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Caldeirão da Bolsa

OT-Miguel Relvas fez licenciatura num ano

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por bráscubas » 4/7/2012 14:39

putneyjc
O que se discute neste tópico é de que forma o sr. Relvas "tirou um curso" de 3 anos em apenas 1.Não baralhes...
 
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Ai Miguelito, Miguelito...

por bboniek33 » 4/7/2012 14:35

...foi isso que te ensinaram no Preparatoorio ??? :twisted:

Ao menos o Pinto_de_Sousa ainda fez umas casinhas com janelas estilo fenetres.

Agora esta astuta eminencia parda parece ter sextos de terc,os de cursos incompletos acompanhados de javardice e, eventualmente, falsas declarac,oes.

Ai Miguelito, Miguelito... lembras-te de Socrates ? Pois lembras. Olha ! A CS nunca mais te larga. Estaas feito ao bife ! :mrgreen:
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por J Alves » 4/7/2012 14:30

Infelizmente vivemos num país de anedotas, de comentadores, num país de aparências e de dizeres de conveniência, vivemos no país da Alice.

Vivemos num país de títulos, onde se fazem exames em guardanapos de papel, se lançam notas ao domingo, se arranjam licenciaturas de curta duração.

Vivemos num país em que toda a gente fala mal dos políticos, mas quando se tem um amigo na política lá se vai pedir um jeito ao político de quem se fala mal.

Vivemos num país onde há muitos relvas, varas, limas, loureiros entre muitas outras espécies.

Vivemos num país de impunidade e onde os incompetentes proliferam como cogumelos e atrelados a um partido do arco do poder conseguem chegar a altos cargos na nação, nas câmaras, na administração pública.

Vivemos num país onde o estado com uma carga fiscal asfixiante tenta dar leite pra todos os que se penduram nas suas tetas. E aqui é que está a grande questão será que este modelo é viável.

Quando um toxicodependente começa a delapidar os recursos financeiros da família para alimentar o seu vício vai chegar a altura en que a situação familiar vai implodir.

Este é o ponto a que o país vai chegar caso nao se tomem medidas. Se isto não mudar só vejo uma solução que passa por darem aos cidadãos a liberdade de opção de pagarem ou não impostos, tal como acontece já em alguns países árabes. Quem optasse por não pagar impostos, não alimentando assim a vaca, é claro que teria à sua espera a conta por inteiro num hospital, a conta por inteiro numa escola, a conta em muitos dos serviços que o estado presta e que são financioados com os impostos. Esta liberdade de escolha acho que iria deixar menos amargurados muitos daqueles que apenas contribuem para que a vaca dê leite.
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Re: enganar

por pocoyo » 4/7/2012 14:28

Elias Escreveu:... A malta quer é ****s e vinho verde.


A malta quer é que eles vão para a **** que os pariu.
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Re: enganar

por Elias » 4/7/2012 14:19

AutoMech Escreveu:
dfviegas Escreveu:CEO de empresas privadas dimitiram-se por terem dado informações do mesmo género no seus CV´s.


Nem mais Viegas. Este foi muito badalado recentemente.
A Yahoo confirmou que Scott Thompson, até agora CEO da Yahoo, demiti-se após o escândalo sobre o erro no currículo


Pois é.

Acontece que os CEO de empresas privadas têm de prestar contas aos accionistas, que nem sempre acolhem bem este género de situações (dependendo das empresas, naturalmente).

Já os políticos têm de prestar contas ao povo. Os cidadãos são os accionistas do Estado. Acontece que muitas vezes o povo se está nas tintas para isso. A malta quer é ****s e vinho verde.
 
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Re: enganar

por Automech » 4/7/2012 14:15

dfviegas Escreveu:CEO de empresas privadas dimitiram-se por terem dado informações do mesmo género no seus CV´s.


Nem mais Viegas. Este foi muito badalado recentemente.
A Yahoo confirmou que Scott Thompson, até agora CEO da Yahoo, demiti-se após o escândalo sobre o erro no currículo
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por tava3 » 4/7/2012 13:01

A fernanda cancio, ontem na tvi24, disse que a ironia disto ´e que, o reconhecimento e qualificaçao de competecias do relvas ´e aquilo que o passos disse que era a creditaçao da incompetencia. Ou seja, o nº2 do governo ´e um incompetente aos olhos do pm. :)
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por PMACS » 4/7/2012 11:54

matiasprt Escreveu:
tugadaytrader Escreveu: no registo biográfico entregue no Parlamento quando foi eleito pela primeira vez deputado (na IV Legislatura, iniciada a 4 de Novembro de 1985), Miguel Relvas escreveu na alínea das habilitações literárias: “Estudante universitário, 2.º ano de Direito” – informação semelhante à do registo entregue na legislatura seguinte. Tendo Relvas feito apenas uma cadeira do 1.º ano de Direito, a que se deve a referência ao 2.º ano de Direito na informação que prestou à Assembleia?

