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Caldeirão da Bolsa

Boas noticias sobre a Economia de Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Quico » 19/7/2012 23:27

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
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por mais_um » 13/7/2012 1:33

Tenho muito respeito e consideração pelos ministros da saúde, economia, educação e finanças, independentemente de concordar ou não com as sua decisões. Saíram da sua zona de conforto para um trabalho em prole do país, numa situação nacional e internacional complicada, aposto que abdicaram de dinheiro e de bem estar. Sei por experiência própria que não há muitos assim, é muito mais fácil dizer mal e destruir do que tentar resolver problemas e construir.

Embora tenha estado afastado do fórum durante mais de um ano, desde que regressei não me podem apontar criticas ao actual governo, apesar de neste espaço estar conotado com o PS!

:mrgreen: :mrgreen:

Mas também não embarco em propaganda e em desinformação.
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por mais_um » 13/7/2012 1:21

gorgol Escreveu:
Posso indicar ainda as privatizações da EDP e REN, cujos preços de venda foram acima dos valores de mercado.


Mais uma vez estás enganado, quem fez a gestão do processo de privatização que referiste foi o ministério das finanças e não o da economia.

gorgol Escreveu:Muitas das medidas vão ter impacto a médio prazo, como a restruturação e seguida de concessão a privados das empresas de transporte.


Para bem de todos nós, espero que quando as medidas saírem do papel e passem a ser realidade, se concretize os teus desejos. Mas até lá é apenas propaganda.

gorgol Escreveu:Está em curso a privatização da TAP e da ANA. Está tudo no memrando.


Mais uma vez estás enganado, as privatizações dependem do ministério das finanças que é quem gere os activos, mas como referiste, está no memorando....


gorgol Escreveu:Sobre os cancelamentos, como já foi referido existe sempre uma concorrência para aplicação do capital onde for mais produtivo. Os apoios à exportação e Portos e PME são sem dúvida uma melhor alternativa na aplicação de capital, nesta altuura.


Sim daria-te razão se esse dinheiro viesse desses projectos o que não é verdade.

gorgol Escreveu:Mas se consideras que se fez muito pouco estás no teu direito.


Apenas referi que em concreto, muito pouco pode ser imputado ao ministro da economia. Eu não o critiquei apenas não embarco no vosso "optimismo" que baseia-se em desinformação e propaganda.

gorgol Escreveu:Já agora. Quem foram os ministros anteriores destas pastas e o que fizeram? O que ficou?

Para mim um molho de bróculos.


Talvez, coço-me sempre quando ouço falar em apoios, sinto que estão a ir-me ao bolso....
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por mais_um » 13/7/2012 1:06

PT_Trader Escreveu:
mais_um Escreveu:
PT_Trader Escreveu:
mais_um Escreveu:Em relação aos cancelamentos não vejo que impacto positivo isso possa ter na economia, mas podes explicar.


Isso é óbvio, porque ao aplicares capital em recursos não produtivos ou menos produtivos que outros, estás a retirar esse mesmo capital aos recursos mais produtivos. Para além disso, projectos como o novo Aeroporto ou o TGV teriam custos elevadíssimos nos próximos anos, que mais uma vez iriam estar a desviar o capital dos recursos mais produtivos, penalizando-os. É o que já está a acontecer actualmente com as PPP.



Humm.......então conta à gente onde é que estão a ser investidos esses capitais? Quais são os investimentos mais produtivos que estão a ser feitos com o dinheiro que iria para esses projectos?

Na Pascoa fui ao Alentejo e o que vi foi uma via rápida semi-construida, com a construção parada, presumo que seja dessas em que as obras ficaram paradas. Estão ali milhões "enterrados" que vão ficara a degradar-se, provavelmente durante anos.....

Por isso não sei se vamos ganhar alguma coisa com a suspensão das obras.


