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Caldeirão da Bolsa

Gaspar ja pensa no corte Subs. de Natal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 29/6/2012 11:50

Défice subiu para 7,9% no primeiro trimestre. Meta para o ano é 4,5%

Vitor Gaspar (Foto: José Carlos Pratas)
Depois de um excedente de 3% no final de 2011 devido aos fundos da banca e à sobretaxa de IRS, saldo orçamental piora significativamente

O défice público subiu para 7,9% do produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre, informa hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A necessidade líquida de financiamento do sector público foi superior a 3,2 mil milhões de euros nos primeiros três meses deste ano.

Há precisamente um ano atrás, o défice do primeiro trimestre foi de 7,5%, tendo piorando nos três meses seguintes.

O "desvio colossal" nas contas de 2011 ficou patente a meio do ano, levando o Governo a avançar com várias medidas de austeridade (sobretaxa do IRS equivalente a 50% do subsídio de Natal) e com a engenharia financeira que lhe permitiu encaixar os seis mil milhões de euros dos fundos de pensões da banca em 2011.

Este último expediente fez com que o saldo orçamental do último trimestre do ano passado foi bastante positivo, cerca de 3%.

Agora, sem medidas extraordinárias ativas, o défice do primeiro trimestre de 2012 volta a ser muito negativo. O sector público aumentou em termos absolutos as suas necessidades líquidas de dinheiro, mas a economia também está pior. Se o PIB é inferior, por causa da recessão, o rácio do défice fica mais negativo.Luís Reis Ribeiro
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por mfsr1980 » 29/6/2012 11:19

artista Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:Caros,
Sem o sector privado o País não sobrevive.
É absurdo, o País estar a sustentar empregos desnecessários só para que estes não façam parte das estatísticas do desemprego.
Portugal está a perder esta "batalha" da sobrevivência e é por isso que eu quis usar um palavra "forte", a ideia não era insultar.


Não era insultar? Então é melhor voltares à escola para aprenderes os significados das palavras!

É que os trabalhadores do estado são é vítimas da má gestão dos governos... obviamente que haverá alguns que são maus funcionários, como há em todas as empresas mas pouco interessa para o caso. A forma como falaste aplicaria-se apenas se todos o fossem, na realidade a grande maioria são bons trabalhadores!

Eu gostava era de te ver indignado com outras coisas, por exemplo:

1 - Que o estado, através dos governos, eleitos pelos contribuíntes (tu incluído), tenha trabalhadores com contratos precários renovados sucessivamente, alguns há mais de 10 anos. E que agora os vai despedir sem qualquer tipo de indemnização, como teriam em qualquer empresa privada. Têm apenas direito ao subsídio de desemprego, e tenho a certeza de que, se algum governo lhes tirar esse direito, haverá muitos (tu incluído) que ficarão todos contentes! Obviamente isto não te indigna...

2- Que o estado contrate pessoas por 3/4/5/6 meses com contratos precários a quem não paga nenhum subsídio porque no período em que estão contratados ganham mais de 1100 euros mensais. Mesmo que a média mensal no fim do ano venha a ser muito inferior...

Isto não te indigna?! Pois, indigna-te é que te aumentem as avaliações das tuas propriedades, porque o que te dava jeito era pagar menos impostos, mesmo que isso seja injusto em função do que outros pagam por imóveis similares! Ou seja, o que te indigna é que te vão ao bolso, se forem ao dos outros não interessa se é mais ou menos justo, não interessa sequer de quem estamos a falar, "são uma corja" e ponto final! :roll: :roll:


Eu sempre paguei os impostos que me são devidos, até porque no dia em que os deixar de pagar, o Estado ver-se-á mesmo forçado a correr com os "vegetais" que por lá populam! EDIT: e olha que esse dia já não vem longe, começaram por fazer um "squeeze" às empresas e agora seguem-se os proprietários que são os únicos que na prática não podem fugir ao fisco e isto tudo para que os "vegetais" de estimação por lá continuem!
EDIT1: Os contratos precários que o Estado efectua, não são trabalhadores que ele necessita, porque ele já os têm "a dar c'o pau" são apenas para maquilhar os números de desemprego.
Ponham os FP's a ser geridos por empresas privadas e vão ver como o problema desaparece!

