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Caldeirão da Bolsa

Situação na Grécia - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 20/8/2012 0:54

Marco Martins Escreveu:- melhoria da sua capacidade de concorrência no turismo e eventualmente recuperação desse sector que representa 90% da ocupação dos trabalhadores Gregos


Não sei onde foste buscar esta ideia mas a % de gregos que trabalha no turismo não é de 90%.

É mais em torno de 16%
 
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por Marco Martins » 20/8/2012 0:22

Elias Escreveu:Outra que mudou de opinião foi a Lagarde.

Em Fevereiro de 2010, quando era Min. das Finanças, dizia "A Grécia não deve sair da zona do euro sob nenhuma circunstância"

Este ano, enquanto directora do FMI já diz que a saída da Grécia é uma possibilidade.


Os políticos em parte são como nós! Também eu já tive opiniões divergentes sobre a saída ou não da Grecia!
O problema aqui é que existe vantagens e desvantagens e temos (a Europa e os Gregos) de encontrar o meio termo e aquilo que será melhor para todos.
Neste momento vejo as coisas assim:

Vantagens da Grécia saír:
- maior facilidade de flutuação e desvalorização da sua moeda
- possível redução da dívida
- melhoria da sua capacidade de concorrência no turismo e eventualmente recuperação desse sector que representa 90% da ocupação dos trabalhadores Gregos
- independencia da europa

Vantagens da Grécia se manter no euro :
- moeda estavel
- potencial ajuda dos parceiros


Desvantagens de saír do euro:
- caos
- imcomprimento e banca-rota
- aumento de desemprego

Desvantagens de se manter no euro:
- vão acabar por ficar sem dinheiro
- a moeda não flutua e a dívida deles é cada vez maior porque não crecem


Desvantagens para a Europa se a Grécia saír do Euro:
- mensagem a todos os parceiros de que a europa não é assim tão unida
- outros casos na corda bamba terão o mesmo caminho (Portugal, Irlanda, Espanha e Itália)
- regresso a criação de fronteiras
- se os países se sentirem ameaçados, tenderão a não aceitar perder certas coisas em detrimento de um bem maior que seria a zona euro

Bom seria a Grécia encontrar o petroleo que se acredita ter e assim todos seriamos felizes com a Grécia... mas infelizmente parece que a Grécia será forçada a sair antes....
 
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por Elias » 19/8/2012 16:35

PMACS Escreveu:Eu penso que todos mudaram de ideias, quando começaram a ver que o buraco não tinha fundo e os Gregos não tinham vontade de fazer reformas!


Os gregos já perceberam que não precisam de fazer reformas nenhumas que o guito continua a entrar. basta ver a forma como evoluiu o discurso da Alemanha desde 2011 até ao presente:

Grécia terá de cumprir condições se quiser continuar no euro
RTP - 08 Set, 2011, 11:36
O ministro alemão das Finanças lançou hoje mais um sério aviso à Grécia. Wolfgang Schäuble disse que Atenas tem de garantir que cumpre as condições para permanecer na Zona Euro.


"Sem reformas reais, Grécia terá de sair do euro"
Alemanha é peremptória: gregos terão de escolher
2011-11-07 09:21


Alemanha diz que Grécia deve sair do euro voluntariamente se não cumprir exigências
2012-08-13
 
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por PMACS » 19/8/2012 16:18

Elias Escreveu:Outra que mudou de opinião foi a Lagarde.

Em Fevereiro de 2010, quando era Min. das Finanças, dizia "A Grécia não deve sair da zona do euro sob nenhuma circunstância"

Este ano, enquanto directora do FMI já diz que a saída da Grécia é uma possibilidade.


Eu penso que todos mudaram de ideias, quando começaram a ver que o buraco não tinha fundo e os Gregos não tinham vontade de fazer reformas!
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
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por Elias » 19/8/2012 16:11

Outra que mudou de opinião foi a Lagarde.

Em Fevereiro de 2010, quando era Min. das Finanças, dizia "A Grécia não deve sair da zona do euro sob nenhuma circunstância"

Este ano, enquanto directora do FMI já diz que a saída da Grécia é uma possibilidade.
 
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por Texano Bill » 19/8/2012 16:04

PMACS Escreveu:Segundo me lembro destes artigos, no 1º era o que ele defendia, no 2º era a ideia que ele tinha acerca da posição dos outros estados membros da Zona Euro!


Ah ok, assim já parece ter mais lógica. Mas também não me surpreendia se fosse mesmo a opinião dele, ao longo desta crise os politicos e economistas adoptaram o sistema de emitirem opiniões contraditórias semana após semana e mesmo diferentes entre membros do mesmo executivo como forma de acalmar os mercados... :?
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por Elias » 19/8/2012 16:02

Fica aqui o link para as notícias do Soros:

http://economia.publico.pt/Noticia/port ... os_1507623

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=502163

Na segunda notícia ele "esclarece" um pouco a questão da primeira.
 
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por PMACS » 19/8/2012 15:52

Banesco Escreveu:
Elias Escreveu:Portugal e Grécia devem sair do euro, defende George Soros
14.08.2011 - 16:15 Por PÚBLICO, Agências

Soros convencido que a Grécia não vai sair do euro
18 Agosto 2011 | 17:52


O Soros mudou de opinião em 4 dias? :shock:


Segundo me lembro destes artigos, no 1º era o que ele defendia, no 2º era a ideia que ele tinha acerca da posição dos outros estados membros da Zona Euro!
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por Texano Bill » 19/8/2012 15:12

Elias Escreveu:Portugal e Grécia devem sair do euro, defende George Soros
14.08.2011 - 16:15 Por PÚBLICO, Agências

Soros convencido que a Grécia não vai sair do euro
18 Agosto 2011 | 17:52


O Soros mudou de opinião em 4 dias? :shock:
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por artista_ » 19/8/2012 14:51

Thanks Elias! :wink:
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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por Elias » 19/8/2012 13:52

Dei-me ao trabalho de fazer esta compilação com declarações de responsáveis políticos, economistas, etc.

