Pavilhão Atlântico vendido a Luís Montez por 21,2 milhões
Isto sim, é um escândalo...
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/moste ... -4071.html
... se o estado não tem sequer capacidade para recuperar o Mosteiro de Santa Clara, então até um concurso público em que no minimo alguém, que desse garantias que o podia recuperar e manter, o podia levar por 1€!
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... se o estado não tem sequer capacidade para recuperar o Mosteiro de Santa Clara, então até um concurso público em que no minimo alguém, que desse garantias que o podia recuperar e manter, o podia levar por 1€!
Abraço,
Carrancho
Carrancho
Visitante57 Escreveu:Depende carissimo, neste mundo tudo tem um preço.
Nem tudo (pelo menos para algumas pessoas)...
Visitante57 Escreveu:Estranhamente em Portugal um edificio de referência equivalente e um monumento nacional que não tem custos (os proveitos pagam as despesas), vale metade do que custou 14 anos antes.
Já incorreste no mesmo erro duas vezes, pelo que deduzo que não foi lapso mas sim desconhecimento. Custos tem sempre. Pode acontecer é que as receitas cubram esses custos. Se forem semelhantes em termos de grandeza estaremos a falar em lucro zero (presumo que seja a isso que te referes quando falas em 'não ter custos').
Mesmo assim, como já expliquei antes, ter lucro zero pode ser um péssimo negócio para o estado porque há um custo financeiro envolvido.
Visitante57 Escreveu:Está a perceber porque é que 20 milhões de euros é um negócio ruinoso? É que por um lado é equivalente a um monumento, e com essa equivalencia vendê-lo a metade do custo é uma coisa surreal.
Se fizeres uma casa com todos os luxos, no meio de um bairro da lata, o mais certo é que ninguém te pague aquilo que gastaste na sua construção.
Ou seja, aquilo que custou é irrelevante, havendo forte probabilidade do estado ter comprado mal, como é hábito. O que interessa é o que vale hoje (e o que custa ao estado financiar estes 21 milhões se decidisse não vender).
Tal e qual uma acção, diga-se. Pouco importa quanto pagaste por ela. O que interessa é quanto o mercado está disposto a pagar. A não ser que tenhas aquela teoria de que só perdes quando vendes.
Visitante57 Escreveu:O carissimo faça uma pesquisa e procure edificios com 14 anos com utilidade que sejam vendidos a metade do custo de construção. Note que não estamos a falar de valor de mercado, estamos a falar de custo de construção.
O díficil é encontrar uma obra pública que tenha saído com um custo final igual ao custo planeado. Isso sim é que é díficil.
Quanto ao 'monumento' se for para ver por fora é indiferente se é público ou privado porque não vai desaparecer. Se é para o ver por dentro nem sei se antes dava para visitar, sem ser em dia de espetáculos. No limite será apenas isso que se perde, caso não seja financeiramente interessante para o novo proprietário. Um interesse mínimo para justificar abdicar de 21 milhões de euros.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
charles Escreveu:O pavilhão movimenta muitos milhões, dando uma vista de olhos pelo RC, assim de repente, apetece dizer que foi barato, isto não invalida o que disse anteriormente, em 14 anos se calhar o valor de construção já foi mais que pago!
"A Atlântico, S.A., efetuou aplicações de tesouraria na Parque EXPO 98, S.A., cujos valores médios, em 2011,
ascenderam a 1 M€, tendo os juros pagos por estas operações atingido 8 m€.
/ A Atlântico, S.A., entregou à Parque EXPO 98, S.A., em 2011, dividendos num total de 362 m€.
/ Considerando o enquadramento de consolidação fiscal, a Atlântico, S.A., entregou à Parque EXPO 98, S.A., em 2011,
um total de 179 m€, a título de IRC 2010, bem como provisionou 71 m€ a título de IRC a pagar de 2011."
http://www.pavilhaoatlantico.pt/SiteCol ... 202011.pdf
charles,
Se isso fosse verdade "em 14 anos o valor de construção ter sido pago", considerando que nestas coisas o valor normal de referência são 10 anos para recuperar o investimento, se for verdade como dizem aqui que só o custo de construção foi o dobro (fora valor actual do m2 do terreno...), aí sim, o estado tinha feito um péssimo negócio, não devia ter vendido em caso algum por menos que 10x(rentabilidade anual que o estado conseguia com ele).