Caso simples:

O Estado tem 1.000 milhões de euros para investir na totalidade, numa das seguintes opções:

1. Auto-estradas;
2. TGV;
3. Estádios de futebol;
4. Distribuir todo o dinheiro por 10 milhões de portugueses (dava 100€ a cada);
5. Portos;
6. Linha de crédito para empresas exportadoras;
7. Não fazer nada.

Se tens uma única hipótese de escolha, é óbvio que há aqui um custo de oportunidade, porque escolhes uma opção em prol de qualquer outra.

Pegando no exemplo mais extremo, o que achas que teria mais impacto e seria mais benéfico economicamente e socialmente no futuro: escolher a hip. 4 ou a hip. 6?

Se os anteriores governos escolheram sobretudo a opção 1., é óbvio que esse dinheiro não foi canalizado para as outras opções. Aliás, em muitas auto-estradas seria preferível ter optada pela opção 7., porque pelo menos essa não consumiria recursos futuros, devido a projectos permanentemente deficitários. Para além disso, como estes investimentos deficitários têm que ser pagos, obviamente que no futuro os agentes económicos sentirão os efeitos nefastos de um aumento da carga fiscal, como de resto está a acontecer agora!

Só uma nota: Neste programa de governo um dos poucos investimentos que está projectado será precisamente nos portos. Achas que seríamos mais beneficiados se continuássemos com a política de auto-estradas por tudo o que é lado?


Partes de premissas erradas, o Estado não ia gastar dinheiro nesses projectos nos próximos anos. Dai não haver dinheiro para desviar para outros projectos. Mas mesmo que houvesse não há novos projectos a ser executados.
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por mais_um » 13/7/2012 1:03

migluso Escreveu:
Se calhar estão mais milhões enterrados em estudos e projectos com o TGV... achas que também devia avançar?!?!?


Sim, acho. O TGV de Lisboa até Badajoz devia avançar.

migluso Escreveu:Sabes se a construção da estrada que falas foi cancelada ou suspensa? São coisas diferentes.


Não sei, apenas reparei que já se notava o efeito das chuvas.

migluso Escreveu:Cada projecto deve ser avaliado individualmente (claro, seria melhor se fosse avaliado por um empresário, alguém que tivesse investido o seu próprio dinheiro e tivesse o incentivo certo para efectuar a melhor opção), e for mais benéfico demolir do que construir a metade que falta, pois assim seja.
Elefantes brancos já temos que cheguem...


De acordo, mas há projectos que devem ser executados por questões estratégicas, mesmo não sendo lucrativos, é para isso que existe o Estado. Se fosse apenas pela óptica da rentabilidade, por exemplo não existia urgências abertas durante a noite nas Caldas da Rainha.
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por mais_um » 13/7/2012 0:56

migluso Escreveu:
mais_um Escreveu:
migluso Escreveu:mais_um,

se tiveres os números à mão, qual a percentagem que esse número representa no custo total para o Estado durante esses 8 anos?


Assim por alto deve deve representar +/- 0,3% da despesa do Estado mas essa verba seria paga pelos consumidores.

Só para situar a importância relativa das coisas, o valor que pago por m3 de agua e as taxas acessórias aumentaram mais de 100% no principio de 2012. Pagava em media 50€/mês de agua, passei a pagar cerca de 115€/ mês. Por isso pagar mais ou menos 2 ou 3€ na conta da electricidade é irrisório, mas há pessoas que gostam de ser enganadas.....


???

Se calhar a pergunta não foi clara, pois de modo algum a factura do Estado nos próximos 8 anos referente a rendas ao sector energético pode ser 633 mil milhões.

As pessoas serem enganadas como? Se calhar também entendi mal...

Eu sinto-me enganado quando pago a factura da água ou da electricidade ou seja do que for através dos impostos, ou seja, quando não é possível saber o real preço dos bens e serviços.

Foi como andámos até agora - enganados.

Uma economia sem preços. Para mim, um dos artigos mais importantes que alguma vez já passou pelo JdN.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=552765


Não entendi a tua pergunta, mas considerando que esse custo é imputado aos consumidores penso que está respondida.

