OT-Quantos Anos (Decadas) para Portugal recuperar?
Re: só mudando a genetica do tuga
nuuuno Escreveu:o tuga nao se revolta nem faz barulho com nada, basta ver saimos de 1 ditadura sem 1 unico tuga morrer. estranho, mas verdade.
É quase isso.
Infelizmente morreram 4 (ou 5 não tenho a certeza) pessoas nos confrontos da "revolução" do 25 de Abril. E foram feridas cerca de 45.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
tavaverquenao2 Escreveu:Que treta de conversa, se não houvessem ricos não podias pedir dinheiro.Muito provavelmente se não houvessem ricos era porque o dinheiro estaria mais bem distribuido, e provavelmente não precisavas de pedir emprestado. Uma coisa é certa, não haveria era pobres para os servir, temos pena.
E para isso tinham todos que ganhar o mesmo independentemente do que trabalhavam... e todos vimos o belo resultado que isso deu na URSS...
tavaverquenao2 Escreveu:Que treta de conversa, se não houvessem ricos não podias pedir dinheiro.Muito provavelmente se não houvessem ricos era porque o dinheiro estaria mais bem distribuido, e provavelmente não precisavas de pedir emprestado. Uma coisa é certa, não haveria era pobres para os servir, temos pena.
Leste demasiado Karl Marx.
Que treta de conversa, se não houvessem ricos não podias pedir dinheiro.
Muito provavelmente se não houvessem ricos era porque o dinheiro estaria mais bem distribuido, e provavelmente não precisavas de pedir emprestado. Uma coisa é certa, não haveria era pobres para os servir, temos pena.

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Lion_Heart Escreveu:Estou a gostar das respostas e este topico e vou deixar mais umas "provocações":
O que tu estás a fazer não é a deixar provocações, mas antes a pegar numa série de frases do tipo que se ouvem dizer sem a mais pequena preocupação se fazem sentido ou se são verdade.
Lion_Heart Escreveu:Se dizem que os ricos perdem , porque e que quando se fala em taxar mais os ricos se diz que isso e impossivel pois eles fogem para fora do País. Uns podem pagar o que for preciso outros cuidado , eles fogem.
Se preferes viver num mundo em que todos sejam pobres, não te gabo a preferência nem compreendo a lógica.
A verdade é que se não houvesse ricos não tinhas ninguém a quem pedir dinheiro nem ajuda quando te visses ao espelho de bolsos vazios.
Se eles são assim tão maus para que é que mandámos para lá um fax a dizer que precisávamos da ajuda deles?
Acresce que os impostos não existem para perseguir ricos, a não ser na perspectiva de um lunático como o presidente francês recentemente eleito.
Os impostos têm o propósito de gerar receita de forma a que os estados garantam serviços às populações que governam, não devem ser um fim em si mesmo nem devem ser um castigo aos cidadãos sejam eles ricos ou pobres.
Lion_Heart Escreveu:Se perdem porque e que quem paga sempre as favas (ou seja os desvarios dos ricos) sao sempre os pobres. Portugal faliu devido a que? a banca faliu devido a quem? e quem paga isto? e quem fica a mandar como sempre?
Portugal faliu porque anda há anos a viver de dinheiro emprestado e a não produzir riqueza em conformidade de forma a poder pagar esses empréstimos.
A banca entrou em dificuldades porque foi incentivada à compra de dívida soberana até ao limite do impossível.
Em sequência foram feitos testes de stress para saber se eles se aguentavam à bronca no pressuposto do default dessa mesma dívida.
Depois como se verificou que não aguentavam, obrigaram-nos a uma recapitalização voluntariamente obrigada no seguimento de lhes terem sido exigidos rácios melhores.
E por último nos casos em que não havia capacidade financeira própria por parte dos bancos para cumprir esses rácios, a recapitalização é feita com a ajuda dos próprios devedores - os Estados. Mais irónico do que isto é impossivel.
Quem fica a mandar como sempre?
O problema não se põe nem nunca se pôs. A não ser em Itália onde a demência foi tanta que já não há espaço para um político como primeiro ministro, o resto ficou tudo como estava.