Atenção que estou a falar do resultado da exploração do imóvel feita pelo estado, o que não impede que o comprador tenha expectativas de conseguir fazer uma melhor gestão e retirar daí resultados ainda melhores conseguindo recuperar o investimento em menos de 10 anos.
Li apenas algumas mensagens neste tópico, não sei se já foi postado aqui, mas seria interessante saber dados factuais do resultado liquido da exploração que o estado fez desde a sua construção. Por isso não tenho uma opinião formada, não sei se foi bom ou mau negócio, alguém tem esses dados?
Abraço,
Carrancho
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AutoMech Escreveu:charles Escreveu:Hehehe, onde é que isto já vai, Cristo Rei, castelos, não tarda nada, o pessoal do CB ainda sugere vender a AR, quem sabe se por exemplo o Victor Hugo Cardinali estaria interessado, de seguida arrendavam-na a ele
O Cardinali era incapaz de montar um circo melhor do que aquele que já lá existe diariamente![]()
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Diairmanete nao, so de terça a quinta (as vezes sexta de manha) que os deputados tem casa e familia!

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AutoMech Escreveu:Se é equivalente a um monumento nacional não deveria ter preço, certo ?
Depende carissimo, neste mundo tudo tem um preço.
Estranhamente em Portugal um edificio de referência equivalente e um monumento nacional que não tem custos (os proveitos pagam as despesas), vale metade do que custou 14 anos antes.
Está a perceber porque é que 20 milhões de euros é um negócio ruinoso? É que por um lado é equivalente a um monumento, e com essa equivalencia vendê-lo a metade do custo é uma coisa surreal.
O carissimo faça uma pesquisa e procure edificios com 14 anos com utilidade que sejam vendidos a metade do custo de construção. Note que não estamos a falar de valor de mercado, estamos a falar de custo de construção.
E com esta me retiro, sonhando em dar um passeio a Lisboa nas férias, não vá esta gente desatar a vender museus e monumentos pela melhor oferta.
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charles Escreveu:Hehehe, onde é que isto já vai, Cristo Rei, castelos, não tarda nada, o pessoal do CB ainda sugere vender a AR, quem sabe se por exemplo o Victor Hugo Cardinali estaria interessado, de seguida arrendavam-na a ele
O Cardinali era incapaz de montar um circo melhor do que aquele que já lá existe diariamente



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Elias Escreveu:Mesmo que TODOS os estrangeiros entrem com o Lisboa card, eles pagam 2 euros cada e isso levaria a receita total para 400 mil euros (já nem estou a contar aqui bilhetes a 3 euros).
400 mil é muuuuuito acima dos teus 50 mil
Pagam dois euros? Por acaso até pagam pelo menos 18 euros por dia pelo cartão, mas com o cartão não pagam nada para entrar no padrão dos descobrimentos.
Então o carissimo não sabe o preço nem a benesses do "lisbon card"? Tssss...
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Visitante57 Escreveu:AutoMech Escreveu:Bem, se estamos a comparar o Pavilhão Atlântico com a Torre de Belém, o Castelo de S. Jorge ou o Mosteiro dos Jerónimos, então temo que não faça muito sentido discutir o assunto contigo uma vez que temos visões diametralmente opostas sobre os mesmos.
O carissimo está a ver como a discussão já terminou?
O pavilhão atlantico é uma obra que tem mais valor simbólico para o pais do que qualquer edificio publico indiferenciado que está à espera de comprador. Isto nem sequer é uma opinião minha, é um fato comprovado pelos roteiros turisticos.
Primeiro começaste com a conversa que o problema era ter sido vendido abaixo do preço. Agora já é porque o Pavilhão Atlântico é equivalente ao Mosteiro dos Jerónimos. Se é equivalente a um monumento nacional não deveria ter preço, certo ?