Sobre as pessoas gostarem de ser enganadas não era para ti, mas sim para quem fica contente com as noticias que aparecem nos OCS, sem fazer contas. (penso que não é o teu caso).

Tive um prof. de gestão de projectos que dizia que em Portugal havia o habito de festejar quando se ganhava um projecto, mas que só se devia festejar depois do projecto acabado, com lucro e o cliente satisfeito.


Vejo muitas medidas serem anunciadas mas depois ninguém analisa se elas se concretizaram e se atingiram os objectivos anunciados.
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por MarcoAntonio » 11/7/2012 13:53

Atenção que o número de clientes é ele próprio um desdobramento (há individuos/agregados que têm várias residências e/ou residência(s) mais estabelecimento(s)) pelo que o valor tem por vezes um efeito cumulativo.

O peso (aparente) do efeito depende um pouco de como se olha para os números.

Quanto à discussão, eu só acompanhei por alto.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por mais_um » 11/7/2012 13:32

MarcoAntonio Escreveu:
mais_um Escreveu:
Um curioso... Escreveu:
Irrisório? Representa o desvio orçamental deste ano, ou quase 1% do PIB! Mas claro tudo é relativo...


Sim tudo é relativo...

Esse valor seria pago pelos consumidores ao longo de 8 anos, se achas que a economia vai crescer por pagares menos 2 ou 3 € por mês na conta da electricidade.....



Se fizeste o cálculo per capita (e creio que foi isso) o agregado típico de uma residência são vários habitantes, para cima de 3.

Bom, no meu caso dá 7.6 euros por mês ou cerca de 91 euros por ano a repetir-se por 8 anos (na verdade, até é mais pois creio que o meu consumo é acima da média, mas tomemos o valor médio).

Só para a "conta da luz", é considerável. Por si só já deve ser suficiente para dar algum impulso à economia ainda que marginal mas se se conseguir repetir isso em mais duas ou três coisas (sei lá combustíveis, gás e água) será suficiente sem dúvida alguma para dar um impulso considerável.




Sim, fiz a conta dessa forma embora o mais adequado fosse ter feito por o nº de clientes, mas na altura não tinha tempo para ir procurar o nº de clientes.

Agora já encontrei esse numero e são cerca de 5,9 milhões de clientes de BT e cerca de 23 mil das restantes categorias. (números de 2008)

http://www.erse.pt/pt/electricidade/fac ... m2007.aspx

Ou seja dá um valor médio anual de 38 € por cliente, 3,2€ /mês

Se tens acompanhado os meus comentários sobre o tema não encontras nenhuma critica à medida, apenas considero que deitaram muitos foguetes por algo que tem um significado irrisório no dia-a-dia das pessoas e no impacto reduzido que isso terá na economia. E que basicamente serviu para aparecer nas noticias e "cumprir" uma medida do MoU.

Exemplifiquei o meu caso da agua, em que passei a pagar a 0,85€/m3 taxa de saneamento, quando pagava 0,25€/m3. Isto sim tem impacto, "apenas" passei a pagar o dobro do que pagava, pelo mesmo consumo.
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por MarcoAntonio » 11/7/2012 11:55

mais_um Escreveu:
Um curioso... Escreveu:
Irrisório? Representa o desvio orçamental deste ano, ou quase 1% do PIB! Mas claro tudo é relativo...


Sim tudo é relativo...

Esse valor seria pago pelos consumidores ao longo de 8 anos, se achas que a economia vai crescer por pagares menos 2 ou 3 € por mês na conta da electricidade.....



Se fizeste o cálculo per capita (e creio que foi isso) o agregado típico de uma residência são vários habitantes, para cima de 3.

Bom, no meu caso dá 7.6 euros por mês ou cerca de 91 euros por ano a repetir-se por 8 anos (na verdade, até é mais pois creio que o meu consumo é acima da média, mas tomemos o valor médio).

