Desemprego em Portugal
.Mcmad Escreveu:Fico muito admirado com esses dados. Mais de metade dos desempregados sem subsídios.. Julgava que queriam estar sem fazer nada para ganhar algum...
Empresas Economia Buzz Faz
03.JUL.2012 00:28
Só 1 em cada 10 jovens recebe subsídio de desemprego
Trabalho procura-se (Foto: D.R.)
Segundo os dados do Eurostat, em maio havia 159 mil jovens sem trabalho em Portugal. Desses, menos de 15,5 mil recebiam subsídio
Menos de um em cada dez jovens sem trabalho tem direito a receber subsídio de desemprego. No dia em que a taxa de desemprego jovem regista a primeira descida dos últimos 11 meses, os dados da Segurança Social mostram que entre os 159 mil desempregados com menos de 25 anos, apenas 15 478 (9,73%) recebe o respetivo apoio social.
Se for tido em conta apenas o desemprego oficial - registado nos centros de emprego - o cenário é um pouco mais positivo. Como menos de metade dos desempregados estão registados, a percentagem de jovens que recebe subsídio sobe para os 19,6%.
Para a população geral, os números são diferentes. Dos 822 mil desempregados, 375 mil recebem prestações de desemprego. As razões para esta discrepância estão relacionadas com a precariedade laboral que caracteriza normalmente a entrada no mercado de trabalho. Para muitos jovens, é difícil descontar durante 15 dos últimos 24 meses.
Essa terá sido uma das razões que levaram o Governo a reduzir o período mínimo de descontos para aceder ao subsídio. A partir de ontem, basta trabalhar em 12 dos últimos 24 meses. Uma medida que é acompanhada de uma redução do número mínimo de meses para se poder beneficiar da prestação social, de nove para cinco. Isto é, o subsídio chegará a mais gente, mas por menos tempo.
Desemprego estabiliza
Os dados publicados ontem pelo Eurostat mostram ainda que a taxa de desemprego nacional manteve-se ao máximo histórico de 15,2%. Depois de nove meses consecutivos de subida, a travagem pode coincidir com a aproximação do verão, altura em que são criados mais postos de trabalho temporários. A última descida da taxa de desemprego foi registada em junho e julho do ano passado.
Também no desemprego jovem houve números um pouco mais animadores, com uma queda da taxa de desemprego para 36,4%. Porém, o número de jovens sem trabalho não se alterou face a abril. Continuam a ser 159 mil, o que que significa que a variação se terá devido a um crescimento da população ativa. Há 12 meses, a taxa de desemprego jovem estava nos 29,4%. Segundo a estimativa do Eurostat - entretanto houve uma quebra de série -, em maio de 2008, a taxa era de 19%.
Serão necessários mais alguns meses para perceber se existe algum tipo de inversão de tendência. As previsões do Governo indicam o contrário, apontando para um desemprego médio de 15,5% este ano e 16% em 2013.
Mesmo o ministro da Economia foi cauteloso na análise dos números. "Pela primeira vez em vários meses, o desemprego não cresceu. São dados obviamente de um só mês. Temos de ver o acontece nos próximos meses ao nível da sazonalidade no emprego. É verdade que nos meses do verão costuma haver uma diminuição desse desemprego", afirmou Álvaro Santos Pereira.
É que os próximos meses não se adivinham fáceis. Segundo os dados de maio da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), as empresas portuguesas pretendem mandar para rua 4749 trabalhadores nos próximos meses, ao abrigo de despedimentos coletivos. Um aumento de 118%, em relação aos primeiros cinco meses de 2011.Nuno Aguiar
Segundo os dados publicados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), em comparação com os primeiros cinco meses do ano passado, o número de trabalhadores que as empresas tencionam despedir nos próximos meses ao abrigo de processos de despedimento coletivo disparou 118 por cento até maio, para 4.749 pessoas.
O número de empresas que apresentou junto do Ministério da Economia e Emprego um pedido inicial para realizar despedimentos coletivos disparou, por sua vez, num ano, 88 por cento, passando das 256 para as 482 até maio deste ano.
Só durante o mês de maio foram 96 as empresas que manifestaram esta intenção (contra as 47 de maio de 2011), e que colocam assim em risco 891 postos de trabalho (395 em maio do ano passado).
Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais processos de despedimento coletivo abertos até maio (231), seguindo-se o Norte (165), o Centro (54), o Algarve (25) e o Alentejo (7).
Por tipo de empresas, os processos foram maioritariamente abertos por micro (167) e pequenas empresas (207), mas também por médias (78) e grandes empresas (30).
De acordo ainda com os dados da DGERT, entre janeiro e maio o número de empresas que concluiu processos de despedimento coletivo também aumentou, face a igual período de 2011, passando de 219 para 387.
Num ano, o número de trabalhadores despedidos ao abrigo de processos de despedimento coletivo aumentou de 1.883 para 3.273 pessoas, mas as empresas, ainda assim, conseguiram "segurar" 190 postos de trabalho em relação aos 3.463 estimados no início dos respetivos processos de despedimento coletivo.
Em maio deste ano foram concluídos processos de despedimento coletivo 72 empresas, tendo sido despedidos um total de 596 trabalhadores.
