"Dívida escondida" de Portugal pode ser o dobro
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Açores com dívida na saúde que pode atingir mil milhões
Dívida do sector da saúde nos Açores entre 600 milhões e mil milhões de euros.
A dívida do sector da saúde nos Açores ascende aos mil milhões de euros, um terço da do Serviço Nacional de Saúde do Continente. O Governo regional dos Açores só reconhece 603 milhões de euros, noticia esta segunda-feira o "Diário de Notícias".
Enquanto o SNS deve três mil milhões de euros, as dívidas na Madeira atingem 800 milhões. A dos Açores pode situar-se entre 600 milhões e mil milhões de euros.
Os relatórios e contas dos três hospitais açoreanos (Hospital Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, Hospital Divino Espírito Santo de Angra do Heroísmo e o da Horta) apontam para passivos, globais,de 462 milhões de euros, a que se juntam os 252,5 milhões de euros de passivo da Saudaçor, empresa pública que gere a saúde na região.
Miguel Correia, secretário regional da Saúde, diz no entanto que estes números têm valores não exigíveis e por isso aponta para dívidas de 183,3 milhõres de euros "passível de reestruturação financeira". Com a Saudaçor, o secretário regional contabiliza 603 milhões de euros de factura na saúde.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=572035
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
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De facto... começo a não tolerar jornalismos...
http://www.standardandpoors.com/ratings ... 5337948496
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Talvez haja dívida escondida mas com tantas instituições internacionais a vigiar começa a ser difícil esconder seja o que for.
Só chamei a atenção para o facto de a informação do relatório da S&P estar a ser distorcida. Basta lê-lo e comparar com as notícias sobre o mesmo.
A função dos jornalistas é transmitir informação e não geri-la por forma a transmitir a mensagem que lhe apetece ou que lhes pedem para ser transmitida.
Só chamei a atenção para o facto de a informação do relatório da S&P estar a ser distorcida. Basta lê-lo e comparar com as notícias sobre o mesmo.
A função dos jornalistas é transmitir informação e não geri-la por forma a transmitir a mensagem que lhe apetece ou que lhes pedem para ser transmitida.
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Deve ser tudo teatro e mentiras deve...
No país em que os políticos dizem que não precisam de ajuda depois pedem ajuda , que descobrem rombos colossais que depois deixam de o ser , que se diz que criará 150 mil empregos e cria 200 mil desempregos ,que não paga a devolução do IRS porque está a checar os NIBs dos contribuintes , que gasta 454 milhões de euros em uma porcaria de um computador chamado magalhães ,onde todos roubam e ninguém é punido (5.5 bi só em um dos golpes), só mesmo na cabeça de alguns é que a possibilidade de haver uma dívida escondida é intriga de algum mau jornalista.
Não resta mesmo a menor dúvida.
A330
No país em que os políticos dizem que não precisam de ajuda depois pedem ajuda , que descobrem rombos colossais que depois deixam de o ser , que se diz que criará 150 mil empregos e cria 200 mil desempregos ,que não paga a devolução do IRS porque está a checar os NIBs dos contribuintes , que gasta 454 milhões de euros em uma porcaria de um computador chamado magalhães ,onde todos roubam e ninguém é punido (5.5 bi só em um dos golpes), só mesmo na cabeça de alguns é que a possibilidade de haver uma dívida escondida é intriga de algum mau jornalista.
Não resta mesmo a menor dúvida.
A330
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Ultimamente este tipo de noticias e meras intrepretações de pseudo jornalistas economicos estrangeiros do nosso pais atingiu um nivel ridiculo.
A uns tempos em Paris em conversa com um colega françês ele tinha uma percepção errada da nossa industria...quando soube que foi a PT desenvolveu um software que revoluçinou as telecomunicações para a france telecom ficou espantado....pois so de miserias se tem falado ultimamente..anda assim este mundo...
A uns tempos em Paris em conversa com um colega françês ele tinha uma percepção errada da nossa industria...quando soube que foi a PT desenvolveu um software que revoluçinou as telecomunicações para a france telecom ficou espantado....pois so de miserias se tem falado ultimamente..anda assim este mundo...
