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Caldeirão da Bolsa

Desemprego em Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por JMHP » 6/6/2012 0:01

artista Escreveu:
JMHP Escreveu:Estamos todos à espera dessa "porção mágica" que até hoje ninguém foi capaz de inventar.

Austeridade e crescimento de mãos dadas e as pessoas felizes....... :roll:

Em 2013 a nossa divida publica vai atingir os 118% e com um défice por volta dos 3%... Não sei nem imagino quem possa inventar uma solução para esta situação sem austeridade e cortes profundos que obrigam a sociedade a mudar de vida.

Num país que viveu quase década e meia sem crescimento, alguém no seu prefeito juízo e de forma honesta sabe a solução a onde vamos "inventar" o crescimento que nunca conseguimos ao longo de 15 ANOS!! :shock:

Não perceberam que ainda só estamos no inicio de um longo período de grandes sacrifícios e desafios que vão mudar as nossas vidas :?: :idea:

Portugal não vai crescer nem que todos os anjos do céu desçam à terra e injectem dinheiro na economia, isto porque a nossa economia e nosso sistema de sociedade está mal estruturada e enraizada de longa data.

Os gregos no inicio também diziam que não aceitavam ou não aguentavam... Basta olhar agora para Grécia de joelhos e ouvi-los:

"O que está à nossa frente é pior do que o presente. E o presente é já muito pior do que temíamos"


Se calhar seria interessante era responderes ao Marco... digo eu! :roll:


Qual foi a parte que deixei de responder ao Marco, dado que ele próprio não reclamou essa falha minha, não pretende continuar a debater a questão (por vezes muito debatida por aqui) e eu próprio não discordo da opinião dele, embora tenha algumas reservas sobre as duas propostas que ele apresentou.

Por vezes tenho a sensação que tu gostas de implicar com as pessoas ou politicas que não são do teu agrado. Afinal o que acrescentas tu de útil com essa observação?!
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por MPC_finance » 5/6/2012 23:57

artista Escreveu:
JMHP Escreveu:Estamos todos à espera dessa "porção mágica" que até hoje ninguém foi capaz de inventar.

Austeridade e crescimento de mãos dadas e as pessoas felizes....... :roll:

Em 2013 a nossa divida publica vai atingir os 118% e com um défice por volta dos 3%... Não sei nem imagino quem possa inventar uma solução para esta situação sem austeridade e cortes profundos que obrigam a sociedade a mudar de vida.

Num país que viveu quase década e meia sem crescimento, alguém no seu prefeito juízo e de forma honesta sabe a solução a onde vamos "inventar" o crescimento que nunca conseguimos ao longo de 15 ANOS!! :shock:

Não perceberam que ainda só estamos no inicio de um longo período de grandes sacrifícios e desafios que vão mudar as nossas vidas :?: :idea:

Portugal não vai crescer nem que todos os anjos do céu desçam à terra e injectem dinheiro na economia, isto porque a nossa economia e nosso sistema de sociedade está mal estruturada e enraizada de longa data.

Os gregos no inicio também diziam que não aceitavam ou não aguentavam... Basta olhar agora para Grécia de joelhos e ouvi-los:

"O que está à nossa frente é pior do que o presente. E o presente é já muito pior do que temíamos"


Se calhar seria interessante era responderes ao Marco... digo eu! :roll:


Artista

E reflectir sobre as palavras do JMHP também era importante, acho excelente o que escreveu subscrevo inteiramente, apesar de também concordar com o Marco
nomeadamente no que respeita às PPP.
 
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por artista_ » 5/6/2012 23:42

JMHP Escreveu:Estamos todos à espera dessa "porção mágica" que até hoje ninguém foi capaz de inventar.

Austeridade e crescimento de mãos dadas e as pessoas felizes....... :roll:

Em 2013 a nossa divida publica vai atingir os 118% e com um défice por volta dos 3%... Não sei nem imagino quem possa inventar uma solução para esta situação sem austeridade e cortes profundos que obrigam a sociedade a mudar de vida.

Num país que viveu quase década e meia sem crescimento, alguém no seu prefeito juízo e de forma honesta sabe a solução a onde vamos "inventar" o crescimento que nunca conseguimos ao longo de 15 ANOS!! :shock:

Não perceberam que ainda só estamos no inicio de um longo período de grandes sacrifícios e desafios que vão mudar as nossas vidas :?: :idea:

Portugal não vai crescer nem que todos os anjos do céu desçam à terra e injectem dinheiro na economia, isto porque a nossa economia e nosso sistema de sociedade está mal estruturada e enraizada de longa data.

Os gregos no inicio também diziam que não aceitavam ou não aguentavam... Basta olhar agora para Grécia de joelhos e ouvi-los:

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Se calhar seria interessante era responderes ao Marco... digo eu! :roll:
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por MiamiBlue » 5/6/2012 23:24

JMHP Escreveu:Portugal não vai crescer nem que todos os anjos do céu desçam à terra e injectem dinheiro na economia, isto porque a nossa economia e nosso sistema de sociedade está mal estruturada e enraizada de longa data.

Os gregos no inicio também diziam que não aceitavam ou não aguentavam... Basta olhar agora para Grécia de joelhos e ouvi-los:

"O que está à nossa frente é pior do que o presente. E o presente é já muito pior do que temíamos"


Em nenhum momento falei que a austeridade ia deixar de existir.

