Situação na Espanha - Tópico Geral
alexandre7ias Escreveu:.Analistas
Resgate a Espanha pode custar 300 mil milhões de euros
Alberto Teixeira
24/07/12 15:58
Com a iminência de um resgate espanhol, os analistas já fazem as contas: empréstimo pode ascender aos 300 mil milhões.
"Um resgate para cobrir as necessidades de financiamento de Espanha até final de 2013 e metade de 2014 custaria 200 mil milhões de euros. Estendendo o programa por mais um ano, o valor aumentaria para 300 mil milhões de euros (assumindo que Espanha pode refinanciar a dívida de curto-prazo", afirmaram os analistas da Capital Economics, que prestam assessoria financeira aos investidores de Londres, citados pelo Expansión.
Para Jonathan Loynes, da Capital Economics, o Fundo Monetário Internacional seria responsável pelo empréstimo de um terço da ajuda, enquanto os outros 200 mil milhões de euros seriam assumidos pelos fundos de resgate do euro.
"Um resgate a Espanha deixaria muito pouco dinheiro para ajudar de novo Portugal ou Irlanda e, mais importante, para acudir os problemas em Itália. Portanto, não seria uma surpresa se os juros italianos se agravem em paralelo com o espanhol, ou até de forma mais intensa, durante os próximos dias", explica o responsável.
Os juros implícitos nos títulos a 10 anos italianos subiam há instantes para 6,570%, aproximando-se de forma vertiginosa da barreira psicológica de 7%, numa sessão em que todas as maturidades registam agravamentos acentuados.
Espanha também não foge à fúria dos mercados, com os juros a 10 anos a pisar águas perigosas nos 7,585%.
E a culpa é do povo que viveu acima das suas possibilidades...só mesmo para rir!!![/u]
Os dois países ao mesmo tempo, implicaria que nenhum deles iria participar no resgate um do outro... por isso, a quem caberia desembolsar mais de 500mil milhoes? (considerando 200mil para Espanha, Itália não deverá ser menos)
Assim, começa a fechar-se o cerco ao rating daqueles que poderão participar nesse resgate, pois certamente vai mexer com as contas deles (França, Alemanha, Holanda, Bélgica)...
...agora será um pouco uma questão de contas, se lhes interessa participar no resgate ou se ficará mais barato sairem e formarem um mini-euro mas mais forte (embora com a possibilidade de se criarem muitas clivagens dentro da europa... mas o instinto de sobrevivência assim dita que nem sempre as opções sejam as mais sensatas... )
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.Analistas
Resgate a Espanha pode custar 300 mil milhões de euros
Alberto Teixeira
24/07/12 15:58
Com a iminência de um resgate espanhol, os analistas já fazem as contas: empréstimo pode ascender aos 300 mil milhões.
"Um resgate para cobrir as necessidades de financiamento de Espanha até final de 2013 e metade de 2014 custaria 200 mil milhões de euros. Estendendo o programa por mais um ano, o valor aumentaria para 300 mil milhões de euros (assumindo que Espanha pode refinanciar a dívida de curto-prazo", afirmaram os analistas da Capital Economics, que prestam assessoria financeira aos investidores de Londres, citados pelo Expansión.
Para Jonathan Loynes, da Capital Economics, o Fundo Monetário Internacional seria responsável pelo empréstimo de um terço da ajuda, enquanto os outros 200 mil milhões de euros seriam assumidos pelos fundos de resgate do euro.
"Um resgate a Espanha deixaria muito pouco dinheiro para ajudar de novo Portugal ou Irlanda e, mais importante, para acudir os problemas em Itália. Portanto, não seria uma surpresa se os juros italianos se agravem em paralelo com o espanhol, ou até de forma mais intensa, durante os próximos dias", explica o responsável.
Os juros implícitos nos títulos a 10 anos italianos subiam há instantes para 6,570%, aproximando-se de forma vertiginosa da barreira psicológica de 7%, numa sessão em que todas as maturidades registam agravamentos acentuados.
