Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Passos Coelho diz que é preciso compreeender melhor o que se

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 26/5/2012 1:43

Câmara proibe espantalho com a imagem de Passos
Publicado ontem às 19:44
Lusa
Um espantalho, representando o primeiro-ministro com uma corda ao pescoço, que fazia parte de um trabalho escolar, foi retirado de uma exposição pública por imposição da Câmara Municipal de Castro Daire, disse à Lusa fonte da escola promotora.
O presidente da direção do agrupamento de escola de Castro Daire, António Ferreira, explicou à Lusa que o espantalho a representar Pedro Passos Coelho com uma corda ao pescoço e uma lista com as dívidas do país colada fazia parte de uma exposição pública de vários bonecos criados pelos alunos da EB 2,3.

Esta figura, criada por um dos alunos, permitia ainda a fácil ligação ao primeiro-ministro por ter no bolso um "bilhete de identidade".

Mostrando-se desagradado com a "imposição pela autarquia" da retirada do espantalho que satirizava Passos Coelho, que, com outros estava exposto no jardim do centro da vila, exposição essa que ainda continua, o diretor do agrupamento escolar admitiu à Lusa que a direção "pode optar pelo envio de uma nota de protesto" à autarquia.

Isto, porque, quando o presidente da câmara, Fernando Carneiro (PS), "contactou a escola, fê-lo em tom ameaçador", relatou António Ferreira à Lusa, complementando: "Aludindo à emissão de um comunicado sobre o espantalho" que não chegou a ser emitido após a retirada do objeto.

"Mas este tipo de trabalho não tinha, nem poderia ter, qualquer objetivo de crítica, apenas pretendia, tal como foi planeado pelos professores que o coordenaram, recuperar uma tradição, deixando a execução à imaginação, à criatividade, dos alunos", disse, acrescentando que "só uma falta de sensibilidade clara é que permite fazer a extrapolação para a crítica de teor político".

Segundo António Ferreira, o boneco retratava apenas uma situação percecionada pelo aluno que o executou, que é o país estar, "como se costuma dizer, enforcado em dívidas", e o primeiro-ministro "foi a figura escolhida para significar Portugal. Apenas isso".

A Lusa tentou sem sucesso obter uma reação do presidente da câmara de Castro Daire.

Os trabalhos foram realizados pelos alunos dos 7º e 8º anos das turmas de Artes Tradicionais e as turmas de EVT do 5º e 6º ano da Escola E B 2,3 de Castro Daire, em colaboração com a disciplina de Educação Tecnológica, sob o tema, "Espantalhos, Uma Arte Popular".
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por alexandre7ias » 25/5/2012 18:00

Explicamos aqui que as pressões existiram
Nota da Direcção: esclarecimento aos leitores sobre o caso Relvas

25.05.2012 - 11:40 Direcção Editorial

Imagem: PÚBLICO

Notícia publicada na edição impressa do dia 16 de Maio

A direcção do PÚBLICO sente que chegou o momento de explicar aos leitores o que se passou relativamente às pressões exercidas pelo ministro Miguel Relvas sobre uma jornalista e uma editora do jornal. Explicamos aqui que as pressões existiram e o que se passou.

Depois de a pressão que o ministro Miguel Relvas fez sobre este jornal ter sido tornada pública, por vontade alheia à direcção do PÚBLICO, têm sido feitas muitas perguntas e comentários. Tendo a direcção do jornal sido ouvida ontem pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) sobre o assunto, chegou o momento de, com transparência, fazer um esclarecimento aos nossos leitores sobre o que se passou. Sobre a pressão e sobre a não publicação de uma notícia sobre o ministro nesse dia.

A pressão de Relvas e a política de não a denunciar

A meio da tarde de quarta-feira, 16 de Maio, o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, telefonou à editora de Política do PÚBLICO, Leonete Botelho, e disse-lhe que as perguntas enviadas naquele dia pela jornalista Maria José Oliveira – que há meses investiga o caso das secretas – eram "pidescas", que se sentia "perseguido pelo PÚBLICO" e que iria fazer uma queixa à ERC, iria processar o jornal, iria dizer aos ministros que não voltassem a falar com o PÚBLICO e iria divulgar na internet que a autora da notícia vive com um homem de um partido da oposição, nomeando o partido - o que neste esclarecimento se considera desnecessário.

O PÚBLICO considera inaceitável esta pressão sobre jornalistas vinda de um membro de um governo democrático.

Como faz por regra, a editora informou a sua colega sobre o conteúdo do telefonema e, mais tarde, por vontade da jornalista visada, as duas comunicaram o incidente à directora do jornal. Nessa tarde, o ministro Relvas ligara à directora três ou quatro vezes, sem que tivesse sido estabelecido contacto. Ocupada a fazer entrevistas agendadas, a directora não atendera o telefone.

Houve mais dois telefonemas do ministro para o jornal nesse dia. Um para a editora, no qual o ministro reiterou as ameaças, acrescentando que as concretizaria se a notícia que estava em preparação para o online fosse publicada, e outro para a directora, no qual o assunto não foi abordado. Não tinha havido tempo para reunir a direcção e tomar uma decisão.

Uma vez informada, a directora não considerou que as ameaças do ministro viessem a ser postas em prática. É nossa tradição não denunciar as pressões que nos são feitas – e foram muitas e muito concretas ao longo de 22 anos. É assim em Portugal e não só. Faz parte do jornalismo independente ter uma armadura contra as tentativas de pressão. Leonete Botelho, a editora que recebeu o telefonema, fez uma avaliação semelhante.

Em momento algum nos sentimos intimidados e em nenhum momento o telefonema do ministro Relvas alterou o trabalho que estava a ser feito. Continuaremos a investigar o caso das secretas e as ligações entre os serviços de informação e o poder político.