Meu caro, TU consideras que não existe alternativa possível à presente estratégia, EU considero que existem algumas alternativas.

O Marco falou-te de algumas, eu disse-te outras e existem muito mais.

Mas existem aspectos que estão no atual plano de ajustamento que não estão a correr conforme deviam e custam emprego, exemplo:
- A questão do financiamento da economia sempre foi um aspeto fundamental do plano. O que aconteceu? A Troika disponibilizou o dinheiro e passado 1 ano, 365 dias, e o processo ainda não está finalizado. obviamente que o assunto deveria ter tido outra celeridade..

- O exemplo das PPP, que o Marco falou;

- O filme dos contratos de energia, que o Governo já fez algo significativo , mas poderia ter feito muito mais;

- a reestruturação da FP, cortaram-se umas dúzias de chefias. Isso é alguma coisa significativo?? Onde estão as fundações? os institutos??

Por isso, o que não faltam é ideias e trabalho a fazer, agora se Governo cegamente só acredita naquela receita, tem que assumir as decisões e não vir com a desculpa que não existe alternativas possíveis.
 
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por JMHP » 5/6/2012 22:33

MiamiBlueHeart Escreveu:Porque o objectivo não é pagar o que devemos, colocar o pais numa rota de crescimento, de uma forma que minimize o impacto na vida das pessoas? Ou na equação esqueçemos as pessoas??


Estamos todos à espera dessa "porção mágica" que até hoje ninguém foi capaz de inventar.

Austeridade e crescimento de mãos dadas e as pessoas felizes....... :roll:

Em 2013 a nossa divida publica vai atingir os 118% e com um défice por volta dos 3%... Não sei nem imagino quem possa inventar uma solução para esta situação sem austeridade e cortes profundos que obrigam a sociedade a mudar de vida.

Num país que viveu quase década e meia sem crescimento, alguém no seu prefeito juízo e de forma honesta sabe a solução a onde vamos "inventar" o crescimento que nunca conseguimos ao longo de 15 ANOS!! :shock:

Não perceberam que ainda só estamos no inicio de um longo período de grandes sacrifícios e desafios que vão mudar as nossas vidas :?: :idea:

Portugal não vai crescer nem que todos os anjos do céu desçam à terra e injectem dinheiro na economia, isto porque a nossa economia e nosso sistema de sociedade está mal estruturada e enraizada de longa data.

Os gregos no inicio também diziam que não aceitavam ou não aguentavam... Basta olhar agora para Grécia de joelhos e ouvi-los:

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por artista_ » 5/6/2012 21:30

MarcoAntonio Escreveu:Não estou totalmente de acordo: concordo que não era possível travar uma subida do desemprego, mas isso é ficar a discutir à superfície.

Pois também estou bastante seguro que era possível fazer melhor e ter evitado uma subida tão forte.

Como? Sendo austero de forma mais equilibrada, nomeadamente actuando em áreas diferentes que foram deixadas de fora ou poupadas em detrimento de outras.

Destaco duas: pouparam-se cortes nos pensionistas com vencimentos mais altos (que estavam previstos no memorandum fazer). Por uma razão qualquer que me escapa, o actual governo acho que era mais premente impor cortes logo a partir de quem tem vencimentos míseros de 600 euros.

A outra, as PPPs e aqui com uma enooorme responsabilidade do governo anterior (se é que não se pode falar mesmo de grande fraude ao contribuinte) mas também já com o actual governo (que já lá está há um ano) a ficar aquém. São milhares de milhões de euros que não estão a ser cortados e que em alternativa foram cortados noutras áreas. Aliás, basta pegar nas rendas excessivas da EDP e também recente notícia do TC de que com as SCUTs o Estado passou a pagar compensações adicionais de 700 milhões de euros que já se fez mil milhões em menos de um ano. E naturalmente há por aí fora muito mais...

E para além destas duas que eu mencionei, haverá mais.

O consumo ia retrair e o desemprego subir?

Seguramente sim.

Mas seguramente desta forma?

Seguramente não, era possível fazer melhor.


100% de acordo... é, basicamente, o que tenho defendido!
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por MiamiBlue » 5/6/2012 18:50

JMHP Escreveu:Claro, alternativas existem sempre... Desde que contamos com a boa generosidade e o dinheiro dos outros... Algo que sempre fizemos desde sempre.

Eu percebo... Estamos no sangue! :roll:


Eu penso que uma determinada solução pensada, bem explicada e projectada pode ser "vendida" a qualquer pessoa. Agora é preciso pensar, ver alternativas, saber explicar e projectar.. Se A é melhor que B, porque é que a Troika não concordaria??

Mas é mais fácil seguir um guião, sem dúvida. E este Governo tem seguido o guião mais fácil..

A obsessão que nos trouxe a esta situação, pode ser a mesma obsessão que nos leva para um empobrecimento ainda maior.

E essa que nos está no sangue, desculpa mas é uma frase feita para justificar o seguimento cego de uma estratégia que ninguém sabe se é a correcta. Por isso, porque não pode ser adaptada?

Existem alternativas, agora é preciso vontade para as analisar e implementar.

