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Caldeirão da Bolsa

A queda das Yields das OT portuguesas

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 22/6/2012 15:50

Deixo um link da bolsa de Frankfurt onde podem encontrar a cotação real de várias emissões de OT (portuguesas e não só), historico, graficos, etc....

http://www.boerse-frankfurt.de/en/bonds ... limit=NONE
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por sargotrons » 22/6/2012 12:23

mais_um Escreveu:Por vezes as variações de grande amplitude devem-se à alteração da serie que serve de benchmark para esse periodo.

Mas isso não acontece num só sentido temporal? Para trás e com consequente aumento.
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por Automech » 22/6/2012 11:46

Bom ponto mais_um. Não há emissões contínuas de OTs, tipo rollovers dos contratos de futuros.
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por mais_um » 22/6/2012 11:41

Por vezes as variações de grande amplitude devem-se à alteração da serie que serve de benchmark para esse periodo.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por Automech » 22/6/2012 10:54

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por richardj » 22/6/2012 10:25

Juros de Portugal a 10 anos caem abaixo dos 10%

A taxa implícita das obrigações do Tesouro a 10 anos desceu para menos de 10% pela primeira vez desde há mais de um ano. Chegou a estar acima de 17% em Janeiro.
Segundo dados da Bloomberg, a dívida pública portuguesa ao prazo de referência de 10 anos está a ser transaccionada no mercado secundário com uma taxa de 9,954%. Desde 8 de Junho de 2011, dois meses depois do pedido de ajuda externa, que a taxa era superior a 10%.

A 31 de Janeiro, dívida com o prazo chegou a ser transaccionada com uma taxa de 17,4%, na sequência do corte de “rating” da S&P (para “lixo”) e com receios de que Portugal viesse a reestruturar a dívida pública depois da Grécia, cujo “perdão” de dívida estava a começar.

Contrariando a aversão ao risco que está a marcar a negociação nos mercados europeus esta manhã, as obrigações de Portugal continuam a tendência de subida recente (levando a taxa implícita a diminuir).

No prazo a 10 anos, o alívio é da ordem dos 20 pontos-base, para 9,95% e abaixo da “marca psicológica” dos 10% ultrapassada há mais de um ano.

O alívio é ainda maior nos prazos mais curtos, outro bom sinal para o risco de crédito de Portugal já que promove uma “curva de rendimentos” mais inclinada ao longo das várias maturidades. A taxa a dois anos alivia 46 pontos-base para 7,40%.

Juros de Espanha e Itália continuam em alta

A percepção de risco de Portugal tem vindo a corrigir em baixa nos últimos meses, apesar dos riscos antes das eleições na Grécia e de Espanha e também Itália terem passado a sentir grandes dificuldades de acesso aos mercados.

O país vizinho continua, com efeito, a sentir um agravamento nas taxas na sessão de hoje, depois de ontem terem sido divulgadas as auditorias da Roland Berger e Oliver Wyman às necessidades de capital da banca espanhola.

As taxas de Espanha estão a agravar-se em seis pontos base no prazo a 10 anos, para 6,66% e em Itália a dívida com o mesmo prazo segue com uma “yield” de 5,82%, depois de Mario Monti ter dado uma entrevista em que diz que “temos uma semana para salvar a Zona Euro”.

in jornal de negocios


para mim psicologicamente é uma quebra importante, vamos esperar que se mantenha a tendência decrescente. Próxima barreira importante é a taxa de juro que tínhamos quando tivemos de pedir ajuda à troika
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por MarcoAntonio » 21/6/2012 14:34

Só para assinalar que as taxas a 5 e 10 anos continuam a fazer mínimos relativos e estão agora em cima dos 10%. A taxa a 2 anos não está em mínimos relativos mas está colada nos mínimos de Maio, agora em torno dos 8%...

Ainda há muito para descer, porém.

MarcoAntonio Escreveu:
Tem gráficos de ontem no tópico que indiquei. De qq ds formas, podes ver os gráficos actualizados no Bloomberg.

A 2 anos:

http://www.bloomberg.com/quote/GSPT2YR:IND/chart

A 5 anos:

http://www.bloomberg.com/quote/GSPT5YR:IND/chart

A 10 anos:

http://www.bloomberg.com/quote/GSPT10YR:IND/chart
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Koreano » 18/6/2012 22:51

Os bancos já estão carregados de divida e com a falta de liquidez, só poderão fazer mexer o mercado com nova LTRO.