O telefonema do ministro foi objecto de reflexão e debate internos. Deveria o jornal ignorar o telefonema ou protestar formalmente? E, se sim, de que forma? Por telefone, por escrito, numa audiência com o ministro? Há quem considere, dentro e fora do jornal – incluindo os jornalistas eleitos para o Conselho de Redacção – que a direcção do PÚBLICO deveria ter denunciado publicamente a pressão, e logo no próprio dia. Essa não foi a nossa opção. Depois de uma reflexão colegial, a directora telefonou na sexta-feira ao ministro para lhe apresentar um protesto formal do jornal, dizendo-lhe que é inaceitável um ministro fazer este tipo de telefonemas a um jornalista. Na nossa percepção, o telefonema tinha – como têm todas as pressões – o objectivo de condicionar e perturbar o trabalho que estava a ser feito. A seguir, o ministro telefonou a Leonete Botelho a pedir desculpa pelo telefonema.

Na véspera, a directora conversou com o advogado do jornal, Francisco Teixeira da Mota. Numa primeira avaliação jurídica, o nosso advogado ressalvou que o crime de ameaça implica uma ameaça credível contra a vida, a integridade física, a liberdade pessoal e os bens patrimoniais – e que este não era o caso. Neste primeiro contacto, Teixeira da Mota distinguiu claramente a questão jurídica da questão ética e política, e sublinhou a diferença entre ameaçar divulgar um dado da vida privada que é "íntimo", "desconhecido", "secreto" ou "embaraçoso", e divulgar um dado que, sendo "pessoal", é de fácil acesso público, sendo que, no seu entender, os jornalistas têm que aceitar um maior grau de exposição e escrutínio do que os cidadãos comuns. Francisco Teixeira da Mota não viu consistência na frase do ministro que justificasse uma actuação legal. Uma semana depois, a sua avaliação mantém-se.

A notícia que não saiu

Na quarta-feira, 16 de Maio, publicámos na edição impressa uma notícia de Maria José Oliveira de página inteira com o título "Relvas recebeu sms e emails de Jorge Silva Carvalho com propostas para as secretas". O lead da notícia (que republicamos hoje) é sobre a contradição de Relvas tornada evidente na sua audição, na véspera, na Assembleia da República. Na semana anterior o ministro dissera não ter "ideia" de ter recebido sms e clippings de Jorge Silva Carvalho; agora, no Parlamento, Relvas dissera que sim, que recebera sms e clippings de Silva Carvalho todos os dias.

Mais à frente, lia-se que o ministro dissera que até se "lembrava" que o "primeiro clipping era: 'Bush visita México. Fonte: Reuters'"; e que a última visita de George W. Bush ao México, segundo a Reuters, foi em 2007. Relvas, no entanto, dissera que só conhecera Silva Carvalho em 2010. Na primeira página, o título foi "Relvas confirma ter recebido propostas para as secretas".

Por volta da hora de almoço, Maria José Oliveira propõe ao editor do online do turno da manhã, Victor Ferreira, escrever sobre "uma incongruência" que as declarações do ministro tinham revelado, referindo-se ao hiato 2007-2010.

O editor diz que se houvesse matéria relevante que demonstrasse que o ministro tinha entrado em contradições publicaria o texto e diz também à colega que se devia ouvir as explicações do ministro sobre essas "contradições". A jornalista informa o editor que vai enviar perguntas por escrito ao ministro. Às 15h27 Maria José Oliveira envia um email ao gabinete de Miguel Relvas com uma pergunta. Pede ao gabinete do ministro para que a resposta seja enviada até às 16h. É este pedido que leva o membro do Governo a sentir-se pressionado, segundo afirmou ontem, após ter sido ouvido na ERC. Às 16h01, Maria José Oliveira recebe a resposta do ministro, por escrito, dizendo que já prestara todos os esclarecimentos sobre aquele assunto na Comissão de Assuntos Constitucionais, no dia anterior. A jornalista escreve uma notícia, que envia para o online (clique aqui para consultar uma imagem desse texto).



O texto refere de novo a questão do hiato, que não tinha saído na véspera na edição online, e incluía o seguinte parágrafo: "O PÚBLICO questionou, por escrito, Miguel Relvas sobre em que altura recebeu a mensagem que citou na audição parlamentar, referente à visita de Bush ao México. A resposta foi: 'Todos os esclarecimentos sobre este assunto foram oportunamente prestados em sede própria, ou seja, na 1ª comissão'."

A editora interina do online do turno da tarde, Joana Gorjão Henriques, não identifica informação nova e apresenta o problema à directora. Em conjunto, concluem que o texto não introduz elementos novos, para além da resposta do ministro àquela questão, e que isso não justifica a publicação.

É nesta altura que a editora de Política, Leonete Botelho, e Maria José Oliveira se dirigem à directora para a informar, a pedido da autora da notícia, sobre o telefonema do ministro, no qual Relvas ameaçara fazer uma revelação sobre a vida privada da jornalista.

As três analisaram em seguida que passos dar quanto à notícia e fica decidido que Maria José Oliveira vai enviar novas perguntas a Miguel Relvas sobre as contradições que a jornalista identificara. É sugerido que se pode ver de novo a transmissão da audição no Parlamento e tentar perceber que contradições existem e questionar o ministro quanto a elas.

Às 17h15, Maria José Oliveira envia três novas perguntas ao ministro e no minuto seguinte recebe do seu assessor a mesma resposta do email anterior, com o acrescento de que o ministro só conhecera Silva Carvalho quando era secretário-geral do PSD.

Posteriormente, é enviada aos editores do online uma notícia com o título "Relvas não esclarece incongruências das suas declarações na AR" (clique aqui para consultar uma imagem desse texto)

A notícia aponta como incongruência o facto de o ministro ter apagado as mensagens electrónicas recebidas de Silva Carvalho, mas lembrar-se de parte do conteúdo das mensagens apagadas, e refere as restantes perguntas que tinham sido feitas entretanto ao governante.

