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Caldeirão da Bolsa

Desemprego em Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por L.S.S » 22/7/2012 11:01

Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
 
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por alexandre7ias » 19/7/2012 20:58

Concentração nacional dos funcionário da Eurest contra o despedimento (Foto: Arlindo Camacho)
Os despedimentos coletivos feitos pelas empresas de maior dimensão quase triplicaram no primeiro semestre deste ano

De acordo com dados da Direção-Geral do Trabalho, foram efetivamente despedidos ao longo do primeiro semestre deste ano 4.191 pessoas, quase o dobro (92%) face ao mesmo período do ano passado, mas o número de dispensados em companhias de grande dimensão disparou 179% (quase triplicou) até aos 669 casos em Portugal continental.

De acordo com a definição nacional, uma empresa é de grande dimensão quando emprega pelo menos 500 trabalhadores e fatura mais de 12 milhões de euros por ano.

Numa altura em que as mais recentes previsões (Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) confirmam que a taxa de desemprego está a caminho dos 15,5% da população ativa (média para 2012) e de 16% em 2013, as estatísticas oficiais dos despedimentos coletivos dão indícios de que este ano poderá ser o pior desde que há registos.

É que o ano ainda vai a meio, mas os despedimentos acionados e concluídos pelas empresas em Portugal já representam dois terços do total dos casos registados em 2011.

Ao longo de todo o ano transato, os serviços oficiais registaram 6.526 processos de rescisão consumados no âmbito de despedimentos coletivos. Os 4.191 casos contabilizados até final de junho representam assim já 65%.

Este valor, além de ser muito significativo, afeta também um realidade cada vez maior de empresas: cerca de 478 que, no total, empregam mais de 37 mil pessoas.

A maior subida aconteceu no universo das grandes empresas, que faliram, entraram em processos de reestruturação profundos ou que, simplesmente, saíram de Portugal para outros países. Mas as de menor dimensão (as PME) não escaparam à razia.

As pequenas empresas quase duplicaram (93%) o número de pessoas despedidas e continuam a liderar em termos absolutos, com 1.740 casos no primeiro semestre.

Outro facto a registar tem a ver com a distribuição regional deste fenómeno. A DGERT mostra que o Norte é, de longe, a região mais fustigada pelos despedimentos coletivos, representando mais de 45% do total. Perderam o emprego no âmbito de processos deste processos mais de 1.900 pessoas.

Exemplos não faltam para ilustrar o que está a acontecer ou pode vir ainda a acontecer. O instituto Eurofound aponta os processos de rescisão da Makro (Aveiro), dos SCTP (transportes coletivos do Porto) ou da fábrica da Bosch (Braga) como alguns dos mais mediáticos.

A estes podem juntar-se o encerramento da loja do Media Markt, no Porto, e o fecho de operações da fábrica de calçado da Move On (grupo Tata), em Esmoriz (Ovar), que deverá conduzir ao despedimento de cem pessoas.

Casos
Bosch: A fábrica da Bosch, em Braga, tinha um plano para rescindir com 120 trabalhadores temporários. Os despedimentos são justificados por “flutuações” na procura de componentes automóveis.

Move On: A Move On, empresa de calçado detida em 51% pela Tata, que foi adquirida em processo de insolvência, e vai despedir cem trabalhadores. Labora em Esmoriz, Ovar.

STCP: Por causa da fusão entre o serviço de metro e o rodoviário, a STCP estava a planear uma redução de 150 a 190 postos de trabalho durante 2012.Luís Reis Ribeiro
.

Deve ser complicado para vocês ler estas notícias!

Aqui fica mais uma!
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por alexandre7ias » 19/7/2012 9:08


FMI propõe apoiar mães que voltem mais cedo ao trabalho
DE  19 Jul 2012 - 07:38
Trocar os apoios para ficar em casa por benefícios às mães trabalhadoras é uma das propostas para aumentar emprego no país.


O Fundo Monetário Interncaional (FMI) quer que Portugal tenha mais mulheres no mercado de trabalho e propõe que o "apoio incondicional" às famílias com crianças seja substituído por "subsídios às mães trabalhadoras".

Mas os dados mostram que Portugal já é o País onde as mães mais trabalham a tempo inteiro e também o que tem mais casais com filhos empregados. Especialistas ouvidos pelo DN criticam as medidas e dizem que o FMI não conhece a realidade do País.

"À partida, o que essa recomendação mostra é o desconhecimento dos dados nacionais, porque se conhecessem saberiam com certeza que Portugal é o país com mais mães a trabalharem a tempo inteiro. E tem a maior proporção de casais com filhos até aos seis anos a trabalharem em full time, o que é uma situação bem diferente do que acontece na Itália, na Grécia e em Espanha", critica Maria das Dores Guerreiro, socióloga da família.

A recomendação consta de um estudo do FMI, ontem divulgado, em que apresenta medidas para aumentar o emprego no mundo, dando especial enfoque a Portugal, Grécia e Espanha, onde os números do desempregosão mais elevados.

 
.


Estamos entregues a bicharada...Aumentar o emprego!!! Não será aumentar o desemprego?


A muitos anos a mulher ficava em casa a tratar dos filhos o marido trabalhava e havia dinheiro para tudo, agora trabalham os dois não existem filhos nem dinheiro para nada.
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por alexandre7ias » 19/7/2012 1:48

Estudo
Desemprego com maior subida em mais de dois anos
Cristina Oliveira da Silva 
19/07/12 00:05