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AutoMech Escreveu:Bem, se estamos a comparar o Pavilhão Atlântico com a Torre de Belém, o Castelo de S. Jorge ou o Mosteiro dos Jerónimos, então temo que não faça muito sentido discutir o assunto contigo uma vez que temos visões diametralmente opostas sobre os mesmos.
O carissimo está a ver como a discussão já terminou?
O pavilhão atlantico é uma obra que tem mais valor simbolico para o pais do que qualquer edificio publico indiferenciado que está à espera de comprador. Isto nem sequer é uma opinião minha, é um fato comprovado pelos roteiros turisticos.
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Elias Escreveu:Visitante57 Escreveu:Qual será a próxima venda? O cristo rei ou o padrão dos descobrimentos? Quanto valerá o padrão dos descobrimentos tendo em conta que a bilheteira dele não dará mais de 50.000 euros/ano? Eu aposto que vendido por um milhão de euros já era um excelente negócio para o estado.
Se queres usar outros exemplos, ao menos utiliza números verdadeiros e não inventados. Caso contrário a tua credibilidade vai pelo cano.
O padrão dos descobrimentos recebe 200 mil visitantes por ano.
http://expresso.sapo.pt/padrao-dos-desc ... os=f510789
O preço dos bilhetes é de 3 euros.
http://www.padraodosdescobrimentos.egea ... &Itemid=73
Contas feitas, isto deve dar uns 600 mil euros / ano de receitas. Mesmo admitindo que um terço dos visitantes entre com tarifa reduzida, deve gerar meio milhão de euros por ano (é só dez vezes mais do que aquilo que sugerias).
Não estou a dizer se é muito ou pouco, estou apenas a colocar os números correctos em cima da mesa para haver menos margem para demagogias.
Bem, se o carissimo quer ser exato, então faça o favor de colocar aí a percentagem de entradas pagas na integra. É que entre jovens e idosos, deve (note be, DEVE) haver entradas a custo reduzido. Mas sendo 80% dos visitantes turistas, seria interessante saber quantos deles têm o "Lisbon Card" e quanto recebe o padrão dos descobrimentos por cada "Lisbon Card" vendido.
Para dar palpites estou cá eu, para ser exato está cá o carissimo. Mas para ser exato, seja-o de forma integral, não se fique por uma integralidade demagogica.
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Visitante57 Escreveu:O pavilhão atlântico está para Portugal, como estão dezenas de monumentos que são cartazes turisticos do pais.
Bem, se estamos a comparar o Pavilhão Atlântico com a Torre de Belém, o Castelo de S. Jorge ou o Mosteiro dos Jerónimos, então temo que não faça muito sentido discutir o assunto contigo uma vez que temos visões diametralmente opostas sobre os mesmos.
Visitante57 Escreveu:Se é posssivel o estado ter este imóvel sem custos, como está provado, então qual a razão para vender com prejuizo?
Presumo que sem custos signifique lucro zero, certo ? (porque custos teria sempre se o estado o mantivesse).
Este raciocínio é errado. Se venderes por 21 milhões deixas de pagar dívida pública a uma determinada taxa de juro. Se for a 4%, por exemplo, são 840.00 euros por ano. Ter lucro zero, mantendo o pavilhão, seria por isso um péssimo negócio, levando o estado a perder 840 mil euros por ano.
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Visitante57 Escreveu:Qual será a próxima venda? O cristo rei ou o padrão dos descobrimentos? Quanto valerá o padrão dos descobrimentos tendo em conta que a bilheteira dele não dará mais de 50.000 euros/ano? Eu aposto que vendido por um milhão de euros já era um excelente negócio para o estado.
Se queres usar outros exemplos, ao menos utiliza números verdadeiros e não inventados. Caso contrário a tua credibilidade vai pelo cano.
O padrão dos descobrimentos recebe 200 mil visitantes por ano.
http://expresso.sapo.pt/padrao-dos-desc ... os=f510789
O preço dos bilhetes é de 3 euros.
http://www.padraodosdescobrimentos.egea ... &Itemid=73
Contas feitas, isto deve dar uns 600 mil euros / ano de receitas. Mesmo admitindo que um terço dos visitantes entre com tarifa reduzida, deve gerar meio milhão de euros por ano (é só dez vezes mais do que aquilo que sugerias).