O Estado emitiu pouca divida durante este ano, tendo em conta o abatimento que tinha a efectuar este mês - acabado de liquidar há 4 dias - de quase 9000 milhões de euros em OTs. Mesmo com cheques da Troika, é um valor demasiado pesado para uma tesouraria débil e que está actualmente pressionada com as devoluções de IRS. Talvez no segundo semestre, com a situação a melhorar pela poupança em subsídios de ferias e natal, haja tesouraria para comprar alguma coisa.

Pergunta: alguém sabe se quando o estado recompra divida esses montantes são abatidos imediatamente no saldo vivo das emissões ( nos boletins mensais do IGCP), ou se a actualização apenas é feita aquando dos eventos de pagamentos de cupão?
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por Pata-Hari » 18/6/2012 20:24

Eu também estou mais pela terceira hipótese.
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por richardj » 18/6/2012 16:01

pode-se dizer que estou a ver uma quebra em baixa das bonds xD

pelo menos os gráficos estão a ficar com bom aspecto, podem-se estar a formar canais descendentes.

Claro que isto é quase irrelevante porque tudo isto é muito sensível, uma má noticia e o gráfico dá uma sticada
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por sargotrons » 18/6/2012 14:34

MarcoAntonio Escreveu:
richardj Escreveu:mete ai um gráfico xD


Tem gráficos de ontem no tópico que indiquei. De qq ds formas, podes ver os gráficos actualizados no Bloomberg.

A 2 anos:

http://www.bloomberg.com/quote/GSPT2YR:IND/chart

A 5 anos:

http://www.bloomberg.com/quote/GSPT5YR:IND/chart

A 10 anos:

http://www.bloomberg.com/quote/GSPT10YR:IND/chart

Continua a descer...
Alguém pode mostrar os volumes?
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por PC05 » 29/4/2012 17:36

K. Escreveu:TERCEIRA HIPÓTESE: mudança de estratégia especulativa no ataque às dívidas espanholas e italianas.

A terceira hipótese que é relacionada com o fecho de posições que foram tomadas no principio do anos na tentativa de agitar o mercado europeu (faz algum sentido, pois isso explicaria a correlação negativa entre a nossa dívida e as outras).

Alguém já ganhou algum com esta observação:

http://www.ifre.com/portugal-+297bp-in- ... 42.article


Penso que fará sentido que os fundos tenham decidido por uma vez por todas atacar directamente a dívida espanhola, pois a correlação com a italiana tornou-se altíssima, justificando o risco. O filão de 2011, em que era possível mexer em Itália e Espanha atirando uns tostões para o mercado português parece estar assim esgotado.


É para esta opção que me inclino mais! O alvo parece ter mudado e neste momento será a dívida espanhola, assim como, já foram as obrigações portuguesas e antes as irlandesas (que viram as suas yields descer enquanto as nossas subiam)!
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por K. » 29/4/2012 17:13

TERCEIRA HIPÓTESE: mudança de estratégia especulativa no ataque às dívidas espanholas e italianas.

A terceira hipótese que é relacionada com o fecho de posições que foram tomadas no principio do anos na tentativa de agitar o mercado europeu (faz algum sentido, pois isso explicaria a correlação negativa entre a nossa dívida e as outras).

Alguém já ganhou algum com esta observação:

http://www.ifre.com/portugal-+297bp-in- ... 42.article


Penso que fará sentido que os fundos tenham decidido por uma vez por todas atacar directamente a dívida espanhola, pois a correlação com a italiana tornou-se altíssima, justificando o risco. O filão de 2011, em que era possível mexer em Itália e Espanha atirando uns tostões para o mercado português parece estar assim esgotado.
 
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por K. » 29/4/2012 17:06

Há uma hipótese alternativa à compra por parte dos bancos:


SEGUNDA HIPÓTESE: é o próprio estado que está comprador no mercado secundário.

O dinheiro das privatizações tem obrigatoriamente de ser gasto na redução da dívida. Porque não fazê-lo a desconto?

Com a fraca liquidez os ganhos serão marginais (na altura em que defendi a ideia como uma possibilidade real de redução da dívida, a liquidez era em média cerca de 5 vezes superior).

Apesar do reduzido ganho na diminuição da dívida (cerca de 150 milhões por mês, aos valores actuais de liquidez ) existem ganhos de imagem substanciais em implementar o programa de recompras na altura em que estou a *especular* que o terá sido. Isto porque o programa da Troika está, aparentemente, a ser cumprido. Mais, parece que as casas de investimento chegaram ao que sempre me pareceu evidente:a dívida portuguesa não é reestruturavel (devido à forma como está distribuída e subordinada). A combinação destes factores deverá conduzir a uma normalização do mercado de obrigações da dívida portuguesa. Isto não é necessariamente motivo para entusiasmos: na impossibilidade de reestruturação, se o programa falhar, resta a saída do euro (o que corresponde a financiar a dívida com os depósitos).


