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Caldeirão da Bolsa

Alemanha produz mais energia solar que 20 centrais nucleares

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por richardj » 30/5/2012 20:02

Atomez Escreveu:
richardj Escreveu:a temperatura nos últimos 100 anos subiu mais do que em toda a historia da terra. e os niveis de CO2 dispararam desde a revolução industrial estando a entrar a níveis preocupantes.

Isso não é verdade. Já houve períodos em que a temperatura foi bem mais alta que é hoje, e bem mais baixa também.

Curiosamente, nos últimos 12 anos o CO2 tem vindo a aumentar como de costume e a temperatura média não tem subido...

richardj Escreveu:bem à 50 anos a trás a probabilidade de apanhar cancro era estimada em 3/700.

hoje está em 1/3

É natural. O pessoal tem de morrer de alguma coisa e à medida que com o avanço da medicina as doenças se se vão tornando curáveis, aquelas que são mais difíceis vão tendo um peso cada vez maior.

Por outras palavras, enquanto há 50 anos muita gente morria com infeções ou gripes, agora sobrevivem muito mais a essas e mais tarde acabam por ser vítimas de cancros...

O facto é que a duração média de vida tem vindo sempre a aumentar.


atomez eu nao disse que a temperatura actual é a mais elevada de sempre, a variação positiva é que é a mais alta de sempre. Desde de que se invertei a tendência de esfriamento que a temperatura não sobe tanto e num periodo de tempo curtissimo.

EDIT:

atomez isso é uma mentira, nunca como hoje morre tanta gente nova por causa do cancro. estou a falar aos 40 e aos 50 anos. Figuras publicas e tudo. à 30 anos a trás o numero de pessoas que vivia para lá desse numero era uma amostra suficientemente boa para perceber que o que dizes não é verdade.

a questão é outra e mais profunda:

a evolução tem os seus custos, para o ambiente e para as pessoas. O ar das cidades está mais poluido, os produtos que consomes diariamente comtem elementos cancessismos em quantidades minimas, mas contem. Combinações de varios produtos com quantidades minimas durante dezenas de anos antecipam-te o cancro.

Toda a industria farmacêutica passa a imagem e mensagem de que ter cancro aos 40 ou 50 anos é a coisa mais natural do mundo, o que não é verdade, é o resultado de um acentuar muito significativo de elementos cancerisnos.

mas nao queria fugir muito ao topico, o meu ponto era que não se pode olhar para o assunto da energia nesse curto prazo, porque os impacto de longo prazo são muito diversificados e muito significativos. Só porque estão diluídos no tempo não deixem-se embriagar. Alguns paises nordicos incluindo a alemanha, mas sobretudo os nórdicos tem implementado medidas muito forte em relação à qualidade de vida, em relação aos produtos que podem consumir e a que podem estar expostos. Eles fazem-no, não é por mero populismo, mas sim simplesmente porque baixam os custos de saúde a médio longo prazo. Alem de que uma população saudável é uma população com maior capacidade produtiva.
Editado pela última vez por richardj em 30/5/2012 20:18, num total de 1 vez.
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por richardj » 30/5/2012 20:00

MarcoAntonio Escreveu:
richardj Escreveu:bem à 50 anos a trás a probabilidade de apanhar cancro era estimada em 3/700.

hoje está em 1/3


Números redondos, actualmente estima-se a probabilidade de contrair alguma forma de cancro invasiva na ordem dos 30 a 40% e a probabilidade de se falecer dessa causa nos 20%. Estes são os dados que conheço...

Qual é a fonte para essa estimativa de 3/700 para há 50 anos atrás (esse valor parece-me francamente absurdamente baixo e eu não lhe ponho assim à partida qualquer credibilidade, mas chuta lá a fonte).


marco enganei-me, a variação é ainda maior do que a ideia que eu tinha:



Aviso da faculdade de Ciências - Subst.Cancerígena!


Aviso da faculdade de Ciências




PARA A VOSSA BOA SAÚDE!


Devem procurar o nome do composto em inglês: Sodium Laureth Sulfate nos champoos e gels de banho.

Aos produtos abaixo identificados juntam-se o gel de banho da Sanex, os sabonetes líquidos do Carrefour e Feira Nova (produtos brancos) e o shampoo da Dove.


