 46349.html
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
Berlusconi: "Ciao, ciao euro se Merkel não nos ouvir"
01 Junho 2012 | 17:23
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt
Berlusconi teve uma "ideia maluca": o banco de Itália deve imprimir moeda. Para emitir mais euros será necessário mudar o papel do BCE. Se a Alemanha não deixar, o país deve sair do euro e imprimir à mesma.
Sílvio Berlusconi publicou um polémico texto de opinião na página do partido, cujas ideias já reproduziu na sua página no Facebook.
"A crise política não é resolúvel internamente", lê-se na sua página da rede social. "Devíamos andar na Europa a defender com força que o BCE deve começar a imprimir moeda. Assim se muda a economia", argumenta aquele que foi um dos mais polémicos líderes europeus.
A sugestão, a rigor, não será assim tão controversa. Também Mário Monti, que sucedeu interinamente a Berlusconi como primeiro-ministro de Itália, tem repetidamente pedido um papel mais activo para o Banco Central Europeu (BCE) no combate à crise. Monti defende ainda, ao invés do Governo alemão, que os fundos de resgate do euro possam disponibilizar directamente capital aos bancos, sem que essas operações exijam a intermediação dos respectivos Estados, que passariam a ser accionistas dos bancos intervencionados.
Mas Berlusconi vai mais longe na pressão sobre a Alemanha. "A minha ‘ideia maluca’ é que o Banco de Itália imprima o euro ou imprima a nossa moeda", lê-se no curto texto do antigo líder do Governo. "Convido-o a aprofundar esta sugestão", conclui Berlusconi no texto com o título "Ciao, ciao euro se Merkel não nos ouvir".
01 Junho 2012 | 17:23
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt
Berlusconi teve uma "ideia maluca": o banco de Itália deve imprimir moeda. Para emitir mais euros será necessário mudar o papel do BCE. Se a Alemanha não deixar, o país deve sair do euro e imprimir à mesma.
Sílvio Berlusconi publicou um polémico texto de opinião na página do partido, cujas ideias já reproduziu na sua página no Facebook.
"A crise política não é resolúvel internamente", lê-se na sua página da rede social. "Devíamos andar na Europa a defender com força que o BCE deve começar a imprimir moeda. Assim se muda a economia", argumenta aquele que foi um dos mais polémicos líderes europeus.
A sugestão, a rigor, não será assim tão controversa. Também Mário Monti, que sucedeu interinamente a Berlusconi como primeiro-ministro de Itália, tem repetidamente pedido um papel mais activo para o Banco Central Europeu (BCE) no combate à crise. Monti defende ainda, ao invés do Governo alemão, que os fundos de resgate do euro possam disponibilizar directamente capital aos bancos, sem que essas operações exijam a intermediação dos respectivos Estados, que passariam a ser accionistas dos bancos intervencionados.
Mas Berlusconi vai mais longe na pressão sobre a Alemanha. "A minha ‘ideia maluca’ é que o Banco de Itália imprima o euro ou imprima a nossa moeda", lê-se no curto texto do antigo líder do Governo. "Convido-o a aprofundar esta sugestão", conclui Berlusconi no texto com o título "Ciao, ciao euro se Merkel não nos ouvir".
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
S&P corta nove países do euro e coloca Itália a três níveis de "lixo" (act.)
13 Janeiro 2012 | 22:04
Carla Pedro - cpedro@negocios.pt
A Standard & Poor’s ameaçou e cumpriu. Depois de no dia 5 de Dezembro ter advertido 15 países da Zona Euro para a probabilidade de verem os seus "ratings" cortados, hoje anunciou que nove deles perdem mesmo as actuais notações.
A agência cortou hoje a notação de nove países do euro, depois de no mês passado ter advertido 15 deles para essa possibilidade e de já ter o Chipre de sobreaviso há mais tempo.
Assim, dos 16 países actualmente ameaçados, nove perderam posições na qualidade do crédito e sete “escaparam”.
Do grupo dos seis países com ‘triplo A’, apenas dois viram o seu “rating” descer: a França e a Áustria. Assim, desse clube com notação máxima atribuída pelas três principais agências - a Alemanha, a Finlândia, o Luxemburgo e a Holanda escaparam ao corte.