Porque o objectivo não é pagar o que devemos, colocar o pais numa rota de crescimento, de uma forma que minimize o impacto na vida das pessoas? Ou na equação esqueçemos as pessoas??
 
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por JMHP » 5/6/2012 18:25

"O que está à nossa frente é pior do que o presente. E o presente é já muito pior do que temíamos"


Nikos Konstandaras fala das sucessivas derrotas que o seu país enfrentou nos últimos três anos. Do aumento do desemprego. Da incerteza e da violência. Dos comentários agressivos que chegam do exterior. Da ansiedade de hoje e da incerteza que se aproxima.

Nikos Konstandaras é director do jornal grego "Kathimerini". Escreve hoje um artigo de opinião intitulado "Gravitas betrayed" ("Dignidade Traída"), onde fala sobre a difícil situação económica e política do seu país e admite que a "Grécia atravessa uma das fases mais perigosas da sua história".

"Como vamos aguentar, só o tempo o dirá". "Esta é a nossa tragédia: Rendemo-nos às nossas velhas obsessões até que estas nos destruíram; agora esperamos que os outros levem a nossa salvação mais a sério do que nós próprios." "Porque a julgar pelas nossas escolhas nas próximas eleições, é difícil esperar que as coisas melhorem. O mais provável é que piorem."

"Após destruir um governo que funcionava e não conseguir formar um novo, atravessamos agora um dos períodos mais perigosos da nossa história, com um governo interino que não pode tomar decisões e a perspectiva de que as coisas não vão melhor após dia 17 de Junho", escreve Nikos Konstandaras. "O défice de liderança que nos trouxe até aqui continua a aumentar e é assim que vamos chegar às eleições que vão decidir o nosso destino".

Dentro de pouco mais de duas semanas, o país volta a ter eleições legislativas, as segundas em menos de dois meses. Recorde-se que no último acto eleitoral, a 6 de Maio, os partidos com assento parlamentar não chegaram a um entendimento para formar um governo de coligação nacional, tendo sido nomeado um governo interino liderado por Panagiotis Pikrammenos até ao próximo dia 17 de Junho.

Nikos Konstandaras admite que os eleitores gregos vão querer, mais uma vez, mostrar "a sua raiva e impaciência" em relação ao pacote de ajuda externo. "E nesse caso, será difícil que o partido da Nova Democracia fique em primeiro lugar", tal como aconteceu a 6 de Maio.

Mas mesmo que consiga, acrescenta Konstandaras, e depois forme um governo de coligação, o novo governo terá que ligar com uma sociedade polarizada.

"O país está numa zona cinzenta entre a catástrofe, o difícil renascimento e a catástrofe. A liderança de todos os partidos nas últimas décadas (com muito poucas excepções) é responsável por esta situação", acusa Nikos Konstandaras e lamenta que não exista um "plano para recuperar o país". "Esperamos apenas para ver quanto tempo os nossos parceiros nos vão ajudar."

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=561021
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por JMHP » 5/6/2012 18:21

MarcoAntonio Escreveu:
JMHP Escreveu:
Marco, estamos a discutir o mesmo assunto... A quebra no consumo que tu atribuis (bem, mas não exclusiva) ao aumento do desemprego, deve-se no nosso caso ao arrebentamento da bolha de credito (Estado, empresas e famílias) que manteve artificialmente a economia ao longo de década e meia.



Não, não estamos e tu insistes novamente em discutir uma coisa diferente: eu estou a discutir quais medidas em exacto e como podem influenciar de forma diferente a taxa de desemprego. Tu insistes em discutir o que nos trouxe para a crise, como se a causa da crise determinasse a taxa de desemprego independentemente da forma como se reage à situação.

Eu não creio que valha a pena de resto ficar a discutir isto ad eternum, se tu achas que quaisquer que sejam as medidas introduzidas estamos condenados a ter precisa e exactamente esta taxa de desemprego então temos opinões substancialmente distintas, a minha opinião mantém-se diferente da tua e nada do que tu escreveste me demove do que expus.

Respeito a tua opinião, mas não concordo e como não vejo que estejamos a caminhar no sentido de um consenso, não vale a pena continuar.


Ok, mas não vejo porque razão ambas as coisas (o antes e o durante) tenham de ser analisadas e tratadas de forma separada, dado que ambos tem influencia e consequências para o futuro.

Como é evidente o que nos trouxe até aqui e atirou o pais para a austeridade, deixam-nos agora no presente com grandes limitações nos recursos e opções de modo a voltar a colocar o país no caminho certo.

Os críticos insistem que existem outras opções com menos sacrifícios e que a austeridade é exagerada.
Como já referi anteriormente não vi ainda soluções concretas e sustentadas, nomeadamente relativamente à parte dos custos, porque independentemente das opções politicas ou estratégicas, é preciso dinheiro que é escasso e não é nosso.

Quanto aos cortes na despesa e a revisão de contratos ou rendas, devo dizer que também estou de acordo com a maioria das pessoas de que o actual governo deveria ser mais célere e eficaz nessa acção, mas convém recordar que o corte de despesa por parte do Estado é também corte nas pessoas, nas empresas, nos serviços que posteriormente alimenta o aumento da subida do desemprego.