A notícia volta a ser avaliada pela editora interina do online, que mantém as dúvidas e coloca o caso ao director-adjunto Miguel Gaspar, que estava a fechar a edição impressa nessa noite.

O director-adjunto mantém a avaliação de que não existem elementos novos e que as respostas do ministro, por si só, não justificam a publicação. Acrescenta que se deveria fazer uma análise da audição parlamentar, no dia seguinte, na qual as inconsistências pudessem ser tratadas num espaço mais alargado e com os elementos de contextualização indispensáveis a uma melhor compreensão. Essa posição é contestada pela jornalista, que mantém que havia matéria noticiosa relevante e levou o caso ao Conselho de Redacção.
© Público Comunicação Social SA
.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por alexandre7ias » 22/5/2012 19:58

O director-adjunto do jornal “Público” confirma a existência de dois telefonemas de Miguel Relvas, no sentido de condicionarem a investigação e de impedirem a posterior publicação de uma notícia sobre o caso das fugas de informação nas secretas.

“Houve pressões ilegítimas por parte do senhor ministro Miguel Relvas, que foram exercidas junto de uma editora da secção de política no sentido de influenciar ou condicionar o trabalho de investigação que estava a ser feito por uma jornalista da mesma secção”, confirmou Manuel Carvalho, segunda-feira à noite, em declarações à RTP Informação.

Segundo o directo-adjunto do "Público", o alvo das ameaças é “uma jornalista que acompanha há meses todas as relações que têm sido noticiadas entre o Governo, nomeadamente entre o ministro Miguel Relvas e o ex-chefe dos Serviços Secretos, Jorge Silva Carvalho”. “No prosseguimento dessa investigação, houve objectivamente dois telefonemas pela parte do senhor ministro”, disse Manuel Carvalho.

Nas chamadas telefónicas, Relvas terá dito “que se esse trabalho ‘pidesco’, como ele o designou, levaria a um 'blackout' de todos os ministros do Governo ao 'Público', que haveria recursos à Entidade Reguladora da Comunicação Social e aos tribunais”.

Manuel Carvalho reconhece que é legítimo recorrer à ERC e à Justiça “sempre que [um cidadão] ache que o acompanhamento noticioso por parte de um órgão de comunicação não obedece às regras”, mas não deixa de sublinhar que “o que é absolutamente ilegítimo, por um lado, é o 'blackout' do Governo a um órgão de comunicação social como é o 'Público' e, por outro lado, a ameaça de revelação de elementos da vida privada dessa mesma jornalista”.

Sobre este caso, o Partido Socialista exige fazer audições no Parlamento, mas o PSD prefere esperar pelas conclusões da investigação da Entidade Reguladora da Comunicação Social.


:arrow: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=63255
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por gorgo » 21/5/2012 17:58

tavaverquenao2 Escreveu:
gorgol Escreveu:Não concordo.

Para fazer é preciso ter ideias e vontade. Nunca faltaram recursos para boas ideias, nem para o talento. Até eu tenho recursos, à minha dimensão, mas falta-me o talento!

Exemplos: microsoft, facebook, Mourinho, CR7,..... , etc.

Porque será que não colocamos primeiro a responsabilidade no próprio e só depois nos outros.

Estamos sempre a enganarmo-nos ao colocar a responsabilidade nos outros.


Não é bem assim, aqui também se aplicae a falta de visão, se tiveres uma ideia de negocio que até pode ser boa e inovadora, mas se os bancos não acreditarem, podes esquecer. Já para não falar em situações menos honestas, como não te financiarem e depois, aparece alguem com a tua ideia, ele há de tudo.


Ter talento é também a capacidade de vender a ideia, lunáticos há muitos, ideias que provem poucas. Por cada 100 negócios colocados no mercado temos 80 a não vencerem a partir de um ano. Haverá algumas boas ideias que efetivamente não são aceites e por persistência vão avançar mais tarde. Tudo isso faz parte do prcesso de inovação. As boas ideias quase não precisam de capital no inicio.
 
Mensagens: 551
Registado: 26/8/2007 20:40
Localização: 16

por artista_ » 21/5/2012 17:12

alexandre7ias Escreveu:
O documento do gabinete oficial de estatísticas da UE indica que, em 2012, o escalão máximo de taxa de IRS em Portugal é de 49 por cento, contra 38,1 na UE e 43,2 na zona euro, o de IRC é 31,5 por cento, contra 23,5 por cento na União a 27 e 26,1 na média da zona euro, e a taxa máxima de IVA é de 23 por cento, contra 21 no conjunto do espaço europeu e 20 por cento no espaço monetário único.

Portugal apresenta assim a oitava taxa máxima de IRS mais elevada da União, a par de Grécia e Finlândia, a quarta taxa máxima de IRC mais alta entre os 27, e a quinta mais elevada taxa máxima de IVA juntamente com Irlanda, Grécia, Polónia e Finlândia.

Em termos gerais, as taxas máximas de IRS, IRC e IVA mais elevadas são praticadas respetivamente na Suécia (56,6 por cento), França (36,1) e Hungria (27) e as mais baixas na Bulgária (10 por cento), Chipre e Bulgária (10 por cento) e Luxemburgo (15 por cento), revela o levantamento do Eurostat, que confirma assim grande diferenças entre os Estados-membros.

Comparando com os valores de 2000, o Eurostat sublinha que a taxa máxima de IVA subiu tanto na UE (de 19,2 por cento para 21 por cento ao longo dos últimos 12 anos) como na zona euro (18,1 para 20 por cento), enquanto as de IRS e IRC baixaram (no caso dos impostos sobre os rendimentos de pessoas singulares de 44,8 para 38,1 na UE e de 47,1 para 43,2 na zona euro, e no caso dos impostos sobre as empresas de 31,9 para 23,5 por cento na União e de 34,4 para 26,1 no espaço do euro).