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Só mais 3 coisas que se podem observar lendo o relatório da S&P:
1)É falso que a S&P tenha avisado que a dívida possa ser o dobro.
2)O relatório é bastante positivo, ao contrário das notícias na imprensa portuguesa. O rating foi mantido e não era nada claro que o fosse aqui há uns meses.
3)A frase
"A exposição do contribuinte à banca - que estará quase de certeza próxima de 25 mil milhões de euros - até pode duplicar ao longo dos próximos meses."
não está no relatório. É da autoria do jornalista. Não faço ideia sequer onde ele foi buscar os 25 mil milhões de euros de exposição à banca, mas o pior é que as pessoas acreditam no que lêm nos jornais e no que vêm na TV como se da verdade se tratasse, quando normalmente são um reflexo do estado de espírito de quem redigiu a notícia, no momento em que o fez.
1)É falso que a S&P tenha avisado que a dívida possa ser o dobro.
2)O relatório é bastante positivo, ao contrário das notícias na imprensa portuguesa. O rating foi mantido e não era nada claro que o fosse aqui há uns meses.
3)A frase
"A exposição do contribuinte à banca - que estará quase de certeza próxima de 25 mil milhões de euros - até pode duplicar ao longo dos próximos meses."
não está no relatório. É da autoria do jornalista. Não faço ideia sequer onde ele foi buscar os 25 mil milhões de euros de exposição à banca, mas o pior é que as pessoas acreditam no que lêm nos jornais e no que vêm na TV como se da verdade se tratasse, quando normalmente são um reflexo do estado de espírito de quem redigiu a notícia, no momento em que o fez.
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O relatório assume um certo nível destes "passivos contingenciais" no pico de 119% estimado, mas não é claro quanto dos 30% do risco total este número incorpora.
De qualquer forma é uma estimativa total que incorpora a soma do risco de 3 factores no pior cenário:
Factor 1: Alargamento do programa de consolidação a mais entidades públicas (provavelmente estão a falar do SNS).
Factor 2: PPP
Factor 3: Banca
Sugiro uma leitura do relatório da S&P:
http://www.standardandpoors.com/ratings ... 5337948496
A parte que fala dos passivos contingenciais (contingent liabilities) é esta:
Factoring in the support the state provides to Portuguese banks and
state-owned entities, we expect general government debt to peak at around 119%
of GDP in 2013 before declining slowly. We also see the risk that the scope of
general government consolidation will expand to include additional public
sector entities that rely heavily on government transfers, resulting in an
upward revision of general government debt. Public Private Partnership (PPP)
contracts, mostly for infrastructure projects, could also pose contingent
liabilities. When we also include the potential need for additional banking
system support if it comes under severe stress, we estimate the total
contingent liability to the government could exceed 30% of GDP
De qualquer forma é uma estimativa total que incorpora a soma do risco de 3 factores no pior cenário:
Factor 1: Alargamento do programa de consolidação a mais entidades públicas (provavelmente estão a falar do SNS).
Factor 2: PPP
Factor 3: Banca
Sugiro uma leitura do relatório da S&P:
http://www.standardandpoors.com/ratings ... 5337948496
A parte que fala dos passivos contingenciais (contingent liabilities) é esta:
Factoring in the support the state provides to Portuguese banks and
state-owned entities, we expect general government debt to peak at around 119%
of GDP in 2013 before declining slowly. We also see the risk that the scope of
general government consolidation will expand to include additional public
sector entities that rely heavily on government transfers, resulting in an
upward revision of general government debt. Public Private Partnership (PPP)
contracts, mostly for infrastructure projects, could also pose contingent
liabilities. When we also include the potential need for additional banking
system support if it comes under severe stress, we estimate the total
contingent liability to the government could exceed 30% of GDP
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- Registado: 28/5/2008 1:17
A ser verdade, vamos mal!!!!
Aos poucos vamos levando o mesmo caminho que a Grécia mesmo que muitos tentem dizer o contrário.
A grande diferença está mesmo nas pessoas que cada vez mais se vão mostrando indiferentes a estas notícias de conta gotas como de um soro se tratasse.
Sente-se no ar uma solidão daqueles que arquitetaram todas estas politicas de sanguessuga.