Não existem saídas ou opções fáceis, complicado será acertar no melhor caminho que mais rapidamente nos possa aliviar e fazer respirar, porque a única certeza e garantia que temos hoje, é de que a saída será sempre estreita e dura.
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por MarcoAntonio » 5/6/2012 17:56

JMHP Escreveu:
Marco, estamos a discutir o mesmo assunto... A quebra no consumo que tu atribuis (bem, mas não exclusiva) ao aumento do desemprego, deve-se no nosso caso ao arrebentamento da bolha de credito (Estado, empresas e famílias) que manteve artificialmente a economia ao longo de década e meia.



Não, não estamos e tu insistes novamente em discutir uma coisa diferente: eu estou a discutir quais medidas em exacto e como podem influenciar de forma diferente a taxa de desemprego. Tu insistes em discutir o que nos trouxe para a crise, como se a causa da crise determinasse a taxa de desemprego independentemente da forma como se reage à situação.

Eu não creio que valha a pena de resto ficar a discutir isto ad eternum, se tu achas que quaisquer que sejam as medidas introduzidas estamos condenados a ter precisa e exactamente esta taxa de desemprego então temos opinões substancialmente distintas, a minha opinião mantém-se diferente da tua e nada do que tu escreveste me demove do que expus.

Respeito a tua opinião, mas não concordo e como não vejo que estejamos a caminhar no sentido de um consenso, não vale a pena continuar.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por JMHP » 5/6/2012 17:44

MiamiBlueHeart Escreveu:
JMHP Escreveu:Acho que todos acreditam que é possível fazer melhor, mas certezas ninguém tem, até porque hoje estamos a viver tempos inéditos para os quais os estudos do passado não encaixam e pouco podem fazer.

Ouço e vejo muitos críticos a dizerem que poderiam fazer melhor com menos sacrifícios... Mas ideias credíveis e com garantias de resultados positivos, até hoje... "Rien, de rien!!"


Já foram aplicados alguns planos de ajustamento a países desenvolvidos e existem estudos de comparação com os atuais planos implementados na Europa recentemente. E alguns dizem que a proporção medidas de redução da despesa e crescimento que habitualmente era de 55%/45% passou para 75%/25%.
A novidade é que os atuais planos estão a ser aplicados a países que partilham uma mesma moeda- isso sim, é a novidade.

Não existem ideias?? Isso é o que existe mais, até existem ideias a mais. Algumas até de altos políticos Alemães que não partilham da estratégia da Sr.ª Merkel e por isso vão obrigar a Sr.ª Merkel a aprovar uma estratégia para o crescimento antes da aprovação do tratado na Alemanha.

Agora, o que não tem havido é abertura por parte da Sr.ª Merkel (por isso até o FMI é mais flexível) a seguir outras vias..

As alternativas exigirão sempre austeridade, mas exiistem e podem ser seguidas diferentes vias.


Claro, alternativas existem sempre... Desde que contamos com a boa generosidade e o dinheiro dos outros... Algo que sempre fizemos desde sempre.

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por JMHP » 5/6/2012 17:42

MarcoAntonio Escreveu:
JMHP Escreveu:Como posso estar a sobrevalorizar o efeito do credito se estamos hoje reconhecidamente por todas as organizações nacionais e internacionais perante máximos históricos de sobre-endividamento?!


JMHP, eu estou a falar de alhos e tu respondes com bugalhos: na minha opinião tu estás a sobrevalorizar o crédito como causa directa da subida do desemprego conforme (ou no grau que) está a aumentar em Portugal. É do que se está a falar...

A causa da subida do desemprego dá-se via quebra do consumo venha essa quebra do consumo de onde vier: de subidas de impostos, de corte de vencimentos, de corte no crédito por parte das instituições bancárias, etc, etc.



JMHP Escreveu:
Não sei o que entendes ou o que tens em mente como poderia ser possível fazer melhor, (...)


Eu dei dois exemplos.


Marco, estamos a discutir o mesmo assunto... A quebra no consumo que tu atribuis (bem, mas não exclusiva) ao aumento do desemprego, deve-se no nosso caso ao arrebentamento da bolha de credito (Estado, empresas e famílias) que manteve artificialmente a economia ao longo de década e meia.

Caso Portugal tivesse em tempo oportuno evitado essa bolha de credito, hoje seria um Portugal seguramente diferente, provavelmente com rácios de consumo mais baixos, um PIB inferior aos últimos anos, mas também com menos empresas e empregos "lixo".
Editado pela última vez por JMHP em 5/6/2012 17:45, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 5/6/2012 16:57

JMHP Escreveu:Como posso estar a sobrevalorizar o efeito do credito se estamos hoje reconhecidamente por todas as organizações nacionais e internacionais perante máximos históricos de sobre-endividamento?!


JMHP, eu estou a falar de alhos e tu respondes com bugalhos: na minha opinião tu estás a sobrevalorizar o crédito como causa directa da subida do desemprego conforme (ou no grau que) está a aumentar em Portugal. É do que se está a falar...

A causa da subida do desemprego dá-se via quebra do consumo venha essa quebra do consumo de onde vier: de subidas de impostos, de corte de vencimentos, de corte no crédito por parte das instituições bancárias, etc, etc.