Krupper Escreveu:tavaverquenao2 Escreveu:Ainda ontem, num jornal internacional, vinha a noticia: "Terror entre os milionarios americanos", isto porque o obama quer taxar mais 2%, é de gritos. Atenção que os ricos podem fugir, mas os bens imobiliários não os podem levar, para mim, quem fugisse ficava expropriado, tem de haver medidas duras para esta gente piar fininho. Como com empresas, quem prevaricar teria de explicar muito bem e remediar os estragos ou então eram expropriados, e os bens vendidos para pagar eventuais danos, rapidamente muitas coisas começavam a endireitar.
Tb acho. O próximo passo era começar a distribuir senhas de refeição por essa gentalha desprezível para ver se ele começam a aprender a ter maneiras.
E é bom não esquecer as velhinhas capitalistas a receber rendas do tempo do 25 de Abril cobertas de ouro... essas era logo cadeia com elas!!!
só mudando a genetica do tuga
pelo andar da carruagem nunca irá mudar. o tuga nao se revolta nem faz barulho com nada, basta ver saimos de 1 ditadura sem 1 unico tuga morrer. estranho, mas verdade. mostra bem que somos apaticos e contra mim falo, pois tambem so reclamo via redes sociais, em casa ou foruns como este. todos nós falamos muito e agimos pouco. seria preciso algo muito mais forte para o pessoal lá em cima começar a ter respeito pelos cidadaos.
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Ja agora mais uma: de quem sao as fabricas e os bancos? dos pobres?
E para onde foram as fabricas quando as regras começaram a ser apertadas? e quem lucrou, a China ou as empresas? e ja agora quem deixou a China aderir a OMC? um Pais que nao respeita nada! Os preços dos produtos baixaram?
E para onde foram as fabricas quando as regras começaram a ser apertadas? e quem lucrou, a China ou as empresas? e ja agora quem deixou a China aderir a OMC? um Pais que nao respeita nada! Os preços dos produtos baixaram?
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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tavaverquenao2 Escreveu:Ainda ontem, num jornal internacional, vinha a noticia: "Terror entre os milionarios americanos", isto porque o obama quer taxar mais 2%, é de gritos. Atenção que os ricos podem fugir, mas os bens imobiliários não os podem levar, para mim, quem fugisse ficava expropriado, tem de haver medidas duras para esta gente piar fininho. Como com empresas, quem prevaricar teria de explicar muito bem e remediar os estragos ou então eram expropriados, e os bens vendidos para pagar eventuais danos, rapidamente muitas coisas começavam a endireitar.
Tb acho. O próximo passo era começar a distribuir senhas de refeição por essa gentalha desprezível para ver se ele começam a aprender a ter maneiras.
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Ainda ontem, num jornal internacional, vinha a noticia: "Terror entre os milionarios americanos", isto porque o obama quer taxar mais 2%, é de gritos. Atenção que os ricos podem fugir, mas os bens imobiliários não os podem levar, para mim, quem fugisse ficava expropriado, tem de haver medidas duras para esta gente piar fininho. Como com empresas, quem prevaricar teria de explicar muito bem e remediar os estragos ou então eram expropriados, e os bens vendidos para pagar eventuais danos, rapidamente muitas coisas começavam a endireitar.
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Estou a gostar das respostas e este topico e vou deixar mais umas "provocações":
Se dizem que os ricos perdem , porque e que quando se fala em taxar mais os ricos se diz que isso e impossivel pois eles fogem para fora do País. Uns podem pagar o que for preciso, outros cuidado , eles fogem.
Se perdem porque e que quem paga sempre as favas (ou seja os desvarios dos ricos) sao sempre os pobres. Portugal faliu devido a que? a banca faliu devido a quem? e quem paga isto? e quem fica a mandar como sempre?
Se dizem que os ricos perdem , porque e que quando se fala em taxar mais os ricos se diz que isso e impossivel pois eles fogem para fora do País. Uns podem pagar o que for preciso, outros cuidado , eles fogem.
Se perdem porque e que quem paga sempre as favas (ou seja os desvarios dos ricos) sao sempre os pobres. Portugal faliu devido a que? a banca faliu devido a quem? e quem paga isto? e quem fica a mandar como sempre?
Editado pela última vez por Lion_Heart em 11/7/2012 14:24, num total de 1 vez.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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Mkpt Escreveu:Portugal nunca vai recuperar verdadeiramente, enquanto não acontecer algo que nunca sucedeu desde que somos democracia: justiça verdadeira e que condene os responsáveis/políticos por crimes que cometam na gestão.
Enquanto não houver responsabilização, criminalização de políticos e expropriação do que eles roubam e do que receberam por corrupção e interesses, nunca vamos sair da cepa torta.