Espanha também não foge à fúria dos mercados, com os juros a 10 anos a pisar águas perigosas nos 7,585%.
E a culpa é do povo que viveu acima das suas possibilidades...só mesmo para rir!!![/u]
bar38 Escreveu:Quais são essas condições?JMHP Escreveu:PT_Trader Escreveu:JMHP Escreveu:myself11 Escreveu:@JMHP: O Berlusconi era socialista? Não sabia.
Tentar explicar uma crise multifactorial e europeia apenas com a orientação ideológica dum governo não me parece que faça muito sentido...
O que para mim, que sou leigo, começa cada vez mais a fazer sentido é trocar os meus euros por libras e dólares
Não estamos a falar de Itália mas de Espanha, pais que durante o governo anterior procurou sempre disfarçar a crise e a bolha da divida que se já se adivinhava. Desde o do inicio da crise na Europa, Espanha tal como Portugal fizeram disparar as suas dividas através de políticas expansionistas dos seus governos socialistas. Lá tal como cá também gostam de gritar e reclamar que as pessoas estão primeiro e as contas fazem-se depois....
O tempo tem mostrado que no final pagamos todos, mas em piores condições one a pobreza acelera para níveis que julgávamos impensáveis ainda há poucos meses atras.
Quanto mais as pessoas e governos resistirem as reformas estruturais, pior e mais doloroso será o seu futuro. Espanha não consegui escapar ao seu destino que traçou ao longo dos últimos anos. Temos pena....
Temos pena parte 2: por este caminho, a Itália também vai ao charco... E agora, já podemos falar de Itália?
Nada te impede de o fazer,... Estás à vontade.
Não me parece que a situação da Itália seja idêntica á da Espanha ou até de Portugal até pela natureza dessas dividas. Aos olhos dos mercados Portugal e Espanha começam já a divergir em termos de condições e caminhos a percorrer no futuro. A Espanha "acordou" tarde demais tendo em conta a sua dimensão, que leva a questionar também a Itália devido ás dimensões das suas economias, mas a Itália possui condições que nenhum dos outros países aflitos possuem.
A Itália cai como qualquer outro da pais da união monetária basta os mercados seca quem para eles, para isso basta que haja incerteza, que e coisa que mais há , incertezas.
Todos diferentes, todos iguais.
Exacto bar38, a questão é mesmo essa.
Temos que ver esta questão muito mais à frente das asneiradas que cá, em Espanha e noutros sítios se cometeram. O mercado não está a funcionar correctamente, e se calhar a rifa à Itália, tudo o que foi aqui enumerado cai por água abaixo. Tb vão ao charco sem pestanejar.
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Quais são essas condições?JMHP Escreveu:PT_Trader Escreveu:JMHP Escreveu:myself11 Escreveu:@JMHP: O Berlusconi era socialista? Não sabia.
Tentar explicar uma crise multifactorial e europeia apenas com a orientação ideológica dum governo não me parece que faça muito sentido...
O que para mim, que sou leigo, começa cada vez mais a fazer sentido é trocar os meus euros por libras e dólares
Não estamos a falar de Itália mas de Espanha, pais que durante o governo anterior procurou sempre disfarçar a crise e a bolha da divida que se já se adivinhava. Desde o do inicio da crise na Europa, Espanha tal como Portugal fizeram disparar as suas dividas através de políticas expansionistas dos seus governos socialistas. Lá tal como cá também gostam de gritar e reclamar que as pessoas estão primeiro e as contas fazem-se depois....
O tempo tem mostrado que no final pagamos todos, mas em piores condições one a pobreza acelera para níveis que julgávamos impensáveis ainda há poucos meses atras.
Quanto mais as pessoas e governos resistirem as reformas estruturais, pior e mais doloroso será o seu futuro. Espanha não consegui escapar ao seu destino que traçou ao longo dos últimos anos. Temos pena....
Temos pena parte 2: por este caminho, a Itália também vai ao charco... E agora, já podemos falar de Itália?