JMHP Escreveu:
Não sei o que entendes ou o que tens em mente como poderia ser possível fazer melhor, (...)


Eu dei dois exemplos.
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por MiamiBlue » 5/6/2012 15:42

JMHP Escreveu:Acho que todos acreditam que é possível fazer melhor, mas certezas ninguém tem, até porque hoje estamos a viver tempos inéditos para os quais os estudos do passado não encaixam e pouco podem fazer.

Ouço e vejo muitos críticos a dizerem que poderiam fazer melhor com menos sacrifícios... Mas ideias credíveis e com garantias de resultados positivos, até hoje... "Rien, de rien!!"


Já foram aplicados alguns planos de ajustamento a países desenvolvidos e existem estudos de comparação com os atuais planos implementados na Europa recentemente. E alguns dizem que a proporção medidas de redução da despesa e crescimento que habitualmente era de 55%/45% passou para 75%/25%.
A novidade é que os atuais planos estão a ser aplicados a países que partilham uma mesma moeda- isso sim, é a novidade.

Não existem ideias?? Isso é o que existe mais, até existem ideias a mais. Algumas até de altos políticos Alemães que não partilham da estratégia da Sr.ª Merkel e por isso vão obrigar a Sr.ª Merkel a aprovar uma estratégia para o crescimento antes da aprovação do tratado na Alemanha.

Agora, o que não tem havido é abertura por parte da Sr.ª Merkel (por isso até o FMI é mais flexível) a seguir outras vias..

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por JMHP » 5/6/2012 15:16

MarcoAntonio Escreveu:Como a retracção do consumo é maior, o desempenho das empresas será pior (sendo que uma parte maior delas passa a ser inclusivamente inviável de todo) sendo que sobe mais o desemprego.


Na minha opinião a ordem dessa analise está incorrecta que até é frequente nos meios da imprensa e na população em geral menos informada. O consumo é importante, mas são as empresas que são o motor desse consumo e não o resultado disso.

O consumo só poderá aumentar de duas formas, através do credito ou de uma economia saudável com empresas fortes e sustentáveis. As empresas são a alavanca da economia e que influenciam o comportamento do consumo. Uma economia forte e em crescimento acontece quando as empresas crescem em numero e em volume de vendas, mais tarde terá como consequência a diminuição do desemprego, aumento do consumo, assim como novas empresas motivadas desse mesmo consumo.

Não foi nada disto que assistimos ao longo de década e meia em Portugal. A economia não cresceu, mas manteve-se artificialmente através do recurso ao credito e aumento da divida em todos os sectores, Estado, empresas e famílias.


MarcoAntonio Escreveu:A subida do desemprego ocorre sobretudo motivada pela quebra do consumo (venha essa quebra de onde vier) e tu estás a sobrevalorizar o efeito do crédito.

Aliás, o crédito começou a ser cortado bem antes de se começar a notar a retracção no consumo: o corte no crédito começou a ser brutal logo a partir de 2008 com a crise financeira mas o consumo só começa a notar-se a cair fortemente no último ano, isto é já bem por 2011 dentro e 2012 quando ocorrem fortes subidas de impostos e cortes em vencimentos, começando a ser implementados logo praticamente a partir do salário mínimo.


Como posso estar a sobrevalorizar o efeito do credito se estamos hoje reconhecidamente por todas as organizações nacionais e internacionais perante máximos históricos de sobre-endividamento?!

O credito começou a ser cortado a partir de 2008 fortemente ás empresas em diversos sectores, nomeadamente e por motivos óbvios na construção, ramo automóvel, credito habitação, etc... Mas o credito ao consumo veio a suceder mais tarde conforme provam os números oficiais (Setembro de 2011 foi o mês que verificou a queda mais brusca numa tendência já descendente), talvez porque tal como o desemprego, o comportamento do consumo sofre de um desfasamento temporal face ao comportamento da economia em períodos curtos.


MarcoAntonio Escreveu:Não tenho dúvidas que o desemprego subiria sempre de qualquer forma, mas também tenho a certeza que era possível obviamente fazer melhor.

Seria bom que eu estivesse errado: era sinal que de um momento para o outro tinhamos o Estado a fazer uma gestão perfeita da situação. Oba!


Não sei o que entendes ou o que tens em mente como poderia ser possível fazer melhor, dado que estas coisas não são passiveis de fazer experiências e infelizmente medem-se por resultados após longos períodos. No curto-prazo somos todos ignorantes, resta-nos a esperança ou a fé que as coisas resultem.

Acho que todos acreditam que é possível fazer melhor, mas certezas ninguém tem, até porque hoje estamos a viver tempos inéditos para os quais os estudos do passado não encaixam e pouco podem fazer.

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por MarcoAntonio » 5/6/2012 13:07

JMHP Escreveu:
Marco, nenhum dos dois pontos que referes são factores para travar o aumento do desemprego ou a falências das empresas.



Bom, isso é a tua opinião. A minha opinião é que clara e obviamente são!

Os cortes não têm todos o mesmo efeito independentemente de onde são feitos: se cortas mais a quem não tem capacidade de poupança e gasta virtualmente tudo o que aufere (em detrimento de cortar menos a esses ou não cortar nada mas antes cortar a quem tem capacidade de poupança) obviamente a retracção no consumo vai ser maior.