As massas só as vamos ver descontentes por contágio e esse virá de Espanha, ainda assim vai ser por vergonha de passarem o mesmo e não estarem a fazer nada!
Aos poucos vamos levando o mesmo caminho que a Grécia mesmo que muitos tentem dizer o contrário.
A grande diferença está mesmo nas pessoas que cada vez mais se vão mostrando indiferentes a estas notícias de conta gotas como de um soro se tratasse.
Sente-se no ar uma solidão daqueles que arquitetaram todas estas politicas de sanguessuga.
As massas só as vamos ver descontentes por contágio e esse virá de Espanha, ainda assim vai ser por vergonha de passarem o mesmo e não estarem a fazer nada!
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
"Dívida escondida" de Portugal pode ser o dobro
S&P avisa: "Dívida escondida" de Portugal pode ser o dobro
Madeira foi a primeira dor de cabeça
D.R.
04/08/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Há cerca de três meses, a "dívida escondida" de Portugal valia 15% (cerca de 25 mil milhões de euros) do produto interno bruto (PIB), disse na altura o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Standard & Poor's avisou esta semana que a bomba-relógio pode ter o dobro do tamanho: 30% do PIB ou cerca de 50 mil milhões de euros em "passivos contingenciais", isto é, endividamento garantido pelo Estado em nome dos bancos. Muito depende do que acontecer aos bancos em Espanha.
Quanto maior a "dívida escondida" - como é apelidada por economistas do Banco Central Europeu (BCE) num estudo publicado em outubro - pior para os países, já que esta representa um risco latente que poderá materializar-se caso os bancos não a paguem ou os respetivos ativos desvalorizem.
Anteontem, a agência mais poderosa do mundo resolveu manter o rating da República Portugal em BB (nível especulativo ou de lixo), mas alertou que nos próximos meses poderá despromover de novo o país, o que tornará o crédito ainda mais caro e complicará o desejado regresso aos mercados em setembro de 2013.
Um dos riscos referidos foi justamente esse da dívida ainda não reconhecida, mas que o Eurostat obriga a contabilizar.
Esta dívida, segundo explicam no estudo os economistas do BCE Dagmar Hartwig Lojsch, Marta Rodríguez-Vives e Michal Slavík pode vir de dois lados: de compromissos não contratuais para com os cidadãos (dívida implícita); ou de compromissos do Estado com outras entidades através de contratos ou de leis - pode ser o caso das PPP e é de certeza o caso das garantias aos bancos para que estes possam endividar-se no exterior a custos mais baixos. A esta última figura chama-se dívida explícita ou contingente.
E foi justamente sobre este último risco concreto - relativo aos bancos - que a S&P avançou alguns cálculos novos. Diz a agência que Portugal poderá ter uma "potencial necessidade de um apoio adicional ao sistema bancário caso este fique sob um stress severo".
Integrando já este novo problema, "estimamos que o total de passivos contingenciais do governo possa exceder 30% do PIB", acrescenta. O dobro do que se dizia em maio e muito acima dos 7,3 mil milhões de 2011 apurados pelo Eurostat/INE no reporte dos défices de março.
Para os peritos do BCE, conhecer o melhor possível esta bomba-relógio e como e quando é que ela pode rebentar é crucial. "Os riscos orçamentais que derivam dos passivos contingenciais tendem a ser mais de curto prazo e têm implicações de solvência para a viabilidade dos níveis de dívida pública."
Como tal, continuam os economistas, o "ponto-chave" e mais valioso para quem gere a dívida pública é "reportar de forma transparente os riscos orçamentais" ligados a esses passivos, incluindo "as probabilidades e o calendário de materialização" desses riscos.
A exposição do contribuinte à banca - que estará quase de certeza próxima de 25 mil milhões de euros - até pode duplicar ao longo dos próximos meses.
E porquê? "Os riscos que vemos estão ligados sobretudo à possibilidade de uma contração do PIB maior do que a antecipada, relacionada com a desalavancagem do sector financeiro e com o enfraquecimento da procura externa, em resultado da degradação económica e dos problemas financeiros em Espanha", explica a S&P.
