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Caldeirão da Bolsa

TC declara cortes dos subsídios inconstitucionais

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por migluso » 6/7/2012 9:29

MarcoAntonio Escreveu:
tiagopt Escreveu:
Falando agora de equidade, se a Autoeuropa ou a mercearia da minha rua estiverem num estado de pré-falência, vai o estado pedir aos funcionários públicos que entreguem quase um décimo do seu ordenado para evitar que os funcionários desses estabelecimentos privados sejam despedidos? Não é o que se tem visto... Então por que motivo hão-de esses trabalhadores privados dividir o seu ordenado para que o patrão desses funcionários públicos não os despeça? Equidade é retirar um ou dois subsídios a todos os funcionários públicos para que se evitem despedimentos de 70-80 mil. Inequidade é despedir 70-80 mil funcionários públicos para que todos os outros possam receber os seus benefícios na totalidade. Idiotice é cortar-se a toda a gente, mesmo aos milhões que não têm culpa que a entidade patronal dos funcionários públicos não tenha dinheiro para todos eles.



A entidade patronal tem dinheiro para todos eles, o que não tem dinheiro é para a totalidade das despesas que tem.

Para não variar, estes textos estão totalmente enviezados e discutem o problema como se o Estado tivesse 70 mil milhões de euros de receitas e tivesse de pagar 80 mil milhões de euros aos funcionários públicos.

O Estado não gasta nem 30 mil milhões com os funcionários públicos - somando activos e aposentados - e muitos dos restantes 50 mil milhões vão parar... ao sector privado.

Pois, eu sei que é uma chatice... mas o problema do buraco do Estado vai muito muito para lá dos funcionários públicos e mete muito muito privado ao barulho.


tiagopt,

eu sim, por tudo o que disse atrás, pergunto sarcasticamente, e o Estado por acaso é alguma oficina de automóveis ?!?

Marco,

o Estado que proceda então à reestruturação que qualquer outra entidade faz quando está em dificuldades: corta gorduras, muda a oferta, vende activos, etc...

O que a empresa não faz, porque não tem o poder para tal, é obrigar o consumidor, sob coacção, a comprar os bens e serviços que ela produz.

Eu estou à vontade, pois inclusive há dias cheguei a escrever que, dada a redução que se verifica na despesa pública (apesar de ainda existir muita gordura), se o Estado tiver que sacar um dos subsídios ao privado eu até compreenderia.

Agora, assim, não.

Vai continuar o descalabro dos últimos 10 anos que andámos de tanga, isto é, subida dos impostos para manter o monstro da despesa.
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por alexandre7ias » 6/7/2012 9:11

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06.JUL.2012  07:19
Silva Lopes: "Solução é aumentar a tributação sobre o 13º mês para toda a gente"

Silva Lopes (Foto: D.R.)
O Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade da suspensão dos subsídios a funcionários públicos ou aposentados

O economista Silva Lopes considera que o aumento da despesa com salários, decorrente da inconstitucionalidade do corte dos subsídios à função pública e aposentados, poderá ser compensado por via do aumento da tributação sobre o 13.º mês.

O Tribunal Constitucional (TC) declarou ontem a inconstitucionalidade da suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal a funcionários públicos ou aposentados, mas determinou que esta decisão não tem efeitos para este ano.

Face a esta decisão, "a única solução" que o economista aponta é no sentido de "aumentar a tributação sobre o 13.º mês para toda a gente", incluindo os trabalhadores do setor privado.

No entanto, alerta, esta solução "não permite baixar as despesas e aumenta os impostos", pelo que "é possível que a 'troika' , porque no acordo com a 'troika' não está só o valor do défice, está também um valor para a despesa e, se insistirem em que o valor da despesa é tão importante como o valor para o défice, a ‘troika’ pode levantar dificuldades", afirmou o economista.

O TC justificou a decisão, aprovada por uma maioria de nove juízes contra três, considerando que "a dimensão da desigualdade de tratamento que resultava das normas sob fiscalização" violava o princípio da igualdade, consagrado no artigo 13.º da Constituição, por abranger apenas a função pública e os aposentados.