No processo de despedimento coletivo, a empresa entra com um pedido inicial junto do Ministério da Economia e Emprego, manifestando a sua intenção e o número de trabalhadores abrangidos pela ação.
Segue-se uma fase de negociação entre a empresa, os representantes dos trabalhadores e os serviços do Ministério, onde se tentam soluções, nomeadamente de reconversão, e negociações compensatórias.
Finalmente, a entidade empregadora comunica a decisão definitiva de despedimento e entrega um mapa final aos serviços do Ministério onde consta o número de trabalhadores efetivamente dispensados e o processo dá-se por concluído.
No conjunto do ano passado, recorreram ao despedimento coletivo um total de 641 empresas, tendo sido despedidos 6.526 trabalhadores.
Garanto que até simpatizei com este homem e concordei e divulguei o seu blogue " desmitos" como muitos aqui sabem .. continuo a acreditar mas ... cada vez menos..
o velho proverbio parece comprovar-se:
Quem sabe FAZ
Quem não sabe ENSINA
....
NÃO SE PODE FAZER EXPERIENCIAS NUM PAÍS MORIBUNDO..
HÁ QUE TER CERTEZAS E ACTUAR
(digo eu)
Quantos têm de ir para desemprego, quantos têm de morrer porquê e para quê????
vá experimentar para o raio que o parta
in jneg
Santos Pereira: "Temos de ver o que acontece nos próximos meses ao nível da sazonalidade do desemprego"
02/07/2012
Em Maio deste ano, a taxa de desemprego em Portugal situou-se nos 15,2%, de acordo com dados do Eurostat. Assim, a taxa de desemprego em Portugal igualou o valor de Abril de 2012.
O ministro da Economia defende que os dados conhecidos esta manhã “são dados só de um mês”. E que “temos de ver o que acontece nos próximos meses ao nível da sazonalidade do desemprego”.
“Nos meses de Verão costuma haver um atenuar desse desemprego, ou seja, há criação de emprego”, acrescentou tendo ainda destacado que o Executivo está “a observar muito de perto esse desemprego” e está “a reforçar as políticas activas de emprego”.
o velho proverbio parece comprovar-se:
Quem sabe FAZ
Quem não sabe ENSINA
....
NÃO SE PODE FAZER EXPERIENCIAS NUM PAÍS MORIBUNDO..
HÁ QUE TER CERTEZAS E ACTUAR
(digo eu)
Quantos têm de ir para desemprego, quantos têm de morrer porquê e para quê????
vá experimentar para o raio que o parta

in jneg
Santos Pereira: "Temos de ver o que acontece nos próximos meses ao nível da sazonalidade do desemprego"
02/07/2012
Em Maio deste ano, a taxa de desemprego em Portugal situou-se nos 15,2%, de acordo com dados do Eurostat. Assim, a taxa de desemprego em Portugal igualou o valor de Abril de 2012.
O ministro da Economia defende que os dados conhecidos esta manhã “são dados só de um mês”. E que “temos de ver o que acontece nos próximos meses ao nível da sazonalidade do desemprego”.
“Nos meses de Verão costuma haver um atenuar desse desemprego, ou seja, há criação de emprego”, acrescentou tendo ainda destacado que o Executivo está “a observar muito de perto esse desemprego” e está “a reforçar as políticas activas de emprego”.
mcarvalho
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Segundo Joaquim Daniel, coordenador da União dos Sindicatos de Braga, a situação do desemprego ainda se irá agravar mais com as alterações ao Código do Trabalho recentemente aprovadas e já promulgadas pelo Presidente da República, "porque facilitam os despedimentos, tornando-os mais baratos".
"O distrito de Braga está numa situação complicadíssima", referiu o sindicalista, acrescentando que Guimarães é o concelho com maior taxa de desemprego, sobretudo devido à crise do setor têxtil.
Lembrou ainda que os 65.386 trabalhadores sem emprego representam apenas "os números oficiais do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas garantiu que "há muita mais gente" no distrito sem trabalho.
Além disso, os sindicatos temem que o período de férias que acontece normalmente em julho e agosto seja "aproveitado" para o encerramento de mais empresas no distrito, algumas delas já com sinais de "estarem com a corda na garganta".
"Os primeiros alertas são, normalmente, os salários em atraso. E já temos informação de algumas que não pagam aos trabalhadores há um mês, dois e mais", admitiu Joaquim Daniel.
Para tentar "estancar a hemorragia" do desemprego, a União dos Sindicatos de Braga (USB) vai promover, de 9 a 20 de julho, uma quinzena de informação aos trabalhadores, para os mobilizar para a luta contra a aplicação das alterações ao Código do Trabalho.
"Nenhuma entidade patronal está obrigada a aplicar estas alterações", lembrou Joaquim Daniel.
Defendeu que as alterações ao Código do Trabalho "são inconstitucionais", nomeadamente porque "promovem o trabalho gratuito, com a retirada de três dias de férias e a eliminação de quatro feriados" e "não permitem a conciliação do trabalho com a vida familiar".
Finanças
Estado vai despedir este ano até 650 ex-trabalhadores do BPN
Parvalorem será palco de um despedimento colectivo. Restantes empresas ou são vendidas ou serão liquidadas no prazo de seis meses.