Nada te impede de o fazer,... Estás à vontade.
Não me parece que a situação da Itália seja idêntica á da Espanha ou até de Portugal até pela natureza dessas dividas. Aos olhos dos mercados Portugal e Espanha começam já a divergir em termos de condições e caminhos a percorrer no futuro. A Espanha "acordou" tarde demais tendo em conta a sua dimensão, que leva a questionar também a Itália devido ás dimensões das suas economias, mas a Itália possui condições que nenhum dos outros países aflitos possuem.
A Itália cai como qualquer outro da pais da união monetária basta os mercados seca quem para eles, para isso basta que haja incerteza, que e coisa que mais há , incertezas.
Todos diferentes, todos iguais.
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Visitante57 Escreveu:A próxima região será a Catalunha, o que causa bastante preocupação, pois estamos a falar do centro industrial e financeiro de Espanha.
Só para relembrar o que eu escrevi no Sábado.
Confesso que me surpreendeu ver Murcia a pedir ajuda antes da Catalunha, mas penso que eles quiseram marcar vez para no caso do fundo de apoio que foi criado se revelar insuficiente para todos.
Agora as regiões vão começar a tombar uma por uma. E não deixa de ser curioso o facto das regiões que Madrid mais despreza (norte atlântico), ser as que apresentam maior solidez.
A pergunta que se impõem é: Quando é que o Mariano Rajoy pede o resgate? O resto sobre Espanha são tudo coisas secundárias.
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PT_Trader Escreveu:JMHP Escreveu:myself11 Escreveu:@JMHP: O Berlusconi era socialista? Não sabia.
Tentar explicar uma crise multifactorial e europeia apenas com a orientação ideológica dum governo não me parece que faça muito sentido...
O que para mim, que sou leigo, começa cada vez mais a fazer sentido é trocar os meus euros por libras e dólares
Não estamos a falar de Itália mas de Espanha, pais que durante o governo anterior procurou sempre disfarçar a crise e a bolha da divida que se já se adivinhava. Desde o do inicio da crise na Europa, Espanha tal como Portugal fizeram disparar as suas dividas através de políticas expansionistas dos seus governos socialistas. Lá tal como cá também gostam de gritar e reclamar que as pessoas estão primeiro e as contas fazem-se depois....
O tempo tem mostrado que no final pagamos todos, mas em piores condições one a pobreza acelera para níveis que julgávamos impensáveis ainda há poucos meses atras.
Quanto mais as pessoas e governos resistirem as reformas estruturais, pior e mais doloroso será o seu futuro. Espanha não consegui escapar ao seu destino que traçou ao longo dos últimos anos. Temos pena....
Temos pena parte 2: por este caminho, a Itália também vai ao charco... E agora, já podemos falar de Itália?
Nada te impede de o fazer,... Estás à vontade.
Não me parece que a situação da Itália seja idêntica á da Espanha ou até de Portugal até pela natureza dessas dividas. Aos olhos dos mercados Portugal e Espanha começam já a divergir em termos de condições e caminhos a percorrer no futuro. A Espanha "acordou" tarde demais tendo em conta a sua dimensão, que leva a questionar também a Itália devido ás dimensões das suas economias, mas a Itália possui condições que nenhum dos outros países aflitos possuem.
Editado pela última vez por JMHP em 24/7/2012 15:13, num total de 1 vez.
JMHP Escreveu:myself11 Escreveu:@JMHP: O Berlusconi era socialista? Não sabia.
Tentar explicar uma crise multifactorial e europeia apenas com a orientação ideológica dum governo não me parece que faça muito sentido...
O que para mim, que sou leigo, começa cada vez mais a fazer sentido é trocar os meus euros por libras e dólares
Não estamos a falar de Itália mas de Espanha, pais que durante o governo anterior procurou sempre disfarçar a crise e a bolha da divida que se já se adivinhava. Desde o do inicio da crise na Europa, Espanha tal como Portugal fizeram disparar as suas dividas através de políticas expansionistas dos seus governos socialistas. Lá tal como cá também gostam de gritar e reclamar que as pessoas estão primeiro e as contas fazem-se depois....