Dos restantes nove países ameaçados de “downgrade” a 5 de Dezembro, foi efectivado o corte para Portugal, Espanha, Eslovénia, Eslováquia, Malta e Itália. Chipre também viu a sua notação descer, mas não estava incluído no lote de 15 que foram alertados no mês passado.
Estes 16 países do euro – a Grécia não consta, pois já está em “lixo” na S&P – deixaram de ter “credit watch” mas 14 deles ficaram com perspectiva negativa (“negative outlook”), o que significa que poderão ver o seu “rating” novamente cortado. Apenas dois países passaram de vigilância negativa para perspectiva estável: a Eslováquia e a Alemanha.
O “credit watch negative” (vigilância negativa) significa que a avaliação é feita no prazo de 3 meses. Já no “negative outlook” (perspectiva negativa), o prazo de avaliação é alargado para um período entre 6 e 24 meses. Assim, trata-se de uma vigilância que assume os mesmos pressupostos, mas o prazo difere.
A agência diz que há uma em três hipóteses de os 14 países com perspectiva negativa terem as suas notações reduzidas num prazo até dois anos.
Em suma, Itália, Espanha, Chipre e Portugal foram cortados em dois níveis, tendo estes dois últimos passado para o escalão de “lixo”. Malta, Eslováquia, Eslovénia, França e Áustria sofreram descidas de um nível. Já a Alemanha, Bélgica, Estónia, Finlândia, Irlanda, Luxemburgo e Holanda mantiveram os seus “ratings”.
Itália desceu assim para o último patamar dentro do grau de investimento. Esse patamar tem três níveis: BBB+ (para onde foi agora), BBB e BBB-. Abaixo desta categoria, passa a ser considerada “junk” (“lixo”).
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=531577
13 Janeiro 2012 | 22:04
Carla Pedro - cpedro@negocios.pt
A Standard & Poor’s ameaçou e cumpriu. Depois de no dia 5 de Dezembro ter advertido 15 países da Zona Euro para a probabilidade de verem os seus "ratings" cortados, hoje anunciou que nove deles perdem mesmo as actuais notações.
A agência cortou hoje a notação de nove países do euro, depois de no mês passado ter advertido 15 deles para essa possibilidade e de já ter o Chipre de sobreaviso há mais tempo.
Assim, dos 16 países actualmente ameaçados, nove perderam posições na qualidade do crédito e sete “escaparam”.
Do grupo dos seis países com ‘triplo A’, apenas dois viram o seu “rating” descer: a França e a Áustria. Assim, desse clube com notação máxima atribuída pelas três principais agências - a Alemanha, a Finlândia, o Luxemburgo e a Holanda escaparam ao corte.
Dos restantes nove países ameaçados de “downgrade” a 5 de Dezembro, foi efectivado o corte para Portugal, Espanha, Eslovénia, Eslováquia, Malta e Itália. Chipre também viu a sua notação descer, mas não estava incluído no lote de 15 que foram alertados no mês passado.
Estes 16 países do euro – a Grécia não consta, pois já está em “lixo” na S&P – deixaram de ter “credit watch” mas 14 deles ficaram com perspectiva negativa (“negative outlook”), o que significa que poderão ver o seu “rating” novamente cortado. Apenas dois países passaram de vigilância negativa para perspectiva estável: a Eslováquia e a Alemanha.
O “credit watch negative” (vigilância negativa) significa que a avaliação é feita no prazo de 3 meses. Já no “negative outlook” (perspectiva negativa), o prazo de avaliação é alargado para um período entre 6 e 24 meses. Assim, trata-se de uma vigilância que assume os mesmos pressupostos, mas o prazo difere.
A agência diz que há uma em três hipóteses de os 14 países com perspectiva negativa terem as suas notações reduzidas num prazo até dois anos.