O Estado já decidiu: a partir do final deste ano não terá qualquer encargo com os trabalhadores que herdou do BPN e que não transitaram para o Banco BIC. Nalguns casos, haverá rescisões amigáveis seguidas de despedimento colectivo; noutros, ou são vendidas as unidades nas quais esses trabalhadores estão incluídos (por exemplo, o Efisa) ou essas empresas serão liquidadas.
O resultado final é este: no final de 2012, os cerca de 650 trabalhadores vindos do BPN para os veículos ou passam para o privado ou perdem o emprego.
Esta estratégia terá já sido comunicada à gestão demissionária dos veículos que agrupam os activos do BPN que não foram vendidos ao BIC. Também as comissões de trabalhadores de algumas unidades já têm conhecimento, após reuniões com a Secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, que tem dirigido todo o processo relativo ao BPN.
A mexida mais imediata dar-se-á na Parvalorem, que detém créditos que pertenciam ao BPN e que não transitaram para o BIC. Aqui, "logo que possível e no mais curto espaço de tempo, será encetado, pela nova administração, um processo de redução dos quadros de pessoal, por via de rescisões por mútuo acordo", segundo um comunicado enviado pela comissão de trabalhadores da Parvalorem, a que o Diário Económico teve acesso.[CORTE_EDIMPRESSA]
O documento, elaborado após uma reunião com Maria Luis Albuquerque realizada na semana passada, acrescenta que "neste âmbito, foi-nos informado que o quadro de rescisões a apresentar irá contemplar as mesmas condições aplicáveis a um processo de despedimento colectivo". No parágrafo seguinte, a confirmação de que "posteriormente ocorrerá um processo de despedimento colectivo".
A Parvalorem tem actualmente entre 350 e 400 funcionários, a maior parte da herança, em termos de pessoal, recebida pelo Estado, vinda do BPN. O novo modelo de gestão a implementar no curto prazo (ver texto ao lado), irá reduzir fortemente as necessidades de pessoal. Fontes sindicais contactadas admitem que o veículo possa vir a ficar com apenas 10% da actual força de trabalho.
O caso dos restantes veículos é diferente. A Parups, que agrupa património imobiliário, não terá praticamente funcionários próprios. Já a Parparticipadas terá, no total das suas empresas, cerca de 300 pessoas, a maior parte delas no BPN Crédito. Este veículo inclui empresas que foram nacionalizadas junto com o BPN mas que, na privatização, não passaram para o BIC. É o caso do Banco Efisa, do BPN Imofundos ou da Real Vida Seguros.
Nestas empresas, não está em curso um corte de pessoal, mas o destino dos funcionários só não será o desemprego se, antes do final do ano, as entidades sejam vendidas. E aqui há algumas contradições. Na sexta-feira, Rui Pedras - um dos administradores dos veículos - disse na Assembleia da República que as negociações entre os veículos estatais e vários investidores interessados no BPN Brasil, BPN Gestão de Activos, Real Vida, BPN IFI, Banco Efisa e BPN Crédito estão em curso e dentro em breve deverá haver novidades. Isto são boas notícias para os trabalhadores, já que pelo menos parte deles teria hipóteses de continuar a trabalhar para as empresas em causa, agora com um novo dono.
No entanto, no que toca ao BPN Crédito (crédito ao consumo), Maria Luis Albuquerque terá comunicado aos funcionários que desconhecia qualquer proposta para a compra da empresa, o que contraria notícias recentes e as próprias afirmações dos até aqui administradores dos veículos.
Na sexta-feira, ao final do dia, o Diário Económico solicitou esclarecimentos ao Ministério das Finanças, não tendo estes chegado até ao fecho desta edição.
Mcmad Escreveu:Fico muito admirado com esses dados. Mais de metade dos desempregados sem subsídios.. Julgava que queriam estar sem fazer nada para ganhar algum...
Julgas tu e a maioria dos portugueses. Mas é natural, o que não faltam são populistas a apregoar tretas dessas em horário nobre.
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Mais de metade dos desempregados não recebe subsídio
Publicado hoje às 15:32
O número de pessoas a receber prestações de desemprego ultrapassava 375 mil em maio, o que representa 46 por cento do total de desempregados contabilizados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Dados divulgados pela Segurança Social referem 375.240 beneficiários a receber subsídios relacionados com o desemprego, um número mais elevado que os 363.573 registados em abril.
Os últimos dados do INE apontam para uma taxa de desemprego de 14,9 por cento da população ativa no primeiro trimestre, com um total de 819,3 mil desempregados.
Assim, o número de desempregados que não recebe subsídio atinge 444.060, ou seja 54,2 por cento do total.
Os dados da Segurança Social incluem o subsídio de desemprego, com um valor médio de 526,10 euros em maio, subsídio social de desemprego inicial (345,96 euros), subsídio social de desemprego subsequente (361,94 euros) e prolongamento de subsídio social de desemprego (311,50 euros).
Do total de beneficiários a receber este tipo de apoio, a maioria, ou seja, 306.547, usufrui do subsídio de desemprego.
A região de Lisboa apresenta o valor médio do subsídio por beneficiário mais elevado, com 596,87 euros, seguida de Setúbal, com 561,44 euros, enquanto os montantes mais baixos registaram-se nos Açores, com 470,12 euros e em Beja, com 480,52 euros.