Só para a "conta da luz", é considerável. Por si só já deve ser suficiente para dar algum impulso à economia ainda que marginal mas se se conseguir repetir isso em mais duas ou três coisas (sei lá combustíveis, gás e água) será suficiente sem dúvida alguma para dar um impulso considerável.
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por EuroVerde » 11/7/2012 11:30

Além disso a inflação é para ficar abaixo de 2% no minimo.

E as metas orçamentais são para cumprir.

Será que o mercado já está a prever isso?
O quão grande é o esforço.
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por EuroVerde » 11/7/2012 11:22

O que é a depressão?

Mark Farber, refere que a PT está barata. Mas pode ficar ainda mais barata descendo mais 75%
Prevejo-a a 1,x e galp abaixo de 6.

Enquanto existir noticias positivas, é impossivel entrarmos numa onda bull primária.
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por gorgo » 11/7/2012 10:43

mais_um Escreveu:
gorgol Escreveu:
Então para sermos justos aqui vão algumas, podem não ser todas as que gostaríamos:

Acordo de consertação social,
Lei do arrendamento
Linhas de crédito à exportação e PME.
Reforço dos seguros de crédito à exportação
Renegociação e corte das rendas das eletricas
Cancelamento do TGV,
cancelamento do novo aeroporto.
cancelamento da terceira ponte sobre o Tejo no barreiro.
cancelamento de algumas concessões rodoviárias
Restruturação e fusão das empresas públicas de transportes, com cortes significativos dos seus custos
Criação do impulso jovem

Como é de memória fico por aqui.

Sei que falta a renegociação das PPP´s e que aguardamos com impaciência resultados.

Gostaria de ter mais destas medidas na Defesa, Administração interna e MAMAOT.


No primeiro paragrafo do memorando está uma frase que é o mesmo que tomar outras medidas:

De memória " o governo tomará todas as medidas consideradas necessárias para que o défice seja inferior a € 7.500 milhões em 2012"

Temos medidas no memorandum que não foram aplicadas e bem como a redução da taxa social unica, logo também outras equivalentes podem ser incluidas.



Em relação aos cancelamentos não vejo que impacto positivo isso possa ter na economia, mas podes explicar.

O acordo de concertação social não depende dele, dai ser um acordo, não é uma medida.

Em relação às fusões das empresas de transportes, que eu tenha reparado ainda nenhuma foi efectuada, portanto os cortes é só no papel.

A lei do arrendamento é da Assunção Cristas.

A linha de crédito e o reforço dos seguros é algo que já vinha de trás, foi criado pelos governos anteriores.


O impulso jovem é para tentar reduzir o desemprego dos jovens, algo que já foi feito por anteriores governos mas com outro nome.

E assim sobra a renegociação das rendas eléctricas que se os números do governo forem verdadeiros, dá uma poupança mensal de 1,9€ por português, durante 8 anos. É melhor que nada mas ....


Podes desvalorizar, visto que quando se fala em aspetos positivos, cada um tem a sua ideia, muitas são opções politicas e como tal podem não ser consensuais ou valorizadas igualmente por todos os cidadãos.

Agora na minha opinião foi no Ministério onde já se fez muito. Convinha rever as medidas previstas no memorando e as que foram realizadas. ´

Posso indicar ainda as privatizações da EDP e REN, cujos preços de venda foram acima dos valores de mercado.

Muitas das medidas vão ter impacto a médio prazo, como a restruturação e seguida de concessão a privados das empresas de transporte.

Está em curso a privatização da TAP e da ANA. Está tudo no memrando.


As leis laborais foram alteradas, como as regras para rescisões e aspetos do subsídio de desemprego.

Muitos consideram que já se foi longe demais, nomeadamente a UGT, Mário Soares, para não falar da CGTP.

Sobre os cancelamentos, como já foi referido existe sempre uma concorrência para aplicação do capital onde for mais produtivo. Os apoios à exportação e Portos e PME são sem dúvida uma melhor alternativa na aplicação de capital, nesta altuura.

Mas se consideras que se fez muito pouco estás no teu direito.