Enjoy :)


França descarta saída da Grécia da zona do euro
28/02/2010
A Grécia não deve sair da zona do euro sob nenhuma circunstância, afirmou neste domingo a ministra da Economia da França, Christine Lagarde, à rádio Europe 1.

"A possibilidade de a Grécia sair da Zona Euro é zero"
17 Março 2010 | 19:41
O primeiro ministro grego, George Papandreou, garantiu hoje estar completamente posta de parte a possibilidade de o seu país abandonar a união monetária

FMI diz que é impossível a Grécia sair da Zona Euro
22 Abril 2010 | 18:50
John Lipsky, director-geral adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI), diz que é impossível a Grécia sair do euro caso não consiga reduzir o seu défice orçamental, conforme foi proposto pela Alemanha.

Economistas britânicos aconselham Grécia a sair do euro
31 Maio 2010 | 13:39
Lusa

Portugal será o mais directo afectado pela "plausível" saída da Grécia do euro
Publicado em 2010-07-11
O prémio Nobel da Economia Paul Krugman acredita que "há uma possibilidade plausível de a Grécia ser forçada a sair do euro" e considera que isso contagiaria todos os outros países da zona euro, com especial incidência para Portugal.

Cavaco considera "totalmente improvável" que Portugal ou Grécia saiam da zona Euro
12 Julho 2010 | 14:05

Pimco diz que Portugal, Grécia e Irlanda devem sair do euro
20 Dezembro 2010 | 13:03
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt

Grécia arrisca saída do euro
"O cenário de saída da Grécia do euro está, agora, em cima da mesa", admite a comissária europeia grega Maria Damanaki, dizendo que a "maior conquista" do país no pósguerra e depois da entrada na União Europeia (UE) "está em perigo" se Atenas não aplicar as medidas adicionais de austeridade.
1 de Junho de 2011

Grécia sair do euro seria uma "catástrofe"
Pior até do que a provocada pelo Lehman Brothers
2011-06-20
A eventual saída da Grécia da Zona Euro "seria uma catástrofe" com consequências piores do que a falência do banco norte-americano Lehman Brothers. É esta opinião do ministro das Finanças belga.


Almunia: "Ninguém vai abandonar o euro"
Essa não é uma alternativa. Países têm de estar juntos na luta contra a ruptura financeira
2011-07-04
O vice-presidente da Comissão Europeia, Joaquín Almunia, está convencido de que nenhum país abandonará o euro e que todos trabalharão conjuntamente para evitar que qualquer Estado-membro entre em ruptura financeira.

Portugal e Grécia devem sair do euro, defende George Soros
14.08.2011 - 16:15 Por PÚBLICO, Agências

Soros convencido que a Grécia não vai sair do euro
18 Agosto 2011 | 17:52

Van Rompuy garante que saída da Grécia do euro "está fora de questão"
05 Setembro 2011 | 15:40

Merkel: Saída de um país do euro poderia provocar "um efeito dominó"
05 Setembro 2011 | 16:57
A chanceler alemã garantiu hoje não acreditar que nenhum país vá abandonar o euro, uma situação que provocaria um perigoso "efeito dominó".

Alemanha: se Grécia falhar metas, deve sair do euro
Ministro das Finanças de Merkel avisa que situação "é séria" e que ajuda a Atenas está comprometida
2011-09-08 11:00
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, avisou esta quinta-feira que a situação da Grécia "é séria" e ameaçou recusar a entrega da nova tranche de ajuda àquele país, no valor de 8.000 milhões de euros, se Atenas não cumprir "todas as reformas" definidas no acordo com a UE e o FMI.

Carlos Costa: "É impensável a Grécia sair do euro"
Governador do Banco de Portugal esclarece que são precisas "novas rotas" para a economia de Atenas voltar a acordar
2011-09-14 09:49

Roubini: Grécia devia sair do euro e Portugal poderá acabar por fazer o mesmo
19 Setembro 2011 | 11:38

Não se pode sair do euro sem sair da UE
3 de Novembro, 2011
A Comissão Europeia advertiu hoje que o Tratado da União Europeia (UE) não prevê que um país possa sair do euro sem abandonar a UE, disse hoje uma porta-voz do executivo comunitário.

"Sem reformas reais, Grécia terá de sair do euro"
Alemanha é peremptória: gregos terão de escolher
2011-11-07 09:21

Banco Central checo sugere que a Grécia abandone o euro
09 Janeiro 2012 | 10:52
Governador do Banco Central checo, Miroslav Singer, defende que a única solução para superar a crise é a Grécia sair da Zona Euro.

Lagarde avisa que Grécia ainda pode sair do euro
07 Abril 2012 | 16:55
A directora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, não afasta a hipótese da Grécia entrar em bancarrota e ter de abandonar o euro e a União Europeia, segundo uma entrevista à CBS que será emitida no domingo.

Grécia deve sair do euro 'o mais rapidamente possível', Governo letão
27 de Julho, 2012

Vice-chanceler da Alemanha admite que Grécia pode sair do euro
23/07/2012 - 08:03

Alemanha quer "manter zona euro nas actuais dimensões"
30/07/12 13:53

Sondagem mostra que alemães querem Grécia fora do euro
02 Agosto 2012 | 09:10

Bruxelas quer que Grécia demonstre vontade de ficar no euro
2012-08-06 19:57

Saída da Grécia do euro 'é administrável, mas não desejável', diz Juncker
07/08/2012
O presidente do Eurogrupo (ministros das Finanças), Jean-Claude Juncker, pensa que uma saída da Grécia da Eurozona seria "administrável, mas não desejável", em uma entrevista publicada nesta terça-feira.