Em maio, os subsídios de desemprego foram atribuídos a 22.512 estrangeiros, contra 21.477 em abril, a maior parte (6.985) de nacionalidade brasileira, seguindo-se o conjunto dos países africanos de expressão portuguesa (PALOP), com 5.733 beneficiários.
Delphi vai despedir mais de 300 pessoas nas próximas duas semanas
Delphi (Foto: D.R.)
A multinacional Delphi vai despedir 321 pessoas nas próximas duas semanas, depois de no ano passado ter deixado 601 sem emprego
A multinacional Delphi vai despedir 321 pessoas nas próximas duas semanas, depois de no ano passado ter deixado 601 portugueses sem emprego. Na origem dos despedimentos está o fim da produção de um componente para a marca Rover.
O Sindicato das Indústrias Transformadoras (SITE) já receava que a empresa, a maior empregadora do distrito de Castelo Branco, rescindisse o contrato com os trabalhadores em função do fim da produção do produto. As declarações foram dadas à TVI24.
A maior parte dos trabalhadores em causa são temporários e com contratos a termo certo.
A 17 de junho, a sindicalista Gabriela Gonçalves dizia à Lusa que "a Delphi é o maior empregador do distrito de Castelo Branco. Há casais que trabalham na empresa". Como referiu, "os despedimentos vão significar um aumento brutal do número de desempregados no distrito".
A multinacional, contactada pela Agência Financeira, não quis comentar os despedimentos: "Não comentamos ajustamentos derivados de aumentos de produção ou decréscimos de produção que são inerentes à atividade da indústria automóvel".
A estes despedimentos juntam-se mais 400 que saem da sede do serviço de atendimento da Segurança Social de Castelo Branco, noticiados na passada terça-feira. No total, serão 700 pessoas no distrito a perder os postos de trabalho, em menos de um mês.Dinheiro Vivo
.Os 400 trabalhadores do “call center” da Segurança Social de Castelo Branco foram despedidos. A empresa concessionária do centro já informou os funcionários que sexta-feira será o último dia de trabalho. Um grupo de 160 trabalhadores precários já tinha recebido a comunicação de despedimento no início do mês.
Para Cristina Hipólito, do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública, este despedimento colectivo representa um "desastre social" no concelho de Castelo Branco. "A empresa está no final de contrato e está a proceder como tal, mas a Segurança Social não pode lavar as mãos como Pilatos. Estes trabalhadores não são números, são pessoas e, de facto, num concelho como o de Castelo Branco é um desastre social que não pode ficar desta maneira", disse.
A empresa concessionária justifica os despedimentos com o fim do contrato de concessão com o Instituto da Segurança Social, que termina a 30 de Junho, sábado.
Contactado pela Renascença, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, promete uma reacção para a manhã desta quarta-feira.
Número de casais desempregados sobe 81% num ano
Publicado hoje às 17:28
7940 casais estavam desempregados em maio
Foto: Leonel de Castro/Arquivo
Entre os 609.273 desempregados inscritos nos centros de emprego, em maio, estavam registados 7.940 casais sem emprego, o que corresponde a um aumento de 81% relativamente ao mesmo mês de 2011.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados aumentou em 3.554 casais em termos homólogos e em 63 casais (0,8%) relativamente ao mês de abril.
O desemprego registado nos centros de emprego do continente aumentou 20,4% face ao mesmo mês do ano passado e diminuiu 2,3% relativamente ao mês de abril.
Ontem às 15:54
De 2000 a 2012 desemprego passou de 3,9% para 15,5%
A taxa de desemprego em Portugal aumentou de 3,9 por cento em 2000 para 12,7 por cento em 2011, subindo para 14,9 por cento no primeiro trimestre de 2012, divulgou hoje o Governo.
De acordo com o relatório ‘A Evolução Recente do Desemprego’ em Portugal, elaborado pelo Executivo e hoje divulgado, esta tendência de aumento deverá manter-se, tendo o Governo revisto em alta as previsões da taxa de desemprego para 15,5 por cento este ano e 16 por cento em 2013.
«Esta evolução resulta do ciclo económico e de um ajustamento importante que está a decorrer na economia portuguesa, nomeadamente na sequência de vários desequilíbrios acumulados ao longo da última década», lê-se no documento.
Esta evolução «está ainda associada a um substancial agravamento do desemprego estrutural (nível de desemprego que prevalece na economia, mantendo-se as suas características estruturais, em particular as relativas ao mercado do trabalho e do produto) decorrente de elementos de rigidez até aqui presentes no mercado laboral, tal como a estrutura do subsídio de desemprego ou a elevada segmentação entre contratos de trabalho a termo e outras formas flexíveis de contratação e contratos de trabalho sem termo», refere o relatório.
No relatório hoje divulgado pelo Ministério da Economia e do Emprego, são identificadas algumas das principais causas para a evolução do nível de desemprego em Portugal no final de 2011 e início de 2012.
Na última reunião em sede de concertação social, a 1 de Junho, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou previsões mais pessimistas para a taxa de desemprego no nosso país. Os novos números apontam agora para uma taxa de desemprego média para a totalidade deste ano de 15,5 por cento, ao contrário dos 14,5 anteriormente esperados, e de 16 por cento, contra uma melhoria esperada para os 14,1 por cento, incluído no anexo que tanta polémica deu por não ter sido entregue aos deputados na mesma altura que o DEO foi entregue à Assembleia da República.