O desemprego entre jovens até aos 25 anos disparou 37,1%, uma subida recorde. Já nos restantes casos, o crescimento foi de 23%.
Número de desempregados inscritos no IEFP aumentou 24,5% em Junho. Só em Janeiro de 2010, houve um crescimento homólogo mais elevado.
Em Junho, os centros de emprego contabilizavam 645.955 desempregados, o que representa uma subida de 24,5% face ao mesmo mês de 2011. É preciso recuar a Janeiro de 2010 para encontrar um aumento mais pronunciado. Em comparação mensal, os dados também apontam para uma subida de 0,7%, quando os dois meses anteriores foram marcados por descidas. Os dados, do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), foram divulgados ontem.
Para o Governo, esta evolução pode estar relacionada com medidas recentes. Ao Diário Económico, o secretário de Estado do Emprego salientou que os números podem ser "em parte explicados por uma maior adesão" dos jovens à inscrição no centro de emprego "porque sabem que medidas como as do Impulso Jovem" dependem desse registo. Pedro Martins sublinhou ainda a existência de "algumas isenções em despesas de saúde" e novas obrigações para beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). O ministro da Solidariedade e Segurança Social também referiu este ponto. "Existiam cerca de 60 mil pessoas que estavam a beneficiar do RSI, que têm idade e capacidade para o trabalho e que não estavam inscritas nos centros de emprego", salientou Mota Soares, citado pela Lusa. "Dissemos que muito provavelmente iria acontecer o fenómeno de subida do número dos desempregados inscritos", continuou.
Contas feitas, em Junho, os centros de emprego acolhiam mais 127.250 desempregados do que há um ano atrás.[CORTE_EDIMPRESSA]
Os dados também indicam uma subida homóloga no número de novos desempregados(pessoas que se inscreveram apenas durante o mês de Junho). Foram 56.165 novos registos, menos 1,2% em comparação mensal mas mais 16,4% face a Junho de 2011 (e aqui invertendo a desaceleração que se registava nos dois meses anteriores).
Olhando já para as ofertas de emprego, o IEFP disponibilizava 10.939 vagas no final de Junho, o valor mais alto dos últimos oito meses. E a quebra homóloga, de 20,5%, é a mais baixa desde finais de 2010. Por outro lado, as colocações conseguidas em Junho caíram.
Empresas que despeçam estagiário têm de devolver prémio de integração
O Governo já deu luz verde à portaria que prevê alguns programas de estágio ao abrigo da iniciativa "Impulso Jovem", financiada por fundos europeus. A versão final, a que o Diário Económico teve acesso, prevê que as empresas que contratem sem termo o estagiário (tendo então direito a um prémio de integração) tenham de devolver o apoio em caso de despedimento. A versão inicial previa a devolução do prémio se o despedimento ocorresse nos dois anos seguintes; agora, não é apontado prazo. O prémio será igual ao valor da bolsa recebida durante o estágio, multiplicado por seis. Já as empresas com menos de dez trabalhadores vão poder beneficiar de dois estágios (e não um) mas a comparticipação será menor no segundo caso. Durante o estágio, o jovem tem direito a uma bolsa, mas o valor será mais baixo no caso de habilitações ao nível do ensino pós-secundário.Estes jovens vão receber 524 euros e não 691,7. O valor máximo fica limitado a jovens com ensino superior.
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por artista_ » 18/7/2012 15:23

pocoyo Escreveu:
artista Escreveu:Imparável o desemprego... e em Julho e Agosto, só em professores, serão mais umas centenas de milhar! :|


ou de milhão!!! :mrgreen:

Dá mais impacto, não?!


:mrgreen: :mrgreen:

Dezenas e não centenas!! :oops:
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por pocoyo » 18/7/2012 14:58

artista Escreveu:Imparável o desemprego... e em Julho e Agosto, só em professores, serão mais umas centenas de milhar! :|


ou de milhão!!! :mrgreen:

Dá mais impacto, não?!
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por artista_ » 18/7/2012 14:53

Imparável o desemprego... e em Julho e Agosto, só em professores, serão mais umas centenas de milhar! :|
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por alexandre7ias » 18/7/2012 14:38

De acordo com a informação mensal publicada, esta quarta-feira, pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), no final de junho encontravam-se inscritos nos centros de emprego do Continente e das Regiões Autónomas mais 127.250 indivíduos do que um ano antes.

Face a maio, o número de desempregados aumentou em 4.733 pessoas.

Segundo o IEFP, o desemprego subiu em ambos os géneros face a junho de 2011, em particular nos homens, onde o número de desempregados subiu 29,9%, enquanto nas mulheres o valor avançou 19,8%.

Por grupo etário, no período de um ano, o segmento jovem (menores de 25 anos) foi o mais afetado pelo agravamento do desemprego (37,1%), enquanto os adultos tiveram um aumento 23%.

Quanto ao tempo de permanência dos desempregados nos ficheiros, os inscritos há menos de um ano (62,5 % do total de desempregados) aumentaram 37,6 %, enquanto que os desempregados de longa duração (37,5 %) assinalaram um acréscimo de 7,5 %.

A procura de um novo emprego - que justificou em junho o registo de 92,9 % dos desempregados - aumentou 24,1 % face ao mês homólogo de 2011, enquanto a procura do primeiro emprego subiu 29,6 %.

De acordo com a análise dos técnicos do IEFP, todos os níveis de habilitação escolar apresentaram mais desempregados do que há um ano, mas o aumento percentual mais elevados verificou-se ao nível do ensino superior, com mais 54,4 %, seguido do secundário, com 36,6 %.

Os inscritos no IEFP em situação de indisponibilidade temporária, ou seja, que não reúnem condições imediatas para o trabalho por motivos de saúde, aumentaram 13,5 % em junho, face ao mesmo mês de 2011, para 16.366 pessoas.

O número de desempregados inscritos como "ocupados" (a frequentarem programas de emprego ou formação profissional), por sua vez, mais do que triplicou (205,6 %) para 72.909 indivíduos.

O "fim de trabalho não permanente", continua a ser o principal motivo de inscrição dos desempregados, com 21.391 inscritos ao longo do mês de junho (mais 12,6 % face ao mesmo mês de 2011).

Os despedimentos por mútuo acordo aumentaram, por sua vez, 62,9 % para 2.284 inscritos ao longo do mês.

No âmbito das profissões, o IEFP destaca o aumento de 150,8 %do desemprego entre os docentes do ensino secundário, superior e profissões similares.

Apenas os quadros superiores da administração pública sofreram uma redução anual do número de desempregados (39,1 %), mas este grupo, conforme refere o IEFP, é pouco expressivo no total do desemprego registado.