Em termos de IRS, Portugal contrariou esta tendência, já que o escalão máximo subiu de 40 por cento em 2000 para 49 por cento em 2012, enquanto o de IRC desceu de 35,2 para 31,5 por cento, tendo o escalão máximo do IVA subido cinco pontos, de 17 para 23 por cento.
.


Eu já comecei fugir no que podia, na minha atividade como privado ... obviamente!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 17491
Registado: 17/3/2003 22:51
Localização: Almada

por Automech » 21/5/2012 17:04

tavaverquenao2 Escreveu:
AutoMech Escreveu:Então é por decreto ? Além da rigidez laboral que existe ainda queres dar mais uma facada que é obrigar as empresas a meter quem está à mais tempo no desemprego e não a pessoa com mais indícios de ser a melhor para o lugar ?


O que o governo quer fazer também não é por decreto? Claro que à empresa interessa a pessoa melhor para o lugar, mas mesmo assim o critério pode ser pelos desempregados mais antigos. Há um grande numero de desempregados, avançados na idade, que na grande maioria já têm experiencia em qualquer coisa, alguns ou muitos mesmo, têm bastante.

Tu queres remendar uma coisa má (incentivos à contratação) com outra coisa ainda pior (forçar a contratação dos mais antigos). AMBAS são erradas. OK ?

tavaverquenao2 Escreveu:Eles têm os meios para descobrirem uma maneira de encontrar os falsos na curva, vão mas é trabalhar e deixem-se de tretas. :)

Demagogia

tavaverquenao2 Escreveu:Como é que é isso de na pratica não descontaram?

Achas que um reformado que tem a reforma = ultimo salário descontou ? É o mesmo para um desempregado. A SS é deficitária.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por alexandre7ias » 21/5/2012 16:58

Lion_Heart Escreveu:Querem criam empregos? E facil:

Baixem impostos!
Deixem de mexer todos os anos na fiscalidade, multas e etc.
Ponham a empresa a pagar menos de s.s.
Facilitem a burocracia.
Ponham a Justiça a funcionar.


Mas claro isto da muito trabalho, mais vale inventar uns subsidios para se dizer que faz algo.
.


O documento do gabinete oficial de estatísticas da UE indica que, em 2012, o escalão máximo de taxa de IRS em Portugal é de 49 por cento, contra 38,1 na UE e 43,2 na zona euro, o de IRC é 31,5 por cento, contra 23,5 por cento na União a 27 e 26,1 na média da zona euro, e a taxa máxima de IVA é de 23 por cento, contra 21 no conjunto do espaço europeu e 20 por cento no espaço monetário único.

Portugal apresenta assim a oitava taxa máxima de IRS mais elevada da União, a par de Grécia e Finlândia, a quarta taxa máxima de IRC mais alta entre os 27, e a quinta mais elevada taxa máxima de IVA juntamente com Irlanda, Grécia, Polónia e Finlândia.

Em termos gerais, as taxas máximas de IRS, IRC e IVA mais elevadas são praticadas respetivamente na Suécia (56,6 por cento), França (36,1) e Hungria (27) e as mais baixas na Bulgária (10 por cento), Chipre e Bulgária (10 por cento) e Luxemburgo (15 por cento), revela o levantamento do Eurostat, que confirma assim grande diferenças entre os Estados-membros.

Comparando com os valores de 2000, o Eurostat sublinha que a taxa máxima de IVA subiu tanto na UE (de 19,2 por cento para 21 por cento ao longo dos últimos 12 anos) como na zona euro (18,1 para 20 por cento), enquanto as de IRS e IRC baixaram (no caso dos impostos sobre os rendimentos de pessoas singulares de 44,8 para 38,1 na UE e de 47,1 para 43,2 na zona euro, e no caso dos impostos sobre as empresas de 31,9 para 23,5 por cento na União e de 34,4 para 26,1 no espaço do euro).

Em termos de IRS, Portugal contrariou esta tendência, já que o escalão máximo subiu de 40 por cento em 2000 para 49 por cento em 2012, enquanto o de IRC desceu de 35,2 para 31,5 por cento, tendo o escalão máximo do IVA subido cinco pontos, de 17 para 23 por cento.
.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por JMHP » 21/5/2012 16:50

tavaverquenao2 Escreveu:Todos os que conseguirem crédito, porque que é achas que os bancos são um pilar da economia?

JMHP Escreveu:Para onde e o que foi feito a esse dinheiro, que constitui hoje uma das maiores parte do endividamento global do pais?! :roll:


É uma boa pergunta, eu faço uma ideia...


Fazes uma ideia (agora dizes bem..). É uma ideia, mas a realidade só deve ser respondida por aqueles que estão endividados e que são responsáveis por essa condição.

O melhor é não especular e deixar os responsáveis falarem por si... :idea:
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1659
Registado: 19/5/2009 18:26
Localização: 12

por tava3 » 21/5/2012 16:44

Todos os que conseguirem crédito, porque que é achas que os bancos são um pilar da economia?

JMHP Escreveu:Para onde e o que foi feito a esse dinheiro, que constitui hoje uma das maiores parte do endividamento global do pais?! :roll:


É uma boa pergunta, eu faço uma ideia...
Plan the trade and trade the plan
 
Mensagens: 3604
Registado: 3/11/2004 15:53
Localização: Lisboa

por JMHP » 21/5/2012 16:38

tavaverquenao2 Escreveu:
JMHP Escreveu:Fazer ou arriscar com o dinheiro dos outros é facil, agora com o que é nosso...... :roll:


Todos os empresarios trabalham a credito, é mais uma questão de o conseguir ou não.


Todos?!.... Tu revelas mesmo que falas do que não sabes. O problema não é a ignorância que revelas, é mais a ligeireza e forma como tendes a banalizar algo que desconheces e dessa forma disfarçar os argumentos que não tens.