Vítor Gaspar disse na altura esperar que em 2013, altura em que estima novo recorde da taxa de desemprego para os 16 por cento (totalidade do ano), esta taxa comece finalmente a inverter a tendência e apresente melhorias.
Lusa/SOL
MarcoAntonio Escreveu:Uma medida que na minha opinião faz sentido, uma vez que um individuo não deve ser penalizado financeiramente quando (perante a oportunidade) opta por trabalhar e possivelmente nem tem grandes custos para o Estado, se é que tem algum:
Santos Pereira: Acumulação de subsídio com novo salário entra em vigor na próxima semana
12 Junho 2012 | 15:46
Lusa
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse que a medida que permite acumular uma parte do subsídio de desemprego com o salário do novo emprego vai entrar em vigor na próxima semana.
O governante falava na comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social, onde está a ser ouvido pela primeira vez.
Esta é uma das medidas activas de emprego que o Governo já tinha aprovado, mas que ainda não tinha entrado em vigor, e prevê que se o salário for inferior ao subsídio que recebe, pode receber uma parte desse subsidio para completar o salário.
Os efeitos na taxa de desemprego deverão ser porém, suponho, marginais.
Sim também concordo
O aspecto mais significativo desta medida (na minha opinião) é a sua contribuição para a diminuição do desemprego de longa duração, ou melhor, é um incentivo para que um potencial desempregado de longa duração deixe de o ser.
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- Registado: 23/12/2011 1:41
Uma medida que na minha opinião faz sentido, uma vez que um individuo não deve ser penalizado financeiramente quando (perante a oportunidade) opta por trabalhar e possivelmente nem tem grandes custos para o Estado, se é que tem algum:
Os efeitos na taxa de desemprego deverão ser porém, suponho, marginais.
Santos Pereira: Acumulação de subsídio com novo salário entra em vigor na próxima semana
12 Junho 2012 | 15:46
Lusa
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse que a medida que permite acumular uma parte do subsídio de desemprego com o salário do novo emprego vai entrar em vigor na próxima semana.
O governante falava na comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social, onde está a ser ouvido pela primeira vez.
Esta é uma das medidas activas de emprego que o Governo já tinha aprovado, mas que ainda não tinha entrado em vigor, e prevê que se o salário for inferior ao subsídio que recebe, pode receber uma parte desse subsidio para completar o salário.
Os efeitos na taxa de desemprego deverão ser porém, suponho, marginais.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
.Numa visita à Feira Nacional da Agricultura, numa hora em que eram ainda escassos os visitantes, Pedro Passos Coelho percorreu, na companhia da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, os vários espaços do certame que decorre até domingo no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém.
No pavilhão da Comissão Europeia, Passos Coelho defendeu que a revisão da Política Agrícola Comum (PAC) deve manter algumas ajudas diretas aos agricultores portugueses, indispensáveis para que o setor ganhe competitividade e não seja colocado em causa o rendimento agrícola, que reconheceu ser baixo.
"Que a aposta no regadio possa ser apoiada, pois é a única forma de manter uma vasta área do território com culturas diversificadas, o que só é possível com recurso ao regadio", afirmou antes de deixar inscrito o seu desejo na árvore onde os visitantes são convidados a colocar uma "maçã" (em papel) com uma frase.
O primeiro-ministro afirmou que a agricultura é "uma das apostas importantes para a recuperação económica do país", sublinhando o esforço que tem vindo a ser feito tanto pelo Governo como pelos empresários agrícolas.
Passos Coelho referiu em particular o esforço feito por Assunção Cristas na reprogramação dos fundos comunitários, de modo a que fossem libertados meios "para que novos projetos pudessem vir a ser contemplados".
O primeiro-ministro afirmou que a agricultura é uma das áreas que pode absorver o desemprego jovem, exigindo, contudo, um "enquadramento junto das instituições, formação e disponibilização de meios e recursos para que os jovens possam intervir".
"Espero que haja por parte dos jovens portugueses um novo olhar sobre a agricultura", disse, pedindo que os jovens não olhem para o setor como ele era visto no passado, mas que tenham uma perspetiva "mais dinâmica, mais moderna".
Sublinhando que existem atualmente muitas empresas portuguesas que fornecem não só o mercado interno mas que também exportam parte da sua produção, Passos Coelho considerou este setor "um caminho de oportunidade".
Questionado por uma jovem sobre o projeto do Banco de Terras, o primeiro-ministro disse esperar que o Parlamento discuta os vários projetos legislativos existentes antes da interrupção do verão.
"Precisamos de instrumentos que incentivem os jovens portugueses a apostar também na agricultura", disse, sublinhando que o Banco de Terras permitirá disponibilizar terras para os que querem apostar na agricultura e não têm terras.