O tempo tem mostrado que no final pagamos todos, mas em piores condições one a pobreza acelera para níveis que julgávamos impensáveis ainda há poucos meses atras.
Quanto mais as pessoas e governos resistirem as reformas estruturais, pior e mais doloroso será o seu futuro. Espanha não consegui escapar ao seu destino que traçou ao longo dos últimos anos. Temos pena....
Temos pena parte 2: por este caminho, a Itália também vai ao charco... E agora, já podemos falar de Itália?
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myself11 Escreveu:@JMHP: O Berlusconi era socialista? Não sabia.
Tentar explicar uma crise multifactorial e europeia apenas com a orientação ideológica dum governo não me parece que faça muito sentido...
O que para mim, que sou leigo, começa cada vez mais a fazer sentido é trocar os meus euros por libras e dólares
Não estamos a falar de Itália mas de Espanha, pais que durante o governo anterior procurou sempre disfarçar a crise e a bolha da divida que se já se adivinhava. Desde o do inicio da crise na Europa, Espanha tal como Portugal fizeram disparar as suas dividas através de políticas expansionistas dos seus governos socialistas. Lá tal como cá também gostam de gritar e reclamar que as pessoas estão primeiro e as contas fazem-se depois....
O tempo tem mostrado que no final pagamos todos, mas em piores condições one a pobreza acelera para níveis que julgávamos impensáveis ainda há poucos meses atras.
Quanto mais as pessoas e governos resistirem as reformas estruturais, pior e mais doloroso será o seu futuro. Espanha não consegui escapar ao seu destino que traçou ao longo dos últimos anos. Temos pena....
Re: short selling
pepe7 Escreveu:Bem a proibição dos short selling, de que nunca fui a favor não implica que IBEX suba...tal como se pode constatar por exemplo no dia de hoje...isto está feio está...O Roubini é que parece ter "razão"!
Cumprimntos
ah, IBEX cai +-2,30 %, nem queria imaginar se não tivesse proibido os short selling...onde já iram as quedas....
@JMHP: O Berlusconi era socialista? Não sabia.
Tentar explicar uma crise multifactorial e europeia apenas com a orientação ideológica dum governo não me parece que faça muito sentido...
O que para mim, que sou leigo, começa cada vez mais a fazer sentido é trocar os meus euros por libras e dólares
Tentar explicar uma crise multifactorial e europeia apenas com a orientação ideológica dum governo não me parece que faça muito sentido...
O que para mim, que sou leigo, começa cada vez mais a fazer sentido é trocar os meus euros por libras e dólares

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JMHP Escreveu:PT_Trader Escreveu:Andamos a brincar com o fogo.
A crise na Grécia estoirou quando?! Pois, há já algum tempo e ainda andamos nisto...
Quantos anos durou o governo de Zapaterro depois de estoirar a crise na Europa?!
Socialismo ao rubro!!... O que interessa são as pessoas os números ficam para depois, não é verdade?!
O que interessa é resolver a crise e tomar medidas concertadas para tal e evitar + 10 cimeiras supostamente decisivas.
Agora são todas as regiões de Espanha que vão pedir ajudar, depois o próprio Governo Central. Quando é que isto acaba? Ainda não deu para perceber que o actual sistema de financiamento dos Estados está esgotado? Temos mesmo que esperar que a Itália e a Bélgica também peçam ajuda financeira? Depois quando as sirenes tocarem em Paris, ie, quando acabar o papel para o tirano do Hollande, talvez o pessoal acorde...
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PT_Trader Escreveu:Andamos a brincar com o fogo.
A crise na Grécia estoirou quando?! Pois, há já algum tempo e ainda andamos nisto...
Quantos anos durou o governo de Zapaterro depois de estoirar a crise na Europa?!