O mercado tem tendência a cheirar este tipo de coisas- parece ser unânime por estas bandas que algo não bate certo aqui- e isto explica o facto de as cotações dos bancos não estarem a responder. Os CDS continuam muito altos.

No início do ano passado a Grécia começou a fazer este tipo de recompras. A manobra foi muito mal recebida pelos mercados, pois foi feita com os yields em subida.

Repito, estou a colocar uma hipótese especulativa, provavelmente impossível de comprovar com a informação disponível.

Há uma terceira hipótese, no próximo post.
 
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por migluso » 28/4/2012 21:22

gorgol Escreveu:Pelas minhs contas dá cerca de 9 bn de variação no trimestre.


Ok, acredito.
Retiro então a especulação dos 15.000M, dado que parece não ser fiável extrapolar do balanço do BPI para todo o sistema bancário português, o aumento do endividamento junto do BCE neste primeiro trimestre.
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por gorgo » 28/4/2012 20:05

migluso Escreveu:
gorgol Escreveu:Assim vemos todos o balanço e efetivamebte o ativo subiu no trimestre € 1.700 milhões, mas estável com um ano atrás. Também não são os € 2.500 milhões.

Acho que contribui para uma discussão com mais conteúdo.


Assim é difícil.
Mantenho tudo o que disse, todos os números que disse.
Mais específico não posso ser, até as linhas do balanço indiquei, mas tu parece que não queres ver.

Os bancos portugueses foram buscar 36.000M nas duas linhas a 3 anos que o BCE lançou.

Os activos financeiros do BPI aumentaram 2.500M

És tu que está em falta e tens que justificar que o endividamento líquido foi 9.000M.

Mas eu lanço mais uma especulação, também com base no balanço do BPI, mais concretamente, a primeira linha do passivo, e atiro para que o endividamento líquido da banca portuguesa tenha sido superior a 15.000 milhões, após as 2 LTRO.


É justo que justifique o número, baseado num research do BPI, que não posso aqui colocar, onde tem gráficos sobre a evolução da dívida liquida dos bancos no BCE e a exposição à dívida soberana. Publicado dia 24 de Abril 12 com o título: Portuguese banks - BoP releases FebruarY data

"During march portuguese banks have increased net ECB by 18% mom to a total of 54,5 bn (11,4%) of TA." Logo em Fevereiro era de 46,2 bn.

No gráfico verifica-se um pequeno aumento em Janeiro e estável desde Outubro.
Pelas minhs contas dá cerca de 9 bn de variação no trimestre.
Na noticia baseada no Económico é referido que o BCP não aumentou a exposição, embora tenha alterado as maturidades.

A exposição em Fevereiro à dívida soberana pelos Bancos Portugueses era de 27 bn, apenas 5,7% dos ativos.

O meu objetivo não é mudar ninguém e provavelmente também não pretendes que eu mude.
 
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por migluso » 28/4/2012 18:25

gorgol Escreveu:Assim vemos todos o balanço e efetivamebte o ativo subiu no trimestre € 1.700 milhões, mas estável com um ano atrás. Também não são os € 2.500 milhões.

Acho que contribui para uma discussão com mais conteúdo.


Assim é difícil.
Mantenho tudo o que disse, todos os números que disse.
Mais específico não posso ser, até as linhas do balanço indiquei, mas tu parece que não queres ver.

Os bancos portugueses foram buscar 36.000M nas duas linhas a 3 anos que o BCE lançou.

Os activos financeiros do BPI aumentaram 2.500M

És tu que está em falta e tens que justificar que o endividamento líquido foi 9.000M.

Mas eu lanço mais uma especulação, também com base no balanço do BPI, mais concretamente, a primeira linha do passivo, e atiro para que o endividamento líquido da banca portuguesa tenha sido superior a 15.000 milhões, após as 2 LTRO.
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por gorgo » 28/4/2012 17:42

migluso Escreveu:http://bpi.bancobpi.pt/storage/download/ficheiro_pdf.640F4A5A-845E-4F54-8D36-748E734AF0C3.1.pt.asp?id=75BE8513-7F95-460F-8AF8-F991850CA217

Pag. 51.

linhas 5,6 e 7 do activo...

curiosidades:
1.ª linha do passivo
variação dos capitais próprios

E se leres o meu post com atenção, facilmente concluis que a minha questão é precisamente: quanto do aumento dos activos financeiros corresponde a OT ou BT...