Se os empresários trabalham a credito, então o que dizer das famílias e dos cidadãos que nome individual endividaram-se excessivamente ao longo da ultima década como não há memoria na nossa história?! :shock:

Para onde e o que foi feito a esse dinheiro, que constitui hoje uma das maiores parte do endividamento global do pais?! :roll:

Crédito malparado atinge novos máximos

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html
Editado pela última vez por JMHP em 21/5/2012 16:47, num total de 1 vez.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1659
Registado: 19/5/2009 18:26
Localização: 12

por tava3 » 21/5/2012 16:33

JMHP Escreveu:Fazer ou arriscar com o dinheiro dos outros é facil, agora com o que é nosso...... :roll:


Todos os empresarios trabalham a credito, é mais uma questão de o conseguir ou não.
Plan the trade and trade the plan
 
Mensagens: 3604
Registado: 3/11/2004 15:53
Localização: Lisboa

por tava3 » 21/5/2012 16:31

gorgol Escreveu:Não concordo.

Para fazer é preciso ter ideias e vontade. Nunca faltaram recursos para boas ideias, nem para o talento. Até eu tenho recursos, à minha dimensão, mas falta-me o talento!

Exemplos: microsoft, facebook, Mourinho, CR7,..... , etc.

Porque será que não colocamos primeiro a responsabilidade no próprio e só depois nos outros.

Estamos sempre a enganarmo-nos ao colocar a responsabilidade nos outros.


Não é bem assim, aqui também se aplicae a falta de visão, se tiveres uma ideia de negocio que até pode ser boa e inovadora, mas se os bancos não acreditarem, podes esquecer. Já para não falar em situações menos honestas, como não te financiarem e depois, aparece alguem com a tua ideia, ele há de tudo.
Plan the trade and trade the plan
 
Mensagens: 3604
Registado: 3/11/2004 15:53
Localização: Lisboa

por tava3 » 21/5/2012 16:30

AutoMech Escreveu:Então é por decreto ? Além da rigidez laboral que existe ainda queres dar mais uma facada que é obrigar as empresas a meter quem está à mais tempo no desemprego e não a pessoa com mais indícios de ser a melhor para o lugar ?


O que o governo quer fazer também não é por decreto? Claro que à empresa interessa a pessoa melhor para o lugar, mas mesmo assim o critério pode ser pelos desempregados mais antigos. Há um grande numero de desempregados, avançados na idade, que na grande maioria já têm experiencia em qualquer coisa, alguns ou muitos mesmo, têm bastante.


AutoMech Escreveu:Sabes bem que estamos a falar de valores que não são suficientemente altos para implicar sinais exteriores de riqueza. Fiscalizar um desempregado ? Como ? Obrigando-o a estar em casa ?


Eles têm os meios para descobrirem uma maneira de encontrar os falsos na curva, vão mas é trabalhar e deixem-se de tretas. :)

AutoMech Escreveu:E isso do ter direito é tanga. Têm tanto direito como os reformados que dizem que descontaram para um reforma que na prática não descontaram. A SS é deficitária por isso vamos lá acabar com o discurso do "ter direito".


Como é que é isso de na pratica não descontaram?
Plan the trade and trade the plan
 
Mensagens: 3604
Registado: 3/11/2004 15:53
Localização: Lisboa

por Automech » 21/5/2012 16:27

Historicamente vê-se que em Portugal tem sido preferível ser empregado do que empregador, muito graças à legislação laboral ultra proteccionista e ao enorme peso do estado. É natural que durante muitos anos só mesmo quem não tinha nada a perder (que não raras vezes são pessoas de baixas qualificações) se tenham tornado empresários (e aqui não estou a falar dos Amorins, Belmiros e companhia, mas sim dos pequenos empresários, aqueles que costumam ser acusados de serem pessoas de baixa formação). Há um argumento histórico.

Podia-se tentar mudar isso mais rapidamente mas infelizmente os remendos à lei laboral não passam disso mesmo: remendos. A constituição socialista não dá para mais.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por JMHP » 21/5/2012 16:21

tavaverquenao2 Escreveu:Para fazer é preciso dinheiro, e esse na grande maioria, não está nas mãos dos mais dotados. Ainda me lembro dos construtores, pareciam cogumelos, e não foi por formação, tinham guita, aquilo tava a dar, siga. É este o espírito na generalidade.


Fazer ou arriscar com o dinheiro dos outros é facil, agora com o que é nosso...... :roll:

Esses "dotados" são dotados de que?!... Inteligencia?!.. São assim tão especiais que nunca na vida conseguiram ganhar o seu próprio dinheiro e fazer algo de útil com isso?!

Essa ligeireza como se critica uns e confia-se cegamente noutros com base em politicas que não passam de teorias sem fundamento.... É tão "nosso" que alguns nem percebem o ridículo do que pensam ou dizem da boca para fora.

Se de heróis está o céu cheio, Portugal é como um estádio cheio de treinadores e jogadores nas bancadas, a bola essa fica sozinha no relvado á espera de um "Sebastião".
:oh:
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1659
Registado: 19/5/2009 18:26
Localização: 12

por gorgo » 21/5/2012 16:14

tavaverquenao2 Escreveu:Para fazer é preciso dinheiro, e esse na grande maioria, não está nas mãos dos mais dotados. Ainda me lembro dos construtores, pareciam cogumelos, e não foi por formação, tinham guita, aquilo tava a dar, siga. É este o espírito na generalidade.


Não concordo.

Para fazer é preciso ter ideias e vontade. Nunca faltaram recursos para boas ideias, nem para o talento. Até eu tenho recursos, à minha dimensão, mas falta-me o talento!

Exemplos: microsoft, facebook, Mourinho, CR7,..... , etc.

Porque será que não colocamos primeiro a responsabilidade no próprio e só depois nos outros.

Estamos sempre a enganarmo-nos ao colocar a responsabilidade nos outros.
 