Como é que este excremento ainda não se demitiu?



O delinquente politico que esta em Paris ao pé deste asqueroso aldrabão é um aprendiz...



Vou explicar a parte do 2º ano de Direito ....

Basicamente a cadeira a que ele estava inscrito devia ser uma cadeira de 2º ano LOLOLOL


Ou então era o 2ºano que tentava fazer essa cadeira! :lol:
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por rmachado » 4/7/2012 11:21

 
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por mais_um » 4/7/2012 11:20

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Estás a ser injusto, o Coelho não foi para um cargo de relações publicas.


Pois não. Foi para presidente executivo, um cargo que tem muito mais influência junto do poder do que o de qualquer relações públicas.


Assume de uma vez por todas que não gostas do homem! :mrgreen: :mrgreen:

Mas assim de memória penso que é dos poucos ex-politicos que exerce uma actividade empresarial activa, com responsabilidades efectivas e não meramente decorativa.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por Elias » 4/7/2012 9:04

mais_um Escreveu:Estás a ser injusto, o Coelho não foi para um cargo de relações publicas.


Pois não. Foi para presidente executivo, um cargo que tem muito mais influência junto do poder do que o de qualquer relações públicas.
 
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enganar

por dfviegas » 4/7/2012 9:03

putneyjc Escreveu:
paulop2009 Escreveu:Outra vergonha, igual ou pior que esta, é os jornalistas portugueses terem demorado 1 ano até começarem a esgravatar... Finalmente acordaram!


Ora eu ficava muito mais contente se os jornalista portugueses se preocupassem com temas que de facto têm um impacto brutal na vida das pessoas como o facto de o custo do Hospital do Algarve ficar mais caro ao Estado em 100 milhoes de euros se a opção de contrução fosse via PPP, versus construçao com recurso a fundos próprios.

Se o curso foi de 1 ano, 2 ou 10 é algo que me interessa mesmo pouco. Eu sei que este povo é obececado pelo número de anos dos cursos. Se um curso
for de 5 anos é bom mas se for de 3 já não presta, mesmo que durante os 5 anos ao aluno só tenha sido ministrado palha. Estreiteza de visão, Ponham os olhos no exemplo dos países anglo-saxónicos.


A questão principal não é se o homem tem curso ou não, a questão é o homem ter tirado o curso de forma ilegitma. Se ele faz isto com o curso fará concerteza em outras áreas da sua actuação.

CEO de empresas privadas dimitiram-se por terem dado informações do mesmo género no seus CV´s.
 
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por matiasprt » 4/7/2012 8:29

tugadaytrader Escreveu: no registo biográfico entregue no Parlamento quando foi eleito pela primeira vez deputado (na IV Legislatura, iniciada a 4 de Novembro de 1985), Miguel Relvas escreveu na alínea das habilitações literárias: “Estudante universitário, 2.º ano de Direito” – informação semelhante à do registo entregue na legislatura seguinte. Tendo Relvas feito apenas uma cadeira do 1.º ano de Direito, a que se deve a referência ao 2.º ano de Direito na informação que prestou à Assembleia?

Como é que este excremento ainda não se demitiu?


O delinquente politico que esta em Paris ao pé deste asqueroso aldrabão é um aprendiz...



Vou explicar a parte do 2º ano de Direito ....

Basicamente a cadeira a que ele estava inscrito devia ser uma cadeira de 2º ano LOLOLOL
 
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por mais_um » 4/7/2012 6:31

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:O perfil para o Carlyle Group é ter influencia.... como um ex- 1º ministro inglês tem. :mrgreen: :mrgreen:


Cá também temos empresas que exigem esse tipo de perfil.

Assim de repente lembro-me da Mota-Coelho 8-)


Estás a ser injusto, o Coelho não foi para um cargo de relações publicas.


Quando Jorge Coelho foi contratado por António Mota, aqui vociferámos contra o escândalo, num editorial sugestivamente intitulado "O nojo". Quatro anos depois, é preciso fazer a contrição: António Mota contratou sim "El Conejo" – Jorge Coelho é o seu Saviola, fez exactamente a internacionalização estratégica que disse que faria. A Mota-Engil foi de facto a construtora do regime, ganhou o melhor e foi salva do pior, mas criou o Plano B enquanto o Plano A prosperava. E Mota e Coelho não podem ser assim tão bons ao ponto de mandarem no Governo de Portugal, Moçambique, Angola, Polónia, Peru, Colômbia e de todos os outros países onde estão a ganhar obras. Pronto, elogio feito. Nem sempre os ex-políticos são apenas ex-políticos. Outros, como Fernando Gomes na Galp ou Alexandre Relvas na Logoplaste, constroem carreira de gestão com luz própria.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=549975

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por Mcmad » 4/7/2012 2:21

Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
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por JMHP » 4/7/2012 1:25

Creio que muita da revolta em torno do caso Miguel Relvas assim como em muitos outros que envolvem políticos, provem do facto destes casos serem tão típicos entre os portugueses em geral, não de forma alguma exclusiva dos políticos, mas é seguramente um fenómeno muito comum entre nós.