Podem dizer que aahh e tal, as novas gerações são mais responsáveis, tem mais formação, têm mais isto e mais aquilo, mas a verdade é que os jotinhas de hoje que serão os governantes do futuro, só são jotinhas e só ambicionam ser políticos pelos mesmo motivos dos que são políticos hoje: ter grande rendimentos derivados das influências partidárias e do que podem conseguir nos cargos políticos - não os ordenados, mas o que conseguem ganhar 'indirectamente' com esses cargos.
Nunca vamos sair disto enquanto a 'chico-espertice' de enriquecer na política continuar.
Podemos melhorar um bocado se a situação externa melhorar, se a UE ou States ou China ou outros, enviarem para cá mais dinheiro.
Mas vai sempre ser esbanjando e uma sensação de prosperidade a prazo.
Aliás, eu diria que nas centenas de anos da nossa história, nunca tivemos períodos de prosperidade real.
Houve o período de riqueza do Brasil que foi tudo esbanjado, houve mais alguns períodos de 'prosperidade', mas sempre derivado de 'financiamento' vindo de fora para o nosso pequeno país. E os responsáveis dessas épocas, como hoje, continuam com políticas mesquinhas, com esbanjamentos, com enriquecimentos ilícitos de quem decide à custa de comprometer o futuro do país.
Mas isto já seria assunto para outro tópico..
Excelente Post.
A330
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A-330 Escreveu:K.,
Na verdade eu acredito mais na Espanha do que em Portugal pelo simples fato de eles terem indústria.Basta ir ao supermercado ou fazer obras / construir uma casa e é tudo Espanhol. andamos pelas estradas deles e é só indústrias.
Não sei explicar bem como e que eles foram parar ao buraco ,mas tem mais pernas para sair do que nós.
Penso eu de que..
A330
foram para o buraco porque entre 2004 e 2007 construíram mais habitações do França, Alemanha e Itália juntos.
e penso que tem uma SS muito pesada também...
Portugal nunca vai recuperar verdadeiramente, enquanto não acontecer algo que nunca sucedeu desde que somos democracia: justiça verdadeira e que condene os responsáveis/políticos por crimes que cometam na gestão.
Enquanto não houver responsabilização, criminalização de políticos e expropriação do que eles roubam e do que receberam por corrupção e interesses, nunca vamos sair da cepa torta.
Podem dizer que aahh e tal, as novas gerações são mais responsáveis, tem mais formação, têm mais isto e mais aquilo, mas a verdade é que os jotinhas de hoje que serão os governantes do futuro, só são jotinhas e só ambicionam ser políticos pelos mesmo motivos dos que são políticos hoje: ter grande rendimentos derivados das influências partidárias e do que podem conseguir nos cargos políticos - não os ordenados, mas o que conseguem ganhar 'indirectamente' com esses cargos.
Nunca vamos sair disto enquanto a 'chico-espertice' de enriquecer na política continuar.
Podemos melhorar um bocado se a situação externa melhorar, se a UE ou States ou China ou outros, enviarem para cá mais dinheiro.
Mas vai sempre ser esbanjando e uma sensação de prosperidade a prazo.
Aliás, eu diria que nas centenas de anos da nossa história, nunca tivemos períodos de prosperidade real.
Houve o período de riqueza do Brasil que foi tudo esbanjado, houve mais alguns períodos de 'prosperidade', mas sempre derivado de 'financiamento' vindo de fora para o nosso pequeno país. E os responsáveis dessas épocas, como hoje, continuam com políticas mesquinhas, com esbanjamentos, com enriquecimentos ilícitos de quem decide à custa de comprometer o futuro do país.
Mas isto já seria assunto para outro tópico..
Enquanto não houver responsabilização, criminalização de políticos e expropriação do que eles roubam e do que receberam por corrupção e interesses, nunca vamos sair da cepa torta.
Podem dizer que aahh e tal, as novas gerações são mais responsáveis, tem mais formação, têm mais isto e mais aquilo, mas a verdade é que os jotinhas de hoje que serão os governantes do futuro, só são jotinhas e só ambicionam ser políticos pelos mesmo motivos dos que são políticos hoje: ter grande rendimentos derivados das influências partidárias e do que podem conseguir nos cargos políticos - não os ordenados, mas o que conseguem ganhar 'indirectamente' com esses cargos.