Abraço mfsr1980
 
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por JMHP » 29/6/2012 1:47

Lion_Heart Escreveu:o problema e que para alem de tempo Passos quer mais dinheiro.


Sim, dinheiro precisa e muito, as finanças estão neste momento nas "lonas", mas o problema maior talvez seja a austeridade que vai ser pedida por mais tempo.
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por rodhes » 29/6/2012 0:45

E nas ppp não mexem?
 
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por artista_ » 29/6/2012 0:42

mfsr1980 Escreveu:Caros,
Sem o sector privado o País não sobrevive.
É absurdo, o País estar a sustentar empregos desnecessários só para que estes não façam parte das estatísticas do desemprego.
Portugal está a perder esta "batalha" da sobrevivência e é por isso que eu quis usar um palavra "forte", a ideia não era insultar.


Não era insultar? Então é melhor voltares à escola para aprenderes os significados das palavras!

É que os trabalhadores do estado são é vítimas da má gestão dos governos... obviamente que haverá alguns que são maus funcionários, como há em todas as empresas mas pouco interessa para o caso. A forma como falaste aplicaria-se apenas se todos o fossem, na realidade a grande maioria são bons trabalhadores!

Eu gostava era de te ver indignado com outras coisas, por exemplo:

1 - Que o estado, através dos governos, eleitos pelos contribuíntes (tu incluído), tenha trabalhadores com contratos precários renovados sucessivamente, alguns há mais de 10 anos. E que agora os vai despedir sem qualquer tipo de indemnização, como teriam em qualquer empresa privada. Têm apenas direito ao subsídio de desemprego, e tenho a certeza de que, se algum governo lhes tirar esse direito, haverá muitos (tu incluído) que ficarão todos contentes! Obviamente isto não te indigna...

2- Que o estado contrate pessoas por 3/4/5/6 meses com contratos precários a quem não paga nenhum subsídio porque no período em que estão contratados ganham mais de 1100 euros mensais. Mesmo que a média mensal no fim do ano venha a ser muito inferior...

Isto não te indigna?! Pois, indigna-te é que te aumentem as avaliações das tuas propriedades, porque o que te dava jeito era pagar menos impostos, mesmo que isso seja injusto em função do que outros pagam por imóveis similares! Ou seja, o que te indigna é que te vão ao bolso, se forem ao dos outros não interessa se é mais ou menos justo, não interessa sequer de quem estamos a falar, "são uma corja" e ponto final! :roll: :roll:
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por artista_ » 29/6/2012 0:11

migluso Escreveu:Os funcionários públicos (e com isto não quero dizer que sejam todos, mas penso que enquanto classe deve ser assim dito) são uma força de bloqueio à mudança.

Desculpem-me a sinceridade, mas muitas das atitudes, sobretudo das cúpulas sindicais, para além de darem tiros nos próprios pés (talvez não seja nos deles, mas antes nos dos trabalhadores que supostamente deveriam representar), são um travão ao desenvolvimento do país (só o conseguem ser porque vivem num ambiente protegido).

Basta ler o texto do PSG que o AutoMech já postou por aí...


Não achas normal as pessoas baterem-se pelos seus direitos? eu acho... também não concordo com alguns, acho até muito pouco sensatas algumas posições mas vivemos numa democracia e temos de aceitar que as pessoas lutem pelos seus direitos e também que tenham opiniões diferentes das nossas... isso não é assim também numa empresa? Se o Millennium quisesse amanhã despedir metade do pessoal eles aceitariam com naturalidade?!
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por Lion_Heart » 28/6/2012 21:16

Por este andar Portugal nao volta aos mercados nem em 2020 , claro que o Passos prescisa de mais dinheiro, senao daqui a um ano esta na rua.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por MarcoAntonio » 28/6/2012 21:04

Lion_Heart Escreveu:o problema e que para alem de tempo Passos quer mais dinheiro.


