Políticas monetárias e seus efeitos - Bancos Centrais
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Não tem sentido o zero como padrão:
Se tiver uma casa e o imobiliário cair - perco.
Se tiver ações e o mercado cair - perco
Se aplicar dinheiro a uma taxa de 1% e a inflação de 4 % - perco.
Se emprestar dinheiro a uma taxa negativa noutra moeda, mas esta valorizar-se em relação à anterior - posso ganhar.
Por natureza os ativos são volateis e os passivos nem tanto.
Se tiver uma casa e o imobiliário cair - perco.
Se tiver ações e o mercado cair - perco
Se aplicar dinheiro a uma taxa de 1% e a inflação de 4 % - perco.
Se emprestar dinheiro a uma taxa negativa noutra moeda, mas esta valorizar-se em relação à anterior - posso ganhar.
Por natureza os ativos são volateis e os passivos nem tanto.
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Re: Políticas monetárias e seus efeitos - Bancos Centrais
fooman Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:
E porque é que alguem paga para lhe guardarem o seu dinheiro? Só podem ser institucionais gigantescos,porque aqui anda tudo a ver DP com taxas atrativas, se me dissessem, olha não remunero o seu dinheiro, mas se me der eu cobro-lhe pouco para o guardar, eu começava a rir
Não são gigantescos... há de tudo, até Portugueses...
Podes explicar melhor?
Relativamente ao outro post, hoje em dia só paga comissões bancárias quem quer
Lose your opinion, not your money
Re: Políticas monetárias e seus efeitos - Bancos Centrais
Sr_SNiper Escreveu:
E porque é que alguem paga para lhe guardarem o seu dinheiro? Só podem ser institucionais gigantescos,porque aqui anda tudo a ver DP com taxas atrativas, se me dissessem, olha não remunero o seu dinheiro, mas se me der eu cobro-lhe pouco para o guardar, eu começava a rir
Não são gigantescos... há de tudo, até Portugueses...
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Re: Políticas monetárias e seus efeitos - Bancos Centrais
Sr_SNiper Escreveu:(...) se me dissessem, olha não remunero o seu dinheiro, mas se me der eu cobro-lhe pouco para o guardar, eu começava a rir
Já há empresas que fazem isso... os bancos!
Milhões de pessoas tem contas à ordem num banco que no fundo é dar-mos o nosso dinheiro para ser guardado e em resposta somos agradecidos com comissões de conta, manutenção, anuidades, etc...
Não deveria ser o banco a pagar-nos dado que este por sua vez vai estar a aplicá-lo em créditos com taxas elevadas e outras aplicações financeiras, com o nosso dinheiro? Eu acho que sim, mas só uma pequena parcela da população com bons patrimónios é que tem esse privilégio.
Cumps.
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Re: Políticas monetárias e seus efeitos - Bancos Centrais
fooman Escreveu:EuroVerde Escreveu:Mas os bancos centrais só poderão diminuir juros até 0%, sendo esse o limite. Pois quando as taxas de juros são 0%, os investidores dificilmente vão comprar obrigações, ou querer um rendimento negativo nas suas carteiras e quando assim é, mesmo com as taxas a 0% o juros real neste exemplo continua a ser 3%. Os bancos centrais ficam sem controlo da situação. Com os preços a cair os investidores dificilmente conseguem num deposito a prazo com rendibilidade positiva. No Japão os juros dos depositos a prazo chegavam a ser de 0,03% e o banco central nada podia fazer.
Euroverde não sei se foste o autor desta peça, mas aviso-te já que ando a vender obrigações com taxas negativas já há uns meses. As obrigações dos estados fortes da zona euro já estão negativas há algum tempo e é só uma questão de tempo até o BCE começar a cobrar taxas negativas. Este parágrafo deve ser retirado porque é mentira.
E porque é que alguem paga para lhe guardarem o seu dinheiro? Só podem ser institucionais gigantescos,porque aqui anda tudo a ver DP com taxas atrativas, se me dissessem, olha não remunero o seu dinheiro, mas se me der eu cobro-lhe pouco para o guardar, eu começava a rir
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Re: Políticas monetárias e seus efeitos - Bancos Centrais
EuroVerde Escreveu:Mas os bancos centrais só poderão diminuir juros até 0%, sendo esse o limite. Pois quando as taxas de juros são 0%, os investidores dificilmente vão comprar obrigações, ou querer um rendimento negativo nas suas carteiras e quando assim é, mesmo com as taxas a 0% o juros real neste exemplo continua a ser 3%. Os bancos centrais ficam sem controlo da situação. Com os preços a cair os investidores dificilmente conseguem num deposito a prazo com rendibilidade positiva. No Japão os juros dos depositos a prazo chegavam a ser de 0,03% e o banco central nada podia fazer.