Os chamados "arranjadinhos" quando percalços ou pequenos azares nos batem à porta, temos como tradição a tendência de descobrirmos uns "atalhos" que apesar de parecerem desonestos ninguém leva a mal... Até porque amanhã não estamos livres de também o azar bater à nossa porta.

:roll:
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por putneyjc » 4/7/2012 1:13

paulop2009 Escreveu:Outra vergonha, igual ou pior que esta, é os jornalistas portugueses terem demorado 1 ano até começarem a esgravatar... Finalmente acordaram!


Ora eu ficava muito mais contente se os jornalista portugueses se preocupassem com temas que de facto têm um impacto brutal na vida das pessoas como o facto de o custo do Hospital do Algarve ficar mais caro ao Estado em 100 milhoes de euros se a opção de contrução fosse via PPP, versus construçao com recurso a fundos próprios.

Se o curso foi de 1 ano, 2 ou 10 é algo que me interessa mesmo pouco. Eu sei que este povo é obececado pelo número de anos dos cursos. Se um curso
for de 5 anos é bom mas se for de 3 já não presta, mesmo que durante os 5 anos ao aluno só tenha sido ministrado palha. Estreiteza de visão, Ponham os olhos no exemplo dos países anglo-saxónicos.
 
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por Shevet » 4/7/2012 1:13

Como é que este excremento ainda não se demitiu?


E quem é que iria para lá?? Outro escremento do genero??


Quanto à licenciatura em um ano, gostava de saber onde se tira, já sou licenciado, mas já agora fazia mais umas quantas licenciaturas!!! :lol:


Palhaçada de País, só vai lá quando o pessoal perder o medo e desatar tudo a bolachada a estes jagunços!
Estás a sentir????
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por L.S.S » 4/7/2012 0:40

no registo biográfico entregue no Parlamento quando foi eleito pela primeira vez deputado (na IV Legislatura, iniciada a 4 de Novembro de 1985), Miguel Relvas escreveu na alínea das habilitações literárias: “Estudante universitário, 2.º ano de Direito” – informação semelhante à do registo entregue na legislatura seguinte. Tendo Relvas feito apenas uma cadeira do 1.º ano de Direito, a que se deve a referência ao 2.º ano de Direito na informação que prestou à Assembleia?

Como é que este excremento ainda não se demitiu?


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por JMHP » 3/7/2012 23:57

AutoMech Escreveu:
artista Escreveu:Sou um tipo muito tímido, não tenho perfil! :oops:

Isso resolvia-se. Era só meter um tipo na plateia a dizer que os professores são uma cambada de parasitas e tu soltavas logo a adrenalina toda. :twisted:


:lol:
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por Elias » 3/7/2012 23:46

mais_um Escreveu:O perfil para o Carlyle Group é ter influencia.... como um ex- 1º ministro inglês tem. :mrgreen: :mrgreen:


Cá também temos empresas que exigem esse tipo de perfil.

Assim de repente lembro-me da Mota-Coelho 8-)
 
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por mais_um » 3/7/2012 23:42

LTCM Escreveu:
AutoMech Escreveu:
John Major, sucedendo a Margaret Thatcher, foi Primeiro-Ministro do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, chefe do governo de Sua Majestade. Não tinha licenciatura. Ninguém achou que precisava de uma para exercer o seu cargo, ninguém lha exigiu, ninguém o achou diminuído. Muito menos o próprio.
http://31daarmada.blogs.sapo.pt/5624540.html


Nem o Carlyle Group. :wink:


O perfil para o Carlyle Group é ter influencia.... como um ex- 1º ministro inglês tem. :mrgreen: :mrgreen:
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por mais_um » 3/7/2012 23:40

MarcoAntonio Escreveu:
Elias Escreveu:
AutoMech Escreveu:
artista Escreveu:A pergunta que faço é porque é que não aparecem novas forças políticas, projetos completamente novos? Não há interessados? É muito complicado?

Bem, nas últimas eleições havia uns 16 ou 17 partidos... :wink:


É verdade, mas 97% dos votos foram para os 5 partidos do costume...


Foram cerca de 95.38% dos votos expressos em partidos.

E os 4.62% de eleitores que votaram noutros partidos representam/significam 10 deputados.