Não estou a dizer se é muito ou pouco, estou apenas a colocar os números correctos em cima da mesa para haver menos margem para demagogias.

Editado pela última vez por Elias em 27/7/2012 0:56, num total de 1 vez.
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Visitante57 Escreveu:Qual será a próxima venda? O cristo rei ou o padrão dos descobrimentos? Quanto valerá o padrão dos descobrimentos tendo em conta que a bilheteira dele não dará mais de 50.000 euros/ano? Eu aposto que vendido por um milhão de euros já era um excelente negócio para o estado.
Não lhes dês ideias!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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AutoMech Escreveu:Ou seja, se o estado comprou mal e/ou se entretanto o imobiliário caiu isso não interessa nada. O estado tem de ficar com o mau negócio até aparecer um otário que também lhe compre mal. Tem lógica.
Há 14 anos atrás é que te devias ter preocupado com o custo e não hoje com a venda.
O estado não comprou mal. O estado construiu um edificio emblemático no contexto de uma exposição mundial.
O pavilhão atlântico está para Portugal, como estão dezenas de monumentos que são cartazes turisticos do pais. Se é posssivel o estado ter este imóvel sem custos, como está provado, então qual a razão para vender com prejuizo?
Qual será a próxima venda? O cristo rei ou o padrão dos descobrimentos? Quanto valerá o padrão dos descobrimentos tendo em conta que a bilheteira dele não dará mais de 50.000 euros/ano? Eu aposto que vendido por um milhão de euros já era um excelente negócio para o estado.
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Elias Escreveu:Todos aqueles que acham que o Estado não devia vender abaixo do preço de custo provavelmente também acham que quem compra acções não deve vender a perder, para não fazer um mau negócio. É melhor esperar que recupere...
Ai Elias, Elias. Há tantos anos no mercado e ainda não sabes que quem não vende, não perde ?



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Visitante57 Escreveu:Não tenho. A unica certeza que eu tenho é que esse foi o custo do imóvel, e esse é que serve de referência.
Ou seja, se o estado comprou mal e/ou se entretanto o imobiliário caiu isso não interessa nada. O estado tem de ficar com o mau negócio até aparecer um otário que também lhe compre mal. Tem lógica.
Há 14 anos atrás é que te devias ter preocupado com o custo e não hoje com a venda.
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altrio Escreveu:Elias Escreveu:kuby, não vender significa suportar a manutenção da infra-estrutura e isso tem custos.
Eu concordo que 21M é pouco mas todos sabemos que o mercado imoboliário arrefeceu - aquilo foi construído no tempo das vacas gordas e das euforias guterrianas.
A Assunção Cristas disse que o Pavilhão era "claramente rentável". O que significa que os custos são negativos...
Não encontro os resultados mais recentes mas em 2009 o resultado líquido foi de 127 mil euros o que parece pouco, mesmo atendendo à renda de 1.1M + IVA que pagaram à Parque Expo.
Aliás, este último pormenor é que gostava de ver esclarecido, ou seja, se o Pavilhão Atlântico continua ou não a pagar renda à Parque Expo.
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O negócio até pode não ter sido o melhor, mas eu não consigo perceber isso apenas pela comparação com o preço de custo. Neste momento o que não faltarão é para aí edifícios que não valerão nem 1/5 do que custaram... até mais dados todas as teorias da conspiração valem muito pouco, valem mais ou menos o mesmo daquilo que estou a ver agora na TV, o Vale e Azevedo a dizer que se sente injustiçado!



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AutoMech Escreveu:Presumo que tens a certeza que o custo há 14 anos foi o preço 'justo', certo ?
Não tenho. A unica certeza que eu tenho é que esse foi o custo do imóvel, e esse é que serve de referência.
Mas o carissimo não se admire da minha objeção. Eu devo ser dos poucos por aqui que se preocupa minimamente com a delapidação do património publico, com vendas ao desbarato.
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