Mas eu não creio que tenhamos tanta necessidade de dinheiro como temos de tempo (o porquê basicamente já o expliquei acima).

E além de precisarmos mais de tempo do que de dinheiro, é muito mais fácil darem-nos isso que os euros...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Dom_Quixote » 28/6/2012 21:04

MarcoAntonio Escreveu:Curiosamente...

Pelo menos desta vez, tou de acordo com ele.



Marco, tás de acordo com ele ou ele tá de acordo connosco? :roll:
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por Lion_Heart » 28/6/2012 21:01

o problema e que para alem de tempo Passos quer mais dinheiro.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por Mcmad » 28/6/2012 21:00

Ora bem, estão criadas as condições para Passos vir a terreiro dizer que foi pressionado a pedir mais tempo ....
Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
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por MarcoAntonio » 28/6/2012 20:48

Curiosamente...

Pelo menos desta vez, tou de acordo com ele.


"Se fosse primeiro-ministro fazia tudo para alongar o prazo" da ajuda externa

28 Junho 2012 | 20:06
Lusa


O conselheiro de Estado Marcelo Rebelo de Sousa defendeu hoje que a "prioridade das prioridades" deve ser fazer tudo para "alongar" o prazo do programa de ajuda externa, defendendo que que não deve surgir mais austeridade "por nenhum sítio".


À margem da apresentação da obra "Tratado de Lisboa - Anotado e Comentado", a primeira anotação em língua portuguesa aos tratados europeus, no Palácio da Bolsa, no Porto, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de mais medidas de austeridade, tendo considerado que isso não seria desejável.

"Se fosse primeiro-ministro fazia tudo para alongar o prazo agora que se diz que a Grécia vai alongar o prazo. Acho que essa devia ser a prioridade das prioridades e eu acho que o primeiro-ministro já abriu uma janelinha quando disse se alterarem as circunstâncias - leia-se, a Grécia e os outros países - nós também queremos. Espero que seja possível alterar as circunstâncias", disse.

O ex-líder do PSD considera ainda que Pedro Passos Coelho "está a fazer a alteração possível" ao discurso. "Quando uma pessoa tem um discurso que é muito, muito igual a si próprio e é o mesmo há um ano, perante a alteração das circunstâncias tem que começar a mudar aos poucos para não dar a sensação que muda muito porque ele próprio também não sabe como é que as circunstâncias se vão alterar", defendeu.

Na opinião de Marcelo Rebelo de Sousa "não deve surgir" mais austeridade "por nenhum sítio porque neste momento já está tudo tão apertado". "Agora se me pergunta, com imaginação, onde é que eu acho que vão buscá-la, eu acho que está mais ou menos na cara que o que vão buscar, quando o Governo diz que não é só para os funcionários públicos, vão buscar aos trabalhadores que não são funcionários públicos, se for esse o caso", afirmou.

Questionado sobre se estariam em causa os subsídios de Natal, o social-democrata respondeu: "Não sei, isso aí é uma hipótese mas simplesmente não sei se é sequer uma hipótese possível. O Governo tem desmentido e não é certamente uma hipótese desejável".

Sobre o Conselho Europeu que até sexta-feira decorre em Bruxelas, o comentador político considerou que se essa reunião "quisesse ser verdadeiramente histórica, devia apontar para mais união política, mais união fiscal, mais união financeira, mais união bancária".