Em suma, Itália, Espanha, Chipre e Portugal foram cortados em dois níveis, tendo estes dois últimos passado para o escalão de “lixo”. Malta, Eslováquia, Eslovénia, França e Áustria sofreram descidas de um nível. Já a Alemanha, Bélgica, Estónia, Finlândia, Irlanda, Luxemburgo e Holanda mantiveram os seus “ratings”.
Itália desceu assim para o último patamar dentro do grau de investimento. Esse patamar tem três níveis: BBB+ (para onde foi agora), BBB e BBB-. Abaixo desta categoria, passa a ser considerada “junk” (“lixo”).
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=531577
"Only one thing conviced me when i was wrong and that is to lose money. And i am only right when i make money" - Jesse Livermore
Itália paga juros mais baixos em leilão de dívida a longo prazo
13 Janeiro 2012 | 10:48
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt
O Tesouro italiano colocou 4,75 mil milhões de euros, o máximo previsto, numa emissão de dívida a longo prazo. Tal como no leilão de dívida de curto prazo de ontem, os custos caíram mas a procura decepcionou alguns analistas.
O Tesouro italiano vendeu três mil milhões de euros na linha que se vence em Novembro de 2014, com juro implícito de 4,83%, e 779 milhões na linha que vence alguns meses antes, em Julho do mesmo ano. Aí os juros caíram para 4,29%.
Foram ainda colocados 971 milhões de euros numa linha para 2018, títulos que vão proporcionar uma rendibilidade de 5,75%.
O baixo montante pretendido ajudou a que fossem absorvidas as obrigações, já que alguns analistas consideram "decepcionante" a procura registada nas três linhas que foram a leilão.
A procura superou em apenas 1,22 vezes na linha de Novembro de 2014, assinala Annalisa Piazza, do Newedge, que esperava um rácio de cobertura de 1,5, pelo menos.
Já Luca Jellinek, do Crédit Agricole, escreve que "o leilão foi sólido mas talvez não tão bom quanto o esperado", referindo-se à baixa procura entre os investidores. "Depois da euforia de ontem, talvez este resultado traga alguma sobriedade", acrescenta, em nota enviada ao Negócios.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=531413
13 Janeiro 2012 | 10:48
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt
O Tesouro italiano colocou 4,75 mil milhões de euros, o máximo previsto, numa emissão de dívida a longo prazo. Tal como no leilão de dívida de curto prazo de ontem, os custos caíram mas a procura decepcionou alguns analistas.
O Tesouro italiano vendeu três mil milhões de euros na linha que se vence em Novembro de 2014, com juro implícito de 4,83%, e 779 milhões na linha que vence alguns meses antes, em Julho do mesmo ano. Aí os juros caíram para 4,29%.
Foram ainda colocados 971 milhões de euros numa linha para 2018, títulos que vão proporcionar uma rendibilidade de 5,75%.
O baixo montante pretendido ajudou a que fossem absorvidas as obrigações, já que alguns analistas consideram "decepcionante" a procura registada nas três linhas que foram a leilão.
A procura superou em apenas 1,22 vezes na linha de Novembro de 2014, assinala Annalisa Piazza, do Newedge, que esperava um rácio de cobertura de 1,5, pelo menos.
Já Luca Jellinek, do Crédit Agricole, escreve que "o leilão foi sólido mas talvez não tão bom quanto o esperado", referindo-se à baixa procura entre os investidores. "Depois da euforia de ontem, talvez este resultado traga alguma sobriedade", acrescenta, em nota enviada ao Negócios.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=531413
"Only one thing conviced me when i was wrong and that is to lose money. And i am only right when i make money" - Jesse Livermore
vdap Escreveu:Será o BCE a comprar dívida em força?
Claro.... o objectivo é estabilizar e reduzir o medo dos investidores... este parece ser o caminho correcto, paralelamente à aplicação de medidas para estabilização das dívidas e contas públicas...
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Itália emite 12 mil milhões com juros a afundarem para menos de metade
12 Janeiro 2012 | 10:22
Nuno Carregueiro - nc@negocios.pt
Na primeira emissão deste ano, Itália conseguiu reduzir os custos de financiamento para menos de metade do registado no leilão realizado em Dezembro.