Nunca vamos sair disto enquanto a 'chico-espertice' de enriquecer na política continuar.
Podemos melhorar um bocado se a situação externa melhorar, se a UE ou States ou China ou outros, enviarem para cá mais dinheiro.
Mas vai sempre ser esbanjando e uma sensação de prosperidade a prazo.
Aliás, eu diria que nas centenas de anos da nossa história, nunca tivemos períodos de prosperidade real.
Houve o período de riqueza do Brasil que foi tudo esbanjado, houve mais alguns períodos de 'prosperidade', mas sempre derivado de 'financiamento' vindo de fora para o nosso pequeno país. E os responsáveis dessas épocas, como hoje, continuam com políticas mesquinhas, com esbanjamentos, com enriquecimentos ilícitos de quem decide à custa de comprometer o futuro do país.
Mas isto já seria assunto para outro tópico..
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Bom trabalho do Álvaro, sem ligação aos lobies instalados.
Acredito que não tenha ligação.Veio lá do Canadá...
Mas também não tem coragem para ir contra eles.
As reformas que afetam a estrutura do bolso do contribuinte,saúde do contribuinte , educação do contribuinte, foi uma maravilha. E ainda vem mais.
As reformas que afetam a estrutura do estado , tais como reforma da justiça , reformas múltiplas e douradas,reforma constitucional , etc
Essas não vejo ninguém mexer.
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K. Escreveu:Bem, hoje estou em dia de escrever...
Lion, a questão que colocas é relevante e sem dúvida um tópico para discutir. Há que ter em conta um pormenor importante: a dívida de Portugal está dentro da média Europeia. Tanto a privada como a pública. E a dívida europeia é inferior à americana e à japonesa. Logo, o caminho a seguir é o da monetização, só que a monetização dentro do euro é tecnicamente complicada e é isso que se tem tentado resolver nos últimos 3 anos.
Em relação aos países "ricos" e "pobres" da Europa, também tenho uma coisa a dizer. Parece que subitamente as pessoas acordaram em toda a Europa e aperceberam-se que vivem afinal todas no mesmo país, o caminho da federação é inevitável (e sem ela não há monetização).
A geografia de Portugal e a ligação com as ex-colónias cria a ilusão às pessoas que não vivem na Europa, mas é um facto que vivem. Nos últimos 7 anos, passei apenas 3 anos em Portugal. E tecnicamente não emigrei (pelo menos ainda não!). Limitei-me a estudar as oportunidades que são oferecidas pela UE e tirei todo o partido que pude delas.
Quanto aos ricos mandarem, certíssimo. É uma fonte objectiva (mas não a única) de poder. Mas não é este um fórum sobre mercados? Um trader, especulador, investidor, tem de ter uma visão positiva sobre a acumulação de capitais e bens. De outra forma, a impressão digital do inconsciente irá levar a mente a actuar de forma a conduzir ao empobrecimento. Como dizia o Ed Seykota, "Everyone gets what they want".
Em relação ao outlook para Portugal, devo dizer que estou bastante optimista, e que podemos estar num periodo semelhante aos anos 80, antes do boom. A bolsa está a subir. As exportações estão a suportar a economia. O governo vai suavizar a austeridade (e agora tem o apoio político para isso, pois Portugal é a última esperança para um sucesso de uma intervenção no sul da Europa que evite o colapso da Espanha e Itália).
Há um problema que dificilmente vai ser resolvido: o emprego. As exportações têm uma incidência tecnológica cada vez maior, logo empregam poucas pessoas. As qualificações das pessoas são inadequadas. Há imensa gente licenciada em cursos sem competências em programação, estatística, matemática. Para quem tem estas competências, o desemprego é zero. Para quem não as tem, o emprego é nulo. Há portanto um grande problema na alocação dos recursos educativos (que não é exclusivo a Portugal). A solução para empregar estas pessoas seria na base de políticas Keynesianas- aquelas pelas quais Sócrates tem a cabeça a prémio se entrar em território nacional.
No entanto, como dizes, isto vai ao sabor de quem decide, quem tem o tal poder e dinheiro. Há aqui dois grandes grupos com interesses políticos conflituosos:
1) A indústria, a quem interessa acima de tudo o corte da despesa do estado, contracção do crédito, baixos salários, aumento da competitividade;
2)A banca, a quem interessa políticas Keynesianas, aumento da despesa, altos salários e muito crédito.