No entanto, e "atendendo a que a execução orçamental de 2012 já se encontra em curso avançado", o Tribunal reconhece que as consequências desta declaração de inconstitucionalidade poderiam colocar em risco o cumprimento da meta do défice público.

Por essa razão, o TC restringiu os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, "não os aplicando à suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e, ou, 14.º meses, relativos ao ano de 2012".

O corte previsto no Orçamento do Estado abrange salários e pensões superiores a 600 euros brutos, mas só a partir dos 1.100 euros brutos é que a perda dos dois subsídios é total. Entre 600 e 1.100 euros, a perda é progressiva.

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Então os salarios abaixo dos 600?
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por MiamiBlue » 6/7/2012 9:10

MarcoAntonio Escreveu:O Estado não gasta nem 30 mil milhões com os funcionários públicos - somando activos e aposentados - e muitos dos restantes 50 mil milhões vão parar... ao sector privado.

Pois, eu sei que é uma chatice... mas o problema do buraco do Estado vai muito muito para lá dos funcionários públicos e mete muito muito privado ao barulho.


Marco,

Mas quando é para sair de casa, gostamos ter uma boa estrada, a rua sem lixo, um boa escola pública para colocar os míudos (quem os tem), nem sei mas 80% da nossa escolaridade foi efectada na escola pública, quando temos um problema gostamos que os bombieros e a policia venha logo, etc..

Quando se tem um bode espiatório, alguém a quem deitar as culpas é sempre muito mais fácil de explicar.
 
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por MarcoAntonio » 6/7/2012 9:03

tiagopt Escreveu:
Falando agora de equidade, se a Autoeuropa ou a mercearia da minha rua estiverem num estado de pré-falência, vai o estado pedir aos funcionários públicos que entreguem quase um décimo do seu ordenado para evitar que os funcionários desses estabelecimentos privados sejam despedidos? Não é o que se tem visto... Então por que motivo hão-de esses trabalhadores privados dividir o seu ordenado para que o patrão desses funcionários públicos não os despeça? Equidade é retirar um ou dois subsídios a todos os funcionários públicos para que se evitem despedimentos de 70-80 mil. Inequidade é despedir 70-80 mil funcionários públicos para que todos os outros possam receber os seus benefícios na totalidade. Idiotice é cortar-se a toda a gente, mesmo aos milhões que não têm culpa que a entidade patronal dos funcionários públicos não tenha dinheiro para todos eles.



A entidade patronal tem dinheiro para todos eles, o que não tem dinheiro é para a totalidade das despesas que tem.

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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Trisquel » 6/7/2012 8:59

O relatório do TC cai que nem uma luva no sentido de se poder alargar os cortes a todos em geral!!! :?

O PPC numa primeira reação ao relatório estava tudo menos preocupado até esboçava um sorriso ao mesmo tempo que encarava novos cenários de austeridade! :twisted:

A primeira reação da sociedade penalizada pelo corte dos subsídios foi de alivio mas não criem falsas expectativas. Os outros que se cuidem vem ai mais austeridade! Porque será que não consigo acreditar no Pai Natal e este episódio é do tipo "Maquiavélico"
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por MiamiBlue » 6/7/2012 8:50

Os custos com os FP é inferior a 25% do OE.

Por isso, convém enquadrar a situação em vez de arranjar um bode espiatório que face à execuação orçamental deste ano, dá muito jeito ao Governo.

A medida de redução de 5 a 15/20% dos reformados com reformas acima de 1500 euros, essa sim foi uma asneira não ter sido efectuada como estava inicialmente prevista. Agora deverá avançar de certeza.

Alternativas à medida existem muitas, haja imaginação. Mas se o Governo anterior efectuou um corte aos salários dos FP, acima de 1500 euros, porque não o pode voltar a fazer?

Apesar que contimua a ferir o acordão do TC, sempre defendi o corte de 1 salário e a redução do nº de trabalhadorse do Estado. O Estado tem que premear os bons e despedir os maus. Queremos um Estado moderno, eficiente e agil, e o atual Governo com medidas cegas e transversais nada fez neste domínio.

Por outro lado, temos a questão de fundo. Este ano, com o corte dos 2 subsídios, o Governo tem um buraco potencial de 2mil-2,5 mil milhões de euros no OE!!!