Pelos vistos muito pouco, tendo em conta o quadro que um colega postou. Mas não esqueças as emissões de BT que o Estado tem lançado...

Mas mantenho a minha especulação: os activos financeiros dos bancos portugueses aumentaram aproximadamente 10 mil milhões de dezembro para março.


Não é arrogãncia. A ideia é a provocação! Assim foste á procura de informação e podes marcar pontos!

Assim vemos todos o balanço e efetivamebte o ativo subiu no trimestre € 1.700 milhões, mas estável com um ano atrás. Também não são os € 2.500 milhões.


Percebi que afirmavas que o financiamento no BCE tinham subido 36.000 milhões e agora falas em 10.000 milhões, se bem entendo. A diferença é grande, mas devo ter percebido mal. Está mais de acordo com o meu número. No site do BP deve haver informação mês a mês. Claro que o que importa é o endividamento liquido, isto é, o balanço entre depósitos e levantamentos. Se fui buscar 100 e depositei 90, não tem importancia o valor 100 nem o 90, mas sim a diferênça.

Só falavas em OT´s e não em BT´s. É muito diferente.
Admito a compra de BT´s e acho bem, são de curto prazo e alguém tem de "ajudar" o Estado nestas emissões. O plano da Troika pressupõe que o estado financia uma grande parte em BT´s e alargando o prazo dos meses. Se não forem os domésticos (portugueses) a começar a acreditar não nos safamos desta embrulhada.
Por outro lado é uma boa tática para aplicações de curto prazo até se vencerem as obrigações dos bancos que têm de liquidar nos respetivos prazos. Os Bt´s não estão na primeira linha para a restruturação, senão também os certificados de aforro. as taxas são mais baixas.

Como o BPI já cumpre o rácio de Transformação imposto pela troika (107% versus 120%), significa que não tem tanta pressão para reduzir o ativo e se os depósitos continuarem a subir, pode aumentar o ativo e também emprestar a quem merece.

Quanto aos ativos financeiros - se foram buscar ao BCE 10.000 milhões, têm de estar nos nos ativos financeiros, numa primeira fase, que pode até ser cash ou fundos de liquidez.

Acho que contribui para uma discussão com mais conteúdo.
 
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por migluso » 28/4/2012 16:55

http://bpi.bancobpi.pt/storage/download ... 91850CA217

Pag. 51.

linhas 5,6 e 7 do activo...

curiosidades:
1.ª linha do passivo
variação dos capitais próprios

E se leres o meu post com atenção, facilmente concluis que a minha questão é precisamente: quanto do aumento dos activos financeiros corresponde a OT ou BT...

Pelos vistos muito pouco, tendo em conta o quadro que um colega postou. Mas não esqueças as emissões de BT que o Estado tem lançado...

Mas mantenho a minha especulação: os activos financeiros dos bancos portugueses aumentaram aproximadamente 10 mil milhões de dezembro para março.
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por migluso » 28/4/2012 16:33

gorgol Escreveu:Tanta especulação e poucos factos. O aumento no BCE foi de 9.000 milhões.

Pelas transações se verifica como a imaginação é maior que o mundo.

Onde vez no relatório de contas do BPI que o ativo subiu? Comparado com que data?


Meu caro,

Depois de tanta arrogância, exigia-se a apresentação de números pela tua parte.
Nomeadamente a sustentar os 9.000 milhões, que penso estares a referir-te ao endividamento líquido junto do BCE.

http://uk.reuters.com/article/2012/03/0 ... JH20120301

Por acaso aquele link tinha aberto, e facilito-te o trabalho de uma pesquisa no google. Quanto à questão do BPI, é básico porque está bem evidente no meu post, que foi comparando o último balanço trimestral com o penúltimo...
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por Um curioso... » 28/4/2012 13:32

A descida das yields parecem claramente estar a acontecer não por haver compradores (leia-se bancos portugueses no mercado), mas sim por os vendedores a baixo preço, estarem a desaparecer. Ou não será?
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por gorgo » 28/4/2012 13:13

migluso Escreveu:
Sargotronss Escreveu:Será que sou só eu que desconfio que os maiores compradores serão o BCP, BPI e CGD?

Qual é a ordem de volume de obrigações negociadas no mercado secundário.