Socialismo ao rubro!!... O que interessa são as pessoas os números ficam para depois, não é verdade?!
short selling
Bem a proibição dos short selling, de que nunca fui a favor não implica que IBEX suba...tal como se pode constatar por exemplo no dia de hoje...isto está feio está...O Roubini é que parece ter "razão"!
Cumprimntos
Cumprimntos
chegou a vez da Catalunha.... Espanha está sob brasa.
Catalunha pede ajuda financeira a Madrid
Depois de Valência e de Múrcia, Catalunha é a terceira das 17 comunidades autónomas espanholas a pedir ajuda financeira ao governo central.
O pedido de ajuda acabou de ser confirmado pelo porta-voz do executivo catalão, Francesc Homs, noticia o "El País".
A Catalunha é a região mais endividada de Espanha e já tinha admitido este fim-de-semana que estava a estudar as condições do mecanismo de ajuda criado pelo governo central para ajudar as comunidades (Fundo de Liquidez Autonómico).
A Catalunha junta-se assim a Valência e a Múrcia, que já tinham solicitado ajuda financeira ao governo de Mariano Rajoy. Além destas três regiões também Castela-La Mancha, Baleares, Canárias e Andaluzia poderão recorrer à ajuda de Madrid.
Valência tornou-se, na sexta-feira, na primeira região a pedir formalmente a adesão ao Fundo de Liquidez das Autonomias. O Conselheiro de Economia, Indústria e Comércio da Comunidade Valenciana, Máximo Buch, admitiu que a região pode pedir até 3,5 mil milhões de euros ao executivo de Rajoy.
Ontem foi a vez do presidente da comunidade de Múrcia confirmar que vai recorrer à ajuda financeira, de forma a garantir financiamento num valor que pode chegar aos 300 milhões de euros.
Segundo o "El País", os 17 executivos regionais enfrentam uma dívida de 15,8 mil milhões de euros - que vence até ao final do ano - e um défice de 15 mil milhões de euros. A região mais endividada é a Catalunha (5,75 mil milhões de euros), seguida por Valência, com uma dívida de 2,88 mil milhões de euros.
O montante total do Fundo de Liquidez Autonómico é de apenas 18 mil milhões de euros e poderá não ser suficiente para fazer face às dívidas das regiões.
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=80340

Catalunha pede ajuda financeira a Madrid
Depois de Valência e de Múrcia, Catalunha é a terceira das 17 comunidades autónomas espanholas a pedir ajuda financeira ao governo central.
O pedido de ajuda acabou de ser confirmado pelo porta-voz do executivo catalão, Francesc Homs, noticia o "El País".
A Catalunha é a região mais endividada de Espanha e já tinha admitido este fim-de-semana que estava a estudar as condições do mecanismo de ajuda criado pelo governo central para ajudar as comunidades (Fundo de Liquidez Autonómico).
A Catalunha junta-se assim a Valência e a Múrcia, que já tinham solicitado ajuda financeira ao governo de Mariano Rajoy. Além destas três regiões também Castela-La Mancha, Baleares, Canárias e Andaluzia poderão recorrer à ajuda de Madrid.
Valência tornou-se, na sexta-feira, na primeira região a pedir formalmente a adesão ao Fundo de Liquidez das Autonomias. O Conselheiro de Economia, Indústria e Comércio da Comunidade Valenciana, Máximo Buch, admitiu que a região pode pedir até 3,5 mil milhões de euros ao executivo de Rajoy.
Ontem foi a vez do presidente da comunidade de Múrcia confirmar que vai recorrer à ajuda financeira, de forma a garantir financiamento num valor que pode chegar aos 300 milhões de euros.
Segundo o "El País", os 17 executivos regionais enfrentam uma dívida de 15,8 mil milhões de euros - que vence até ao final do ano - e um défice de 15 mil milhões de euros. A região mais endividada é a Catalunha (5,75 mil milhões de euros), seguida por Valência, com uma dívida de 2,88 mil milhões de euros.