Já agora. Quem foram os ministros anteriores destas pastas e o que fizeram? O que ficou?

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por PT_Trader » 11/7/2012 10:08

(apagar)
 
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por PT_Trader » 11/7/2012 10:06

mais_um Escreveu:
PT_Trader Escreveu:
mais_um Escreveu:Em relação aos cancelamentos não vejo que impacto positivo isso possa ter na economia, mas podes explicar.


Isso é óbvio, porque ao aplicares capital em recursos não produtivos ou menos produtivos que outros, estás a retirar esse mesmo capital aos recursos mais produtivos. Para além disso, projectos como o novo Aeroporto ou o TGV teriam custos elevadíssimos nos próximos anos, que mais uma vez iriam estar a desviar o capital dos recursos mais produtivos, penalizando-os. É o que já está a acontecer actualmente com as PPP.



Humm.......então conta à gente onde é que estão a ser investidos esses capitais? Quais são os investimentos mais produtivos que estão a ser feitos com o dinheiro que iria para esses projectos?

Na Pascoa fui ao Alentejo e o que vi foi uma via rápida semi-construida, com a construção parada, presumo que seja dessas em que as obras ficaram paradas. Estão ali milhões "enterrados" que vão ficara a degradar-se, provavelmente durante anos.....

Por isso não sei se vamos ganhar alguma coisa com a suspensão das obras.


Caso simples:

O Estado tem 1.000 milhões de euros para investir na totalidade, numa das seguintes opções:

1. Auto-estradas;
2. TGV;
3. Estádios de futebol;
4. Distribuir todo o dinheiro por 10 milhões de portugueses (dava 100€ a cada);
5. Portos;
6. Linha de crédito para empresas exportadoras;
7. Não fazer nada.

Se tens uma única hipótese de escolha, é óbvio que há aqui um custo de oportunidade, porque escolhes uma opção em prol de qualquer outra.

Pegando no exemplo mais extremo, o que achas que teria mais impacto e seria mais benéfico economicamente e socialmente no futuro: escolher a hip. 4 ou a hip. 6?

Se os anteriores governos escolheram sobretudo a opção 1., é óbvio que esse dinheiro não foi canalizado para as outras opções. Aliás, em muitas auto-estradas seria preferível ter optada pela opção 7., porque pelo menos essa não consumiria recursos futuros, devido a projectos permanentemente deficitários. Para além disso, como estes investimentos deficitários têm que ser pagos, obviamente que no futuro os agentes económicos sentirão os efeitos nefastos de um aumento da carga fiscal, como de resto está a acontecer agora!

Só uma nota: Neste programa de governo um dos poucos investimentos que está projectado será precisamente nos portos. Achas que seríamos mais beneficiados se continuássemos com a política de auto-estradas por tudo o que é lado?
Editado pela última vez por PT_Trader em 11/7/2012 10:10, num total de 1 vez.
 
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por migluso » 11/7/2012 9:28

mais_um Escreveu:Estão ali milhões "enterrados" que vão ficara a degradar-se, provavelmente durante anos.....

Por isso não sei se vamos ganhar alguma coisa com a suspensão das obras.


Se calhar estão mais milhões enterrados em estudos e projectos com o TGV... achas que também devia avançar?!?!?

Sabes se a construção da estrada que falas foi cancelada ou suspensa? São coisas diferentes.

Cada projecto deve ser avaliado individualmente (claro, seria melhor se fosse avaliado por um empresário, alguém que tivesse investido o seu próprio dinheiro e tivesse o incentivo certo para efectuar a melhor opção), e for mais benéfico demolir do que construir a metade que falta, pois assim seja.
Elefantes brancos já temos que cheguem...