Euroverde não sei se foste o autor desta peça, mas aviso-te já que ando a vender obrigações com taxas negativas já há uns meses. As obrigações dos estados fortes da zona euro já estão negativas há algum tempo e é só uma questão de tempo até o BCE começar a cobrar taxas negativas. Este parágrafo deve ser retirado porque é mentira.
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Negative interest rates in Switzerland, 1970's
"Mas os bancos centrais só poderão diminuir juros até 0%, sendo esse o limite."
Ola EuroVerde,
Nao existe limite. Os bancos centrais pode decidir cobrar uma taxa negativa, como fez o banco central suico nos anos 70:
June 1972, penalty charge of 2% per quarter was levied on the increase in CHF deposits from non-residents;
November 1973, 3% per quarter;
February 1978, 10% per quarter.
Ler mais aqui: https://mm.jpmorgan.com/stp/t/c.do?i=E0 ... h_-1vgm7fk e aqui http://www.snb.ch/en/mmr/speeches/id/re ... _ri.en.pdf
Abraco
CN
Ola EuroVerde,
Nao existe limite. Os bancos centrais pode decidir cobrar uma taxa negativa, como fez o banco central suico nos anos 70:



Ler mais aqui: https://mm.jpmorgan.com/stp/t/c.do?i=E0 ... h_-1vgm7fk e aqui http://www.snb.ch/en/mmr/speeches/id/re ... _ri.en.pdf
Abraco
CN
Políticas monetárias e seus efeitos - Bancos Centrais
"Diz-se que o Lenine terá declarado que a melhor forma de destruir o sistema capitalista era pela perversão da moeda. Através dum processo inflacionário contínuo, os governos podem confiscar, de forma secreta e não visível, uma parte importante da riqueza dos seus próprios cidadãos." - J.M. Keynes.
À medida que a inflação e o valor real dos salários varia selvaticamente de mês para mês, todas as relações permanentes entre devedores e credores que constituem o fundamento último do capitalismo, ficam de tal modo desordenadas que perdem quase o significado, e o processo de procura da riqueza torna-se num jogo e numa lotaria sem fim.
Enfim, será este o nosso tempo e aquele periodo onde os bancos centrais devem até certo ponto manter a ordem controlada.
Mas a partir de que momento é que os bancos centrais perdem realmente o controlo da situação?
Dizem os entendidos que uma taxa de inflação a partir de dois digitos torna a economia recessiva e obsolenta dificultando o crescimento economico, e que uma deflação é severamente castigadora no crescimento do PIB também. O ideal será uma inflação baixa entre 0% e 4%.
Se a inflação quando descontrolada é tão ruim e provoca danos economicos drásticos que levaram os Alemães a jurarem por deus que nunca mais na vida iriam desleixar na intervenção da estabilidade dos preços, a deflação então, essa, implica queda em geral dos preços como um factor destrutivo de todas as variantes economicas, e sob uma análises macroeconómica sugerem que ela mesma combinada com taxas reduzidas pode gerar sérias dificuldades de longo prazo (caso do Japão no colapso de 90).
Uma
suave e curta e controlada deflação, em si, não é especialmente prejudicial. Mas as deflações em geral têm uma grande probabilidade de levar ao ponto em que mesmo que passageira os bancos centrais e a política monetária se tornem impotentes.
Aquando de uma recessão ou falência da uma entidade bancária importante (caso do Lehman Brothers), o banco central pode sempre estimular a economia e a circulação da moeda aumentando as reservas bancárias e descendo as taxas de juros de referência. Mas se os preços descem, nesse processo, rápidamente então as taxas juros reais podem ainda assim ser elevadas.
A Fed baixou juros em 2008 para 0,25% e os preços a cair 3% ano por exemplo. Então a taxa juro real é 3,25% e não 3%, e isso de uma forma ou de outra influência sempre mais os movimentos bolsistas por forma de auto-reforço até à exaustão.
Mas os bancos centrais só poderão diminuir juros até 0%, sendo esse o limite. Pois quando as taxas de juros são 0%, os investidores dificilmente vão comprar obrigações, ou querer um rendimento negativo nas suas carteiras e quando assim é, mesmo com as taxas a 0% o juros real neste exemplo continua a ser 3%. Os bancos centrais ficam sem controlo da situação. Com os preços a cair os investidores dificilmente conseguem num deposito a prazo com rendibilidade positiva. No Japão os juros dos depositos a prazo chegavam a ser de 0,03% e o banco central nada podia fazer.