Como a retracção do consumo é maior, o desempenho das empresas será pior (sendo que uma parte maior delas passa a ser inclusivamente inviável de todo) sendo que sobe mais o desemprego.


JMHP Escreveu:
A subida do desemprego ocorre sobretudo motivado por dois factores principais: (...)



A subida do desemprego ocorre sobretudo motivada pela quebra do consumo (venha essa quebra de onde vier) e tu estás a sobrevalorizar o efeito do crédito.

Aliás, o crédito começou a ser cortado bem antes de se começar a notar a retracção no consumo: o corte no crédito começou a ser brutal logo a partir de 2008 com a crise financeira mas o consumo só começa a notar-se a cair fortemente no último ano, isto é já bem por 2011 dentro e 2012 quando ocorrem fortes subidas de impostos e cortes em vencimentos, começando a ser implementados logo praticamente a partir do salário mínimo.





Não tenho dúvidas que o desemprego subiria sempre de qualquer forma, mas também tenho a certeza que era possível obviamente fazer melhor.

Seria bom que eu estivesse errado: era sinal que de um momento para o outro tinhamos o Estado a fazer uma gestão perfeita da situação. Oba!
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por JMHP » 5/6/2012 12:56

MarcoAntonio Escreveu:
JMHP Escreveu:
Dado que o pais se encontra sobre ajuda externa e com a divida publica com tendência ascendente acima dos 100%, é evidente que o financiamento tem obrigatoriamente de reduzir assim como o poder de comprar dos portugueses que em grande parte é constituído por via de credito.

Quanto ao desemprego não existe nenhum "iluminado" ou divino que consiga parar a tendência ascendente do desemprego, dado tratar-se de uma correcção natural após praticamente uma década e meia a economia nacional (empresas e trabalhadores) ter vivido uma bolha de credito e divida.


Não estou totalmente de acordo: concordo que não era possível travar uma subida do desemprego, mas isso é ficar a discutir à superfície.

Pois também estou bastante seguro que era possível fazer melhor e ter evitado uma subida tão forte.

Como? Sendo austero de forma mais equilibrada, nomeadamente actuando em áreas diferentes que foram deixadas de fora ou poupadas em detrimento de outras.

Destaco duas: pouparam-se cortes nos pensionistas com vencimentos mais altos (que estavam previstos no memorandum fazer). Por uma razão qualquer que me escapa, o actual governo acho que era mais premente impor cortes logo a partir de quem tem vencimentos míseros de 600 euros.

A outra, as PPPs e aqui com uma enooorme responsabilidade do governo anterior (se é que não se pode falar mesmo de grande fraude ao contribuinte) mas também já com o actual governo (que já lá está há um ano) a ficar aquém. São milhares de milhões de euros que não estão a ser cortados e que em alternativa foram cortados noutras áreas. Aliás, basta pegar nas rendas excessivas da EDP e também recente notícia do TC de que com as SCUTs o Estado passou a pagar compensações adicionais de 700 milhões de euros que já se fez mil milhões em menos de um ano. E naturalmente há por aí fora muito mais...

E para além destas duas que eu mencionei, haverá mais.

O consumo ia retrair e o desemprego subir?

Seguramente sim.

Mas seguramente desta forma?

Seguramente não, era possível fazer melhor.


Marco, nenhum dos dois pontos que referes são factores para travar o aumento do desemprego ou a falências das empresas.

A subida do desemprego ocorre sobretudo motivado por dois factores principais: ajuste financeiro das contas publicas e arrebentamento da bolha de credito. É bom recordar, que as dividas das empresas e das famílias portuguesas são superiores à divida publica, só este facto per si é determinante para a explosão do desemprego num pais que vive um período difícil de correcção das contas publicas e que o Estado tem um peso superior a 50% na economia.

Durante década e meia a economia contraiu, sem qualquer crescimento ao contrário do ritmo galopante da divida e credito externo, no Estado, nas empresas e famílias criando uma bolha perigosa que foi alimentada até ao limite e acabando por arrebentar.
Aos longos destes anos foram criadas falsas expectativas em grande escala em muitos sectores da nossa economia, nomeadamente através do credito fácil e em grandes quantidades que alimentou empregos e empresas insustentáveis a médio/longo-prazo.

É por isso que o desemprego sobe e parece não ter fim a tendência de subida até aos primeiros sinais de esvaziamento, o tão asneado e ausente crescimento económico que terá de vir do sector privado e não decretado pelo Estado conforme as politicas ruinosas do passado.

Quanto à velocidade ou forma da austeridade, tenho muitas duvidas sobre se seria possível outra forma de actuar que resulta-se em menor esforço ou sacrifícios. Outras formas até poderiam ter efeitos mais nefastos ou contrario das expectativas, sobretudo quando está em causa a resolução de uma estrutura tão desequilibrada como é constituída a nossa economia. Mas o elevado desemprego esse será sempre uma fatalidade e uma consequência natural da correcção que o pais está obrigado a fazer se quiser ser credível e recuperar a sua soberania.
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por MiamiBlue » 5/6/2012 12:38

JMHP Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Porque é que o desemprego não pára de aumentar??

Simples.