Com o colapso de 2007, a banca perdeu o poder que tinha, pois ficou nas mãos das intervenções estatais. Quem sobrou? Os lobbys da indústria, um sector que foi dilacerado pela introdução do euro, pelo aumento dos salários e pela competição das economias emergentes. Pois foi a vez da indústria mostrar os dentes e com isso conseguiu fazer cair todos os governos sociais democratas e socialistas da europa, dando lugar aos liberais, na versão moderna de "tecnocratas".
Só que já lá vão 5 anos desde 2007, a banca está a retomar fileiras, a indústria conseguiu muitas vitórias, o pêndulo político está a regressar ao lado social-democrata, hoje em dia já não é um atestado de menoridade intelectual dizer que é necessário injectar dinheiro na economia: políticas para o crescimento é o eufemismo utilizado.
Conclusão: deixámos de ter um problema no momento que a Itália foi obrigada a encostar a Alemanha. Mais, a Alemanha está completamente isolada políticamente na Europa e aos poucos vai ser obrigada a ceder a países com mais poder político, como a França e a Inglaterra.
Outra conclusão-para provocar:)-a dívida não é para ser paga...é para se ir pagando (será que alguém já ouviu isto em algum lado?).
E uma coisa tem de ser salientada neste governo: há um ministro que tomou o país nas mãos e está a fazer um trabalho notável, mas nem toda a gente o reconhece porque hoje em dia o valor de uma figura pública é medido pelo espectáculo que ela faz de si própria. Estou a falar, como é óbvio, do colega dos tempos de Coimbra, do Álvaro. A diferença entre ele e os outros é que ele tem um plano par ao país. Já durante o tempo de Sócrates ele era o gerador da maioria das opiniões que por aí circulavam contra as politicas do governo. E como dizia outro super-trader, o John Dennis-"either you have a plan or you become part of the plan of someone else".
Apesar de tudo, não vejo com maus olhos um pouco da cultura Alemã a ser propagada pela Europa. Há que ser pontual e organizado. Já é demasiada cultura Americana, Brasileira, Espanhola, Francesa, Italiana. Talvez a Alemanha tenha algo de positivo para nós.
Mit freundlichen grüssen,
K.
Excelente post K.
Quase de acordo com tudo.
Na dívida aceito a provocação. Quem gere dívidas vencidas de clientes (vários milhões), todos os dias, como eu, tenho uma abordagem diferente:
Toda a gente quer pagar se puder. Desgraçados daqueles que se enredam na dívida ao ponto de não cumprir as responsabilidades. Não dormirão descansados se forem pessoas de bem. Muitos terão consequências para o resto das suas vidas.
Sublinho no que estou mais de acordo:
É quando batemos no fundo que as perspetivas melhoram.
Bom trabalho do Álvaro, sem ligação aos lobies instalados.
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K. Escreveu:Agora, a grande surpresa: no meio disto tudo Portugal está a sair-se melhor do que o esperado, talvez melhor do que a Espanha! E, ao que parece, graças à retoma das suas tradições colonialistas. Talvez esteja aqui uma esperança. Para a Economia, porque para o desenvolvimento do país a vocação colonial é nociva. É que uma coisa é riqueza e outra o desenvolvimento (de capital humano). Talvez o dinheiro da China e Angola resolva o problema da riqueza. Quanto ao desenvolvimento, só mesmo pela influência da Alemanha.
Não creio que haja um retorno às tradições colonialistas. O colonialismo foi simplesmente viver à pala das riquezas naturais das colónias. Como bem disseste, trazia riqueza, não desenvolvimento.
O que há agora é algo muito diferente: é utilizar valores de afinidade como alavanca para a expansão de trocas de bens e serviços. E isso traz sim (e muito) desenvolvimento à Portugal.
Finalmente em Portugal começaram a perceber que é muito mais fácil vender qualquer coisa "Made in Portugal" aos países lusófonos que aos países europeus. E que naqueles países o potencial de expansão é apreciável, em contraste com a estagnação européia.
A Europa será sempre fundamental, por estabelecer os padrões de excelencia que nós devemos perseguir. Mas os países lusófonos (principalmente) e outros são o nosso seguro de vida...
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Recuperar até que ponto? Ao ponto de voltarmos aos niveis de à 7/8 anos atrás em que viviamos, como se veio agora a provar, acima das nossas possibilidades ?