Por regiões, o número de desempregados inscritos aumentou em todas elas, com destaque para os Açores (43,9 %) e Alentejo (35,9 %), mas Lisboa e Vale do Tejo e Norte continuam a ser as regiões com mais inscritos (195.815 e 273.863, respetivamente).
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por alexandre7ias » 17/7/2012 19:37

Emprego: empresas submeteram 7 mil ofertas ao Estímulo 2012
Medida entrou em vigor em fevereiro e permite à empresa pagar apenas metade do salário

As empresas já submeteram mais de sete mil ofertas de emorego à medida Estimulo 2012, através da qual o Estado paga 50% do salário do novo trabalhador, disse hoje o ministro da Economia. Esta medida está no terreno desde 10 de fevereiro e permite às empresas pagarem apenas metade da remuneração oferecida a cada trabalhador que contratem desde que este esteja inscrito num Centro de Emprego há mais de seis meses. Aquele subsídio pode aumentar para os 60% quando a contratação é sem termo ou abrange um beneficiário do Rendimento Social de Inserção.

Até agora esta medida recebeu mais de sete mil ofertas de emprego, segundo o mais recente balanço efetuado por Álvaro Santos Pereira. Para beneficiárem do Estímulo 2012, as empresas terão de fazer contratos com horário de trabalho a tempo inteiro por um período de pelo menos seis meses e possuir mais de cinco trabalhadores, entre outros requisitos. O apoio do Estado está limitado a um valor máximo de 419,22 euros (1 Indexante de Apoios Sociais).

A forma como a medida foi desenhada tem suscitado várias críticas por parte do partidos mais à esquerda e hoje, durante a audição a Álvaro Santos Pereira o deputado do PCP Jorge Machado reiterou que a Estímulo 2012 promove e incentiva os baixos salários, dando vários exemplos de ofertas dirigidas a licenciados mas em que se acenam com salários mínimos.

Ávaro Santos Pereira disse também que a portaria que regulamenta a medida “passaporte emprego” (que integra o programa “Impulso Jovem”) entra em vigor no início de agosto. O passaporte emprego traduz-se na dinamização de estágios para jovens inscritos nos Centros de Emprego há mais de quatro meses e que residam nas regiões da convergência (Centro, Norte e Alentejo) e no Algarve.Lucília Tiago
.


Onde esta a igualdade para os restantes desempregados...
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por Visitante57 » 14/7/2012 16:27

Mcmad Escreveu:Fico muito admirado com esses dados. Mais de metade dos desempregados sem subsídios.. Julgava que queriam estar sem fazer nada para ganhar algum...


Quando falamos de desemprego, a maioria pensa em parasitas que querem subsídios. É uma ideia errada, porque os parasitas estão há muito diluidos nos que querem mesmo trabalhar e não arranjam trabalho.

A realidade é dura, e a maioria por estes lados desconhece-a. Basta ler o que se escreve.
 
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por alexandre7ias » 14/7/2012 14:44

Construção: Canadá quer recrutar 400 portugueses por 5500 euros/mês
Sábado, 14 Jul

O Canadá vai recrutar um mínimo de 400 trabalhadores portugueses da construção, oferecendo salários dez vezes superiores aos praticados no mercado de trabalho interno e condições que, em princípio, agradam ao Sindicato da Construção, disse hoje fonte sindical.
Em conferência de imprensa realizada no Porto, o presidente do sindicato, Albano Ribeiro, adiantou que o sindicato vai colaborar na promoção de sessões de esclarecimento sobre estas ofertas de emprego, que serão realizadas entre 30 de Agosto e 14 de Setembro em seis regiões portuguesas.
«Mas depois sairemos do processo e só reentraremos nele se houver algumas arbitrariedades ou ilegalidades», explicou o dirigente sindical.
Um trabalhador da construção aufere em Portugal uma média de 3,14 euros à hora, o correspondente a 545 euros mensais, e os empregos no Canadá, área de Toronto, serão remunerados a 32 euros a hora, o equivalente a um salário mensal de 5500 euros, segundo as indicações recebidas pelo sindicato e agora reveladas.
As informações dadas ao sindicato pela consultora de imigração no Canadá Yolanda Simão referem que os trabalhadores serão contratados por dois anos e que, após os três primeiros meses de atividade, poderão levar as suas famílias, com garantia de alojamento.
O recrutamento «começa por centenas e vai chegar aos milhares, começa por Toronto e vai chegar a todo o Canadá», disse o presidente do sindicato.
Albano Ribeiro garantiu que o gabinete jurídico do sindicato analisará os contratos de trabalho a propor aos interessados e, se detetar irregularidades, «não vai pactuar com isso».
O sindicato pretende evitar, deste modo, o «sofrimento e o abuso» por que passaram milhares de trabalhadores portugueses no estrangeiro e que estiveram na origem de uma campanha no sentido de os candidatos à emigração se informarem prévia e devidamente acerca das ofertas de emprego a que aderem.
A este respeito, Albano Ribeiro reclamou para o seu sindicato o mérito de «ter evitado que as coisas fossem bem piores».
Recusando que a postura do sindicato face às propostas de emprego no Canadá seja a de estimular a emigração - como a feita por «aquele senhor que nem quero falar nele» -, Albano Ribeiro admitiu que o quadro de emprego na construção agravou-se a ponto de muitos profissionais do sector estarem já no desemprego sem o respectivo subsídio e a contar com a ajuda do Banco Alimentar.
Segundo o Sindicato da Construção, estão desempregados em Portugal 22 por cento dos 700 mil trabalhadores do sector.
Lusa/SOL
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por alexandre7ias » 14/7/2012 3:59

A maioria dos jovens portugueses que não estão a trabalhar conseguiu encontrar um primeiro emprego, mas acabou por não o manter
Jovens desempregados: um terço procura trabalho há mais de 1 ano

Desemprego afeta cada vez mais jovens
Pedro Correia
14/07/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Para muitos jovens portugueses, o desemprego pode já ser estrutural. Mais de um terço dos desempregados com menos de 25 anos está à procura de trabalho há mais de 12 meses. Segundo os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) para o primeiro trimestre, há mais de 52 mil jovens desempregados excluídos do mercado de trabalho há pelo menos um ano.

Dez opções para quem não quer emigrar. Leia aqui

Esta estatística mostra que a explosão do desemprego juvenil pode não ter raízes só conjunturais. 34% destes jovens procura trabalho pelo menos desde o início de 2011. Há um ano eram menos 12 mil do que atualmente, um aumento de 33%.