Com poupança nos juros, retenção do dinheiro no QREn e alguma melhoria da receita, o buraco será certamente superior a mil milhões de euros.

Por isso, o problema é a estratégia e o modelo seguido.

Ápouco tempo atás, o conceito de austeridade excessiva era um termo rídiculo, agora é o que dizem os especialistas da praça..

Nos próximos tempos, vamos ver muitas pessoas a dar cambalhotas no discurso, esta questão, por um lado, é uma medida escapatória fantástica.

Vai dar muito jeito ao governo para desviar atenções do principal problema..
 
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por Trisquel » 6/7/2012 8:48

Passos admite estender o corte de subsídios ao sector privado
06 Julho 2012 | 00:01
Bruno Simões - brunosimoes@negocios.pt

Para Passos Coelho, o Tribunal Constitucional exige "pelo menos" um corte de subsídios para o sector privado. O PCP entende que isso será igualmente inconstitucional e critica o acórdão.
O primeiro-ministro viu, no acórdão do Tribunal Constitucional (TC), exactamente aquilo que o PCP, minutos antes, mais temia que acontecesse: a austeridade terá de ser estendida aos funcionários do sector privado. "Não pode deixar de ser assim", declarou Passos Coelho, que entende que os juízes do Constitucional sugerem "pelo menos" uma medida "equivalente" ao corte de subsídios no sector privado.

Fica assim evidente que os trabalhadores do sector privado também serão sujeitos a austeridade adicional a partir do próximo ano e, pelo menos, até 2014. "O TC entende que os sacrifícios não podem ficar confinados aos funcionários públicos e pensionistas e deveriam ser, de certa maneira, estendidos, pelo menos numa medida equivalente, aos outros cidadãos", revelou, em declarações aos jornalistas, cerca de uma hora depois de o acórdão ter começado a ser noticiado.

Passos disse não saber como detalhar a futura medida. "É muito cedo para falar disso, acabei de ter conhecimento do acórdão", justificou, mas deixou uma garantia: "havendo esta declaração de inconstitucionalidade para anos futuros, teremos de encontrar uma medida que seja, em termos orçamentais, equivalente a esta". Essa medida vai "ser estudada no âmbito do Orçamento do Estado para 2013" e a única certeza neste momento é que será "alargada a outros portugueses que não sejam nem pensionistas nem funcionários públicos".

A reacção de António José Seguro, líder do PS, ao acórdão do TC foi reafirmar a necessidade de o País ter mais tempo para ajustar a economia. "Como já este ano o Governo estava a fracassar no cumprimento do objectivo do défice, esta decisão do Tribunal Constitucional vem ainda dar mais razão à proposta do PS no sentido de ser necessário mais tempo para a consolidação das contas públicas", declarou. Porém, Passos garantiu que não vai negociar com a troika. "Os nossos compromissos são para cumprir. No dia em que Portugal assumir que compromissos não são p ara cumprir, a confiança depositada no País desvanece-se", alertou.

Esquerda quer subsídios devolvidos já este ano

O Partido Comunista, pela voz de Jorge Machado, foi dos primeiros a reagir ao acórdão do TC. E para lançar críticas: "O que o Tribunal Constitucional (TC) deveria ter feito era declarar a norma inconstitucional com efeitos imediatos e para todos os subsídios que estão em causa". "Espero que não se use o argumento da igualdade para aplicar o corte a todos os trabalhadores", alertava o deputado.

Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, também criticou a decisão: "o Tribunal Constitucional coloca ele próprio a Constituição entre parêntesis" ao diferenciar os cortes de 2012 dos restantes anos. O PSD remeteu uma posição para mais tarde.

A CGTP exigiu que os trabalhadores sejam ressarcidos dos subsídios e a UGT entende que esta é "uma boa notícia para os trabalhadores".
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por tiagopt2 » 6/7/2012 8:46

Não costumo partilhar opiniões de cariz político, mas este tema é irresistível...