O montante total do Fundo de Liquidez Autonómico é de apenas 18 mil milhões de euros e poderá não ser suficiente para fazer face às dívidas das regiões.
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=80340
Rajoy discute cenários de crise extrema
Rajoy discute cenários de crise extrema
Um resgate total, a declaração de bancarrota ou a saída do euro têm estado em cima da mesa do Governo de Mariano Rajoy, segundo o jornal "El Confidencial".
Face às más notícias vindas da frente da emissão de dívida pelo Tesouro Público nas últimas semanas (incluindo hoje de manhã) e à subida contínua das yields (juros) das obrigações espanholas no mercado secundário, o gabinete de Mariano Rajoy teria em cima da mesa do seu gabinete de crise três cenários: um plano de resgate "total" (e não "sectorial") similar aos realizados para a Grécia, Irlanda e Portugal; a suspensão do pagamento da dívida (um evento de crédito); e a saída do euro, segundo o jornal espanhol "El Confidencial".
Alguns destes cenários extremos são manobras de pressão política sobretudo junto da Alemanha e do Banco Central Europeu (BCE).
- O primeiro cenário de resgate "total" chutaria a fatura do "apoio" europeu de "até 100 mil milhões" (verba de empréstimos por tranches aprovada no caso do plano sectorial de resgate à banca espanhola, cujo memorando de entendimento é já conhecido) para "mais de 500 mil milhões, um montante exorbitante". Na cascata de contágio seguir-se-ia Itália e uma posição dos países com notação triplo A para a rutura da zona euro.
- O segundo cenário esgrime a palavra maldita - default (incumprimento). Segundo o "El Confidencial", seria uma forma de pressionar a Alemanha e o BCE. O arrastamento da situação no campo da aplicação de decisões na zona euro torna este cenário como "plausível", apesar de implicar "uma imagem tremendamente negativa do país que faria disparar o prémio de risco para níveis impensáveis". O tempo crítico é agosto e setembro. "Para além" destes meses, o cenário de pesadelo começa.
- O terceiro cenário é o de saída ou rutura da zona euro. Ou por decisão unilateral espanhola, ou porque a Alemanha e seus aliados o imporiam. "Num primeiro momento teria consequências desastrosas, mas devolveria a autonomia para realizar as nossas políticas e poder sair da crise antes do previsto", é a lógica deste cenário extremo, segundo as fontes ouvidas pelo jornal espanhol.
Luis de Guindos está hoje na Alemanha para conversações com o homólogo alemão, o ministro das Finanças Wolfgang Schauble, e Mariano Rajoy reúne-se com Mário Monti no dia 2 de agosto. Rajoy tem estado em contacto permanente com François Hollande, o presidente francês, segundo "El Confidencial".
Resgate "macio"
A par do pacote "sectorial" de resgate à banca espanhola (já definido em Memorando de Entendimento), o Governo de Mariano Rajoy pretende pressionar o BCE para reabrir o programa de aquisição de divida no mercado secundário (conhecido por programa SMP), tentando, por essa via, inverter o disparo das yields das obrigações espanholas acima de 7%, e convencer a Alemanha a acordar um "plano de resgate total, mas macio", segundo o jornal espanhol "El Economista".
Este plano adicional que se traduziria em "uma linha de crédito temporária" destinar-se-ia a financiar os 28 mil milhões de euros de dívida espanhola que vencem em outubro e que, aos níveis atuais indicativos no mercado secundário, se tornaria insustentável.
http://clix.expresso.pt/rajoy-discute-c ... ma=f741816
“When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps.”
― Confucius
― Confucius
Elias Escreveu:Krupper, a evolução da dívida no secundário está visível neste post - bem acima dos 10% em todos os prazos - e que me lembre nunca a dívida do primário atingiu estes valores. Nem sequer andou lá perto.
como te disse antes, não tem que existir match entre os valores do primário e do secundário para que o pedido de assistência financeira seja despoletado. Além de que, se reparares as taxas só subiram muito acima de 10% depois do pedido de assistência financeira de Portugal, numa altura em que Portugal já estava virtualmente fora dos mercados.