Alemanha diz que Grécia deve sair do euro voluntariamente se não cumprir exigências
2012-08-13

Zona Euro: Áustria quer mecanismo para expulsar países
2012-08-16

Helsínquia e Viena defendem Grexit ou fim do euro
17 agosto 2012


 
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por Be Cool » 18/8/2012 22:39

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... 56327.html

Schäuble. Alemanha não contribuirá com novas ajudas à Grécia

18/08/2012 | 17:39 | Dinheiro Vivo


O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, deixou hoje o aviso de que a ajuda económica concedida à Grécia "não pode ser um poço sem fundo", descartando a possibilidade de a Alemanha contribuir com uma qualquer nova medida económica a favor de Atenas.

"É irresponsável atirar dinheiro a um poço sem fundo. Já não podemos criar um novo programa de ajuda", afirmou Schäuble assegurando, no entanto, que o euro é uma moeda estável e que, de modo algum, se encontra em perigo. Além disso, o ministro refere que, nesta altura, não vê indícios de inflação na economia.

Ainda assim, Schäuble deixou o aviso: "Se a zona euro acaba, seremos nós a pagar o preço mais elevado".
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por Elias » 17/8/2012 14:37

Instabilidade tira turistas da Grécia, que vira opção barata
17 de agosto de 2012 • 08h06

Engana-se quem pensa que os preços se tornaram mais acessíveis para quem quer conhecer o velho continente em meio à crise internacional. Ao menos é o que afirmam agências de viagens e a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV). "Não é porque se tem uma crise local que a hotelaria vai baixar seus preços. Para nós, eles permanecem os mesmos", reforça Marco Lourenço, diretor de vendas da agência Queensberry. Por isso, a procura por países afetados fortemente pela mudança no quadro econômico europeu, como Espanha, Portugal e Itália, seguiu constante, assim como seus custos. A Grécia, contudo, não se safou de ser menos procurada por turistas que vão para Europa.

Greves e manisfestações no país berço da civilização afastaram aqueles que planejavam visitá-lo em 2012. Lourenço conta que os turistas que escolhem o destino grego começam a se organizar a partir do início do ano para viajar entre os meses de maio e setembro. "A partir de março começamos a perceber uma redução devido à alta do dólar e à crise. Em julho, houve uma retomada, já que o dólar se estabilizou. Mesmo assim, o foco deixou de ser a Grécia e passou a ser outros países, como Espanha", afirma.

"O turista quer tranquilidade", ressalta Leonel Rossi Júnior, vice-presidente de Relações Internacionais da ABAV. Ele lembra que a Grécia é um país seguro, com número de roubos, por exemplo, bastante inferior ao do Brasil. Porém, os protestos repentinos e as conflitos com a polícia assustaram os viajantes. "Ele não vai escolher ir para um lugar que está assim, como ele também não foi para o Egito ou para a Tunísia".

Os dois afirmam que os preços, assim como para outros países, não mudaram para atrair os curiosos em conhecer as ruínas gregas. Também segundo as agências Design Tours e Europatravel, os custos para os destinos não sofreram uma diminuição significativa, já que os fornecedores não ofereceram descontos. Na opinião de Luiz Carlos Silva, gerente da Europatravel, este não é o momento de viajar para a Grécia, devido aos problemas com segurança. "Acho melhor a pessoa tentar segurar essa viagem e deixar para uma outra oportunidade", aconselha, lembrando que alguns de seus clientes trocaram de destinos e seguiram o conselho de deixar o passeio para o próximo ano.

Este é o momento da Grécia, afirma especialista
Preços bons e hospitalidade dos habitantes. Foi isso que viu Alexandre Odyssefs Milessis, vice-presidente de Turismo da Câmara Brasil Grécia de Comércio, Indústria e Turismo quando esteve no país por duas semanas em junho deste ano. Por isso, tem uma opinião completamente diferente da oferecida por Silva. "Eu considero um momento perfeito para oferecer a Grécia pela situação e pela oferta. Está tudo ocorrendo tranquilo lá, então é uma excelente oportunidade. Hotéis que custavam 150 euros estão custando 120", afirma o também diretor da agência de viagens Milessis, especializada no destino. Ele afirma que os pacotes para a Grécia tiverem uma diminuição de 20% a 25% no preço total.

As passagens aéreas também parecem estar mais acessíveis. Segundo Alexandre Milessis, o baixo fluxo de europeus viajando para o Brasil, principalmente de portugueses, abriu espaço para os brasileiros nos aviões de ida para o continente. "A oferta de assento nos aviões está maior, então a oportunidade de preço está muito interessante".

Embora a demanda por Atenas tenha sofrido uma baixa nos últimos meses, vem se recuperando. Milessis observou que os hotéis tiveram uma diminuição em torno de 40% no movimento, pois o público se sentiu inseguro pelas greves e pelos protestos. Já as ilhas, como Santorini, receberam grande fluxo de turistas. "O pessoal tentou evitar Atenas e estava indo direto para as ilhas", relata o agente. Apesar disso, os hóteis nestes pontos do país também tiveram um movimento 10% menor comparado ao ano passado. A baixa dos preços ocorre devido à chegada da baixa temporada e pela grande quantidade de leitos nos hotéis. "É preciso ter um fluxo constante para suprir essa oferta de leitos, o que reduz os preços de forma rápida", afirma Milessis .