Acredito que a esse ponto, é uma miragem. Todas estas medidas de austeridade e respetivas politicas, equivalem a dizer que estamos perante, e feito intencionalmente pq não existe outro caminho, perante o emprobecimento do país e de todos nós.
Temos que dar alguns passos atrás para depois, se adoptadas as politicas corretas, dar-mos alguns passos para a frente, sem precipitação. Depressa e bem não há quem.
Como foi referido, as grandes apostas devem incidir na educação, refazendo cursos, eliminando outros, e no regresso, como felizmente já se verifica um pouco por todo o país, á produção interna, agricultura p.e., apostando nesta área, em produtos de valor acrescentado, difereciadores e com uma forte componente exportadora. A aposta deve voltar a ser feita no sector coorporativo.
Há quem refira agora, e de forma bastante critica, om o aumento das exportações e a diminuição das importações, com o consequente execedente comercial, que o mesmo só é possivel por via da diminuição do consumo interno, com a consequente diminuição das importações. No entanto parece-me que esta realidade será uma constante nos proximos anos. Com o ajuste que está a ser feito e é necessário, as nossas mportações irão seguramente ser também ajustadas á nossa real capacidade de consumir.
Em termos de divida, acredito que a mesma deva ser paga. Não podemos criticar quem nos empresta. Nós no nosso dia a dia, também, por vezes, somos credores e exigimos o seu pagamento. Por vezes esquecemo-nos que o que assistimos em termos macros é a realidade alavancada da realidade pessoal de cada um de nós.
Se como particulares exigimos o cumprimento dos contratos qd somos credores dos mesmos, devemos ter a mesma postura qd somos devedores. O Estado, todos nós representados colectivamente, deve ter a mesma postura.
Quando dizemos que o Estado não é pessoa de bem porque não paga atempadamente, estamos a falar do $$$ de todos nós. Não geramos riqueza suficiente, face á enorme divida, interna e externa, que temos, para apagar todos os fogos. Têm de ser feitas opções.
Acredito que a esse ponto, é uma miragem. Todas estas medidas de austeridade e respetivas politicas, equivalem a dizer que estamos perante, e feito intencionalmente pq não existe outro caminho, perante o emprobecimento do país e de todos nós.
Temos que dar alguns passos atrás para depois, se adoptadas as politicas corretas, dar-mos alguns passos para a frente, sem precipitação. Depressa e bem não há quem.
Como foi referido, as grandes apostas devem incidir na educação, refazendo cursos, eliminando outros, e no regresso, como felizmente já se verifica um pouco por todo o país, á produção interna, agricultura p.e., apostando nesta área, em produtos de valor acrescentado, difereciadores e com uma forte componente exportadora. A aposta deve voltar a ser feita no sector coorporativo.
Há quem refira agora, e de forma bastante critica, om o aumento das exportações e a diminuição das importações, com o consequente execedente comercial, que o mesmo só é possivel por via da diminuição do consumo interno, com a consequente diminuição das importações. No entanto parece-me que esta realidade será uma constante nos proximos anos. Com o ajuste que está a ser feito e é necessário, as nossas mportações irão seguramente ser também ajustadas á nossa real capacidade de consumir.
Em termos de divida, acredito que a mesma deva ser paga. Não podemos criticar quem nos empresta. Nós no nosso dia a dia, também, por vezes, somos credores e exigimos o seu pagamento. Por vezes esquecemo-nos que o que assistimos em termos macros é a realidade alavancada da realidade pessoal de cada um de nós.
Se como particulares exigimos o cumprimento dos contratos qd somos credores dos mesmos, devemos ter a mesma postura qd somos devedores. O Estado, todos nós representados colectivamente, deve ter a mesma postura.
Quando dizemos que o Estado não é pessoa de bem porque não paga atempadamente, estamos a falar do $$$ de todos nós. Não geramos riqueza suficiente, face á enorme divida, interna e externa, que temos, para apagar todos os fogos. Têm de ser feitas opções.
"O $$$ foi feito para se gastar
, não para se perder
..."


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O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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K.,
Na verdade eu acredito mais na Espanha do que em Portugal pelo simples fato de eles terem indústria.Basta ir ao supermercado ou fazer obras / construir uma casa e é tudo Espanhol. andamos pelas estradas deles e é só indústrias.
Não sei explicar bem como e que eles foram parar ao buraco ,mas tem mais pernas para sair do que nós.
Penso eu de que..