O tribunal constitucional prestou ontem um favor político ao governo e um mau serviço ao país. Fosse esta medida legítima e não politizada e a suspensão dos cortes seria imediata. Dá-se assim um argumento ao governo para justificar perante a troika que se compense o défice aumentando a receita, em vez da fundamental diminuição da despesa. Adia-se assim a necessidade de rasgar contratos de PPP's ruinosas, entre muitos outros malabarismos politico-economicos. O primeiro-ministro estava mais do que à espera desta notícia! (prova disso foram os trajes que usou ontem na entrevista de rua: ouro sobre azul...)

Falando agora de equidade, se a Autoeuropa ou a mercearia da minha rua estiverem num estado de pré-falência, vai o estado pedir aos funcionários públicos que entreguem quase um décimo do seu ordenado para evitar que os funcionários desses estabelecimentos privados sejam despedidos? Não é o que se tem visto... Então por que motivo hão-de esses trabalhadores privados dividir o seu ordenado para que o patrão desses funcionários públicos não os despeça? Equidade é retirar um ou dois subsídios a todos os funcionários públicos para que se evitem despedimentos de 70-80 mil. Inequidade é despedir 70-80 mil funcionários públicos para que todos os outros possam receber os seus benefícios na totalidade. Idiotice é cortar-se a toda a gente, mesmo aos milhões que não têm culpa que a entidade patronal dos funcionários públicos não tenha dinheiro para todos eles.

Infelizmente para os funcionários públicos, os cortes vão manter-se. Infelizmente para os funcionários do privado, os cortes confirmam-se. E os cortes na gordura continuam a fazer-se sentir apenas no prato dos portugueses. Na gordura, na carne, no peixe...
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por mais_um » 6/7/2012 7:38

Elias Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Achas que o problema é de productividade


Não é só, mas também é.

MarcoAntonio Escreveu:e se sim, nos sectores que referi, as deficiências de productividade são logísticas ou de recursos humanos?


Both.
Nalguns casos dever-se-á à falta de meios.
Noutros casos é mesmo consequência directa da falta de motivação (este aspecto é talvez o maior inimigo da produtividade).


falta de motivacao? Discordo. Falta de exigencia, sim. A malta so se mexe quando tem a sua zona de conforto em perigo. uns mais que outros mas e' a realidade.
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por scotch » 6/7/2012 3:24

Enquanto os cortes foram para os funcionários publicos não fez mal. Agora que se preve que todos venham a ter uma redução do rendimento disponível, aí Jesus!!!

Uns afirmam que esta decisão do TC não passa de uma manobra para legitimar o governo a generalizar as medidas de austeridade. Mas já se questionaram se este governo tem algum sentido de auto-presevação?

A continuar assim, em 2015 os socialistas voltam ao poder!

Está visto que a receita deste governo não vai resultar:

1)Redução do rendimento das familias
2)Diminuição do consumo
3)Falência de empresas
4)Aumento do desemprego
5)Diminuição das receitas fiscais

O erro deste governo foi querer em 4 anos, corrigir as asneiras feitas durante as últimas décadas.Não tendo tomado qualquer medida de relevo contra os "poderes instalados".
Quem tudo quer tudo perde.

Mas também Portugal nunca foi grande espiga.

Pau que nasce torto dificilmente se endireita.
 
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por A330-300 » 6/7/2012 3:08

Alguém disse no começo do tópico muito acertadamente que esta decisão do TC abre caminho para sacar os subsídios a todas as pessoas.

Está correto.

Só se esqueceram de dizer que se o fizerem é o fim definitivo do subsídio de Natal.Com a desculpa de que em outros países da Europa ele já não existe , vai ser o fim também em Portugal.

Escusado será dizer que em outros países , Espanha por exemplo,onde eu trabalhei, ganha-se mais em 12 meses do que aqui em 13 ou 14.Mas enfim.

Ainda se lembram de como era a vida antes do euro???
Para lá caminhamos.

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por MarcoAntonio » 6/7/2012 2:58

migluso Escreveu:Na tua questão está subentendido que o Estado presta serviços superiores ao do sapateiro.

Sim, presta. Mas também presta serviços abaixo e do mesmo nível, se é que podemos colocar as coisas nestes termos.


Quem resumiu o privado a talhantes e sapateiros e deixou de fora tudo o resto foste tu, ora essa!

O privado, tal como o Estado, não é só "talhantes e sapateiros": também é a Brisa, o BCP, a EDP, o BPN...