Lojas portuguesas registam das maiores quedas nas vendas na Europa


Vendas a retalho caíram 9,3% em Portugal no mês de Abril.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=560905

O desemprego é originado pela falta de financiamento das empresas e pela destruição do poder de compra dos Portugueses.

É preciso grandes estudos para percebermos isso??


Dado que o pais se encontra sobre ajuda externa e com a divida publica com tendência ascendente acima dos 100%, é evidente que o financiamento tem obrigatoriamente de reduzir assim como o poder de comprar dos portugueses que em grande parte é constituído por via de credito.

Quanto ao desemprego não existe nenhum "iluminado" ou divino que consiga parar a tendência ascendente do desemprego, dado tratar-se de uma correcção natural após praticamente uma década e meia a economia nacional (empresas e trabalhadores) ter vivido uma bolha de credito e divida.


Concordo mas considero que a justificação está incompleta pois podia-se deviam ter existido estratégias para minorar esta situação e como pouco ou nada foi feito, o processo está a efectuar-se à bruta. E por isso, entre os modelos económicos em que foram baseados a estratégia de ajustamento e a realidade, o desemprego aumentou mais de 15% relativamente ao previsto- 15% são muitos milhares de desempregados.

Havia e deveria ter havido forma de financiar as empresas sustentáveis. Atualmente existe empresas que nem financiamento têm para comprar matéria-primas - o problema encontra-se por resolver à 1 ano!!

O Plano de Ajustamento deveria (e vai ser) mais longo (2/3 anos). Para permitir ás empresas e população adaptarem-se e não haver uma diminuição drástica do consumo interno. Infelizmente pura e simplesmente estrangularam-se muitas empresas viáveis o que levou/leva ao despedimento de milhares de pessoas. Por exemplo, os custos energéticos das empresas aumentaram brutalmente este ano..

O Estado diminuir os prazos de pagamento a fornecedores, alterar algumas normas fiscais como o pagamento do IVA antecipado, que está a asfixiar imensas pequenas empresas (ainda nem receberam mas já têm que pagar o IVA). Não ter aumentado o IVA para casos em que o aumento em nada aumenta a receita e só ajuda a criar ainda mais desemprego.

Por último, tinham que ser implementadas algumas políticas de emprego (obviamente que a margem é curta), políticas que o Governo sempre desvalorizou e agora, depois da Troika falar, já ganharam relevância.
 
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por MarcoAntonio » 5/6/2012 12:21

Ah, já agora, o memorandum também pedia redução de freguesias e etc. Mas para já nada, anda tudo em projecto... é coisa para atrasar que "não dá jeito".

Entretanto, o que ocorreu para já foi criarem mais uma nova freguesia adicional em Lisboa...

:shock:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 5/6/2012 12:16

JMHP Escreveu:
Dado que o pais se encontra sobre ajuda externa e com a divida publica com tendência ascendente acima dos 100%, é evidente que o financiamento tem obrigatoriamente de reduzir assim como o poder de comprar dos portugueses que em grande parte é constituído por via de credito.

Quanto ao desemprego não existe nenhum "iluminado" ou divino que consiga parar a tendência ascendente do desemprego, dado tratar-se de uma correcção natural após praticamente uma década e meia a economia nacional (empresas e trabalhadores) ter vivido uma bolha de credito e divida.


Não estou totalmente de acordo: concordo que não era possível travar uma subida do desemprego, mas isso é ficar a discutir à superfície.

Pois também estou bastante seguro que era possível fazer melhor e ter evitado uma subida tão forte.

Como? Sendo austero de forma mais equilibrada, nomeadamente actuando em áreas diferentes que foram deixadas de fora ou poupadas em detrimento de outras.

Destaco duas: pouparam-se cortes nos pensionistas com vencimentos mais altos (que estavam previstos no memorandum fazer). Por uma razão qualquer que me escapa, o actual governo acho que era mais premente impor cortes logo a partir de quem tem vencimentos míseros de 600 euros.

A outra, as PPPs e aqui com uma enooorme responsabilidade do governo anterior (se é que não se pode falar mesmo de grande fraude ao contribuinte) mas também já com o actual governo (que já lá está há um ano) a ficar aquém. São milhares de milhões de euros que não estão a ser cortados e que em alternativa foram cortados noutras áreas. Aliás, basta pegar nas rendas excessivas da EDP e também recente notícia do TC de que com as SCUTs o Estado passou a pagar compensações adicionais de 700 milhões de euros que já se fez mil milhões em menos de um ano. E naturalmente há por aí fora muito mais...

E para além destas duas que eu mencionei, haverá mais.

O consumo ia retrair e o desemprego subir?

Seguramente sim.

Mas seguramente desta forma?

Seguramente não, era possível fazer melhor.
Imagem

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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por JMHP » 5/6/2012 12:08

MiamiBlueHeart Escreveu:Porque é que o desemprego não pára de aumentar??

Simples.

Lojas portuguesas registam das maiores quedas nas vendas na Europa


Vendas a retalho caíram 9,3% em Portugal no mês de Abril.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=560905

O desemprego é originado pela falta de financiamento das empresas e pela destruição do poder de compra dos Portugueses.

É preciso grandes estudos para percebermos isso??