Um dos principais entraves para esta faixa demográfica está relacionado com a entrada no mercado de trabalho. As dificuldades das empresas devido à contração do consumo interno estão a refletir-se na capacidade de contratação. O mercado de trabalho está parado e, quando mexe, tem sido no sentido de uma maior destruição de emprego.

No entanto, a verdadeira dificuldade não parece estar em encontrar o primeiro emprego. Segundo o INE, a maioria dos jovens desempregados já esteve empregado e procura um novo trabalho. Apenas 42% dos desempregados estão à procura do primeiro emprego. Um número que pode estar distorcido pelo efeito estágio. Muitos jovens entram no mercado de trabalho através de um estágio com salários muito baixos ou mesmo sem remuneração, sendo afastado mal ele termina.

Mais 55% no Centro
Nem todas as regiões do país têm sido igualmente afetadas pelo desemprego jovem. Aliás, a diferença é assinalável. No último ano, o Centro é de longe a região mais afetada. O número de jovens sem trabalho disparou de 19,8 para 30,8 mil, um crescimento de 55,6%. A seguir surgem os Açores e a Madeira, com variações de 35,9% e 33,3%, respetivamente.

Em Portugal, o crescimento médio do desemprego jovem foi de 24,6% face ao primeiro trimestre de 2011. Abaixo desse nível de crescimento estão as duas regiões que têm mais desempregados com menos de 25 anos. Na Grande Lisboa, o número de jovens desempregados cresceu 21,9%, para os 39,5 mil, quanto no Norte - região líder neste indicador - avançou 17,3%, para os 56,2 mil. No Alentejo, o desemprego juvenil aumentou 15,7%, enquanto o Algarve se evidencia como a região menos afetada, com exatamente os mesmos desempregados jovens que há um ano (7,1 mil).

Onde estão a trabalhar?
Nos últimos 12 meses, houve uma variação mínima da distribuição do emprego jovem por sectores da economia. Os serviços continuam a dominar completamente, representando 66% dos postos de trabalho preenchidos por jovens (no primeiro trimestre de 2011 era 69,4%). Tanto a indústria como a agricultura tiveram um ligeiro crescimento na quota de distribuição de emprego, o que dá a entender que a alienação dos jovens tem sido menos agressiva nestes dois sectores. A indústria representa agora 29,9% do emprego jovem e na agricultura o número de empregados com menos de 25 anos até cresceu, representando 4,1% do emprego jovem.

A taxa real
Apesar de os números oficiais do INE apontarem para uma taxa de desemprego jovem de 36,2%, a situação é bem mais grave. É que, além daqueles que estão à procura de trabalho, é preciso juntar os que desistiram de procurar, bem como aqueles que estão numa situação de subemprego. Tudo somado, a taxa de desemprego real dos jovens é 44,7% no primeiro trimestre deste ano.
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por migluso » 12/7/2012 23:02

Um post sobre Portugal no ZeroHedge.
Talvez o post mais lido da semana ?!?!?

http://www.zerohedge.com/news/guest-pos ... gal?page=1
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por alexandre7ias » 12/7/2012 22:37

Açores
Presidente do Grupo Marques admite saída de 100 trabalhadores
Económico com Lusa 
12/07/12 20:27
O presidente do Grupo Marques admitiu hoje que o reajustamento da estrutura empresarial implicará a saída de cerca de 100 de trabalhadores.
O presidente do Grupo Marques, Primitivo Marques, admitiu hoje que o reajustamento gradual da estrutura empresarial implicará a saída de cerca de uma centena de trabalhadores, de forma a garantir a "sobrevivência" deste grupo económico sedeado nos Açores.
"Temos engordado muito nos últimos anos e é preciso fazer algum ajustamento na estrutura", afirmou Primitivo Marques, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, acrescentando que actualmente o Grupo Marques emprega de forma directa cerca de 1.500 pessoas.
O empresário salientou que, face à actual conjuntura económica, "a sobrevivência da espinha dorsal do Grupo Marques implica ter de sacrificar alguns colaboradores", bem como a recolocação de funcionários, de forma a tornar os postos de trabalho "mais rentáveis".
Primitivo Marques admitiu que a principal loja do grupo no sector da distribuição, o 'Hiper Sol Mar', tem registado uma quebra de vendas da ordem dos 15%, valor que considerou "muito significativo" para o volume de vendas que regista.
"Esta loja principal, em S. Gonçalo (Ponta Delgada), representa 30% do total do nosso negócio de distribuição", afirmou, salientando esperar o apoio do Grupo Jerónimo Martins para avançar com a remodelação deste espaço comercial para atrair mais clientes.
Primitivo Marques admitiu que não possui capacidade financeira para avançar sozinho com essa remodelação, salientando que gostaria que o Grupo Jerónimo Martins pudesse "emprestar algum dinheiro, com juros acessíveis", considerando que, caso isso venha a acontecer, seria "um milagre".
"O Grupo Jerónimo Martins faz o seu plano anual de investimentos em Agosto, por isso conto ter novidades no final de Agosto, início de Setembro", frisou o empresário, acrescentando que a parceria com o Grupo Jerónimo Martins torna o Grupo Marques "mais forte e capaz".
 
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por alexandre7ias » 12/7/2012 17:54

Trabalho
Desemprego na Grécia sobe para nível histórico de 22,5%
Alberto Teixeira 
12/07/12 15:10
O desemprego na Grécia não pára de subir. Em Abril, a taxa fixou-se no nível mais alto de sempre: 22,5%.
A taxa de desemprego na Grécia subiu em Abril para um novo máximo histórico nos 22,5%, reflectindo a continuada deterioração da economia helénica nos últimos anos.
O país continua a braços com um resgate internacional, que implicou uma série de cortes na despesa pública, contribuindo para o quinto ano de recessão económica.
Os dados autoridade das estatísticas gregas mostram que o desemprego jovem caiu ligeiramente de 52,8% em Março para 51,5% em Abril, depois de ter duplicado nos últimos três anos.
Com a época de Verão, os analistas esperam sinais de melhoria no mercado de trabalho grego nos próximos meses, embora considerem que sejam apenas temporários e que a tendência de subida se mantenham.
 
.