Mensagens: 551
Registado: 26/8/2007 20:40
Localização: 16

por Automech » 21/5/2012 16:05

tavaverquenao2 Escreveu:Se há trabalho, dêem prioridade aos desempregados mais antigos.


Então é por decreto ? Além da rigidez laboral que existe ainda queres dar mais uma facada que é obrigar as empresas a meter quem está à mais tempo no desemprego e não a pessoa com mais indícios de ser a melhor para o lugar ?

tavaverquenao2 Escreveu:Quanto aos falsos subsidios, o "governo" tem de sair da sua area de conforto, isto é, levantar o c# da cadeira e ir à luta, fiscalizar! Eu sei que é mais facil cortar a todos, apanha-se o bom e o mau e não dá trabalho. :wink:

Sabes bem que estamos a falar de valores que não são suficientemente altos para implicar sinais exteriores de riqueza. Fiscalizar um desempregado ? Como ? Obrigando-o a estar em casa ?

E isso do ter direito é tanga. Têm tanto direito como os reformados que dizem que descontaram para um reforma que na prática não descontaram. A SS é deficitária por isso vamos lá acabar com o discurso do "ter direito".
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9360
Registado: 4/6/2010 12:12
Localização: 16

por tava3 » 21/5/2012 15:59

Para fazer é preciso dinheiro, e esse na grande maioria, não está nas mãos dos mais dotados. Ainda me lembro dos construtores, pareciam cogumelos, e não foi por formação, tinham guita, aquilo tava a dar, siga. É este o espírito na generalidade.
Plan the trade and trade the plan
 
Mensagens: 3604
Registado: 3/11/2004 15:53
Localização: Lisboa

por JMHP » 21/5/2012 15:47

tavaverquenao2 Escreveu:Infelizmente a maioria dos nossos patrões não conseguem ver a medio longo prazo, ainda um dia destes um comentador qualquer, não me lembro quem, disse que cá em media, os empregados têm mais formação do que os patrões, com isso dá para tirar umas conclusões.

A necessidade de formação é relativa, para ser caixa de supermercado, por exemplo, não deve ser preciso muito tempo, quiçá, um dia. :)


Os patrões tal como os políticos são feitos da mesma "matéria" e comungam das mesmas mentalidades e tradições como a generalidade do resto da sociedade, são PORTUGUESES.

A nota é medíocre para TODOS, é exatamente isso que a imagem e o estado do país reflete. Individualmente até podemos ser muitos bons, mas no conjunto o resultado é negativo e por vezes medíocre.

Não se trata de ser pessimista, basta olhar para o estado do país assim como para a nossa historia, para perceber e entender a realidade. Com quase 9 seculos de historia é impossível ignorar a nossa responsabilidade e não perceber os efeitos das nossas ações.

Quanto á "novela" dos nossos trabalhadores possuírem uma media de formação superior comparativamente aos seus patrões, eu gostava era de os ver fazer (Já agora os comentadores também...) em vez de não passarem das palavras .
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1659
Registado: 19/5/2009 18:26
Localização: 12

por tava3 » 21/5/2012 13:59

A dos jornalistas é urgente, para ver se deixam de andar com o governo ao colo. :wink:
Plan the trade and trade the plan
 
Mensagens: 3604
Registado: 3/11/2004 15:53
Localização: Lisboa

por mfsr1980 » 21/5/2012 13:55

tavaverquenao2 Escreveu:Infelizmente a maioria dos nossos patrões não conseguem ver a medio longo prazo, ainda um dia destes um comentador qualquer, não me lembro quem, disse que cá em media, os empregados têm mais formação do que os patrões, com isso dá para tirar umas conclusões.


Estou a ver que não vês absolutamente nada! :mrgreen:
É o contexto actual que destroi a nossa economia e consequentemente o emprego, não é a formação do Patrão. Neste contexto não se vê o curto prazo e isto é válido para qualquer patrão!
Já a formação dos dirigentes partidários era importante! :roll: E dos jornalistas também... :-k
 
Mensagens: 2033
Registado: 3/5/2007 13:55
Localização: LISBOA

por tava3 » 21/5/2012 13:33

Infelizmente a maioria dos nossos patrões não conseguem ver a medio longo prazo, ainda um dia destes um comentador qualquer, não me lembro quem, disse que cá em media, os empregados têm mais formação do que os patrões, com isso dá para tirar umas conclusões.

A necessidade de formação é relativa, para ser caixa de supermercado, por exemplo, não deve ser preciso muito tempo, quiçá, um dia. :)
Plan the trade and trade the plan
 
Mensagens: 3604
Registado: 3/11/2004 15:53
Localização: Lisboa

por MPC_finance » 21/5/2012 13:15

tavaverquenao2 Escreveu:
MPC_finance Escreveu:Achas mesmo que algum patrão vai pagar uma indemnização para despedir alguém e depois contratar ou pedir alguém ao centro de emprego: “Olha arranja-me aí um gajo que preencha os requisitos todas para receber os 500 euros do estado para eu lhe oferecer menos e que ele aceite”.

Ganda filme
É preciso ter imaginação fértil!


Se uma empresa tiver um empregado a ganhar 500 e puder pagar 250, o a 500 é caro. Achas mesmo que todos as pessoas que estão empregadas têm direito a indemnização, pelo menos alguma coisa que se veja? Por exemplo, com as novas leis, 1 ano de trabalho dá 1 mês com 20 dias. Se empresa conseguir um empregado barato por 6 meses, achas que não compensa? Nós estamos cá para ver o que vai dar.


Obvio que se uma empresa puder pagar apenas 250 é isso que paga. Mas um patrão paga o que o mercado permite e não o que ele quer. Ou seja, vou dar-te um exemplo existem países que não têm ordenado mínimo (Noruega) e no entanto ganham bem mais que nós.