"E aquilo que vai apontar - Deus queira que seja mais do que isso mas à partida - é apenas para um pacto de crescimento e emprego que vem dois anos atrasado, que é curto, que é um reforço dos capitais do Banco Europeu de Investimento. É injectar na economia 180 mil milhões de euros, que é nada, para não sei quantas economias. Eu espero que até amanhã ainda haja mais do que isto porque isto é muito pouca coisa", antecipou.

Marcelo Rebelo de Sousa declarou ainda que "o Governo português não tem muito espaço de manobra" e "está a seguir à risca a 'troika' e a 'troika' está a seguir à risca quem manda na Europa".

"E como até agora quem tem mandado na Europa praticamente, sem grandes dissonâncias, é a Alemanha, Portugal tem de seguir o que está no acordo da 'troika' que por sua vez segue o que pensa a Alemanha. Não há muito espaço de manobra quando se deve o que se deve e tem que se cumprir aquilo que se assumiu como compromisso", sublinhou.



http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=565235
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Custos de produção

por Massao1 » 28/6/2012 19:01

Como baixar os custos de produção, nomeadamente os gastos com pessoal?

Pelo facto da impossibilidade de desvalorizar a moeda, um dos factores a ter em conta para a
Competitividade das nossas empresas é baixar os custos/gastos com o pessoal.

Temos as empresas uma taxa aproximada de 23% de custos com contribuições para a Segurança Social, faz todo o sentido baixar esta taxa para valores aceitáveis, e na minha perspectiva para os 10%. No entanto, o reverso da medalha é a diminuição das receitas para a segurança social.

E a questão é como resolver esta situação.

O problema é político, dado a perda de votos que determinada politica acarreta.

Na minha opinião este problema resolve-se pela taxção das reformas após os cinco anos, ou seja, após 5 anos de reforma, as mesmas será taxado a 5%.

Ficava resolvida o problema da equidade.

Simples não é.

Após 5 anos de reforma as mesmas serão taxadas a 5%, ou seja, os reformados começavam também a contribuir para a segurança Social.
 
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por MarcoAntonio » 28/6/2012 18:44

Eu ainda estou para perceber qual é a jogada do PPC, o argumento de que somos os bem comportadinhos e estamos a cumprir neste momento faz entre pouco e nenhum sentido.

O FMI admite renegociar com a Grécia:

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=565189

A Espanha e a Itália encaminham-se para obter ajudas externas sem exigência de contrapartidas orçamentais, algo a que Portugal, Grécia e Irlanda não tiveram direito nem oportunidade.

Destes, a Irlanda protesta e bem porque obviamente nesta Europa uns são filhos outros são enteados e mesmo entre os enteados, só os mal comportados é que têm direito a mecanismos de ajuda adicionais. Os bem comportados, mesmo com a corda na garganta, não recebem nada em troca do seu bom comportamento.

Portanto, qual é a vantagem de ser "bem comportadinho" e fazer tudo o que for necessário para cumprir?

O espaço Europeu é também um espaço competitivo, estamos todos a disputar por recursos comuns e a atitude de Portugal neste momento é demasiado passiva face à conquista da sua quota parte desses recursos.

Eu não estou a defender que sejamos incumpridores e que falhemos, nem é bem o caso que se coloca dado que temos estado a cumprir e temos condições para chegar às metas exigidas, eventualmente apenas não no curto prazo pedido. O que estou antes a dizer é que está na hora de reclamar por algo em troca do bom comportamento uma vez que não fazê-lo não só não trás vantagem nenhuma como trás mesmo desvantagens pois, basicamente, os outros estão-nos a fazer concorrência desleal.



Pessoalmente e dado que nós já estamos a fazer bastante e as contas estão a evoluir visivelmente no sentido pretendido, o que nós podemos pedir é tempo (mais um ou dois anos para cumprir as metas).