Os Tugas já estavam de tanga agora andam a levar tanga
Economia destruiu mais de 200 mil empregos no espaço de um ano
Suecos recrutam portugueses (Foto: Adelino Meireles)
INE mostra evolução negativa no número de postos de trabalho perdidos relativamente ao trimestre anterior e ao período homólogo de 2011
As Contas Nacionais Trimestrais, hoje reveladas com pormenor pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia portuguesa destruiu 206,5 mil empregos nos últimos 12 meses, o que equivale a uma variação negativa de 4,2% quando se compara o primeiro trimestre deste ano com igual período do ano passado.
Em termos mais concretos, e sempre com dados corrigidos da sazonalidade, o número de empregos totais estava nos 4,7 milhões no final do primeiro trimestre deste ano, menos 206,5 mil do que 12 meses antes. A evolução do emprego remunerado registou uma variação negativa de 3,6%, o que equivale à destruição de 155,6 mil empregos no espaço de um ano, para um total de 4,1 milhões de postos de trabalho.
O emprego total para o conjunto da economia diminui 1,1% (menos 53,2 mil postos de trabalho) no primeiro trimestre, face aos últimos três meses de 2011 e -1,8% (menos 68,5 mil) no caso do emprego remunerado.Pedro Araújo
O Instituto da Segurança Social (ISS) esclarece que o despedimento de funcionários do seu “call center” em Castelo Branco é da responsabilidade da empresa que fornece o serviço, assegurando que não pretende acabar com aquele centro de contacto.
A reacção do Instituto da Segurança Social surge após notícias que dão conta de que 176 funcionários do “call center” da Via Segurança Social receberam uma carta de não renovação de contratos de trabalho temporário.
Em comunicado, o Instituto da Segurança Social salienta que "a continuidade do serviço do centro de contacto da Segurança Social está assegurada, sendo este um canal privilegiado de contacto com os cidadãos e empresas".
Quanto à não renovação dos contratos, o ISS esclarece que essa decisão "depende exclusivamente da empresa que actualmente fornece os serviços e os seus respectivos funcionários a desempenharem funções no serviço de contacto".
O ISS explica ainda que está a ser desenvolvido um novo modelo de centro de contacto, para o qual foi aberto um concurso público internacional, contemplando "premissas fundamentais" para a segurança social, como a redução de custos (cerca de dois milhões de euros) e o facto de a empresa vencedora vir a contratar preferencialmente recursos humanos com experiencia.
Este concurso surge no âmbito do processo de redução de custos de administração no ISS, que implicou uma auditoria interna à qualidade do serviço prestado, cujo resultado apontou para o desenvolvimento de "um novo modelo de funcionamento do centro de contacto".
Esta situação motivou já reacções do presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, que diz que o assunto será analisado em Assembleia Municipal, e do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, que exigiu a integração daqueles trabalhadores no próprio Instituto de Segurança Social.
O sindicato afirma que em causa estão 370 postos de trabalho e não apenas os que já receberam a carta e considera que se o objectivo da segurança social é fechar o serviço, não podem ser os trabalhadores a ser castigados.
O centro de contacto da Segurança Social em Castelo Branco abriu ao público em Dezembro de 2008, após adjudicação dos serviços de atendimento telefónico a uma empresa privada.
A adjudicação teve por base um concurso público que resultou num contrato em vigor a partir de 18 de Dezembro de 2008 e com a duração de um ano, prorrogável por mais dois anos.
Em Dezembro de 2011, findo o prazo de três anos, e de acordo com a lei, foi possível prorrogar o contrato por mais seis meses findos os quais não é possível legalmente a sua renovação ou prorrogação, esclarece o ISS.
Lei deverá ficar concluída no final do Verão e junta-se à diminuição da idade da reforma para dar cumprimento a algumas promessas eleitorais
França vai encarecer despedimentos para combater o desemprego de 10%
Num mês, Hollande cumpre promessas
D.R.
07/06/2012 | 15:41 | Dinheiro Vivo
O novo governo socialista francês está a planear uma nova lei de trabalho que aumente o custo dos despedimentos. A medida estará pronta dentro de meses, segundo anunciou hoje o ministro do Trabalho, após a notícia do aumento da taxa de desemprego para 10%.
A França tinha anunciado recentemente a redução da idade da reforma para os 60 anos no caso de trabalhadores com carreiras contributivas mais longas, dando assim cumprimento à promessa eleitoral e desafiando os problemas económicos e a advertência da União Europeia sobre a sobrecarga da Segurança Social.
O presidente François Hollande assumiu o cargo no mês passado com a promessa de combater o desemprego, que atingiu agora o nível mais elevado dos últimos 13 anos.
Num contexto de conomia estagnada, o ministro do Trabalho, Michel Sapin, disse serem necessárias medidas urgentes contra o desemprego e que iria implementar uma nova lei após as férias de Verão.
"A ideia principal é encarecer de tal ordem os despedimentos que não compense às empresas [fazê-lo]", disse Sapin em entrevista à rádio France Info. "Não se trata de sanções, mas de dar compensações adequadas aos trabalhadores", complementou.
A iniciativa de encarecer os despedimentos em França, onde já estão altamente regulamentados e, muitas vezes, são muito dispendiosos para os empregadores, contrasta com as medidas em curso noutros países da Zona Euro, como Itália e Espanha, onde o despedimento se tornou mais barato.
Sapin, um ex-ministro e amigo de longa data de Hollande, disse que o Governo não pode ficar de braços cruzados enquanto as empresas otimizam os seus modelos de funcionamento para melhorar a sua rentabilidade e aumentar os dividendos pagos aos acionistas.