Verifiquem se entre os ingredientes do champoo que usam há uma substância chamada 'Lauril Sulfato de Sódio' ou LSS .


Esta substância faz parte da composição da maioria dos champôs pois os fabricantes utilizam-na por ela produzir muita espuma a baixo custo. No entanto o LSS é usado para lavar chão de oficinas (é um desengordurante).


Verifiquei que outras marcas como: VO 5, Palmolive, Paul Michell, Organics, Revlon Flex, Dimension o novo HernoKlorane champô, e muitas, muitas outras, contêm esta substância.

Ligou-se para um destes fabricantes,e foi-lhes dito que eles estavam a usar uma substância cancerígena. Eles concordaram com a afirmação, mas disseram que não podiam fazer nada pois precisavam dela para produzir espuma.


A pasta dentífrica Colgate (bubbles) também contém LSS.

Várias pesquisas têm mostrado que nos anos 80 a probabilidade de contrair cancro era de 1 em 8000 e nos anos 90 era de 1 em 3, o que é bastante grave.


Espero que tomem esta advertência com seriedade e a partilhem com as pessoas que conhecem, talvez possamos parar de 'espalhar' por aí o'vírus' do cancro, evitando comprar champôs que contenham o LSS-Lauril Sulfato de Sódio, até que os seus fabricantes tomem a providência de substituir este componente por outro que não prejudique a saúde dos seus consumidores.


Por favor passem esta informação para o maior número possível de pessoas que isto não se trata de uma corrente, mas de uma preocupação com a nossa saúde.'

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Universidade Nova de Lisboa


Dr.ª Catarina Roriz
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por MarcoAntonio » 30/5/2012 19:47

Atomez Escreveu:O pessoal tem de morrer de alguma coisa e à medida que com o avanço da medicina as doenças se se vão tornando curáveis, aquelas que são mais difíceis vão tendo um peso cada vez maior.


Exacto, foi o que eu referi ali atrás no último post. Mas mesmo assim, os números estão completamente off. Já consultei dados históricos para os Estados Unidos (desde 1975) e para a Austrália (quase desde o início do século XX) e os valores da taxa de mortalidade apontam para terem grosso modo duplicado ou triplicado - onde ainda é preciso descontar o incremento que se deve ao que ambos referimos - e nunca no sentido de ter aumentado na ordem de 70 ou 80 vezes que é os valores que ele colocou.


No caso dos Estados Unidos a taxa de mortalidade (depois de ter subido consideravelmente) inverteu e até tem estado a cair. Possivelmente porque as de outras causas (como a mortalidade infantil) já baixaram e estabilizaram em valores que têm pouco impacto e agora é a vez de ver a eficácia de novos tratamentos oncológicos fazer-se sentir.


O ponto essencial é que não encontro dados nenhuns que sugiram que, por causa do nosso estilo de vida, passamos a contrair "astronomicamente" mais cancros do que antes...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por atomez » 30/5/2012 19:33

richardj Escreveu:a temperatura nos últimos 100 anos subiu mais do que em toda a historia da terra. e os niveis de CO2 dispararam desde a revolução industrial estando a entrar a níveis preocupantes.

Isso não é verdade. Já houve períodos em que a temperatura foi bem mais alta que é hoje, e bem mais baixa também.

Curiosamente, nos últimos 12 anos o CO2 tem vindo a aumentar como de costume e a temperatura média não tem subido...

richardj Escreveu:bem à 50 anos a trás a probabilidade de apanhar cancro era estimada em 3/700.

hoje está em 1/3

É natural. O pessoal tem de morrer de alguma coisa e à medida que com o avanço da medicina as doenças se se vão tornando curáveis, aquelas que são mais difíceis vão tendo um peso cada vez maior.

Por outras palavras, enquanto há 50 anos muita gente morria com infeções ou gripes, agora sobrevivem muito mais a essas e mais tarde acabam por ser vítimas de cancros...

O facto é que a duração média de vida tem vindo sempre a aumentar.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por MarcoAntonio » 30/5/2012 19:31

MarcoAntonio Escreveu:
richardj Escreveu:bem à 50 anos a trás a probabilidade de apanhar cancro era estimada em 3/700.

hoje está em 1/3


Números redondos, actualmente estima-se a probabilidade de contrair alguma forma de cancro invasiva na ordem dos 30 a 40% e a probabilidade de se falecer dessa causa nos 20%. Estes são os dados que conheço...