Repare-se que neste momento uma das grandes causas do déficit orçamental já são os juros e despesas de capital (as quais terão a prazo tendência para cair). No resto já fizemos imenso, ainda podemos fazer mais mas parece-me óbvio que para continuar a fazer cair o déficit brutalmente não se pode continuar a implementar medidas de austeridade que estão a ter um impacto brutal nas condições económicas (vide desemprego em taxas record, particularmente entre os jovens ou ainda as quedas de receitas fiscais).

O que se perspectiva - e parece-me claro que têm estado a preparar terreno com discurso político típico para fazê-lo - é a introdução de mais medidas de austeridade. O discurso político, é tipo algodão, raramente enganada e em politiquês o que eu leio numa série de declarações dos governantes nos últimos dias é que vem aí mais austeridade.

Mais austeridade para quê neste momento? Para fazer crescer ainda mais a taxa de desemprego? Para fazer baixar ainda mais as receitas fiscais? Para sufocar a actividade económica e colocar Portugal debaixo de uma longa e severa recessão?

Quando possívelmente tudo o que precisamos para cumprir as metas é mais algum tempo, com a ajuda da retracção das taxas de juros (que já estão a retrair há algum tempo)?



Eu francamente já não entendo a estratégia. Entendia no início mas essa fase do bem comportadinhos já passou: já o demonstramos e as avaliações da troika têm sido sempre visivelmente positivas. Agora está na hora de pedirmos algo em troca do bom comportamento e pedir tempo para continuar com o processo nem me parece nada de extravagante...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 28/6/2012 19:07, num total de 1 vez.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Reformas douradas

por Massao1 » 28/6/2012 17:33

Blue Epsilon Escreveu:
LedZeplin Escreveu:
migluso Escreveu:Os funcionários públicos (e com isto não quero dizer que sejam todos, mas penso que enquanto classe deve ser assim dito) são uma força de bloqueio à mudança.

Desculpem-me a sinceridade, mas muitas das atitudes, sobretudo das cúpulas sindicais, para além de darem tiros nos próprios pés (talvez não seja nos deles, mas antes nos dos trabalhadores que supostamente deveriam representar), são um travão ao desenvolvimento do país (só o conseguem ser porque vivem num ambiente protegido).

Basta ler o texto do PSG que o AutoMech já postou por aí...



Concordo plenamente.

Muitos funcionários públicos nem merecem metade dos vencimentos. Existem muitos sindicalistas que nem sabem o que é trabalho.

Neste momento, os funcionários públicos são uma classe privilegiada, dado não estarem a sofrer na pele a chaga dos despedimentos.

A par dos funcionários públicos temos os reformados que em 5 anos conseguem recuperar todas as suas contribuições, e a par disto temos muitos reformados acumularem a reforma com vencimentos no privado.

Este governo a não aplicar os cortes de 10% nas reformas cometeram o maior erro económico, dado este corte estar previsto em 2012.

OBS. Não é minha intenção referir reformas de 500,00, mas sim reformas a partir dos 1.500,00, estas sim reformas douradas.

Não faz sentido existirem reformas acima dos 1.500,00, e o argumento que descontaram 40 anos não é válido, daso que, em 5 anos consomem toda as suas contribuições.



É inadmissível existirem reformas de milhares de Euros sem cortes e ao mesmo tempo cortes em salários miseráveis.


Agora para agravar os problemas temos reformados bancários no sitema da segurança social a ganharem milhares de euros de reformas, casos do Jardim do BCO e do Santo do BPI.

É uma vergonha.

Não é por acaso que muitos pequenos empresários estão a levar as suas empresas para a insolvência.

Estamos a trabalhar para quem?

Qual o rumo deste país?
 
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por Blue Epsilon » 28/6/2012 17:30

LedZeplin Escreveu:
migluso Escreveu:Os funcionários públicos (e com isto não quero dizer que sejam todos, mas penso que enquanto classe deve ser assim dito) são uma força de bloqueio à mudança.