Dado que o pais se encontra sobre ajuda externa e com a divida publica com tendência ascendente acima dos 100%, é evidente que o financiamento tem obrigatoriamente de reduzir assim como o poder de comprar dos portugueses que em grande parte é constituído por via de credito.

Quanto ao desemprego não existe nenhum "iluminado" ou divino que consiga parar a tendência ascendente do desemprego, dado tratar-se de uma correcção natural após praticamente uma década e meia a economia nacional (empresas e trabalhadores) ter vivido uma bolha de credito e divida.
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por MiamiBlue » 5/6/2012 11:48

Porque é que o desemprego não pára de aumentar??

Simples.

Lojas portuguesas registam das maiores quedas nas vendas na Europa


Vendas a retalho caíram 9,3% em Portugal no mês de Abril.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=560905

O desemprego é originado pela falta de financiamento das empresas e pela destruição do poder de compra dos Portugueses.

É preciso grandes estudos para percebermos isso??
 
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por kknd » 4/6/2012 11:48

artista Escreveu:E ninguém me consegue dar uma resposta concreta, sem dúvidas?! :roll:


A metodologia sofreu alterações (bastante falado num passado relativamente recente).
Destaco os que me pareceram os principais conceitos:

Objetivos
O Inquérito ao Emprego tem por principal objetivo a
caracterização da população face ao trabalho. Pretende obter um conjunto de informação que permita, a partir dessa caracterização, analisar o mercado de trabalho enquanto realidade dinâmica e constitua um ponto de partida para a definição de políticas socioeconómicas.
O Inquérito ao Emprego tem por objetivos, designadamente:
 fornecer uma medida direta e comparável internacionalmente das alterações infra-anuais do
emprego e do desemprego;
 avaliar, ao longo do ano, determinados fenómenos
do mercado de trabalho, tais como o emprego, o desemprego e as horas trabalhadas, entre outros;
 fornecer dados estruturais anuais relacionados com
o nível de emprego e desemprego.


Desempregado: indivíduo com idade dos 15 aos 74 anos
que, no período de referência, se encontrava simultaneamente nas situações seguintes:
 não tinha trabalho remunerado nem qualquer outro;
 estava disponível para trabalhar num trabalho remunerado ou não;
 tinha procurado um trabalho, isto é, tinha feito diligências ao longo de um período especificado (período de referência ou nas três semanas
anteriores) para encontrar um emprego remunerado ou não.
Consideram-se como diligências:
 contacto com um centro de emprego público ou agências privadas de colocações;
 contacto com empregadores;
 contactos pessoais ou com associações sindicais;
 colocação, resposta ou análise de anúncios;
 procura de terrenos, imóveis ou equipamentos;
 realização de provas ou entrevistas para seleção;
 solicitação de licenças ou recursos financeiros para a criação de empresa própria.
O critério de disponibilidade para aceitar um emprego é fundamentado no seguinte:
 no desejo de trabalhar;
 na vontade de ter atualmente um emprego remunerado ou uma atividade por conta própria caso consiga obter os recursos necessários;
 na possibilidade de começar a trabalhar no período de referência ou pelo menos nas duas semanas seguintes.
Inclui o indivíduo que, embora tendo um emprego, só vai começar a trabalhar numa data posterior à do período de referência (nos próximos três meses).


Empregado: indivíduo com idade mínima de 15 anos que,
no período de referência, se encontrava numa das
seguintes situações:
 tinha efetuado um trabalho de pelo menos uma
hora, mediante o pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em géneros;
 tinha um emprego, não estava ao serviço, mas tinha uma ligação formal com o seu emprego;
 tinha uma empresa mas não estava temporariamente ao trabalho por uma razão específica;
 estava em situação de pré-reforma mas encontrava-se a trabalhar no período de referência.


População ativa: conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, constituíam a mão de obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito económico
(empregados e desempregados).


Taxa de desemprego: taxa que permite definir a relação entre a população desempregada e a população ativa.
T.D. (%) = (População desempregada / População ativa) x 100


Para mais informação dá uma pestanada aqui:
http://www.ine.pt/ngt_server/attachfile ... download=y
 
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por artista_ » 4/6/2012 11:06

AutoMech Escreveu:
kuppka Escreveu:
artista Escreveu:No outro dia dei comigo a pensar em algo que nunca me tinha ocorrido, pelo menos que me lembre. E tenho dúvidas! Alguém, em idade ativa, que não tenha emprego mas também não queira trabalhar (por exemplo porque tem uma avó rica :) ) conta para o número de desempregados?


Como defines semelhante personagem?


Até estamos no sitio certo. Um trader a full time, por conta própria, é um desempregado ? :wink:


E ninguém me consegue dar uma resposta concreta, sem dúvidas?! :roll:
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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por Automech » 4/6/2012 2:23

kuppka Escreveu:
artista Escreveu:No outro dia dei comigo a pensar em algo que nunca me tinha ocorrido, pelo menos que me lembre. E tenho dúvidas! Alguém, em idade ativa, que não tenha emprego mas também não queira trabalhar (por exemplo porque tem uma avó rica :) ) conta para o número de desempregados?


Como defines semelhante personagem?


Até estamos no sitio certo. Um trader a full time, por conta própria, é um desempregado ? :wink:
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