Em 2002/2003 a Fed também teve uma pequena batalha com efeitos deflacionários em que os críticos mandaram bocas a Alen Greenspan por manter demasiado tempo juros baixos. Para solução de impedir deflação pode-se criar um estímulo orçamental à economia e isso fará aumentar a procura agregada do comércio e relançar o PIB a curto prazo. Alguns especialistas argumentam mesmo que os bancos centrais podiam comprar obrigações de longo prazo, ou mesmo dar direito aos Estados de comprarem acções a curto prazo de certas empresas importantes para estancaram a volatidade dos activos e manter liquidez assegurada a longo prazo à economia.
Esta última operação da Fed é precisamente isso, compra de obrigações a longo prazo para assegurar a estabilidade a longo prazo.
Com o desemprego a aumentar de 15% para 16% em 2013, é um contributo de impedir inflação para já. Tudo para assegurar a ideia alemã e a estabilidade a longo prazo. Preferem sacrificar agora sabendo que teremos melhoras, do que deixar correr e seja o que Deus quiser. O corte nos salários dos FP e a retirada do 13º e 14ºmês.. é outro efeito deflacionário que impede no geral o aumento de preços. O principal impacto redistributivo da inflação ocorre através do seu efeito sobre o valor real da riqueza e rendimentos das pessoas.
Se o 13º e 14ºmês fossem repostos e a TROIKA permitisse alivio da austeridade, agora iria haver uma inflação não prevista redistribuindo o dinheiro e colocá-lo de novo em circulação. Os devedores mais fácilmente iriam saldar suas dividas ao credores com esta mexida de se repôr o dinheiro. O caso contrário foi quando se anunciou e pôs em prática o corte nos salários onde existiu o efeito imprevisto de não inflação. Mas a inflação afecta principalmente o rendimento e os activos, redistribuindo aleatoriamente a riqueza pela população com um impacto reduzido sobre qualquer grupo. O facto é que num determinado periodo, a economia tem uma taxa de inflação permanente à qual se adaptaram as expectativas das pessoas. Essa taxa de inflação incorporada tende a persistir até que um choque cause a sua subida. A variação do tira e dá do 13º e 14º mês podia ser exemplo disso.
Em 1979 a inflação era de 9% e durante os 5 anos seguintes até 1984 a inflação foi reduzida para 4%. A variação foi de -5 pontos percentuais o que levou a tal ajustamento fora a consciência da insustentabilidade das politicas anteriores inflacionista ante1979, que levaram naquele periodo aos custo e sacrificio da redução de inflação.
Na actual crise os preços estão a ser reduzidos de 4% de 2007 para 2% em 2013 (estima-se), então um custo de redução de inflação que sacrifica o presente mas que relança o futuro. Com a agravante de que os défices dos países também têm metas a ser atingidas, o que torna o momento mais complexo em termos de disponibilidades a nivel dos bancos centrais.
Pode-se chegar, se se não começa a aliviar na austeridade, ao momento em que os 2% serão já fácilmente atingidos e daí à deflação abrupta é um passo. Espero que os bancos centrais tenham isso em consciência em particular o BCE e a TROIKA.
À medida que a inflação e o valor real dos salários varia selvaticamente de mês para mês, todas as relações permanentes entre devedores e credores que constituem o fundamento último do capitalismo, ficam de tal modo desordenadas que perdem quase o significado, e o processo de procura da riqueza torna-se num jogo e numa lotaria sem fim.
Enfim, será este o nosso tempo e aquele periodo onde os bancos centrais devem até certo ponto manter a ordem controlada.
Mas a partir de que momento é que os bancos centrais perdem realmente o controlo da situação?
Dizem os entendidos que uma taxa de inflação a partir de dois digitos torna a economia recessiva e obsolenta dificultando o crescimento economico, e que uma deflação é severamente castigadora no crescimento do PIB também. O ideal será uma inflação baixa entre 0% e 4%.
Se a inflação quando descontrolada é tão ruim e provoca danos economicos drásticos que levaram os Alemães a jurarem por deus que nunca mais na vida iriam desleixar na intervenção da estabilidade dos preços, a deflação então, essa, implica queda em geral dos preços como um factor destrutivo de todas as variantes economicas, e sob uma análises macroeconómica sugerem que ela mesma combinada com taxas reduzidas pode gerar sérias dificuldades de longo prazo (caso do Japão no colapso de 90).