E depois, esta discussão é toda um despropósito.
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por migluso » 6/7/2012 2:53

MarcoAntonio Escreveu:Mas, isto ainda é só a ponta do iceberg: outras ainda empregam graças a incentivos do Estado; outras ainda sobrevivem (ou sobreviveram no passado) com ajudas incentivos do Estado; outras ainda sobrevivem com parcerias que estabelecem com o Estado (parcerias impostas ao contribuinte e que têm um braço privado também); outras ainda sobrevivem porque têm o Estado como cliente, com quem estabelecem contratos (contratos que são em última instância suportados pelo contribuinte e impostos a todos nós também).

migluso Escreveu:A realidade das empresas passa por conquistar os consumidores e não ir-lhes ao bolso exercendo coerção.


Algumas sim, outras nem por isso. Andam de bracinho dado com o Estado a meter a mão no bolso do contribuinte...


Exacto, muita gente oportunista se serve do Estado, já que este é o único com poder para lhes servir e proteger...

Isso não é economia de mercado.

É mais fascismo ou corporativismo ou crony capitalism...

Devemos retirar ao Estado esse poder - o de alimentar as empresas do regime à conta do contribuinte.
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por MarcoAntonio » 6/7/2012 2:44

migluso Escreveu:Tu achas que a maioria das empresas despede por "preferência"?


Umas despedem por opção, outras despedem porque é já a última opção disponível.

Outras optam por não despedir, outras ainda optam por despedir só determinados trabalhadores conforme o tipo de relação estabelecida portanto, nem privado, conforme referi - no que diz respeito ao potencial de ser despedido - estão todos nas mesmas condições.

Mas, isto ainda é só a ponta do iceberg: outras ainda empregam graças a incentivos do Estado; outras ainda sobrevivem (ou sobreviveram no passado) com ajudas incentivos do Estado; outras ainda sobrevivem com parcerias que estabelecem com o Estado (parcerias impostas ao contribuinte e que têm um braço privado também); outras ainda sobrevivem porque têm o Estado como cliente, com quem estabelecem contratos (contratos que são em última instância suportados pelo contribuinte e impostos a todos nós também).

migluso Escreveu:A realidade das empresas passa por conquistar os consumidores e não ir-lhes ao bolso exercendo coerção.


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por migluso » 6/7/2012 2:40

Para terminar (mesmo lol), atrevo-me a dizer:

- a preferência do empregador Estado por definir à partida a proibição do despedimento é um forte desincentivo à produtividade.
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por Automech » 6/7/2012 2:37

Elias Escreveu:Both.
Nalguns casos dever-se-á à falta de meios.
Noutros casos é mesmo consequência directa da falta de motivação (este aspecto é talvez o maior inimigo da produtividade).


E noutros é devido ao compadrio.

Exemplo 1: é contratado um técnico para a câmara municipal com as funções de X. O concurso é feito à medida porque fulano é amigo, familiar, do partido, etc. O indíviduo deveria perceber de X mas não percebe (ou percebe pouco). Como não percebe de X é subcontratada a empresa Y para dar assistência sobre o assunto.

Exemplo 2: o médico do centro de saúde devia entrar às 9. A essa hora ainda está no café. O director do centro de saúde, como é amigo e também nunca chega a horas, não o chama a atenção.

Exemplo 3: o funcionário do serviço regional de agricultura devia estar no serviço às 9. Com sorte aparece às 10.30. Ninguém o chateia porque nenhuma das chefias lá está. Todos eles têm negócios relacionados com agricultura e tratam dos seus assuntos na hora de serviço.

Em boa verdade todos os 3 FPs estão no grupo dos que fazem falta à população e teoricamente não podem ser dispensados.

Isto quando um tipo é dum meio pequeno ganha-se uma perspectiva diferente da função pública. Ou então sou eu que conheço um sitio que é a precisamente a excepção ao resto do país. Há muita gente válida na FP mas também há muito inútil.
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por FrancRap » 6/7/2012 2:30

Marco, também conheço de perto alguns serviços em hospitais e posso te garantir que existe claramente uma má gestão tanto dos recursos humanos (médicos, enfermeiros, administrativos então é dar há lingua todo o santo dia) como de logística.