O diretor da operadora de viagens Milessis afirma que a situação na capital grega, e em outras cidades que foram sede de conflitos, já está mais calma e tranquila para os turistas. "A Grécia já pensa em uma recuperação econômica".
 
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por Elias » 15/8/2012 13:25

Greece to Exit Euro Zone Next Month?
Published: Wednesday, 15 Aug 2012 | 6:01 AM ET Text Size
By: Shai Ahmed
CNBC Associate Editor

Another day, another prediction of a Greek exit from the euro zone. But unlike the vast majority who give a medium term timeline for a "Grexit", one strategist told CNBC it could come as early as next month.

“It’s a question of when, not if. Next month there is the ratification of the ESM [European Stability Mechanism] in Germany and you may well see a situation where Greece leaves the euro, the ESM is ratified and Spain and Italy then go in and ask for the money. There is a feeling that time is running out,” Paul Day, Chief Strategist, at Market Securities told CNBC’s "Squawk Box Europe".

He added that pressure on the beleaguered state had intensified recently as well as the fact that “the numbers just don’t add up” prompting some European policymakers to seriously contemplate a future for the euro zone without Greece.

“We’ve seen this again and again. We need people to put their hands up and say: this is not going to work and Greece needs to leave. The consensus within Europe is that they want the European project to succeed but the political channels within Germany want the euro to remain together but not necessarily with Greece part of it,” he said.

The possibility of Greece leaving the currency bloc reached fever pitch at the time of Greek elections, when the far left Syriza party, which insisted the bailout agreement be torn up, almost took power - an outcome which would have meant Greece's euro days were numbered.

As the crisis continues to rumble on with no decisive action by policymakers and markets growing increasingly weary, the voices suggesting at the very least some form of reform of the euro zone have grown louder.

Jeremy Cook, chief economist at World First told CNBC.com that the chances of a Greek exit within the next 12 to 18 months were 70 percent. There has even been talk of other nations leaving the euro zone, including Spain and perhaps more surprisingly the zone’s economic powerhouse Germany itself.

A number of northern European states have become increasingly exasperated at the lack of action and the periphery’s inability to push through required reforms.

A recent edition of a Finnish news magazine hinted that the country was considering an exit from the euro zone. While small in comparison to the French and German heavyweights, Finland remains a crucial and prosperous member of the bloc – an increasingly small club.

Some of this is in response to the electorate in these states which has felt for some time that it has bailed out its profligate southern neighbours while practising frugality at home. The main Finnish euro-skeptic party made large gains in elections last year with a manifesto based around no more bailouts for peripheral countries.

In related news, The Financial Times reported that Greece is seeking a two-year extension to its austerity program, which Greek Prime Minister Antonis Samaras is expected to outline to German Chancellor Angela Merkel and French President Francois Hollande at talks in Berlin on Thursday.

Wilbur Ross, the well-known vulture capitalist, told CNBC earlier this week that Greece was in worse shape than many people realize and said “I am in favor of Greece going out, both from the Greece point of view and the ECB.”

© 2012 CNBC.com
 
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por Elias » 15/8/2012 8:25

Grécia pede mais dois anos
Rui Pedro Baptista
15/08/12 08:00


O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, vai pedir um prolongamento dos prazos do plano de austeridade imposto à Grécia.

O pedido será concretizado no encontro que o governante helénico terá, na próxima semana, com a chanceler alemã e o presidente francês.

Segundo o jornal britânico Financial Times, Samaras pretende que os cortes e a luta com o défice ocorram ao longo de um período de quatro anos e não de dois. Tudo para que até 2016 o défice seja reduzido em 1,5% ao ano e não os 2,5% previstos pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia.

O governo grego, dirigido pelo conservador Samaras e apoiado pelos socialistas e pela esquerda moderada, tenta assim fechar um impopular pacote de cortes de gastos que totaliza 11,5 mil milhões de euros em 2013 e 2014.

De acordo com o documento citado pelo FT, a Grécia precisaria de mais 20 mil milhões de euros para suportar o Orçamento, ao mesmo tempo que a redução anual do défice passaria a ser menor em 2013-14, uma situação que dificilmente Angela Merkel aceitará.

Mas os gregos propõem-se conseguir esses recursos sem a ajuda dos parceiros europeus.

A proposta é que os recursos adicionais de que o país vai precisar para fechar as contas seja levantado por meio de um empréstimo ao FMI, por emissões de títulos do Tesouro e por meio de um adiamento no início dos pagamentos do primeiro empréstimo.

O governo grego pretende convencer os credores a adiarem o começo dos vencimentos, previsto para 2016, para 2020, ano em que está previsto o início dos pagamentos do segundo pacote de resgate.

O único problema é que a paciência dos credores gregos parece estar por um fio e um novo momento de tensão entre Atenas e Berlim pode voltar a destabilizar os mercados financeiros.

A Alemanha já deixou claro que não apoia qualquer outro empréstimo adicional à Grécia e vários políticos germânicos têm demonstrado cada vez mais disponibilidade para aceitar a saída da Grécia da zona euro.

Uma recessão maior do que o esperado este ano pode ajudar na decisão. A Grécia justifica-se com uma overdose de austeridade que será auto-destrutiva. Resta saber se Merkel e Hollande se deixam convencer
 
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por Trisquel » 14/8/2012 20:32

Grécia emitiu quatro mil milhões de dívida a três meses
14 Agosto 2012 | 12:11
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt

O Governo de Atenas levou a cabo uma colocação de dívida pública no mercado primário, esta terça-feira, e cumpriu o objectivo de financiar o reembolso de obrigações que se vencem no final do mês.
O executivo liderado por Antonis Samaras leiloou Bilhetes do Tesouro com maturidade de 13 semanas e conseguiu financiar-se em 4,06 mil milhões de euros. A taxa de juro média implícita nos títulos de dívida vendidos foi de 4,46%, segundo os dados da Agência de Gestão da Dívida Pública citados pela Bloomberg.