No caso concreto que descreves eu acho que não compensa, então vai despedir um empregado com um ano de casa para contratar um só pelo subsídio! E o que se gasta na formação, na aprendizagem. Se o patrão fizer isso, podes crer que não se safa como patrão, pode é safar-se como vigarista e disso também temos muitos!

O que faz do nosso mercado de trabalho um mercado precário não é esta medida, mas sim a fraca economia do nosso país.
 
Mensagens: 358
Registado: 23/12/2011 1:41

por tava3 » 21/5/2012 11:30

MPC_finance Escreveu:Achas mesmo que algum patrão vai pagar uma indemnização para despedir alguém e depois contratar ou pedir alguém ao centro de emprego: “Olha arranja-me aí um gajo que preencha os requisitos todas para receber os 500 euros do estado para eu lhe oferecer menos e que ele aceite”.

Ganda filme
É preciso ter imaginação fértil!


Se uma empresa tiver um empregado a ganhar 500 e puder pagar 250, o a 500 é caro. Achas mesmo que todos as pessoas que estão empregadas têm direito a indemnização, pelo menos alguma coisa que se veja? Por exemplo, com as novas leis, 1 ano de trabalho dá 1 mês com 20 dias. Se empresa conseguir um empregado barato por 6 meses, achas que não compensa? Nós estamos cá para ver o que vai dar.




AutoMech Escreveu:A SS é deficitária por isso a questão do direito é muito relativo. Quem recebe uma prestação do estado (subsidio de desemprego, RSI, etc) deve prestar trabalho em troca. Ajudava, inclusivamente, a acabar com muitos falsos subsídios que por aí andam.



E com as politicas destes garotos e a ajuda da europa, (desta ainda) a ss vai de mal pior, as prioridades na distribuição do pouco guito que há deixa muito a desejar.

Dito isto, repito, não concordo que os desempregados tenham de trabalhar só porque estão a receber subsidio, já descontaram para o ter, com os do rsi é outra conversa. Se há trabalho, dêem prioridade aos desempregados mais antigos. Aumenta o numero de pessoas com dinheiro no fim do mês. Se há dinheiro no bolso há consumo, o que pode ser bom e evitam-se situações desesperadas para muitas familias.

Quanto aos falsos subsidios, o "governo" tem de sair da sua area de conforto, isto é, levantar o c# da cadeira e ir à luta, fiscalizar! Eu sei que é mais facil cortar a todos, apanha-se o bom e o mau e não dá trabalho. :wink:
Plan the trade and trade the plan
 
Mensagens: 3604
Registado: 3/11/2004 15:53
Localização: Lisboa

por alexandre7ias » 21/5/2012 2:11

Miguel Relvas, o jornalismo e o caso das secretas

20.05.2012 - 19:25 Direcção Editorial

Daniel Rocha


Na carta que enviou para a Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), com a qual pretendeu antecipar a averiguação já anunciada sobre o exercício de ameaças à jornalista do PÚBLICO que tem acompanhado o “caso das secretas”, o ministro Miguel Relvas dedica-se a teorizar sobre a qualidade do seu jornalismo, referindo a publicação de “várias peças noticiosas tendentes a construir uma narrativa que os factos não confirmam em pormenores decisivos” e sobre a prevalência de um “jornalismo interpretativo” que visa “construir um quadro narrativo inicial e tudo fazer depois para que a realidade se adapte a esse quadro”.

Contrariamente ao que seria de esperar, Miguel Relvas nada diz sobre a substância deste caso, a inadmissível promessa de retaliações à jornalista e ao jornal caso a investigação em curso sobre as suas relações com Jorge Silva Carvalho, ex-chefe do Serviço de Informações Estratégicas e de Defesa, prosseguisse.

A forma como o PÚBLICO e a jornalista Maria José Oliveira acompanharam o caso são por si só a melhor prova de que as nossas notícias se pautaram pelo rigor. Noticiámos em 28 de Janeiro que Jorge Silva Carvalho tinha enviado ao Governo um relatório com um plano de reformas para as secretas, o que Miguel Relvas considerou ser “absolutamente falso”; voltámos a noticiar a 9 de Maio que o ministro tinha recebido do ex-espião um e-mail e sms com propostas para as secretas, o que Miguel Relvas admitiria no Parlamento; e referimos que nas suas declarações no Parlamento Relvas se lembrara de ter recebido um “clipping” sobre uma visita de Bush ao México, o que contradizia a afirmação do ministro quando afirmara ter conhecido Silva Carvalho entre Março de 2010 e Junho de 2011 – a última visita de Bush ao México noticiada pela Reuters é de 2007. Em causa jamais estiveram interpretações, mas factos.

É verdade que, apesar de todos os mecanismos de controlo, há erros ou omissões que se detectam apenas a posteriori. Não temos problemas em corrigir títulos, como reconhece Miguel Relvas, nem de adiar a publicação de notícias até que sejamos capazes de lhes acrescentar o valor informativo que as tornam indispensáveis – como fizemos na quarta-feira.

Ao pretender contornar esta realidade com a construção de uma imagem distorcida sobre o jornalismo do PÚBLICO, Miguel Relvas elabora uma manobra de diversão. Recordemos: não é a qualidade da investigação sobre o caso das secretas que está em causa, mas a tentativa de intimidação à jornalista que a conduziu. Não dando explicações à ERC sobre os seus actos e as suas intenções, Miguel Relvas errou o alvo.
© Público Comunicação Social SA
.


Relvas acusa PÚBLICO de “jornalismo interpretativo”, Passos nega ataque à imprensa

20.05.2012 - 18:52 Isabel Gorjão Santos, com Lusa

Daniel Rocha

Relvas acusou o PÚBLICO perante a ERC, mas não falou das ameaças

O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, acusou o PÚBLICO de fazer “jornalismo interpretativo”, segundo a documentação enviada à Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), que vai esta semana analisar o caso das ameaças feitas pelo governante ao jornal e à jornalista Maria José Oliveira. A jornalista sublinha que “em nenhum momento da exposição [do ministro] existe uma explicação para as ameaças que foram feitas”.