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Krupper, a evolução da dívida no secundário está visível neste post - bem acima dos 10% em todos os prazos - e que me lembre nunca a dívida do primário atingiu estes valores. Nem sequer andou lá perto.
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Elias Escreveu:Krupper Escreveu:Porque as taxas de juro do mercado secundário são um sinal da rentabilidade que os "mercados" estão dispostos a pagar pela dívida pública de um determinado país. Imagina que a dívida é vendida no mercado secundário com uma taxa implícita de 7%, o país terá que vender a dívida no mercado primário sensivelmente ao mesmo preço, caso contrário é mais vantajoso comprar no mercado secundário do que no primário... Esta é a lógica que eu encontro.
Krupper,
Entendo a lógica, no entanto parece-me que em Portugal as taxas do primário não atingiram os dois dígitos ao passo que as do secundário já tinham ido por aí acima... ou seja, nunca houve um 'match'...
Nem é preciso haver... Se bem me recordo o estado chegou a emitir dívida com taxas superiores a 7%, honestamente não me recordo qual era a taxa no secundário mas acredito que fosse superior a 10% como dizes. De qualquer forma, se a dívida é vendida no secundário a 10%, não se pode esperar que seja vendida a 4 ou 5% no primário (os valores são meros exemplos).
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Krupper Escreveu:Porque as taxas de juro do mercado secundário são um sinal da rentabilidade que os "mercados" estão dispostos a pagar pela dívida pública de um determinado país. Imagina que a dívida é vendida no mercado secundário com uma taxa implícita de 7%, o país terá que vender a dívida no mercado primário sensivelmente ao mesmo preço, caso contrário é mais vantajoso comprar no mercado secundário do que no primário... Esta é a lógica que eu encontro.
Krupper,
Entendo a lógica, no entanto parece-me que em Portugal as taxas do primário não atingiram os dois dígitos ao passo que as do secundário já tinham ido por aí acima... ou seja, nunca houve um 'match'...
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Elias Escreveu:Há uma coisa que para mim não é muito clara: considerando que os juros do mercado secundário são taxas implícitas e não os juros que o Estado efectivamente paga, porque carga de água é que são as taxas de juro do secundário a ditar a insustentabilidade e a empurrar os países para o resgate?
Porque supostamente são uma referência daquilo que o Estado vai ter que pagar na próxima emissão de dívida, naquele prazo...
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Elias Escreveu:Há uma coisa que para mim não é muito clara: considerando que os juros do mercado secundário são taxas implícitas e não os juros que o Estado efectivamente paga, porque carga de água é que são as taxas de juro do secundário a ditar a insustentabilidade e a empurrar os países para o resgate?
O que vemos é uma fuga para emissões de curto prazo. O Estado já não corre risco a fazer uma emissão a 10 anos para testar o custo numa emissão no primário. Com o sistema bancário Espanhol em dificulades e os estrangeiros a vender, não há capacidade para o mercado doméstico contratar uma emissão com o governo.
Não foram os bancos portugueses que disseram ao Socrates. Acabou-se o apoio.
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Elias Escreveu:Há uma coisa que para mim não é muito clara: considerando que os juros do mercado secundário são taxas implícitas e não os juros que o Estado efectivamente paga, porque carga de água é que são as taxas de juro do secundário a ditar a insustentabilidade e a empurrar os países para o resgate?
Porque as taxas de juro do mercado secundário são um sinal da rentabilidade que os "mercados" estão dispostos a pagar pela dívida pública de um determinado país. Imagina que a dívida é vendida no mercado secundário com uma taxa implícita de 7%, o país terá que vender a dívida no mercado primário sensivelmente ao mesmo preço, caso contrário é mais vantajoso comprar no mercado secundário do que no primário... Esta é a lógica que eu encontro.
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