O objectivo desta emissão era o de financiar o reembolso 3,2 mil milhões de euros em obrigações que se vencem no final do mês. A leilão foram obrigações com valor de 3,125 mil milhões de euros mas a operação foi seguida de duas rondas de fase não competitiva em que os bancos tiveram a possibilidade fazer ofertas à última taxa que o Tesouro aceitou financiar-se no leilão.

Com esta segunda fase de financiamento, a Grécia esperava aumentar o limite de financiamento até um máximo de cinco mil milhões de euros.

A assegurar o sucesso do leilão terão estado os próprios bancos gregos, que têm actualmente a possibilidade de utilizar os Bilhetes do Tesouro como colateral para contrair empréstimos junto do Banco Central Europeu.

“Os bilhetes vão ser absorvidos pelos bancos gregos, que vão ter acesso a liquidez através da apresentação dos títulos como colateral nas operações de Assistência de Liquidez de Emergência”, disseram analistas do Rabobank.

Esta operação foi levada a cabo com o acordo do BCE, para evitar que a Grécia incumprisse o pagamento da dívida que se vence no final do mês.
Cumpts.
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Alemanha ameaça bloquear nova ajuda à Grécia em caso de incu

por camaleo » 12/8/2012 23:49



Alemanha ameaça bloquear nova ajuda à Grécia em caso de incumprimento

A Alemanha adverte que vai vetar uma nova ajuda à Grécia se Atenas não cumprir na íntegra os termos acordados com a troika no âmbito do pacote de resgate financeiro, mesmo que outros países decidam fazê-lo.
O aviso foi dado pelo vice-presidente da coligação do Governo alemão, Michael Fuchs, em declarações ao jornal diário Handelsblatt, numa entrevista que será publicada na segunda-feira.

De acordo com o responsável, a Alemanha está preparada para recorrer ao seu poder de veto, caso entenda que a Grécia não está a cumprir o acordado com os credores internacionais (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu).

"Podem citar-me: mesmo que o copo esteja meio cheio, isso não é suficiente para que haja um novo pacote de ajuda", afirmou o membro do governo de Angela Merkel, acrescentando que "a Alemanha não pode nem deve concordar com essa possibilidade".

Na mesma entrevista, Fuchs referiu ainda que mesmo que outros países da zona euro decidam libertar mais fundos, depois de conhecida a avaliação da 'troika', "a Alemanha vai usar o seu poder de veto" no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), caso conclua que a Grécia "não cumpriu os requisitos exigidos".

O veredicto da 'troika', que deverá ser conhecido em Setembro, irá determinar se Atenas vai ou não receber a próxima tranche de ajuda financeira, no valor de 31,5 mil milhões de euros.

Fuchs advertiu ainda que a Alemanha "atingiu os limites daquilo que considera aceitável".

Reconhecendo que é impossível forçar um país a abandonar a zona euro, o responsável político sublinhou que "o governo grego sabe o que tem de fazer caso não esteja em posição de cumprir as reformas impostas".

Nas suas declarações, o responsável não poupou críticas e declarou-se também contra a possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) poder ajudar os países em dificuldades através da compra de títulos de dívida soberana, conforme anunciou na semana passada o presidente da instituição, Mario Draghi.


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por Texano Bill » 11/8/2012 13:45

Jornal de Negócios Escreveu:Ministro alemão da Economia diz-se "decepcionado" com a Grécia

O ministro alemão da Economia, Philipp Roesler, disse estar "decepcionado" pela falta de avanços visíveis das reformas implementadas pela Grécia, e acusa Atenas de não aproveitar as "ofertas" de Berlim para o país sair da crise.
"Estou desiludido", afirmou o ministro alemão em declarações à revista alemã "Focus", acrescentando que a Alemanha "ofereceu um amplo apoio ao Governo grego e os gregos não fizeram uso dessa ajuda".

Philipp Roesler provocou uma polémica acesa há algumas semanas atrás quando disse, numa entrevista à televisão pública alemã, que um possível abandono da Grécia da zona euro deixaria de lhe "causar espanto".

As declarações do titular da pasta da Economia foram interpretadas como um aumento da pressão de Berlim, desencadeando rumores de que se preparava um plano controlado para Atenas sair da zona euro.

O seu colega ministro dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle, defendeu que, mesmo assim, a Grécia deveria "cumprir" os compromissos assumidos com a "troika" (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), em declarações ao "Bild am Sonntag".

Guido Westerwelle disse hoje que não se deve "produzir um desvio substancial dos compromissos assumidos", para que a Grécia receba a tranche seguinte de empréstimo internacional.

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por Marco Martins » 6/8/2012 15:54

alexandre7ias Escreveu:
Marco Martins Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:
05.AGO.2012  11:31
Monti alerta Alemanha para risco de "dissolução da Europa"

Mario Monti (Foto: D.R.)
Primeiro-ministro italiano teme que tensões na zona euro poderão ser a semente de dissolução da Europa pois opõem países do norte aos do sul

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, alertou a Alemanha para o risco de um "confronto entre Norte e Sul" na Europa, numa entrevista hoje publicada pela revista alemã Der Spiegel.

Monti manifestou-se preocupado com as "tensões que acompanham a zona euro nos últimos anos", que contêm "a semente da dissolução psicológica da Europa".

O chefe do Governo italiano considera "muito preocupante" o aumento das tendências nacionalistas na Europa, que "levantaram uma frente de confronto entre Norte e Sul".