PT_Trader,
se os nossos políticos alguma vez pensassem nas consequências não intencionais e imensuráveis dos seus actos, talvez fosse menor o apetite para apresentarem obras a todo o custo e regulação para controlar a apanha da minhoca.
Melhor ainda seria se a maioria da população portuguesa pensasse como tu. Não daríamos hipóteses a esses demagogos populistas que são a grande maioria dos tipos que vão para a política.
Os tipos começavam a fazer uma promessa e a plateia perguntaria logo em coro: "E onde vai o senhor buscar o dinheiro?!?" Ficava entalado...
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por migluso » 11/7/2012 9:14

mais_um Escreveu:
migluso Escreveu:mais_um,

se tiveres os números à mão, qual a percentagem que esse número representa no custo total para o Estado durante esses 8 anos?


Assim por alto deve deve representar +/- 0,3% da despesa do Estado mas essa verba seria paga pelos consumidores.

Só para situar a importância relativa das coisas, o valor que pago por m3 de agua e as taxas acessórias aumentaram mais de 100% no principio de 2012. Pagava em media 50€/mês de agua, passei a pagar cerca de 115€/ mês. Por isso pagar mais ou menos 2 ou 3€ na conta da electricidade é irrisório, mas há pessoas que gostam de ser enganadas.....


???

Se calhar a pergunta não foi clara, pois de modo algum a factura do Estado nos próximos 8 anos referente a rendas ao sector energético pode ser 633 mil milhões.

As pessoas serem enganadas como? Se calhar também entendi mal...

Eu sinto-me enganado quando pago a factura da água ou da electricidade ou seja do que for através dos impostos, ou seja, quando não é possível saber o real preço dos bens e serviços.

Foi como andámos até agora - enganados.

Uma economia sem preços. Para mim, um dos artigos mais importantes que alguma vez já passou pelo JdN.

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por mais_um » 11/7/2012 9:05

PT_Trader Escreveu:
mais_um Escreveu:Em relação aos cancelamentos não vejo que impacto positivo isso possa ter na economia, mas podes explicar.


Isso é óbvio, porque ao aplicares capital em recursos não produtivos ou menos produtivos que outros, estás a retirar esse mesmo capital aos recursos mais produtivos. Para além disso, projectos como o novo Aeroporto ou o TGV teriam custos elevadíssimos nos próximos anos, que mais uma vez iriam estar a desviar o capital dos recursos mais produtivos, penalizando-os. É o que já está a acontecer actualmente com as PPP.



Humm.......então conta à gente onde é que estão a ser investidos esses capitais? Quais são os investimentos mais produtivos que estão a ser feitos com o dinheiro que iria para esses projectos?

Na Pascoa fui ao Alentejo e o que vi foi uma via rápida semi-construida, com a construção parada, presumo que seja dessas em que as obras ficaram paradas. Estão ali milhões "enterrados" que vão ficara a degradar-se, provavelmente durante anos.....

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por mais_um » 11/7/2012 8:54

migluso Escreveu:mais_um,

se tiveres os números à mão, qual a percentagem que esse número representa no custo total para o Estado durante esses 8 anos?


Assim por alto deve deve representar +/- 0,3% da despesa do Estado mas essa verba seria paga pelos consumidores.

Só para situar a importância relativa das coisas, o valor que pago por m3 de agua e as taxas acessórias aumentaram mais de 100% no principio de 2012. Pagava em media 50€/mês de agua, passei a pagar cerca de 115€/ mês. Por isso pagar mais ou menos 2 ou 3€ na conta da electricidade é irrisório, mas há pessoas que gostam de ser enganadas.....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por mais_um » 11/7/2012 8:44

Um curioso... Escreveu:
Irrisório? Representa o desvio orçamental deste ano, ou quase 1% do PIB! Mas claro tudo é relativo...


Sim tudo é relativo...

Esse valor seria pago pelos consumidores ao longo de 8 anos, se achas que a economia vai crescer por pagares menos 2 ou 3 € por mês na conta da electricidade.....
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por PT_Trader » 10/7/2012 23:51

mais_um Escreveu:Em relação aos cancelamentos não vejo que impacto positivo isso possa ter na economia, mas podes explicar.