"A retoma de Portugal baseada nas exportações enfrenta ventos contrários significativos das condições económicas e financeiras potencialmente mais fracas na zona euro, particularmente em Espanha". É "o maior parceiro comercial e credor externo" de Portugal, constata a agência.
A dívida pública de Portugal deverá subir para uma máximo de 118,6% do PIB no próximo ano. Se os riscos se "materializarem" será muito superior complicando a vida a todos os contribuintes.
Madeira foi a primeira dor de cabeça
D.R.
04/08/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Há cerca de três meses, a "dívida escondida" de Portugal valia 15% (cerca de 25 mil milhões de euros) do produto interno bruto (PIB), disse na altura o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Standard & Poor's avisou esta semana que a bomba-relógio pode ter o dobro do tamanho: 30% do PIB ou cerca de 50 mil milhões de euros em "passivos contingenciais", isto é, endividamento garantido pelo Estado em nome dos bancos. Muito depende do que acontecer aos bancos em Espanha.
Quanto maior a "dívida escondida" - como é apelidada por economistas do Banco Central Europeu (BCE) num estudo publicado em outubro - pior para os países, já que esta representa um risco latente que poderá materializar-se caso os bancos não a paguem ou os respetivos ativos desvalorizem.
Anteontem, a agência mais poderosa do mundo resolveu manter o rating da República Portugal em BB (nível especulativo ou de lixo), mas alertou que nos próximos meses poderá despromover de novo o país, o que tornará o crédito ainda mais caro e complicará o desejado regresso aos mercados em setembro de 2013.
Um dos riscos referidos foi justamente esse da dívida ainda não reconhecida, mas que o Eurostat obriga a contabilizar.
Esta dívida, segundo explicam no estudo os economistas do BCE Dagmar Hartwig Lojsch, Marta Rodríguez-Vives e Michal Slavík pode vir de dois lados: de compromissos não contratuais para com os cidadãos (dívida implícita); ou de compromissos do Estado com outras entidades através de contratos ou de leis - pode ser o caso das PPP e é de certeza o caso das garantias aos bancos para que estes possam endividar-se no exterior a custos mais baixos. A esta última figura chama-se dívida explícita ou contingente.
E foi justamente sobre este último risco concreto - relativo aos bancos - que a S&P avançou alguns cálculos novos. Diz a agência que Portugal poderá ter uma "potencial necessidade de um apoio adicional ao sistema bancário caso este fique sob um stress severo".
Integrando já este novo problema, "estimamos que o total de passivos contingenciais do governo possa exceder 30% do PIB", acrescenta. O dobro do que se dizia em maio e muito acima dos 7,3 mil milhões de 2011 apurados pelo Eurostat/INE no reporte dos défices de março.
Para os peritos do BCE, conhecer o melhor possível esta bomba-relógio e como e quando é que ela pode rebentar é crucial. "Os riscos orçamentais que derivam dos passivos contingenciais tendem a ser mais de curto prazo e têm implicações de solvência para a viabilidade dos níveis de dívida pública."
Como tal, continuam os economistas, o "ponto-chave" e mais valioso para quem gere a dívida pública é "reportar de forma transparente os riscos orçamentais" ligados a esses passivos, incluindo "as probabilidades e o calendário de materialização" desses riscos.
A exposição do contribuinte à banca - que estará quase de certeza próxima de 25 mil milhões de euros - até pode duplicar ao longo dos próximos meses.
E porquê? "Os riscos que vemos estão ligados sobretudo à possibilidade de uma contração do PIB maior do que a antecipada, relacionada com a desalavancagem do sector financeiro e com o enfraquecimento da procura externa, em resultado da degradação económica e dos problemas financeiros em Espanha", explica a S&P.
"A retoma de Portugal baseada nas exportações enfrenta ventos contrários significativos das condições económicas e financeiras potencialmente mais fracas na zona euro, particularmente em Espanha". É "o maior parceiro comercial e credor externo" de Portugal, constata a agência.
A dívida pública de Portugal deverá subir para uma máximo de 118,6% do PIB no próximo ano. Se os riscos se "materializarem" será muito superior complicando a vida a todos os contribuintes.
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