Monti sugere que, mais do que financiamento, o sul da Europa precisa de solidariedade: "Se a Alemanha e outros países estão interessados em que a atual política em Itália tenha futuro, poderá aplicar mais medidas não convencionais para restaurar a transmissão de política monetária", uma referência à possibilidade de o BCE voltar a comprar títulos de dívida europeia -- e assim reduzir as taxas de juro pagas por países como a Espanha e a Itália.

Draghi disse que qualquer nova compra de obrigações pelo BCE terá de ser precedida por um pedido de ajuda a um dos fundos de estabilidade financeira. Mas, mesmo nesta versão condicional, a ideia de o BCE financiar diretamente os Estados da zona euro não agrada a todos os membros do banco -- particularmente à Alemanha.

"Essas preocupações são infundadas", disse Monti ao Spiegel. "É exatamente essa desconfiança que nos impediu de encontrar uma solução clara para esta crise. Temos que a superar e voltar a confiar uns nos outros."

Dinheiro Vivo | Lusa


Estas declarações do Mario Monti são particularmente incisivas e esclarecedoras da situação atual para onde a europa está a caminhar a passos largos.

Será que ninguém quer ver que neste momento a Europa está por um fio?!?!
Vejamos:
- neste momento quase toda a europa está a viver os momento que precederam as 2 guerras anteriores... desemprego alto, impostos altos economia cada vez mais frágil e uma cada vez maior desconfiança entre os vários países
- conflitos claros entre duas façoes (neste caso norte e sul)
- inexistência de uma liderança clara, seja nos países seja na europa

O que o Mario Monti entre linhas me parece estar a dizer, é uma clara mensagem à Europa de que a Itália não vai esperar ficar numa situação igual à da Grécia para que se equacione a sua saída...
Neste momento a Itália se sair do euro, causará um impacto brutal na europa e fora da europa... e com a dívida que tem, irá fazer cair muitas instituiçoes e muitos países... e acho que é uma mensagem simples e clara e que neste momento a europa não terá margem para andar de negociação em negociação sem fazer nada...


Reacções às declarações de Mario Monti
Alemanha considera “muito perigoso” tom do debate europeu

O Governo alemão e vários políticos reagiram esta segunda-feira veementemente contra as declarações deste domingo do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, que disse temer a desintegração da Europa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle, considera “muito perigoso” o tom do debate europeu e o líder dos democratas-cristãos da Baviera acusou mesmo o chefe do Governo italiano de “um atentado à democracia”.

“O tom do debate europeu é muito perigoso e temos de ter atenção para não destruir a Europa com palavras”, advertiu, em Berlim, Guido Westerwelle, do Partido Liberal, citado pelas agências de notícias. E sublinhou que a situação na Europa “é muito séria, e está muita coisa em jogo”.

Westerwelle criticou especificamente as declarações do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, ao semanário Der Spiegel, em que sugeriu que os governos europeus sejam mais autónomos face aos parlamentos.

“O controlo parlamentar das políticas europeias está para além de todas as discussões, precisamos de reforçar a legitimação democrática, e não de a enfraquecer”, advertiu o MNE alemão, enfatizando a necessidade de maior controlo democrático na Europa. “Precisamos de fortalecer a legitimidade democrática na Europa, não do seu enfraquecimento”, disse ainda, citado pela Reuters.

Esta posição foi hoje assumida pelo próprio Governo alemão. “As decisões dos Governos devem ter uma legitimidade democrática. A chanceler tem consciência de que na Alemanha os textos legislativos devem ser apoiados pelo Parlamento e que este deve participar na sua elaboração”, disse um porta-voz do Governo, Georg Streiter, numa conferência de imprensa de rotina, citado pela AFP.

O apelo central de Westerwelle foi, no entanto, no sentido de um maior comedimento no actual debate europeu, e surgiu na sequência de afirmações proferidas no fim-de-semana pelo ministro das Finanças da Baviera, Markus Soeder, que em entrevista ao tablóide Bild am Sonntag exigiu que a Grécia saia da zona euro até ao final do ano.

Os democratas-cristãos da Baviera (CSU), um dos partidos do Governo em Berlim, acusaram mesmo o chefe do Governo italiano de “um atentado à democracia”, ao exortar os seus colegas europeus a guardarem uma maior margem de manobra negocial face aos parlamentos nacionais.

“A cobiça pelo dinheiro dos contribuintes alemães está a dar frutos antidemocráticos no senhor Monti”, disse o secretário-geral da CSU, Alexanderr Dobrint, à emissora de rádio Deutschlandfunk. “É preciso dizer ao senhor Monti que nós, alemães, não estamos dispostos a abdicar da nossa democracia para financiar as dívidas italianas”, acrescentou.

A maioria dos analistas têm atribuído os ataques feitos por vários dirigentes da CSU, incluindo o governador da Baviera, Horst Seehofer, à Grécia, e as advertências de que Atenas não deve receber mais ajudas financeiras, ao facto de esta importante região alemã ter eleições no outono de 2013, e de os conservadores estarem a perder terreno nas sondagens.


Tudo indica que cada vez estamos mais perto de ter uma europa a duas velocidades, duas moedas e dois livres mercados...

O problema aqui é quanto tempo mais iremos andar na corda bamba e que condições serão negociadas para a saída do euro.
Será que os acordos comerciais com outros países continuarão a fazer sentido? Não, certamente que não, e as fronteiras serão novamente levantadas, pelo que isso poderá ter um impacto nos produtos que actualmente vêm da China, Usa, Japao, etc... o que os levará também a impor barreiras a produtos europeus...

Uma coisa é certa... a entrada de bens por barco para a europa será seriamente penalizada nas águas Portuguesas, Espanholas, Gregas e Italianas...
 