Itália realizou hoje várias emissões de dívida, colocando no mercado um total de 12 mil milhões de euros, com os leilões a serem marcados pela redução acentuada nos juros exigidos pelos investidores.
Na primeira emissão deste ano, Roma alienou 8,5 mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro com maturidade de um ano. A “yield” foi de 2,735%, o que compara com a taxa de 5,952% verificada num leilão semelhante realizado em 12 de Dezembro.
A procura superou a oferta em 1,47 vezes, uma taxa de cobertura inferior à verificada no último leilão: 1,92 vezes.
Ainda assim o leilão de Itália foi um sucesso. Na emissão de bilhetes do Tesouro com maturidade de 136 dias, no valor de 3,5 mil milhões de euros, Itália pagou um juro de 1,644%.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=531093
12 Janeiro 2012 | 10:22
Nuno Carregueiro - nc@negocios.pt
Na primeira emissão deste ano, Itália conseguiu reduzir os custos de financiamento para menos de metade do registado no leilão realizado em Dezembro.
Itália realizou hoje várias emissões de dívida, colocando no mercado um total de 12 mil milhões de euros, com os leilões a serem marcados pela redução acentuada nos juros exigidos pelos investidores.
Na primeira emissão deste ano, Roma alienou 8,5 mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro com maturidade de um ano. A “yield” foi de 2,735%, o que compara com a taxa de 5,952% verificada num leilão semelhante realizado em 12 de Dezembro.
A procura superou a oferta em 1,47 vezes, uma taxa de cobertura inferior à verificada no último leilão: 1,92 vezes.
Ainda assim o leilão de Itália foi um sucesso. Na emissão de bilhetes do Tesouro com maturidade de 136 dias, no valor de 3,5 mil milhões de euros, Itália pagou um juro de 1,644%.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=531093
"Only one thing conviced me when i was wrong and that is to lose money. And i am only right when i make money" - Jesse Livermore
Itália. Défice público atinge valor mais baixo desde 2008
11/01/2012 | 10:55 | Dinheiro Vivo
O défice orçamental da Itália situou-se nos 2,7 % do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2011, valor mais baixo desde 2008, anunciou hoje o Istat (instituto oficial de estatística).
Segundo números citados pelas agências AFP e EFE, o défice italiano ao fim dos primeiros nove meses de 2011 cifrou-se nos 4,3 % do PIB, 0,3 pontos percentuais abaixo do que se registara no mesmo período do ano anterior.
Estes números mostram uma tendência de diminuição do défice orçamental italiano. A trajetória descendente do défice torna assim plausível o cumprimento da meta orçamental de 3,9 por cento para 2011, com que o Governo de Roma se tinha comprometido.
No terceiro trimestre do ano passado, a Itália alcançou mesmo um excedente primário de 1,7 por cento do PIB. Ou seja, o défice de 2,7 por cento deve-se totalmente ao pagamento de juros pela dívida pública, que ronda os 120 por cento do PIB.
Os governos do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e do seu sucessor Mario Monti comprometeram-se a conseguir um orçamento equilibrado para 2012.
11/01/2012 | 10:55 | Dinheiro Vivo
O défice orçamental da Itália situou-se nos 2,7 % do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2011, valor mais baixo desde 2008, anunciou hoje o Istat (instituto oficial de estatística).
Segundo números citados pelas agências AFP e EFE, o défice italiano ao fim dos primeiros nove meses de 2011 cifrou-se nos 4,3 % do PIB, 0,3 pontos percentuais abaixo do que se registara no mesmo período do ano anterior.
Estes números mostram uma tendência de diminuição do défice orçamental italiano. A trajetória descendente do défice torna assim plausível o cumprimento da meta orçamental de 3,9 por cento para 2011, com que o Governo de Roma se tinha comprometido.
No terceiro trimestre do ano passado, a Itália alcançou mesmo um excedente primário de 1,7 por cento do PIB. Ou seja, o défice de 2,7 por cento deve-se totalmente ao pagamento de juros pela dívida pública, que ronda os 120 por cento do PIB.
Os governos do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e do seu sucessor Mario Monti comprometeram-se a conseguir um orçamento equilibrado para 2012.
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