Desculpem-me a sinceridade, mas muitas das atitudes, sobretudo das cúpulas sindicais, para além de darem tiros nos próprios pés (talvez não seja nos deles, mas antes nos dos trabalhadores que supostamente deveriam representar), são um travão ao desenvolvimento do país (só o conseguem ser porque vivem num ambiente protegido).

Basta ler o texto do PSG que o AutoMech já postou por aí...



Concordo plenamente.

Muitos funcionários públicos nem merecem metade dos vencimentos. Existem muitos sindicalistas que nem sabem o que é trabalho.

Neste momento, os funcionários públicos são uma classe privilegiada, dado não estarem a sofrer na pele a chaga dos despedimentos.

A par dos funcionários públicos temos os reformados que em 5 anos conseguem recuperar todas as suas contribuições, e a par disto temos muitos reformados acumularem a reforma com vencimentos no privado.

Este governo a não aplicar os cortes de 10% nas reformas cometeram o maior erro económico, dado este corte estar previsto em 2012.

OBS. Não é minha intenção referir reformas de 500,00, mas sim reformas a partir dos 1.500,00, estas sim reformas douradas.

Não faz sentido existirem reformas acima dos 1.500,00, e o argumento que descontaram 40 anos não é válido, daso que, em 5 anos consomem toda as suas contribuições.



É inadmissível existirem reformas de milhares de Euros sem cortes e ao mesmo tempo cortes em salários miseráveis.
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
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por Massao1 » 28/6/2012 17:28

migluso Escreveu:Os funcionários públicos (e com isto não quero dizer que sejam todos, mas penso que enquanto classe deve ser assim dito) são uma força de bloqueio à mudança.

Desculpem-me a sinceridade, mas muitas das atitudes, sobretudo das cúpulas sindicais, para além de darem tiros nos próprios pés (talvez não seja nos deles, mas antes nos dos trabalhadores que supostamente deveriam representar), são um travão ao desenvolvimento do país (só o conseguem ser porque vivem num ambiente protegido).

Basta ler o texto do PSG que o AutoMech já postou por aí...



Concordo plenamente.

Muitos funcionários públicos nem merecem metade dos vencimentos. Existem muitos sindicalistas que nem sabem o que é trabalho.

Neste momento, os funcionários públicos são uma classe privilegiada, dado não estarem a sofrer na pele a chaga dos despedimentos.

A par dos funcionários públicos temos os reformados que em 5 anos conseguem recuperar todas as suas contribuições, e a par disto temos muitos reformados acumularem a reforma com vencimentos no privado.

Este governo a não aplicar os cortes de 10% nas reformas cometeram o maior erro económico, dado este corte estar previsto em 2012.

OBS. Não é minha intenção referir reformas de 500,00, mas sim reformas a partir dos 1.500,00, estas sim reformas douradas.

Não faz sentido existirem reformas acima dos 1.500,00, e o argumento que descontaram 40 anos não é válido, daso que, em 5 anos consomem toda as suas contribuições.
 
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por migluso » 28/6/2012 17:15

Os funcionários públicos (e com isto não quero dizer que sejam todos, mas penso que enquanto classe deve ser assim dito) são uma força de bloqueio à mudança.

Desculpem-me a sinceridade, mas muitas das atitudes, sobretudo das cúpulas sindicais, para além de darem tiros nos próprios pés (talvez não seja nos deles, mas antes nos dos trabalhadores que supostamente deveriam representar), são um travão ao desenvolvimento do país (só o conseguem ser porque vivem num ambiente protegido).

Basta ler o texto do PSG que o AutoMech já postou por aí...
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por oscar.coelho » 28/6/2012 16:07

mfsr1980 Escreveu:Caros,
Sem o sector privado o País não sobrevive.
É absurdo, o País estar a sustentar empregos desnecessários só para que estes não façam parte das estatísticas do desemprego.
Portugal está a perder esta "batalha" da sobrevivência e é por isso que eu quis usar um palavra "forte", a ideia não era insultar.