Uma

Aquando de uma recessão ou falência da uma entidade bancária importante (caso do Lehman Brothers), o banco central pode sempre estimular a economia e a circulação da moeda aumentando as reservas bancárias e descendo as taxas de juros de referência. Mas se os preços descem, nesse processo, rápidamente então as taxas juros reais podem ainda assim ser elevadas.
A Fed baixou juros em 2008 para 0,25% e os preços a cair 3% ano por exemplo. Então a taxa juro real é 3,25% e não 3%, e isso de uma forma ou de outra influência sempre mais os movimentos bolsistas por forma de auto-reforço até à exaustão.
Mas os bancos centrais só poderão diminuir juros até 0%, sendo esse o limite. Pois quando as taxas de juros são 0%, os investidores dificilmente vão comprar obrigações, ou querer um rendimento negativo nas suas carteiras e quando assim é, mesmo com as taxas a 0% o juros real neste exemplo continua a ser 3%. Os bancos centrais ficam sem controlo da situação. Com os preços a cair os investidores dificilmente conseguem num deposito a prazo com rendibilidade positiva. No Japão os juros dos depositos a prazo chegavam a ser de 0,03% e o banco central nada podia fazer.
Em 2002/2003 a Fed também teve uma pequena batalha com efeitos deflacionários em que os críticos mandaram bocas a Alen Greenspan por manter demasiado tempo juros baixos. Para solução de impedir deflação pode-se criar um estímulo orçamental à economia e isso fará aumentar a procura agregada do comércio e relançar o PIB a curto prazo. Alguns especialistas argumentam mesmo que os bancos centrais podiam comprar obrigações de longo prazo, ou mesmo dar direito aos Estados de comprarem acções a curto prazo de certas empresas importantes para estancaram a volatidade dos activos e manter liquidez assegurada a longo prazo à economia.
Esta última operação da Fed é precisamente isso, compra de obrigações a longo prazo para assegurar a estabilidade a longo prazo.
Com o desemprego a aumentar de 15% para 16% em 2013, é um contributo de impedir inflação para já. Tudo para assegurar a ideia alemã e a estabilidade a longo prazo. Preferem sacrificar agora sabendo que teremos melhoras, do que deixar correr e seja o que Deus quiser. O corte nos salários dos FP e a retirada do 13º e 14ºmês.. é outro efeito deflacionário que impede no geral o aumento de preços. O principal impacto redistributivo da inflação ocorre através do seu efeito sobre o valor real da riqueza e rendimentos das pessoas.
Se o 13º e 14ºmês fossem repostos e a TROIKA permitisse alivio da austeridade, agora iria haver uma inflação não prevista redistribuindo o dinheiro e colocá-lo de novo em circulação. Os devedores mais fácilmente iriam saldar suas dividas ao credores com esta mexida de se repôr o dinheiro. O caso contrário foi quando se anunciou e pôs em prática o corte nos salários onde existiu o efeito imprevisto de não inflação. Mas a inflação afecta principalmente o rendimento e os activos, redistribuindo aleatoriamente a riqueza pela população com um impacto reduzido sobre qualquer grupo. O facto é que num determinado periodo, a economia tem uma taxa de inflação permanente à qual se adaptaram as expectativas das pessoas. Essa taxa de inflação incorporada tende a persistir até que um choque cause a sua subida. A variação do tira e dá do 13º e 14º mês podia ser exemplo disso.
Em 1979 a inflação era de 9% e durante os 5 anos seguintes até 1984 a inflação foi reduzida para 4%. A variação foi de -5 pontos percentuais o que levou a tal ajustamento fora a consciência da insustentabilidade das politicas anteriores inflacionista ante1979, que levaram naquele periodo aos custo e sacrificio da redução de inflação.
Na actual crise os preços estão a ser reduzidos de 4% de 2007 para 2% em 2013 (estima-se), então um custo de redução de inflação que sacrifica o presente mas que relança o futuro. Com a agravante de que os défices dos países também têm metas a ser atingidas, o que torna o momento mais complexo em termos de disponibilidades a nivel dos bancos centrais.
Pode-se chegar, se se não começa a aliviar na austeridade, ao momento em que os 2% serão já fácilmente atingidos e daí à deflação abrupta é um passo. Espero que os bancos centrais tenham isso em consciência em particular o BCE e a TROIKA.
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