Tal como existe, e este ainda conheço melhor, claros excessos de pessoal em autarquias.

Só não vê quem n quer... :roll:
 
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por migluso » 6/7/2012 2:29

MarcoAntonio Escreveu:Já agora, a minha resposta não foi demagógica, foi sarcástica. Duas coisas completamente distintas...


Demagogia é a estratégia de obter poder político apelando aos preconceitos, emoções, medos, vaidades e expectativas do público, tipicamente por meio de retórica e propaganda passionais, e frequentemente usando temas populistas


Na tua questão está subentendido que o Estado presta serviços superiores ao do sapateiro.

Sim, presta. Mas também presta serviços abaixo e do mesmo nível, se é que podemos colocar as coisas nestes termos.
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por migluso » 6/7/2012 2:26

MarcoAntonio Escreveu:Não, não passa. Achas que o problema é de productividade e se sim, nos sectores que referi, as deficiências de productividade são logísticas ou de recursos humanos?


A falta de produtividade está, entre outras coisas, relacionada com a falta de incentivos.

E aqui não me refiro aos incentivos monetários, mas sim aos incentivos que só existem num ambiente competitivo e não se verificam num ambiente protegido.
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por MarcoAntonio » 6/7/2012 2:23

migluso Escreveu:
Não vou entrar nesse tipo de debate demagógico...



Já agora, a minha resposta não foi demagógica, foi sarcástica. Duas coisas completamente distintas...

Para percebermos a razão do sarcasmo, basta recuar uns minutos e reler o teu post das 1:08.
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por migluso » 6/7/2012 2:20

MarcoAntonio Escreveu:Eu não sei o que é que tu leste no meu post, mas consigo perceber que tu achas que tiveste uma epifania qualquer, ao ponto de achares que o meu post é uma brilhante demonstração... do óbvio.

:lol:


MarcoAntonio Escreveu:Os não despedimento dos FPs não é nenhum direito mas sim uma condição que resulta do Estado preferir não fazê-lo


MarcoAntonio Escreveu: Mas isso é uma decisão da entidade patronal (o Estado) e não um direito dos trabalhadores do Estado...


Tu achas que a maioria das empresas despede por "preferência"?

Despede por imposição da realidade, isso sim.

A realidade das empresas passa por conquistar os consumidores e não ir-lhes ao bolso exercendo coerção.
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por MarcoAntonio » 6/7/2012 2:15

Elias Escreveu:Both.
Nalguns casos dever-se-á à falta de meios.
Noutros casos é mesmo consequência directa da falta de motivação (este aspecto é talvez o maior inimigo da produtividade).


Podes concretizar?
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por Elias » 6/7/2012 2:11

MarcoAntonio Escreveu:Achas que o problema é de productividade


Não é só, mas também é.

MarcoAntonio Escreveu:e se sim, nos sectores que referi, as deficiências de productividade são logísticas ou de recursos humanos?


Both.
Nalguns casos dever-se-á à falta de meios.
Noutros casos é mesmo consequência directa da falta de motivação (este aspecto é talvez o maior inimigo da produtividade).
 
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por MarcoAntonio » 6/7/2012 2:11

migluso Escreveu:
Não vou entrar nesse tipo de debate demagógico...
Se não ficou claro para tu, lamento...



Que o Estado tem prerrogativas que os cidadãos não têm e que o Estado pode impor coisas aos cidadãos, isso é algo que qualquer um com dois dedos de testa já sabe, pelo menos se estiver acordado.

Para o mal e para o bem (e às vezes, se calhar não poucas, é para o mal).




Eu não sei o que é que tu leste no meu post, mas consigo perceber que tu achas que tiveste uma epifania qualquer, ao ponto de achares que o meu post é uma brilhante demonstração... do óbvio.

:lol:
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 6/7/2012 2:14, num total de 2 vezes.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 6/7/2012 2:06

Elias Escreveu:A questão da produtividade passa-te completamente ao lado...?


Não, não passa. Achas que o problema é de productividade e se sim, nos sectores que referi, as deficiências de productividade são logísticas ou de recursos humanos?
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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