Abraço mfsr1980


Não era insultar o tanas! Agora queres adoçar a coisa. Gente como tu, que abomina o estado, insulta permanentemente os funcionários públicos, os reformados e tudo que mexa à volta desde que receba qualquer coisinha do estado. Para serem coerentes deviam comprar um todo-terreno para só pisarem terrenos privados, fazerem declarações em como prescindem da polícia, dos bombeiros, do INEM e dos hospitais públicos em caso de acidente ou doença e se fossem assaltados que comprassem um tribunal, um juiz e uma cadeia só para eles.

Ainda não percebeste que quando há chafurdice privados e públicos lá estão de mãos dadas sem diferenças que os distingam. Como exemplo recente olha como médicos públicos e delegados, farmácias e laboratórios privados lá estão todos juntos a sacar milhões ao SNS com receitas falsas.

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Re: Pois ee !

por poseidon635 » 28/6/2012 14:36

Caro Marco António,

Concordo em absoluto com a tua posição. Não entendo o porquê de alguns "foristas", movidos certamente por algum ódio pessoal contra alguém ou talvez alguma "inveja" de não ser FP (se isso hoje em dia é possível... :), vem dizer mal dos outros, apenas porque lhe apetece e anda zangado com o mundo.

Sugeria aos administradores deste fórum que, "posts" deste tipo sejam apagados, uma vez que apenas apelam ao ódio de forma gratuita, servindo-se apenas do insulto para debater determinados assuntos.

Sendo este fórum dedicado fundamentalmente a debater assuntos ligadas à bolsa e economia, não percebo como alguns "foristas" apenas se dedicam a dizer mal de outros trabalhadores!

Em todo o lado há bons e maus trabalhadores (tanto no privado como no público)!

BN


MarcoAntonio Escreveu:
mfsr1980 Escreveu:O Gaspar têm é de mandar aquela corja toda que é o funcionalismo público que anda a coçar a micose, isso sim!


mfsr1980, já paravas com estes posts que para além de mostrarem a tua falta de educação, respeito e consideração pelos outros ilustram também que não sabes do que falas e és movido por um qualquer ódio pessoal.

Eu não sou funcionário público; porém conheço, lido e tenho ligações de variada ordem com vários, como muitas pessoas por esse país fora certamente - entre os quais, na sua generalidade, são pessoas trabalhadoras.

O que tu escreves - e já não é a primeira vezes que escreves este tipo de coisa - não merece outra coisa que não seja repúdio.
 
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por sargotrons » 28/6/2012 14:00

Blasar Escreveu:Uma coisa é certa, coisa boa não vem aí de certeza, independentemente do tipo de cidadão/contribuinte que sejamos. Por isso, na minha opinião, não adianta enveredar por perspectivas maniqueístas, pois além de serem, normalmente, redutoras, nada acrescentam de útil à discussão.

Como já estamos habituados a ser maltratados pelos nossos Executivos, vamos ver como vamos encaixar mais estes golpes que se avizinham, e verificar até onde durará a nossa resistência, mas acho que o KO já não tarda. A toalha já foi atirada há muito para o ringue, mas o árbitro finge que não a vê.

Que fique bem claro que repudio e não confio na generalidade da nossa classe política (que foram os que nos trouxeram até ao ponto onde hoje nos encontramos), no entanto, ninguém julgue que este Executivo toma este tipo de medidas porque o deseja, ou por qualquer psicose masoquista.
Fá-lo porque é obrigado, e como ainda não chegou o tempo certo para anunciar que os termos acordados com a TROIKA serão renegociados, continuamos, teimosamente, a seguir o que foi acordado. Não tem nada a ver com o facto de serem do CDS/PSD/PS/PCP/BE/etc., mas sim com o respeito por um documento que foi assinado, e que se não for respeitado, corremos o risco de ficar sem dinheiro. Mais simples não podia ser.