Vamos pelo mesmo caminho....mas somos mais tranquilos...
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por tonirai » 11/7/2012 21:06

alexandre7ias Escreveu:
Fecho de fábrica em França deixa portugueses sem emprego
A Peugeot/Citroen deverá anunciar amanhã o fecho de uma fábrica em Aulnay-sous-bois (região de Paris) onde trabalham 3300 pessoas, entre elas 450 a 600 portugueses.
.

Este post fez-me passar a última hora ao telefone com o meu pai, para lhe dar essa triste notícia... já que ele trabalhou nessa fábrica cerca de uma década, nos anos 80.

Com nostalgia, acabamos por recordar o passado, falando das várias fábricas do grupo, dos vários modelos lá produzidos que levaram o "toque" dele, etc.

É quando nos toca a nós ou à nossa história passada, que a realidade nos "bate" mais a sério...
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por alexandre7ias » 11/7/2012 19:38

Fecho de fábrica em França deixa portugueses sem emprego
A Peugeot/Citroen deverá anunciar amanhã o fecho de uma fábrica em Aulnay-sous-bois (região de Paris) onde trabalham 3300 pessoas, entre elas 450 a 600 portugueses.
DANIEL RIBEIRO, CORRESPONDENTE EM PARIS
Em Aulnay-sous-bois, a norte de Paris, os 80 mil habitantes, entre eles 10 mil portugueses, receiam o pior. O previsível fecho da fábrica PSA (Peugeot/Citroen) da localidade vai afectar toda a atividade na região, que é uma das mais industrializadas da região de Paris.

O próprio ministro do Trabalho, Michel Sapin, confessou hoje, em Paris, esperar 'más notícias' da parte do grupo PSA.

'Alguns portugueses vivem em roulottes'

'Estou muito preocupado com o provável despedimento de centenas de portugueses desta fábrica e quero alertar para a situação difícil que se vive nesta região, onde não há trabalho para todos os portugueses que chegam todos os dias aqui à procura de emprego', diz ao Expresso Paulo Marques, presidente da Associação Cultura Portuguesa de Aulnay e Conselheiro das Comunidades portuguesas.

'Todos os dias temos de responder a situações muito difíceis de portugueses, alguns vivem em roulottes em condições muito dramáticas porque a França já não é o eldorado que os portugueses ainda pensam que é', acrescenta Paulo Marques.

O fecho da fábrica PSA de Aulnay-sous-bois está a levantar polémica no meio político. O ministro do Trabalho acusou a direção do grupo de ter adiado o plano de reestruturação por alguns meses para não prejudicar a campanha eleitoral do ex-presidente, Nicolas Sarkozy.

O fecho do complexo industrial da Peugeot/Citroen em Aulnay deverá ser anunciado amanhã.
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por alexandre7ias » 11/7/2012 17:35

Empresas Economia Buzz Faz


11.JUL.2012  16:51
Empresas preferem cortar trabalhadores para reduzir salários

Trabalho (Foto: D.R.)
Estudo do Banco de Portugal: empresas grandes são as que mais contratam salários mais baixos relativamente aos dos funcionários dispensados

Um inquérito a 757 empresas portuguesas mostra que 72% utiliza a estratégia de não renovação de contratos a termo, rescisões e despedimentos individuais ou coletivos (“redução de trabalhadores”) como expediente preferencial para conseguir uma redução dos seus custos com salários.
As empresas grandes (mais de 100 trabalhadores) são as que mais recorrem a contratações com salários mais baixos face às remunerações dos funcionários recentemente dispensados (35%), comparativamente às PME (28%). Por outro lado, o simples congelamento dos salários base reduz em 21% a probabilidade de ocorrerem despedimentos.
As conclusões resultaram de um estudo sob o título “Estratégias de redução de custos salariais: evidência microeconómica com informação qualitativa”, trabalho publicado no Boletim Económico de Verão 2012 do Banco de Portugal e que foi realizado por investigadores da instituição e da Universidade de Illinois, nos EUA.
Quase metade das empresas inquiridas (45%), usa como segunda estratégia o “ataque” às “margens flexíveis”, isto é, a redução ou eliminação de benefícios não monetários e o congelamento ou abrandamento do ritmo de promoções. A contratação de trabalhadores com salários mais baixos do que os auferidos pelos trabalhadores entretanto dispensados surge em terceiro lugar, com 30% das empresas a afirmarem que já recorreram a este expediente. Em Portugal, 65% dos trabalhadores ganham menos de 900 euros líquidos por mês, uma faixa remuneratória que aumentou 1,2% entre o primeiro trimestre deste ano e igual período do ano passado, de acordo com o INE.
Numa análise por atividade económica, os autores (Daniel Dias, Carlos Robalo Marques e Fernando Martins) salientaram o facto de o setor da energia utilizar menos o congelamento dos salários base (19%) por comparação com a média geral (25,8%), preferindo antes a contratação com salários mais baixos (33% contra 45,4% na média geral) e redução de trabalhadores (85,7% contra 71,5% na média geral). Na construção, as empresas recorrem com maior frequência à redução de trabalhadores (80,3%) em relação à média dos setores (71,5%).
Pedro Araújo
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por A330-300 » 11/7/2012 8:14

Segundo a OCDE o desemprego real já chaga a 20,7%.

Fonte: DN

A330
 
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por MERCW125 » 10/7/2012 19:20

Vamos a cerca de 200 a hora, não sei para onde.
Enquanto, não se prenderem realmente que destruiu e quem está a destruir o nosso País o desemprego não deixará de aumentar. Já dizem para o ano os especialistas, que o desemprego chegará aos 16,2%.
Muito Provavelmente, chegará perto dos 18%.
Na iminencia de serem despedidos milhares de funcionarios publicos, quero ver como irá ser..
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por alexandre7ias » 10/7/2012 12:07

10.JUL.2012  11:23
OCDE: desemprego real em Portugal já ultrapassa os 20%

Desemprego atinge os 16,3% em 2013 (Foto: D.R.)
Incluindo o subemprego e os que desistiram de procurar trabalho, a OCDE calcula que a taxa de desemprego portuguesa esteja nos 20,7%

O desemprego real na economia portuguesa já ultrapassa a barreira dos 20%. Segundo o relatório para o emprego, publicado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o desemprego real em Portugal - incluindo subemprego e pessoas que desistiram de procurar trabalho - atingia os 20,7% no final de 2011.