Já o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, rejeitou, neste domingo, que o ministro tenha “atacado a imprensa” e defendeu que “o Governo tem privilegiado muita transparência”.

Na exposição enviada à ERC, um documento de cinco páginas às quais se juntam dois emails com perguntas de Maria José Oliveira ao ministro sobre o “caso das secretas”, Miguel Relvas salienta o que considera como diversos erros nos artigos do PÚBLICO. “A técnica é conhecida: construir um quadro narrativo inicial e tudo fazer depois para que a realidade se adapte a esse quadro.”

O documento contém diversas críticas, por exemplo, a títulos publicados. O ministro defende que o título da notícia publicado na edição online na sequência da audição a que compareceu junto da Comissão dos Assuntos Constitucionais da Assembleia da República – “Relvas admite relatórios e propostas de nomes para as secretas” – “não correspondia à verdade” e salienta que “nunca havia recebido qualquer relatório proveniente dos serviços de informações” e que o título acabou por ser alterado após “vários contactos” efectuados pelo seu gabinete “junto de responsáveis editoriais do PÚBLICO”.

Esse título acabou por ser alterado para uma versão sem referência a relatório – “Relvas admite ter recebido propostas de nomes para as secretas”, sublinha o ministro, que diz ainda que “a rectificação foi rápida, reconheça-se, mas o mal estava feito”.

No texto que enviou à ERC Relvas faz ainda outras críticas ao PÚBLICO e aos artigos publicados. O ministro refere que “o PÚBLICO tem vindo a publicar, sempre com a assinatura da mesma jornalista, várias peças noticiosas tendentes a construir uma narrativa que os factos não confirmam em pormenores decisivos”. Dá como exemplo a peça publicada na edição de 15 de Maio que diz ser “construída em grande parte pela negativa, sempre num estilo de ‘jornalismo interpretativo’” e cita algumas frases: “Relvas não disse até quando recebeu aquelas informações”; “não especificou se foi nessa altura que se encontraram”; “não respondendo por que motivo não pediu a Jorge Silva Carvalho para lhe deixar de enviar emails e sms”.



Mails trocados com o gabinete de Relvas



Por fim, a documentação enviada por Relvas à ERC inclui também as mensagens trocadas entre a jornalista e o assessor do ministro, António Valle. Relvas refere que o seu gabinete recebeu uma questão de Maria José Oliveira no dia seguinte ao da audição na comissão parlamentar, 16 de Maio, pelas 15h28, com aquilo que considera “um tom imperativo”. Especifica depois que o email de Maria José Oliveira é concluído com a frase: “Aguardo resposta até às 16 horas, uma vez que a notícia será publicada na edição online do PÚBLICO”. Mais à frente classifica como “ultimato” o prazo de 32 minutos dados pela jornalista, dizendo que “por motivos facilmente compreensíveis, não foi possível cumprir”. Esse mail incluía apenas a questão: “O ministro afirmou lembrar-se da primeira notícia que recebeu no ‘clipping’ diário de imprensa: ‘Lembro-me que a primeira era: ‘George W. Bush visita México. Fonte: Reuters’ afirmou. Esta mensagem foi recebida em que altura?”

A resposta a esta questão, no entanto, acabou por chegar às 16h01, adianta Maria José Oliveira. E a resposta do assessor do ministro, António Valle, era: “Todos os esclarecimentos sobre este assunto foram oportunamente prestados em sede própria, ou seja, na 1ª Comissão Parlamentar”.

Mais tarde, pelas 17h15 viria a ser enviado outro mail com mais três perguntas, sendo a primeira: “Afirmou na 1ª comissão que apagou os emails diários com um ‘clipping’ de imprensa que lhe eram enviados por Jorge Silva Carvalho. No entanto, algum tempo depois, disse lembrar-se da primeira mensagem: ‘Lembro-me que a primeira era: George Bush visita o México. Fonte: Reuters’. Pode esclarecer se apagou ou não os emails?” E a segunda: “Disse ter conhecido Jorge Silva Carvalho quando era secretário-geral do PSD (entre Março de 2010 e Junho de 2011). A última notícia da Reuters sobre uma viagem de Bush ao México data de 2007 e desde então a agência noticiosa não tem mais ‘takes’ sobre qualquer viagem do antigo presidente dos EUA ao México. Com explica o hiato e desde quando começou a receber o ‘clipping’?”

A resposta acabaria por chegar pelas 17h16, segundo Maria José Oliveira, com um texto idêntico ao que já tinha sido enviada à primeira questão, acrescentando-se apenas a frase: “O Ministro-adjunto reafirma que só conhecer o Dr. Silva Carvalho quando era secretário-geral do PSD”.

Ao comentar a documentação enviada pelo ministro, Maria José Oliveira sublinha: “Em momento nenhum existe uma explicação para as ameaças que foram feitas a mim e ao jornal”.

Passos: “Não há nenhum ataque”

Em Chicago, Estados Unidos, à margem da cimeira da NATO, Passos Coelho escusou-se a responder se Relvas tem condições para continuar no Governo, recusando falar sobre “questões de política interna” no estrangeiro.

O primeiro-ministro rejeitou, contudo, ter havido um ataque à imprensa por parte do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

“Não há nenhum ataque a coisa nenhuma. Se há coisa que o governo tem privilegiado é muita transparência nesse aspecto”, disse o primeiro-ministro, escusando-se a responder a mais questões sobre o assunto.

Em dois telefonemas na passada quarta-feira, Miguel Relvas ameaçou promover um “blackout” ao PÚBLICO e divulgar dados da vida pessoal da jornalista Maria José Oliveira na Internet, na sequência das perguntas feitas pela jornalista acerca de incongruências nas declarações do ministro no Parlamento.


© Público Comunicação Social SA
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Luzemburg, Sr.Marques e 219 visitantes