Irónico, vais ser quando altura da renegociação chegar (e eu julgo que é apenas uma questão de tempo), todos os partidos, sem excepção, que constituem a nossa Assembleia da República, virem-se vangloriar desse facto. Enfim, antevejo mais alguns momentos de decadência, acefalia e má comédia no anfiteatro da nossa democracia.

Infelizmente descreves bem a nossa realidade! :clap:
Não faz mal!...
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por Blasar » 28/6/2012 13:45

Uma coisa é certa, coisa boa não vem aí de certeza, independentemente do tipo de cidadão/contribuinte que sejamos. Por isso, na minha opinião, não adianta enveredar por perspectivas maniqueístas, pois além de serem, normalmente, redutoras, nada acrescentam de útil à discussão.

Como já estamos habituados a ser maltratados pelos nossos Executivos, vamos ver como vamos encaixar mais estes golpes que se avizinham, e verificar até onde durará a nossa resistência, mas acho que o KO já não tarda. A toalha já foi atirada há muito para o ringue, mas o árbitro finge que não a vê.

Que fique bem claro que repudio e não confio na generalidade da nossa classe política (que foram os que nos trouxeram até ao ponto onde hoje nos encontramos), no entanto, ninguém julgue que este Executivo toma este tipo de medidas porque o deseja, ou por qualquer psicose masoquista.
Fá-lo porque é obrigado, e como ainda não chegou o tempo certo para anunciar que os termos acordados com a TROIKA serão renegociados, continuamos, teimosamente, a seguir o que foi acordado. Não tem nada a ver com o facto de serem do CDS/PSD/PS/PCP/BE/etc., mas sim com o respeito por um documento que foi assinado, e que se não for respeitado, corremos o risco de ficar sem dinheiro. Mais simples não podia ser.

Irónico, vais ser quando altura da renegociação chegar (e eu julgo que é apenas uma questão de tempo), todos os partidos, sem excepção, que constituem a nossa Assembleia da República, virem-se vangloriar desse facto. Enfim, antevejo mais alguns momentos de decadência, acefalia e má comédia no anfiteatro da nossa democracia.
 
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por tava3 » 28/6/2012 13:40

Que grande treta a seleçao nao ter paasado `a fase seguinte, dava mesmo jeito para lançar o novo pacote de austeridade. O gaspar veio a correr dizer que as contas estavam uma porcaria quando vencemos a holanda ou que foi, agora ja nao ha sedativos, tem de ser a frio mesmo. :)
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por MiamiBlue » 28/6/2012 9:17

Dom_Quixote Escreveu:“Na altura em que, como líder do maior partido da oposição, reuni com a troika e levantei a questão sobre o período de ajustamento e a necessidade de termos um ano mais”, recordou Passos Coelho, a resposta “foi esta: ‘não vamos dizer que quatro anos não tivesse sido possível mas agora é demasiado tarde para alterar’” e que essa questão já estava encerrada com o Governo, sublinhou". PC in JdN de hoje.

Afinal há mais quem pense como eu, ou pelo menos... havia... :wink:

Não compreendo é porque é que é demasiado tarde... :roll:


Tudo pode ser negociado..

Mas para isso acontecer é preciso vontade de uma das partes e capacidade de demonstrar à outra parte que negociar é a melhor solução para ambos.

Contudo, quando não se sabe o que se anda a fazer..

P.S. Alguém que avise PPC que é PM de Portugal à um ano..
 
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por mfsr1980 » 28/6/2012 8:50

Caros,
Sem o sector privado o País não sobrevive.
É absurdo, o País estar a sustentar empregos desnecessários só para que estes não façam parte das estatísticas do desemprego.
Portugal está a perder esta "batalha" da sobrevivência e é por isso que eu quis usar um palavra "forte", a ideia não era insultar.

Abraço mfsr1980
 
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