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por alexandre7ias » 6/8/2012 15:33

Marco Martins Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:
05.AGO.2012  11:31
Monti alerta Alemanha para risco de "dissolução da Europa"

Mario Monti (Foto: D.R.)
Primeiro-ministro italiano teme que tensões na zona euro poderão ser a semente de dissolução da Europa pois opõem países do norte aos do sul

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, alertou a Alemanha para o risco de um "confronto entre Norte e Sul" na Europa, numa entrevista hoje publicada pela revista alemã Der Spiegel.

Monti manifestou-se preocupado com as "tensões que acompanham a zona euro nos últimos anos", que contêm "a semente da dissolução psicológica da Europa".

O chefe do Governo italiano considera "muito preocupante" o aumento das tendências nacionalistas na Europa, que "levantaram uma frente de confronto entre Norte e Sul".

Monti sugere que, mais do que financiamento, o sul da Europa precisa de solidariedade: "Se a Alemanha e outros países estão interessados em que a atual política em Itália tenha futuro, poderá aplicar mais medidas não convencionais para restaurar a transmissão de política monetária", uma referência à possibilidade de o BCE voltar a comprar títulos de dívida europeia -- e assim reduzir as taxas de juro pagas por países como a Espanha e a Itália.

Draghi disse que qualquer nova compra de obrigações pelo BCE terá de ser precedida por um pedido de ajuda a um dos fundos de estabilidade financeira. Mas, mesmo nesta versão condicional, a ideia de o BCE financiar diretamente os Estados da zona euro não agrada a todos os membros do banco -- particularmente à Alemanha.

"Essas preocupações são infundadas", disse Monti ao Spiegel. "É exatamente essa desconfiança que nos impediu de encontrar uma solução clara para esta crise. Temos que a superar e voltar a confiar uns nos outros."

Dinheiro Vivo | Lusa


Estas declarações do Mario Monti são particularmente incisivas e esclarecedoras da situação atual para onde a europa está a caminhar a passos largos.

Será que ninguém quer ver que neste momento a Europa está por um fio?!?!
Vejamos:
- neste momento quase toda a europa está a viver os momento que precederam as 2 guerras anteriores... desemprego alto, impostos altos economia cada vez mais frágil e uma cada vez maior desconfiança entre os vários países
- conflitos claros entre duas façoes (neste caso norte e sul)
- inexistência de uma liderança clara, seja nos países seja na europa

O que o Mario Monti entre linhas me parece estar a dizer, é uma clara mensagem à Europa de que a Itália não vai esperar ficar numa situação igual à da Grécia para que se equacione a sua saída...
Neste momento a Itália se sair do euro, causará um impacto brutal na europa e fora da europa... e com a dívida que tem, irá fazer cair muitas instituiçoes e muitos países... e acho que é uma mensagem simples e clara e que neste momento a europa não terá margem para andar de negociação em negociação sem fazer nada...


Reacções às declarações de Mario Monti
Alemanha considera “muito perigoso” tom do debate europeu

O Governo alemão e vários políticos reagiram esta segunda-feira veementemente contra as declarações deste domingo do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, que disse temer a desintegração da Europa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle, considera “muito perigoso” o tom do debate europeu e o líder dos democratas-cristãos da Baviera acusou mesmo o chefe do Governo italiano de “um atentado à democracia”.

“O tom do debate europeu é muito perigoso e temos de ter atenção para não destruir a Europa com palavras”, advertiu, em Berlim, Guido Westerwelle, do Partido Liberal, citado pelas agências de notícias. E sublinhou que a situação na Europa “é muito séria, e está muita coisa em jogo”.

Westerwelle criticou especificamente as declarações do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, ao semanário Der Spiegel, em que sugeriu que os governos europeus sejam mais autónomos face aos parlamentos.

“O controlo parlamentar das políticas europeias está para além de todas as discussões, precisamos de reforçar a legitimação democrática, e não de a enfraquecer”, advertiu o MNE alemão, enfatizando a necessidade de maior controlo democrático na Europa. “Precisamos de fortalecer a legitimidade democrática na Europa, não do seu enfraquecimento”, disse ainda, citado pela Reuters.

Esta posição foi hoje assumida pelo próprio Governo alemão. “As decisões dos Governos devem ter uma legitimidade democrática. A chanceler tem consciência de que na Alemanha os textos legislativos devem ser apoiados pelo Parlamento e que este deve participar na sua elaboração”, disse um porta-voz do Governo, Georg Streiter, numa conferência de imprensa de rotina, citado pela AFP.

O apelo central de Westerwelle foi, no entanto, no sentido de um maior comedimento no actual debate europeu, e surgiu na sequência de afirmações proferidas no fim-de-semana pelo ministro das Finanças da Baviera, Markus Soeder, que em entrevista ao tablóide Bild am Sonntag exigiu que a Grécia saia da zona euro até ao final do ano.

Os democratas-cristãos da Baviera (CSU), um dos partidos do Governo em Berlim, acusaram mesmo o chefe do Governo italiano de “um atentado à democracia”, ao exortar os seus colegas europeus a guardarem uma maior margem de manobra negocial face aos parlamentos nacionais.

“A cobiça pelo dinheiro dos contribuintes alemães está a dar frutos antidemocráticos no senhor Monti”, disse o secretário-geral da CSU, Alexanderr Dobrint, à emissora de rádio Deutschlandfunk. “É preciso dizer ao senhor Monti que nós, alemães, não estamos dispostos a abdicar da nossa democracia para financiar as dívidas italianas”, acrescentou.