Estes dados confirmam que, apesar de o desemprego oficial ter fechado 2011 nos 14% (hoje está nos 15,2%), os números reais das pessoas à procura de trabalho são bem mais elevados. Aliás, os 20,7% de desemprego real que a OCDE estima para o último trimestre do ano passado devem ser agora muito superiores, tendo em conta o agravamento do desemprego oficial nos últimos meses.

Para calcular esta taxa de desemprego real, a OCDE acrescenta: pessoas que estão disponíveis e querem trabalhar, mas que não procuraram emprego nas últimas quatro semanas; e trabalhadores a tempo inteiro que não trabalharam uma semana completa ou que estão em part-time, mas queriam estar a tempo inteiro.

Entre o final de 2007 e 2011, Portugal sofreu assim um agravamento de 8,4 pontos percentuais do desemprego real. Entre os países da OCDE, apenas Espanha, Irlanda, Grécia e Estónia tiveram um resultado pior.

Esta é uma das conclusões que consta do relatório da OCDE sobre o emprego, onde a organização dos países mais industrializados do mundo revê também em alta as previsões de taxa de desemprego para Portugal, estimando agora que a taxa atinja os 16,3% em 2013. No final desse ano, Portugal precisará de 590 mil novos postos de trabalho para regressar aos níveis de emprego pré-crise.Nuno Aguiar
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por alexandre7ias » 8/7/2012 2:02

Álvaro Santos Pereira, o ministro da Economia, diz que quem pensa que ele não consegue gerir a pasta "está pouco atento"
"O desemprego só não é maior porque começámos a emigrar"