A330
Na verdade eu acredito mais na Espanha do que em Portugal pelo simples fato de eles terem indústria.Basta ir ao supermercado ou fazer obras / construir uma casa e é tudo Espanhol. andamos pelas estradas deles e é só indústrias.
Não sei explicar bem como e que eles foram parar ao buraco ,mas tem mais pernas para sair do que nós.
Penso eu de que..
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Lion_Heart Escreveu:Gordon Gekko: It's not a question of enough, pal. It's a zero sum game, somebody wins, somebody loses. Money itself isn't lost or made, it's simply transferred from one perception to another.
com a alavancagem e a impressão de dinheiro isto deixou não é verdade:
MONEY CAN AND IT IS MADE OUT OF THIN AIR

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Caro A-330, obrigado pelo cumprimento. Também leio atentamente os seus posts, em especial por muitas vezes refletirem opiniões diferentes das minhas (remeto aqui para o recente tópico gerado pelo artigo do Ulisses).
Em relação à pergunta que faz, há que ter em conta que a dívida de Portugal descontada pela menos produção do país (a % sobre o PIB) está dentro da média europeia, tanto a pública como a privada.
Ou seja, não há um problema de dívida, mas sim um problema de credibilidade. Um problema de expectativas reduzidas para um país onde o capital humano é drasticamente reduzido pela falta de qualificações da população (ao nível de países como o México ou Brasil, abaixo da Argentina).
Pior, muitas das qualificações são inapropriadas. Imensas pessoas tiraram cursos superiores onde não adquiriram qualquer tipo de competências técnicas.
Há um abandono escolar incrível. A grande manchete do WSJ no ano passado que lançou por terra a reputação do país foi "A nation of dropouts shocks Europe", que era justamente a questionar o facto de como será possível a um país com níveis de abandono escolar de terceiro mundo competir numa economia de conhecimento como a europeia. O único país que se aproxima é Espanha.
Não surpreende assim o desemprego incrível nos dois países. Antes da crise as estatísticas estavam mascaradas pelo sector que emprega mão de obra não qualificada: a construção. Para retomar a construção são necessárias políticas Keynesianas e/ou o regresso do poder bancário aos meios políticos.
Agora, a grande surpresa: no meio disto tudo Portugal está a sair-se melhor do que o esperado, talvez melhor do que a Espanha! E, ao que parece, graças à retoma das suas tradições colonialistas. Talvez esteja aqui uma esperança. Para a Economia, porque para o desenvolvimento do país a vocação colonial é nociva. É que uma coisa é riqueza e outra o desenvolvimento (de capital humano). Talvez o dinheiro da China e Angola resolva o problema da riqueza. Quanto ao desenvolvimento, só mesmo pela influência da Alemanha.
Em relação à pergunta que faz, há que ter em conta que a dívida de Portugal descontada pela menos produção do país (a % sobre o PIB) está dentro da média europeia, tanto a pública como a privada.
Ou seja, não há um problema de dívida, mas sim um problema de credibilidade. Um problema de expectativas reduzidas para um país onde o capital humano é drasticamente reduzido pela falta de qualificações da população (ao nível de países como o México ou Brasil, abaixo da Argentina).
Pior, muitas das qualificações são inapropriadas. Imensas pessoas tiraram cursos superiores onde não adquiriram qualquer tipo de competências técnicas.
Há um abandono escolar incrível. A grande manchete do WSJ no ano passado que lançou por terra a reputação do país foi "A nation of dropouts shocks Europe", que era justamente a questionar o facto de como será possível a um país com níveis de abandono escolar de terceiro mundo competir numa economia de conhecimento como a europeia. O único país que se aproxima é Espanha.
Não surpreende assim o desemprego incrível nos dois países. Antes da crise as estatísticas estavam mascaradas pelo sector que emprega mão de obra não qualificada: a construção. Para retomar a construção são necessárias políticas Keynesianas e/ou o regresso do poder bancário aos meios políticos.
Agora, a grande surpresa: no meio disto tudo Portugal está a sair-se melhor do que o esperado, talvez melhor do que a Espanha! E, ao que parece, graças à retoma das suas tradições colonialistas. Talvez esteja aqui uma esperança. Para a Economia, porque para o desenvolvimento do país a vocação colonial é nociva. É que uma coisa é riqueza e outra o desenvolvimento (de capital humano). Talvez o dinheiro da China e Angola resolva o problema da riqueza. Quanto ao desenvolvimento, só mesmo pela influência da Alemanha.
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