Eis as questões que interessam e tão pouco ou nada se fala.

Nas duas linhas a 3 anos que o BCE lançou (dezembro11 e março12 EDIT - final fevereiro, para ser preciso), os bancos portugueses financiaram-se em 36 mil milhões.



Pelos resultados do BPI do 1.º trimestre de 2012, os activos financeiros aumentaram em cerca de 2,5 mil milhões, comparando com o final de 2011. O rumor é que o BPI foi buscar 4 mil milhões ao BCE (2 em cada linha).

Vamos esperar pelos resultados dos outros, mas penso que o 1.º semestre será a altura ideal para analisar quem está a comprar OTs, se são ou não os bancos portugueses.
Apesar dos resultados do BCP e BES do 1.ºTrim poderem vir já a dar algumas indicações, tal como os do BPI.

Assim de cabeça, e baseado nos resultados do BPI, diria que os activos financeiros dos principais bancos portugueses aumentaram perto de 10 mil milhões em relação a 31dez2011.

A questão é: quanto deste valor é OT? E quanto é que seria necessário para mexer os mercados?
É uma pena que haja tão pouca ou nenhuma informação analítica sobre esta matéria.


Tanta especulação e poucos factos. O aumento no BCE foi de 9.000 milhões.Foram utilizados para recomprar obrigações próprias no caso do BPI, daí o ganho não recorrente. Não esquecer os montantes que os bancos têm de captar para liquidarem as suas próprias obrigações emitidas antes do corte de financiamento interbancário. Basta ver os relatório de contas para ver os montantes que se venceram e vencem em 2012. Não esquecer que têm de reduzir o rácio de transformação (Empréstimos/depósitos), para 120%, levando a vender ativos e captar depósitos. Toda a liquidez não chega para amortizar as obrigações próprias e como estas também estão a desconto, significa a uma mais valia.

Pelas transações se verifica como a imaginação é maior que o mundo.

Onde vês no relatório de contas do BPI que o ativo subiu? Comparado com que data?
Editado pela última vez por Visitante em 28/4/2012 20:15, num total de 1 vez.
 
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por PC05 » 28/4/2012 11:24

Volume muito baixo negociado em OT/BTs no mercado secundário, nos últimos meses:
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por migluso » 28/4/2012 0:01

Sargotronss Escreveu:Será que sou só eu que desconfio que os maiores compradores serão o BCP, BPI e CGD?

Qual é a ordem de volume de obrigações negociadas no mercado secundário.


Eis as questões que interessam e tão pouco ou nada se fala.

Nas duas linhas a 3 anos que o BCE lançou (dezembro11 e março12 EDIT - final fevereiro, para ser preciso), os bancos portugueses financiaram-se em 36 mil milhões.

Pelos resultados do BPI do 1.º trimestre de 2012, os activos financeiros aumentaram em cerca de 2,5 mil milhões, comparando com o final de 2011. O rumor é que o BPI foi buscar 4 mil milhões ao BCE (2 em cada linha).

Vamos esperar pelos resultados dos outros, mas penso que o 1.º semestre será a altura ideal para analisar quem está a comprar OTs, se são ou não os bancos portugueses.
Apesar dos resultados do BCP e BES do 1.ºTrim poderem vir já a dar algumas indicações, tal como os do BPI.

Assim de cabeça, e baseado nos resultados do BPI, diria que os activos financeiros dos principais bancos portugueses aumentaram perto de 10 mil milhões em relação a 31dez2011.

A questão é: quanto deste valor é OT? E quanto é que seria necessário para mexer os mercados?
É uma pena que haja tão pouca ou nenhuma informação analítica sobre esta matéria.
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por sargotrons » 27/4/2012 23:35

Pata-Hari Escreveu:A falha que vejo nesse raciocinio é o prazo... 10 anos é tempo demais para isso se aplicar, não?

Mas estás a pensar só no tempo de maturidade como se as obrigações fossem um bem imobiliário.

A "teoria de um leigo" tem como data de execução ou seja obter o ponto óptimo os prazos do fins das ajudas do BCE e estado. Será à data ter o balanço máximo do custo de obter as obrigações com o dinheiro dos outros e a pretendida valorização das obrigações. Algumas vencidas à maturidade, outras com yields e valorizações maiores, e as que já tinham desvalorizadas em carteira , de novo a valer mais para efeitos das regras de Basileia III.
Penso que não é nada de novo, o K antes do resgate falou nestas estratégias. Na altura não funcionou...faltou a liquidez.
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