Porém, não está lá nenhum que os represente. Estes eleitores, inadvertidamente, votaram no PS e no PSD porque na prática é assim que funciona a lei eleitoral: o eleitor elege quem não quer, inadvertidamente!

A isto soma-se uma série de factores que já cobri em tópico próprio:

> Os eleitores durante as campanhas são formatados em noções como a do "voto útil" e de que o país só é governável por maiorias absolutas, as quais só estão ao alcance do PS e do PSD. Estas noções são repetidas vezes sem conta não só por candidatos mas ainda por "fazedores de opinião" ligados ao chamado "arco do poder" que populam os canais nestas alturas com as suas "doutas" opiniões;

> As sondagens só cobrem os cinco partidos com assento parlamentar;

> Os (importantes) debates em horário nobre só se realizam com os cinco partidos com assento parlamentar (nas últimas eleições, e só porque foram obrigados, lá os canais finalmente deram uma "esmola" aos restantes partidos);

> No quotidiano, independentemente da sua dimensão parlamentar, os partidos do costume têm grande cobertura mediática enquanto os outros não têm nenhuma.



Portanto, resumindo:

a) o eleitor é sistematicamente formatado para achar que só há cinco que contam para alguma coisa e que só há dois verdadeiramente importantes;

b) depois, a lei eleitoral faz o resto como o seu método d'hondt, com a divisão ridícula do país em minusculos circulos eleitorais (que nem fazem sentido dado que os deputados estão constitucionalmente proibidos de representar os circulos) que na sua maioria só permitem matematicamente a eleição de deputados de dois ou três partidos, etc.


Acrescento que ter "boa" comunicação social também é fundamental, como se viu com o BE.
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por MarcoAntonio » 3/7/2012 22:20

Elias Escreveu:
AutoMech Escreveu:
artista Escreveu:A pergunta que faço é porque é que não aparecem novas forças políticas, projetos completamente novos? Não há interessados? É muito complicado?

Bem, nas últimas eleições havia uns 16 ou 17 partidos... :wink:


É verdade, mas 97% dos votos foram para os 5 partidos do costume...


Foram cerca de 95.38% dos votos expressos em partidos.

E os 4.62% de eleitores que votaram noutros partidos representam/significam 10 deputados.

Porém, não está lá nenhum que os represente. Estes eleitores, inadvertidamente, votaram no PS e no PSD porque na prática é assim que funciona a lei eleitoral: o eleitor elege quem não quer, inadvertidamente!

A isto soma-se uma série de factores que já cobri em tópico próprio:

> Os eleitores durante as campanhas são formatados em noções como a do "voto útil" e de que o país só é governável por maiorias absolutas, as quais só estão ao alcance do PS e do PSD. Estas noções são repetidas vezes sem conta não só por candidatos mas ainda por "fazedores de opinião" ligados ao chamado "arco do poder" que populam os canais nestas alturas com as suas "doutas" opiniões;

> As sondagens só cobrem os cinco partidos com assento parlamentar;

> Os (importantes) debates em horário nobre só se realizam com os cinco partidos com assento parlamentar (nas últimas eleições, e só porque foram obrigados, lá os canais finalmente deram uma "esmola" aos restantes partidos);

> No quotidiano, independentemente da sua dimensão parlamentar, os partidos do costume têm grande cobertura mediática enquanto os outros não têm nenhuma.



Portanto, resumindo:

a) o eleitor é sistematicamente formatado para achar que só há cinco que contam para alguma coisa e que só há dois verdadeiramente importantes;

b) depois, a lei eleitoral faz o resto como o seu método d'hondt, com a divisão ridícula do país em minusculos circulos eleitorais (que nem fazem sentido dado que os deputados estão constitucionalmente proibidos de representar os circulos) que na sua maioria só permitem matematicamente a eleição de deputados de dois ou três partidos, etc.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por artista_ » 3/7/2012 22:20

Banesco Escreveu:O que eu acho estranho é que o Sr. Relvas esteve muito tempo na oposição como líder parlamentar do PSD, inclusive na altura em que se soube do escândalo Sócrates/Independente, criticou o sucedido e ninguém disse nada acerca do próprio Relvas.

Depois foi para o Governo e só agora, passado 1 ANO é que alguém se lembrou de verificar o currículo do sr. Acho mesmo muito estranho, sendo ele um dos ministros mais importantes do Governo que ninguém se preocupasse! Onde andaram os senhores jornalistas este tempo todo? Até parece que guardaram o "furo" para o libertar na época baixa em notícias.

E o povo português contenta-se em estar refém destes senhores todos (e sim, incluo e critico os jornalistas por só agora se lembrarem).


Palpita-me que se fossem averiguar todos os elementos importantes dos vários partidos encontrariam muitos outros casos destes! Só que isso deve dar trabalho e só vale a pena quando a notícia dá "audiências", para isso é preciso que seja alguém relevante!
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