A maioria dos analistas têm atribuído os ataques feitos por vários dirigentes da CSU, incluindo o governador da Baviera, Horst Seehofer, à Grécia, e as advertências de que Atenas não deve receber mais ajudas financeiras, ao facto de esta importante região alemã ter eleições no outono de 2013, e de os conservadores estarem a perder terreno nas sondagens.
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por nuuuuno » 6/8/2012 10:36

AutoMech Escreveu:
Banesco Escreveu:A crise resolvia-se prontamente com uma união orçamental


União Orçamental = perda de soberania política. Para mim era excelente, mas claro que é impensável pensar que os políticos vão abdicar do tachos.


Nem mais!! os politicos a prestarem contas?? uii...era só telhados a quebrar!
 
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por Elias » 6/8/2012 1:05

‘Troika’ e Grécia chegaram a acordo de princípio
Marta Moitinho Oliveira - economico
06/08/12 00:05


Credores internacionais regressam a Atenas em Setembro.

As autoridades internacionais e o governo grego chegaram ontem a um acordo de princípio sobre o pacote de medidas que vai permitir à Grécia cortar 11,5 mil milhões de euros e garantir a continuação da ajuda europeia. As conversas para fechar o acordo serão retomadas no início de Setembro.

"As discussões sobre a implementação do programa foram produtivas e houve um acordo de princípio sobre a necessidade de reforçar os esforços das políticas para atingir os objectivos", disseram ontem os credores internacionais. "Fizemos muitos bons progressos", frisou o líder da missão, Poul Thomsen.

Esta declaração serviu de balanço sobre o resultado das 24 reuniões que houve entre os membros da ‘troika' e os ministros e líderes políticos. Os inspectores da ‘troika' regressam no início de Setembro para retomar as conversas, refere a mesma declaração conjunta do Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia.

Segundo um membro do Ministério das Finanças grego, ouvido pela Bloomberg, o pacote de medidas terá de ser finalizado no início de Setembro, antes da reunião dos ministros das finanças da zona euro.
 
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por Automech » 5/8/2012 23:59

Banesco Escreveu:A crise resolvia-se prontamente com uma união orçamental


União Orçamental = perda de soberania política. Para mim era excelente, mas claro que é impensável pensar que os políticos vão abdicar do tachos.
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por Texano Bill » 5/8/2012 23:38

O problema no seio da UE, no meu entender, é meramente político. Ao longo das últimas décadas foram-se dando mais e mais passos em direcção a uma maior integração e federalização da Europa: já temos um parlamento, uma espécie de "governo" (a comissão), tentamos ter políticas comuns na defesa, economia/finanças e negócios estrangeiros, tendo sido criadas numerosas instituições neste âmbito.

Mas para isto funcionar em pleno falta completar um passo final, que é o das instituições europeias terem, de facto, poder sobre os Estados membros, de as suas decisões terem precedência sobre as destes. E como a história mostra, foram raras as situações em que alguém cedeu poder real sem ser pressionado.

A crise resolvia-se prontamente com uma união orçamental em que todos garantissem as obrigações de todos. Contudo, no sul da Europa temos uma situação típica de "não se governam nem se deixam governar"... :roll:
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por Marco Martins » 5/8/2012 23:02

alexandre7ias Escreveu:
05.AGO.2012  11:31
Monti alerta Alemanha para risco de "dissolução da Europa"

Mario Monti (Foto: D.R.)
Primeiro-ministro italiano teme que tensões na zona euro poderão ser a semente de dissolução da Europa pois opõem países do norte aos do sul

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, alertou a Alemanha para o risco de um "confronto entre Norte e Sul" na Europa, numa entrevista hoje publicada pela revista alemã Der Spiegel.

Monti manifestou-se preocupado com as "tensões que acompanham a zona euro nos últimos anos", que contêm "a semente da dissolução psicológica da Europa".

O chefe do Governo italiano considera "muito preocupante" o aumento das tendências nacionalistas na Europa, que "levantaram uma frente de confronto entre Norte e Sul".

Monti sugere que, mais do que financiamento, o sul da Europa precisa de solidariedade: "Se a Alemanha e outros países estão interessados em que a atual política em Itália tenha futuro, poderá aplicar mais medidas não convencionais para restaurar a transmissão de política monetária", uma referência à possibilidade de o BCE voltar a comprar títulos de dívida europeia -- e assim reduzir as taxas de juro pagas por países como a Espanha e a Itália.

Draghi disse que qualquer nova compra de obrigações pelo BCE terá de ser precedida por um pedido de ajuda a um dos fundos de estabilidade financeira. Mas, mesmo nesta versão condicional, a ideia de o BCE financiar diretamente os Estados da zona euro não agrada a todos os membros do banco -- particularmente à Alemanha.

"Essas preocupações são infundadas", disse Monti ao Spiegel. "É exatamente essa desconfiança que nos impediu de encontrar uma solução clara para esta crise. Temos que a superar e voltar a confiar uns nos outros."

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Estas declarações do Mario Monti são particularmente incisivas e esclarecedoras da situação atual para onde a europa está a caminhar a passos largos.

Será que ninguém quer ver que neste momento a Europa está por um fio?!?!
Vejamos:
- neste momento quase toda a europa está a viver os momento que precederam as 2 guerras anteriores... desemprego alto, impostos altos economia cada vez mais frágil e uma cada vez maior desconfiança entre os vários países
- conflitos claros entre duas façoes (neste caso norte e sul)
- inexistência de uma liderança clara, seja nos países seja na europa

O que o Mario Monti entre linhas me parece estar a dizer, é uma clara mensagem à Europa de que a Itália não vai esperar ficar numa situação igual à da Grécia para que se equacione a sua saída...
Neste momento a Itália se sair do euro, causará um impacto brutal na europa e fora da europa... e com a dívida que tem, irá fazer cair muitas instituiçoes e muitos países... e acho que é uma mensagem simples e clara e que neste momento a europa não terá margem para andar de negociação em negociação sem fazer nada...
 
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