Qual é a fonte para essa estimativa de 3/700 para há 50 anos atrás (esse valor parece-me francamente absurdamente baixo e eu não lhe ponho assim à partida qualquer credibilidade, mas chuta lá a fonte).



Estive à procura e o melhor que encontrei (pelo lapso temporal abrangido e pela natureza dos dados) foi isto e não vai, nem pouco mais ou menos, no sentido dos valores que indicaste.

Convém notar que isto reflecte o conjunto de todas as causas (que podem ir das genéticas às alimentares, passando pelas que dizem respeito a risco de exposição a determinadas substâncias).

http://www.avaate.org/IMG/pdf/HALLBERG_ ... ENTURY.pdf

Outro dado que é importante ter em linha de conta é que a mortalidade não nos diz tanto quanto possa parecer em termos de incidencia independente de outros factores. Por exemplo: a taxa de mortalidade infantil caiu muito substancialmente durante o último século. Em grande medida, muitos passaram a falecer de cancro simplesmente porque não morreram mais cedo de outra coisa qualquer.

Os números que lançaste ali atrás não têm qualquer sustentação, volto portanto a referir.
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por Hramos3 » 30/5/2012 19:30

MarcoAntonio Escreveu:
HLopes4 Escreveu:
Foram exactamente iguais, em termos de gravidade. Ambos atingiram o nivel máximo na escala, 7.



A INES não é uma escala linear e cada degrau tem uma componente qualitativa também (baseia-se num conjunto de critérios que não são todos quantitativos).

Ainda, em termos quantitativos, cada salto é basicamente de uma ordem de grandeza e portanto (quantitativamente falando) dois eventos dentro do mesmo degrau da escala podem ter dimensões substancialmente diferentes.



Correcto, mas os critérios da escala estão bem definidos.


Level 7: Major accident
Impact on people and environment
Major release of radio­active ­material with widespread health and environmental effects requiring implementation of planned and extended ­countermeasures


A questão é que em 1986, para além do secretismo soviete, havia ainda menos informação das consequências do acidente, o que "prolongou a agonia".


Quando disse que os acidentes foram iguais, referia-me à gravidade dos mesmos. A diferença reside no que aconteceu depois dos acidentes.

Na Rússia mandaram pra lá soldados, no Japão evacuaram imediatamente a zona de exclusão se deram inicio a medidas de contenção de danos.


Mas, no essencial, a gravidade foi igual. Em ambos os casos houve exposição dos núcleos dos reatores à atmosfera e fugas de material altamente radioactivo, com todos os efeitos que isso acarreta.

A resposta, isso sim, foi completamente diferente.
Editado pela última vez por Hramos3 em 30/5/2012 19:32, num total de 1 vez.
 
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por astron78 » 30/5/2012 19:22

Boas tardes,estive a reler o topico e achei interessante,
Gostava só de vos dizer que a Alemanha,neste caso a Eon,tem redusido os apoios,ou melhor os precos a pagar por kw produsido pela energia solar.
In der rühe liegt die kraft!!!
Estás cheio do sobe e desce?só já vez velas á tua frente?
Faz uma pausa,e vem trocar ideias,sobre os mercados e nao só!participa!!!Aqui.
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por MarcoAntonio » 30/5/2012 19:21

HLopes4 Escreveu:
Foram exactamente iguais, em termos de gravidade. Ambos atingiram o nivel máximo na escala, 7.



A INES não é uma escala linear e cada degrau tem uma componente qualitativa também (baseia-se num conjunto de critérios que não são todos quantitativos).

Ainda, em termos quantitativos, cada salto é basicamente de uma ordem de grandeza e portanto (quantitativamente falando) dois eventos dentro do mesmo degrau da escala podem ter dimensões substancialmente diferentes.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Hramos3 » 30/5/2012 19:09

altrio Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
altrio Escreveu:Se tivermos em conta que um acidente nuclear na Alemanha, da magnitude do de Chernobyl, iria afectar uma zona a anos-luz da Ucrânia em termos de desenvolvimento económico, não me parece difícil que se chegasse a um custo superior aos 1700000 milhões de euros.


A Alemanha é perfeitamente comparável ao Japão em termos de densidade populacional e desenvolvimento.