Álvaro Santos Pereira, min. Economia
Rogério Tuty / Jornal de Angola
07/07/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Quinta-feira, oito da noite em Luanda. No hotel, Santos Pereira ainda não sabe do Tribunal Constitucional. Dos funcionários públicos. Do chumbo ao corte do 13.o e 14.o meses. Da nova austeridade que virá para os privados. Em Angola, o ambiente é outro. Há empresas que vivem do que vendem. Sem ajuda da banca. Sem capitais do Estado. A maioria foge da recessão interna no país onde nasceu [ver pág. 11] para emigrar para Angola. "São exemplos fantásticos, não são?", pergunta o ministro. Concordo: aqui, austeridade, desemprego e recessão são temas estranhos para uma conversa rápida.
Há um mês, o ministro de Estado Manuel Vicente foi perentório quando disse que só haveria investimento angolano se ele trouxesse dividendos para Angola, se tivesse um carácter reprodutivo. Hoje, esteve com ele. Qual foi a mensagem que lhe passou?
Há grande sintonia entre Lisboa e Luanda, independentemente do que a opinião pública possa pensar. Nos encontros pessoais que tenho tido, nas conversas que vamos tendo temos promovido uma agenda de proximidade. Fomos nós que lançámos uma agenda para os ministros do Comércio da CPLP, um projeto de agenda económica. Temo-nos aproximado.
Já ultrapassámos a fase em que o investimento angolano em empresas portuguesas - sobretudo nas grandes - era mal visto?
Não entendo esse receio. O investimento angolano é sempre bem-vindo. Há uma parceria especial. Não pode é haver uma relação assimétrica. Todos temos a ganhar. As obras mais emblemáticas em Luanda são de empresas portuguesas com capitais angolanos. Nas conversas que tive com os ministros Abraão Gourgel e Manuel Vicente, acertámos uma estratégia para criar empresas com capitais mistos. As nossas empresas vão poder beneficiar do capital do Angolainveste e as angolanas dos nossos fundos.
Já disse que o objetivo a longo prazo é que as exportações representem 70% do nosso PIB, contra os atuais 35%. Mas os números mostram que a exportação não gera, só por si, emprego suficiente para compensar a recessão interna.
Num processo de transformação estrutural da economia portuguesa - que está a acontecer -, com a passagem dos não transacionáveis para transacionáveis , o aumento das exportações vai acarretar mais investimento e criação de emprego. Por uma razão: neste momento as exportações estão alicerçadas na capacidade existente. Tem havido investimento, mas não é grande. Neste momento, as exportações não estão a criar emprego em larga escala porque temos a outra fase da moeda, que são sectores como a construção, que estão em forte contração. Mas este é um ajustamento de curto prazo e é natural que o peso se inverta. Basta olhar para Angola, para o número de projetos e empresários que vemos em Luanda.
Não há ainda muitos à espera que o Estado dê uma ajuda?
Durante muito tempo andámos a semear uma subsidiodependência. Exagerámos nos incentivos que não levavam ao empreendedorismo, que não levaram as pessoas a arriscar noutros mercados. Durante anos, baseámos esse modelo numa política fontista do betão, de investimento público. Isso conduziu-nos à situação atual, de grande endividamento privado e público, que a partir de 1996 começou a produzir um défice externo de 10% do PIB. Apostámos no betão, em autoestradas. Foi uma estratégia irresponsável.
Mas essa transição não é nada fácil. Pode ser mais fácil para as gerações mais novas, mas para quem sempre viveu na dependência do Estado não é fácil mudar de paradigma.
O processo de ajustamento é difícil, mas é necessário para voltarmos a crescer. A economia portuguesa já não cresce há 12 anos.
Mas qual é o papel do Estado nesse processo? Não é apologista de programas de criação de emprego. Como as Novas Oportunidades.
O Novas Oportunidades foi um falhanço total. De empregabilidade. Os resultados foram medíocres. Por outro lado, o desemprego começou a crescer há cerca de dez anos - era 3,9% no ano 2000. Quando tomámos posse, era de 12,7%. Quem pensa que o desemprego é um fenómeno recente, não se lembra do que aconteceu na última década. O desemprego só não é mais elevado porque começámos a emigrar.
Vários países europeus - Itália, Grécia, Espanha - têm um desemprego estrutural muito elevado há décadas. Com um desemprego entre os jovens sempre acima de 25%. Portugal será mais um desses países? Mais um caso crónico de desemprego elevado e prolongado?
Estamos a fazer tudo para que isso não aconteça. Não acredito em políticas estatizantes, mas acredito nos três pilares para a agenda do emprego: a reforma laboral para dinamizar o mercado de trabalho; as políticas ativas de emprego; e a formação. Uma das vantagens de termos o emprego na economia é que olhamos para os desempregados não numa lógica assistencialista mas de produtividade. Dois grandes problemas são a competitividade e a produtividade. A produtividade nacional está a cair há dez anos.
Por culpa?
De duas coisas: não termos implementado reformas estruturais e não termos apostado na valorização dos nossos recursos. Não são programas como as Novas Oportunidades que resolvem. Não é por darmos um diploma que qualificamos alguém.
O desemprego é um problema social. No que é que pensou quando se atiraram para cima do seu carro, na Covilhã?
[Pausa] Deixe-me ver se me lembro. Havia bastante agitação à volta do carro. Disse ao motorista para ter cuidado.
Foi um ato de desespero? Ou um ato organizado?
Totalmente organizado. Então as pessoas aparecem numa manifestação que não foi comunicada à polícia. Em que uma base da CGTP aparece em carrinhas fechadas para protestar. Decidi falar com eles para saber qual era o protesto. Como o diálogo não foi possível, segui o meu programa.
No pacote de emprego/flexibilidade laboral, ainda falta uma peça essencial: o fundo de indemnizações para quem seja despedido. Os patrões, por exemplo, não gostam da ideia de que o fundo de indemnizações possa ser transitável, acompanhando a pessoa para outra empresa. Foi um tema que saiu da agenda política. Está congelado?
Não está parado. Estamos a conversar com os parceiros sociais. Esperamos ter isso fechado a breve prazo.
Quando aceitou ser ministro, alguma vez pensou que teria de trabalhar com este número de desemprego? 15% e a subir?
Sejam 15% sejam 13%, são taxas elevadíssimas. Inaceitáveis. Desde o primeiro dia que o combate ao desemprego é uma prioridade total. As reformas estruturais não têm impacto imediato, mas era importante tê-las prontas no primeiro ano, para gerar emprego. O próprio acordo de concertação tem como um dos pontos principais políticas de emprego.
Nas últimas semanas, o governo tem emendado previsões. Primeiro no desemprego, agora na receita fiscal e nos riscos para o défice. Vai perdendo credibilidade à medida que falha previsões?
Para um economista é natural que haja erro. Nós sabemos que as previsões económicas estão sujeitas a muitas variáveis. Rever previsões, seja em Portugal ou no FMI, é natural.
O problema não é a revisão, mas o que um governo comunica ao país. Não perde credibilidade quando erra na avaliação da crise? Sobretudo quando esse desvio tem um impacto social direto?
Também houve previsões que não acertámos e que foram positivas. Como o ajustamento externo. Comissão, BCE e FMI fizeram previsões que ficaram abaixo do que aconteceu. São previsões macroeconómicas. E chamam-se previsões por alguma razão. O mundo não é estático.
Sim, mas os erros evitam-se com novos modelos. Face à surpresa - pela positiva e pela negativa - que tem sido Portugal, a troika precisava de aplicar outros modelos? Os dados que têm também estão muitas vezes errados.
Isso tem de perguntar à troika.
Entrou há um ano neste ministério. Emprego, Transportes, Obras Públicas, Energia, Trabalho. Ainda é um ministério demasiado grande?
Eu sempre controlei todas as dimensões deste ministério. E quem continua a insistir que não consigo geri-lo está pouco atento. Em todas áreas foram feitas reformas muito grandes. Desde a reestruturação dos transportes aos cortes na energia. Quem pensa que o Ministério da Economia é demasiado grande está desatento.
Falou da reestruturação dos transportes. São empresas que já foram reestruturadas e otimizadas, mas não resolveu o problema principal. A dívida: 17 mil milhões de euros. Já tem solução?
Temos falado com o Tesouro, com a troika. Estamos a tentar arranjar solução.
Que passará por essa dívida transitar para a dívida global do Estado?
Assim que essa solução estiver finalizada será comunicada. Nestas coisas o trabalho tem de ser feito nos bastidores.
Não há possibilidade de passar os cerca de quatro mil milhões que ainda tem disponíveis para os bancos e aplicá-los aqui? Para sanear os transportes?
Não, isso não há.
Todos os meses, muitas dessas empresas de transportes acumulam dívida, financiando-se junto da banca. Como não têm acesso a financiamento externo, pedem aos bancos nacionais. Mas é capital que é necessário para estimular a economia. E que em vez de ser utilizado em empresas que produzem valor é injetado em sectores do Estado. Faz sentido?
É exatamente por isso que a reestruturação é tão importante. Estamos a fazer o que nunca foi feito em décadas. Está a correr no timing definido. O problema que cita, de o dinheiro estar a ir para o Estado e para as suas empresas e não para a economia, é bastante real. O problema é que deixámos acumular uma dívida - 10% do PIB - que é insustentável. E das duas uma, ou as empresas se reestruturavam ou haveria um default, que seria gravíssimo para o Estado.
Os números do Banco de Portugal, durante muito tempo, indicavam que não havia um problema de crédito. Só mais recentemente se percebeu - e a troika também - que esse dinheiro não estava a ir para projetos inovadores, mas para as grandes empresas e para as empresas públicas. A banca devia dar uma ajuda mais focada à economia nacional?
Ainda esta semana falámos disso com a banca e com as empresas. A prazo temos dois problemas: o desemprego e o financiamento das empresas. A liquidez das empresas é a principal preocupação dos nossos empresários. Por isso é que fizemos a reforma do capital de risco público, que fizemos uma nova linha de PME crescimento.
Mas concorda que para um jovem que queira lançar um projeto, uma ideia, não é fácil arranjar financiamento.
Sim, é difícil.
Porque os bancos também não arriscam em projetos arriscados.
E porque também têm critérios de desalavancagem que têm de ser cumpridos. A banca quer apoiar empresas viáveis e a nossa preocupação é reforçar os mecanismos de capitalização das nossas empresas.
Teria sido preferível que o Estado assumisse um papel mais ativo nos bancos?
A recapitalização da banca vai ajudar a resolver algumas das situações. Esta situação atual acontece devido ao elevado nível de endividamento que encontrámos em junho de 2011.
O défice orçamental, até agora, é de 7,9%, longe dos 4,5% com que teremos de fechar este ano. Haverá mais medidas de austeridade?
A nossa tónica é de que as reformas estruturais vão permitir mais crescimento e emprego. Essa tem sido a nossa mensagem.
Sim, mas está a falar das empresas. E não do défice da conta do Estado.
A minha competência são as empresas.
A conversa acaba com um telefonema. Ainda não sobre a austeridade, ainda não com o anúncio do Constitucional. Esse viria mais tarde. Passos comentou, o ministro não. Luanda não é Lisboa, crescimento não é recessão.