Isso é óbvio, porque ao aplicares capital em recursos não produtivos ou menos produtivos que outros, estás a retirar esse mesmo capital aos recursos mais produtivos. Para além disso, projectos como o novo Aeroporto ou o TGV teriam custos elevadíssimos nos próximos anos, que mais uma vez iriam estar a desviar o capital dos recursos mais produtivos, penalizando-os. É o que já está a acontecer actualmente com as PPP.
 
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por migluso » 10/7/2012 23:38

mais_um,

se tiveres os números à mão, qual a percentagem que esse número representa no custo total para o Estado durante esses 8 anos?
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por Um curioso... » 10/7/2012 23:29

mais_um Escreveu:
Sim, o valor global é esse (diz o governo), mas o impacto na nossa (particulares e empresas) conta mensal de electricidade é irrisório.... foi isso que eu quis demonstrar.


Irrisório? Representa o desvio orçamental deste ano, ou quase 1% do PIB! Mas claro tudo é relativo...
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por mais_um » 10/7/2012 23:08

Um curioso... Escreveu:
mais_um Escreveu:

E assim sobra a renegociação das rendas eléctricas que se os números do governo forem verdadeiros, dá uma poupança mensal de 1,9€ por português, durante 8 anos. É melhor que nada mas ....


"Mais um", desconheço completamente esse valor que referes, mas se for assim é um valor colossal.
1,9€*10 000 000*12*8=1 824 000 000€ :shock: :shock:


Sim, o valor global é esse (diz o governo), mas o impacto na nossa (particulares e empresas) conta mensal de electricidade é irrisório.... foi isso que eu quis demonstrar.
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por Um curioso... » 10/7/2012 23:02

mais_um Escreveu:

E assim sobra a renegociação das rendas eléctricas que se os números do governo forem verdadeiros, dá uma poupança mensal de 1,9€ por português, durante 8 anos. É melhor que nada mas ....


"Mais um", desconheço completamente esse valor que referes, mas se for assim é um valor colossal.
1,9€*10 000 000*12*8=1 824 000 000€ :shock: :shock:
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por mais_um » 10/7/2012 22:00

gorgol Escreveu:
Então para sermos justos aqui vão algumas, podem não ser todas as que gostaríamos:

Acordo de consertação social,
Lei do arrendamento
Linhas de crédito à exportação e PME.
Reforço dos seguros de crédito à exportação
Renegociação e corte das rendas das eletricas
Cancelamento do TGV,
cancelamento do novo aeroporto.
cancelamento da terceira ponte sobre o Tejo no barreiro.
cancelamento de algumas concessões rodoviárias
Restruturação e fusão das empresas públicas de transportes, com cortes significativos dos seus custos
Criação do impulso jovem

Como é de memória fico por aqui.

Sei que falta a renegociação das PPP´s e que aguardamos com impaciência resultados.

Gostaria de ter mais destas medidas na Defesa, Administração interna e MAMAOT.


No primeiro paragrafo do memorando está uma frase que é o mesmo que tomar outras medidas:

De memória " o governo tomará todas as medidas consideradas necessárias para que o défice seja inferior a € 7.500 milhões em 2012"

Temos medidas no memorandum que não foram aplicadas e bem como a redução da taxa social unica, logo também outras equivalentes podem ser incluidas.



Em relação aos cancelamentos não vejo que impacto positivo isso possa ter na economia, mas podes explicar.

O acordo de concertação social não depende dele, dai ser um acordo, não é uma medida.

Em relação às fusões das empresas de transportes, que eu tenha reparado ainda nenhuma foi efectuada, portanto os cortes é só no papel.

A lei do arrendamento é da Assunção Cristas.

A linha de crédito e o reforço dos seguros é algo que já vinha de trás, foi criado pelos governos anteriores.


O impulso jovem é para tentar reduzir o desemprego dos jovens, algo que já foi feito por anteriores governos mas com outro nome.

E assim sobra a renegociação das rendas eléctricas que se os números do governo forem verdadeiros, dá uma poupança mensal de 1,9€ por português, durante 8 anos. É melhor que nada mas ....
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