Por sinal, a densidade populacional no japão é ligeiramente superior e em compensação o pib per capita é um pouco inferior, as duas coisas compensam-se mutuamente mais ou menos e assim acabam por ser perfeitamente comparáveis.


Se calhar não leste bem o que eu escrevi. Eu nunca falei do Japão, até porque o acidente do Japão não foi da gravidade do de Chernobyl (que aliás, como eu referi, custou na ordem da centenas e não dezenas de biliões de dólares).


Foram exactamente iguais, em termos de gravidade. Ambos atingiram o nivel máximo na escala, 7.

A questão é que nos idos de 86 não se estava bem a par do que era a radiação e os seus efeitos. Pior que hoje em dia, subentenda-se.



A questão do CO2 é uma falsa questão...

Ao aumentares o nivel de CO2 na atmosfera, estás a melhorar a condição para organismos que performem fotossintese, ou seja, a aumentar a quantidade de "alimento" disponível para os mesmos, o que por si e ignorando outras interferências, levará a um aumento da biomassa, o que, por sua vez, levará a um decréscimo do nivel de CO2 atmosférico.

É uma desculpa para arrecadar uns cobres a papalvos.


Quanto à questão do cancro, acredito que há 50 anos não se conhecia metade dos tipos de cancro que se conhecem hoje em dia, e que muito mais de metade dos casos ficavam por diagnosticar.

Ergo, até se podia morrer de cancro, mas o que ficava nas fichas seria morte natural ou outra coisa qualquer.
 
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por MarcoAntonio » 30/5/2012 19:04

altrio Escreveu:Se calhar não leste bem o que eu escrevi. Eu nunca falei do Japão, até porque o acidente do Japão não foi da gravidade do de Chernobyl (que aliás, como eu referi, custou na ordem da centenas e não dezenas de biliões de dólares).


Eu li o que tu escreveste, eu não sei é se tu leste o que eu escrevi.

Eu sei que não falaste do Japão em lugar nenhum: de momento os dois grandes acidentes de que dispomos - em termos históricos e para referência - são esses dois. E um acidente nuclear tem um impacto substancialmente variável, sendo ainda que não se pode apenas pegar no impacto possível mas aferi-lo à respectiva probabilidade (e logo para começar, acidentes como Chernobyl ou Fukushima são relativamente pouco prováveis).

Podes (por exemplo) elaborar ainda sobre um hipotético acidente maior que qualquer um daqueles dois. Esse acidente é ainda menos provável e os valores continuam a não ser directamente comparáveis.

Foi sobre isto que eu estive a falar...
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por MarcoAntonio » 30/5/2012 19:01

richardj Escreveu:bem à 50 anos a trás a probabilidade de apanhar cancro era estimada em 3/700.

hoje está em 1/3


Números redondos, actualmente estima-se a probabilidade de contrair alguma forma de cancro invasiva na ordem dos 30 a 40% e a probabilidade de se falecer dessa causa nos 20%. Estes são os dados que conheço...

Qual é a fonte para essa estimativa de 3/700 para há 50 anos atrás (esse valor parece-me francamente absurdamente baixo e eu não lhe ponho assim à partida qualquer credibilidade, mas chuta lá a fonte).
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por altrio » 30/5/2012 18:57

MarcoAntonio Escreveu:
altrio Escreveu:Se tivermos em conta que um acidente nuclear na Alemanha, da magnitude do de Chernobyl, iria afectar uma zona a anos-luz da Ucrânia em termos de desenvolvimento económico, não me parece difícil que se chegasse a um custo superior aos 1700000 milhões de euros.


A Alemanha é perfeitamente comparável ao Japão em termos de densidade populacional e desenvolvimento.

Por sinal, a densidade populacional no japão é ligeiramente superior e em compensação o pib per capita é um pouco inferior, as duas coisas compensam-se mutuamente mais ou menos e assim acabam por ser perfeitamente comparáveis.


Se calhar não leste bem o que eu escrevi. Eu nunca falei do Japão, até porque o acidente do Japão não foi da gravidade do de Chernobyl (que aliás, como eu referi, custou na ordem da centenas e não dezenas de biliões de dólares).
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por MarcoAntonio » 30/5/2012 18:56

richardj Escreveu:mas alguém tem nossao do custo futuro do consumo presente de petroleo?


O artigo opõe energia nuclear a energia solar e tu partes para a discussão do consumo de energia de origem fóssil como o petróleo?