O ministro da Indústria, Arnaud Montebour, também está a trabalhar numa lei que obrigará as empresas a vender as fábricas de que queiram descartar-se a preços de mercado, para evitar encerramentos e perdas de postos de trabalho.
O Governo e os sindicatos preparam-se para uma onda de despedimentos depois das eleições de 10 e de 17 de junho, temendo que as empresas tenham planeado fazê-los depois do período eleitoral.
Os dados do instituto estatístico indicaram, hoje, que a taxa de desemprego em França atingiram o limiar psicológico de 10% no primeiro trimestre. O desemprego em França aumentou mais do que durante a crise financeira de 2008-2009, passando de 9,8% no quarto trimestre de 2011 para o nível mais elevado desde o terceiro trimestre de 1999.
O socialista Hollande também prometeu, na tomada de posse, que reverteria parcialmente a reforma das pensões levada a cabo pelo seu antecessor, Nicolas Sarkozy. "Promessa feira, promessa cumprida", disse o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, numa entrevista ao canal de televisão TV TF1. Explicou, ainda, que a medida é acompanhada de um pequeno aumento das contribuições e que a França cumprirá com o compromisso europeu de reduzir o seu défice público a zero em 2017.
A mudança, que entrará em vigor em novembro, altera ligeiramente a reforma de Sarkozy em 2010, que elevou a idade da reforma de 60 para 62 anos e que afetará apenas os trabalhadores que trabalharam 41 anos em trabalhos cansativos e difíceis.
JMHP Escreveu:Qual foi a parte que deixei de responder ao Marco, dado que ele próprio não reclamou essa falha minha, não pretende continuar a debater a questão (por vezes muito debatida por aqui) e eu próprio não discordo da opinião dele, embora tenha algumas reservas sobre as duas propostas que ele apresentou.
Apenas gostaria de saber a tua opinião sobre as medidas adotadas por este governo. A ideia com que fico, quando leio o teu comentário, é que concordas com todas as medidas e que este governo não poderia fazer nada melhor do que está a fazer(!?)
JMHP Escreveu:Por vezes tenho a sensação que tu gostas de implicar com as pessoas ou politicas que não são do teu agrado. Afinal o que acrescentas tu de útil com essa observação?!
Esquece lá isso... ter uma opinião diferente é implicar?! A minha observação já está exposta no comentário a cima....
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MPC_finance Escreveu:E reflectir sobre as palavras do JMHP também era importante, acho excelente o que escreveu subscrevo inteiramente, apesar de também concordar com o Marco
nomeadamente no que respeita às PPP.
Sem dúvida, eu também concordo com o essencial do que ele escreveu... mas isso não quer dizer que ache que este governo está a fazer tudo o que pode (ou o melhor que poderia) para resolver os problemas do país... relativamente ao desemprego parece-me que se há dado que confirma que eles estão errados, é que as suas próprias previsões foram completamente "cilindradas"!!
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MiamiBlueHeart Escreveu:JMHP Escreveu:Consideras que os pontos que tu e o Marco referiram são suficientes para travar a subida galopante da divida publica em que as melhores perspectivas apontam para um abrandamento ou diminuição algures para final da presente década....
Meu caro,
Um emprego a mais, é menos um desempregado deste país. É uma família mais feliz e menos uma pessoa que dá despesa ao Estado.
De resto, ninguém falou que não ia haver austeridade, que a reformas não eram para fazer, etc...
Existem alternativas, poucas, mas existem. É preciso é vontade política para lutar por elas..
Relativamente a aumentar o plano de ajustamento, bem já temos figuras como: Ferreira leite, Pires de Lima e muitos outros a dizer o mesmo que pertenceram ou pertencem aos partidos do governo..
Serão essas essas figuras também já de esquerda e viciada em dinheiro? Ou simplesmente pessoas que têm opinião, não têm medo de a expressar e de não seguir o seguidismo que muitos outros fazem..
Um emprego por decreto hoje poderá significar 2 ou 3 novos desempregados no futuro ainda com mais dificuldades de recuperar, numa economia que no presente e futuro tem como garantia a escassez de dinheiro.
Foi esta a politica seguida no passado, em que a todo custo se procurava segurar empregos e empresas que mais tarde são classificadas como "lixo".
Relativamente à Ferreira leite, Pires de Lima & companhia que fazem parte daqueles defendem que a austeridade hoje é excessiva, acho curioso hoje ver ex-ministros e altos dirigentes políticos com grandes responsabilidades nos anteriores governos que contribuíram muito para estado actual do país, aparecerem em praça publica cheios de autoridade moral e intelectual para agora reclamarem sobre quem tenta recuperar o pais.
Mais curioso é ver como facilmente a opinião publica e a imprensa depressa esquece os verdadeiros responsáveis que enterraram o país no passado (ao longo de década e meia), os mesmos que agora aparecem como iluminados e conhecedores de como livrar o país da austeridade.
É pena que no passado não tenham usado a inteligência e essa responsabilidade moral e cívica ao serviço do pais.
Não percebo como agora andam tão ocupados a reclamar com lições de governação em debates televisivos, quando num pais moderno e civilizado estariam agora ocupados a responder pelos suas acções e politicas desastrosas que conduziram à situação actual.