Boa sr ministro, daqui a uns anos temos pleno emprego...Bem jogado.
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por alexandre7ias » 6/7/2012 3:55

Decisão já foi comunicada aos trabalhadores
Estoril Sol avança com despedimento colectivo de 38 pessoas

05.07.2012 - 20:37 Raquel Almeida Correia

Rui Gaudêncio

Grupo passou de lucros a perdas de 6,6 milhões em 2011

Já em 2010 a empresa, que no ano passado registou prejuízos de 8,3 milhões de euros, tinha movido um processo deste tipo, também no Casino do Estoril, afectando mais de 110 pessoas.

A empresa anunciou hoje que vai “proceder à cessação de 38 contratos de trabalho das áreas de Food & Beverage, Jogo e Direcção-Geral de Operações, através de um despedimento colectivo” no Casino do Estoril, tendo já notificado a Comissão de Trabalhadores e “o competente organismo do Ministério da Economia e Emprego”.

A Estoril Sol, que já em 2010 tinha avançado com um processo deste tipo que afectou mais de 110 trabalhadores, explica, no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, que estima um custo “de um 1,8 milhões de euros” com este despedimento colectivo, prevendo que a decisão lhe permita uma “economia anual de cerca de 880 mil euros”.

Em 2011, a concessionária, que gere ainda o Casino de Lisboa e o Casino da Póvoa de Varzim, registou prejuízos de 8,3 milhões de euros e uma redução de 7,1% nos proveitos operacionais, que caíram para 221,8 milhões de euros.

Já em 2010, a Estoril Sol tinha avançado com um despedimento colectivo que abrangeu 113 trabalhadores, também no Casino do Estoril.

A indústria do jogo tem sido afectada pela crise económica nos últimos anos. De acordo com os últimos dados da Associação Portuguesa de Casinos, relativos a 2011, as receitas brutas do sector desceram 5,4% para 325,8 milhões de euros.

Notícia actualizada às 21h08
© Público Comunicação Social SA
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por alexandre7ias » 5/7/2012 19:40

Dois mil bombeiros foram despedidos este ano
Publicado hoje às 18:33

Crise leva ao despedimento de bombeiros
Foto: Rui Oliveira/Global Imagens
Cerca de dois mil bombeiros profissionais já foram despedidos este ano em todo o país devido às dificuldades financeiras das corporações e às alterações das regras de transporte de doentes, afirma o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais.
"Em média, as mais de 400 corporações existentes estão a ser forçadas a rescindir contratos com dois a três trabalhadores, mas há situações muito mais graves, pelo que facilmente se chega aos 2.000 despedimentos desde o início do ano", afirmou Sérgio Carvalho.

O dirigente, que lidera o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais e é vice-presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, participou hoje no Algarve em duas reuniões para debater com colegas da região as dificuldades que as corporações atravessam.

Entre os temas debatidos, os profissionais consideraram particularmente grave a situação resultante da impossibilidade de as câmaras municipais abrirem novos concursos e o bloqueamento de carreiras na administração pública imposto pelo Governo, que, asseguram, está a levar à falta de graduados.

"Já não temos graduados suficientes e temos elementos a chefiar com postos em que, numa outra situação, seriam eles os chefiados", ilustrou Sérgio Carvalho.

Segundo o dirigente sindical, as dificuldades financeiras das autarquias fizeram reduzir em alguns casos para metade o financiamento autárquico aos corpos de bombeiros, que já anteriormente viviam situações difíceis.

Além desses problemas, as alterações de regras do transporte de doentes -- modificadas em legislação saída a 15 de maio -- gerou ainda mais dificuldades às corporações, cujos profissionais "dependiam financeiramente das associações humanitárias que viviam desse transporte", apontou.

Além das rescisões de contrato, que segundo Sérgio Carvalho nalguns casos englobam a totalidade dos profissionais das associações humanitárias, há várias situações de salários em atraso em todo o país.

Os profissionais queixam-se ainda dos baixos salários e das precárias condições de que são obrigados a usufruir, observando que um bombeiro profissional ganha 1,70 euros por hora no seu turno de serviço, o que o obriga a trabalhar à noite como voluntário pelo mesmo valor/hora.

"Uma vez que ele é profissional, é obrigado a fazer descontos pelo serviço prestado no seu turno de serviço, pelo que ganha menos do que um voluntário, que não paga impostos", disse.

As reuniões de hoje em Faro e Vila Real de Santo António enquadram-se num conjunto de iniciativas idêntica em outras zonas do país para avaliar a situação dos corpos de bombeiros a nível nacional.
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por alexandre7ias » 4/7/2012 9:51

Setor da distribuição perde 6500 postos de trabalho em 2011

Hipermercados
Foto: Direitos Reservados
Segundo a diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, a quebra de postos de trabalho mostra como a crise está a afetar o setor da distribuição em Portugal.
O setor da distribuição perdeu mais de 6500 postos de trabalho em 2011, em contraciclo com a criação de 5000 empregos neste setor em 2010, avançou a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.

Em declarações à TSF, a diretora-geral desta associação diz que esta situação é o «resultado da crise e da maneira como esta a afetar o setor da distribuição em Portugal».

Ana Trigo de Morais explicou que a quebra em postos de trabalho no setor em 2011 foi de 6593, o que dá uma média de 550 empregos perdidos por cada mês.

«É uma realidade difícil que dá bem a medida de como a quebra de consumo em Portugal está a afetar o nosso setor alimentar e não alimentar», frisou.

Esta responsável adiantou ainda que se verificou o encerramento de 37 lojas em 2011, 21 das quais do ramo não alimentar, algo que nunca se tinha verificado em tão grande escala desde que a APED faz a monitorização destes dados.
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