Onde é que o planeamento da retirada de centrais nucleares implica a redução do consumo de petróleo?

A priori resultará é no oposto. A Alemanha já estava a conseguir reduzir o consumo de petróleo antes da decisão (em 2011) de começar a desactivar as centrais nucleares. Agora que as vai desactivar, vamos lá ver se a redução do consumo de petróleo continua a baixar (como já estava) ou inverte!
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por richardj » 30/5/2012 18:48

mas alguém tem nossao do custo futuro do consumo presente de petroleo?

bem do futuro ninguém sabe, mas da tendência já se vêem estudos.

vai desde custos de saúde, a custos com a agua, a custos com a comida.

o aumento da temperatura global aumenta as probabilidades de catástrofe natural...

a temperatura nos últimos 100 anos subiu mais do que em toda a historia da terra. e os niveis de CO2 dispararam desde a revolução industrial estando a entrar a níveis preocupantes.

impactos?

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por mfsr1980 » 30/5/2012 18:43

Então a Alemanha é excedentária na produção de electricidade!!!
Não teve a Alemanha de aumentar significativamente as importações de petróleo para compensar o fecho das 3 centrais nucleares?
Acho o título bombástico, não me estão a enganar?
 
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por MarcoAntonio » 30/5/2012 18:34

altrio Escreveu:Se tivermos em conta que um acidente nuclear na Alemanha, da magnitude do de Chernobyl, iria afectar uma zona a anos-luz da Ucrânia em termos de desenvolvimento económico, não me parece difícil que se chegasse a um custo superior aos 1700000 milhões de euros.


A Alemanha é perfeitamente comparável ao Japão em termos de densidade populacional e desenvolvimento.

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por Hramos3 » 30/5/2012 18:31

MarcoAntonio Escreveu:
altrio Escreveu:
HLopes4 Escreveu:A Siemens calculou que a opção de abandono do nuclear vai-lhes custar 1.7 triliões de euros


Um acidente nuclear sério provavelmente ficar-lhes-ia muito mais caro...


Isto é um completo exagero, altrio. Os custos do desastre todo (não meramente o desastre na central) do terramoto e tsunami no Japão situam-se, segundo o Banco Mundial, nos 200 e tal biliões ("americanos") de dolares. O custo económico do desastre em Fukushima é apenas uma parcela deste valor. Os valores que já vi por aí situam-se nos 10 biliões de dolares mais coisa menos coisa...

O outro grande acidente que podemos tomar por referência é Chernobyl, cujos custos económicos nos quase vinte anos seguintes, situam-se nas dezenas de biliões de dolares (sempre "biliões americanos").

Além do mais, não menos importante, qualquer estimativa do custo de um acidente tem de ser ponderada mediante a probabilidade dele ocorrer (que diga-se, é estatística e historicamente relativamente baixa). Não se pode comparar em iguais circunstâncias um custo que é certo com um custo que deriva apenas da probabilidade de algo ocorrer...



E claro que também podemos discutir a estimativa da siemens (e eu confesso que de momento não estou em condições de dizer se é correcta ou não).

Seja como for, de uma forma geral eu diria que as pessoas têm uma tendência para sobrevalorizar os efeitos negativos da tecnologia nuclear e subvalorizar os das concorrentes (ou mesmo ignorá-los por completo como chega a acontecer).


Sim, a maior parte das pessoas tem ideias completamente absurdas relativamente à energia nuclear, nomeadamente sobre a radioactividade.

E a grande maioria dos portugueses desconhece o reactor de Sacavém...

Mas esta discussão já está muito batida...
 
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por MarcoAntonio » 30/5/2012 18:27

altrio Escreveu:
HLopes4 Escreveu:A Siemens calculou que a opção de abandono do nuclear vai-lhes custar 1.7 triliões de euros


Um acidente nuclear sério provavelmente ficar-lhes-ia muito mais caro...


Isto é um completo exagero, altrio. Os custos do desastre todo (não meramente o desastre na central) do terramoto e tsunami no Japão situam-se, segundo o Banco Mundial, nos 200 e tal biliões ("americanos") de dolares. O custo económico do desastre em Fukushima é apenas uma parcela deste valor. Os valores que já vi por aí situam-se nos 10 biliões de dolares mais coisa menos coisa...