Por ultimo quero deixar bem claro que eu não sou defensor absoluto da austeridade, nem prazer tenho em comentar o estado actual do país que a mim pessoalmente me entristece.
Mas em vez de lutar ou criticar cegamente a austeridade actual, entendo e compreendo a razão e os motivos dela existir e com isso penso ser possível retirar lições e descobrir novas oportunidades para um futuro melhor.
JMHP Escreveu:Consideras que os pontos que tu e o Marco referiram são suficientes para travar a subida galopante da divida publica em que as melhores perspectivas apontam para um abrandamento ou diminuição algures para final da presente década....
Meu caro,
Um emprego a mais, é menos um desempregado deste país. É uma família mais feliz e menos uma pessoa que dá despesa ao Estado.
De resto, ninguém falou que não ia haver austeridade, que a reformas não eram para fazer, etc...
Existem alternativas, poucas, mas existem. É preciso é vontade política para lutar por elas..
Relativamente a aumentar o plano de ajustamento, bem já temos figuras como: Ferreira leite, Pires de Lima e muitos outros a dizer o mesmo que pertenceram ou pertencem aos partidos do governo..
Serão essas essas figuras também já de esquerda e viciada em dinheiro? Ou simplesmente pessoas que têm opinião, não têm medo de a expressar e de não seguir o seguidismo que muitos outros fazem..
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JMHP Escreveu:
Consideras que os pontos que tu e o Marco referiram são suficientes para travar a subida galopante da divida publica em que as melhores perspectivas apontam para um abrandamento ou diminuição algures para final da presente década....![]()
Eu não quero continuar a debater o assunto porque acho que o consenso possível já foi atingido mas queria esclarecer que estás a deturpar consideravelmente o que eu escrevi (e eu detesto passar por ter escrito coisas que não escrevi... lol).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MiamiBlueHeart Escreveu:JMHP Escreveu:Portugal não vai crescer nem que todos os anjos do céu desçam à terra e injectem dinheiro na economia, isto porque a nossa economia e nosso sistema de sociedade está mal estruturada e enraizada de longa data.
Os gregos no inicio também diziam que não aceitavam ou não aguentavam... Basta olhar agora para Grécia de joelhos e ouvi-los:
"O que está à nossa frente é pior do que o presente. E o presente é já muito pior do que temíamos"
Em nenhum momento falei que a austeridade ia deixar de existir.
Meu caro, TU consideras que não existe alternativa possível à presente estratégia, EU considero que existem algumas alternativas.
O Marco falou-te de algumas, eu disse-te outras e existem muito mais.
Mas existem aspectos que estão no atual plano de ajustamento que não estão a correr conforme deviam e custam emprego, exemplo:
- A questão do financiamento da economia sempre foi um aspeto fundamental do plano. O que aconteceu? A Troika disponibilizou o dinheiro e passado 1 ano, 365 dias, e o processo ainda não está finalizado. obviamente que o assunto deveria ter tido outra celeridade..
- O exemplo das PPP, que o Marco falou;
- O filme dos contratos de energia, que o Governo já fez algo significativo , mas poderia ter feito muito mais;
- a reestruturação da FP, cortaram-se umas dúzias de chefias. Isso é alguma coisa significativo?? Onde estão as fundações? os institutos??
Por isso, o que não faltam é ideias e trabalho a fazer, agora se Governo cegamente só acredita naquela receita, tem que assumir as decisões e não vir com a desculpa que não existe alternativas possíveis.
Consideras que os pontos que tu e o Marco referiram são suficientes para travar a subida galopante da divida publica em que as melhores perspectivas apontam para um abrandamento ou diminuição algures para final da presente década....

Existem factores importantes do nosso sistema que de forma esmagadora contribuem para o consumo do nosso PIB, tais como educação, administração publica, nomeadamente a saúde e o sistema de segurança social, restando depois uma pequena parte. Achas que os pontos que tu e o Marco apontam são suficientes para fazer assim uma tão grande diferença da forma como vocês valorizam?!
E depois do Estado, como se vai resolver as dividas das famílias e das empresas?!... Com uma economia desequilibrada e mal estruturada de que forma vamos conseguir voltar ao crescimento, isto num país que mesmo a viver sobre os efeitos da austeridade é lento ou evita confrontar-se com reformas estruturais?!
Andam os críticos a reclamar contra a austeridade excessiva... O que significa austeridade excessiva?!... Como conseguem medir e afirmar que a austeridade actual é excessiva se vivemos num pais e numa sociedade mal estruturada e a viver muito acima das suas possibilidades?!
Será que produzimos os suficiente para suportar a boa qualidade dos nossos serviços de saúde?! Ou o nosso nível de pensões com todas as suas alíneas e excepções, ou até o nosso sistema segurança social que tenta proteger os mais desfavorecidos ou azarados de todas as catástrofes possíveis e imagináveis?!
E por ultimo deixo uma pergunta para reflexão ou para alguém que queira responder de forma séria... Se por ventura os nossos credores aliviarem a pressão sobre nós e permitir uma austeridade mais suave, como estará Portugal preparado para a próxima contracção ou recessão da economia mundial


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