O outro grande acidente que podemos tomar por referência é Chernobyl, cujos custos económicos nos quase vinte anos seguintes, situam-se nas dezenas de biliões de dolares (sempre "biliões americanos").

Além do mais, não menos importante, qualquer estimativa do custo de um acidente tem de ser ponderada mediante a probabilidade dele ocorrer (que diga-se, é estatística e historicamente relativamente baixa). Não se pode comparar em iguais circunstâncias um custo que é certo com um custo que deriva apenas da probabilidade de algo ocorrer...



E claro que também podemos discutir a estimativa da siemens (e eu confesso que de momento não estou em condições de dizer se é correcta ou não).

Seja como for, de uma forma geral eu diria que as pessoas têm uma tendência para sobrevalorizar os efeitos negativos da tecnologia nuclear e subvalorizar os das concorrentes (ou mesmo ignorá-los por completo como chega a acontecer).
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por altrio » 30/5/2012 18:20

Sim, a estimativa da notícia são 1.7 triliões (escala curta) ou seja 1700000 milhões de euros.

O acidente de Chernobyl custou (e continua a custar) algumas centenas de milhares de milhões de euros - não há valores muito precisos, mas apontam para 25%-30% da estimativa da Siemens.

Se tivermos em conta que um acidente nuclear na Alemanha, da magnitude do de Chernobyl, iria afectar uma zona a anos-luz da Ucrânia em termos de desenvolvimento económico, não me parece difícil que se chegasse a um custo superior aos 1700000 milhões de euros.

Claro que a Alemanha não está isolada e pode na mesma sofrer esses custos com um acidente na França, por exemplo...
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por Hramos3 » 30/5/2012 18:09

toufartodisto Escreveu:A kashiwazaki-kariva foi a maior,já não é.Desde penso 22 de Março.
HLopes4 tens razão ,era a maior central,mas não a que mais produzia.
E não são 17 triliões mas sim 170000M€.

http://www.spiegel.de/wirtschaft/untern ... 51293.html


Sim, de momento creio estar desactivada graças a um terramoto na zona da central... No entanto, "It is the largest nuclear generating station in the world by net electrical power rating."

E não, acho que são mesmo 1.7 triliões...

Fonte


Nem reparei que o artigo já estava linkado no blog do tretas...

Bom, à conta da brincadeira descobri que o kwh na Alemanha é 1/3 do português...
 
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por protar » 30/5/2012 17:59

A kashiwazaki-kariva foi a maior,já não é.Desde penso 22 de Março.
HLopes4 tens razão ,era a maior central,mas não a que mais produzia.
E não são 17 triliões mas sim 170000M€.

http://www.spiegel.de/wirtschaft/untern ... 51293.html
 
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por Hramos3 » 30/5/2012 17:49

altrio Escreveu:
HLopes4 Escreveu:A Siemens calculou que a opção de abandono do nuclear vai-lhes custar 1.7 triliões de euros


Um acidente nuclear sério provavelmente ficar-lhes-ia muito mais caro...


Alguém mais calejado que eu nestas coisas dos triliões e biliões americanos e europeus que faça as contas sff...

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por altrio » 30/5/2012 17:41

HLopes4 Escreveu:A Siemens calculou que a opção de abandono do nuclear vai-lhes custar 1.7 triliões de euros


Um acidente nuclear sério provavelmente ficar-lhes-ia muito mais caro...
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por Hramos3 » 30/5/2012 17:00

richardj Escreveu:o que eu vejo é os alemães a resolverem os seus problemas energéticos e a dependência do petro-dolar.

e nos quando é que vamos começar a lutar contra o petro dolar?

não vamos, porque temos compromissos assumidos com angola e Venezuela que ficariam muito chateado se fossemos atacar o petro...


A Siemens calculou que a opção de abandono do nuclear vai-lhes custar 1.7 triliões de euros! Para isso muito contribuem os custos de suporte da energia solar, que tem subido exponencialmente, conforme se pode ver na imagem acima, retirada deste artigo do Spiegel.

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por richardj » 30/5/2012 16:57

o que eu vejo é os alemães a resolverem os seus problemas energéticos e a dependência do petro-dolar.

e nos quando é que vamos começar a lutar contra o petro dolar?

não vamos, porque temos compromissos assumidos com angola e Venezuela que ficariam muito chateado se fossemos atacar o petro...
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